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OAB EXAME DE ORDEM Capítulo 01 1 Olá, aluno! Bem-vindo ao estudo para o Exame de Ordem. Preparamos todo esse material para você não só com muito carinho, mas também com muita métrica e especificidade, garantindo que você terá em mãos um conteúdo direcionado e distribuído de forma inteligente. Para isso, estamos constantemente analisando o histórico de provas anteriores com fins de entender como cada Banca e cada Carreira costuma cobrar os assuntos do edital. Afinal, queremos que sua atenção esteja focada nos assuntos que lhe trarão maior aproveitamento, pois o tempo é escasso e o cronograma é extenso. Conte conosco para otimizar seu estudo sempre! Ademais, estamos constantemente perseguindo melhorias para trazer um conteúdo completo que facilite a sua vida e potencialize seu aprendizado. Com isso em mente, a estrutura do PDF Ad Verum foi feita em capítulos, de modo que você possa consultar especificamente os assuntos que estiver estudando no dia ou na semana. Ao final de cada capítulo você tem a oportunidade de revisar, praticar, identificar erros e aprofundar o assunto com a leitura de jurisprudência selecionada. E mesmo você gostando muito de tudo isso, acreditamos que o PDF sempre pode ser aperfeiçoado! Portanto pedimos gentilmente que, caso tenha quaisquer sugestões ou comentários, entre em contato através do email pdfadverum@cers.com.br. Sua opinião vale ouro para a gente! O que você vai encontrar aqui? Recorrência da disciplina e de cada assunto dentro dela Questões comentadas Questão desafio para aprendizagem proativa Jurisprudência comentada Indicação da legislação compilada para leitura Quadro sinótico para revisão Mapa mental para fixação mailto:pdfadverum@cers.com.br 2 Acreditamos que com esses recursos você estará munido com tudo que precisa para alcançar a sua aprovação de maneira eficaz. Racionalizar a preparação dos nossos alunos é mais que um objetivo para o CERS, trata-se de uma obsessão. Sem mais delongas, partiremos agora para o estudo da disciplina. Faça bom uso do seu PDF! Bons estudos 3 SOBRE ESTA DISCIPLINA Daremos início ao estudo da disciplina de Direito do Trabalho. Como bem sabido, a FGV separa seis questões para essa matéria na primeira fase da OAB. Ou seja, por ser matéria de altíssima relevância, o seu estudo é primordial. Dessa forma, este material busca fornecer ao aluno um conhecimento amplo e suficiente, conforme os temas costumam ser cobrados, então, ao final dos capítulos, serão colacionadas questões para treinamento, sempre priorizando aos concursos da área. Vale acrescentar, por fim, que, como se constatará ao longo dos capítulos, os Examinadores do Exame de Ordem, vem cobrando a disciplina de modo abrangente. Deste modo, em que pese alguns temas sejam mais recorrentes, nenhum capítulo deste material deve ser negligenciado. Veja abaixo como se dá a distribuição macro da recorrência dessa disciplina: 4 RECORRÊNCIA DA DISCIPLINA Como dito, sabemos que estudar de forma direcionada, com base nos assuntos objetivamente mais recorrentes, é essencial. Afinal, uma separação planejada pode fazer toda diferença. Pensando nisso, através de estudo realizado pelo nosso setor de inteligência com base nas últimas provas, trouxemos os temas mais abordados nessa disciplina! Introdução ao Direito do Trabalho 1 Empregado Trabalho infantil e trabalho do menor Duração do trabalho 1 Remuneração e salárioAlteração do contrato de emprego Cessação do contrato de emprego 1 Estabilidade e garantias provisórias de emprego Instrumentos normativos negociados DIREITO DO TRABALHO Introdução ao Direito do Trabalho Empregado Trabalho infantil e trabalho do menor Duração do trabalho Remuneração e salário Alteração do contrato de emprego Cessação do contrato de emprego Estabilidade e garantias provisórias de emprego 5 TEMAS RECORRÊNCIA Introdução ao Direito do Trabalho Remuneração e Salário Empregado Alteração do contrato de Emprego Trabalho infantil e trabalho do menor Cessação do Contrato de emprego Duração do trabalho Estabilidade e Garantias provisórias de emprego Instrumentos normativos negociados 6 Assim, os assuntos de Economia estão distribuídos da seguinte forma: CAPÍTULOS Capítulo 1 (você está aqui!) – Direito do Trabalho: conceito, características, natureza e funções. Fontes do Direito do trabalho. Eficácia das normas trabalhistas no tempo e no espaço. Princípios do Direito do trabalho Capítulo 2 – Relação de trabalho versus relação de emprego. Empregado. Empregador. Capítulo 3 – Contrato Individual do Trabalho. Alteração no Contrato de Trabalho. Suspensão e Interrupção no Contrato de Trabalho. Capítulo 4 – Extinção do Contrato de Trabalho. Estabilidades Capítulo 5 – Lei 6.019/1974: Terceirização e Trabalho Temporário. Capítulo 6 – Duração do Trabalho. Períodos de descanso. Turnos ininterruptos de revezamento. Teletrabalho. Férias Capítulo 7 – Segurança e medicina no trabalho: atividades insalubres e perigosas. Trabalho do menor. Trabalho da mulher. Capítulo 8 – Remuneração e Salário. Equiparação salarial Capítulo 9 – FGTS. Renúncia e Transação. Prescrição e Decadência. Dano Extrapatrimonial. Capítulo 10 – Direito Coletivo do Trabalho. Organização Sindical. Negociação Coletiva. Greve. 7 SOBRE ESTE CAPÍTULO E ai, OABeiro! Como vai? A apostila de número 01 do nosso curso de Direito Do Trabalho tratará sobre a Introdução do Direito do Trabalho, fontes e Princípios do Direito do Trabalho. Agora, vamos as nossas considerações: 1- A “Introdução do Direito do Trabalho” e “Fontes do Direito do Trabalho” não foram cobradas nesses últimos exames! Mas isso não significa que devemos deixar esses assuntos de lado, muito pelo contrário! A banca examinadora tende a ser um tanto imprevisível na elaboração de suas provas, logo, é importante nos prepararmos para tudo! 2- Por sua vez, “Princípios do Direito do Trabalho” é considerado um assunto de baixíssima recorrência no Exame de Ordem, estando presente 1 VEZ nos últimos 3 anos! No entanto, como já dizia o famoso ditado: “O seguro morreu de velho!” O seu estudo é imprescindível para a compreensão dos assuntos posteriores. Adicionamos também questões de outras carreiras jurídicas para que você possa assimilar ainda mais o conteúdo visto, ok? 😉 Vamos juntos! 8 SUMÁRIO DIREITO DO TRABALHO ....................................................................................................................... 10 Capítulo 1 ................................................................................................................................................ 10 1. Direito Individual do Trabalho .................................................................................................... 10 1.1 Introdução ............................................................................................................................................................. 