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RESUMO DIGITAL DE DIREITO CIVIL I

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Apostila do curso de
Direito
Preparação OAB
BY JULIANE LIMA
@_JULIANESLIMA
RESUMO DIGITAL
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
• 
↝ Direitos não patrimoniais = Tratam dos direitos da 
personalidade, direito à vida, liberdade, honra 
↝ Direitos patrimoniais= Tratam dos direitos que envolvem 
valores econômicos como: 
-Direito das Obrigações (Direito Pessoal): é o direito do credor 
contra o devedor, tendo por objeto uma determinada 
prestação. Relação crédito e débito. 
-Direitos Reais (Direito das coisas, propriedade, posse, 
usufruto): é o poder – direto e imediato – do titular sobre a 
coisa, com exclusividade e contra todos. Relação entre pessoa 
e coisa. 
*Relação de credor e devedor é um acordo de vontades em 
torno de um objeto → lícito, possível, determinado e 
determinável. 
Obs.: Este objeto tem que ter função de DAR= COISA (art. 
233 e s CC), FAZER= PRESTAR SERVIÇO (Art. 247 e 249) 
ou NÃO FAZER= OMISSÃO (art. 250 e 251 CC). 
Obs.: Obrigação é confiança. O que é gratuito não é obrigação. 
• 
↝ Passar um bem móvel ou imóvel para outra pessoa para 
assumir uma obrigação que era de outra pessoa. Ex.: vender 
um carro antes de pagar todas as prestações, o comprador 
assumirá por diante. 
• 
↝ Formas encontradas para conseguir pagar o objeto 
Obs.: Credor não é obrigado a aceitar este tipo de pagamento 
Obs.: O que vale é o acordo feito inicialmente entre credor e 
devedor. 
Obs.: Credor e devedor devem ter cuidado com as cláusulas 
abusivas (vantagem econômica sobre o outro) 
• 
↝ Partes (sujeitos): Credor e devedor, pessoa capaz, 
manifestação da vontade (expressa e tácita). 
Obs.: Se o objeto for imóvel a manifestação precisa ser 
expressa e solene. 
↝ Objeto: Lícito, possível (física), determinado (gênero, 
quantidade, qualidade), determinável (gênero, quantidade) 
↝ Forma: Os direitos reais têm origem na lei. Os direitos 
pessoais não resultam da lei, nascem de contratos entre 
pessoas. 
↝ Duração: Os direitos pessoais são transitórios, nascem, 
duram certo tempo e se extinguem. Os direitos reais são 
perpétuos, não se extinguindo pelo não uso. 
Exceção: Causas expressas em lei = desapropriação, 
usucapião em favor de terceiros, perecimento da coisa, 
renúncia, etc. 
• 
↝ Essa prestação debitória, que é o objeto da relação 
obrigacional é ação ou omissão a que ficará adstrito o devedor 
e que o credor terá direito de exigir. 
• 
↝ Imaterial, abstrato. É o ato legal que sujeita o devedor a 
determinada prestação em favor do credor. Abrange o dever 
da pessoa obrigada (debitum) e sua responsabilidade em caso 
de não-cumprimento. 
• 
A) Obrigação: quando cumprida, extingue-se. 
B) Responsabilidade: somente nasce quando não for 
cumprida a obrigação 
↝ Obs.: Entretanto, há dois casos de obrigação não cumprida 
e que não geram responsabilidade: dívidas prescritas e dívidas 
de jogo (não podem ser cobradas) 
• 
↝ Em essência e na estrutura, a obrigação natural não difere 
da obrigação civil: trata-se de uma relação de débito e crédito 
que vincula objeto e sujeitos determinados. 
↝Todavia, distingue-se da obrigação civil por não ser 
dotada de exigibilidade jurídica. 
↝ Art.882, CC. Não se pode repetir o que se pagou para 
solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente 
inexigível. 
• 
↝ As obrigações, em uma classificação básica, poderão ser: 
POSITIVAS (de dar – coisa certa ou coisa incerta; de fazer) e 
NEGATIVAS (de não fazer). 
A) Fracionárias: Nas obrigações fracionárias, concorre uma 
pluralidade de devedores ou credores, de forma que cada 
um deles responde apenas por parte da dívida ou tem 
direito apenas a uma proporcionalidade do crédito. Uma 
obrigação pecuniária (de dar dinheiro), em princípio, é 
fracionária 
B) Conjuntas: Neste caso, concorre uma pluralidade de 
devedores ou credores, impondo-se a todos o 
pagamento conjunto de toda a dívida, não se autorizando 
a um dos credores exigi-la individualmente. 
C) Disjuntivas: Nesta modalidade de obrigação, existem 
devedores que se obrigam alternativamente ao 
pagamento da dívida. Vale dizer, desde que um dos 
devedores seja escolhido para cumprir a obrigação, os 
outros estarão consequentemente exonerados, cabendo, 
portanto, ao credor a escolha do demandado. 
De tal forma, havendo uma dívida contraída por três 
devedores (A, B, C), a obrigação pode ser cumprida por 
qualquer deles: ou A ou B ou C. 
D) Solidárias: Existe solidariedade quando, na mesma 
obrigação, concorre uma pluralidade de credores, cada 
um com direito à dívida toda (solidariedade ativa), ou uma 
pluralidade de devedores, cada um obrigado à dívida por 
inteiro (solidariedade passiva). 
A solidariedade não se presume nunca: resulta da lei ou da 
vontade das partes. 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
• 
A) Facultativas ou disjuntivas: São aquelas que têm por 
objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor 
exonera-se cumprindo apenas uma delas. Ex.: escolher 
entre festa de aniversário ou viagem. 
B) Facultativas: Ocorre quando, tendo um único objetivo, o 
devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida 
por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente. 
Ex.: Anúncio de sorteio de um carro, mas caso não ocorra, 
o devedor pode dar o dinheiro em substituição, o credor 
não escolhe, somente o devedor. 
Obs: Não se confunde com a obrigação alternativa, cujo 
objeto já “nasce” composto. 
C) Cumulativas ou conjuntivas: São as que têm por objeto 
uma pluralidade de prestações, que devem ser cumpridas 
conjuntamente. Ex.: É o que ocorre quando alguém se 
obriga a entregar uma casa e certa quantia em dinheiro. 
D) Divisíveis e indivisíveis: As divisíveis são aquelas que 
admitem o cumprimento fracionado ou parcial da 
prestação; as indivisíveis, por sua vez, só podem ser 
cumpridas inteiro (por natureza, ordem econômica, 
vontade das partes) 
E) Líquidas e Ilíquidas: Líquida é a obrigação certa quanto à 
sua existência, e determinada quanto ao seu objeto. A 
prestação, pois, nesses casos, é certa, individualizada, a 
exemplo do que ocorre quando alguém se obriga a 
entregar ao credor a quantia de R$100,00. A obrigação 
ilíquida, por sua vez, carece de especificação do seu 
quantum, para que possa ser cumprida. 
• 
A) Condicionais: Trata-se de obrigações condicionadas a 
evento futuro e incerto, como ocorre quando alguém se 
obriga a dar a outrem um carro, quando este se casar. 
B) A termo: Se a obrigação subordinar a sua exigibilidade ou 
a sua resolução, outrossim, a um evento futuro e certo, 
estaremos diante de uma obrigação a termo. 
C) Modais: As obrigações modais são aquelas oneradas com 
um encargo (ônus), imposto a uma das partes, que 
experimentará um benefício maior. 
• 
A) De meio: é aquela em que o devedor se obriga a 
empreender a sua atividade, sem garantir, todavia, o 
resultado esperado. Ex.: As obrigações do médico, em 
geral, assim como as do advogado, são, 
fundamentalmente, de meio, uma vez que esses 
profissionais, a despeito de deverem atuar segundo as 
mais adequadas regras técnicas e científicas disponíveis 
naquele momento, não podem garantir o resultado de sua 
atuação (a cura do paciente, o êxito no processo). 
B) De resultado: O devedor se obriga, não apenas a 
empreender a sua atividade, mas, principalmente, a 
produzir o resultado esperado pelo credor. Ex: em geral, 
a obrigação do médico é de meio, no entanto, no caso 
do cirurgião plástico (cirurgia plástica estética), a 
jurisprudência entende ser de resultado. 
C) De garantia: Têm por conteúdo eliminar riscos que pesam 
sobre o credor, reparando suas consequências. A do 
segurador e a do fiador, a do contratante, relativamente 
aos vícios redibitórios, nos contratos comutativos (CC, 
arts.441 e s.); a do alienante, em relação à evicção, nos 
contratos comutativos que versam sobre transferência de 
propriedade ou de posse (CC, arts. 447 e ss); a oriunda 
de promessade fato de terceiro (CC, art. 439). 
 
