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Resumo - Micologia Clínica - Área 1

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Micologia Clínica
Características gerais: fungos podem ser macro ou 
microscópicos e são pertencentes do reino fungi. 
Estão presentes na natureza em inúmeros 
ambientes, aqueles que vivem no solo são chamados 
de geofílicos, aqueles que parasitam animais 
zooflílicos e os humanos antropofílicos. Possuem 
espessa parede de quitina e polissacarídeo. 
Membrana celular com ergosterol, resistentes 
aos antimicrobianos 
Importância de conhecer o habitat: quanto mais 
distante filogeneticamente maior a resposta 
inflamatória. Porém pode existir exceções já que 
tudo depende do equilíbrio hospedeiro/parasito. 
Patogenicidade: de patogenicidade primária fica 
no ambiente, é esporádico e pode vir a causar 
doença no indivíduo sadio (tem carácter crônico e 
apresenta bom prognóstico). Em formas de 
patógenos oportunistas, eles podem estar em 
qualquer local e em contato com o indivíduo ele 
induz doença que geralmente tem um curso agudo, 
e que se não responder bem ao tratamento pode 
levar ao óbito. 
Patógeno primário: ambiente, esporádico. Doença 
em indivíduo sadio. Caráter crônico e bom 
prognóstico. 
Patógeno oportunista: meio externo ou endógeno, 
doença, sistema imune comprometido. Curso 
agudo, sem resposta terapêutica, óbito. 
I. Potencial patogênico 
1. Micoses (fungos patógenos primário, 
oportunista e dimorficos) 
Dimorfismo: fungo filamentoso entre 25-30°C e 
fungo levedura entre 35-37°C 
2. Micotização (colonização de cavidade pré-
existente) 
Resulta na bola fúngica ou aspergiloma 
II. Potencial tóxico 
1. Micotoxicose: é a ingestão de alimentos 
contendo metabólitos tóxicos (micotoxinas) 
2. Micetismo: é a ingestão de toxina de 
macrofungos venenosos (cogumelos) 
III. Potencial alergênico 
1. Mícide (IDE, dermatomícide, dermatofítide) 
(É uma reação cutânea de hipersensibilidade a 
distância de um foco infeccioso) 
2. Reações de hipersensibilidade 
Fungos anemófilos (aéroalergenos) 
Alergia das vias respiratórias a fungos (asma 
brônquica ou rinite alérgica) 
Morfologia: na membrana ocorre a síntese do 
ergosterol. A parede celular é formada por quitina e 
contém polissacarídeos. 
Os fungos são seres aclorofilados, heterotróficos e 
eucarióticos. São predominantemente aeróbios. 
Podem ser uni ou multicelular e se reproduzir 
sexualmente ou assexualmente. 
A estrutura dos fungos é formada por filamentos 
(hifas) e esporos (elementos de reprodução). 
Julia
Realce
Julia
Realce
 
Além disso, as hifas podem ser claras se chamando 
de fungos hialinos ou escuras/negras chamando de 
fungos demáceos. 
 
 
Os fungos ainda são classificados conforme sua 
estrutura: filamentos e leveduras. Filamentosos, são 
multicelulares o que causa uma colônia aveludada e 
com pigmentação variadas. As leveduras são 
unicelulares o que leva a colônia a ser 
pastosa/cremosa e mucoide. 
 
