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Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Apresentação O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é uma estratégia política importante para ampliar a abrangência e a diversidade das ações da Equipe de Saúde da Família (ESF), bem como sua capacidade de resolução das situações diversas, pois dá oportunidade para a criação de espaços para a produção de novos saberes e discussão ampla do cuidado aos pacientes. Seu foco é o trabalho em equipe, compartilhando as experiências práticas em saúde nos territórios da ESF no qual o NASF está inserido. Porém, o NASF não é porta de entrada do sistema para os usuários, mas serve de apoio às ESF na busca de resolutividade, na atenção primária em saúde. Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá identificar o NASF, relacionando-o com ações de alimentação e nutrição, e reconhecer seus diferentes tipos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os aspectos normativos e políticos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).• Relacionar ações de alimentação e nutrição no NASF.• Reconhecer os tipos de NASF.• Desafio Maria é uma senhora aposentada que há pouco tempo levou seu pai para morar junto a ela, após ele sofrer um infarto. Seu pai, João, é hipertenso (uma doença crônica não transmissível [DCNT]) e faz apenas o tratamento medicamentoso, porém não modificou os maus hábitos alimentares, além de apresentar obesidade. Diante dessa situação, responda: A) Como a equipe de profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) deveria agir em relação ao apoio matricial do NASF? B) Como você, enquanto nutricionista do NASF, auxiliaria João? Infográfico No Infográfico a seguir, observe os aspectos normativos, as ações de alimentação e nutrição relacionadas ao NASF e os tipos de NASF existentes. Conteúdo do livro O apoio matricial é o processo de trabalho em equipes de referência, sob o qual trabalha o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), fornecendo apoio e subsídios para que os profissionais da Equipe de Saúde da Família desenvolvam suas atribuições com qualidade. Acompanhe o trecho do livro “Nutrição e Atenção à Saúde”. Inicie a leitura no capítulo referente a Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), relacionado ao título Identificar os aspectos normativos e políticos do NASF, no subtítulo Apoio Matricial. NUTRIÇÃO E ATENÇÃO À SAÚDE Luciana de Souza Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identi� car os aspectos normativos e políticos do NASF. Relacionar ações de Alimentação e Nutrição no NASF. Reconhecer os tipos de NASF. Introdução O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é uma estratégia política importante para ampliar a abrangência e a diversidade das ações da Equipe de Saúde da Família (ESF), bem como sua capacidade de resolução das situações diversas, pois dá oportunidade para criação de espaços para produção de novos saberes e discussão ampla do cuidado aos pacientes. Seu foco é o trabalho em equipe, compartilhando as experiências práticas em saúde nos territórios da ESF no qual o NASF está inserido. Porém, o NASF não é porta de entrada do sistema para os usuários, mas serve de apoio às ESF na busca de resolutividade, na atenção primária em saúde. Neste capítulo, você irá identificar o NASF, relacionando com ações de alimentação e nutrição e reconhecer seus diferentes tipos. Identificar os aspectos normativos e políticos do NASF Diretrizes O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de março de 2008. Entenda que o principal objetivo foi o de apoiar a inser- ção da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e o propósito das ações da Atenção Básica de Saúde, e aumentar a resolutividade dela, reforçando os processos de territorialização e regionalização em saúde. Veja os diversos pressupostos políticos que a referida Portaria traz. São: de Atenção Básica; de Promoção da Saúde; de Integração da Pessoa com De- ficiência; de Alimentação e Nutrição; de Saúde da Criança e do Adolescente; de Atenção Integral à Saúde da Mulher; de Práticas Integrativas e Comple- mentares; de Assistência Farmacêutica; da Pessoa Idosa; de Saúde Mental; de Humanização em Saúde, além da Política Nacional de Assistência Social e da Saúde do Homem. É importante saber que a integralidade pode ser considerada a principal diretriz a ser praticada pelos NASF. Ela pode ser compreendida em três sentidos: A abordagem integral do indivíduo levando em consideração seu con- texto social, familiar e cultural e com garantia de cuidado longitudinal; As práticas