10 1.1.1 Conceito e características ............................................................................................................................... 10 1.1.3 Funções .................................................................................................................................................................... 12 1.2 Fontes ...................................................................................................................................................................... 13 1.2.1 Fontes materiais ..................................................................................................................................................13 1.2.2 Fontes formais ..................................................................................................................................................... 13 1.3 Eficácia das normas trabalhistas .................................................................................................................. 16 1.4 Princípios do Direito do Trabalho............................................................................................................... 17 1.4.1 Princípio da proteção ....................................................................................................................................... 18 1.4.2 Princípio da inalterabilidade contratual lesiva ....................................................................................... 22 1.4.3 Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas ..................................................................... 22 1.4.4 Princípio da primazia da realidade .............................................................................................................. 22 1.4.5 Princípio da continuidade da relação de emprego .............................................................................. 23 QUADRO SINÓTICO .............................................................................................................................. 25 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................... 26 GABARITO ............................................................................................................................................... 38 QUESTÃO DESAFIO ................................................................................................................................ 39 GABARITO QUESTÃO DESAFIO ........................................................................................................... 40 LEGISLAÇÃO COMPILADA .................................................................................................................... 43 JURISPRUDÊNCIA ................................................................................................................................... 44 9 MAPA MENTAL ...................................................................................................................................... 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................... 48 . 10 DIREITO DO TRABALHO Capítulo 1 1. Direito Individual do Trabalho 1.1 Introdução O Direito do Trabalho surgiu a partir da necessidade de normatizar as relações entre empregadores e empregados, visando à proteção destes, em especial contra a exposição às indignas e desumanas condições de trabalho ocorridas durante a Revolução Industrial, tais como jornadas excessivas e inexistência de salário mínimo suficiente à manutenção das suas necessidades. 1.1.1 Conceito e características A doutrina preleciona que o Direito Individual do Trabalho consiste no “complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam, no tocante às pessoas e matérias envolvidas, a relação empregatícia de trabalho, além de outras relações laborais normativamente especificadas.” 1 Nesse sentido, entende-se que o Direito do Trabalho tem por escopo a proteção do trabalhador diante do poder econômico que com ele se relaciona. Tal tutela é realizada por meio de normas elaboradas pelo Estado ou por meio de poderes, restritivos da autonomia individual, conferidos aos sindicatos, o que é resultado da ampla atuação da classe trabalhadora na reivindicação de uma legislação de caráter intuitivo. 1 DELGADO, Maurício Godinho. Curs de Direito do trabalho/ Maurício Godinho Delgado. – 17 ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Ltr, 2018, p. 49. 11 O objeto do Direito do Trabalho, na visão de Sérgio Pinto Martins, é o estudo do trabalho subordinado, no qual o empregado é visto como sujeito de direito. A sua finalidade é assegurar o aperfeiçoamento das condições de trabalho ao obreiro, garantindo que possa prestar seus serviços em um ambiente salubre, e, partir do seu salário, possa auferir uma vida digna. 1.1.2 Natureza jurídica Sabe-se que a natureza jurídica consiste na classificação do instituto dentro do Direito. Existe certo celeuma acerca da natureza do Direito do Trabalho, destacando-se a Teoria do Direito Público e a Teoria do Direito Privado. De acordo com a corrente que inclui o direito obreiro entre os ramos do Direito Público, as regras trabalhistas possuem marcante caráter imperativo, baseado no intervencionismo estatal restritivo da autonomia da vontade, opondo-se ao fundamento jurídico-filosófico do Direito Privado: individualismo e liberdade volitiva. No entanto, tal entendimento, de acordo com a doutrina majoritária, encontra-se equivocado, uma vez que a intervenção do Estado na criação e reprodução das normas trabalhistas não substitui a criatividade e o dinamismo privado, mas sim condiciona tal atividade. Já para a Teoria do Direito Privado, sendo esta a prevalecente, o Direito do Trabalho regula relações essencialmente privadas, preponderando-se vínculos próprios aos da sociedade civil, pactuados entre particulares. Ademais, apesar de o Direito do Trabalho possuir normas imperativas e de restrição à autonomia privada, pressupõe a liberdade para contratar e ser contratado. 12 1.1.3 Funções Tendo em vista que a finalidade primordial do Direito do Trabalho é a melhoria das condições de labor, é importante destacar as suas principiais funções a fim de atingir tal objetivo. Função tutelar Em razão da disparidade econômica existente entre empregado e empregador, o Direito do Trabalho deve proteger o obreiro diante do poder econômico. Tal tutela concretiza-se por meio de leis de origem estatal ou do reconhecimento dos poderes restritivos da autonomia individual às entidades sindicais. Função econômica O Direito do Trabalho visa à realização de valores econômicos. Nesse sentido, toda vantagem atribuída ao trabalhador deve ser precedida de um suporte financeiro, sem o qual nada lhe poderá ser concedido. Frise-se que a função econômica é sustentada por doutrinadores que pretendem incluir o Direito do Trabalho entre as divisões do Direito Econômico. Função social A realização de valores sociais, especialmente o valor universal da dignidade humana é o escopo maior do Direito Trabalhista. Função conservadora O Direito do Trabalho tem por finalidade conservar o sistema capitalista, realidade social e econômica em que foi gerado, mantendo-se, assim, o status quo dominante. Função coordenadora As medidas protecionistas ou tutelares nem sempre são adotadas pelo Direito Trabalhista, que possui, também, a função de coordenar interesses entre capital e trabalho. 