Coleta de material biológico 
• Aspectos gerais: é importante saber que nem 
sempre o material biológico será feito no 
laboratório, alguns deles só poderão ser feitos por 
médicos e outras vezes, pelos próprios pacientes. É 
importante também que o ambiente seja fechado e 
sem circulação de um grande número de pessoas 
para que não ocorra a contaminação desse material. 
• Coleta: 
I. Assepsia: o primeiro passo da coleta é a realização 
da assepsia do local, sendo que em feridas fechadas 
descamativas ou em vesículas se passa éter sulfúrico 
ou álcool 70%, já em feridas abertas a solução de 
limpeza passa a ser o soro fisiológico, água 
destilada estéril. 
Julia
Realce
II. Lesões cutâneas e descamativas: se for uma lesão 
descamativa sem pus, ocorre a raspagem das bordas 
ativas da lesão (na borda pois o fungo buscará 
queratina nova na pele ainda não atingida). 
III. Vesícula: no caso de vesículas corta-se o teto da 
lesão 
IV. Pelos: arrancar o pelo com pinça e raspar o local 
da lesão. Lembrando: Piedra branca e preta são 
exceções pois o fungo não está localizado no 
folículo capilar e sim no próprio fio, por isso não de 
arranca o pelo, somente realiza o corte. 
V. Unhas: Se for uma lesão seca e oca, a unha sem 
esmalte será cortada na medida do possível e 
ocorrerá uma raspagem entre o limite da parte da 
unha saudável com a infectada. Quando for um 
processo inflamatório, retira-se o que der para 
raspar e com um swab se retira o pus. No caso da 
leuconiquia (manchas brancas e unha 
“porosa/descamativa”) raspa-se a unha até chegar 
na lesão. 
VI. Secreções: pode retirar o material por aspiração, 
mas como nem sempre é possível, pode ocorrer 
raspagem ou com swab (imediatamente colocar no 
meio de transporte). Também pode ser com a alça 
bacteriológica (imediatamente no meio de cultura). 
VII. Escarro: deve ser colhido pelo paciente ou pelo 
médico. Na parte da manhã deve ser feito a higiene 
da boca e só após colher o material em um recipiente 
adequado. 
VIII. Sangue, líquidos orgânicos ou medula óssea: 
o sangue é coletado normalmente pelo 
procedimento padrão já os dois outros são colhidos 
por punção por um médico. 
IX. Urina: por procedimento médico há punção 
supra púbica. Normalmente é só feito por micção 
normal (despreza-se o primeiro jato e recolhe-se o 
resto em frasco estéril). 
X. Aparelhos reprodutores: Na vagina, utiliza-se 
espéculo e swab. 
• O exame direto pode ser realizado no material 
líquido ou sólido. No material líquido pode ser 
preparado pela técnica do esfregaço ou em com uma 
lamínula. No material sólido os métodos 
empregados são técnicas da lamínula, bem como o 
imprint, (carimbar o material na lâmina) ou através 
de cortes histológicos. Em ambos os materiais 
biológicos serão analisados através do microscópio 
óptico. 
• Importante lembrar que há uma divisão no exame 
direto que pode ser: 
 
Visualização de lâminas: 
Hematoxilina-eosina: fungo envolto em uma 
cápsula espessa. 
Prata: fungo bem preto e o fundo da lâmina fica 
azul. Somente os fungos ficam com coloração preta, 
portanto tudo que não for fungo, não será corado de 
preto. 
PAS: fungo também envolto de uma parede rígida 
(quitina), ficando bem marcado com o corante. 
NaOH 10- 40% ou KOH: fungos realizados e fundo 
“bege” /claro. 
Lactofenol zaul ou KOH+ Tinta Parker: hifas azul-
escuras e fundo azul claro 
Tinta Nankin: fundo fica escuro, mas o fungo não 
absorve a tinta. 
É necessário fazer assepsia no meio de cultura para 
evitar contaminação cruzada, como por exemplo o 
uso do cloranfenicol que inibe o crescimento de 
bactérias no meio. Ainda há a possibilidade de 
adição de cicloheximida se o fungo de interesse for 
apenas fungos patogênicos, pois com a adição dessa 
substância os fungos saprófitos e leveduras são 
inibidos. 
Pode ser utilizado em conjunto os meio de cultura 
seletivos como: o Agar Sabouraud Brain Heart 
Infusion (SABHI) para isolar o crescimento de 
fungos dimórficos, o meio de Dixon com gordura 
para fungos lipofílicos, o ágar dermatófitos (DTM) 
para fungos responsáveis por micoses cutâneas e o 
CHROM ágar que indica leveduras (principalmente 
a cândida). 
• Temperatura ideal para fungos: Cultivo entre 25° 
e 30°C e para alguns fungos dimórficos a 
temperatura é entre 35° e 37°C. 
A zona de frutificação é a que ajuda na identificação 
do fungo. É onde o micélio vegetativo mostra o 
aparelho de reprodução. 
A partir da retirada de uma fração da zona de 
frutificação, ocorre uma análise a nível 
microscópico para identificar estruturas e dessa 
forma a identificação do fungo específico. 
• Ferramentas extras para melhor identificação: 
Ocorre quando não é possível identificar o fungo 
apenas a partir da observação macro e micro da 
colônia. 
a) Cultura em lâmina: pedaço de colônia sendo 
cultivado em lâmina + lamínula dentro de uma placa 
e coloca-se o conjunto em uma estufa. 
 
