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4 Atenção Primária à Saúde

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DESCRIÇÃO
A construção histórica do Sistema Único de Saúde (SUS) e suas estratégias, ações e políticas para a
garantia dos princípios e diretrizes do modelo de Atenção à Saúde brasileira.
PROPÓSITO
Compreender a criação, a estrutura e o funcionamento do SUS proporcionará maior entendimento do
modelo de assistência à saúde do Brasil. A valorização e o reconhecimento da importância desse
sistema para a sociedade brasileira farão com que a sua formação seja mais humanizada e abrangente.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a Política Nacional de Atenção Básica no Brasil, seus dilemas e perspectivas
MÓDULO 2
Identificar as diretrizes e os princípios da Estratégia de Saúde da Família e do Núcleo de Atenção à
Saúde da Família
INTRODUÇÃO
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) em Alma-Ata, destacou e debateu a necessidade de ações urgentes de todos os
governos, trabalhadores e da comunidade visando à promoção da saúde de todos os povos do mundo.
Nessa conferência, foi construído um documento norteador, a Declaração de Alma-Ata (1978), que
enfatizou a importância de ações abrangentes por parte do poder público e determinou que a promoção
e a proteção da saúde são eixos essenciais para o contínuo desenvolvimento econômico e social em
busca da melhoria da qualidade de vida da população.
O DOCUMENTO EM QUESTÃO FOI UTILIZADO COMO
BASE PARA A CONSTRUÇÃO DAS IDEIAS DA
CRIAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), QUE
SE CONCRETIZOU 10 ANOS APÓS A DECLARAÇÃO,
PROPONDO OS CUIDADOS PRIMÁRIOS EM SAÚDE
COMO ELEMENTO CENTRAL PARA MUDANÇAS NA
SAÚDE E NA VIDA SOCIAL. COM O FIM DA
DITADURA MILITAR, O MOVIMENTO SANITÁRIO
PROPÔS A ELABORAÇÃO DE DIRETRIZES MAIS
ABRANGENTES PARA A SAÚDE QUE FORAM
INCORPORADAS À CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
1988.
A partir da Constituição, institui-se o Sistema Único de Saúde (SUS), uma das grandes conquistas
nesse período. O SUS tem seus princípios pautados na universalidade, equidade e integralidade,
assegurando que todos os brasileiros tenham o direito à saúde de qualidade durante todas as fases de
sua vida, tendo como foco a vigilância, prevenção e promoção da saúde. Com essas regulamentações,
deu-se início ao processo de organização e estruturação do SUS, visando à garantia dos princípios e
diretrizes estabelecidos desde a Constituição.
MÓDULO 1
 Descrever a Política Nacional de Atenção Básica no Brasil, seus dilemas e perspectivas
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
Como vimos na introdução, novas estratégias de organização dos cuidados primários à saúde foram
desenvolvidas em todo o território nacional, tendo em vista a Declaração de Alma-Ata e a Constituição
Federal 1988. A Atenção Primária à Saúde (APS) também conhecida com Atenção Básica (AB)
tornou-se essência e eixo central na organização do Sistema Único de Saúde (SUS), devendo
funcionar como o primeiro contato do usuário com a rede de saúde, ou seja, a porta de entrada no
Sistema Único de Saúde.
 
Imagem: ANS.GOV
A APS é representada pelos serviços ambulatoriais direcionados a responder às necessidades de saúde
mais comuns de uma população.
A APS possui uma estrutura complexa e que demanda intervenções amplas, envolvendo diversas
dimensões da realidade da população. Dessa forma, a APS precisa ser construída e regulamentada a
partir de diversos saberes da saúde, cultura, assistência social, esporte, lazer e outras esferas, para que
a atenção possa ser mais eficaz, resolutiva, integral. Compreendendo, assim, um exercício permanente
de interdisciplinaridade e de intersetorialidade na saúde.
A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE CONSTITUI-SE EM UM
CONJUNTO DE AÇÕES QUE DÃO CONSISTÊNCIA PRÁTICA
AO CONCEITO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, ARTICULANDO
CONHECIMENTOS TÉCNICOS ORIUNDOS DA
EPIDEMIOLOGIA, DO PLANEJAMENTO E DAS CIÊNCIAS
SOCIAIS EM SAÚDE, REDEFININDO AS PRÁTICAS EM
SAÚDE, ARTICULANDO AS BASES DE PROMOÇÃO,
PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA, A FIM DE GARANTIR A
INTEGRALIDADE DO CUIDADO.
(MOROSONI et al., 2018)
Tendo em vista a alta complexidade do SUS e da APS, identifica-se que a melhor estratégia para
garantir a sustentabilidade do sistema de saúde em todo o território nacional é a ampliação da estrutura
e dos serviços da Atenção Primária à Saúde. Dessa maneira, possibilitando o atendimento das
populações de modo preventivo, integrado e contínuo.
Nesse cenário, programas e políticas voltados à Atenção Primária à Saúde começaram a ser
implementados, trazendo grandes mudanças para a população brasileira, visando à reestruturação do
modelo assistencial de saúde.
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) foi um dos pioneiros nesse sentido,
juntamente com o Programa Saúde da Família (PSF), que, posteriormente, passou a ser Estratégia
Saúde da Família (ESF). Esses programas e estratégias foram importantes para que os princípios
estabelecidos pelo SUS fossem respeitados e a prática assistencial conseguisse ser mais consistente,
alcançando, assim, a população mais necessitada de cuidados.
A seguir, destacam-se algumas ações, programas e estratégias e suas respectivas datas de criação
(ALMEIDA et al., 2018):
1991
Criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
1994
Criação do Programa Saúde da Família.
1998
Implantação do piso de Atenção Básica (montante de recursos financeiros federais destinados à
viabilização de ações de Atenção Básica à Saúde nos municípios, em substituição ao pagamento por
produção).
Criação do Sistema de Informação da Atenção Básica.
1999
Publicação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
2001
Implantação da saúde bucal no Programa Saúde da Família.
2003
Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família I.
Criação do Programa Bolsa Família.
2004
Criação da Política Nacional de Saúde Bucal.
2005
Instituição da autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica.
2006
Regulamentação profissional dos agentes comunitários de saúde.
Publicação da Política Nacional de Atenção Básica, da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde e da Política Nacional de Promoção da Saúde.
Programa Saúde da Família torna-se Estratégia Saúde da Família.
2007
Criação do Programa Saúde na Escola.
2008
Criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
Inclusão do microscopista na Estratégia Saúde da Família.
2009
Projeto de Expansão e Consolidação da Saúde da Família II.
2010
Criação das equipes de saúde da família ribeirinhas e custeio de unidades básicas de saúde fluviais.
2011
Reformulação da Política Nacional de Atenção Básica.
Criação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, do Programa
de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde, do Programa Melhor em Casa, do Programa
Academia da Saúde; das equipes de Consultório na Rua; do Telessaúde Brasil Redes e do Brasil
Sorridente Indígena; revisão da Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
2012
Criação do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica.
2013
Criação do Programa Mais Médicos e substituição do Sistema de Informação da Atenção Básica pela
estratégia e-SUS Atenção Básica.
2014
Publicação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade.
Revisão da Política Nacional de Promoção da Saúde.
2017
Reformulação e publicação da nova Política Nacional de Atenção Básica.
Fonte: Adaptado de ALMEIDA et al., 2018, pág. 3.
DILEMAS E PERSPECTIVAS SOBRE A POLÍTICA
NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
As políticas voltadas para o fortalecimento do APS com o objetivo de colocar em prática as diretrizes e
os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) foram ganhando forças e direcionamentos a partir de
documentos técnicos elaborados por especialista da área, visando à consolidação e ao bom
funcionamento do SUS.
 