13 1.2 Fontes As fontes do Direito do Trabalho dividem-se em materiais e formais. 1.2.1 Fontes materiais As fontes materiais caracterizam-se como o momento histórico e anterior à existência da regra, designando os fatores que conduzem ao nascimento e construção das normas. Tais elementos podem ser, por exemplo, econômicos, como a Revolução Industrial, no século XVIII; ou sociológicos, a exemplo da crescente urbanização ocorrida nos últimos séculos. 1.2.2 Fontes formais As fontes formais dividem-se em heterônomas e autônomas. As fontes formais heterônomas são as provenientes de terceiro estranho à relação de emprego, não havendo a participação direta dos destinatários na produção das normas. Nessa subdivisão, enquadram-se a Constituição Federal e as demais espécies normativas infraconstitucionais previstas no art. 59, CF, como a lei ordinária, a lei complementar, a lei delegada, a medidaprovisória, o decreto legislativo e a resolução do Senado Federal. Podemos listar, ainda, os tratados internacionais que dispõem sobre direitos sociais trabalhistas e ratificados pelo Brasil (lembre-se: são tratados de direitos humanos, logo, ingressam em nosso ordenamento na qualidade de normas constitucionais por força do art. 5º, §2º, CF). Verificamos, ainda, entre as fontes formais heterônomas, a CLT, os atos normativos do Poder Público, a sentença normativa e o laudo arbitral. Já as fontes formais autônomas são criadas pelo empregado e pelo empregador, ou seja, são oriundas dos próprios interlocutores sociais e nelas não verificamos a interferência estatal. Nessa subdivisão encontramos os acordos coletivos e as convenções coletivas de 14 trabalho, instituídos com a participação efetiva dos empregadores e empregados com a participação das entidades representativas (sindicatos). Veremos mais adiante as diferenças de cada um. Destaque-se, ainda, que parte majoritária da doutrina enquadra os usos e costumes como fontes formais do direito do trabalho, com fundamento no artigo 8º, caput, da CLT, que dispõe: 2 “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.” 3 1.2.3 Outras fontes É importante destacar alguns institutos, que, dada a controvérsia doutrinária, merecem atenção especial para o caso de aparecerem em sua prova. O primeiro deles é a jurisprudência. Não há consenso acerca de sua classificação como fonte formal. Para alguns autores, não pode ser considerada fonte formal, pois não têm valor de regra geral, de cumprimento obrigatório. Já para doutrinadores como o Ministro Godinho, “(...) as posições judiciais adotadas similar e reiteradamente pelos tribunais ganhariam autoridade de atos-regra no âmbito da ordem jurídica, por se afirmarem, ao longo da dinâmica jurídica, como preceitos gerais, impessoais, abstratos, válidos ad futurum – fontes normativas típicas, portanto.” 4 2 Vide questão 9 desse material. 3 Vide questão 1 desse material. 4 DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 199. 15 No entanto, contrariando tal posicionamento, a reforma trabalhista trouxe a previsão do §2º do art. 8º da CLT, com o intuito de restringir o chamado “ativismo da justiça do trabalho”. Tal dispositivo determina que a jurisprudência não poderá extrapolar as obrigações previstas em lei. Veja-se: Art. 8º, §2º, da CLT - Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. O segundo instituto cuja classificação é controversa é o regulamento empresarial. Isso porque, boa parte da doutrina entende que, apesar de possuir generalidade, abstração e impessoalidade, tal documento é elaborado pela empresa, de forma unilateral, razão pela qual não poderia ser aceito como fonte formal. Apesar disso, algumas provas de concurso já adotaram o posicionamento minoritário, entendendo que o regulamento de empresa é fonte formal do Direito do Trabalho. 5 Por isso, é importante a resolução de muitas questões para saber qual o posicionamento adotado pela banca examinadora do seu concurso. Um tema bastante peculiar ao Direito do Trabalho é o da Hierarquia Dinâmica das Fontes. 5 Vide questão 10 desse material. 16 A doutrina elucida que a configuração das fontes do Direito Trabalhista é distinta daquela que foi proposta pelo jurista Hans Kelsen para o Direito Comum. Isso porque, enquanto neste há uma verticalidade fundamentadora entre os diplomas normativos, mediante a qual um diploma encontra respaldo e fundamento naquele que lhe é superior; no direito laboral prepondera a ideia de uma dinâmica na hierarquia das fontes: a pirâmide normativa se constrói de modo plástico e variável, elegendo para o seu vértice dominante a norma mais favorável ao obreiro. Assim, por exemplo, uma regra prevista na CLT poderá ser aplicada em detrimento de uma regra da Constituição, por ser mais vantajosa ao trabalhador. No entanto, deve-se atentar às normas proibitivas oriundas do Estado, as quais limitam tal critério hierárquico especial. Mais adiante, quando tratarmos do princípio da norma mais favorável, veremos quais são os critérios de aplicação da hierarquia dinâmica das fontes. 1.3 Eficácia das normas trabalhistas A doutrina justrabalhista clássica prevê que a eficácia das normas trabalhistas deve ser analisada sob dois aspectos: eficácia no tempo e eficácia no espaço. Com relação à eficácia no tempo, devemos ter em mente dois princípios constitucionais: a irretroatividade, de modo que a lei não poderá retroagir para prejudicar, de modo a respeitar o direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito, nos termos do art. 5º, XXXVI, CF; bem como a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais, prevista no art. 5º, §1º, CF, a qual prevê que as normas que criam direitos fundamentais sociais entram em vigor imediatamente. 17 Somado a isso, a Súmula 51, inciso I do TST prevê que as cláusulas regulamentares que revoguem ou alterem vantagens anteriormente deferidas só poderão atingir os trabalhadores admitidos em momento posterior à revogação ou alteração do regulamento. Atente-se, ainda, para a regra trazida pela Reforma Trabalhista proposta no art. 614, §3º, CLT, a qual consagra a vedação à ultratividade de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho ao estabelecer a impossibilidade de duração superior a 02 anos. Com relação à eficácia da norma trabalhista no espaço, devemos nos ater ao princípio da territorialidade. Segundo esse pressuposto, a lei que irá reger o contrato de trabalho é a do local da prestação dos serviços. Assim, em regra, a lei nacional será aplicada tanto aos trabalhadores nacionais quanto aos estrangeiros que possuam vínculo empregatício no Brasil. Observe-se, no entanto, que o princípio da territorialidade encontra exceção na Lei 7.064/1982. De acordo com esse diploma, nos contratos de trabalho dos empregados transferidos para o exterior, dever-se-á utilizar o critério da norma mais favorável ao trabalhador. 