b) Provas bioquímica: auxonograma (coloca o 
fungo na presença de carboidratos e se o fungo 
assimilar carbono e nitrogênioforma-se um halo), 
zimograma (adiciona-se um indicador de pH, se o 
fungo fermentar o açúcar no meio, ele mudará de 
cor) ou a prova da uréase (adiciona-se um indicador 
de pH, se o fungo hidrolisar a ureia ele formará 
amônia e hidrogênio mudando de cor para rosa = 
urease +) 
 
c) Provas biológicas: utilização de tubo germinativo 
(quando quero identificar algumas espécies de 
cândida, coloca-se a amostra em contato com o soro 
humano/animal em uma estufa e observa-se a 
formação ou não do tubo germinativo. Formação do 
tubo = +), perfuração do pelo (coloca-se no pelo de 
criança estéril porque não há presença hormonal o 
fungo e espera-se crescer e depois visualiza-se, se 
houver perfuração do pelo = +) e ou uso de 
pigmentação (cola-se no meio de ágar batata e 
observa-se o desenvolvimento ou não de 
pigmentação). 
Outros diagnósticos (diagnósticos adicionais) 
• Diagnóstico a partir de cortes histológicos e 
utilização de Prata ou PAS. 
• Sorologia: identificação indireta do fungo apesar 
do antígeno circulantes. 
• Intradermo-reação: pesquisa pela adição de 
antígeno sobre uma parte da derme do indivíduo. Se 
houver anticorpos, haverá uma vermelhidão na 
região, sinalizando positivo para sensibilização do 
antígeno ou uma infecção passada. 
Julia
Realce
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Micoses Superficiais 
Uma micose superficial é classificada como o fungo 
que contamina o indivíduo através pela camada 
córnea do pelo ou pela cutícula (e somente em casos 
excepcionais causam invasão do folículo capilar). A 
obtenção é através do contato direto com o fungo 
(utilização da mesma escova ou toalha por 
exemplo). 
Geralmente é assintomática e só gera problemas 
minimamente estéticos, porém sempre há potencial 
para agravamentos de quadros gerando uma 
fungemia como no caso de indivíduos 
imunocomprometidos. 
Micoses Superficiais clássicas: 
Pitiríase versicolor: 
• É a mais comum, encontrado no mundo todo. 
Cerca de 97% dos indivíduos portadores são 
clinicamente normais, faz parte da flora normal da 
pele. 
• Os fatores que ajudam no desenvolvimento da 
doença (patogênica) são: predisposição genética, 
sudorese excessiva e uso de lubrificantes na pele. 
Geralmente mais predominante na fase jovem-
adulto, pois há sudorese intensa. 
O agente etiológico é a Malassezia spp., uma 
levedura lipofílica; 
As espécies patogênicas mais frequentes são: 
M. furfur; M. pachydermatis; M. restricta; M. 
slooffiae; M. obtusa; M. globosa; M. sympodialis 
Levedura Malassezia spp faz parte da flora 
normal da pele 
Além da pitiríase, as espécies de Malassezia causam 
dermatite seborreica, pitiríase capitis (caspa), 
foliculite (invasão do folículo), onicomicoses 
(micose de unhas). Fungemia em caso de 
procedimentos invasivos como cateter para 
pacientes com alimentação rico em gorduras (o 
diagnóstico é difícil de ser realizado). 
Característica da doença: Lesões na pele em 
forma de manchas hipocrônicas ou eritematosos 
(micoses de praia: levedura atinge os melanócitos 
afetando a produção de melanina e ao contato ao sol 
forma-se então as lesões), são manchas 
arredondadas esbranquiçadas que podem ser 
isoladas ou não causando uma leve coceira ou 
descamação fina. Aparecem geralmente na região 
do tronco e pescoço. 
No couro cabeludo não há muitas variações a não 
ser que atinja o folículo piloso e daí pode causar 
casca intensa ou uma dermatite forte. 
Sinais clínicos que auxiliam na identificação: Sinal 
de Besnier (descamação por coçar com a unha) ou 
Sinal de Zireli (ao se espichar a pele forma-se 
pequenas estrias sobre a mancha). 
Diagnóstico: o material é retirado pela raspagem da 
lesão e a partir do exame direto (com ajuda da 
solução de KOH 20% ou por coloração – PAS, 
GIMSA e etc.) 
No exame direto são observados os esporos 
arredondados, agrupados em cachos tipo “cacho de 
uva” e a presença de hifas curtas e tortuosas. 
 