Imagem: aps.saude.gov
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) elaborada em 2006 pelo Ministério da Saúde
estabeleceu os atributos da Atenção Primária à Saúde como prioridades,destacando a abrangência da
APS, e reconheceu a Saúde da Família como modelo substitutivo e de reorganização da Atenção
Básica. Determinou também que as ações precisam ser desenvolvidas por meio de uma equipe
multidisciplinar, em um território geograficamente definido e com sua respectiva população, tornando-se
o primeiro ponto de contato da população com o sistema de saúde (BRASIL, 2012).
Segundo a PNAB, a Atenção Básica possui suas diretrizes pautadas em um conjunto de ações de saúde
em âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde.
Tendo como objetivo desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia
das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2012).
NESSE SENTIDO, A PNAB TEM POR OBJETIVO
AMPLIAR E REGULAMENTAR AS AÇÕES DO SUS,
SENDO, PORTANTO, UM DOCUMENTO NORTEADOR
PARA AS AÇÕES DA ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL.
Desde a sua criação, a política teve duas atualizações que foram regulamentadas em 2011 pela Portaria
nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, que alterou pontos importantes. Essa portaria indicou a necessidade
de uma nova organização no modelo de atenção, utilizando a Estratégia de Saúde da Família (ESF)
como ação prioritária de expansão, consolidação e qualificação da APS.
 
Foto: Shutterstock.com
A partir de então, a ESF fortaleceu-se contribuindo para a expansão das Equipes de Saúde Bucal
(ESB) e para a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), estratégias essas que se
correlacionam e são baseadas nos princípios do SUS.
Em 2017, a Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, aprova a Política Nacional de Atenção Básica
e estabelece a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica no âmbito do SUS. Nessa
atualização, destaca-se a importância das Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para a
organização do SUS. Essa reformulação admite, além da ESF, outras estratégias de organização da
Atenção Primária, e determina ainda os parâmetros para a contratação de profissionais, assim como a
carga horária adequada desses trabalhadores.
Nesse sentido, a PNAB reforça que a Estratégia de Saúde da Família é a principal ação objetivando a
ampliação e o fortalecimento da Atenção Básica. No entanto, outras estratégias de organização e
expansão da cobertura das ações no país, respeitando a dinamicidade, a diversidade da população e a
particularidade de cada território, podem e devem ser pensadas seguindo os princípios e diretrizes da
Atenção Básica e do SUS.
A Política Nacional de Atenção Básica descreve os princípios e diretrizes da Atenção Básica
apontados na Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017:
PRINCÍPIOS
UNIVERSALIDADE
possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados
como a porta de entrada aberta e preferencial da RAS (primeiro contato), acolhendo as pessoas e
promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. O
estabelecimento de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de
organização e funcionamento do serviço de saúde, que parte do princípio de que as equipes que atuam
na Atenção Básica nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) devem receber e ouvir todas as pessoas que
procuram seus serviços, de modo universal, de fácil acesso e sem diferenciações excludentes, e a partir
daí, construir respostas para suas demandas e necessidades.
EQUIDADE
ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de acordo com as
necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e
deve atender à diversidade. Fica proibido qualquer exclusão baseada em idade, gênero, cor, crença,
nacionalidade, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição
socioeconômica, escolaridade ou limitação física, intelectual, funcional, entre outras, com estratégias
que permitam minimizar desigualdades, evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer
estigmatização ou discriminação; de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.
INTEGRALIDADE
é o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde que atendam às necessidades da população
adscrita nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e
agravos, da cura, da reabilitação, redução de danos e dos cuidados paliativos. Inclui a responsabilização
pela oferta de serviços em outros pontos de Atenção à Saúde e o reconhecimento adequado das
necessidades biológicas, psicológicas, ambientais e sociais causadoras das doenças, e manejo das
diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a esses fins, além da ampliação da autonomia
das pessoas e coletividade.
DIRETRIZES

REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO
dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção Básica como ponto de comunicação entre esses.
Considera-se regiões de saúde como um recorte espacial estratégico para fins de planejamento,
organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em determinada localidade, e a
hierarquização como forma de organização de pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e
referências estabelecidos.
TERRITORIALIZAÇÃO E ADSTRIÇÃO
de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações
setoriais e intersetoriais com foco em um território específico, com impacto na situação, nos
condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e coletividades que constituem aquele espaço e
estão, portanto, adstritos a ele. Para efeitos dessa portaria, considera-se território a unidade geográfica
única, de construção descentralizada do SUS na execução das ações estratégicas destinadas à
vigilância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde. Os territórios são destinados a
dinamizar a ação em saúde pública, o estudo social, econômico, epidemiológico, assistencial, cultural e
identitário, possibilitando uma ampla visão de cada unidade geográfica e subsidiando a atuação na
Atenção Básica, de forma que atendam à necessidade da população adscrita e/ou populações
específicas.


POPULAÇÃO ADSCRITA
população que está presente no território da UBS, de forma a estimular o desenvolvimento de relações
de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a continuidade das ações de
saúde e a longitudinalidade do cuidado e com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.
CUIDADO CENTRADO NA PESSOA
aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada, que auxilie as pessoas a
desenvolverem conhecimentos, aptidões, competências e confiança necessários para gerir e tomar
decisões embasadas sobre sua própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva. O cuidado
é construído com as pessoas, de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma
vida independente e plena. A família, a comunidade e outras formas de coletividade são elementos
relevantes, muitas vezes, condicionantes ou determinantes na vida das pessoas e, por consequência, no
cuidado.


RESOLUTIVIDADE
reforça a importância de a Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e articulando diferentes tecnologias
de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos
positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de
ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a
grande maioria dos problemas de saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros
pontos da RAS, quando necessário.
LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO
pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com construção de vínculo e responsabilização entre
profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente, acompanhandoos
efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas. Dessa forma, evitando a
perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia, que são decorrentes do desconhecimento das
histórias de vida e da falta de coordenação do cuidado.


COORDENAR O CUIDADO
elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando
como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado
dos usuários em qualquer desses pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o
objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras
estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.
ORDENAR AS REDES
reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as
necessidades dessa população em relação aos outros pontos de Atenção à Saúde, contribuindo para
que o planejamento das ações, assim como a programação dos serviços de saúde, parta das
necessidades de saúde das pessoas.


PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde na Atenção Básica
e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção
do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território. Considera-se, ainda, o
enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, através de articulação e integração das
ações intersetoriais na organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais
centradas nas pessoas e no exercício do controle social.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA NO
BRASIL: SEUS DILEMAS E PERSPECTIVAS
A especialista Wanessa Natividade Marinho fala sobre a Política Nacional Básica no Brasil.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A PARTIR DOS ASSUNTOS ESTUDADOS A RESPEITO DO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS), IDENTIFICAMOS QUE MUITOS SÃO OS PRINCÍPIOS E AS
DIRETRIZES ENVOLVIDOS NESSE SISTEMA. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE
CORRESPONDE AO PRINCÍPIO DA ATENÇÃO BÁSICA.
A) Ofertar o cuidado, independente das condições de vida e saúde, considerando que a saúde é um
direito de todos.
B) Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos,
caracterizados como a porta de entrada aberta, acolhendo as pessoas e promovendo a vinculação e
corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde.
C) Contribuir para a redução dos números de pessoas com diabetes mellitus e hipertensão arterial a
partir dos atendimentos nas unidades básicas de saúde.
D) Participar na formulação e na implementação das políticas de controle das agressões ao meio
ambiente.
E) Elaborar e implementar práticas alimentares saudáveis nos territórios de vulnerabilidade social.
2. A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) FOI ELABORADA EM
2006 COM O OBJETIVO DE AMPLIAR E REGULAMENTAR AS AÇÕES DO SUS,
SENDO, PORTANTO, UM DOCUMENTO NORTEADOR PARA AS AÇÕES DA
ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL. AO PASSAR DOS ANOS, A PNAB TEVE DUAS
ATUALIZAÇÕES QUE DETERMINARAM OS PARÂMETROS A SEGUIR, EXCETO:
A) Em 21 de outubro de 2011 a Portaria nº 2.488 indicou a necessidade de uma nova organização no
modelo de atenção, utilizando a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como ação prioritária de
expansão, consolidação e qualificação da APS.
B) A Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, fortaleceu a Estratégia de Saúde da Família,
contribuindo para a expansão das Equipes de Saúde Bucal (ESB) e para a criação dos Núcleos de
Apoio à Saúde da Família (NASF).
C) A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, indicou a necessidade da criação das Redes de
Atenção à Saúde (RAS) como mais uma estratégia para a organização do SUS.
D) A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, determinou os parâmetros para a contratação de
profissionais, assim como a carga horária adequada desses trabalhadores.
E) A Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, destacou a necessidade da criação de um modelo
de assistência à saúde direcionado à população com doenças crônicas não transmissíveis.
GABARITO
1. A partir dos assuntos estudados a respeito do Sistema Único de Saúde (SUS), identificamos
que muitos são os princípios e as diretrizes envolvidos nesse sistema. Assinale a alternativa que
corresponde ao princípio da Atenção Básica.
A alternativa "B " está correta.
 