*Em todas essas relações obrigacionais, o devedor não se 
liberará da prestação, mesmo que haja força maior ou caso 
fortuito, uma vez que seu conteúdo é a eliminação de um 
risco, que, por sua vez, é um acontecimento casual ou fortuito, 
alheio à vontade do obrigado. Assim sendo, o vendedor, sem 
que haja culpa sua, estará adstrito a indenizar o comprador 
evicto; igualmente, a seguradora, ainda que, por ex.emplo, o 
incêndio da coisa segurada tenha sido provocado dolosamente 
por terceiro, deverá indenizar o segurado (Maria Helena Diniz) 
• 
↝Conceito: é uma situação de comprometimento (vínculo) 
entre os sujeitos 
↝ Designa tanto os deveres de uma parte quanto os direitos 
de outra 
↝ Engloba, portanto, a situação total, numa acepção ampla 
do termo 
• 
↝ Critério Objetivo: Leva em conta o objeto da obrigação 
-Divide as obrigações em: 
*Obrigações de Dar 
*Obrigações de Fazer 
*Obrigações de Não Fazer 
Obs.: Muitos consideram também a existência das Obrigações 
Pecuniárias, com regime construído pela doutrina, por leis 
esparsas e por alguns conceitos das Obrigações de Dar. 
↝ Critério subjetivo: leva em conta o número de sujeitos 
envolvidos na obrigação 
↝Existe quando a prestação a ser realizada for alguma coisa 
a ser entregue pelo devedor ao credor 
↝Têm como finalidade a troca do domínio, a transferência do 
uso, ou ainda a restituição do uso da coisa 
↝A coisa pode ser certa ou incerta 
- Espécies: 
*Obrigação específica: de dar coisa certa (arts. 233 a 242) 
*Obrigação genérica: de dar coisa incerta (arts. 243 a 246) 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
- Prestações possíveis: 
*Obrigação de dar (direito pessoal) 
*Obrigação de restituir (envolve devolução – ver art. 238, CC) 
*Obrigação de contribuir (ver art. 1.315, CC) 
*Obrigação de solver dívida em dinheiro 
↝ Coisa especificada em gênero, quantidade, qualidade 
↝Existe quando a coisa é especificada, perfeitamente 
individualizada e indicada na celebração do contrato 
↝Se resolve com a tradição (entrega) da coisa. Obs.: Se for 
coisa imóvel não basta a tradição, tem que ter o registro feito 
em cartório 
↝ Os acessórios acompanham a coisa principal, salvo 
acordado em contrário (princípio da gravitação jurídica) 
↝ Princípio da Gravitação Jurídica: Bem acessório segue o 
principal 
• 
Quem responde pela perda ou deterioração do bem? 
Res perit domino – a coisa perece para o dono / o dono 
suporta a perda do objeto 
Até antes da entrega a coisa pertence ao devedor 
↝ Perda da coisa (art. 234, 1º parte, CC) 
↝ Perda sem culpa do devedor: 
- “Se a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a 
obrigação para ambas as partes”. Devedor suporta a perda e 
credor não paga o preço, se já tiver pago ele tem direito a 
devolução, sem acréscimo. Ex.: Força maior 
↝ Perda por culpa do devedor: 
- “Se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este 
pelo equivalente e mais perdas e danos” 
* A culpa pode ser por: negligência, imperícia ou imprudência 
-Equivalente= em dinheiro 
-Perdas e danos: dano emergente e lucro cessante (art. 402, 
CC) 
 
 
↝ Quando estamos diante de um defeito da coisa 
↝ Deterioração sem culpa do devedor (Art. 235) 
-Credor resolve a obrigação; ou 
-Aceita a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu 
*Esse abatimento vai depender do acordo entre credor e 
devedor 
↝ Deterioração com culpa do devedor (Art. 236) 
-Credor exige o equivalente, mais perdas e danos 
-Credor aceita a coisa no estado em que se encontra, mais 
perdas e danos 
• 
↝ Subespécie da obrigação de dar 
↝ Existência de coisa alheia em poder do devedor, a quem 
cumpra devolvê-la ao dono 
↝ Difere-se da obrigação de dar porque NÃO ocorre 
transferência de domínio 
• Sem culpa do devedor: art. 238, CC 
- Sofrerá o credor a perda e a obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos até o dia da perda 
• Com culpa do devedor: art. 239, CC 
- Devedor responderá pelo equivalente mais perdas e danos 
• Sem culpa do devedor: art. 240, 1ª parte, CC 
-O credor suportará o prejuízo, sem direito à indenização 
• Com culpa do devedor: art. 240, 2ª parte, CC 
-O devedor responderá pelo equivalente em dinheiro, mais 
perdas e danos 
↝ Existe quando a coisa é genérica, não é perfeitamente 
especificada 
↝ A coisa deve ser indicada, ao menos, pelo gênero e pela 
quantidade 
↝ Têm caráter inicial e transitório 
↝ Quando houver a escolha da coisa, a obrigação passará a 
ser de dar coisa certa 
↝ A escolha se faz, via de regra, pelo devedor, porém pode 
ser estabelecido no contrato que a escolha cabe ao credor ou 
a terceiro 
↝ O devedor e o terceiro devem escolher observando o 
“princípio da qualidade média” 
↝ Critério do meio termo ou critério da qualidade 
intermediária= o devedor quando for escolher não é obrigado 
a escolher o que existe de melhor, e nem o pior. 
Obs.: 
↝ Porém o credor teria a possibilidade de reservar para si as 
melhores coisas do gênero 
↝ São tratadas entre o art. 874 e 877 do CC 
 
 NÃO ESQUECER!!!!!!!!!!!!!!!!! 
A) SUJEITO ATIVO - É O CREDOR, AQUELE QUE 
TEM DIREITO A UMA PRESTAÇÃO; 
B) SUJEITO PASSIVO - É O DEVEDOR, AQUELE QUE 
DEVE REALIZAR A PRESTAÇÃO. 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
↝ É aquela em que o devedor se vincula a determinado 
comportamento, consistente em praticar um ato ou realizar 
uma tarefa, donde decorre uma vantagem para o credor 
↝ Segundo Maria Helena Diniz, “a obrigação de fazer é a que 
vincula o devedor à prestação de um serviço ou ato positivo, 
material ou imaterial, seu ou de terceiros, em benefício do 
credor ou de terceira pessoa”. 
*EX.: O empreiteiro que austa a construção de uma casa. Ex.2: 
O escritor que promete a um jornal uma série de artigos. 
• 
↝ A diferença está em verificar se o dar ou o entregar é ou 
não consequência do fazer. 
↝ Se o devedor tem de dar ou entregar alguma coisa, não 
tendo, porém de fazê-la, previamente, a obrigação é de dar; 
todavia, se primeiramente, tem ele de confeccionar a coisa, 
para depois entrega-la, se tem ele de realizar algum ato, do 
qual será mero corolário o de dar, tecnicamente, a obrigação 
é de fazer 
• 
• : 
*São aquelas em que a pessoa do devedor constitui 
preocupação essencial do credor, uma vez que se levam em 
contas as qualidades pessoais do obrigado. Geralmente quando 
não se percebe pela qualidade, está expresso no contrato. 
*Nas obrigações infungíveis, o negócio se estabelece intuitu 
personae, pois o credor só visa à prestação avençada, se 
fornecida por aquele devedor cujas qualidades pessoais ele 
tem em vista 
Ex: Alguém contrato um pintor célebre para confeccionar um 
retrato 
Ex: O advogado renomado que é contrato pelo cliente para 
defende-lo no Tribunal do Júri 
 
 
 
• 
*É aquela em que a pessoa do devedor não figura com 
relevância 
*É aquela em que prestação do ato pode ser realizada 
indiferentemente tanto pelo devedor como por terceiro 
*Não leva em consideração as qualidades pessoais do obrigado 
Ex: Dono do automóvel que encomendou sua limpeza é, de 
certo modo, indiferente qual pessoa irá lavá-lo 
Art. 249 
• 
*DOIS CASOS: impossibilidade de cumprimento da obrigação 
(sem culpa e com culpa do devedor) e o descumprimento da 
obrigação pela recusa do devedor (quando for infungível a 
obrigação e quando for fungível) 
I- Impossibilidade - ocorre quando a prestação se torna 
irrealizável 
a) Impossibilidade de cumprimento da obrigação sem culpa 
– o fato que tornou impossível a prestação é alheia a um 
comportamento censurável do devedor 
• Nesse caso, resolve-se a obrigação 
• Art. 248, 1ª parte 
• Ex.: Um cantor de ópera fica doente e perde a voz no dia 
da apresentação 
II – Inadimplemento voluntário da obrigação, que não se 
tornou impossível – Trata-se de mero descumprimento do 
dever 
Quandofor infungível a prestação: em regra, não pode o 
credor obter a sua execução direta, posto que isso envolveria 
agravo à liberdade individual do devedor 
Ninguém pode ser compelido a prestar um fato contra a sua 
vontade 
Portanto, ao credor só cabe requerer a reparação do prejuízo 
sofrido 
Nesse caso, responderá o devedor pelas perdas e danos 
Art. 247 
b) Quando for fungível a prestação e o devedor for moroso 
ou inadimplente: dá ao credor plena liberdade de mandar 
executar o fato, à custa do devedor, por terceiro, sem 
prejuízo do pedido da cabível indenização das perdas e danos 
Obs.: Via judicial 
O credor pode, também, resolver o contrato pleiteando a 
indenização do dado 
*Art. 249 
Mas, em caso de urgência, pode o credor, 
independentemente de autorização judicial, executar ou 
mandar executar o fato, sendo depois ressarcido 
*Art. 249, parágrafo único 
• 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
↝Consiste numa omissão (abstenção) por parte do devedor 
da prática de determinado(s) ato(s) que poderia fazer se não 
estivesse obrigado 
↝Têm regulação nos arts. 250 e 251 do CC 
Obrigação negativa 
*Ex: A pessoa que promete não vender uma casa a não ser 
ao credor 
*Ex: Comerciante que alienando seu estabelecimento, 
compromete-se a não abrir outro do mesmo gênero 
 
 
 
 
• 
 
 
 