 
A partir do exame direto sabe-se que se trata de uma 
pitiríase versicolor, só não dá para identificar qual a 
espécie de Malassezia. 
Para identificar as espécies: provas bioquímicas no 
meio de cultura. 
O meio de cultura utilizado é a ágar Sabouraud 
dextrose coberto com óleo estéril (meio de cultura 
com gordura pois é uma levedura lipofílica) ou o 
ágar Dixon. 
Tratamento: como prevenção não usar óleos na 
pele e cuidados com a higiene. Para o uso tópico 
com queratolíticos (xampu de sulfeto de selênio, de 
cetoconazol ou solução de hipossulfito de sódio 
25%). Sistêmico: cetoconazol, fluconazol ou 
itraconazol. 
Piedra branca e Piedra preta 
As duas Piedras são bem semelhantes a única 
diferença entre elas são: agentes etiológicos, 
distribuição geográficas e epidemiologia. 
São infecções crônicas e assintomáticas e 
geralmente não atingem o folículo piloso. 
Diagnóstico: o material biológico para o 
diagnóstico é feito a partir do corte do pelo aderindo 
o fungo. 
 
 
Piedra preta 
O agente é o fungo Piedraia hortae, um fungo 
demáceo; 
Nos pelos surgem nódulos na forma de uma massa 
endurecida e firme aderidos aos pelos do couro 
cabeludo; Raramente ocorre nos pelos da barba, 
axila e pubianos; Não atinge o folículo piloso; é uma 
infecção crônica e assintomática. 
Fungo do solo, água e vegetais, mais frequente nas 
regiões tropicais da América do Sul; no Brasil é 
relativamente frequente; Atinge ambos os sexos 
com leve aumento masculino 
 
Exame direto do pelo: No interior do nódulo são 
observadas estruturas fúngicas, as hifas e ascos 
contendo os ascosporos (responsáveis pela 
disseminação da infecção) 
Na cultura as colônias são escuras e aspecto 
variável; Na microscopia da colônia são observados 
a presença de hifas septadas e acastanhadas. 
 
Piedra branca 
O agente é o fungo Trichosporon spp., fungo 
hialino; 
As espécies mais isoladas são o T. ovoides; T. inkin; 
T. asahii; T. asteroides; T. mucoides e oT. 
cutaneum; 
Os nódulos são branco-amarelado ou amarelo-
acastanhado de consistência mucilaginosa aderidos 
ao pelo, com maior frequência nos pelos pubianos; 
eventualmente pelos das axilas, barba bigode e 
couro cabeludo; Não atinge o folículo piloso; 
É preciso fazer o diagnóstico diferencial com a 
Tricomicose palmeliana provocada pelo 
Corynebacterium tenuis 
Fungo do solo, água e vegetais; Atinge ambos os 
sexos e todas as idades; 
 