A Atenção Básica apresenta seus princípios pautados no SUS e a Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), revisada e publicada em 2012, determina que um dos princípios desse sistema é a
universalidade, que possibilita o acesso universal e contínuo a serviços de saúde, de qualidade e
resolutivos. De acordo com a PNAB, a Atenção Básica é um sistema de porta aberta, que visa ao
acolhimento e à promoção a todos, proporcionando a atenção integral às suas necessidades de saúde.
2. A Política Nacional de Atenção básica (PNAB) foi elaborada em 2006 com o objetivo de ampliar
e regulamentar as ações do SUS, sendo, portanto, um documento norteador para as ações da
Atenção Básica no Brasil. Ao passar dos anos, a PNAB teve duas atualizações que determinaram
os parâmetros a seguir, exceto:
A alternativa "E " está correta.
 
As atualizações que aconteceram na PNAB foram essenciais para ampliar as ações do SUS no âmbito
individual e coletivo, abrangendo as ações de promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde.
Nesse sentido, a Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, não destaca a necessidade de um
modelo de assistência específico a um grupo da população.
MÓDULO 2
 Identificar as diretrizes e os princípios da Estratégia de Saúde da Família e do Núcleo de
Atenção à Saúde da Família
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ESTRATÉGIA DE
SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF)
Como vimos, com a criação da Atenção Primária à Saúde e, tendo em vista a alta complexidade do
sistema, identificou-se a necessidade de reorganizar o Sistema Único de Saúde. Portanto, em 1994, foi
criada a Estratégia Saúde da Família (ESF), considerada como estratégia para expandir, qualificar e
consolidar a Atenção Básica. Tudo isso a fim de possibilitar a ampliação e o aprofundamento dos
princípios da Atenção Primária, com o intuito de elevar a resolução dos problemas de saúde e o impacto
na situação de saúde no âmbito individual e coletivo, além de propiciar uma importante relação custo-
efetividade.
A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DE FAMÍLIA AUMENTOU A
ABRANGÊNCIA E CONTRIBUI ATUALMENTE PARA A
REORGANIZAÇÃO DO MODELO ASSISTENCIAL EM
SAÚDE DO BRASIL. A ESF POSSUI SEUS
PRINCÍPIOS BASEADOS NAS DIRETRIZES DA
ATENÇÃO BÁSICA E DO SUS, CONFIGURANDO UM
PROCESSO PROGRESSIVO E SINGULAR, QUE
CONSIDERA E INCLUI AS ESPECIFICIDADES DE
CADA LOCALIDADE.
 
Elaborado por Alessandra Guedes - Designer instrucional
O modelo assistencial da ESF prevê o estabelecimento de um maior vínculo com os usuários por
integrar ações assistenciais dentro e fora da Unidade Básica de Saúde (UBS). O Brasil possui mais de
41 mil Equipes de Saúde da Família (ESF) implantadas, presentes em mais de 97% das cidades
brasileiras, com cobertura populacional superior a 66%.
Outro aspecto que merece destaque é o impacto da ESF na força de trabalho em saúde, uma vez que
representa uma parcela de mais 14% de todos os estabelecimentos de saúde existentes no país e,
consequentemente, a coloca como um dos principais postos de trabalho dos profissionais de saúde do
Brasil (SORATTO et al., 2020).
Essas equipes são compostas por profissionais de diversas áreas, caracterizando uma atenção
multiprofissional, e deve ter no mínimo:
(I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade;
(II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família;
(III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e
(IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição osprofissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família,
auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
(BRASIL, 2011)
Esse modelo de trabalho em equipe é o grande diferencial na Atenção à Saúde da população, pois
fortalece a interação constante e intensa de trabalhadores de diferentes categorias e com diversidade de
conhecimentos e habilidades que interajam entre si para o cuidado ampliado do usuário. Segundo as
características das UBS, cada equipe deve ser responsável por, no máximo, 4 mil pessoas, sendo a
média recomendada de 3 mil pessoas, ou avaliar de acordo com o grau de vulnerabilidade da população
(BRASIL, 2011).
De acordo com a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional de
Atenção Básica e estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica
para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), é
determinado que:
O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo
de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de saúde da família, não ultrapassando o limite
máximo recomendado de pessoas por equipe.
Estabelece a carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde membros
da equipe de saúde da família, à exceção dos profissionais médicos. A jornada de 40 horas deve
observar a necessidade de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para atividades na
equipe de saúde da família. No entanto, é possível, conforme decisão e prévia autorização do
gestor, dedicar até 8 horas do total da carga horária para prestação de serviços na rede de
urgência do município ou para atividades de especialização em saúde da família, residência
multiprofissional e/ou de medicina de família e de comunidade, bem como atividades de educação
permanente e apoio matricial.
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO NÚCLEO DE
ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
As situações de saúde e adoecimento no nosso país são diversas, o que podemos identificar a partir do
perfil epidemiológico da população. Essa pluralidade de agravos à saúde surge a partir da globalização,
que emerge e reemerge os problemas da sociedade de uma maneira mais intensa. Tal realidade tão
complexa necessita de um olhar multifacetado, em que diferentes profissionais possam apoiar a
inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de serviços, garantindo a continuidade e a
integralidade da atenção.
 