de saúde organizadas a partir da integração das ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura; A organização do sistema de saúde de forma a garantir o acesso às redes de atenção, conforme as necessidades de sua população. O NASF deve estar comprometido com a promoção de mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da SF e entre sua própria equipe, incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação e cura, além de humanização de serviços, educação permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde. Além disso, deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para atuarem no apoio e em parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família, com foco nas práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade da equipe de SF. Apoio matricial Entenda como funciona o NASF: ele atua sob o conceito de apoio matricial, que é o processo de trabalho em “equipes de referência”, que buscam mudar o padrão dominante de responsabilidade nas organizações. Então, em vez das pessoas se responsabilizarem por atividades e procedimentos, a respon- sabilidade é de pessoas por pessoas. Ou seja, formar uma equipe em que os trabalhadores tenham uma clientela sob sua responsabilidade, como no caso 79Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da equipe de SF, a responsabilidade por uma clientela dentro de um território de abrangência. Perceba que o apoio matricial será formado por um conjunto de profissionais que não têm, necessariamente, relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de referência de SF. Assim, se a equipe de referência (SF) é composta por um conjunto de profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, eles deverão acionar uma rede assistencial necessária a cada caso. Nesta rede estarão equipes ou serviços voltados para o apoio matricial, de forma a assegurar a retaguarda especializada nas equipes de referência (SF). Veja os dois tipos de responsabilidade que as equipes do NASF terão: sobre a população e sobre a equipe de SF. Seu desempenho deverá ser avaliado não só por indicadores de resultado para a população, mas também por indicadores de resultado da sua ação na equipe. Um indicador importante do resultado do trabalho de apoio de um nutricionista a uma equipe de SF é a diminuição de pedidos de encaminhamentos de pacientes com sobrepeso ou obesidade. Esses indicadores de resultados na população e na equipe devem ser constantemente acompanhados e, se for o caso, reprogramados. Nutrição e atenção à saúde 80 Atribuições comuns aos diversos membros da equipe: Identificar, com as equipe de SF e comunidade, as atividades, as ações e as práticas a serem adotadas em cada uma das áreas cobertas. Identificar, com as equipe de SF e a comunidade, o público prioritário a cada uma das ações. Atuar, de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas equipes de SF e de Internação Domiciliar, quando estas existirem, acompanhando e atendendoa casos, de acordo com os critérios previamente estabelecidos. Acolher os usuários e humanizar a atenção. Desenvolver coletivamente, com vistas à intersetorialidade, ações que se integrem a outras políticas sociais, como educação, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras. Promover a gestão integrada e a participação dos usuários nas decisões, por meio de organização participativa com os Conselhos Locais e/ou Municipais de Saúde. Elaborar estratégias de comunicação para divulgação e sensibilização das ativida- des dos NASF por meio de cartazes, jornais, informativos, faixas, fôlderes e outros veículos de informação. Avaliar, em conjunto com as equipe de SF e os Conselhos de Saúde, o desenvolvi- mento e a implementação das ações e a medida de seu impacto sobre a situação de saúde, por meio de indicadores previamente estabelecidos. Elaborar e divulgar material educativo e informativo nas áreas de atenção dos NASF. Elaborar projetos terapêuticos, por meio de discussões periódicas que permitam a apropriação coletiva pelas equipes de SF e os NASF do acompanhamento dos usuários, realizando ações multiprofissionais e transdisciplinares, desenvolvendo a responsabilidade compartilhada. Relacionar ações de Alimentação e Nutrição no NASF Saiba que no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), políticas públicas como a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, a Política Nacional de Atenção Básica e a Política ao Direito Humano à Alimentação Adequada têm objetivo comum de levar saúde, autonomia e cidadania aos brasileiros. As demandas emergentes e crescentes em atenção à saúde, relacionados especialmente