Exame direto do pelo: No interior do nódulo são 
observadas hifas hialinas, artroconídios e poucos 
blastoconídios 
Na Cultura, a colônia é cremosa, leveduriforme, 
branco amarelada com superfície lisa, tornando-se 
rugosa e cerebriforme com o envelhecimento; Na 
microscopia da colônia são observados hifas 
septadas, hialina, artroconídios e blastoconídios; 
Para a confirmação das espécies são realizadas 
provas bioquímicas. 
 
Tratamento: corte do cabelo e antifúngicos 
tópicos. 
Tinea nigra 
O agente é o Hortae werneckii, um fungo demáceo 
de coloração escura encontrado geralmente em 
solos com altas concentrações salinas (mar, areia de 
praia, frutos do mar). O contato é por via direta 
(andar descalço na areia da praia por exemplo). 
O diferencial da Tinea nigra é que mulheres tem 
maiores predisposição a serem atingidas. 
A lesão é acinzentada ou acastanhada, pouco 
descamativa, bordos bem delimitados e pouco 
pruriginosa. A localização mais frequente é a 
palmar e plantar, raramente em outros locais. 
Diagnóstico: faz-se um diagnóstico diferencial para 
saber diferenciar se são marcas “originais” da pele 
da pessoa, ou até mesmo um melanoma, isso porque 
todos tem cores parecidas. 
O material é recolhido também por raspagem e faz-
se o exame direto. No exame direto são observados 
hifas acastanhadas, septadas e ramificadas. 
 
Na cultura, a colônia inicialmente é enegrecida, 
cremosa, leveduriforme e posteriormente se torna 
filamentosa. 
 
 
Tratamento: queratolíticos ou antifúngicotópico. 
Ás vezes, desaparece só com o raspado da coleta. 
Micoses cutâneas 
São as espécies que invadem a camada queratinosa 
da pele, do extrato córneo e a matriz do pelo. São 
divididas em 2 grupos: dermatomicoses 
(dermatofitoses e tinea/tinhas) e não 
dermatomicoses. 
• Dermatofitoses/dermatófitos: É um grupo 
formado por aproximadamente 35 espécies 
patogênicas para o homem. São fungos hialinos, 
septados, queratonifílicos, artroconídiados 
(“ratângulos”), passíveis de colonizador e causar 
lesões clínicas em pelos e ou extrato córneo. São 
extremamente semelhantes (morfologicamente, 
fisiologicamente e imunologicamente). Pode ser 
geofílico, zooflílico ou antropofílico. 
• Fatores que induzem uma dermatofitoses: o fungo 
é capturado através do contato direto. Tem maior 
predominância em homens (pé e inguinal), crianças 
(couro cabeludo), imunocomprometidos, habitats 
húmidos. 
 
Ectotrix: não tem preferencias a pelos. 
Características: Ataca a queratina se nutrindo da 
proteína que constitui as moléculas de queratina. É 
importante lembrar que o mesmo dermatófitos pode 
causar diferentes lesões e tem diferentes afinidades. 
Para saber diferenciar é necessário realizar o 
diagnóstico clínico. Crescimento é circular. 
Os dermatófitos mais frequentes na clínica são: 
Trichophyton mentagrophytes, Microsporum canis, 
Trichophyton rubrum, Microsporum gypseum, 
Trichophyton shoenleinii, Trichophyton 
concentricum e Epidermophyton floccosum. 
 
Manifestações clínicas: pode causar reações 
alérgicas/hipersensibilidade e ainda uma IDE (que é 
a hipersensibilidade cutânea a distância de um foco 
infeccioso). As manifestações ocorrem na pele (sem 
pelo: pele glabra) podendo causar a Herpes 
Julia
Realce
Julia
Realce
circinada ou o pé de atleta, nos pelos e na unha. 
 
a) Na pele (maioria glabra): É a região fora das 
zonas de maior densidade pilosa; O agente 
etiológico pode ser qualquer dermatófito; A forma 
clínica mais comum é a lesão anular com 
crescimento centrífugo e cura central. Lesões 
também chamadas de herpes circinada e podem 
simular a psoríase. 
 
