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relatório práticas sociais e subjetividade

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Universidade Paulista – UNIP
Curso: Psicologia - Campus: Tatuapé
Disciplina: Práticas Sociais e Subjetividade
Docente: Prof. Dr. José Raimundo Evangelista da Costa
Local: Festival de Música
Data: 04/08
Duração: 2h
ESTÁGIO BÁSICO DO NÚCLEO COMUM 
RELATO INDIVIDUAL 
TEMA DA OBSERVAÇÃO: 
Mulheres no ambiente de trabalho
OBSERVAÇÃO 
A observação acontece em um grande festival de música, de início o local observado foi a fila de revista e verificação de ingressos. Um espaço amplo com diversas grades formando variadas fileiras, há alguns letreiros que organizam as filas em revistas com mochilas e revistas sem mochilas. No local específico para revista de mochilas há algumas mesas compridas e alguns seguranças. Nessa seção foi observado apenas uma mulher de cabelos loiros e uniforme amarelo, que demonstrava ter por volta dos 40 anos, trabalhando ali como segurança. Ela era a única responsável pela revista das mulheres com mochilas. Todos os outros eram homens e estavam revistando apenas homens. 
Conforme a fila avançava, a mulher em questão pedia para as mulheres que aguardavam na fila ir para a mesa, pedia para abrir os zíperes das bolsas/mochilas e então retirava alguns pertences, fazendo uma breve verificação do conteúdo da mochila. Após verificar a mochila, ela então passava um detector de metal pelo corpo das mulheres e assim liberava o acesso ao evento. Ela tinha em todo momento expressão séria e um pouco cansada, apenas cumprimentava com o básico e desejava um bom evento ao liberar as pessoas. Quando não havia mulheres na fila ela também fazia a verificação das mochilas dos homens seguindo o mesmo protocolo anterior e nos momentos em que estava vazio ela ficava sentada em uma cadeira que estava disposta ali. 
Durante a fila de verificação de ingressos, havia diversas catracas com leitores de qrcode, os funcionários que estavam fazendo a verificação e liberando o acesso ao evento eram diversos e mesclavam entre homens e mulheres. 
Foi observado primeiramente uma mulher, que demonstrava ter por volta dos 25 anos, ela estava com uniforme do evento e bem maquiada. Ela permanecia em pé atrás da catraca durante todo o tempo observado. Em alguns momentos, ela conversava com os outros funcionários que estavam próximos a ela. Quando havia pessoas na fila aguardando, ela chamava as pessoas com um gesto nas mãos. Cumprimentava basicamente, pedia o ingresso e indicava como deveria ser liberado o acesso. Em alguns casos, ela auxiliava a pessoa a passá-lo pelo leitor da catraca. Assim que liberado, ela desejava um bom evento e então voltava a conversar ou chamava o próximo da fila. A funcionária tinha uma expressão mais séria com os ingressantes, mas com os colegas ela sorria e demonstrava maior simpatia. 
COMPREENSÃO DA OBSERVAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A presença da mulher em ambientes de trabalho, é algo recente dentro da história da sociedade moderna, sendo uma verdadeira conquista para o publico feminino. Trazendo uma busca pela igualdade de gênero, independência e visibilidade para as mulheres, nesse sentido “o entendimento do trabalho enquanto atividade emancipadora é um grande ganho para as mulheres” (COELHO apudFRANÇA; SCHIMANSKI, 2009, p. 77).
Apesar de ter tido um grande avanço na luta pela igualdade de gênero e um enorme aumento da presença feminina nos ambientes de trabalho, há até os dias atuais grandes desavenças acerca dessa temática. É notório que em determinados tipos de trabalho o sexismo impera, havendo uma divisão do que seria trabalho feminino e trabalho para homens. Fazendo com que a presença feminina seja escassa e muitas vezes desqualificada. Conforme afirma Nogueira (2010) “no sentido da desvalorização da força de trabalho e consequentemente desencadeando uma acentuada precarização feminina no mundo produtivo”.
As mulheres conquistaram com muita luta seu direito de trabalhar, apesar disso perpetuasse até hoje profissões majoritariamente compostas por homens. Seja por uma questão cultural, em que meninas são incentivadas a aprenderem sobre determinados assuntos e evitarem outro. Ou até mesmo por não haver aceitação e demanda feminina para determinadas profissões. De acordo com Blay (1975), o público feminino é instruído a se dedicar e buscar por profissões de acordo com a demanda do mercado, onde há predominância masculina.
REFERÊNCIAS 
BLAY, Eva A. Trabalho Industrial x Trabalho doméstico. A ideologia do trabalho feminino. Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, n. 15, 1975.
FRANÇA, Ana Letícia; SCHIMANSKI, Édina. Mulher, trabalho e família: uma análise sobre a dupla jornada feminina e seus reflexos no âmbito familiar. Emancipação, Ponta Grossa, UEPG, 2009(1): 65-78. Disponível em: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/687. Acesso em agos de 2022.
NOGUEIRA, Cláudia M. As relações sociais de gênero no trabalho e na reprodução. AURORA, nº 6. Ago/2010. p. 59-62. Disponível em: http://www2.marilia.unesp.br/ojs-2.4.5/index.php/aurora/article/view/1231. Acesso em set de 2022.

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