1.4 Princípios do Direito do Trabalho É inconteste que no Direito do Trabalho os princípios exercem relevante papel, pois direcionam o nosso olhar para o estudo correto dos institutos jurídicos. A doutrina prevê a sua tripla função no ordenamento jurídico, quais sejam: Função informativa: inspiram a atividade legislativa; Função interpretativa: destinados ao aplicador do Direito, visam à compreensão dos significados e sentidos das normas que compõem o ordenamento jurídico; 18 Função normativa: destinados também ao aplicador do Direito, decorre da constatação de que os princípios podem ser aplicados tanto de forma direta, na solução dos casos concretos, quanto de forma indireta, por meio da integração do sistema nas hipóteses de lacuna. Ciente dessas funções, vamos agora para a análise dos princípios mais recorrentes em provas de concurso público: 1.4.1 Princípio da proteção Constitui a gênese do Direito do Trabalho, visa estabelecer uma igualdade jurídica entre empregado e empregador. Sabemos que na relação de emprego, em regra, há conflitos de interesses, vislumbramos uma relação naturalmente desequilibrada, na qual o empregado é considerado hipossuficiente.O princípio da proteção visa harmonizar, equalizar ou pelo menos diminuir as diferenças dessa relação. De acordo com Américo Plá Rodriguez, o princípio da proteção é subdividido nos seguintes princípios: norma mais favorável, condição mais benéfica e in dubio pro operario. Vamos ao estudo deles: Princípio da norma mais favorável: se houver mais de uma norma que verse sobre direitos trabalhistas, prevalecerá a que mais favorecer ao empregado. Cabe pontuar que, havendo norma proibitiva estatal, não é possível aplicar este princípio. Atente-se para a seguinte situação, a título de exemplo: a nossa Carta Magna determina que o prazo prescricional será de 02 e 05 anos, então, um acordo coletivo de trabalho que 19 apresente prazo diferente não pode ser considerado válido. Tal princípio está intimamente ligado ao critério da Hierarquia Dinâmica das Fontes, próprio do sistema juslaboral. Princípio da condição mais benéfica: está relacionado às cláusulas contratuais, de modo que a cláusula mais benéfica prevalecerá durante a vigência do vínculo empregatício, conforme art. 468 da CLT e súmula 51 do TST. Revela, pois, emanação do princípio da segurança jurídica.6 Vejamos a lição de Sérgio Pinto Martins sobre o princípio em tela: “A condição mais benéfica ao trabalhador deve ser entendida como o fato de que vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao trabalhador, não podem ser modificadas para pior. É a aplicação da regra do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), do fato de o trabalhador já ter conquistado certo direito, que não pode ser modificado, no sentido de se outorgar uma condição desfavorável ao obreiro.”7 Princípio do in dubio pro operario: também conhecido como princípio in dubio pro misero. Nesse princípio, devemos voltar o nosso olhar para a interpretação da norma trabalhista: quando estivermos diante de uma única norma que permita mais de uma interpretação, deve prevalecer aquela que mais favoreça o empregado. Para sanar qualquer dúvida, vamos analisar o exemplo trazido por Carlos Henrique Bezerra Leite: “O art. 10, II, “b”, do ADCT, dispõe que é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante ‘desde a confirmação da gravidez até cinco meses após 6 Vide questão 2 desse material. 7 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 34ª ed. Saraiva, 2018, p. 61. 20 o parto. Ora, a expressão ‘desde a confirmação da gravidez’ comporta pluralidade de interpretações, a saber: ‘desde a comunicação da empregada ao empregador’; ‘desde a apresentação do atestado médico’; ‘desde a data da provável fecundação’ etc. Adotando-se o princípio in dubio pro operario, a interpretação da regra que mais protege a empregada gestante é a ‘desde a data da provável fecundação’.” 8 Reforce-se que o Direito do Trabalho reconhece que o trabalhador é parte hipossuficiente da relação jurídica e, por isso, surge para protegê-lo. No entanto, é preciso ter cautela quanto à Reforma Trabalhista, uma vez que ela quebrou antigos paradigmas criados à luz do princípio da proteção. Vamos estudar detalhadamente essas modificações ao longo do nosso curso. Conforme estudado, o Direito do Trabalho possui a peculiaridade de haver uma hierarquia dinâmica das suas fontes, baseado no princípio da norma mais favorável. Nesse sentido, analisaremos os três principais critérios para a aplicação de tal pressuposto: a teoria da acumulação, a teoria do conglobamento e a teoria da incindibilidade dos institutos. De acordo com a teoria da acumulação, o conteúdo dos textos normativos deve ser fracionado, retirando-se os preceitos e institutos que se considerem mais vantajosos ao obreiro. 8 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 91. 21 Na visão de Carlos Henrique Bezerra Leite, o contrato de trabalho seria uma espécie de “colcha de retalhos”, na medida em que se vão acumulando, entre as diversas normas existentes, os dispositivos, nelas contidos, considerados mais benéficos ao trabalhador. 9 Na sequência, a teoria do conglobamento preconiza não o fracionamento dos preceitos e institutos jurídicos, mas sim uma comparação em busca da norma mais favorável, a partir da totalidade dos sistemas e diplomas jurídicos (conglobamento amplo) ou, pelo menos, a partir de um mesmo universo temático dentro dessa totalidade (conglobamento mitigado). Por fim, temos a teoria da incindibilidade dos institutos: se houver duas ou mais fontes regulando a mesma matéria, não se considera cada um dos dispositivos, mas sim os institutos do Direito do Trabalho. Na visão de Mário Deveali, referendado por Carlos Henrique Bezerra Leite, para essa teoria, é possível combinar as diversas normas existentes na Constituição, na CLT, nas convenções coletivas, nos regulamentos, etc., sempre atentando para os institutos jurídicos do Direito do Trabalho contido em cada um dos diplomas normativos. Mas você pode estar se perguntando: e o Brasil, adota qual dessas teorias? Em regra, a vertente mais utilizada pela jurisprudência e pela legislação laboral pátria é a da teoria do conglobamento. Contudo, com a Reforma Trabalhista, pode-se afirmar que houve uma atenuação do princípio da norma mais favorável, especialmente em virtude da nova redação do art. 620, da CLT. Tal dispositivo determina que o acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerá sobre a convenção coletiva de trabalho. 9 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Op. cit. p. 93. 