à alimentação e nutrição, decorrem, principalmente, das doenças crônicas não transmissíveis e das deficiências nutricionais, ambas associadas a uma alimentação e modos de vida não saudáveis. As ações de alimentação 81Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e nutrição na Atenção Primária em Saúde, tanto contribuirão para a quali- ficação como para a garantia da integralidade da atenção à saúde prestada à população brasileira. Perceba que do ponto vista nutricional, a atual transição epidemiológica brasileira é caracterizada pela presença de desnutrição, deficiência de mi- cronutrientes, excesso de peso e outras doenças crônicas não transmissíveis, coexistindo nas mesmas comunidades e, muitas vezes, no mesmo domicílio. Nesse contexto é que surge a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que tem como princípio o direito humano à alimentação adequada. Seus fundamentos são marcados pela transversalidade das ações e pelo perfil epidemiológico, demográfico e social da população e sua implantação deve responder à contradição entre a fome e o excesso de peso. A Segurança Alimentar e Nutricional, nos termos dispostos na PNAN, consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares pro- motoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Você sabe que o Guia Alimentar para a População Brasileira apresenta diretrizes acerca dos hábitos alimentares saudáveis e está inserido nas preocu- pações que têm inspirado as ações do governo, tanto na política de segurança alimentar e nutricional como na promoção da prevenção de agravos à saúde que resultam de alimentação insuficiente ou inadequada. As práticas alimentares saudáveis devem ter como enfoque prioritário o resgate de hábitos alimentares regionais inerentes ao consumo de alimentos in natura, produzidos em nível local, culturalmente referenciados e de elevado valor nutritivo, como frutas, legumes e verduras, grãos integrais, leguminosas, sementes e castanhas, que devem ser consumidos a partir dos seis meses de vida até a fase adulta e a velhice. Lembre-se de considerar os aspectos com- portamentais e afetivos relacionados às práticas alimentares. A alimentação saudável deve contemplar alguns atributos básicos, são eles: acessibilidade física e financeira, sabor, variedade, cor, harmonia e segurança sanitária. Você sabia que as ações de alimentação e nutrição a serem desenvolvidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), em parcerias com os NASF, devem pautar-se nos princípios da universalidade, da integralidade e da equidade, bem como no trabalho interdisciplinar, intersetorial, ético, resolutivo, longitudinal, acolhedor, com vínculo e responsabilização? Nutrição e atenção à saúde 82 Veja como as ações de alimentação e nutrição desenvolvidas pelas equi- pes de SF, com apoio do NASF, deverão se estruturar com base nos eixos estratégicos: Promoção de práticas alimentares saudáveis, em âmbito individual e coletivo, em todas as fases do ciclo de vida; Contribuição na construção de estratégias para responder às principais demandas assistências quanto aos distúrbios alimentares, deficiências nutricionais, desnutrição e obesidade; Desenvolvimento de projetos terapêuticos, especialmente nas doenças e agravos não transmissíveis; Realização do diagnóstico alimentar e nutricional da população, com a identificação de áreas geográficas, segmentos sociais e grupos popula- cionais de maior risco aos agravos nutricionais, bem como identificação de hábitos alimentares regionais e suas potencialidades para promoção da saúde; Promoção da segurança alimentar e nutricional fortalecendo o papel do setor saúde no sistema de segurança alimentar e nutricional instituído pela Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, com vistas ao direito humano à alimentação adequada. 83Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) As ações de apoio matricial em alimentação e nutrição na Atenção Primária em Saúde (APS) Você deverá organizar uma agenda da área de nutrição em conjunto com a equipe de SF, tendo como base as necessidades locais, pela caracterização do perfil epidemiológico, ambiental e social da comunidade e dos espaços domiciliares, com a identificação de riscos, potencialidades e possibilidades de atuação e reconhecimento da situação de saúde, alimentação e nutrição das famílias. Vale lembrar que o processo de territoria- lização, um dos atributos da Estratégia de SF, facilita o conhecimento da realidade de saúde da população. Assim, torna-se fundamental que a equipe do NASF se aproprie da situação de saúde e doença no território e acompanhe, junto às