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LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO PEDIATRIA IMUNIZAÇÃO O processo em que se oferece o antígeno para que o corpo produza o anticorpo. PNI(Programa Nacional de Imunização) Fatores da imunidade infantil: ferro, vitamina D e zinco A vacinação começa intra-utero, prossegue com o aleitamento materno (natural) e se segue com as vacinas (artificial) e infecçõe. Como são divididas: A imunização é uma preparação capaz de induzir resposta imune naquele indivíduo que a recebe, para que uma vez exposto, já disponha de anticorpos protetores. Como funcionam: 1) Uma forma muito enfraquecida ou totalmente inativada do agente que causa a doença é introduzida no organismo. 2) As defesas do organismo entram em ação e esse combate gera anticorpos e memória imunológica. 3) Se no futuro o agente ativo atacar o organismo, os anticorpos específicos vão agir contra, para não desenvolver a doença. *Com a vinda dos venezuelanos aumentou as doenças: sarampo e tuberculose. Tipos de vacina: -Atenuadas: SCR, VOP, febre amarela, BCG, rotavírus, varicela -Inativadas: VIP, DTP, influenza, raiva (não tem risco de desenvolver poliomielite vacinal) -Conjugadas: Polissacarídeos conjugadas a proteínas, pneumo decavalente, meningo c -Recombinantes: Engenharia genética -Combinadas: DTP, pentavalente, tríplice viral LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO BCG -> 1º vacina -Contra tuberculose -Bacilo de Calmette-Guérin -Administração: Via braço -Preparada com cepas atenuadas de M. bovis -Prevenção das formas graves (Tb miliar - neuro tb e Tb meningea) -Ter no mínimo 2kg -Até no máximo 4 anos -Não existe reforço de BCG *A resposta à vacina demora cerca de três meses BCG e hepatite B: Ideal que todo RN tome ao nascer -Pneumonnia por cavitações é suspeito de tuberculose -Caso grave de pneumonia eM qualquer criança deve testar tuberculose e HIV OBS.: A revacinação da criança que não desenvolveu cicatriz deixou de ser recomendada pelo Ministério da Saúde em fevereiro de 2019. Contraindicação -Imunodeficiência -RN com peso baixo <2000g -Lesões de pele extensa -Grávidas Menores de um ano de idade -Não vacinado: vacinar -Vacinados: não vacinar outra dose de BCG LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Único caso de tomar reforço é com 6 meses quando o bebê tiver contato prolongado com portador de hanseníase. Aos 2 meses: -Penta/DTP: perturces (coqueluque), tétano, difiteria, hepatite B -Pneumo 10: (10 sorotipo de pneumo) pneumo 13(particular) -Rota vírus -VIP/VOP Aos 3 meses: Meninge C Aos 4 meses: (2ª dose das vacinas tomadas no 2º mês) -Penta/DTP -Pneumo 10 -Rota vírus -VIP/VOP(poliomielite) VIP-injetável VOP-oral(gotinha) Aos 5 meses: -Meningo C (2ª dose) Rotavírus e poliomielite gotas não pode fazer em ambiente hospitalar pois sai nas fezes. Aos 6 meses: -Penta -VIP/VOP 3ª dose de ambas Aos 9 meses: -Febre amarela (1ª dose) Aos 12 meses: -Pneumo 10 -Meningo C -Tríplice viral (dose única) Reforço das duas primeiras Aos 15 meses - 1º reforço com DTP - 1º reforço com VOP - Tetra viral e hepatite A (dose única) Aos 4 anos - 2º reforço com DTP - 2º reforço com VOP -Febre amarela (refoço) -Varicela (dose única) LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Aos 9 anos: Adolescente de 10 a 19 anos (HPV) -Hepatite: 3 doses -Meníngeo (11 e 12 ans) dose única -Febre amarela: dose única -Triplíce viral: 2 doses (até 29 anos) SEMIOLOGIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Etapas da infãncia e da adolescência Recém-nascido: 0-28 dias de vida Lactente 29 dias até 2 anos de idade Pré-escolar: entre 2 e 7 anos de idade Escolar: dos 7 aos 10 anos de idade Adolescente: dos 10 aos 19 anos de idade Não deixar qu o choro atrapalhe a consulta, pois o exame físico deve ser realizado em sua integridade. A ausculta pulmonar nas crianças menores, pode até ser facilitada pelo choro, pois os lactentes não obedecem ao comando de inspirar profundamente (o que ajudaria na ausculta dos sons pulomonares). Iatrogênia: quando médico por imprudência causa algo em uma paciente. A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica são comumente causadas por medicamentos ou por infecções. Os sintomas típicos de ambas as doenças incluem descamação da pele, febre, dores pelo corpo, uma erupção vermelha plana e bolhas e feridas nas membranas mucosas. Muitas vezes causadas por imperícia médica. Puericultura: ciência que reúne todas a noções suscetíveis de favorecer o desenvolvimento físico e psíquico das crianças, desde o período da gestação até a puberdade (acompanhamento de todas as crianças que não necessariamente estão doentes) ANAMNESE PEDIÁTRICA : -Queixas referidas da mãe e intercorrências; -Condições gestacionais e perinatais; -Risco ao nascer e risco evolutivo; -Verificar a realização dos resultados dos teste de triagem neonatal; *Testes de triagem neo-natal: pézinho, orelinha, linguinha, olhinho, coraçãozinho. -Alimentação (o que come, como é preparado..); LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO -Diurese e hábito intestinal ( frequência, aspecto..); -Higiene física : banho diário, coto umbilica, com os utensílios da criança; -Higiene mental: condições emocionais e ambientais (com quem mora, se frequenta creche); -Situação vacinal. EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO -Varia conforme com a idade -Conversar com a criança e país antes e durante o exame; -Céfalo-caudal Quando for realizar o exame físico de bebês, o ideal é começar a avaliar o bebê no colo da mãe, para evitar o choro, já que o mesmo pode alterar os sinais vitais. Sinais vitais inicialmente Cabeça : forma, perímetro cefálico, fontanela, fáscies, implantação das orelhas, implantação das orelhas, tamanho da língua Como medir a região cefálica: passa a fita na região da glabela e atrás na protuberância occipital. *A orelha deve ser implantada na altura do canto do olho da criança Fontanela (normotensão, abaulada, deprimida) Anterior: Fecha de 9 meses a 15 meses Posterior: Nasce aberta e fecha até 2 meses de vida LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO -Doença que causa abaulamento de fontanela: hidrocefalia, meningite, trauma que cause sangramento. -O que causa fontanela deprimida(funda): desidratação Otoscopia : sempre deve ser realizada na criança Avaliar a cor da pele, mucosas, palmas, plantas e pavilhão auricular *Dedos em baquetas de tambor indica cardiopatia, pneumopatia. Snal de criança que não tem boa perfusão periférica. Avaliar a lingua: lingua geográfica, mas é um sinal que pode ser fisiológico na criança Avaliar se ha monilíase oral (sapinho) Avaliar condinção dentária: dentes em mal estado de concervação, desntes com presença de cárie, pois isso pode ser a porta de entrada para o agente infeccioso LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Endocardite: é uma doença que afeta o endocárdio, isto é, provoca inflamação na membrana que reveste a parede interna do coração e as válvulas cardíacas, muitas vezes tendo como porta de entrada a boca Garganta: avaliar amígdalas (tamanho, coloração, se há algum exsudato purulento, lesão) Avaliação de nível de consciência -Avaliar interação com os pais, dar brinquedos e ver reação, fazer algum estímulo para ver a reação do bebê, perguntar dos pais padrão de vigília e sono, se ela está ativa e reativa, avaliar interesse pelos brinquedos, choro inconsolável, criança apática, criança muito sonolenta. Pescoço: buscar adenomegalias, linfonodos palpáveis( se são dolorosos, se são móveis, se tem flogose). Tórax: realizar ausculta, percussão, frêmito tóraco-vocal Frequência respiratória (IRPM) do bebê é muito maior que a de um adulto Frequência cardíaca Abdome Abdome da criança é protuberante, pouco desenvolvimento da musculatura da parede Palpação:vísceras, tumores, massas.. Genitália Região genital e perineal Inspeção Características sexuais Hérnias inguinais Meninos: fimose, criptoquidia (quando o testiculo não desceu do abdome) Meninas: sinéquia vulvar LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Fimose: incapacidade de expor a glande do menino Avaliar região perianal: sinal de ist, abuso sexuais Hidrocele: acúmulo de líquido Antropometria: até 2 anos deitadaMaior que 2 anos mede em pé DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor) Avaliação puberal Meninas: 8 a 13 anos telarca Meninos: 9 a 14 anos Critérios de Tanner Caderneta da criança TOSSE -É uma das principais causas de procura de atendimento médico pediátrico -É um mecanismo de defesa para eliminar secreções e corpos estranhos das vias aéreas -É um mecanismo de disseminação de doenças -Quando excessiva na duração e intensidade deve ser investigada quanto a sua etiologia Semiologia Características da tosse:seca produtiva, rouca… Ritmo diário Época e condições de início Enfermidades, sinais e sintomas associados A tosse envolve um arco reflexo complexo que se inicia com a estimulacao dos receptores da tosse, que se situam no: nariz, seios paranasais, faringe… e respondem a estímulos, térmicos irritativo e .. Não existem receptores de tosse no parênquima pulmonar e nos alvéolos, o que explica possibilidade de pneumonias alveolares e/ou extensas cursarem sem a presença de tosse Antecedentes Roteiro de exame físico: somatoscopia(padrão respiratório e estado nutricional), otoscopia, nasoscopia,oroscopia, AR LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO O exame do pezinho diagnóstica FC Se tem indicadores específicos para alguma doença (mais asmático..) TOSSE AGUDA A tosse é um mecanismo fisiológico de defesa respiratória que aumenta a libertação de secreções e partículas das vias aéreas e protege da aspiração de materiais estranhos. O reflexo da tosse é desencadeado pela estimulação de receptores localizados entre a faringe e os bronquíolos terminais, que enviam, através de ramos dos nervos glossofaríngeo e vago, estímulos aferentes para o centro da tosse, localizado no tronco cerebral. A tosse tem 3 fases: fase inspiratória; encerramento da glote, relaxamento do diafragma e contração dos músculos expiratórios; e abertura brusca da glote A classificação da tosse não é consensual, mas pode genericamente denir-se tosse aguda (com duração inferior a 3 semanas), crónica (com duração superior a 4-8 semanas) e subaguda (zona cinzenta entre tosse aguda e crónica, com duração de 3-8 semanas). Epidemiologia Estudos populacionais revelaram que a tosse isolada reportada pelos pais tem uma elevada prevalência, sendo um dos principais motivos de consulta em idade pediátrica. A tosse reportada tem uma prevalência estimada de 28% nos rapazes e 30% nas raparigas. História Clínica Anamnese Na anamnese deve inquirir-se a natureza da tosse; se é seca ou produtiva; a forma de início (súbito, gradual, relacionada com episódio de engasgamento); a sua duração, frequência, intensidade e relação com actividades diárias (durante ou após as refeições, nocturna, ao acordar, após o exercício, após exposição ao frio). Na eventualidade de existir expetoração, rara nas crianças pequenas, deve caracterizar-se em qualidade e quantidade, cor, cheiro e presença de sangue. Questionar ainda acerca de sazonalidade, agravamento com exposição a potenciais alergénios, e exposição activa e passiva ao tabaco. Documentar sintomatologia acompanhante: febre, pieira, estridor, dispneia, dor torácica, coriza, prurido nasal, odinofagia, otalgia, entre outros. Avaliar o estado vacinal e contexto epidemiológico. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Exame objetivo: Cianose, adejo nasal, tiragem, balanceio da cabeça ou pieira audível. Ter em atenção que algumas características acústicas da tosse apontam para etiologias especícas, como a “tosse de cão” , na laringite viral, o pigarro na rinite alérgica e a tosse coqueluchóide, nas síndromes pertussis. Realizar otoscopia, rinoscopia e observação da orofaringe. Realizar um exame torácico completo, com especial atenção para a presença de macicez ou hiperressonância à percussão, e auscultação pulmonar com fervores, crepitações, sibilos ou diminuição do murmúrio vesicular, localizados ou generalizados. Por fim, excluir sinais de doença crónica subjacente, como má progressão ponderal, hipocratismo digital, deformidade torácica ou atopia (xerose cutânea, saudação alérgica) Diagnóstico diferencial: - IVRS (incluindo constipação, traqueíte, epiglotite e laringite); - Infecção das vias respiratórias inferiores (incluindo bronquiolite, bronquite, pneumonia e síndromes pertussis); - Aspiração de corpo estranho; - Primeira apresentação de doença crónica (por exemplo, asma, rinite alérgica). Exames complementares: A maioria das crianças com tosse não necessita de realizar qualquer investigação, já que o seu curso é autolimitado. Deve considerar-se a realização de radiograa do tórax na presença de: sinais do aparelho respiratório inferior, hemoptises, tosse de agravamento progressivo após 2-3 semanas, ou suspeita de aspiração de corpo estranho ou de patologia respiratória crónica não diagnosticada Tratamento: Embora os pais refiram frequentemente benefício na toma de medicamentos de venda livre para o tratamento da tosse (incluindo antitússicos, anti-histamínicos e combinações de anti-histamínicos com descongestionantes nasais), não existe evidência científica robusta que sustente a sua prescrição, havendo ainda o risco de causarem efeitos adversos importantes. As IVRS requerem tratamento com antipiréticos, hidratação adequada e aspiração de secreções. Pode estar indicada terapêutica dirigida, na presença de diagnósticos especícos como: pneumonia adquirida na comunidade, laringite, asma e tosse convulsa. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO A prescrição de anti-histamínicos e corticóides nasais é benéca nas crianças com tosse de etiologia alérgica. Evolução: Na maioria das situações, a tosse decorre de infecção respiratória alta e resolve espontaneamente em 3 a 4 semanas. Estudos prospectivos de tosse aguda sugerem que, em 50% dos casos, há remissão da tosse em 10 dias e, em 90%, em 25 dias; assim, 10% ainda têm sintomatologia na terceira e quarta semanas (doentes com evolução para tosse subaguda). A tosse pode ter um impacto muito signicativo, particularmente quando se arrasta no tempo, inuenciando negativamente o sono, a actividade diária e a qualidade de vida das crianças e seus cuidadores. O prognóstico é habitualmente bom, tratada a causa subjacente. TOSSE CRÔNICA A tosse é um mecanismo siológico de defesa respiratória. Dene-se tosse crónica como aquela cuja duração é superior a 4-8 semanas, , período ao m do qual a maioria das causas transitórias de tosse infecciosa já resolveu e que, portanto, identica as crianças que podem necessitar de investigação adicional. História clínica - Anamnese LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO A história familiar deve centrar-se em patologia respiratória, brose quística (FQ) e atopia. Nos antecedentes pessoais, incluir período neonatal, alimentação (problemas de deglutição, alergias ou intolerâncias alimentares), eczema atópico, sintomas digestivos (vómitos, características das fezes), patologia respiratória (bronquiolite, broncoespasmo, pneumonias de repetição), queixas otorrinolaringológicas (rinite, sinusite, otite, amigdalite), alterações do sono (roncopatia, apneias) e episódio de engasgamento. Deve caraterizar-se a tosse quanto à idade de instalação, forma de início (súbita, progressiva), natureza (seca ou produtiva), qualidade (rouca, paroxística), frequência (persistente, intermitente, nocturna, ao acordar), factores desencadeantes (ar frio, exercício, alimentação, estação do ano, início com constipação) e factores de alívio (broncodilatadores, anti-histamínicos, sono). Caracterizar resposta a antibiótico eventualmente prescrito. Se existir expetoração, rara nas crianças pequenas, deve caracterizar-se em qualidade e quantidade, cor, cheiro e presença de sangue. Como sintomas acompanhantes podem ocorrer: sibilância, dispneia, toracalgia, febre, má progressão ponderal, perda de peso, anorexia, astenia, sudorese nocturna, alterações neurológicas, entre outros. Inquirir acerca de: exposição activa e passiva ao tabaco, poluentes domésticos e fumo de lareira; proximidade a eixos viários, aeroportos ou indústrias poluentes; contacto com animais; e medicação habitual,particularmente fármacos que possam provocar tosse. Questionar se pessoas com contacto próximo apresentam tosse persistente (familiares, professores, empregada doméstica). Avaliar o estado vacinal e contexto epidemiológico, nomeadamente em relação a tuberculose e vírus da imunodeciência humana. Realizar uma observação sistemática, incluindo peso, estatura e estado nutricional. Documentar sinais de diculdade respiratória, hiperinsuação ou deformidade torácica. Realizar otoscopia (corpo estranho), rinoscopia (hipertroa dos cornetos, pólipos) e observação da orofaringe (hipertroa amigdalina). Na auscultação, valorizar redução do murmúrio vesicular, assimetrias, sibilância e fervores. Ao exame cardíaco, pesquisar sopros, extrassons e pulsos anormais. Pesquisar hepato e esplenomegalia, massas abdominais, distensão abdominal e prolapso retal. Documentar edema das extremidades, cianose e hipocratismo digital. Descrever eventuais lesões cutâneas, alterações neurológicas e dismoras sugestivas de doença genética. É muito importante observar-se a criança a tossir. Nos casos de recém-nascidos ou lactentes, deve igualmente observar-se uma refeição. O exame físico normal não exclui a existência de patologia subjacente. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Diagnóstico diferencial Malformações congénitas: Fístula traqueoesofágica (FTE) e fenda laríngea: associam-se a episódios de engasgamento, tosse produtiva e irritabilidade durante as refeições Laringotraqueomálacia Sequestro pulmonar; quisto broncogénico Tumor mediastínico Doença cardíaca congénita com congestão pulmonar Anéis vasculares Infecção: - Infecção viral recorrente e tosse pós-viral Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Moraxella catarrhalis Síndrome pertussis: Bordetella pertussis e parapertussis, Chlamydia, Mycoplasma, vírus respiratórios: tosse seca que ocorre em espasmos paroxísticos, frequentemente emetizante; nos pequenos lactentes, pode associar-se a guincho inspiratório - Infeção granulomatosa: tuberculose; infecção fúngica - Doença pulmonar supurativa crónica: pneumonia recorrente; abcesso pulmonar; FQ (geralmente associa-se a má progressão ponderal e esteatorreia, como resultado da má-absorção secundária a insuciência pancreática); corpo estranho retido; discinesia ciliar primária (DCP) - Imunodeciência Doença alérgica - Asma: a tosse, habitualmente seca, pode ser o sintoma mais proeminente da asma - Asma com variante de tosse: tosse isolada (habitualmente seca) devida a asma, sem sibilância - Síndrome da tosse das vias aéreas superiores (rinorreia posterior): rinite alérgica; sinusite Aspiração: - Doença neuromuscular ou do neurodesenvolvimento - Reuxo gastroesofágico (RGE): raro como causa isolada Doença do interstício pulmonar Tosse psicogénica: tosse repetitiva, seca, por vezes semelhante a um latido, habitualmente intensa na presença dos pais, professores e prossionais de saúde, que cessa durante a noite e quando a criança está concentrada numa atividade. É rara em crianças pequenas e muitas vezes inicia-se com uma infeção respiratória alta viral. Trata-se de um diagnóstico de exclusão LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Iatrogenia: inibidores da enzima conversora da angiotensina e outros Outros: 1)Tosse otogénica: irritantes (como cerúmen) podem causar tosse crónica numa minoria de doentes nos quais o ouvido externo é enervado por um ramo do nervo vago 2)Hemossiderose pulmonar 3)Exposição ativa ou passiva ao fumo do tabaco Exames complementares Se a anamnese e exame físico sugerirem uma causa especíca para a tosse, os exames complementares devem ser dirigidos a essa hipótese. Nos restantes casos, está indicada a realização de radiograa do tórax que, quando alterada, sugere patologia subjacente. Nos doentes com idade superior a 4-6 anos, deve realizar-se espirometria com prova de broncodilatação. Na ausência de sintomas sugestivos de tosse especíca, e se radiograa torácica e espirometria normais, deve fazer-se o diagnóstico presuntivo de tosse inespecíca e manter uma atitude expectante, avaliando regularmente a criança para a emergência de semiologia de tosse especíca. Se a tosse for produtiva, obter uma amostra de expetoração para avaliação microbiológica e citologia diferencial. Os testes imunoalergológicos (pricks cutâneos e doseamento de IgEs especícas) podem ajudar no diagnóstico de asma. A broncoscopia urgente está indicada na suspeita de aspiração de corpo estranho, podendo também ser útil na avaliação de malácia da via aérea, FTE e estenose, e para colheita de lavado broncoalveolar. Tratamento: O tratamento da tosse depende do diagnóstico estabelecido, existindo guidelines, como as Normas de Orientação Clínica da Direcção Geral da Saúde, para o tratamento da asma, FQ, imunodeciências, DCP e tuberculose, entre outros. espirometria normais e sem indicadores clínicos de doença subjacente. Neste caso, a natureza da tosse (seca ou produtiva), irá determinar a abordagem Na criança com tosse seca, de resto saudável, deve reduzir-se a exposição a aeroirritantes (como o tabaco) e, após um período de cerca de 4 semanas de vigilância, se o quadro não resolver, pode fazer-se um ensaio de corticóides inalados, em particular na criança com sensibilização alérgica. Recomenda-se um curso de 8 semanas de corticóide inalado, com suspensão posterior; o diagnóstico de LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO asma com variante de tosse estabelece-se se o quadro recorrer com a suspensão do fármaco. A criança com tosse produtiva, de resto saudável, pode ter BBP, beneciando de um curso prolongado (2-3 semanas) de antibióticos (amoxicilina - ácido clavulânico), com posterior reavaliação. Se não houver resolução do quadro, ponderar segundo curso de antibióticos, mantendo sempre vigilância para o surgimento de semiologia sugestiva de causa especíca. Se o quadro se mantiver após o segundo curso de antibióticos, iniciar investigação de doença pulmonar supurativa crónica Numa criança com tosse inespecíca isolada, de resto saudável, sem sinais de doença especíca, não estão indicados ensaios empíricos com fármacos para asma, rinite alérgica ou RGE. A terapia de sugestão, o biofeedback e a auto-hipnose têm-se demonstrado ecazes na abordagem da tosse psicogénica. Não existe evidência cientíca robusta que sustente a utilização de supressores da tosse ou outros fármacos de venda livre, havendo ainda o risco de causarem efeitos adversos. Deve ser eliminada a exposição de todas as crianças a aeroirritantes como o fumo do tabaco e poluentes domésticos. BBP - Bronquite bacteriana persistente; CI – corticóide inalado; DPSC – doença pulmonar supurativa crónica; FQ – fibrose quística; DCP – discinesia ciliar primária; ID – imunodeficiência. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Evolução A tosse pode ter um impacto muito significativo, particularmente quando se arrasta no tempo, influenciando negativamente o sono, a atividade diária e a qualidade de vida das crianças e seus cuidadores. O prognóstico depende da causa subjacente. A tosse inespecífica isolada, numa criança de resto saudável, tem habitualmente bom prognóstico, resolvendo espontaneamente. SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS SÍNDROME BRÔNQUICA Decorre de acometimento crõnquico por enfermidades que provoquem redução do calibre, dilatação e/ou hipersecreção brônquica. Tais alterações manifestam-se clinicamente por dispneia acompanhadas de sensação de constrição ou aperto no tórax, dor torácica difusa, sibilância e tosse. A tosse que pode ser seca ou produtiva, é decorrente da irritação brônquica e/ou do aumento da produção de muco. As causas mais comuns são: asma, DPOC, bronquiectasia e infecções traqueobrônquicas. Em todas essas doenças observa-se a redução de calibre dos brônquios devido a edema de mucosa brônquica, aumento de produção de muco e aumento do tônus broncomotor, portanto, o principal achado no exame físico que caracteriza a síndrome brônquica é a presença de sibilos, roncos e estertores grossos. Na asma a broncoconstrição e o edema são decorrentes de inflamação brônquicade origem alérgica; na DPOC é decorre da resposta inflamatória anormal dos brônquios à inalação de partículas ou gases tóxicos; na bronquiectasia do infiltrado inflamatório nas vias respiratórias de pequeno e médio calibres; na infecção traqueobrônquica pela liberação de mediadores inflamatórios provocada pelo agente infeccioso. Asma brônquica. A síndrome brônquica na asma é caracterizada por sibilos, roncos e/ou estertores grossos. A inspeção e a palpação podem estar normais. No entanto, pode haver aumento da frequência respiratória e redução bilateral da expansibilidade, se o paciente estiver hiperinsuflado (asma em crise). Nesse caso haverá também hipersonoridade, redu- ção do frêmito toracovocal e do murmúrio vesicular, bilateralmente. Bronquite crônica da DPOC. É uma condição caracterizada por secreção de muco na árvore brônquica. A manifestação clínica principal é tosse com expectoração mucopurulenta de pequeno volume, que persiste por meses, alternando períodos de melhora e piora, dependendo se há infecções, poluição atmosférica e uso de LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO tabaco. Ao exame físico do tórax, o princial achado são os estertores grossos disseminados em ambos os hemitórax. Roncos e síbilos são frequentes e pode-se encontrar redução bilateral da expansibilidade, hipersonoridade e redução do frêmito toracovocal e do murmúrio vesicular nos indivíduos com enfisema associado. Bronquiectasia. Na bronquiectasia ocorre dilatação irreversível dos brônquios em consequência de destruição de componentes da parede destes ductos. As bronquiectasias comprometem segmentos, lobos pulmonares ou vários lobos em ambos os pulmões. A manifestação clínica mais comum é uma tosse produtiva, com expectoração mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã. Hemoptises são frequentes. No caso de doença incipiente o exame físico do tórax e a radiografia costumam ser normais. À medida que as bronquiectasias se tornam abundantes, a inspeção pode revelar anormalidades (aumento da frequência respiratória, redução da expansibilidade uni ou bilateral), alteração do frêmito toracovocal (habitualmente diminuição devido à broncoconstrição associada). Nessa situação pode haver hipersonoridade à percussão e redução do murmúrio vesicular. À ausculta encontram-se, na área correspondente às bronquiectasias, estertores grossos, roncos ou sibilos. Nas bronquiectasias Pasais extensas, observa-se redução da expansibilidade e submacicez nestes locais. Infecções brônquicas. A bronquite aguda geralmente é causada por vírus que compromete as vias respiratórias desde a faringe, manifestando-se por sintomas gerais (febre, cefaleia), desconforto retroesternal, rouquidão, tosse seca, seguida após alguns dias de expectoração mucosa que se transforma em mucopurulenta, se houver infecção bacteriana secundária. À inspeção, palpação e percussão, nada de anormal se observa. À ausculta, o principal achado são estertores grossos em ambos os pulmões. Podem-se ouvir, também, roncos e sibilos esparsos, inconstante. Os dados obtidos ao exame físico do tórax são variáveis, dependendo da localização e da extensão das áreas comprometidas. Sintomas e exames físico na sindrome brônquica * Sintomas, Dispneia e tosse. Podem estar ausentes. * Inspeção. Taquipneia, redução da expansibilidade e tiragem. * Palpação. Frêmito toracovocal normal ou diminuído. * Percussão. Som claro pulmonar ou hipersonoridade. *Ausculta, Diminuição do murmúrio vesicular com expiração prolongada, sibilos predominantemente expiratórios em ambos os campos pulmonares. Pode haver roncos e estertores grossos. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO SÍNDROME PARENQUIMATOSA As síndromes parenquimatosas são basicamente: consolidação, atelectasia e hiperaeração. As principais causas de consolidação pulmonar são as pneumonias, o infarto pulmonar e a tuberculose. As causas de atelectasia são as neoplasias e corpos estranhos. A síndrome de lo enfisema pulmonar. Podem hiperacração é representada pelo Pp Do atão ser incluídas entre as síndromes parenquimatosa passiva dos pulmões e a escavação ou caverna pulmonar. Sindrome de consolidação pulmonar. A condensação do parênquima pulmonar caracteriza-se pela ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato As principais manifestações clínicas são dispneia e e que pode ser seca ou produtiva e os principais achados de exame físico são: aumento do FTV, submacicez ou macicez à percussão e presença de estertoração fina. Quando há expectoração, é comum à presença de sangue misturado com muco ou pus (expectoração hemoptoica). Na tuberculose, as hemoptises são frequentes. Além da sensação de desconforto retroesternal, quando há comprometimento da pleura, surge dor localizada em um dos hemitórax com as características de dor pleurítica. Sintomas e exames físico na consolidação pulmonar * Sintomas. Tosse produtiva, dispneia e dor torácica. * Inspeção. Taquipneia e expansiblidade diminuída do lado acometido. * Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado. * Percussão, Submacicez ou macicez. * Ausculta, Presença de estertores finos. Pode haver som brônquico ou broncovesicular, substituindo o murmúrio vesicular, sopro tubário, broncofonia, egofonia ou pectorilóquia. Atelectasia. A atelectasia tem como elemento principal o desaparecimento de ar dos alvéolos sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato. Os principais achados são redução do FTV e macicez, uma combinação indistinguível do exame físico do derrame pleural, pois na maior parte dos casos de derrame pleural não é possível demonstrar redução do FTV e macicez móveis. As causas mais comuns são as neoplasias e os corpos estranhos que ocluem o lúmen de brônquios. Se a oclusão situar-se em um brônquio principal, ocorre atelectasia do pulmão inteiro; se estiver em brônquios LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO lobares ou segmentar, a atelectasia fica restrita a um lobo ou a um segmento pulmonar. Quanto maior a área comprometida, mais intensas serão as manifestações clínicas, representadas por dispneia, sensação de desconforto e tosse seca. Sintomas e exames físico na atelectasia * Sintomas. Dispneia, tosse seca. * Inspeção, Retração do hemitórax e tiragem. * Palpação. Expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal diminuído ou abolido. * Percussão, Submacicez ou macicez. * Ausculta. Redução do murmúrio vesicular, ressonância vocal diminuída. Pode haver som brônquico ou broncovesicular substituindo o murmúrio vesicular. Enfisema pulmonar. A hiperaeração que se observa no enfisema pulmonar resulta de alterações anatômicas caracterizadas pelo aumento anormal dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhadas de modificações estruturais das paredes alveolares. Clinicamente é representada pela entidade denominada enfisema pulmonar, que apresenta algumas variedades anatômicas, dependendo da sede e da extensão do comprometimento dos ácinos e dos lóbulos. A manifestação clínica mais importante é a dispneia, que se agrava lentamente. No início ocorre apenas aos grandes esforços, mas, nas fases avançadas, aparece até em repouso. Na fase final surgem as manifestações de insuficiência respiratória. Nas fases iniciais, ao exame físico do tórax encontram-se apenas redução do murmúrio vesicular e expiração prolongada, com a evolução da doença somam-se tórax em tonel, FTV diminuído e hipersonoridade. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Congestão passiva dos pulmões. As principais causas da congestão passiva dos pulmões são a insuficiência ventricular esquerda e a estenose mitral. O líquido se acumula no interstício, causando dispneia de esforço, dispneia de decúbito e dispneia paroxistica noturna, além de tosse seca, estertores finos nas bases e, às vezes, sibilância. Sintomas e exame físico na congestão passiva dos pulmões * Sintomas. Dispneia de decúbito e paroxística notuma, tosse seca ou com expectoração rósea, na congestão aguda. * Inspeção. Expansibilidade normal ou diminuída. * Palpação. Expansibilidade normal ou diminuída e frêmitotoracovocal normal ou aumentado. * Percussão. Submacicez nas bases pulmonares. * Ausculta. Estertores finos nas bases dos pulmões. Ressonância vocal normal. Escavação ou caverna pulmonar. As cavernas pulmonares são consequência de eliminação de parênquima em uma área que sofreu necrobiose. Isso pode ocorrer nos abscessos, neoplasias, micoses, mas a causa principal ainda é a tuberculose. As manifestações clínicas são muito variáveis, predominando tosse produtiva e vômica fracionada ou não. Para ser detectada ao exame físico, é necessário que a caverna esteja próxima à periferia do pulmão e que tenha diámetro mínimo de mais ou menos 4 cm. SÍNDROME PLEURAL As síndromes pleurais compreendem a síndrome pleurítica, a “sindrome de derrame pleural e a síndrome pleural respiratória (pneumotórax). Sindrome pleurítica. A pleurite, ou seja, a inflamação dos folhetos pleurais, pode ocorrer em várias entidades clínicas, destacando-se a tuberculose, as pneumonias, a doença reumática e outras colagenoses, viroses e as neoplasias da pleura e pulmão. Ela é caracterizada pela presença do atrito pleural Na pleurite aguda, o principal sintoma é a dor localizada em um dos hemitórax, com características de dor pleurítica. Além de dor, podem ocorrer tosse, dispneia, febre e outros sintomas relacionados com a causa da pleurite. À medida que a inflamação da pleura evolui, existe produção de líquido que se acumula no espaço pleural e afasta o folheto parietal do visceral, causando o desaparecimento da dor pleurítica e do atrito pleural. Dessa maneira, a síndrome pleurítica pode evoluir para a síndrome de derrame pleural. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Síndrome de derrame pleural. Nos derrames pleurais, observados nas pleurites, pneumonias, neoplasias, colagenoses, sindrome nefrótica e na insuficiência cardíaca, pode haver dor sem as características de dor pleurítica, tosse seca e dispneia cuja intensidade depende do volume do líquido acumulado. Os principais achados do exame físico são FTV reduzido e macicez. Síndrome pleural respiratória ou pneumotórax. No pneumotórax, o que se acumula no espaço pleural é ar, que penetra através de lesão traumática, ruptura de bolha subpleural, ou em certas afecções pulmonares (tuberculose, pneumoconiose, neoplasias) que põem em comunicação um ducto com o espaço pleural. As principais manifestações clínicas são a dor no hemitórax comprometido, tosse seca e dispneia, no exame físico chama a atenção o FTV reduzido e a hipersonoridade. A intensidade da dispneia depende da quantidade de ar e de outros mecanismos que podem acompanhar o pneumotórax. Pode haver derrame pleural associado, configurando o hidropneumotórax. IVAS INFECÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES -Um dos principais problemas de saúde das crianças -Responsáveis por 40-60% das consultas pediátricas e oo principal motivo para uso de antibiótico na criança Infecções de vias aéreas superiores mais comuns: Resfriado comum Rinossinusite Farinngoamigdalite Otite média aguda Laringite Refriado comum: Doença com evidência de inflamação aguda na mucosa nasal ou faríngea, mas sem associação a outras condições respiratórias específicas. -Estudos mostram que as crianças apresentam de 6 a 8 refriados