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Página 1 M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a Página 32 Como vimos a propósito do capítulo anterior, o termo vias aéreas inferiores se refere ao parênquima pulmonar e aos bronquíolos. Desta forma, a bronquite e as pneumonias são as doenças agrupadas no contexto das desordens das vias aéreas inferiores. Diferentemente das desordens das vias aéreas superiores, que são tipicamente benignas e auto-limitadas na maioria das vezes, a pneumonia, que se mostra como protótipo das desordens de vias aéreas inferiores, pode se apresentar de forma grave, produzindo taxas de mortalidade inaceitáveis em países em desenvolvimento como o Brasil. A pneumonia pode ser definida como quadros infecciosos do trato respiratório inferior, geralmente agudos, que comprometem os alvéolos, os brônquios e o espaço intersticial. A importância deste tema baseia-se na incidência em nosso meio, que é três vezes maior em países subdesenvolvidos e a mortalidade em crianças com pneumonia chega a ser sete vezes maior; consequentemente, morrem 23 vezes mais crianças com pneumonia em países subdesenvolvidos. Em desnutridos, a incidência é dez vezes maior. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 5 milhões de óbitos em crianças abaixo de 5 anos, sendo que em 70% dos casos são causados por pneumonia No Brasil, dados de 2000, mostram que 10,2% de 15000 óbitos em menores de 10 anos, ocorreram por doenças respiratórias. Sendo a terceira causa de mortalidade infantil Corresponde há ± 1% de todas as doenças respiratórias na faixa etária pediátrica FATORES DE RISCO Os principais fatores de risco envolvidos com a pneumonia estão relacionados com o hospedeiro, fatores ambientais e fatores socioeconômicos. Hospedeiro: faixa etária (quanto menor, maiores são os ricos), estado nutricional, estado imunitário, baixo peso ao nascer, desmame precoce, viroses pregressas, malformações anatômicas e patologias de bases. Ambientais: poluição atmosférica e intradomiciliar (cigarro, bolor), aglomerações (creches, escolas). Socioeconômicos: habitação, saneamento, vacinação, renda familiar e grau de instrução dos pais. FISIOPATOLOGIA Como se sabe, o aparelho respiratório é dotado de mecanismos de defesa contra agentes invasores, tais como: Anatômicos: pilosidades nasais, curvas e dicotomização. Cílios e muco: limpeza da superfície respiratória. Reflexos respiratórios: da glote, tosse, espirro e broncoconstrição. Macrófagos alveolares: adesão, mobilidade e fagocitose. Polimorfonucleares: deixam passar apenas 1% das bactérias para o sangue. Imunológicos humorais: IgA (na laringe, age contra os vírus); IgG (nas vias aéreas inferiores, age aglutinando partículas, promove opsonização bacteriana, ativa o complemento); IgE (contra os processos alérgicos); e a IgM (ação desconhecida). Pulmão: presença de substâncias imunes locais (complemento, antiproteases, lisoenzimas e fibronectina) M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a Página 33 A infecção ocorre quando um ou mais desses mecanismos estão alterados e/ ou são suplantados pela virulência do agente infeccioso. Em decorrência disso, ocorre aspiração de agentes nocivos ou disseminação por via hematogênica, linfática, transdiafragmática ou transtorácica que causam lesão do parênquima, descamação, exsudação, afluxo de neutrófilos e, posteriormente, edema intersticial e presença de células linfomonocitárias, podendo ocorrer por continuidade ou por via linfática. O grau de extensão e gravidade do processo infeccioso está na dependência de número de germes, virulência do agente e mecanismos de defesa pulmonar. A presença de infecção viral prévia é um fator de risco importante para que todo este processo fisiopatológico seja ativado. Isso porque ela aumenta a