Dependendo do local da lesão tem nomes 
específicos: 
Tinea pedis (Tinha dos pés) também 
denominadas de “Pé de atleta” 
Lesões vesiculosas: T. mentagrophytes (zoofílico) 
Lesões escamosas (tipo mocassim): T. rubrum 
Lesões interdígitos 
Tinea imbricata (Tinha imbricata) 
O agente é o T. concentricum. As lesões são 
escamosas que se imbricam e formam desenhos 
bizarros que servem de adorno aos aborígenas, por 
isso ela é muito contagiosa, sendo uma doença 
crônica. 
 
Tinea barbae (faciae) 
Os agentes mais frequentes são o T. 
mentagrophytese o T. verrucosum. A barba quando 
inflamatória é semelhante a foliculite bacteriana e 
sendo também denominada de “Kerion de Celsi” 
 
Tinea cruris (Tinha inguinal) também 
denominada de “Eczema marginado de Hebra” 
Os agentes mais frequentes são: T. rubrum e o 
Epidermophyton floccosum 
b) Nas unhas (onicomicoses): Se for só na unha se 
chama oníquia e se for na parte proximal da cutícula 
se chama paroníquia. As onicomicoses dermatófitas 
se manifestam de diferentes formas. 
 
Onicomicose subungueal distal/lateral 
A lesão se inicia na borda livre da unha que se 
descola do seu leito; geralmente começa pelos 
cantos e depois fica ôca (onicólise). 
 
Onicomicose subungueal proximal 
Formação de manchas brancas ou amareladas ao 
nível da lúnula 
 
Onicomicose superficial branca ou 
leuconicomicose superficial 
2 a 5% das onicomicoses dermatofíticas. Surgem 
manchas de coloração branca na superfície da unha 
(leuconiquia) 
 
Onicomicose distrófica total 
Pode ser a forma evolutiva de todas as lesões 
anteriores; Pelo descaso com a doença; Terapêutica 
inadequada; entre outras. 
 
Onicomicoses causadas por Leveduras 
Mais frequente a Candida spp. 
1. Paroníquia (perionyxis): Popularmente é 
conhecida como “Unheiro”. A região peri-ungueal 
fica inflamada, dolorida, inchada, avermelhada e 
pode se apresentar com secreção purulenta na base 
da unha; Ocorre empessoas que vivem com as mãos 
na água, como lavadeiras, jardineiros, cozinheiras e 
outros; 
2. Oníquia (onyxis): É consequência da paroníquia, 
que altera a formação da unha, crescendo ondulada 
e com alterações na superfície. 
 
Onicomicoses causadas por Fungos filamentosos 
Não Dermatófitos (FFND) 
Exemplo de onicomicose por Alternaria sp. 
 
 
c) Nos pelos: Ocorre com mais frequências em 
crianças, principalmente entre 2 a 10 anos. A tinha 
dos pelos apresenta duas manifestações clínicas a 
primeira tonsurante e a segunda alopeciante, ambas 
causando queda de cabelo. 
Geralmente não lesam o pelo do couro cabeludo, 
localização mais próxima da face ou pescoço, por 
contiguidade penetram no couro cabeludo, os 
ácidos graxos são fungistáticos 
 
Tinea capitis tonsurante 
Lesões de tonsura, descamativa e pelos tonsurados, 
Alopécias não permanentes, Comum na infância, 
Regride espontaneamente na puberdade. 
Tinha tonsurante tricofítica: o agente é um 
dermatófio antropofílicos, as lesões são múltiplas 
 
Tinha tonsurante microspórica: O agente é um 
dermatófito, a lesão é única. Quando houver um 
processo inflamatório agudo e que deixa cicatriz é 
denominado “Kerion de Celsi” 
 
