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Resumão Patologia M3 – PR1 Lesão Reversível É uma isquemia transitória, Alterações que são fáceis de reverter o processo, ou seja, a célula agredida por estímulos nocivos sofrendo alterações morfológicas e funcionais, se mantem viva e se recupera do estímulo. Célula normal com lesão reversível – Tem uma alta concentração de potássio (normal) + alta concentração de sódio intracelular então ocorre um aumento de concentração de soluto e o soluto puxa água por osmose (primeiro Possesso de Tumefação). Com um processo isquêmico temporário: Sangue volta -> estimula autofagia –> mitocôndria volta a TP -> respiração aeróbica volta -> ponto de homeostase de novo. Lesão irreversível É uma lesão intensa e por um tempo prolongado, sensibiliza a célula, impossibilitando-a de responder e se adaptar, caminhando para a morte celular. obs.: se a lesão se permanecer por muito tempo e mesmo assim a célula conseguir responder e ter uma resposta da célula no padrão adaptativo. Nesses casos podem ter, hiperplasias (aumento do número de células em um órgão ou tecido), hipertrofia (aumento e crescimento das células), atrofia (redução no desenvolvimento de uma parte do corpo. Os músculos podem diminuir de tamanho e perder a capacidade de locomoção), displasia (desenvolvimento celular fora do normal,) e metaplasia (alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal), é substituído por outro tipo celular de mesma linhagem. EX: esôfago de barret). Se o processo lesivo não finaliza, criasse a tumefação: ruptura das organelas, componentes intracelulares em desordem vão fazer uma contração do núcleo até o núcleo ficar clivado por meio da enzima sobre o substrato, e quando a célula fica sem núcleo, chega ao processo de necrose. Diferente do apoptose, que ocorre uma permanência da membrana plasmática com o desmonte de proteínas do citoesqueleto, núcleo e conteúdo celular desmonta, formando corpos apoptóticos que vão ser fagocitados pelos macrófagos. Deleção de ATP:Podução de ATP reduzida por falta de oxigênio, ou seja, sem ATP bomba de sódio e potássio não funciona e começa uma tumefação. A célula vai manter sua fonte de energia por meio da glicose anaeróbica que acumula reserva de ac lático -> diminui PH -/. Gera acidose -> Desnaturação de PTN. Também pode ocorrer uma hipoxia (caso da placa de ateroma, que consiste na redução do calibre de um vaso, oferta sanguínea reduzida, levando a lesão celular). Resumão Patologia M3 – PR1 obs: base de muitas doenças isquêmicas. Radicais livres: Desequilíbrio entre os sistemas causa eliminação de radicas livres e estresse oxidativo. Calcio intracelular: Altera a bomba de cálcio, que esta presente na membrana das células. O cálcio intracelular vai otimizar as reações e ativar as enzimas em um padrão deletérico -> ativação fosfolípide -> ativação da protease (quebra PTN estruturais do citoesqueleto da célula) -> ativação endonucleases (quebra material genético) -> ativa ATPase (reduz produção de ATP). Defeitos Permeabilidade de membrana: pode ocorrer por causa de uma Disfunção mitocondrial, perda de fosfolipídios, anormalidade do citoesqueleto, espécies reativas de Ox, produtos de degradação dê lipídeos etc. Dobramento anormal de PTN: Os processos de alteração podem atrapalhar a produção de chaperonas que irão conduzir o dobramento correto das PTNS, e quando não são dobradas corretamente geram um estresse no reticulo endoplasmático rugoso, podendo gerar a morte celular (lesão irreversível) ou pode também ocorrer uma lesão reversível. Acúmulos Intracelulares São alterações hídricas ou edemas celulares (aumento no tamanho da célula por acúmulo de água no citoplasma). 1. Nível – grave: Inchação turva (aumento da intensidade dessa função celular, levando a quebra da homeostase celular, por meio do mau funcionamento da bomba de sódio e potássio). 