secreção respiratória, diminui a atividade ciliar, diminui a ação bactericida dos macrófagos alveolares e alteram a produção de anticorpos. A aquisição de pneumonia por continguidade, a partir de infecções parietais torácias ou de infecções intra- abdominais, está relacionada com alterações nos mecanismos de defesa, lesão prévia e presença de foco infeccioso extra- pulmonar. ETIOLOGIA Os seguintes agentes etiológicos podem estar relacionados com a pneumonia: viral; bacteriana; fúngica (principalmente em pacientes imunossuprimidos); protozoótica; química; migração larvária. Destes, o fator etiológico mais importante é o bacteriano. Os principais responsáveis são Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. O agente etiológico estará intimamente relacionado com a faixa etária, com a competência imunológica da criança e se há patologia de base. Desta forma, temos: Faixa Etária Agente Etiológico Período Neonatal S. aureus; Enterobactérias; Estreptocococos do grupo B; Vírus, Listeria monocytogenes (causa pneumonia sem febre). 2 a 12 Semanas Chlamydia trachomatis, Ureaplasma; P. carinii, CMV, VSR 3 a 24 Meses S. pneumoniae; H. influenzae; Vírus; S. aureus > 24 Meses S. pneumoniae; H. influenzae; M. pneumoniae; Vírus Escolar e Adolescente Pneumococo; M. pneumoniae; Chlamydia pneumoniae, Vírus. Condição nosológica Agente Etiológico Pacientes Imunocomprometidos Gram negativos (Klebsiella, E. coli, Pseudomonas, Salmonella); Pneumocystis Carinii; M. tuberculosis; Legionella pneumophyla; Fungos; S. aureus. Intra-hospitalar S. aureus; Bacilos gram negativos; Fungos. Pneumonia aspirativa crônica Anaeróbios MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A sintomatologia do paciente acometido por pneumonia pode ser dividida de várias formas. A sintomatologia do lactente, por exemplo, manifesta-se na forma de queixas compatíveis com um quadro de infecção de vias aéreas superiores, febre (quando alta, dificulta estabelecer o gravidade do caso), tosse (pode ser seca ou produtiva, mas quando espástica, indica componente pleural), falta de ar, cianose, prostração, palidez, tiragem intercostal ou subdiafragmática, toxemia, macicez ou taquicardia. Nos pacientes pré- escolares e escolares, a febre não é esclarecida e a sintomatologia pode cursar com dor abdominal ou torácica, cefaléia, mal-estar e sinais de consolidação. De uma forma didática, as manifestações clínicas da pneumonia podem ser separadas da seguinte forma: Gerais: febre (exceto a pneumonia por L. monocytogenes), calafrios, cefaléia, irritabilidade, letargia e queixas gastrintestinais. É muito comum a presença de dor abdominal referida. Pulmonares: Batimento de asa de nariz, taqui, dis ou apnéia, tiragem intercostal e abdominal Tosse Aumento da frequência respiratória, ausculta muitas vezes pobre Pleurais: dor torácica, limitação dos movimentos respiratórios, respiração entrecortada. Extrapulmonares Abscesso de pele e outros tecidos, otite média, sinusite, conjuntivite, epiglotite, meningite, rinofaringite; Exantema, hemólise e distúrbios neurológicos; Exantema petequial e artrite. M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a Página 34 DIAGNÓSTICO CLÍNICO Do ponto de vista semiológico, além das manifestações clínicas, podemos estabelecer parâmetros semiológicos que podem identificar a pneumonia, tais como: Inspeção: expansibilidade diminuída e dispnéia inspiratória (ver OBS2). Palpação: frêmito tóraco-vocal aumentado. Percussão: macicez ou sub-macicez. Ausculta: murmúrio vesicular reduzido com crepitações (ou estertores) e sopro tubário, ausculta da voz (manobra pouco realizada por sua menor relevância clínica), broncofonia, egofonia e pectorilóquia afônica. OBS1: Por meio da ausculta pulmonar, é possível diferenciar uma broncopneumonia da pneumonia. Nesta, os ruídos (creptantes) são mais audíveis durante o final da inspiração, no momento em que o alvéolo se abre; já na broncopneumonia, é possível ouvir estertores creptantes durante todo o ciclo respiratório,tanto na inspiração como na expiração, uma vez que ela é uma afecção que atinge as vias de passagem do ar (o brônquio). OBS2: A observação do tipo de dispnéia também ajuda a diferenciar, clinicamente, um quadro de pneumonia de uma alergia, por exemplo. A dispnéia de um paciente alérgico é expiratória, uma vez que ele tem dificuldade de expulsar o ar dos pulmões; o fato de ar entrar facilmente durante a inspiração faz com que esta fase da respiração seja tranqüila para o paciente atópico. Já a dispnéia característica da pneumonia é inspiratória, uma vez que o paciente tem dificuldades em colocar o ar para dentro dos alvéolos. DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO A propedêutica radiológica na pneumonia é importante por três motivos, principalmente: (1) permite avaliar extensão do acometimento; (2) sugere etiologia do processo (presença de pneumatoceles é sugestiva de S. aureus, enquanto a presença de pseudotumores é sugestiva de Klebsiella); (3) analisa a presença de complicações (derrame pleural, atelectasia, pneumotórax). Contudo, o diagnóstico deve ser clínico e a solicitação da radiografia é feita na presença de dúvida. Os seguintes dados devem ser avaliados nas radiografias para auxiliar na diferenciação de processos pneumônicos dos broncopneumônicos: Processos pneumônicos: opacidades brônquicas; respeito a segmentação pulmonar; broncograma aéreo quase sempre presente. Processos broncopneumônicos: não respeitam a segmentação pulmonar; presença de imagens únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes; trama vasobrônquica geralmente aumentada. Pneumonia viral: padrão radiológico intersticial de maneira mais tênue. OBS3: É importante lembrar que a ausculta, assim como a avaliação clínica, deve ser soberana, já que determinadas imagens se alteram com 24 a 28 horas após uma radiografia normal. M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a Página 35 EXAMES LABORATORIAIS Hemograma: diminuição discreta ou moderada da hemoglobina (anemia) e plaquetopenia; leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda (leucócitos menores que 5000 indicam mau prognóstico); pneumonia por H. influezae não apresenta leucocitose comprovada na prática; Leucograma normal é raro. aumentados. Hemocultura: não é indicada em pneumonia simples e sim nos casos que requer internação. As hemoculturas são positivas entre 10 e 20% das pneumonias agudas e dependendo do agente etiológico. Cultura do trato respiratório (exame bacterioscópico): através do escarro colhido após tosse profunda ou por aspiração orotraqueal, líquido pleural; no caso do aspirado pulmonar, pode identificar o germe em torno de 30% das pneumonias bacterinas. Bacterioscopia do derrame pleural; Biópsia pulmonar, transbrônquica. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doenças de vias aéreas superiores e inferiores e também as doenças infecciosas não respiratórias; Asma, infecções virais de vias aéreas superiores, pneumopatias crônicas: displasia broncopulmonar, mucoviscidose, atelectasia e corpo estranho; Todo quadro de tosse com febre é suspeito de pneumonia até que se exclua o diagnóstico. TRATAMENTO A instituição do tratamento para a pneumonia deve seguir o algoritmo abaixo e, logo em seguida, obedecer à relação de antibióticos listada na tabela abaixo. 1. Defina, clinicamente, a possibilidade de diagnóstico de pneumonia: Qualquer criança que apresente tosse, febre e dispnéia; Em lactentes, lembre-se da possibilidade de pneumonia afebril do lactente. 