equipes de SF, o diagnóstico de agravos à saúde, relacionando-os com a alimentação e nutrição. Após esse diagnóstico local, você poderá realizar o planejamento com vistas à estruturação das ações de prevenção e controle das deficiências nutricionais e de promoção da alimentação saudável. Você deve, também, desenvolver estratégias de educação permanente e organização do processo de trabalho da equipe de Saúde da Família, assim você realiza a detecção precoce de fatores que possam afetar a segurança alimentar e nutricional da comunidade, o que ajuda a apoiar a realização de ações educativas de prevenção e controle dos distúrbios nutricionais prevalentes na sua área de abrangência. Tipos de NASF – Processos de Trabalho NASF 1 Foi criado pela Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Deverá ser composto por, no mínimo, cinco diferentes profissionais de nível superior. São eles: assistente social, professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico acupunturista, médico ginecologista, médico homeopata, médico pediatra, médico psiquiatra, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional. Deverá realizar as suas atividades vinculado a, no mínimo, 8 equipes de saúde da família, e a, no máximo, 20 equipes de Saúde da Família. Nutrição e atenção à saúde 84 NASF 2 Foi criado pela Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Deverá ser composto por, no mínimo, três diferentes profissionais de nível superior. São eles: assistentesocial, professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional. Deverá realizar as atividades vinculado, no mínimo a 3 equipes de Saúde da Família. NASF 3 A Portaria nº 3.124 de 28 de dezembro de 2012 redefi ne os parâmetros de vin- culação dos NASF 1 e 2 às equipes Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específi cas, cria a NASF 3, e dá outras providências. O NASF 3 é criado para, em conjunto com os NASF 1 e 2, possibilitar a universalização destas equipes para todos os Municípios do Brasil que possuem equipes Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas. Deverá ser formada por profissionais de nível superior, com cargas horárias semanais de, no mínimo, 80 horas semanais; nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e cada ocupação deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 40 horas semanais. Cada NASF 3 deverá estar vinculado a no mínimo 1 e no máximo 2 equipes Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais), agregando-se de modo específico ao processo de trabalho das mesmas, configurando-se como uma equipe ampliada. 85Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), os profissionais de equipe observaram que as mulheres casadas, do lar, estavam com sinais de depressão. Após serem encaminhadas para tratamento medicamentoso, a equipe da UBS não observou mudança significativa. Em reunião da equipe, com profissionais do NASF, surgiu a ideia de encaminhar essas mulheres para um grupo de atividade física, com o professor de educação física, bem como para terapia com o médico psiquiatra. Após algumas semanas, a equipe da UBS e os profissionais do NSF notaram mudança significativa no comportamento delas. Neste contexto, pode-se observar a contribuição do apoio matricial do NASF, tanto para as usuárias do SUS como para a equipe da UBS e NASF, que juntamente reestabeleceram a saúde mental, física e a qualidade de vida destas mulheres como indivíduo, em suas famílias e comunidade, além de fortalecer vínculo com a equipe da UBS e desta com o NASF. Nutrição e atenção à saúde 86 1. Sobre as normativas do NASF, qual é a alternativa incorreta? a) É um trabalho paralelo à Estratégia de Saúde da Família (ESF). b) Veio para apoiar, em trabalho conjunto, a inserção da ESF na rede de atenção básica. c) Tem como princípio a integralidade do atendimento ao indivíduo. d) Está comprometida com a promoção de mudanças na atuação dos profissionais de Saúde da Família (SF). e) Suas equipes são compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento. 2. Sobre os tipos de NASF, qual é a alternativa correta? a) NASF 1 deve ter, no mínimo, 3 diferentes profissionais de nível superior. b) NASF 1 deve ter, no mínimo, 5 diferentes profissionais de nível superior. c) NASF 2 deve ter, no mínimo, 5 diferentes profissionais de nível superior. d) NASF 2 foi criado para atender usuários de crack, álcool e outras drogas. e) NASF 3 deve atender, no máximo, 5 municípios interessados. 