*Pela inexecução culposa do devedor, ao realizar, por 
negligência ou por interesse, ato que não podia – duas são as 
possibilidades: 
a) O credor pode, então, exigir que o ato seja desfeito, sob 
pena de o desfazer a sua custa, ressarcindo o culpado as 
perdas e danos (art. 251) 
b) Se a obrigação de não fazer foi descumprida pelo 
devedor e não há como desfazer os efeitos do ato 
praticado, será o inadimplente condenado a pagar perdas 
e danos ao credor 
Obs: A única solução é a reparação do prejuízo 
• 
↝A obrigação simples só possui um objeto, mas a obrigação 
alternativa tem por objeto duas ou mais prestações, mas 
apenas uma será cumprida como pagamento. 
↝ É muito comum na prática, até para facilitar e estimular os 
negócios (ex: vendo minha casa por cem mil ou troco por 
terreno na praia; um artista bate no seu carro e se 
compromete a fazer um show na sua casa ou a pagar o 
conserto; o comerciante que se obriga com outro a não lhe 
fazer concorrência, ou então a lhe pagar certa quantia. 
A) Nasce com objeto composto, duas ou mais possibilidades 
de prestação; 
B) O adimplemento de qualquer das prestações resulta no 
cumprimento da obrigação, o que aumenta a chance de 
satisfação do credor, sem ter que se partir para as perdas 
e danos, caso qualquer das prestações venha a perecer. 
Como o credor aceitou mais de uma prestação como 
pagamento, qualquer delas vai satisfazer o credor (253 e 
256); a exoneração do devedor se dá mediante a 
realização de uma única prestação. 
C) O devedor pode optar por qualquer das prestações, 
cabendo o direito de escolha, de regra, ao próprio 
devedor (252); mas o contrato pode prever que a escolha 
será feita pelo credor, por um terceiro, ou por sorteio 
(817); 
D) Nas obrigações periódicas admite-se o jus variandi, ou seja, 
pode-se mudar a opção a cada período (§ 2º do art. 252). 
A doutrina critica essa mudança de prestação porque 
gera instabilidade para o credor. 
*Das obrigações alternativas: Art. 252 CC 
*Da escolha dos objetos: Arts. 253, 254, 255 e 256 CC 
• 
↝ Em geral, em uma obrigação existe apenas um credor e 
um devedor 
↝ Mas caso existam na mesma relação vários devedores ou 
vários credores, o razoável é que cada devedor pague apenas 
parte da dívida, e que cada credor tenha direito apenas a parte 
de prestação. 
↝ Tanto na indivisibilidade como na solidariedade, embora 
concorram várias pessoas, cada credor pode reclamar a 
prestação por inteiro, e cada devedor responde também pelo 
todo (259 e 264) 
- OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL: é aquela cuja prestação pode ser 
parcialmente cumprida sem prejuízo de sua qualidade e de 
seu valor (ex: uma dívida de cem reais pode ser paga em 
duas metades; um curso de Direito Civil pode ser ministrado 
em várias aulas). Mas a depender do acordo entre as partes, 
o devedor deve pagar de uma vez só, mesmo que a 
prestação seja divisível (314). 
 - OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL: a prestação só pode ser 
cumprida por inteiro (ex: quem deve um cavalo não pode 
dar o animal em partes, 258; mas se tal cavalo perecer e 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
a dívida se converter em pecúnia, deixa de ser indivisível, 
263). 
- CARACTERÍSTICAS DA INDIVISIBILIDADE: 
*Pluralidade de devedores: imaginem que um pai morre e 
deixa dívidas, seus filhos irão pagar estas dívidas dentro dos 
limites da herança recebida do pai (1792, 1997). Então o credor 
do pai terá mais de um filho para cobrar esta dívida. 
*Se a prestação for divisível, cada filho responde pela parte 
correspondente a sua herança, e a insolvência de um deles 
não aumentará a quota dos demais (257). 
*Mas se a prestação for indivisível, cada filho responde pela 
dívida toda, e aquele que pagar ao credor, cobrará o quinhão 
correspondente de cada irmão (259). A relação obrigacional 
antes era do credor com os filhos do pai morto, agora é do 
irmão pagador contra os outros irmãos. 
*E se a pluralidade for de credores? Sendo divisível a 
prestação, cada credor só pode exigir sua parte (257). Mas 
sendo indivisível aplica-se o 260, pelo que o devedor deverá 
pagar a todos os credores juntos, para que um não engane 
os outros. 
*Ou então o devedor deverá pagar àquele credor que prestar 
uma garantia ( = caução) de que repassará o pagamento aos 
outros (ex: João deve um carro a três pessoas, mas não 
encontra os três para pagar, assim, para se livrar logo daquela 
obrigação, paga ao credor que ofereceu uma fiança; se este 
credor não repassar o carro aos demais credores, o fiador 
poderá ser processado pelos prejudicados). 
*Se o devedor pagar sem as cautelas do art. 260, terá que 
pagar de novo àquele credor que, eventualmente, venha a 
ser lesado pelo credor que recebeu todo o pagamento, afinal 
quem paga mal paga duas vezes! 
*Diz-se por isso que o pagamento integral da dívida a um só 
dos vários credores pode não desobrigar o devedor com 
relação aos demais concredores. 
*Mas pagando o devedor corretamente, caberá aos credores 
buscar sua parte com o credor que recebeu tudo (261). 
*Tratando-se de coisa indivisível (ex: carro, barco, casa), 
poderão os credores usar a coisa em condomínio, ou então 
vendê-la e dividir o dinheiro (1320). 
- ESPÉCIES DE INDIVISIBILIDADE: 
a) física: a prestação é indivisível pela sua própria natureza, 
pois sua divisão alteraria sua substância ou prejudicaria seu 
uso (ex: obrigação de dar um cavalo, obrigação de 
restituir o imóvel locado, etc); 
b) econômica: o objeto da prestação fisicamente poderia ser 
dividido, mas perderia valor (ex: obrigação de dar um 
diamante, art. 87); 
c) legal: é a lei que proíbe a divisão (ex: a lei 6.766/79, que 
dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, determina 
no art. 4º, II, que os lotes nos loteamentos terão no 
mínimo 125 metros quadrados, então um lote deste 
tamanho não pode ser dividido em dois); 
d) convencional: é o acordo entre as partes que torna a 
prestação indivisível (art. 88, ex: dois devedores se 
obrigam a pagar juntos certa quantia em dinheiro, o que 
vai favorecer o credor que poderá exigir tudo de qualquer 
deles, arts 258 in fine, e 259). 
IMPORTANTE: 
Percebe-se que qualquer das três espécies de obrigação (dar, 
fazer e não-fazer) pode ser divisível ou indivisível (ex: dar 
dinheiro é divisível, mas dar um cavalo é indivisível; pintar um 
quadro é obrigação de fazer indivisível, mas plantar cem 
árvores é divisível; não revelar segredo é indivisível, mas não 
pescar e não caçar na fazenda do vizinho é divisível). 
• 
↝Cessão de crédito: transferência do crédito do credor 
primitivo para onovo credor/ notificação do devedor 
↝Assunção de dívida (cessão de débito): transferência do 
débito do devedor primitivo para o novo devedor/ anuência 
(concordância) do credor. Também tem a assunção por 
delegação: devedor primitivo procurando um novo devedor. 
Anuência expressa do credor. Ex.: “passa- se” 
*A regra é que o devedor primitivo responde pela existência 
↝ Cessão de contrato: transferência da posição em um 
determinado contrato 
• 
 Observação: 
↝ Extinção = cumprimento = adimplemento 
↝ Pode ocorrer de 2 formas: 
- Direta = convencional/normal/típica (porque o pagamento 
vai ocorrer previsto inicialmente entre credor e devedor). 
- Indireta = anormal/atípica (porque são outras formas de 
pagamento que não foram inicialmente convencionadas entre 
credor e devedor). 
• 
↝ As obrigações se extinguem, via de regra, por seu 
cumprimento, liberando-se assim, o devedor. 
↝ Cumprimento significa pagamento. É solução voluntária 
pelo devedor da prestação devida ao credor. 
• 
↝ O pagamento é a principal forma de extinção das 
obrigações, já que a obrigação nasceu para ser satisfeita. 
↝ O pagamento pressupõe a existência de uma dívida e a 
vontade de extingui-la (animus solvendi), devendo, em tese, 
ser feito pelo devedor ao credor. 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
↝ Pagamento não significa apenas a entrega de uma soma 
em dinheiro, mas, em sentido amplo, o cumprimento 
voluntário de qualquer espécie de obrigação. 
↝ Não vale o pagamento cientemente feito ao credor 
incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício 
dele efetivamente reverteu. 
↝ Assim, o pagamento é o ato jurídico formal unilateral que 
corresponde à execução voluntária e exata por parte do 
devedor da prestação devida ao credor, no tempo, modo e 
lugar previstos no título constitutivo (contrato, lei ou sentença). 
- Sinonímia: 
↝ São sinônimos de pagamento: solução (solutio), 
cumprimento, adimplemento, implemento, execução. 
- Conceito de pagamento: 
↝ O cumprimento da obrigação, também denominado 
pagamento ou solução do débito, é a execução da prestação 
pelo devedor na forma estabelecida no ato jurídico ou na lei, 
de acordo com as normas fixadas quanto ao modo, tempo e 
lugar de sua realização. 
• 
↝ Não havendo relação jurídica, o pagamento será indevido 
e dará direito ao devedor de reaver judicialmente o que pagou 
sem justo motivo. 
• 
↝ O pagamento é formal porque a prova do pagamento é o 
recibo. 
↝ O recibo é chamado de quitação. 
Obs.: Se o devedor se negar a entregar o recibo, o credor 
pode reter o pagamento. 
• 
↝ Do latim quietare, que significa “aquietar”, “acalmar”, 
“tranquilizar”. 
• 
↝ O pagamento é voluntário e exato 
↝ Se for decorrente de execução judicial, não é 
tecnicamente pagamento, porque não é voluntário. 
↝ Se a dívida é em dinheiro e o devedor a paga com um 
bem, não é tecnicamente pagamento, porque não é exato. 
• 
- Vínculo obrigacional: É a causa, o fundamento do pagamento. 
Não havendo vínculo, não há que se falar de pagamento, pena 
de se caracterizar pagamento indevido. 
- Sujeito passivo do pagamento: É o devedor (solvens), que 
é o sujeito passivo da obrigação (regra). Terceiro (interessado 
ou não interessado) 
- Sujeito ativo do pagamento: É o credor (accipiens), que é 
sujeito ativo da obrigação (regra). Credor putativo (aparência 
de ser o verdadeiro credor) 
- Acciepiens: quem recebe 
• : 
1. Lugar; 
2. Tempo; 
3. Objeto e prova; 
4. Daqueles a quem se deve pagar (sujeito ativo); 
5. Daquele que deve pagar (sujeito passivo); 
• 
- Subjetivas: Credor e Devedor. 
- Objetivas: Lugar, tempo, objeto, prova. 
• 
= Domicílio 
↝ Regra: pagamento quesível ou “quérable” – credor procura 
devedor para o pagamento – Domicílio do devedor. 
↝ Exceções (art. 327, CC): 
“[...] salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o 
contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das 
circunstâncias” 
↝ Pagamento portável ou “portable” – domicílio do credor – 
devedor procura credor para o pagamento. 
↝ Local alternativo – art. 327, § único, CC: 
“Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher 
entre eles” 
↝ Quanto à mudança de domicílio do devedor o art. 327 é 
omisso. 
• 
↝ Tempo convencionado entre credor e devedor 
Obs.: Tempo de pagamento não precisa de fixação de 
horário, mas que isso não foi feito pelo credor e devedor – 
horário do expediente bancário. 
Obs.: Não precisa de fixação de horário – dia inteiro (último 
dia do pagamento) 
• 
“Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes 
do vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste 
Código:” 
↝ Falência de devedor ou concurso de credores 
↝ Bens hipotecados ou empenhados forem penhorados em 
execução por outro credor (garantias reais ou fidejussórias) 
↝ Garantias reais ou fidejussórias forem insuficientes, e o 
devedor intimado se negar a reforça-las 
↝ Obs.: Garantias Reais = penhor (bens móveis) e hipoteca 
(bens imóveis). Garantias Fidejussórias = fiança e aval. 
• 
↝ É o que se dá quando ocorre a execução voluntária da 
obrigação 
• 
↝ É o que se dá quando a obrigação não se extingue pela 
forma previamente estabelecida, mas por outra. 
↝ Formas encontradas para conseguir pagar o objeto. 
• 
↝ Satisfação voluntária (animus solvendi) e rigorosa da 
prestação (dar, fazer ou não fazer alguma coisa) porque o 
pagamento é voluntário e exato. 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
↝ O credor não pode ser obrigado a receber prestação 
diferente, ainda que seja mais valiosa. 
“Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa 
da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.” 
↝ O credor pode aceitar receber prestação diferente, mas 
não pode ser forçado a aceitá-la. 
• 
 QUEM DEVE PAGAR? 
- Por óbvio, o devedor (solvens), mas nada impede que um 
terceiro pague. 
- Afinal, o credor (accipiens) quer receber. 
• 
- Se o devedor quer impedir que um terceiro pague sua 
dívida, deve-se antecipar e pagar logo ao credor. 
• 
- Em geral, pouco importa ao credor quem pague o que lhe 
é devido. 
- Solvens é o pagador, devedor ou não. 
- Accipiens é o que recebe, credor ou não. 
• 
*A lei trata diferentemente desses dois casos: 
-Quem paga com interesse jurídico será, por exemplo, o 
fiador, o avalista, o herdeiro 
Obs.: Interesse patrimonial 
-Quem paga sem interesse jurídico será, por exemplo, o pai, 
o inimigo etc. 
• 
↝ Terceiro interessado: 
“Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode 
pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios 
conducentes à exoneração do devedor." 
Ex.: fiador, avalista, herdeiro 
*Meios conducentes a exoneração do devedor – ação de 
consignação em pagamento (depósito judicial) 
Obs.: Obrigações personalíssimas (ou intuitu personae) = 
somente cabe ao devedor o cumprimento dessa obrigação – 
art. 247, CC. 
Obs.: Tem direito a sub-rogação (substituição do credor) - 
transferência de todos os direitos, ações, privilégios e garantias 
do credor primitivo em relação a dívida contra o devedor 
principal 
• 
↝ Art. 304, parágrafo único, CC – “em nome e à custa do 
devedor, salvo oposição deste” 
Ex.: parentes, amigos, inimigos, etc. 
↝ Só tem direito ao reembolso, não se sub-roga nos direitos 
do credor (art. 305) 
Obs.: Art. 306, CC = terceiro não interessado que paga sem 
o conhecimento do devedor ou mesmo após a oposição do 
devedor não tem direito ao reembolso – devedor tinha meios 
para ilidir a ação 
• 
↝ O terceiro que paga dívida de um inimigo não tem 
obviamente interesse jurídico e o faz, por exemplo, para 
humilhar seu desafeto, já que poderá cobrar dele essa dívida, 
embora sem privilégios ou vantagens 
- Destarte: 
*O terceiro interessado faz jus a reembolso e sub-rogação 
nos eventuais privilégios do credor 
*O terceiro juridicamente desinteressado só tem direito ao 
reembolso. 
• 
- Ao credor (accipiens) ou a seu representante,pena de ser 
tido como pagamento indevido (quem paga mal paga duas 
vezes) 
“Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem 
de direito represente, sob pena de só valer depois por ele 
ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.” 
Obs.: Credor = herdeiro, legatário, cessionário, sub-rogado. 
• 
↝ Art. 308, segunda parte, CC: 
A. Quando o credor o ratifica: no momento em que o 
credor ratifica o recebimento efetuado por terceiro, este 
assume a condição de mandatário e o pagamento se torna 
eficaz. 
B. Quando o pagamento aproveita ao credor 
*Sem a ratificação do credor, o pagamento efetuado a 
terceiro não vale. Entretanto, mesmo que o accipiens não seja 
o credor, nem seu representante, mas a prestação beneficiou 
direta ou indiretamente, parcial ou totalmente, ao credor, o 
pagamento é válido até o montante do benefício. 
• 
↝ É aquele que parece ser o credor, mas não o é 
↝ Exemplo: 
- A deve a B, mas B morre e deixa um testamento nomeando 
C seu herdeiro. 
- A, então, paga a C, mas depois o Juiz anula o testamento. 
- A não vai precisar pagar novamente pois pagou a um credor 
putativo. 
- C é que vai ter que devolver o dinheiro ao verdadeiro 
herdeiro de B. 
↝ O pagamento realizado ao credor putativo é válido. 
“Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é 
válido, ainda provado depois que não era credor.” 
↝ É importante que tenha a presença de dois pressupostos: 
1. Boa-fé do devedor 
2. Escusabilidade do seu procedimento, ou seja, o erro 
deve ser justificável (Teoria da Aparência – STJ) 
• 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
↝ Se o credor for menor ou intermediado, o pagamento 
deverá ser feito a seu representante legal (pai ou curador), 
pena de anulabilidade. 
↝ O pagamento só será válido se for da forma acima citada 
(pelo representante legal) 
“Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor 
incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício 
dele efetivamente reverteu.” 
• 
1. Representantes legais = pais/tutores/curadores 
2. Representantes judiciais = Juiz 
3. Representantes convencionais = o credor indica por 
procuração (advogado) 
“Art. 311. Art. 311. Considera-se autorizado a receber o 
pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias 
contrariarem a presunção daí resultante.” 
• 
Art. 312, CC: 
- O devedor que paga ao credor, depois de ter sido intimado 
de penhora feita sobre o débito pelo qual é responsável ou 
de impugnação por ele oposta por terceiros, não se libera da 
obrigação 
- Uma vez penhorado um crédito, o exequente deve notificar 
o responsável intimando-o a não pagar ao executado 
- O mesmo ocorre no caso de oposição notificada do 
devedor, desde que, fundamentada em lei, para evitar que se 
converta em expediente abusivo. 
- O pagamento efetuado pelo devedor não é válido, portanto, 
deverá pagar novamente, cabendo a ele reclamar do 
accipiens aquilo que lhe entregou. 
• 
↝ Prova do pagamento: RECIBO 
- Princípio da Liberdade das Formas 
• 
“Art. 315 – As dívidas em dinheiro só poderão ser pagas, como 
regra geral, pelo valor nominal, em moeda corrente no país, 
proibida a moeda estrangeira.” 
↝ Os negócios em moeda estrangeira somente são 
permitidos, por exceção, nos contratos de importação e 
exportação; nos contratos de compra e venda de câmbio e 
nos contratos celebrados com pessoa residente e domiciliada 
no exterior. 
↝ Em princípio, as modalidades de cláusula móvel e correção 
monetária não são mais permitidas (art. 316 CC) 
• 
- Valor do objeto do pagamento 
- Local/ data do pagamento 
- Assinatura do credor 
↝ Caso a pessoa se recuse a entregar o recibo, o devedor 
pode reter o pagamento (o código autoriza) 
↝ Se mesmo assim, a pessoa se recusar a entregar o recibo, 
ter-se-á a consignação em pagamento (serve para que o 
devedor se exonere do pagamento). 
↝ O juiz faz a liberação da dívida neste caso. 
• 
↝ É o documento escrito em que o credor reconhece ter 
recebido o pagamento e exonera o devedor da obrigação. 
↝ Requisitos da quitação: 
-Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por 
instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida 
quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o 
tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, 
ou do seu representante. 
Parágrafo Único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste 
artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das 
circunstâncias resultar haver sido paga a dívida (princípio da 
relativização da quitação) 
↝ Espécies de quitação: 
1. Pela entrega do Recibo 
2. Devolução dos Títulos de Créditos: cheques, notas 
promissórias, letras de câmbio, duplicata. 
• 
↝ Pagar não é só uma obrigação do devedor, pagar é 
também é um direito, pois o devedor tem o direito de ficar 
livre de suas obrigações. 
• 
↝ Se o credor não quiser dar a quitação, o devedor poderá 
não pagar. 
“Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, 
e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada” 
• 
- Nas obrigações positivas (dar – fazer) o ônus é do devedor, 
que deverá exibir o recibo 
- Nas obrigações negativas (não fazer) o ônus incumbe ao 
credor 
• 
↝ Consiste no depósito, pelo devedor, da coisa devida, com 
o objetivo de liberar-se da obrigação (art. 334). 
↝ Meio indireto de pagamento ou pagamento especial 
↝ Direito material processual = O juiz é quem vai liberar da 
obrigação e intimar o credor para receber 
↝ O devedor vai depositar o objeto da obrigação (qualquer 
objeto) 
• 
↝ Art. 335, CC. 
I. Credor não puder, ou sem justa causa, recusar 
receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma 
II. Credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, 
tempo e condição devidos 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
III. Credor for incapaz de receber, for desconhecido, 
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil. 
IV. Ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber o objeto do pagamento 
V. Pender litígio sobre o objeto do pagamento (conflito 
sobre o objeto do pagamento, na dúvida, deposito em juízo, 
e o juiz resolve para quem vai o pagamento) 
VI. Outras hipóteses: arts. 341 e 342 
• 
- PESSOAS: Deve ser feito pelo devedor e ao verdadeiro 
credor, sob pena de não ser considerado válido, salvo se 
ratificado por este ou se reverter em seu proveito (art. 336, 
304 e 308) 
- OBJETO: Integralidade do depósito, porque o credor não é 
obrigado a aceitar pagamento parcial (art. 337 CC) – STJ 
(correção monetária) 
- MODO: Convencionado entre as partes 
- TEMPO: Fixado no contrato, não podendo se efetuar antes 
de vencida a dívida se não foi assim convencionado 
• 
↝ Consiste na indicação ou determinação da dívida a ser 
quitada quando uma pessoa se encontra obrigada, por dois ou 
mais débitos da mesma natureza, a um só credor e efetua 
pagamento não suficiente para saldar todas elas. 
↝ Art. 352. A pessoa obrigada, por dois ou mais débitos da 
mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a 
qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e 
vencidos. 
↝ O credor precisa concordar 
- REQUISITOS: 
a) Pluralidade de débitos 
b) Identidade 
c) Igual natureza das dívidas 
d) Possibilidade de o pagamento resgatar mais de um 
débito 
• 
↝ Por indicação do devedor (art. 352) 
↝ Por vontade do credor (art. 353) 
↝ Em virtude da lei (art. 353) 
a) Dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar 
b) Se algumas dívidas forem líquidas e outras forem 
ilíquidas, a preferência recairá nas dívidas líquidas, seguindo a 
ordem de vencimento 
c) Se forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, 
considera-se a mais onerosa 
Obs.: Se todas as dívidas forem líquidas, vencidas e igualmente 
onerosas- art. 433, I, Código Comercial. 
*Pode ser qualquer uma 
• 
↝ Renegociação de dívida 
↝ É a criação de obrigação nova para extinguir uma anterior. 
É a substituição de uma dívidapor outra, extinguindo- se a 
primeira. 
- REQUISITOS: 
↝ Existência de obrigação jurídica anterior 
↝ Constituição de nova obrigação 
↝ Intenção de novar (criar para extinguir) 
• 
- NOVAÇÃO OBJETIVA: art. 360, I, CC – quando nova dívida 
substitui a anterior, permanecendo as mesmas partes. – 
Alteração do objeto 
- NOVAÇÃO SUBJETIVA: alteração do sujeito 
Passiva: art. 360, II, - substituição do devedor (expromissão ou 
delegação) 
Ativa: Art. 360, III – com substituição do credor 
- NOVAÇÃO MISTA: decorre da fusão da objetiva e da 
subjetiva 
• 
↝ Art. 360, I, CC 
↝ Mudança de objeto 
Obs.: Dívida em dinheiro 
↝ Pode ocorrer mudança: 
a) No objeto principal 
b) Na natureza do objeto 
c) Causa jurídica 
• 
↝ Passiva (devedor) 
a) EXPROMISSÃO: Independe da vontade do devedor 
b) DELEGAÇÃO: Depende da vontade do devedor 
↝ Ativa (credor) 
• 
↝O principal efeito consiste na extinção da primitiva 
obrigação, substituída por outra 
↝A novação extingue os acessórios e garantias da dívida 
sempre que não houver estipulação em contrário (art. 364) 
↝Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a 
hipoteca ou a anticrese se os bens dados em garantia 
pertencerem a terceiro que não foi parte na novação 
↝A nova obrigação não tem nenhuma vinculação com a 
anterior, senão a de uma força extintiva 
• 
↝ É meio de extinção das obrigações entre pessoas que são, 
ao mesmo tempo, credores e devedores uma da outra. 
Acarreta a extinção de duas obrigações cujos credores são, 
simultaneamente, devedores um do outro (art. 368). 
ESPÉCIES: 
*Total: 
*Parcial: 
OU 
*Legal: Sempre que houver: 
Reciprocidade dos créditos 
 <<<<<<<<<<<< Direito das Obrigações >>>>>>>>>>>>> 
 