2. Nível + grave: formação de vacúolo (grandes vesículas originadas do retículo endoplasmático que armazenam substâncias, fazem a digestão e controle osmótico). Alterações Lipídicas: Acúmulo de gordura no citoplasma do vacúolo. a) Esteatose – Mudança do tamanho e coloração do fígado, é o acúmulo de triglicerídeo nos hepatócitos. Pode causas uma fibrose (início da cirrose) por conta da produção de colágeno e vale ressaltar que a área fibrosada não se regenera. b) Aterosclerose – Degeneração por conta da presença de gordura (LDL) na túnica intima das artérias. LDL na túnica intima é fagocitado pelos monócitos -> placa de ateroma diminui a luz do vaso -> inflamação gera fatores que recrutam células que formam uma capa na musculatura lisa -> placa de ateroma (caso se rompa pode formar um coágulo). Amiloidose: Acúmulo de Proteína intracelular. EX: córtex cerebral (região com Suas células contêm muitos lipídeos que nos preparados dissolvem-se dando um aspecto vacuolizado e, devido a tal fato, também são conhecidas como esponjinocitos). Resumão Patologia M3 – PR1 obs: A placa senil no córtex cerebral que é formada por amiloide, distancia os neurônios, causando uma atrofia neuronal por meio da não utilização. Acúmulo de carboidrato Antracose: presença de Anthrax no pulmão que é dificilmente digerido. Pigmento negro. SiLicose: A Sílica que é insolúvel causa uma fibrose permanente, causa cor pulmonale e hipertrofia do ventrículo direito. Asbestose: Fibras aspiradas que no pulmão forma granulomas de corpo estranho, causando fibrose pulmonar e pleural, o asbesto forma o granuloma e induz neoplasia. Pigmentação Endógena: a) Hemosiderose – acúmulo de hemossiderina (pigmento da hemoglobina). b) Bilirrubina – Degeneração de hemácia velha, quando metabolizada no baço vira biliverdina e causa a icterícia. c) Pigmentos melânicos – Feo melanina (claro) e eumelanina (Escuro). O melanoma de espalhamento superficial, forma contida, diferente do melanoma nodular que ultrapassa seu limite, invadindo estruturas e tecidos. Melanoma Lentiginoso acral, é agressivo, raro em pês claras e tem melanoniquia estaiada. Melanoma lentiginoso maligno, é pouco frequente, limites irregulares, mais comum em pessoas idosas. a) Calcificação distrófica – presença de sais em tecidos que são lesados e causa necrose. Pode ser causado por uma tuberculose ou endocardite. Morte celular ocorre após uma lesão celular irreversível, que pode ter diferentes causas, e é importante no estudo do câncer, doenças autoimunes e neuro degeneração. O processo é caracterizado basicamente pela perda da integridade da membrana plasmática da célula e consequente fragmentação do núcleo celular. A morte celular pode ser: Acidental: Trauma tecidual causado por uma doença grave que levou a lesão celular, Ex: necrose. Programada: associada a processos fisiológicos normais, envolve um programa genético regulado, EX: apoptose. Apoptose “Suicídio celular”, quer energia e síntese proteica para sua execução. É manifestado por uma desorganização dos componentes celulares que elimina células, com o mínimo de lesão dos tecidos adjacentes. Desencadeia um processo de ativação enzimática que vai terminar com a clivagem do DNA (isso tem gasto de energia). A célula começa a murchar/encolher, processo denominado de corpos apoptóticos e por não ocorrer a lesão, ruptura da membrana plasmática eles são removidos por fagocitose, os fagócitos conseguem reconhecer as membranas plasmáticas e fagocitar sem gerar inflamação. Resumão Patologia M3 – PR1 Fases do apoptose: 1. Retração celular 2. Condensação da cromatina 3. Formação de bolhas citoplasmática e corpos apoptóticos 4. Fagocitose por macrófagos. As moléculas relacionadas com a apoptosesão as pro-caspases, que vão ser clivadas em pontos específicos. As pro-caspases quando ativadas dão início a apoptose. A diferença das vias é a forma como são iniciadas Via intrínseca/Via mitocondrial: Caspase 9 e caspase 12. Ocorre pelo aumento de permeabilidade da membrana mitocondrial externa, liberando assim moléculas indutoras de morte. Proteína mal dobrada (estresse RE), lesão de DNA etc, levam apoptose por vai mitocondrial. Ponto de encontro: Caspase-3. Via extrínseca/Via receptor de morte: Caspase-8. Receptores de morte são moléculas expressadas por diversas células que disparam a apoptose. Esta envolvida na eliminação de linfócitos autorreativos e na eliminação de células-alvo por alguns linfócitos T citotóxicos. A maioria das moléculas são Fatores de necrose tumoral (TNF) (ativa cascatas inflamatórias), pois possuem sua área citoplasmática “domínio de morte” conservada, seus receptores de morte prototípicos são do tipo TNF-1 e FAS (se liga ao FAZ ligante, que é expresso, gerando uma cascata de ligação intracelular/ domínio de morte). Necrose Incapacidade de restauração do equilíbrio homeostático, causado por hipoxia, a gentes físicos ou químicos, infecciosos, reações