por ano, durante dos primeiros 5 anos de vida. -O principal agente etiológico é o rinovírus -É uma infecção de via aérea superior leve, autolimitada, com sintomas de coriza, dor de garganta, espirros e congestão nasal. -Sintomas iniciam: Em pacientes com rinovírus ou coronavírus: 2 dias após inoculação LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Em pacientes com vírus sincicial: 5 dias após inoculação Principais fatores que contribuem para a disseminação desta doença: -Higiene das mãos ruim -Superpopulação -Frequentar creches e escolas Diagnóstico: Clínico, sem necessidade de exames complementares Tratamento: Deve ser sintomático, pois o refriado tem curta duração e evolução autolimitada. -Ingestão hídrica aumentada Complicações: Se houver piora da prostação e persistência da febre por mais de 72h indica a possibilidade de complicações bacterianas. As complicações mais frequentes são otite média aguda, sinusite e pneumonia. Prevenção: -Lavagem das mãos -Vacinação Otite média aguda: Infecção da orelha média caracterizada pela intalação rápida dos sinais e sintomas de inflamação. -Mais alta prevalência de OMA durante os seis meses e três anos, sobretudo no primeiro ano. -Mais frequetne depois do refriado comum -Patógenos mais comuns: H. influenzae, S. pneumoniae e M. catarrhalis. Fatores de risco: Disfunção da tuba auditiva é o fator primmordial na gênese da OM Predisposição genética História familiar de OMA recorrente Gemelaridade Prematuridade Aleitamento artificial Tabagismo passível Sinais e sintomas: Otalgia Febre Com ou sem otorreia Irritabilidade Dificuldade de dormir LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Sintomas de IVAS como tosse, obstrução nasal ou rinorreia podem precedeer ou acompanhar a OMA. -> O pneumococo é provavelmente o agente mais comum de OMA *Lactentes com menos de 8 ssemanas de vida deve-se pensar em Streptococcus do grupo B, enterobactérias gram-negativas e Clamydia trachomatis. Diagnóstico: -Abaulammennto da membrana timmpânica moderado ou grave -Novo surgimento de otorreia não relacionado a otite externa aguda -Hhiperemia intensa da mebrana timpânica Tratamento: Nas primeiras horas deve visar o alívio da dor. Menores de 6 meses: Antibioticoterapia Maiores de 24 mesess sem sinais de gravidade: medicação analgésica e observação - Antibióticoterapia: Amoxilina de 50-90 mg/kg/dia por 10 dias Se for alérgica a penicilina: azitromicina 10mg/kg/dia no primeiro dia e 5mg/kg/dia nos próximos 4 dias Prevenção: Em otites médias recorrentes deve-se indicar a vacina contra influenza, além da pneumocócica conjugada. Rinossinussite aguda: Processo innflamatório da mucosa de revestimento do nariz e seios paranasais. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO -Em 80% dos casos ocorre apos IVAS de etiologia viral ou em consequência de anomalias anatômicas ou alergias. É classficada como aguda quando o sintomas estão presentes a menos de 4 semanas, subagudas quando estão de quatro a 12 semanas, e crônica por mais de 12 semanas. Agentes bacterianos mais comuns: - S. pneumoniae - Haemophilus influenzae não tipável - Moraxella catarrhalis Prevalência: Apos seis a oito anos de idade Quadro clínico Rinorreia Tosse Febre Obstrução nasal Halitose Cefaleia Dor facial Odinofagia (viral) Apresentações clínicas que remetem a RSA bacteriana: 1. Sinais e sintomas de resfriado que percite por mais de 10 dias com qualquer tipo de rinorreia ou tosse que piora à noite 2. Resfriado mais grave que o usual, com febre alta, rinorreia purulenta copiosa, edema periorbitário e dor 3. Resfriado que após 5 dias piora Diagnóstico: -Clinico --Exames de imagem: TC permanece como método para estudos dos seios paranasais, mas não é necessaria para definir diagnóstico. Tratamento -Higiene nasal com solução salina Em casos de associaçõo com outras morbidades como asma ou OMA, pode-se prescrever Amoxilina 45mg/kg/dia com duração de 10 a 14 dias Faringoamigdalite aguda: Inflamação das estruturas faríngeas com o surgimento de eritema, edema, exsudato faríngeo, ulceras e vesículas - A maioria dos casos de faringoamigdalite é de etiologia viral antes dos 3 anos de idade. Influenza, parainfluenza e coronavirus (quadro leve) Adenovirus (mais serias) LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO *Os quadros virais são de resolução esponntânea Se tratando de casos bacterianos o Streptococus beta-hemolítico do grupo A é a bactéria mais comumente encontrada Características virais: Rinorreia, tosse, ulceras orais, rouquidão Diagnóstico: Swab da orofaringe Tratamento: Bacteriano - Penicilina ou amoxilina Laringite aguda: Inflamaçao da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios. A congestão e edema dessa região acarretam em obstrução da via aérea Etiologia viral mais comum: Vírus parainfluenza (tipo 1 2 e 3) InfluenzaA e B Vírus sincicial respiratório Quadro clínico: - Coriza - Febrícula - Tosse - Dificuldade respiratória Em casos de obstrução mais grave: estridor mais intenso, tiragem supraesternal, batimento de asa de nariz, extridor respiratório e agitação, dispneia, palidez, cianose, torpor, convulsões, apneia e morte. Tratamento: Costicosteroides (necessidade de hospitalização) Epinefrina inalatória (melhora de falência respiratória) A laringite é umaa infecção viral autolimitada que não responde à antibioticoterapia. IVAI INFECÇÃO DAS VIAS AÉREAS INFERIORES Bronquiolite viral aguda (BVA): É a infecção das vias aéreas inferiores mais comum em lactentes. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO - Pode ocorrer em até 10% das crianças no primeiro ano de vida É uma doença respiratória aguda que acomete criaanças menores de dois anos (maior incidência entre o terceiro e o quarto mês de vida), causada por infecção viral das vias aéreas inferiores. É caracterizada por inflamação aguda, edema e necrose do epitélio das pequenas vias aéreas, aumento de produção de muco e broncoespasmo. Etiologia: Vírus respiratório sincicial (VRS) é o mais frequente, embora metapneumovírus humano (MPVH), rinovírus, vírus influenza, adenovírus, parainfluenza, corona vírus, enterovírus e bocavírus tambem possam causar BVA. -Não confere imunidade permanente Trasmissão: por aerrosóis de grandes particulas em pequenas distâncias (espirro) Epidemiologia O VRS é o agente etiológico mais prevalente, sendo responssável por 50-80 dos casos em períodos de sazonalidade. Maior incid~encia no sexo masculino A mortalidade é rara em países desenvolvidos e ocorre em menos de 1% dos casos de infecção por BVA Fisiopatologia LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Quadro clínico: Inicialmente -> Coriza hialina e tosse Evoluem para taaquipneia, tiragem intercostal e sibilância Exames complementares Leucograma (Util para identificação de quadro viral e bacteriano) Saturação de O2 < 92% PCR Cultura Indicações de internação A BVA é usualmente autolimitada, como melhora dos sintomas respiratórios entre dois e cinco dias. Os sibilos podem permanecer por mais tempo. Sinais de gravidade Comprometimento do estado geral Saturação de O2 < 92% FR < 70irpm Atelectasia (radiografia de torax) Complicações: Insufici~encia respiratória e apneia. Tratamento: Baseado em medidas de suporte Em casos de hospitalização, oxigenioterapia, nebulização com adrenalina. Coqueluche: A coqueluche, também conhecida como pertússis ou tosse convulsa, é uma infecção altamente contagiosa do trato respiratório causada pela bactéria Bordetella pertussis. LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Transmissão: O ser humano é o único animal que abriga a bactéria Bordetella pertussis (gram-negativa) A coqueluche é uma doença altamente contagiosa, sendo a transmissão feita através de aerossóis e gotículas das vias aéreas lançadas ao ambiente, principalmente durante a tosse. Sintomas: Após a exposição à bactéria Bordetella pertussis, o tempo médio de incubação é de 7 a 10 dias. Estágio catarral: de 1 a 2 semanas (febre, mal-estar geral, coriza e tosse seca) Estágio paroxístico: de 2 a 6 semanas (tosse, inspiração forçada, guincho) Estágio de convalescença: mais 2 a 6 semanas (tosse oersistente sem guincho) Complicações: Pneumotórax, distensão muscular, crises convulsivas, hernias umbilicais, fratura de costela, pneumonia, lesoes no ouvido, lesoes nos olhos, prolapso retal. Hiperleucocitose -> formção de trombos *Coração felpudo Diagnóstico: Swab nasofaríngeo posterior PCR Medidas: Isolamento respiratório por 5 dias Se tiver mais de um ano e não tiver complicações, o tratamento é domiciliar. Menores de 1 ano, devem ficar internadoss. Vacinas: -> Pentavalente -> DTP -> Coqueluche acelular DTPa Tem que tomar a vacina em toda gestação, a partir da 20ªsemana de gestação. *Guincho: Tosse tosse, ai faz uma inspiraçãao forçada (é em crise) LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO DIARREIAS AGUDAS Anamnese: Duração, numero diário de evacuações, presença de sangue nas fezes, número de episódios de vômitos, presença de febre ou outras manifestações clínicas, praticas alimentares prévias ou vigentes, outros casos de diarreia em casa ou na escola, oferta e consumo de líquidos, uso de medicamentos, histórico de imunizações. Sais para reidratação oral composição/envelope salvou milhões de vidas. Mesmo no epitélio lesado, a junção da glicoese e o sódio, permite que a absorção continue a acontecer. EXAME FÍSICO: Peso Ectoscopia Exame direto Avaliação do estado de hidratação SRO com osmolaridade reduzida SAIS PARA REIDRATAÇÃO ORAL COMPOSIÇÃO / ENVELOPE CLORETO DE SÓDIO 3,5g CITRATO 2,9g CLORETO DE POTÁSSIO 1,5g GLICOSE 20g LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Desidratação grave: Dois ou mais sinais, com pelo menos um de gravidade Tratamento plano A: Diarreia sem desidratação -Aumentar ingestão de líquidos -Manter alimentação -Orientação Administrar zinco uma vez ao dia, 10-14d Até seis meses de idade: 10mg/dia Maiores de seis meses de idade: 20mg/dia -Dar maais líquido que o habitual para previnir desidratação -Manter a alimentaação habitual para previnir desnutrição -Se o paciente não melhorar em dois dias ou apresentar qualquer um dos sinais abaixo, levá-lo ao serviço de saúde. Sinais de perigo: 1. Piora da diarreia 2. Vômitos repetidamente 3. Muita sede 4. Recusa alimentar 5. Sangue nas fezes 6. Febre Tratamento plano B: Diarreia + desidratação - conduta frente a vômitos e febre Uso da SNG: -Perda de peso após 2 horas -Võmitos persistentes -Distensão abdominal -Dificuldade de ingestão -Velocidade+ 20-30mL/KG/H Redução em casos de vômitos -Administrar sais de reidratação oral (SRO) -Apenas como orientação inicial - o paciente deverá receber de 50 a 100mL/kg, no período de 4-6 horas. -Durante a reidratação, avaliar o paciente Diarreia + desidrattaçãao TRO -Volume 50-100mL/KG em 4-6 horas -Manter alimentação ao seio LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Hidratação veenosa após uso da SNG -Perda de peso após 2 horas -Vômitos persistentes -Crise convulsiva Manutençao do estado de hidratação -Fornecer envelopes de SRO -Oferecer soro após cada evacuação -Mnter aleitamento ao seio -+1 refeição até a recuperação nutricional Tratamento plano C: -Hidratação venosa -Fase de expansão Para tratar a desidratação grave na unidade hospitalar: O Ministério da Saúde adverte: Antidiarreicos e antieméticos NÃO devem ser usados LIS MARTINS - MEDICINA - 4 PERÍODO Recomendações: Nao diluir alimentos Tentar oferecer umma refeição a mais Não restringir gordura (maior teos calórico) Os enterócitos obtem os seus nutrientes do conteúdo luminal Suplementação com zinco 20mg para crianças com diarreia aguda 10mg para lactentes <6meses Uso de antibiótico na diarreia: - Disenteria - Cólera grave Medicamentos contraindicados: Antieméticos (Metoclopramida) Antiespasmódicos (Elixir paregórico) risco de megacolon tóxico Antipiréticos Prevenção da diarreia -Seio materno -Imunizações -Saneamento básico -Lavagem das mãos *Coprocultura Antibiograma