Liquidez das dívidas – art. 369 – valor certo 
Exigibilidade das prestações – dívidas vencidas 
Fungibilidade dos débitos – mesma natureza 
Obs. Art. 370, CC – qualidade 
*Convencional: 
*Judicial: 
• 
- Dívidas provenientes de esbulho, furto ou roubo 
- Se uma das dívidas se originar de comodato, depósito ou 
alimentos. Obs.: STJ – alimento pode ser compensado se for 
parcelas vincendas 
- Se uma das dívidas for de coisa não suscetível de penhora 
– coisas impenhoráveis 
• 
- É a substituição de uma pessoa ou de uma coisa por outra 
em uma relação jurídica. No primeiro caso, a sub-rogação é 
pessoal, enquanto no segundo, real. Esta pode ser legal ou 
convencional. A primeira decorre da lei; a segunda, da vontade 
das partes. 
- Natureza Jurídica: Instituto autônomo e anômalo 
• 
- Opera em pleno direito: 
*Em favor do credor que paga a dívida do devedor comum 
*Em favor do adquirente do imóvel hipotecado que paga a 
credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o 
pagamento para não ser privado de direito sobre o imóvel 
*Em favor do terceiro interessado que paga a dívida pela qual 
era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte 
• 
- Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e 
expressamente lhe transfere todos os seus direitos – 
Assemelha a cessão de crédito – terceiro não interessado 
• 
- A sub-rogação “transfere ao novo credor todos os direitos, 
ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, 
contra o devedor principal e os fiadores” – Art. 349 
*Efeitos: LIBERATÓRIO (liberação do credor) e 
TRANSLATIVO (transferência de direitos, privilégios e 
garantias daquela obrigação) 
-Na sub-rogação legal, o sub-rogado não pode reclamar do 
devedor a totalidade da dívida, mas só aquilo que houver 
desembolsado. (art. 350) 
• 
↝ Dação em Pagamento: Devedor dar outro objeto no lugar 
do que foi acordado. Credor aceita, mas não é obrigado a 
aceitar. Objetivo = extinguir a obrigação 
Art. 356 e seguintes do CC 
↝ Acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do 
qual o credor concorda em receber uma prestação diversa 
da que lhe é devida 
↝ Bens móveis, imóveis, prestação de fazer, título de crédito, 
dinheiro etc. 
↝ Elementos constitutivos: 
1. Existência de uma dívida 
2 Animus solvendi 
3 Concordância do credor 
4 Diversidade da prestação oferecida em relação a 
dívida originária 
Art. 357: Você pode aceitar outro objeto, mas ele tem que 
ser do mesmo valor do outro objeto trocado. Contrato de 
compra e venda 
Art. 358: Título de crédito/cessão = cheque, nota promissória, 
duplicata, letra de câmbio 
Art. 359: Evicção = perda da propriedade para o verdadeiro 
dono 
• 
Art. 381, CC: Extingue-se a obrigação, desde que na mesma 
pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. 
↝ Hipóteses de confusão: 
- Inter vivos 
- Causa Mortis 
↝ Espécies: art. 382 
- Total 
- Parcial- art. 383. Obs.: caso do credor ou devedor solidário 
↝ Cessação da confusão: 
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com 
todos os seus acessórios, a obrigação anterior. 
• 
Art. 385 – exoneração do devedor por ato de liberalidade do 
credor 
- Ato de liberalidade por parte do credor 
- Requisitos: 
a) Que o remitente seja capaz de alienar e o remitido 
capaz de adquirir (art. 386) 
b) Que o devedor aceite (tácito ou expresso) a remissão 
- Quanto ao Objeto: 
a) Total: 
b) Parcial: 
- Quanto à forma: 
a) Expressa: 
b) Tácita: 
c) Presumida – arts. 386 e 387: 
1. Entrega voluntária do título da obrigação 
2. Pela entrega do objeto emprenhado 
<<<<<<< Contratos e Responsabilidade Civil >>>>>>>> 
 