Imagem: shutterstock.com
Dentro desse escopo, foram criados os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), compostos por
profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que atuam de maneira integrada com as
Equipes de Saúde da Família, com as equipes de Atenção Básica para populações específicas e
com o Programa Academia da Saúde. É importante pontuar que o objetivo desse último programa é a
implantação de polos para a orientação de práticas corporais e atividade física e de lazer, bem como
outros modos de vida saudável.
O NASF foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica,
bem como sua resolubilidade, compartilhando entre as equipes práticas e saberes em saúde com as
equipes de referência apoiadas. Dessa forma, busca auxiliá-las no manejo ou resolução de problemas
clínicos e sanitários, além de agregar práticas na Atenção Básica que ampliem o seu escopo de ofertas.
Os núcleos devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS,
principalmente, por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise
e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários.
São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos,
atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação
permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações
intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das
equipes, entre outros.
Inúmeras e complexas são as responsabilidades atribuídas aos profissionais do NASF, dentre elas:
A definição de indicadores e metas que avaliem suas ações.
A definição de uma agenda de trabalho que privilegie as atividades pedagógicas e assistenciais.
Ações diretas e conjuntas com a ESF no território.
É importante refletir que cada ação, ou todas elas, analisadas no conjunto da obra, pressupõem ações a
serem desenvolvidas em parceria com as Equipes de Saúde da Família e a comunidade, com vista à
vigilância à saúde.
A organização do NASF: o NASF está organizado em duas modalidades: NASF 1 e NASF 2, e a
composição de cada uma delas deverá ser definida pelos gestores municipais, a partir dos dados
epidemiológicos, das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. Os profissionais
que compõem o NASF 1 e 2 são:
Médico acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico;
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista;
Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico
Internista (clínica médica); Médico do Trabalho; Médico Veterinário; profissional com formação em arte e
educação (arte-educador); e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de
saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas
áreas.
(BRASIL, 2011)
De acordo com a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, cada equipe do NASF 1 deverá ter uma
equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos dentre as ocupações
listadas abaixo que reúnam as seguintes condições:
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 200
horas semanais;
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas;
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 80
horas de carga horária semanal.
(BRASIL, 2011)
O NASF 2 deverá ter uma equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior
escolhidos dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições:
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular no mínimo 120
horas semanais;
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; e
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no mínimo 20 horas e no máximo 40
horas de carga horária semanal.
(BRASIL, 2011)
A portaria determina ainda que cada NASF 1 realize suas atividades vinculado a, no mínimo, 8 Equipes
de Saúde da Família e, no máximo, 15 Equipes de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica
para populações específicas. Excepcionalmente, nos municípios com menos de dez mil habitantes dos
estados da Amazônia Legal e Pantanal sul-mato-grossense. Além disso, cada NASF 2 realize suas
atividades vinculado a, no mínimo, 3 Equipes de Saúde da Família e, no máximo, 7 Equipes de Saúde
da Família.
 ATENÇÃO
É importante observar que não há diferença entre o NASF 1 e 2 quanto aos profissionais que os compõem,
diferindo apenas na carga horária semanal e no número de Equipes de Saúde da Família e/ou Equipes de
Atenção Básica para populações específicas. Esses núcleos devem funcionar em horário de trabalho
coincidente com o das referidas equipes que apoiam, além de estar vinculados aos polos do Programa
Academia da Saúde de seu território de abrangência.
A organização do trabalho do NASF deve seguir as normas publicadas pelo Ministério da Saúde,
destacando os Cadernos de Atenção Básica/Primária que tratam do tema, descrevendo as diretrizes, o
processo de trabalho, as principais ferramentas e as ações de responsabilidade de todos os
profissionais dos NASF a serem desenvolvidas em conjunto com as Equipes de Saúde da Família,Equipes de Atenção Básica para populações específicas e/ou Academia da Saúde (BRASIL, 2011).
De acordo com o Caderno de Atenção Básica, número 27, Diretrizes do NASF (BRASIL, 2010), a
integralidade pode ser considerada a principal diretriz a ser praticada pelos NASF. Ela pode ser
compreendida em três sentidos:
 
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A abordagem integral do indivíduo levando em consideração seu contexto social, familiar e cultural e
com garantia de cuidado longitudinal.
 
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As práticas de saúde organizadas a partir da integração das ações de promoção, prevenção,
reabilitação e cura.
 
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A organização do sistema de saúde de forma a garantir o acesso às redes de atenção, conforme as
necessidades de sua população.
Além disso, outros princípios e diretrizes devem orientar as ações a serem desenvolvidas pelo NASF,
com reflexos óbvios no processo de trabalho das Equipes de Saúde da Família. O quadro abaixo
resume esses aspectos:
 
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TERRITÓRIO
O território é um conjunto de sistemas naturais e artificiais que engloba indivíduos e instituições,
independentemente de seu poder. Deve ser considerado em suas divisões jurídicas e políticas, suas
heranças históricas e seus aspectos econômicos e normativos. É nele que se processa a vida social e
nele tudo possui interdependência, acarretando o seu âmbito a fusão entre o local e o global. Como
decorrência, as equipes de SF precisam conhecer a realidade do território em suas várias dimensões,
identificando as suas fragilidades e possibilidades, figurando-a como algo “vivo” e dinâmico.
 
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EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
Tem como finalidade a apuração, a sistematização de modos de sentir, pensar, sonhar, querer, agir e se
expressar das pessoas. Deve ser um modo orgânico, participativo e prazeroso de cuidar da saúde e de
fazer a gestão dos territórios, por meio dos indivíduos, como sujeitos do seu próprio processo de
trabalho, do seu conhecimento.
 
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INTERDISCIPLINARIDADE
É o trabalho em que as diversas ações, saberes e práticas se complementam. Disciplinas implicam
condutas, valores, crenças, modos de relacionamento que incluem, tanto modos de relacionamento
humano, quanto de modos de relação entre sujeito e conhecimento. O prefixo “inter” indica movimento
ou processo instalado tanto “entre” quanto “dentro” das disciplinas. A interdisciplinaridade envolve
relações de interação dinâmica entre saberes. “No projeto interdisciplinar não se ensina, nem se
aprende: vive-se, exerce-se”. Ela deve ser entendida também como uma atitude de permeabilidade aos
diferentes conhecimentos que podem auxiliar o processo de trabalho e a efetividade do cuidado num
determinado momento e espaço.
 