imunes, danos genéticos etc. Afeta produção de ATP, manutenção de DNA etc. Picnose: núcleo retraído. Cariorrexia: núcleo fragmentado. Cariolise: destruição/lise do DNA nuclear, a cromatina é dissolvida (perda dos núcleos). Necrose por coagulação – destruição das proteínas, preservação da linha marginal da célula, vai se romper e liberar o conteúdo intracelular e gerar uma resposta inflamatória. Hipoxia -> respiração anaeróbica -> acidose intracelular -> Desnaturação das PTN. Necrose por liquefação – Digestão enzimática, ou seja, provocada pelas próprias enzimas ou por enzimas de células que vão migrar (autólise ou heterólise) portanto serão infiltrados pelos leucócitos. 1. Infecção bacteriana -> Eventos quimiotáticos -> infiltrados de leucócitos -> degranulação do lisossomo -> Digestão enzimática heterólise. 2. Hipoxia(isquemia) -> Respiração anaeróbica -> aumento da acidose -> ação na bainha de mielina -> digestão enzimática por autólise. Resumão Patologia M3 – PR1 Necrose caseosa – Tecido é preservado, resposta inflamatória mediada por macrófago, linfócito, então quando a destruição tecidual, a presença de PTN com Lipídeos dá uma aparência de “queijo fresco”. Resposta inflamatória de hipersensibilidade -> Mistura de PTN com lipídio -> Aparência de queijo fresco na área necrosada -> material mole, acinzentado e friável. Necrose Gomosa – Acontece pela bactéria Treponema Palidum que é da sífilis, há uma formação de massa compacta, desencadeia uma reposta infamatória em mucosas. PTN mucoide -> reposta inflamatória - > degranulação de leucócito + PTN -> aspecto compacto. Necrose gordurosa enzimática – Áreas focais de destruição de gordura, resultante de ativação de lipases pancreáticas na substância do próprio pâncreas e na cavidade peritoneal. Obstrução do esfíncter de Oddi -> lipase retida no pâncreas -> digestão enzimática do tecido adiposo pancreático -> AC. Graxos + cálcio = aspecto de parafina derretida. Necrose Fibrinoide – Inflamação intensa nos vasos sanguíneos, deposito de complexo imune na parede macular, ativando o sistema complemento (função de estimula inflamação), ação que vai provocar a produção de substâncias pro- inflamatórias, gerando u extravasamento de fibrinas e plasma para o interstício/para o espaço extravascular, coagulando e gerando necrose do tecido. Gangrena - É a morte de tecidos do organismo. Ela afeta principalmente as extremidades, como dedos dos pés e mãos, mas também pode atingir órgãos internos. Apresenta-se de diferentes formas, dependendo, por exemplo, de suas causas e da velocidade em que o processo se instala. 1. Gangrena úmida: formação de edemas, amolecimento da pele, tecido necrosado com bactérias saprofitas. 2. Gangrena gasosa: infecção do tecido muscular com risco à vida causada principalmente pela bactéria anaeróbia Clostridium perfringens, podendo haver a produção de gases. Mortes Atípicas a) Catástrofe mitótica- ocorre no processo de divisão celular, controla mitose, para evitar mutação há morte celular. b) Autofagia – controle e emoção de organelas danificadas, acontece quando apropria célula digere seu conteúdo pelos lisossomos, podendo provocar digestão total das células. c) Necroptose/Necrose programada – Ativadas pelos ligantes de apoptose, TNF e FAZ L, causada por infecções virais, dieta rica em gordura (fígado), doença de crohn e outros. d) Netose (NETS) – morte celular de neutrófilos em infecções amplas, que liberam seus componentes com objetivo de contenção e eliminação de patógenos com alta eficiência. EX: sepse (Quando as bactérias ou vírus de uma infecção contaminam a corrente sanguínea, pode evoluir para um quadro de septicemia. Isso ocorre quando as bactérias se multiplicam e infectam o sangue, o que pode ocasionar a infecção generalizada e levar a pessoa à morte). Resumão Patologia M3 – PR1 Adaptações Celulares Alterações reversíveis adaptativas ao estrese: Ocorre um uma mudança de padrão para não haver morte celular. Hipertrofia: Redução de volume da célula. Célula murcha porque perdeu seu conteúdo, estimulando o deposito de colágeno e ocorre a autofagia. Atrofia: Redução no desenvolvimento de uma parte do corpo. Os músculos podem diminuir de tamanho e perder a capacidade de locomoção, diminuição do órgão, reduz tamanho e volume celular, deficiência de nutrição celular, muito associado a apoptose e autofagia. Hipertrofia: aumento do volume e produção de