• 
↝ No código civil: a partir do art. 421 e seguintes (Título V) 
↝ A partir do art. 481 e seguintes do CC (Título VI) 
• 
↝ É um negócio jurídico por meio do qual as partes 
declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da 
boa-fé objetiva autodisciplinam os efeitos patrimoniais que 
pretendem atingir, segundo a autonomia das suas próprias 
vontades. (Pablo Stolze/ Rodolfo Pamplona) 
↝ Após o CC/2002 é possível que o contrato seja: revisado, 
alterado, clausulas abusivas podem ser retiradas e ele pode 
até a ser extinto. A pessoa não é obrigada a ficar com o 
contrato 
↝ Contrato de cortesia/amizade: a chamada “carona” é um 
exemplo. Não existe obrigação de nenhuma parte 
↝ Contrato é só o que tiver efeito patrimonial 
↝ Autonomia das suas próprias vontades: liberdade contratual 
----> contratar com quem quiser, o negócio jurídico que quiser 
*Negocio jurídico: agente capaz, objeto lícito – possível- 
determinado ou determinável, forma prescrita ou não 
*Torpeza: desleixo 
*Pacta sunt servanda: contrato sendo lei entre as partes 
• 
↝ Respeito a dignidade da pessoa humana 
↝Revitalização do princípio da igualdade das partes 
contratantes 
↝ Cláusula implícita de boa-fé objetiva: a boa-fé objetiva é 
um “dever”, não é preciso explicitar no contrato 
↝ Respeito ao meio ambiente 
↝ Respeito ao valor social do trabalho 
Obs.: O reconhecimento deste princípio não significa negação 
do princípio da autonomia privada e da livre-iniciativa 
Art. 2035 
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se 
contrariar preceitos de ordem pública, tais como os 
estabelecidos por este Código para assegurar a função social 
da propriedade e dos contratos. 
• 
↝ Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à 
intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da 
linguagem. 
Obs.: Dever de boa-fé objetiva 
Obs.: Toda vez que disser respeito a imóvel o contrato tem 
que ser solene (contrato por escrito e registrado em cartório) 
• 
↝
-Manifestação de vontade 
-Sujeitos 
-Objetivo do contrato 
-Forma 
 
-Requisitos subjetivos 
-Requisitos objetivos 
-Requisitos formais 
• 
↝ Capacidade genérica: Idade + discernimento 
↝ Aptidão específica para contratar 
↝ Consentimento sobre: 
-A existência e natureza do contrato; 
-O objeto; 
-As cláusulas. 
• 
↝ Licitude do objeto 
↝ Possibilidade física ou jurídica do objeto 
↝ Determinação de seu objeto (gênero, quantidade e 
qualidade) 
• 
↝ Princípio REGRA: Princípio da liberdade das formas (as 
partes podem celebrar o contrato de qualquer forma), com 
exceção a contratosrelacionados a imóveis que precisam ser 
solenes. 
↝ Forma livre (regra) 
↝ Forma especial ou solene 
↝ Forma escrita 
Obs.: para validar o contrato escrito algumas pessoas fazem o 
reconhecimento de firma (assinatura) 
↝ Art. 107 CC 
↝ Contratos escritos: exigência art. 421, CC 
↝ Contratos verbais: prova testemunhal – art. 227, CC2 
• 
 
