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Educação popular em saúde, baseada em Paulo Freire, para reconhecer e enfrentar problemas de saúde, por meio do diálogo com as classes trabalhadoras, respeito às diferentes culturas e reconhecimento da diversidade dos saberes. A educação popular é muito importante para a saúde pública, porque valoriza os saberes e as práticas populares de cuidado. O Método Paulo Freire não é apenas um método novo, mas, através dele, uma nova forma de “mundo”, uma nova esperança no homem. Uma nova crença, também, no valor e no poder da educação. É uma educação criativa que visa a libertar o homem, mais do que, apenas, a ensiná-lo, a torná-lo “doméstico”. Em uma de suas obras Pedagogia do Oprimido, escrita entre 1964 e 1968, Paulo Freire desenvolve uma pedagogia centrada na classe oprimida. Para essa classe realizar sua emancipação em torno do pensamento crítico, a partir da compreensão de sua verdadeira condição e poder lutar por melhores condições sociais. No entanto, a Pedagogia dos oprimidos problematiza dois tipos de educação, duas correntes educativas com objetivos diferentes, sendo a educação bancária voltada para a manutenção da hegemonia de classe. Ou seja, manter a relação opressor-oprimido enquanto o problematizador libertador visa construir uma sociedade mais crítica, mais e menos opressora. Paulo Freire compreende a educação enquanto um ato político comprometido com a transformação do mundo. Longe de propor uma educação doutrinadora, as ideias freirianas propõem que “ninguém educa ninguém, mas que os homens se educam entre si na relação com o mundo”. “O principal é não impor um determinado conhecimento sobre o outro, é promover o diálogo entre os saberes" Na maioria das vezes, as ações importantes de educação em saúde são desenvolvidas no por iniciativa de profissionais, sem muito conhecimento e orientação sobre o assunto, de um protocolo de fluxo de trabalho específico para as práticas no quadro do EPS.