2. Estabeleça os fatores de risco para o paciente: Recém nascido e crianças até 03 meses; Pacientes portadores de doença de base ou em outro órgão ou sistema; Disfunção respiratória de evolução rápida; Presença de batimento de asas do nariz, tiragem intercostal ou sinais de disseminação e cianose; Oximetria com saturação menor que 93 a 95% em ar ambiente; Aquisição intra-hospitalar ou paciente que sofreu internação anterior a 30 dias do antedimento atual ou internação com duração superior a 7 dias ou qualquer período, quando submetido a procedimento diagnóstico ou terapêutico invasivo. 3. Avalie a gravidade da disfunção respiratória e da doença e necessidade do uso de O2 Impossibilidade de comer ou beber Gemência, hipertermia ou hipotermia Batimentos de aletas nasais, tiragem intercostal, cianose Desidratação, hipotensão, choque, convulsão, agitação ou letargia Tratamento antibiótico anterior adequado Saturação de O2 < 93 – 95% e FiO2 < 21% Redução de murmúrio vesicular unilateral 4. Esclareça aos familiares e responsáveis quanto a conduta a ser adotada e, se necessário, justifique a indicação de internação hospitalar. 5. Solicite: hemograma, ionograma, gasometria arterial, hemocultura, radiografia de tórax em PA e perfil do lado lesado. 6. Em caso de internação e pacientes com disfunção respiratória moderada a grave, desidratados, portadores de doenças em outro(s) órgão(s) ou sistemas: Solicitar gasometria, ionograma, hemocultura (3 sendo1 a cada 3 horas). Avaliação laboratorial de acordo com o sistema comprometido. M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a Página 36 Idade Bactéria Terapêutica Recém-Nascidos Estreptococos grupo B S. aureus Bacilos Entericos gram negativos Penicilina cristalina Oxacilina Aminioglicosídeo 1 a 5 anos S. pneumoniae H. influenzae S. aureus Penicilina cristalina Amoxacilina Oxacilina 5 a 10 anos S. pneumoniae Penicilina cristalina > 10 anos S. pneumoniae Mycoplasma Chlamydia pneumoniae Legionella Penicilina cristalina Eritromicina Eritromicina Eritromicina A bronquite corresponde à inflamação da parede brônquica associada a diversas condições, como causas: Inflamatórias (asmas) e infecções (vírus, Chlamydia, Ureaplasma, Mycoplasma, etc). Pneumopatias crônicas: displasia broncopulmonar, bronquiectasias, fibrose cística, etc. Doenças crônicas: desordens da deglutição, refluxo gastroesofágico, cardiopatia congênita e imunodeficiências. Malformações congênitas: anéis vasculares e hemangiomas. Aspiração de corpo estranho; A bronquite aguda é uma síndrome de etiologia predominantemente viral, sendo a tosse o principal sintoma. Associados aos sintomas respiratórios altos (coriza e obstrução nasal), sintomas constitucionais e tosse protraída persistem por uma a três semanas. O escarro pode ser purulento por causa da descamação do epitélio. A doença é auto-limitada e, por esta razão, é necessário afastar, durante o diagnóstico, a possibilidade de pneumonia bacteriana. Supressores da tosse podem produzir alívio temporário, mas aumentam o risco de supuração secundária. Anti-histamínicos e expectorantes também não estão indicados. OBS4: A bronquite asmática é um termo em desuso; sibilância e inflamação brônquica são achadas na asma, cujas exacerbações estão frequentemente relacionadas a infecções das vias aéreas superiores (IVAS). OBS5: Por sua vez, a bronquite crônica é uma entidade bem definida em adultos e caracteriza-se por tosse produtiva por três meses/ano ou mais durante no mínimo dois anos. Em adultos, cerca de 80% das doenças obstrutivas pulmonares crônicas estão relacionadas à história do tabagismo. Na infância, os casos de bronquite crônica são encontrados na fibrose cística, displasia broncopulmonar e bronquiectasias. A bronquiolite é uma doença infecciosa, de etiologia predominantemente viral, mas incidente em lactentes menores de 24 meses (principalmente os menores de 6 