22 1.4.2 Princípio da inalterabilidade contratual lesiva Previsto no artigo 468 da CLT. Pode-se dizer que ele é originário do Direito Civil, da inalterabilidade dos contratos (o famoso “pacta sunt servanda”). No Direito do Trabalho, a finalidade do princípio é impedir alterações prejudiciais ao empregado. Embora possua o jus variandi, ou seja, o poder diretivo para gerir seu empreendimento, o empregador apenas pode realizar alterações que não impliquem prejuízo ao empregado. Ademais, algumas cláusulas contratuais podem ser negociadas com intermediação da representação sindical do trabalhador, por meio da negociação coletiva. 1.4.3 Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas Também conhecido como princípio da imperatividade das normas trabalhistas (ou, ainda, princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas), sua função é limitar a autonomia das partes10. Enquanto na seara Civil as partes têm total autonomia para negociar cláusulas contratuais e dispor dos seus direitos, no Direito do Trabalho, há várias normas de ordem pública, de modo que, em regra, não se admite que o trabalhador renuncie. Mas devemos lembrar, nesse ponto, que a Reforma Trabalhista trouxe uma série de modificações ao Direito do Trabalho, podemos dizer até que houve quebra de paradigmas e, por isso, há uma série de dispositivos legais que flexibilizam esse princípio. Veremos tudo com calma mais à frente. 1.4.4 Princípio da primazia da realidade Tem como escopo priorizar a realidade, como o nome sugere, em detrimento da forma. É um princípio amplamente utilizado no Processo do Trabalho e prevê que a realidade fática na 10 Vide questão 5 desse material. 23 execução do contrato prevalece sobre o aspecto formal das condições nele avençadas. Assim, quando houver, por exemplo, evidente relação de emprego mascarada por contrato de estágio, por aplicação desse princípio, a relação empregatícia deverá ser reconhecida. 11 1.4.5 Princípio da continuidade da relação de emprego Valoriza a permanência do empregado no mesmo vínculo empregatício. Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado.A exceção fica por conta dos contratos por prazo determinado. A Súmula 212 do TST aborda esse princípio. Vejamos: “o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.”12 Ademais, o artigo 448 da CLT segue a mesma ideia, ao determinar que os contratos de trabalho continuam vigentes ainda que haja mudança na propriedade na empresa (ou seja, sucessão de empregadores). Godinho destaca duas repercussões favoráveis ao empregado decorrentes da permanência em um mesmo emprego, vejamos: tendencial elevação dos direitos trabalhistas (quanto mais tempo de contrato, maiores benefícios) e investimento educacional e profissional (tendência do empregador capacitar os empregados que permanecem mais tempo na empresa). 1.4.6 Princípio da intangibilidade salarial 11 Vide questão 7 desse material. 12 Vide questão 3 desse material. 24 Previsto no art. 7º, inciso VI, da Constituição de 1988, este princípio destaca a necessidade de assegurar diversas garantias e proteções jurídicas ao salário, tendo em vista a sua natureza alimentar. Desse modo, a intangibilidade salarial abrange não apenas a irredutibilidade de valor, mas também proíbe descontos indevidos. Nesse sentido, analise os artigos 459, 462 e 465 da CLT. Tenha em mente que a CF assegura a irredutibilidade salarial, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. Se liga, OABeiro! Em relação à Reforma Trabalhista, é de grande importância dar uma atenção especial ao artigo 611-A da CLT. O referido artigo apresenta um rol de temas nos quais o negociado prevalece em relação ao legislado. Naturalmente, essa alteração reduz a força do princípio da norma mais favorável e da indisponibilidade dos direitos trabalhistas. Iremos aprofundar essa temática em outro momento, mas é salutar que você atente para uma importante alteração trazida pela Reforma: art. 468, §2º, da CLT. De acordo com esse dispositivo, o empregado que exerce função de confiança pode reverter ao cargo efetivo sem que a gratificação seja incorporada ao seu salário, independentemente do tempo na função. Vamos agora analisar algumas questões para fixar melhor o conteúdo 😉. 25 QUADRO SINÓTICO 26 QUESTÕES COMENTADAS Questão 1 (FCC - 2018 – TRT-2 – Analista Judiciário – Área Judiciária) Acerca das fontes do Direito do Trabalho, considere: I. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, apenas pela jurisprudência, por analogia, por equidade, pelo direito comparado e outros princípios e normas gerais de direito, admitindo-se, excepcionalmente, que um interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. II. Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. III. No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho, além de analisar a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico (agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei), poderá anular cláusulas coletivas com base em juízos de valor sobre o pactuado, balizando sua atuação pelo princípio da intervenção adequada na autonomia da vontade coletiva. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) II. C) II e III. D) I e III. E) I e II. Comentário: 27 Para responder à questão, é necessário que o candidato tenha conhecimento da redação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Lembre-se que é de suma importância a leitura da legislação para a sua aprovação! Passemos à análise de cada um dos itens: I. Art. 8º, caput, da CLT - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, MAS SEMPRE DE MANEIRA QUE NENHUM INTERESSE DE CLASSE OU PARTICULAR PREVALEÇA SOBRE O INTERESSE PÚBLICO. II. Art. 8º, § 2º, da CLT - Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho NÃO poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. III. Art. 8º, § 3º, da CLT - No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará EXCLUSIVAMENTE a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA NA AUTONOMIA DA VONTADE COLETIVA. Frise-se que a legislação não prevê a hipótese de anulação de cláusulas coletivas pela Justiça do Trabalho por meros juízos de valor. Questão 2 (XXIII EXAME DE ORDEM – FGV - 2017) Um grupo econômico é formado pelas sociedades empresárias X, Y e Z. Com a crise econômica que assolou o país, todas as empresas do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão de obra. Para evitar dispensas, a sociedade empresária X acertou a redução de 10% dos salários dos seus empregados por convenção 28 coletiva; Y acertou a mesma redução em acordo coletivo; e Z fez a mesma redução, por acordo individual escrito com os empregados. Diante da situação retratada e da norma de regência, assinale a afirmativa correta. A) As empresas estão erradas, porque o salário é irredutível, conforme previsto na Constituição da República. B) Não se pode acertar redução de salário por acordo coletivo nem por acordo individual, razão pela qual as empresas Y e Z estão erradas. C) A empresa Z não acertou a redução salarial na