3. Qual ação não está relacionada às ações de Alimentação e Nutrição do NASF? a) Atender demandas relacionadas ás doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e deficiências nutricionais. b) Atuar conforme princípios da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). c) Deve compreender, intervir, antecipar e planejar projetos sociais e terapêuticos, além da dimensão biomédica. d) Promover a Segurança Alimentar e Nutricional. e) Promover a alimentação adequada e saudável conforme o Guia Alimentar para a População Brasileira. 4. Sobre o apoio matricial, é incorreto afirmar: a) É um processo de trabalho em equipes de referência. b) Busca mudar o padrão dominante de responsabilidade. c) A responsabilidade é de pessoa por pessoa e não por atividade ou procedimento. d) Os profissionais devem ter relação direta e cotidiana com o usuário. e) São responsáveis pela população e equipe de Saúde da Família (SF). 5. São atividades comuns a todos os membros do NASF, exceto: a) Identificar atividades, ações e práticas adotadas em cada área coberta. 87Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) b) Identificar o público prioritário em cada uma das ações planejadas. c) Acolher o usuário e humanizar a atenção. d) Promover gestão integrada e participativa. e) Avaliar o desenvolvimento e implementação das ações somente entre os profissionais do NASF. BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimen- tação adequada e dá outras providências. Brasília, DF, 2006. Disponível em: <https:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/ _ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm>. Acesso em: 03 fev. 2017. BRASIL. Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ saudelegis/ gm/2008/prt0154_24_01_2008.html>. Acesso em: 20 jan. 2017. BRASIL. Portaria nº 3.124, de 28 de dezembro de 2012. Brasília, DF, 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/ 2012/prt3124_28_12_2012.html>. Acesso em: 20 jan. 2017. Leituras recomendadas AGUIAR, C. B.; COSTA, N. M. da S. C. Formação e atuação de nutricionistas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Revista Nutrição, Campinas, v. 28, n. 2, p. 207-216, mar./ abr. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v28n2/ 1415-5273-rn-28-02- 00207.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017. ANJOS, K. F. dos et al. Perspectivas e desafios do núcleo de apoio à saúde da família quanto às práticas em saúde. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 37, n. 99, p. 672-680, out./dez. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/ v37n99/a15v37n99. pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Aten- ção Básica. O serviço social no NASF. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). (Caderno de Atenção Básica, n. 27). p. 89-95. Nutrição e atenção à saúde 88 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). (Caderno de Atenção Básica, n. 27). LIMA, K. M. S. V., SILVA, K. L., TESSER, C. D. Práticas integrativas e complementares e relação com promoção da saúde: experiência de um serviço municipal de saúde. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 18, n. 49, p. 261-272, 2014. OLIVEIRA, I. C.; ROCHA, R. M.; CUTOLO, L. R. A. Algumas palavras sobre o nasf: relatando uma experiência acadêmica. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 36, n. 4, p. 574-580, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rbem/v36n4/19. pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017. RODRIGUES, D. C. M.; BOSI, M. L. M. O lugar do nutricionista nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Revista Nutrição, Campinas, v. 27, n. 6, p. 735-746, nov./dez. 2014 Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v27n6/ 1415-5273-rn-27-06-00735.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017. SILVA, N. F. da. O nutricionista e o acolhimento ao usuário do SUS nos NASF. 10 dez. 2010. Disponível em: <http://www.asbran.org.br/ noticias.php?dsid=594>. Acesso em: 20 jan. 2017. SILVA, A. T. C. da et al. Núcleos de Apoio à Saúde da Família: desafios e potencialidades na visão dos profissionais da Atenção Primária do Município de São Paulo, Brasil. Ca- dernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 11, p. 2076-2084, nov. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v28n11/07.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2017. 89Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Conteúdo: Dica do professor Na Dica do professor, vamos conhecer exemplos de atividades do nutricionista no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/be9b655bbc94a3ba596dcc7b7f7a0542 Exercícios 1) Sobre as normativas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), assinale a alternativa correta. A) O NASF é um trabalho paralelo à Estratégia de Saúde da Família (ESF). B) O NASF veio para apoiar, em trabalho conjunto, a inserção da ESF na rede de atenção básica. C) O NASf tem como princípio o atendimento parcial ao indivíduo. D) O NASF está comprometido com a promoção de mudanças na atuação dos pacientes atendidos na saúde da família (SF). E) As equipes do NASF são compostas apenas por médicos. 