meses), que resulta na obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas inferiores (bronquíolos). Aos dois anos, quase todas as crianças já foram infectadas. A doença é mais grave entre o primeiro e terceiro mês de vida. Ela determina hospitalizações prolongadas, reinternações frequentes e elevado índice de uso de antibióticos. É a causa mais frequente dehospitalizações em lactentes. Quanto a etiologia, a bronquiolite é uma doença viral predominantemente. O vírus sincicial respiratório (VSR) é responsável por cerca de 50% dos casos. Dentre os outros agentes, destacam-se o parainfluenza tipos 1 e 3, o influenza, o adenovírus 7 e 21 (bronquiolite obliterante) e, ocasionalmente, o Mycoplasma pneumoniae. A forma de transmissão ocorre através do contato com secreções da pessoa contaminada. M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a Página 37 No quadro clínico, geralmente, há predomínio com sintomas leves de vias aéreas superiores, como espirros e rinorréia. A criança pode apresentar temperatura normal ou bastante elevada (38,5º - 39ºC). Gradualmente, o quadro respiratório piora com tosse paroxística, dispnéia e irritabilidade. A criança é sempre taquipnéica, o que interfere com a aceitação da dieta. O exame físico é caracterizado pela presença de sibilos (inspiratórios ou bifásicos, dependendo do grau de obstrução) e prolongamento do tempo expiratório. Sinais de estresse respiratório incluem taquipnéia e dispnéia. O tratamento é de suporte, direcionado às principais manifestações clínicas: controle da temperatura, aporte hídrico e nutricional adequado e limpeza das vias aéreas superiores com salina fisiológicas. Para isso, podemos lançar mão de oxigênio suplementar, aporte nutricional, aporte hidroeletrolítico, broncodilatadores e antibióticos (embora formalmente contraindicados, eles são prescritos em 75% dos casos; eles somente devem ser prescritos se houver pneumonia bacteriana secundária). Caso 1. LFBT, 10 meses, DN: 28/05/05, natural de Santa Rita, reside no Grotão – João Pessoa – PB. Queixa Principal: “Febre, tosse e chiado no peito, há 03 dias”. História da Doença Atual: Informante refere que há ± 01 mês a criança apresentou quadro febril associado a tosse produtiva e chiado no peito, foi diagnosticado pneumonia, instituiu-se antibioticoterapia com Amoxicilina e corticoterapia com Prednisolona. Devido a rápida recuperação do menor, suspendeu o tratamento, sem recidiva da sintomatologia. Há 03 dias, iniciou quadro súbito de febre (39º C), com melhora parcial com uso de antipiréticos, associada a tosse produtiva de expectoração amarelada e a intenso chiado. Exame Clínico: Ectoscopia: REG, hidratado, corado, taquidispneico, choroso, peso: 9,6 kg Orofaringe e Otoscopia: Sem achados patológicos Aparelho Cardiovascular: RCR em 2T, BNF, sem sopros, extremidades bem perfundidas ( t = 2´´) Aparelho Respiratório: Expansibilidade simétrica, som claro pulmonar bilateral, MVR, presença de creptos e sibilos expiratórios bilateralmente Abdome: Plano, RHA+, flácido, indolor a palpação, ausência de visceromegalias Extremidades: Acianóticas, sem edema Exames Complementares Hemograma: Leu: 16.000 ( seg 44, bast 02, linf 50, mono 03, eos 01); Hm: 5,00 x 103 Hg: 10,5 Ht: 32,4; VCM: 64,7 VHS: 20 mm Plaq: 396 x 103 Bioquímica: Ur: 10 Cre: 0,3 Ca: 9,8 TGO: 35; TGP: 11 Na: 141 K: 4,5 Cl: 107. Radiografia de tórax ✔ Sem laudo ✔ Sinais de retificação dos arcos costais e hiperinsuflação pulmonar (???) Gasometria ✔ pH: 7,364 pCO2: 28,6 pO2 : 46,7 ✔ HCO3-: 15,9 sO2 : 81,8 1) Hipóteses Diagnóstica ✔ Pneumonia e Sibilância ✔ Acidose Metabólica Mista 2) Conduta ✔ Internação ✔ ATB: Penicilina Cristalina 190.000 UI/ kg/ dia ✔ B2 ✔ Corticoterapia: Prednisolona 1mg/ kg/ dia M ed ic in a liv re , v en da p ro ib id a, tw itt er @ Li vr em ed ic in a