forma da lei, tornando-a inválida. D) As reduções salariais em todas as empresas do grupo foram negociadas e, em razão disso, são válidas. Comentário: A regra geral de proteção aos salários é a de irredutibilidade dos mesmos. Excepcionalmente a redução salarial é autorizada, nos termos do art. 7º, VI da CF, desde que decorra de convenção ou acordo coletivo de trabalho. É inválido acordo individual para redução salarial. Assim, somente as empresas X e Y adotaram o procedimento correto, sendo válida a redução salarial. A redução salarial promovida pela empresa Z, por meio de acordo individual, é inválida. Questão 3 (FCC - 2018 – PGE-TO – Procurador do Estado) Os princípios exercem um papel constitutivo da ordem jurídica, cuja interpretação leva em consideração os valores que os compõem. Nesse sentido, o entendimento jurisprudencial adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho de que o encargo de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento é do empregador está embasado no princípio: A) protetor. B) da primazia da realidade. 29 C) da irrenunciabilidade. D) da continuidade da relação de emprego. Comentário: O enunciado da questão aborda um entendimento jurisprudencial que já estudamos: a Súmula 212 do TST. Vamos à análise das alternativas: Alternativa A: Incorreta. O princípio da proteção (ou princípio protetor) é a base de todo o Direito do Trabalho e demonstra a necessidade de preservar os direitos do empregado enquanto sujeito de direitos. Mas o enunciado perquire acerca do princípio que transfere ao empregador o encargo de provar o término do contrato de trabalho, o qual nos moldes da Súmula 212, do TST,é o princípio da continuidade da relação de emprego. Logo, alternativa incorreta. Alternativa B: Incorreta. O princípio da primazia da realidade demonstra que, na análise do caso concreto, a realidade exulta em detrimento da forma. Logo, esse princípio não atende aos requisitos do enunciado. Destarte, alternativa incorreta. Alternativa C: Incorreta. O princípio da irrenunciabilidade demonstra que o empregado não pode renunciar dos seus direitos, pois visam garantir o interesse público, logo, não há como deles dispor. Logo, alternativa incorreta. Alternativa D: Correta. De acordo com a Súmula 212 do TST, o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Logo, alternativa correta. Questão 4 (FCC – 2017 – TRT-24 – Analista Judiciário – Área Judiciária): O advogado Hércules pretende fundamentar uma tese na petição inicial de reclamatória trabalhista utilizando o ditame segundo o qual, ainda que haja mudanças vertiginosas no aspecto de propriedade ou de alteração da 30 estrutura jurídica da empresa, não pode haver afetação quanto ao contrato de trabalho já estabelecido. Tal valor está previsto no princípio de Direito do Trabalho denominado (A) razoabilidade. (B) disponibilidade subjetiva. (C) responsabilidade solidária do empregador. (D) asserção empresarial negativa. (E) continuidade da relação de emprego. Comentário: Conforme estudado, a sucessão de empregadores, prevista no art. 448 da CLT está ligada ao princípio da continuidade da relação de emprego. Isso porque, os contratos de trabalho continuam vigentes ainda que haja alteração na propriedade da empresa. Questão 5 (FCC – 2016 - TRT-20 – Analista Judiciário – Área Judiciária): A restrição à autonomia da vontade inerente ao contrato de trabalho, em contraponto à soberania da vontade contratual das partes que prevalece no Direito Civil, é tida como instrumento que assegura as garantias fundamentais do trabalhador, em face do desequilíbrio de poderes inerentes ao contrato de emprego, é expressão do princípio da A) autonomia privada coletiva. B) condição mais benéfica. C) primazia da realidade. D) imperatividade das normas trabalhistas. E) prevalência do negociado em face do legislado. Comentário 31 Trata-se do princípio da imperatividade das normas trabalhistas, que, nas palavras do doutrinador Maurício Godinho Delgado13: “prevalece a restrição à autonomia da vontade no contrato trabalhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condições contratuais. Esta restrição é tida como instrumento assecuratório eficaz de garantias fundamentais ao trabalhador, em face do desequilíbrio de poderes inerente ao contrato de emprego." Questão 6 (FCC – 2016 – TRT-20 – Técnico Judiciário – Área Administrativa): Considere: I. A obrigação de comprovar o término do contrato de trabalho quando negado o despedimento é do empregador. II. A descaracterização de um contrato de prestação de serviços de trabalhador sob sistema de cooperativa, desde que presentes os requisitos fático-jurídicos da relação empregatícia. III. As cláusulas regulamentares que alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a alteração do regulamento. Os itens I, II e III correspondem, respectivamente, aos princípios do Direito do Trabalho: (A) continuidade da relação de emprego; irrenunciabilidade; razoabilidade. (B) razoabilidade; primazia da realidade; intangibilidade salarial. (C) continuidade da relação de emprego; primazia da realidade; condição mais benéfica. (D) primazia da realidade; condição mais benéfica; instrumentalidade das formas. (E) irrenunciabilidade; continuidade da relação de emprego; prevalência do negociado sobre o legislado. Comentário: Vamos analisar cada um dos itens: I. Aborda o princípio da continuidade da relação de emprego, conforme o entendimento do TST constante na Súmula 212: SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA 13 DELGADO, Maurício Godinho. Op. cit. p. 234-235. 32 O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. II. Traduz um efeito do princípio da primazia da realidade, o qual consiste na prevalência da realidade dos fatos sobre a forma. Presentes os elementos fático-jurídicos da relação de emprego, haverá descaracterização da relação jurídica mascarada. III. Trata-se do princípio da condição mais benéfica, enfatizado na Súmula 51, I, do TST: SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. Questão 7 (FCC – 2016 – TRT-14 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal): A relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica estipulada pelos contratantes, ou seja, em matéria trabalhista, importa o que ocorre na prática mais do que as partes pactuaram, em forma mais ou menos expressa, ou o que se insere em documentos, formulários e instrumentos de contrato. Tal enunciado corresponde ao princípio específico do Direito do Trabalho: (A) Condição mais benéfica. (B) Primazia da realidade. (C) Intangibilidade contratual lesiva. (D) Busca do pleno emprego. (E) Continuidade da relação de emprego. Comentário: 33 De acordo com o que foi estudado, o princípio da primazia da realidade busca priorizar a realidade em detrimento da forma. Assim, por exemplo, nos casos da chamada “pejotização”, em que a empresa exige que o trabalhador seja contratado como pessoa jurídica, mas preste serviços de forma pessoal, onerosa