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PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Envolve o fortalecimento dos espaços sociais, comunitários e locais em geral, com foco na gestão
participativa. Trata-se, portanto, de fortalecer os processos de produção das necessidades da vida por
seus próprios protagonistas, partilhando poder e construindo um processo político-pedagógico de
conquista de cidadania e fortalecimento da sociedade civil.
 
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INTERSETORIALIDADE
O conceito ampliado de saúde e o reconhecimento de uma complexa rede de condicionantes e
determinantes sociais da saúde e da qualidade de vida exigem dos profissionais e equipes trabalho
articulado com redes/instituições que estão fora do seu próprio setor. A intersetorialidade é essa
articulação entre sujeitos de setores sociais diversos e, portanto, de saberes, poderes e vontades
diversos, a fim de abordar um tema ou situação em conjunto. Essa forma de trabalhar, governar e
construir políticas públicas favorece a superação da fragmentação dos conhecimentos e das estruturas
sociais para produzir efeitos mais significativos na saúde da população.
 
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EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
As necessidades do serviço e das equipes que nele atuam exigem trabalhar com a aprendizagem
significativa, envolvendo os fatores cognitivos, relacionais e de atitudes, visando qualificar e
(re)organizar os processos de trabalho. O processo de educação permanente possibilita principalmente
a análise coletiva do processo de trabalho para efetivar a ação educativa. Assim, a aprendizagem
deverá ocorrer em articulação com o processo de (re)organização do sistema de saúde. O processo de
trabalho envolve múltiplas dimensões organizacionais, técnicas, sociais e humanas. Portanto, o saber
técnico é apenas um dos aspectos para a transformação das práticas, e a formação dos profissionais
deve envolver os aspectos humanos e pessoais, os valores, os sentimentos, a visão de mundo de cada
um, bem como cada um percebe e representa o SUS. Deve-se trabalhar com a transformação das
práticas profissionais e da organização do trabalho simultaneamente.
 
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HUMANIZAÇÃO
Entendida como uma possibilidade de transformar as práticas de atenção e gestão no SUS, a partir de
construções coletivas entre gestores, trabalhadores e usuários, atores sociais implicados com a
produção de saúde. É efetivada quando os princípios do SUS são traduzidos a partir da experiência
concreta do trabalhador e do usuário num campo do trabalho concreto e, nesse caso, o usuário deve
ser entendido como cidadão em todas suas dimensões e redes de relações. Implica apostar na
capacidade criativa, na possibilidade de reinventar formas de relação entre pessoas, equipes, serviços e
políticas, atuando em redes, de modo a potencializar o outro, a defender a vida de todos e qualquer um.
 