PTN Estruturais das células (aumento do metabolismo intracelular). Hiperplasia: aumento do número de células em um órgão ou tecido. Fatores estimulantes: hormônio (bomba), capacidade de auto renovação aumentada, hipersensibilidade a fatores de crescimento etc. Metaplasia: alteração na diferenciação celular, troca de tipo celular com outra da mesma origem. EX: esôfago de barret (epitélio igual do intestino, pseudoestratificado com células caliciformes ou metaplasia escamosa (fumante, estratificado pavimentoso). Displasia: Desenvolvimento celular anormal, todos os parâmetros da célula estão alterados. Neoplasia Ocorre uma proliferação local de clones celulares atípicos, crescimento excessivo e progressivo, com tendencia de perda de diferenciação celular. Indução – alteração na molécula de DNA. Translocação Quebra de cromossomo, trocando seus fragmentos com fragmentos de outros cromossomos = translocação equilibrada. Promoção Ambiente favorável para a célula permanecer no organismo, ambiente que encoraja!!! Carcinógeno -> lesão do DNA -> Correção e apoptose inibida-> mutação -> proliferação -> câncer. Genes Genes Proto-Oncogenes: Quando mutados viram oncogenes e Deixam de proteger e controlar o crescimento celular. Genes supressores de tumor: Controlam a Proliferação genica, quando mutados deixa, de impedir a proliferação celular. Genes de reparo de DNA: Quando mutados perdem a capacidade de consertar os genes defeituosos. Genes de apoptose: A célula neoplásica super expressa os genes anti-apoptoticos. Resumão Patologia M3 – PR1 Progressão do tumor Uma célula normal com alteração induzida por carcinógeno. A partir daqui ela vai formar clones neoplásicos. Existe a possibilidade dela produzir novos clones com a mesma mutação que deu origem à célula neoplásica. Agora, existe também a possibilidade de produção de células com somatório de mutações. Transformação é o evento classificado na literatura da célula normal setornar uma célula neoplásica. Progressão é o processo de formação de novos clones, porém com aquisição de mutações adicionadas. E ao final, tem um tumor totalmente heterogênico. A célula neoplásica também estimula o estroma adjacente. Ela produz fator de crescimento e estimula que o tecido adjacente produza o fator de crescimento para favorecer o crescimento dela, e principalmente fator de crescimento endotelial vascular que é para garantir vasos sanguíneos no entorno dela para a chegada de sangue, oxigênio, nutrientes, glicose. Tem variantes genéticas com capacidade de metástase. Ela é capaz de produzir colagenase para abrir espaço para o tecido. É capaz de cair em via circulatória e produzir laminina que é proteína de adesão. No novo local, produz fatores de crescimento, fatores de crescimento endotelial vascular. Para eliminar esse tumor pode ser ou por processo cirúrgico ou radiação. O tratamento de radioterapia é localizado, a quimioterapia que vai para a circulação sanguínea e pode, além de tentar eliminar, estragar outras células. Por isso pode adquirir um tumor secundário. Existe um novo exame, a PET que é por marcação de glicose. A célula neoplásica tem uma característica de absorver muita glicose, ela utiliza muita glicose não para a produção de ATP, mas para roubar carbono para que ela possa construir suas estruturas. À partir de um exame desses, você̂ consegue até́ fazer a marcação, grau de disseminação. A apoptose é necessária para que haja o desenvolvimento normal do embrião; Desenvolvimento inicial do sistema nervoso (eliminação de células que falham em estabelecer conexão sináptica funcional); Homeostase de linfócitos T no timo e B na medula óssea durante o seu processo de amadurecimento. Os linfócitos sofrem um controle rigoroso na sua produção, no caso do T ou B. Esses linfócitos são treinados para que não reconheçam/reajam a coisas próprias, ou seja, não reconheça seus próprios antígenos. Aqueles linfócitos que são gerados e capazes de reconhecer seu próprio antígeno, ele sofre apoptose para não se tornar autoimune. Ela é superimportante para que exista esse controle para a não geração de células auto reativas; Eliminação de células apresentando danos severos no DNA que não podem ser reparados apropriadamente, essa função em específico do apoptose evita danos irreversíveis do DNA para evitar danos mais graves à outros tipos celulares.
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