e subordinada, aplica-se tal princípio a fim de se reconhecer a efetiva relação de emprego. Questão 8 (CESPE – 2016 – TRT-8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa): Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. (A) A aplicação do in dubio pro operario decorre do princípio da proteção. (B) As fontes formais correspondem aos fatores sociais que levam o legislador a codificar expressamente as normas jurídicas. (C) Dado o princípio da realidade expressa, deve-se reconhecer apenas o que está demonstrado documentalmente nos autos processuais. (D) Em decorrência do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, o empregador não pode interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expressamente acordado entre as partes. (E) O princípio da razoabilidade não se aplica ao direito do trabalho. Comentário: Alternativa B: Incorreta. O examinador trouxe o conceito de fontes materiais. Alternativa C: Incorreta. O princípio da primazia da realidade ou do contrato realidade busca priorizar a realidade em detrimento da forma. Alternativa D: Incorreta. Conforme visto, o princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas, também chamado de princípio da imperatividade das normas trabalhistas, constitui uma limitação à autonomia das partes, característica do Direito do Trabalho. 34 Nesse sentido, o empregador não pode interferir nos direitos de seus empregados, salvo nos casos permitidos pela legislação. Alternativa E: Incorreta. O princípio da razoabilidade, apesar de não ser específico do Direito do Trabalho, mas sim do Direito Comum, é aplicável àquele. De acordo com o doutrinador Plá Rodriguez (RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. 3. ed. atual. São Paulo: LTr,2000, p. 393-403), na seara trabalhista, tal princípio é aplicável de duas formas: a) para medir a verossimilhança de determinada explicação ou solução dada em certas situações; b) como obstáculo, limite ou freio de certas faculdades do empregador, evitando possíveis arbitrariedades. Questão 9 (CESPE – 2016 – TRT-8 – Analista Judiciário – Área Administrativa) Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. (A) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito de férias, se assim preferir. (B) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades administrativas poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do direito do trabalho. (C) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um caso concreto, a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 1988 (CF). (D) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do Poder Executivo. (E) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do trabalho, ainda que subsidiariamente. Comentário: Para corrente majoritária da doutrina, os usos e costumes são considerados fonte formal do direito do trabalho, com fundamento no caput do artigo 8º da CLT: Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por 35 eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Alternativa A: Incorreta. Trata-se do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas (ou imperatividade das normas trabalhistas) e não do princípio da boa-fé. Alternativa C: Incorreta. A razão de a CLT poder se sobrepor aos dispositivos da Constituição Federal de 1988 não está no fato de conter regras específicas acerca dos institutos trabalhistas (princípio da especificidade), mas sim em virtude do princípio da norma mais favorável. Alternativa D: Incorreta. Tanto as sentenças normativas como os atos normativos do Poder Executivo são fontes formais heterônomas do Direito do Trabalho. Alternativa E: Incorreta. Vide comentário sobre a alternativa B. Questão 10 (TRT-2 – 2016 – Juiz do Trabalho Substituto): Analise as proposituras em relação à Teoria Geral do Direito do Trabalho e responda. I- O princípio da intangibilidade contratual subjetiva determina ao Juiz do Trabalho privilegiar a situação fática prática em confronto com documentos ou do rótulo conferido à relação jurídica material. II- Os regulamentos empresariais não podem ser considerados como fontes formais do Direito do Trabalho uma vez que não conferem à regra jurídica o caráter de direito positivo. III- Não há previsão expressa no texto consolidado no sentido de que a Justiça do Trabalho decidirá sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público, até mesmo em razão do “princípio tutelar” que norteia o Direito do Trabalho. 36 IV- A primazia dos preceitos de ordem pública na formação do conteúdo do contrato de trabalho está expressamente enunciada pela legislação brasileira, ao dispor a CLT que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. V- No Direito do Trabalho são exemplos de fontes heterônomas a Constituição Federal e a Sentença Normativa e são exemplos de fontes autônomas a Convenção Coletiva de Trabalho e Acordo Coletivo de Trabalho. Estão corretas apenas as assertivas: A) I,II e IV. B) II e V. C) III,IV e V. D) IV e V. E) I,III e IV. Comentário: Item I: Incorreto. Trata-se do princípio da primazia da realidade. Intem II: Incorreto. Regulamentos empresariais são fontes formais do Direito do Trabalho. Item III: Incorreto. Art. 8º, caput, da CLT: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Item IV: Correto. Art. 444, da CLT - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Item V: Correto. Conforme estudado, as fontes formais dividem-se em fontes formais heterônomas e fontes formais autônomas. Fontes formais heterônomas são as provenientes de terceiro estranho à 37 relação de emprego, geralmente o Estado, ou do empregador, unilateralmente. Assim, são exemplos a Constituição Federal e a Sentença Normativa. Já as fontes formais autônomas são criadas pelo empregado e pelo empregador, ou seja, são oriundas dos próprios interlocutores sociais e nelas não verificamos a interferência estatal, a exemplo da Convenção Coletiva de Trabalho e do Acordo Coletivo de Trabalho. 