↝ Princípio da Autonomia da Vontade (art. 421): Liberdade 
contratual 
Obs.: Essa “liberdade” não é irrestrita, é preciso observar se o 
contrato não tem “penalidades” 
↝ Princípio da Supremacia da Ordem Pública: foi introduzido 
pelo código de 2002 
↝ Princípio do Consensualismo (consenso): acordo entre as 
partes. Exceção: contrato sem consenso -----> contrato de 
adesão 
↝ Princípio da Relatividade dos Efeitos do Contrato 
Obs.: Estipulação em favor do terceiro, contrato com pessoa 
a declarar e promessa de fato de terceiro 
↝ Princípio da Obrigatoriedade dos contratos (Pacta Sunt 
Servanda): princípio da intangibilidade dos contratos/ princípios 
da força vinculante dos contratos ------> O contrato é lei entre 
as partes 
↝ Princípio da Revisão dos Contratos ou da Oneração 
Excessiva: Inovação do Código de 2002 
Obs.: Teoria da Imprevisão. Ex.: pandemia 
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↝ Princípio da boa-fé e da probidade (art. 422): boa-fé 
objetiva 
• 
↝ Padrão de conduta do homem médio 
↝ Funções da boa-fé objetiva: interpretativa, integrativa e 
limitadora de direitos subjetivos 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados 
conforme a Boa-fé e os usos do lugar de sua celebração 
(interpretativa) 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios 
da probidade e boa-fé. (integrativa) 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, 
ao exercê-lo, exceda manifestamente os limites impostos pelo 
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes. (limitadora) 
Obs.: abuso de direito 
• 
- BILATERAIS OU SINALAGMÁTICOS: carga de obrigações 
para ambas as partes. Ex.: compra e venda, locação, troca, 
empreitada, transporte 
- UNILATERAIS: apenas uma das partes assume a obrigação. 
Ex.: doação, mútuo, depósito. 
Obs.: são contratos considerados pela doutrina “atípicos”. 
Obs.: Pode ser que a doação venha com uma condição ou 
encargo, mas isso não tira o caráter unilateral do contrato 
- GRATUITOS OU BENÉFICOS: aqueles que tem vantagens 
apenas para uma das partes e o ônus para a outra parte. Ex.: 
doação, comodato 
- ONEROSOS: tem vantagens e ônus para ambas as partes 
- COMUTATIVOS: são aqueles em que cada uma das partes 
conhece suas prestações antecipadamente. 
Obs.: A regra é que o contrato deve ser comutativo: a pessoa 
saber antecipadamente a carga de obrigações 
- ALEATÓRIOS OU DE RISCO: uma das partes não sabe 
antecipadamente as suas prestações, porque estaria sujeita a 
evento incerto. Ex.: seguro de veículo, jogo e aposta 
- CONSENSUAIS: se formam a partir do mero acordo de 
vontades. Ex.: compra e venda coisa móvel/ doação de coisa 
móvel 
- REAIS: são os que exigem além do acordo de vontades, a 
entrega de coisa. Ex.: comodato/ mútuo/ depósito/ compra e 
venda de coisa imóvel/ doação de coisa imóvel 
- FORMAIS (solenes): exigem formalidade ou solenidade para 
a produção de efeitos. Ex.: compra e venda de imóvel/ locação 
de imóvel/ fiança/ doação imóvel 
- NÃO FORMAIS (não solenes): não exigem forma específica 
- PRINCIPAIS: são aqueles que não dependem de nenhum 
outro para sua existência. Ex.: locação/ empreitada 
- ACESSÓRIOS: dependem de outro contrato para existirem. 
Ex.: fiança, sublocação, subempreitada 
- EXECUÇÃO INSTANTÂNEA: aquele em que o cumprimento 
da obrigação se faz no momento da celebração. Ex.: compra 
e venda à vista 
- EXECUÇÃO DIFERIDA: é aquele em que o cumprimento da 
obrigação é posterior a celebração. Ex.: compra e venda a 
prazo/ locação a prazo determinado 
- TRATO SUCESSIVO: o cumprimento das obrigações é 
prolongado no tempo. Ex.: locação a prazo indeterminado/ 
prestação de serviços. 
- NOMINADOS: aqueles com previsão no Código Civil 
- INOMINADOS: aqueles que decorrem da criatividade humana. 
Ex.: leasing, factoring, franchising 
 
- PARITÁRIOS: são os contratos formados pela vontade de 
ambas as partes. Ex.: compra e venda/ locação. 
*REGRA: contratos paritários 
- DE ADESÃO: são os contratos formados pela vontade de 
apenas uma das partes/ são pré-estabelecidos. Ex.: prestação 
de serviços como plano de saúde, telefonia, internet, 
educacional 
 
- IMPESSOAIS: são os que não importam as características da 
outra parte contratante e sim o resultado do contrato. Ex.: 
contrato de prestação de serviços comum/ empreitada. 
- PESSOAIS: são os realizados em razão da pessoa que o 
contrato. Ex.: prestação de serviços (obrigação de fazer 
personalíssima) 
- PRAZO DETERMINADO: prazo de duração previamente 
estabelecido 
- PRAZO INDETERMINADO: sem prazo de duração 
previamente estabelecido. 
Obs.: existem contratos que não vem com data fim, mas que 
implicitamente são contratos com prazo determinado, prazo 
implícito (prestação de serviços advocatícios) 
• 
↝ Negociação – Proposta – Aceitação: 
1) Negociações preliminares (pontuação): responsabilidade 
pré-contratual (boa-fé objetiva) – as partes ainda não 
estão vinculadas. Obs.: contrato preliminar (promessa de 
compra e venda) 
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2) Proposta (policitação): princípio da vinculação ou da 
obrigatoriedade da proposta – as partes estão vinculadas; 
*Obriga as partes: Art. 427 
*Não obriga as partes.: Art. 428 I, II, III e IV 
Obs.: Fora das hipóteses do art. 428, a proposta obriga o 
proponente e deverá ser cumprida, caso haja consequente 
aceitação. 
3) Aceitação: a aceitação fora do prazo, com adições, 
modificações ou restrições é uma nova proposta (art. 431) 
• 
↝ Pessoas presentes: são aquelas que mantém contrato 
direto e simultâneo 
Obs.: não regulamentou a internet 
↝ Pessoas ausentes: São aquelas que não mantém contato 
direto e imediato 
• 
↝ Entre presentes: momento de aceitação da proposta 
↝ Entre ausentes: o momento de manifestação da aceitação 
é diferente do momento de conhecimento do proponente 
- TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DE CONTRATOS ENTRE 
AUSENTES: 
A. Teoria da cognição ou informação (o contrato entre 
ausentes somente estaria formado quando a resposta 
chegasse ao conhecimento do proponente) 
B. Teoria da agnição ou aceitação (dispensa-se que a 
resposta chegue ao conhecimento do proponente 
*Teoria da agnição: declaração, expedição, recepção 
* Código Civil acolhe a teoria da agnição na modalidade 
expedição (art. 434) 
• 
a) Declaração: o contrato se formaria no momento em que 
o aceitante ou oblato redige a sua resposta. Obs.: Críticas 
a essa teoria – incerteza quanto ao momento de 
formação de contrato 
b) Expedição: o contrato estaria formado no momento em 
que a resposta é expedida – Teoria adotada como regra 
pelo Código Civil (art. 434, caput) 
c) Recepção: o contrato estaria celebrado no momento em 
que o proponente recebe a resposta – hipóteses dos 
incisos do art. 434 adotam a teoria da recepção 
• 
↝ Art. 435. O contrato reputa-se celebrado no lugar que foi 
proposto. 
Obs.: Pode ser que as partes elejam um “foro de eleição”, 
indicam um lugar que seja qualquer 
Obs.: Contrato eletrônico 
↝ Lei Modelo da UNCITRAL (United nations commission on 
International Trade Law) – Art. 15 § 4º “uma declaração 
eletrônica se considerará expedida e recebida no lugar onde 
remetente e destinatário, respectivamente, tenham seu 
estabelecimento” 
• 
↝ Ocorre quando se estabelece em um contrato que o 
benefício decorrente deste se reverta em todo ou em parte 
para alguém estranho ao contrato. (ex. seguro de vida) 
Segurado (contratante) ------> Seguradora (devedora) --------
> prêmio ------> Terceiro (Beneficiário) =credor 
Obs.: Prêmio será pago quando ocorrer a morte do segurado 
↝ O beneficiário pode exigir o cumprimento da obrigação 
(art. 436) 
↝ Não precisa da anuência do beneficiário 
↝ O segurado (estipulante) pode trocar o beneficiário do 
contrato, por ato entre vivos ou por disposição de última 
vontade, sem a necessidade de anuência deste. 
• 
↝ Contrato em que é estipulado que um terceiro irá realizar 
a prestação. 
Obs.: Fato de terceiro – prática futura de uma conduta 
humana, e não de um fato de coisa ou de animal 
↝ Não se confunde com representação, já que aquele que 
promete que terceiro irá cumprir a prestação é responsável 
pelo não cumprimento, caso o terceiro não a aceite. 
Obs.: Art. 439 CC – exclusão da responsabilidade se o terceiro 
for cônjuge ou companheiro do promitente 
Obs.: exclusão de responsabilidade para eximir a obrigação do 
terceiro 
• 
↝ Ocorre quando o contrato é celebrado e uma das partes 
se reserva no direito de declarar quem é realmente a outra 
parte. (art. 467) 
↝ Deve comunicar a outra parte quem é a pessoa declarada 
no prazo de 5 dias da conclusão do contrato, podendo as 
partes estipularem outro prazo 
↝ A pessoa declarada deve aceitar a declaração pela mesma 
forma do contrato. 
Obs.: Cláusula “pro amico elegendo” 
• 
↝ Defeitos ocultos da coisa, que a tornam imprópria ao fim a 
que se destina, ou lhe diminuam o valor, de forma tal que o 
contrato não teria se realizado se esses defeitos fossem 
conhecidos. 
↝ Requisitos: contrato comutativo, vício que torne a coisa 
imprópria ao uso ou lhe diminua o valor, vícios ocultos e 
desconhecidos, já existam no momento de celebração do 
contrato. 
↝ Cabe ação estimatória ou quanti minoris, ou ação redibitória. 
Além de perdas e danos se o alienante conhecia o vício. 
↝ Prazo decadencial das ações: 30 dias bens móveis, 1 ano 
bens imóveis, contados da entrega do bem. Se já estava na 
posse os prazos são reduzidos pela metade. 
<<<<<<< Contratos e Responsabilidade Civil >>>>>>>> 
 