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PROMOÇÃO DA SAÚDE
É uma das estratégias de organização da gestão e das práticas em saúde, não deve ser
compreendida apenas como um conjunto de procedimentos que informam e capacitam indivíduos e
organizações, ou que buscam controlar as condições de saúde em grupos populacionais específicos.
Sua maior contribuição a profissionais e equipes é a compreensão de que os modos de viver de homens
e mulheres são produtos e produtores de transformações econômicas, políticas, sociais e culturais.
Dessa maneira, as condições econômicas, sociais e políticas do existir não devem ser tomadas, tão
somente, como meros contextos – para conhecimento e possível intervenção na realidade –, e sim como
práticas sociais em transformação, exigindo constante reflexão das práticas do setor saúde. Para a
promoção da saúde, é fundamental organizar o trabalho vinculado à garantia de direitos de cidadania e
à produção de autonomia de sujeitos e coletividades. Trata-se de desenvolver ações cotidianas que
preservem e aumentem o potencial individual e social de eleger formas de vida mais saudáveis. Ações
que ocorrerão tanto ao nível da clínica quanto na realização e/ou condução de grupos participativos
sobre as suas necessidades específicas ou na comunidade.
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2010, p. 18-19.
PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA
A partir da Constituição Federal de 1988, a alimentação e a nutrição passaram a ser um direito
assegurado pelas leis nacionais. Segundo a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, fica determinado
que compete ao SUS, formular, avaliar e apoiar as políticas de alimentação e nutrição. A alimentação
saudável e adequada é um requisito básico para a promoção e a proteção da saúde, sendo reconhecida
como um fator determinante e condicionante da situação de saúde de indivíduos e coletividades.
Assuntos relacionados à alimentação e à nutrição foram temas tratados durante a reforma sanitária e
nas discussões para a criação do Sistema Único de Saúde do Brasil. Observamos isso na 1ª
Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição, realizada em 1986, data anterior à criação do SUS.
Essa conferência representou, por um lado, o fortalecimento da área de alimentação e nutrição na
reforma sanitária e, por outro, lançou um conjunto de proposições quese tornaram referências
permanentes em segurança alimentar e nutricional.
Tendo em vista essas novas diretrizes para a alimentação e nutrição, novas políticas, programas,
marcos, documentos e diretrizes foram elaborados com o objetivo de garantir e efetivar o Direito
Humano à Alimentação Adequada (DHAA), vigilância, prevenção e promoção da saúde da população,
prevenção e controle de carências e necessidades nutricionais no âmbito individual e coletivo,
contribuindo para o fortalecimento das ações do SUS (MARINHO et al., 2021).
Essas ações de políticas públicas trazem como foco ações em Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)
nas suas diversas dimensões: disponibilidade, acesso, consumo, produção e utilização biológica dos
alimentos. Além disso, as ações de nutrição perpassam pelas esferas da construção das diretrizes e da
realização de práticas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) com atenção a todas as diferenças
socioculturais e demográficas da população.
Em consonância com esses aspectos, o Ministério da Saúde disponibiliza diversos Cadernos de
Atenção que orientam e estabelecem condutas para as ações de intervenção no campo da alimentação
e nutrição. Abaixo seguem alguns desses cadernos de atenção.
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 33
Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 35
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 36
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 37
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 38
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica obesidade
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 39
Núcleo de Apoio à Saúde da Família
CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, NÚMERO 41
Saúde do trabalhador e da trabalhadora
A atuação do nutricionista na Atenção Básica deve-se pautar pelo compromisso e pelo conhecimento
técnico da realidade epidemiológica e das estratégias e das ferramentas de ação em saúde coletiva. De
acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) 600/2018, que dispõe sobre a
definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, compreende-se que:
ANEXO II, INCISO IV - COMPETE AO NUTRICIONISTA, NO
EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES NA ÁREA DE
NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA: ORGANIZAR,
COORDENAR, SUPERVISIONAR E AVALIAR OS SERVIÇOS
DE NUTRIÇÃO; PRESTAR ASSISTÊNCIA DIETOTERÁPICA E
PROMOVER A EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL A
COLETIVIDADES OU INDIVÍDUOS, SADIOS OU ENFERMOS,
EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS OU PRIVADAS, E EM
CONSULTÓRIO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA; ATUAR NO
CONTROLE DE QUALIDADE DE GÊNEROS E PRODUTOS
ALIMENTÍCIOS; PARTICIPAR DE INSPEÇÕES SANITÁRIAS.
(BRASIL, 2018)
Nesse sentido, ações de educação alimentar e nutricional, bem como o fortalecimento das ações,
programas e políticas elaboradas pelo Governo Federal devem ser incentivados no ambiente das
Unidades Básicas de Saúde. Abaixo, destacamos algumas dessas políticas, programas, marcos e
diretrizes voltadas à alimentação e à nutrição na Atenção Primária à Saúde e seus respectivos objetivos:
POLÍTICAS
• Política Nacional de Alimentação e nutrição (PNAN): propor ações de melhoria das condições de
alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares
adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos
agravos relacionados à alimentação e nutrição.
• Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN): assegurar o direito humano à
alimentação adequada a todas e todos os habitantes do território brasileiro, promovendo a soberania e a
segurança alimentar e nutricional. Tudo isso de modo que tenham acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade
cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
• Política Nacional de Atenção Básica (PNAB): estabelecer a revisão de diretrizes para a organização
da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo na Saúde da Família sua
estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica.
PROGRAMAS
• Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): oferecer alimentação escolar e ações de
educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.
• Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT): garantir a oferta subsidiada de refeições ou cestas
básicas de alimentos para trabalhadores, proporcionar uma melhoria na alimentação, prevenir doenças
e promover qualidade na saúde dos trabalhadores.
• Programa de Alimentação Popular (PAP): organizar a venda de alimentos comprados pela
Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal) e distribuir à população urbana de baixa renda a preços
baixos. Os alimentos eram vendidos diretamente às cooperativas de consumo.
• Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): incentivar a agricultura familiar no Brasil, favorecendo
agricultores, cooperativas e associações a venderem seus produtos para órgãos públicos.
• Programa Bolsa Família: combater a pobreza e a desigualdade no Brasil por meio de transferência de
renda e do estímulo ao desenvolvimento humano, melhorando o acesso aos direitos.
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
• Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN): descrever, acompanhar e monitorar o
estado nutricional da população com atenção a grupos populacionais vulneráveis; monitorar programas
e políticas públicas no contexto da alimentação e nutrição, e avaliar sua efetividade; prover informação
que irá contribuir para a análise das causas e fatores associados.
• Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN): assegurar o DHAAS; possibilitar a
articulação entre os três níveis de governo para a implementação e execução da Política de Segurança
Alimentar e Nutricional.
MARCO DE REFERÊNCIA
• Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional: promover um campo comum de
reflexão e orientação da prática no conjunto de iniciativas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN)
que tenham origem, principalmente, na ação pública, e que contemple os diversos setores vinculados ao
processo de produção, distribuição, abastecimento e consumo de alimentos.
GUIAS ALIMENTARES
• Guia alimentar para a população brasileira: apresentar um conjunto de informações e
recomendações sobre alimentação que objetivam promover a saúde de pessoas, famílias e
comunidades e da sociedade brasileira como um todo, hoje e no futuro.
• Guia alimentar para crianças menores de dois anos: fornecer recomendações e informações sobre
alimentação de crianças nos dois primeiros anos de vida com o objetivo de promover saúde,
crescimento e desenvolvimento para que elas alcancem todo o seu potencial; apoiar a família no
cuidado cotidiano; orientar os profissionais de saúde no desenvolvimento de ações de educação
alimentar e nutricional.
Essas ações visam garantir: o consumo de alimentos de qualidade, a promoção de práticas alimentares
saudáveis, a compreensão do estado nutricional e o consumo alimentar da população brasileira, a
prevenção e o controle de carências e as necessidades nutricionais no âmbito individual e coletivo. Tudo
isso em busca da prevenção e da promoção da saúde dos indivíduos.
A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA NA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E NÚCLEO
DE ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA
A especialista Wanessa Natividade Marinho fala sobre a Política Nacional Básica no Brasil.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) E O NÚCLEO DE ATENÇÃO À
SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) FORAM CRIADOS PARA EXPANDIR, QUALIFICAR E
CONSOLIDAR A ATENÇÃO BÁSICA, PORTANTO, É CORRETO AFIRMAR QUE:
A) Os Agentes Comunitários da Saúde (ACS) compõem as Equipesde Saúde da Família e devem ser
suficientes para cobrir no mínimo 85% da população cadastrada.
B) A ESF possui seus princípios específicos construídos a partir das vivências nas unidades básicas de
saúde.
C) O NASF é composto por uma equipe multiprofissional e deve atuar de maneira integrada com as
Equipes de Saúde da Família, Equipes de Atenção Básica e com o Programa Academia da Saúde.
D) Os profissionais que fazem parte da ESF são: médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeutas,
dentista, auxiliar ou técnico de enfermagem e técnico em saúde bucal.
E) De acordo com o Caderno de Atenção Básica, Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da
Família de 2010, a universalidade pode ser considerada a principal diretriz a ser praticada pelos NASF.
2. DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO DO CONSELHO FEDERAL DE
NUTRICIONISTAS (CFN) 600/2018, QUE DISPÕE SOBRE A DEFINIÇÃO DAS
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA E SUAS ATRIBUIÇÕES, COMPETE AO
PROFISSIONAL NUTRICIONISTA DA ÁREA DE SAÚDE COLETIVA, EXCETO:
A) Prestar assistência dietoterápica.
B) Organizar, coordenar, supervisionar e avaliar os serviços de nutrição.
C) Promover a educação alimentar e nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos.
D) Realizar visitas domiciliares à população em situação de vulnerabilidade social.
E) Atuar no controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios;
GABARITO
1. As Estratégias de Saúde da Família (ESF) e o Núcleo de Atenção à Saúde da família (NASF)
foram criados para expandir, qualificar e consolidar a Atenção Básica, portanto, é correto afirmar
que:
A alternativa "C " está correta.
 