38 GABARITO Questão 1 - B Questão 2 - C Questão 3 - D Questão 4 - E Questão 5 – D Questão 6 - C Questão 7 - B Questão 8 - A Questão 9 - B Questão 10 - D 39 QUESTÃO DESAFIO Quais são os desdobramentos do princípio da proteção ao trabalhador (ou princípio protetor)? Responda em até 5 linhas 40 GABARITO QUESTÃO DESAFIO A Doutrina trabalha com três desdobramentos do princípio protetor: a) in dubio pro operario; b) norma mais favorável; c) condição mais benéfica. Você deve ter abordado necessariamente os seguintes itens em sua resposta: In dubio pro operario O princípio da proteção ao trabalhador (ou princípio protetor) se constitui na base fundante do Direito do Trabalho, na medida em que esse ramo jurídico tem o intuito de equilibrar as relações jurídicas entre o empregado e o empregador (que são naturalmente desequilibradas, por conta da situação desigual existente entre esses sujeitos). Esse princípio se divide em três sub-princípios ou sub-regras. É o que ensina Carla Tereza Martins Romar: "Reconhecido como o princípio mais importante do Direito do Trabalho, o princípio protetor se expressa sob três formas distintas, que podem ser caracterizadas como suas regras de aplicação, que, no entanto, também foram afetadas pela Reforma Trabalhista trazida pela Lei n. 13.467/2017: a regra in dubio pro operario; a regra da norma mais favorável; a regra da condição mais benéfica." (ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho– 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018, p. 66 - Coleção esquematizado®) Especificamente quanto ao in dubio pro operario, a autora prossegue: "A regra in dubio pro operario é regra de interpretação de normas 41 jurídicas, segundo a qual, diante de vários sentidos possíveis de uma determinada norma, o juiz ou o intérprete deve optar por aquele que seja mais favorável ao trabalhador." (ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho– 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018, p. 66 - Coleção esquematizado®). Norma mais favorável Pela norma mais favorável, deve ser aplicada ao trabalhador aquela norma que melhor lhe atenda,mesmo que não se trate, em tese, da norma dotada de grau hierárquico mais elevado. Nesse sentido: "A regra da norma mais favorável determina que, havendo mais de uma norma aplicável a um caso concreto, deve -se optar por aquela que seja mais favorável ao trabalhador, ainda que não seja a que se encaixe nos critérios clássicos de hierarquia de normas." (ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho– 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018, p. 66 - Coleção esquematizado®). "O presente princípio dispõe que o operador do Direito do Trabalho deve optar pela regra mais favorável ao obreiro em três situações ou dimensões distintas: no instante da elaboração da regra (princípio orientador da ação legislativa, portanto) ou no contexto do confronto entre regras concorrentes (princípio orientador do processo de hierarquização de normas trabalhistas) ou, por fim, no contexto de interpretação das regras jurídicas (princípio orientador do processo de revelação do sentido da regra trabalhista)". Delgado, Maurício Godinho Curso de Direito do Trabalho/ Maurício Godinho Delgado - 17. ed.rev.atual. e ampl. - São Paulo: LTr, 2018. Condição mais benéfica 42 A condição mais benéfica implica na impossibilidade de uma nova norma implicar na piora de condições para o trabalhador, numa perspectiva concreta. Nessa linha: "Segundo a regra da condição mais benéfica, a aplicação de uma nova norma trabalhista nunca pode significar diminuição de condições mais favoráveis em que se encontra o trabalhador. As condições mais favoráveis devem ser verificadas em relação às situações concretas anteriormente reconhecidas ao trabalhador, e que não podem ser modificadas para uma situação pior ou menos vantajosa. Situações pessoais mais vantajosas incorporam-se ao patrimônio do empregado, por força do próprio contrato de trabalho, e não podem ser retiradas, sob pena de violação ao art. 468 da CLT. A cláusula contratual mais vantajosa reveste-se de caráter de direito adquirido (CF, art. 5º, XXXVI)." (ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho– 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018, p. 68 - Coleção esquematizado®). "Este princípio importa na garantia da preservação, ao longo do contrato, da cláusula contratual mais vantajosa ao trabalhador, que se reveste do caráter do direito adquirido (Art. 5º, XXXVI, CF/88). Ademais, para o princípio, no contraponto entre dispositivos contratuais concorrentes, há de prevalecer aquele mais favorável ao empregado". Delgado, Maurício Godinho Curso de Direito do Trabalho/ Maurício Godinho Delgado - 17. ed.rev.atual. e ampl. - São Paulo: LTr, 2018. 43 LEGISLAÇÃO COMPILADA Fontes CLT: Arts. 8º. CF/88: Art. 5º, §2º; Art. 59. Eficácia das normas trabalhistas Súmula do TST: 51, I, do TST. CLT: Art. 614, §3º CF/88: Art. 5º, inciso XXXVI e art. 5º, §1º. Lei 7.064/1982 Princípios Súmula do TST: 51, item “I”; 212. CLT: Arts. 448, 459, 462, 465, 468, 611-A; CF/88: Art. 7º, VI; ADCT: Art. 10, inciso II, alínea “b”. 44 JURISPRUDÊNCIA Princípios TRT-20 RO 00001401120155200007, Rel. Jorge Antônio Andrade Cardoso, 11.05.2017: DESCONTOS INDEVIDOS. INTANGIBILIDADE SALARIAL. Em razão dos princípios da irredutibilidade salarial e intangibilidade salarial, consoante regras expressas no art. 7º, inciso VI, da CF/88, c/c o art. 462, §1º, da CLT, somente se admite o desconto no salário do empregado, quando este tiver causado dano à empresa, no caso de dolo ou de culpa, mas desde que, nesta última hipótese, haja previamente pactuado esta possibilidade através de contrato de trabalho ou norma coletiva firmada com o sindicato profissional representativo da categoria do reclamante. Não identificado sequer os fatos geradores dos alegados prejuízos nem comprovada a negligência ou dolo do reclamante a ensejar os descontos e cobranças, impõe-se reforma da r. sentença neste particular, para determinar a devolução do valor cobrado indevidamente, em razão da irredutibilidade e intangibilidade salarial. Recurso obreiro provido em parte. COMENTÁRIO: De acordo com o TRT somente se admite o desconto no salário do empregado, quando este tiver causado dano à empresa, no caso de dolo ou de culpa, mas desde que, nesta última hipótese, haja previamente pactuado esta possibilidade através de contrato de trabalho ou norma coletiva firmada com o sindicato profissional representativo da categoria do reclamante. 45 MAPA MENTAL 46 47 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CISNEIROS, Gustavo. Direito do Trabalho Sintetizado. 1ª ed. Método, 2016. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do trabalho/ Maurício Godinho Delgado. – 17 ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Ltr, 2018. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. RENZETTI, Rogério. Direito do Trabalho para Concursos – Teoria e questões práticas. 5ª ed. Método, 2018. RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho. 8ª ed. Método, 2018. ROMAR, Carla Tereza Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 34ª ed. Saraiva, 2018. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 43ª ed. Saraiva, 2018. DIREITO DO TRABALHO Capítulo 1 1. Direito Individual do Trabalho 1.1 Introdução 1.1.1 Conceito e características 1.1.3 Funções 1.2 Fontes 1.2.1 Fontes materiais 1.2.2 Fontes formais 1.3 Eficácia das normas trabalhistas 1.4 Princípios do Direito do Trabalho 1.4.1 Princípio da proteção 1.4.2 Princípio da inalterabilidade contratual lesiva 1.4.3 Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas 1.4.4 Princípio da primazia da realidade 1. 1.1 1.2 1.3 1.3.4 1.4.5 Princípio da continuidade da relação de emprego QUADRO SINÓTICO QUESTÕES COMENTADAS GABARITO QUESTÃO DESAFIO GABARITO QUESTÃO DESAFIO LEGISLAÇÃO COMPILADA JURISPRUDÊNCIA MAPA MENTAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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