↝ Os prazos não correm durante o prazo de garantia, mas 
o adquirente deve denunciá-los nos 30 dias seguintes a 
descoberta do defeito. 
• 
↝ É a perda da coisa, por força de uma sentença judicial, que 
a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato 
↝ Partes envolvidas: evicto (adquirente), alienante (responde 
pelos riscos da evicção) e evictor (terceiro que reivindica a 
coisa como de sua propriedade em direito anterior ao do 
adquirente). 
- Requisitos: perda total ou parcial da propriedade, posse ou 
uso da coisa, objeto do contrato, em virtude de sentença 
judicial; contrato oneroso; direito do evictor anterior ao 
contrato realizado entre evicto e alienante; não conhecimento 
pelo adquirente – evicto - que a coisa era alheia ou litigiosa; 
notificação do alienante a respeito do litígio, pela denunciação 
da lide. 
↝ A evicção pode ser diminuída ou excluída por cláusula 
contratual. Mas subsistirá se o evicto não soube do risco da 
evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
↝ O evicto tem direito: à restituição da quantia paga, à 
indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; à 
indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos 
que diretamente resultarem da evicção; às custas judiciais e 
aos honorários do advogado por ele constituído. 
↝ O preço é o da época em que a coisa evenceu (evicção). 
↝ A obrigação do alienante subsiste mesmo que a coisa se 
deteriore, exceto quando houver dolo do evicto. 
↝ Na evicção parcial: duas possibilidades – perda considerável 
(resolver o contrato ou abatimento no preço) e perda não 
considerável (só abatimento no preço). 
• 
↝ É a entrega de uma coisa, em geral, dinheiro, que uma das 
partes faz a outra em garantia da obrigação pactuada. 
↝ Podem ser confirmatórias ou penitenciais. 
↝ Inexecução do contrato por quem deu as arras: rescisão 
do contrato e retenção das arras. 
↝ Inexecução do contrato por quem recebeu as arras: 
rescisão do contrato e quem deu as arras pode requerê-las 
de volta mais o equivalente, corrigidos juros e honorários de 
advogado. 
↝ As arras valem como um mínimo de indenização se a 
parte inocente provar maior prejuízo. 
↝ A parte inocente pode, ao invés de rescindir o contrato, 
pedir a sua execução e perdas e danos, valendo as arras 
como mínimo de indenização. 
↝ Nas arras penitenciais (casos em que há o direito de 
arrependimento, valendo as arras como indenização) não há 
possibilidade de pedido de indenização suplementar. 
• 
↝ Pré-contrato/ Contrato pré-estabelecido 
↝ As partes fixam um compromisso para o futuro a fim de 
se obrigarem. 
↝ O contrato preliminar mais comum é a promessa de 
compra e venda de bem imóvel em que as partes o estipulam 
as obrigações até o pagamento integral do preço, 
posteriormente celebram o contrato definitivo (escritura de 
compra e venda – cartório de notas) que deve ter forma 
pública. 
↝ Deve conter todos os requisitos do contrato definitivo, 
exceto em relação à forma (art. 462) 
↝ É irretratável, exceto se houver justa causa 
(descumprimento da obrigação). 
↝ Adjudicação compulsória – assinatura do contrato 
definitivo/ entrega do bem objeto do contrato 
 
 
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o 
↝ Modo normal: cumprimento das obrigações 
↝ Modo anormal: as prestações não podem ser cumpridas 
por fatos anteriores, contemporâneos ou supervenientes à 
formação do contrato. 
↝ Fatos anteriores ou contemporâneos aos contratos: 
podem gerar a nulidade ou anulabilidade dos contratos, são 
casos de vícios de consentimento ou sociais, dos contratos 
celebrados sem seus requisitos legais, entre outros. 
↝ Causas supervenientes: resolução, resilição ou rescisão 
contratual. 
o 
↝ A resolução do contrato ocorre por fatos posteriores à 
sua celebração que levam ao seu descumprimento. Pode 
ocorrer por: 
1. Descumprimento voluntário 
2. Descumprimento involuntário 
3. Cláusula resolutiva tácita 
4. Resolução por onerosidade excessiva 
↝ Descumprimento voluntário ocorre por culpa ou dolo do 
devedor. 
↝ Obriga o devedor ao ressarcimento das perdas e danos. 
CC, Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir 
a resolução do contrato, se não preferir exigir-
lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, 
indenização por perdas e danos. 
o 
↝ En. 361, IV, JDC - Arts. 421, 422 e 475: O adimplemento 
substancial decorre dos princípios gerais contratuais, de modo 
a fazer preponderar a função social do contrato e o princípio 
da boa-fé objetiva, balizando a aplicação do art. 475. 
↝ Também chamada de Teoria da “substantial performance”, 
limita o direito à resolução do contrato quando este foi 
substancialmente cumprido, sendo o descumprimento mínimo 
ao ponto de não afrontar a utilidade e a função do contrato. 
↝ Em hipóteses em que o contrato tiver sido quase todo 
cumprido, não caberá a sua extinção, mas apenas outros 
efeitos jurídicos, visando sempre a manutenção da avença. 
o 
↝ Descumprimento involuntário decorre de caso fortuito ou 
força maior. 
↝ Para a sua ocorrência, exige a impossibilidade material ou 
jurídica, de caráter objetivo, total, superveniente, definitivo e 
invencível. 
↝ Em regra, NÃO obriga o devedor ao ressarcimento das 
perdas e danos. 
o 
1. O devedor houver expressamente por eles se 
responsabilizado (cláusula de assunção convencional): 
CC, Art. 393, caput. O devedor não responde pelos prejuízos 
resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente 
não se houver por eles responsabilizado. 
2. Devedor estiver em mora: 
Art. 399, CC. O devedor em mora responde pela 
impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade 
resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem 
durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o 
dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse 
oportunamente desempenhada. 
3. Casos de responsabilidadeobjetiva com risco integral 
4. Casos assim determinados em lei. 
Art. 583, CC. Se, correndo risco o objeto do comodato 
juntamente com outros do comodatário, antepuser este a 
salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá 
pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, 
ou força maior. 
o 
↝ A cláusula resolutiva tácita decorre da lei e não da vontade 
das partes, como ocorre com a cláusula resolutiva expressa. 
↝ A própria lei determina a resolução do contrato caso 
ocorra determinado evento futuro e incerto. 
Art. 474, CC. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno 
direito; a tácita depende de interpelação judicial. 
o 
1. A EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO (Exception 
adimplenti contractus), que pode ser alegada como forma de 
defesa, mas também pode ser objeto de pedido de resolução 
contratual. 
Art. 476, CC. Nos contratos bilaterais, nenhum dos 
contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir 
o implemento da do outro. 
2. A EXCEPTIO NON RITE ADIMPLENTI CONTRACTUS, nos 
casos de risco de não cumprimento total do contrato. 
↝ Vincula-se à ideia de QUEBRA ANTECIPADA DO 
CONTRATO ou INADIMPLEMENTO ANTECIPADO 
Art. 477, CC. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a 
uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio 
capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela 
qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe 
incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê 
garantia bastante de satisfazê-la. 
A EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO (Exceptio non 
adimplenti contractus) pode ser renunciada pelas partes? 
A cláusula que prevê essa renúncia é chamada de CLÁUSULA 
SOLVE ET REPETE (pague e depois reclame) e hoje é 
considerada como violadora do Princípio da função social do 
contrato, sendo, portanto, ABUSIVA e NULA nos contratos de 
consumo e de adesão. 
o 
 <<<<<<<< Contratos e Responsabilidade Civil >>>>>>>>>> 
 