O NASF é composto por uma equipe de profissionais de diversas áreas e foi criado para ampliar a
abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade, de modo a
compartilhar práticas e saberes em saúde entre as equipes.
2. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) 600/2018, que dispõe
sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, compete ao
profissional nutricionista da área de saúde coletiva, exceto:
A alternativa "D " está correta.
 
De acordo com a resolução citada na questão, não compete ao nutricionista realizar visitas domiciliares
a população em situação de vulnerabilidade social. O profissional nutricionista na Atenção Básica tem
como atribuição realizar o acompanhamento integral a toda a população da respectiva região em que o
profissional está alocado.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percorremos os principais pontos relacionados à criação do Sistema Único de Saúde do Brasil,
destacando e analisando as estratégias de organização e ampliação da Atenção Primária à Saúde.
Nesse sentido, observamos que a criação e implementação de programas, políticas, ações e diretrizes
voltadas à Atenção Primária são fundamentais para a consolidação da atenção integral à saúde e para o
fortalecimento dos princípios e diretrizes do SUS.
Além disso, compreendemos a importância da Política Nacional de Atenção Básica, a estrutura e o
funcionamento das Estratégias de Saúde da Família e do Núcleo de Atenção à Saúde da Família e os
programas de nutrição na Atenção Primária. Todo esse conteúdo irá contribuir para a formação do
profissional nutricionista, sob a perspectiva da Atenção Primária à Saúde.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, E. R.; SOUSA, A. N. A.; BRANDÃO, C. C.; CARVALHO, F. F. B.; TAVARES, G.; SILVA, K. C.
Política Nacional de Atenção Básica no Brasil: uma análise do processo de revisão. Panam Salud
Publica, v. 42, 2018.
BRASIL. Diário Oficial da União. Atos do Poder Executivo. Lei Nº 8.080 de 19 de setembro de 1990.
Brasília, 1990
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 27. Diretrizes do Nasf: Núcleo de Apoio
à Saúde da Família. Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017.
Brasília, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011.
Brasília, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, 2012.
BRASIL. Resolução CFN nº 600, de 23 de maio de 2018. Conselho Federal de Nutricionistas, 2018.
MARINHO, W. N.; NEVES, D. K. O.; MELONI, L. C.; SILVA, C. B. Nutrição em saúde coletiva em
tempos de Covid-19. In: DOLINSKY, M.; VAZ, F. Nutrição em Tempos de Pandemia. São Paulo: Payá,
2021. p. 195-207.
MOROSONI, M. V. G. C.; FONSECA, A. F.; LIMA, L. D. Política Nacional de Atenção Básica 2017:
retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde Debate, v. 42, 2018.
SORATTO, J.; PIRES, D. E. P.; SCHERER, M. D. A.; WITT, R. R.; CERETTA, L. B.; FARIAS, J. M.
Satisfação dos Profissionais da Estratégia Saúde da Família no Brasil: um estudo qualitativo.
Florianópolis, v. 29, 2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste material:
Assista aos vídeos disponibilizados no canal do YouTube da Secretaria de Atenção Primária à
Saúde (SAPS).
Busque os protocolos de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na Orientação
Alimentar.
Leia os materiais elaborados pelo Ministério da Saúde, a partir da biblioteca da Secretaria de
Atenção Primária a Saúde (SAPS).
Pesquise cursos acerca dos assuntos abordados neste conteúdo na Rede de Alimentação e
Nutrição do Sistema Único de Saúde.
Veja como Raquel Canuto e colaboradores sintetizam a eficácia das estratégias de intervenção
nutricional no artigo: Estratégias de intervenção nutricional para o manejo do sobrepeso e
obesidade na atenção primária à saúde: uma revisão sistemática com meta-análise.
CONTEUDISTA
Wanessa Natividade Marinho
 CURRÍCULO LATTES
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