Tinea capitis alopeciante ou fávica, fasosa ou 
crostosa 
Alopécia definitiva, Crônica, Persiste no adulto. 
Hoje é rara e o agente é o Trichophyton schöenleinii 
Inicia em torno do pelo e com o contínuo depósito 
de secreção forma uma massa que toma o aspecto 
de uma crosta (favo de mel) também chamadas de 
“escútulas ou godet” com odor “urina de rato” 
• Outras dermatofitoses: outros dois tipos de 
dermatofitoses importantes seriam o granuloma 
tricofítico que se criam nódulos subcutâneos que 
causam ulceração e o micetoma dermatofítico que 
também são nódulos subcutâneos que evoluem para 
uma fístula que drena secreção. 
Diagnósticos das micoses cutâneas: 
a) Exame direto: não é possível diferenciar gênero 
ou espécies somente identificar a presença de hifas 
artroconídiadas. 
b) Amostras: pelos atingidos são arrancados e a 
parte da pele atingida é raspada. 
c) Meios de cultura: ágar Sabouraud dextrose, ágar 
Sabouraud dextrose com cloranfenicol e 
cicloheximida, meios de cultura para pigmentação, 
meios de cultura para esporulação, incubação entre 
25° e 30° e o tempo entre 15 e 30 dias. 
d) Provas adicionais: uréase, ataque ao pelo, 
nutrientes/vitaminas, aminoácidos e pigmentação. 
e) Identificação: os dermatófitos produzem conídios 
e esporos. Se for reprodução sexuada vai gerar 
ascósporos, e se for reprodução assexuada os 
macros e microconídios. 
Epidermophyton floccosum 
A colônia é de aspecto: verde limão e 
posteriormente se torna pulverulenta. A colônia 
velha apresenta pleomorfismo precoce com a 
presença de clamidoconídios. 
 
 
Na micromorfologia da colônia: Os macroconídios 
são em Forma de raquete com 3 ou mais nas 
extremidades das hifas. Os microconídios estão 
ausentes. 
Microsporum spp. 
O diagnóstico só é possível realizar através do 
aspecto macroconídio. 
 
Microsporum canis 
O aspecto da colônia é: Branca aveludada, 
Algodoada, Verso alaranjado 
Os 
macroconídios são fusiformes, multisseptados (6 a 
15 células), com paredes rugosas e espessas. É um 
fungo zoofílico encontrado em cães, gatos, cavalos. 
Microsporum gypseum 
O aspecto da colônia é: Pulverulenta, Cor camurça; 
“café com leite”; “açúcar com canela”, Verso 
pigmento pardacento. 
 
A micromorfologia da colônia é: Presença de 
numerosos macroconídios fusiformes, 
multisseptados (3 a 9 células), com paredes rugosas 
e finas. É um fungo geofílico. 
Trichophyton spp. 
O diagnóstico é feito pela forma do microconídio 
(aleurias). Apresenta espirais eventualmente. As 
espécies mais frequentes são o T. mentagrophytes, 
T. rubrum e o T. schoenleiniii 
T. mentagrophytese T. rubrum: A colônia de 
ambos se apresenta: Algodoada ou pulverosa, 
Branca com verso bege claro a vinho escuro 
amarelo; marrom ou inexistente. 
 
Micromorfologia da Colônia do T. mentagrophytes 
apresenta microconídios redondos; isolados ou em 
cachos (rácimo) ao longo da hifa. TESTE DA 
UREASE E PERFURAÇÃO DO PELO 
POSITIVO. 
 
Micromorfologia da colônia do T. rubrum: Os 
Microconídios tem aspecto de “gota de lágrima”. 
TESTE DA UREASE E PERFURAÇÃO DO 
PELO NEGATIVO. 
 
T. schoenleiniii: A colônia apresenta: Crescimento 
lento, branca, algodoada e sulcada. A 
micromorfologia da colônia contém Hifas com 
ramificações aberrantes semelhante a “candelabros 
fávicos” 
 
 
Antifúngicos

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