Art. 478, CC. Nos contratos de execução continuada ou 
diferida, se a prestação de uma das partes se tornar 
excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a 
outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e 
imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. 
Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da 
citação 
↝ Buscando evitar a resolução do contrato por onerosidade 
excessiva, o réu pode alterar equitativamente as condições do 
contrato trazendo de volta o equilíbrio da base contratual, 
desde que ouvida a parte autora 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o 
réu a modificar equitativamente as condições do contrato. 
En. 367 (IV JDC. CC) –Art. 479: Em observância ao princípio 
da conservação do contrato, nas ações que tenham por 
objeto a resolução do pacto por excessiva onerosidade, pode 
o juiz modificá-lo equitativamente, desde que ouvida a parte 
autora, respeitada sua vontade e observado o contraditório 
o 
↝ Ocorre em casos em que a parte tem a sua pretensão 
fática frustrada por fatos alheios à sua vontade. 
↝ Não será possível impor o fiel cumprimento do contrato, 
sendo viável a sua resolução. 
En. 166 - Arts. 421 e 422 ou 113: A frustração do fim do 
contrato, como hipótese que não se confunde com a 
impossibilidade da prestação ou com a excessiva onerosidade, 
tem guarida no Direito brasileiro pela aplicação do art. 421 do 
Código Civil. 
Art. 421., CC. A liberdade de contratar será exercida em razão 
e nos limites da função social do contrato. 
o 
↝ Rescisão contratual sem motivo, desde que acordada pelas 
partes. Trata-se de um direito subjetivo, 
- Resilição bilateral = distrato 
- Resilição unilateral = denúncia 
o 
↝ As partes, por livre vontade, colocam fim ao contrato. 
↝ Art. 472, CC. O distrato faz-se pela mesma forma exigida 
para o contrato. 
Ex.: se o contrato exigia escritura pública, o distrato também 
a exigirá, sob pena de nulidade absoluta (Art. 166, IV, CC) 
o 
↝ A vontade de uma só das partes, excepcionalmente, pode 
colocar fim ao contrato, desde que tal situação esteja prevista 
em lei de forma expressa ou implícita, pelo reconhecimento 
de direito potestativo. 
↝ O exercício desse direito potestativo deferido por lei gera 
na outra parte um estado de sujeição. Opera-se mediante 
denúncia notificada à outra parte. 
- Art. 473, CC. A resilição unilateral, nos casos em que a lei 
expressa ou implicitamente o permita, opera mediante 
denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma 
das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua 
execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de 
transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos 
investimentos 
↝ A resilição unilateral pode ocorrer por: 
1. Denúncia 
2. Revogação 
3. Renúncia 
4. Exoneração unilateral 
o 
Ex.: no contrato de prestação de serviço: 
Art. 599, CC. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo 
inferir da natureza do contrato, ou do costume do lugar, 
qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode 
resolver o contrato. 
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso: 
I -com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado 
por tempo de um mês, ou mais; 
II -com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver 
ajustado por semana, ou quinzena; 
III -de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete 
dias. 
o 
↝ Ocorre nos contratos embasados na confiança quando esta 
se vê quebrada. 
Ex.: Revogação do mandante, do comodante, do depositante. 
↝ Mandato – representação – procuração 
↝ Mandante (quem passa os poderes) e Mandatário (quem 
recebe os poderes) 
↝ Comodato – empréstimo gratuito 
↝ Comodante (quem empresta) e Comodatário (quem pede 
a coisa emprestada) 
↝ Depósito – guardar, conservar bens alheios 
↝ Depositante (quem deposita) e Depositário (quem guarda) 
o 
↝ Ocorre também nos contratos embasados na confiança 
quando esta se vê quebrada. 
Ex.: Renúncia do mandatário, do comodatário, do depositário. 
o 
Art. 835, CC. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver 
assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, 
ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 
sessenta dias após a notificação do credor. 
↝ Tal regra se aplica na fiança por prazo indeterminado. Não 
se aplica nos casos de fiança por prazo determinado. 
↝ É norma de ordem pública – Não pode ser afastada pela 
vontade das partes. 
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↝ Pode ser declarada de ofício pelo juiz. 
↝ Lei 12.112/2009 alterou Art. 40, X, Lei 8.245/91 aumentando 
o prazo para 120 dias após a notificação do credor. 
o 
↝ Ocorrendo a morte de um dos contratantes, o contrato 
pode ser extinto desde que a parte falecida tenha assumido 
obrigação PERSONALÍSSIMA (intuitu personae). 
↝ Ocorre a CESSAÇÃO CONTRATUAL, extinguindo o 
contrato de pleno direito. 
Ex.: Fiança. Não se transmite aos herdeiros a condição de 
fiador 
Art. 836, CC. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas 
a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até 
a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. 
o 
↝ Ocorrerá quando houver lesão, ou seja, quando, na 
formação dos contratos, não houver equilíbrio entre as 
prestações. 
o 
↝ “Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes 
se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a 
pagar-lhe certo preço em dinheiro.” 
↝ Caio Mário da Silva Pereira: “É um acordo de vontades, na 
conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, 
transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos.” 
↝ Roberto Senise Lisboa: “É o contrato por meio do qual o 
adquirente (comprador) paga determinado preço em dinheiro com 
o fim de obter para si a transferência definitiva do bem do alienante 
(vendedor)” 
o 
1. Bilateral: cada parte assume respectivamente obrigações; 
2. Oneroso: equivalência de prestações, ambas as partes 
obtêmvantagem econômica; 
3. Consensual: se aperfeiçoa com a manifestação das partes; 
4. Comutativo: porque as partes já sabem antecipadamente 
as suas prestações; 
Obs.: A comutatividade pode ser afastada, tomando-se como 
exemplo o exposto nos artigos 458, 459 e 460 do CC/02 
que prevê a compra e venda de coisa futura e de quantidade 
futura. 
5. Solene e Não solene: se existe previsão legal com relação 
à forma; 
6. Translativo: é instrumento para a transferência e aquisição 
de propriedade. Domínio – móvel (tradição = entrega da 
coisa) / imóvel (tradição + registro em cartório) 
o : 
1. Partes: pessoas interessadas no negócio; 
2. Consenso: as partes exteriorizam a sua vontade de 
acordarem; 
3. Preço: é o valor a ser pago pela coisa, podendo ele ser 
certo (cotação), justo (real) e verdadeiro; Fixado por 
terceiro 
4. Coisa: aquisição do título de transferência do domínio de 
um determinado bem. 
o 
1. Adquirente: 
- Deverá efetuar o pagamento do preço antes da 
transferência do bem; 
- Deverá efetuar o pagamento do preço no tempo ajustado, 
lugar e modo; 
- Deverá efetuar o pagamento dos juros e cláusula penal; 
- Arcar com as despesas de lavratura de escritura pública e 
do registro de transferência do bem imóvel. 
2. Alienante: 
- proceder a entrega do bem adquirido após o pagamento do 
preço; 
- arcar com as despesas de transporte e tradição da coisa 
móvel; 
- garantir a coisa vendida dos riscos da evicção; 
- responder por vícios redibitórios; 
- responder pelas consequências pela entrega incorreta da 
coisa; 
o 
1. Tutor e curador: adquirir bens do patrimônio dos pupilos 
(art. 497 do CC/2002), pena de nulidade absoluta; 
2. Testamenteiro e administrador: adquirir bens confiados a 
sua guarda ou administração (art. 497 do CC/2002), pena 
de nulidade absoluta; 
3. Servidor público: adquirir bens ou direitos do órgão onde 
exerçam suas atribuições, pena de nulidade absoluta; 
4. Juiz, perito, árbitro e demais auxiliares ou serventuários 
da justiça que possam influenciar no negócio ou no preço 
da venda; 
5. Ascendente para descendente (art. 496 do CC/2002): é 
anulável a venda, salvo autorização expressa dos demais 
descendentes e o do cônjuge (comunhão universal, 
comunhão parcial e participação final dos aquestos). O 
prazo para anular o negócio é de 2 anos (art. 179 do 
CC/2002); Prova que a venda se fez por preço inferior 
ao valor real dos bens 
6. Cônjuges (art. 499 do CC/2002): somente é permitida a 
venda dos bens que não fazem parte da comunhão. Se 
um bem for vendido, já fazendo parte da comunhão, a 
venda é nula, por impossibilidade do objeto (art. 166, II do 
CC/2002); Outorga uxória/ Outorga marital 
7. Bens em condomínio (art. 504 do CC/02): o condômino 
não pode vender sua parte a estranho, se o outro 
condômino desejar adquirir, desde que a parte não esteja 
divisiva 
- Condomínio pro-indiviso: não existe a divisão física, de modo 
que cada um apenas possui parte ou fração ideal; 
- Condomínio pro-diviso: cada condômino tem a sua parte 
delimitada e determinada no plano físico. 
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1) Na hipótese de venda e compra de bem de devedor 
insolvente, com protesto de títulos e ações executivas, não 
tendo sido ainda pago o preço, estabelecido em base inferior 
ao corrente, caso o adquirente desejar afastar eventual 
anulação do negócio jurídico, como deve proceder? Explique 
de modo fundamentado. 
 2) Quanto ao contrato de compra e venda, a preferência 
impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a 
coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que 
este use de seu direito de prelação na compra, tanto por 
tanto? Explique de modo fundamentado. 
3) “A”, consumidor, com a finalidade não revelada de 
transportar substâncias entorpecentes que provocam 
dependência psíquica e física, celebra com “B”, fornecedor, 
contrato de compra e venda de material próprio para 
transporte de objetos, sem anunciar ao vendedor o seu 
propósito, que somente vem a ser descoberto por este após 
a consumação do contrato. Considerando essa situação 
hipotética, explique, de modo fundamentado, se esse contrato 
atende aos requisitos para sua celebração. 
o 
↝ Código Civil Brasileiro – 2002 
↝ Art. 484: amostras, protótipos ou modelos; 
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos 
ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a 
coisa as qualidades que a elas correspondem. 
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o 
modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira 
pela qual se descreveu a coisa no contrato. 
- Nesta modalidade o vendedor se responsabiliza para que a 
qualidade do bem a ser entregue ao adquirente corresponda 
efetivamente à do objeto constante do mostruário. A venda 
suspensiva, se não houver a entrega da coisa de acordo com 
o apresentado poderá a venda ser desfeita. 
- Amostra: reprodução perfeita do objeto a ser entregue; 
- Protótipo: é o primeiro exemplar do objeto criado que será 
entregue; 
- Modelo: é um exemplo do objeto que será entregue. 
↝ Art. 500: ad corpus ou ad mensuram; 
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por 
medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e 
esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões 
dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento 
da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução 
do contrato ou abatimento proporcional ao preço. 
- Na venda ad corpus o preço é estabelecido sem levar em 
consideração o tamanho da área, mas sim o seu todo. A 
medida prevista em contrato é meramente enunciativa. 
- Na venda ad mensuram, ao contrário da ad corpus, o preço 
é estabelecido de acordo com o tamanho da área, a qual é 
discriminada no contrato. 
§ 1º Presume-se que a referência às dimensões foi 
simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não 
exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado 
ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, 
não teria realizado o negócio (Obs.: ad corpus) 5% da 
extensão total 
§ 2º Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar 
que tinha motivos para ignorar a medida exata da área 
vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o 
valor correspondente ao preço ou devolver o excesso. 
Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo 
antecedente o vendedor ou o comprador que não o fizer no 
prazo de um ano, a contar do registro do título. 
Obs.: Ação redibitória ou ação estimatória 
Parágrafo único. Se houver atraso na imissão de posse no 
imóvel, atribuível ao alienante, a partir dela fluirá o prazo de 
decadência. 
o 
1. Retrovenda (art. 505 a 508 do CC); 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o 
direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três 
anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as 
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período 
de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou 
para a realização de benfeitorias necessárias. 
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a 
que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de resgate, as 
depositará judicialmente.” Ação de consignação em 
pagamento 
- Nesta espécie de cláusula o vendedor tem o direito de 
reaver o bem imóvel com quem quer que esteja restituindo 
ao comprador o valor pago e as despesas feitas, dentro de 
um prazo máximo de até 03 (três) anos. 
- O comprador não querendo entregar o imóvel, caberá o 
vendedor ajuizar ação judicial depositando o valor integral do 
quanto recebido, caso, entenda o juiz que o valor é insuficiente 
deverá ser feito um depósito complementar. 
2. A contento e sujeita a prova (art. 509 a 512 do CC); 
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se 
realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha 
sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o 
adquirente

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