2) Sobre os tipos de NASF, assinale a alternativa correta. A) O NASF 1 deve ter, no mínimo, três diferentes profissionais de nível superior. B) O NASF 1 deve ter, no mínimo, cinco diferentes profissionais de nível superior. C) O NASF 2 deve ter, no mínimo, cinco diferentes profissionais de nível superior. D) O NASF 2 foi criado para atender consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais. E) O NASF 3 não tem limite de equipes para formar vínculo com equipes de SF e/ou equipes de atenção básica. 3) Qual ação, entre as citadas a seguir, está relacionada às ações de alimentação e nutrição do NASF? A) Atender demandas relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e deficiências nutricionais. B) O nutricionista do NASF tem princípios diferentes daqueles da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). C) Deve compreender, intervir, antecipar e planejar projetos sociais e terapêuticos, além da dimensão biomédica. D) Promover a segurança alimentar e nutricional não é um dos objetivos do NASF. E) Promover a alimentação adequada e saudável, porém sem utilizar nenhum guia alimentar. 4) Sobre o apoio matricial, assinale a alternativa correta. A) É um processo de trabalho individual. B) Busca mudar o padrão dominante de responsabilidade. C) A responsabilidade é de pessoa por atividade ou procedimento. D) Os profissionais devem ter relação direta e cotidiana com o usuário. E) São responsáveis apenas pela equipe de SF. 5) São atividades comuns a todos os membros do NASF: A) Os membros do NASF não se preocupam em identificar atividades, ações e práticas adotadas em cada área coberta. B) Os membros do NASF planejam ações para o público de forma geral. C) Os membros do NASF atendem usuários sem a necessidade de acolhimento prévio. D) Os membros do NASF promovem gestão integrada e participativa. E) Os membros do NASF avaliam o desenvolvimento e a implementação das ações somente entre os seus profissionais. Na prática Em uma reunião de equipe de determinada Unidade Básica de Saúde (UBS), os profissionais relataram percepções comuns de uma determinada família da comunidade atendida, na qual o pai era alcoólatra, o filho havia parado de estudar e estava envolvido com drogas e a mãe, obesa e diabética, estava ficando extremamente nervosa e fazendo hiperglicemia como consequência dessa situação. A equipe então percebeu que precisava do apoio matricial do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Após os profissionais da UBS se reunirem com os profissionais do NASF, o qual era composto por médico acupunturista, nutricionista, assistente social, psicólogo e educador físico, definiram o seguinte encaminhamento a essa família: Neste caso, nota-se a atuação da equipe da UBS, que sempre se manteve vigilante com essa família, dando os devidos retornos aos profissionais do NASF, reprogramando novas ações com estes, caso fosse necessário. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Núcleo de apoio à saúde da família Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Núcleos de Apoio à Saúde da Família: desafios e potencialidades na visão dos profissionais da Atenção Primária do Município de São Paulo, Brasil Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Perspectivas e desafios do núcleo de apoio à saúde da família quanto às práticas em saúde Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Algumas palavras sobre o NASF: relatando uma experiência acadêmica https://www.youtube.com/embed/enVqclwH9qA http://www.scielo.br/pdf/csp/v28n11/07.pdf http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n99/a15v37n99.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O lugar do nutricionista nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Formação e atuação de nutricionistas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o SUS Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: passos para o pluralismo na saúde http://www.scielo.br/pdf/rbem/v36n4/19.pdf http://www.scielo.br/pdf/rn/v27n6/1415-5273-rn-27-06-00735.pdf http://www.scielo.br/pdf/rn/v28n2/1415-5273-rn-28-02-00207.pdf http://www.scielo.br/pdf/ea/v30n86/0103-4014-ea-30-86-00099.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n12/29.pdf
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