Caso ENRON

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CASO ENRON
A empresa Enron foi uma grande organização do setor de energia que ficou famosa por tornar-se um dos maiores casos de falência do EUA. A organização foi funda em 1985 por Ken Lay e foi considerada a sétima maior companhia dos Estados Unidos e também uma das maiores empresas no setor de energia do mundo. O sucesso da Enron era tanto, que chegou a empregar cerca de 29 mil pessoas e suas ações atingiram a cotação de US$ 90,56, em agosto de 2000.
Tudo ocorria muito bem, até que descobriram as fraudes contábeis e fiscais que seus funcionários praticaram e não tiveram opção a não ser decretar a falência. 
O que ocorreu foi que a organização manipulou seus balanços financeiros, com a ajuda de empresas e bancos, e escondeu dívidas de US$ 25 bilhões por dois anos consecutivos, tendo seus lucros inflados artificialmente. A consequência de tal fraude, foi a perda de capital milhares de acionistas, o rombo nos fundos de pensão dos funcionários que investiram na empresa, além do desemprego de milhares de pessoas e uma dívida de aproximadamente US$13 bilhões.
Questão 1: Levando em conta que o conselho de administração é o principal órgão de controle da estrutura de governança corporativa, comente sobre a sua atuação no episódio. 
O papel do conselho de administração tem a finalidade de melhorar a qualidade das decisões estratégicas e contribuir na redução de riscos e não foi isso que ocorreu na Enron. O conselho estava ciente da fraude nos balanços da empresa, incentivou os executivos a continuarem com suas ações corruptas, pois alegavam que não deveriam “mexer na galinha de ovos de ouro”, pois a Enron estava lucrando muito.
O conselho fugiu totalmente dos princípios da governança corporativa, não possuindo transparência, equidade e falta de prestação de contas, prejudicando assim milhares de pessoas que perderam seus empregos e os próprios acionistas, que ejetavam dinheiro acreditando na solidez das ações, porém na verdade eram pouco rentáveis. 
Questão 2: Considerando cada vez maior importância do comitê de auditoria, comente sobre a sua atuação no episódio. 
O comitê de auditoria tem um papel de suma importância para que uma organização tenha sucesso, como a checagem de práticas e normas internas e externas das empresas, cumprindo em um papel ativo e preventivo.
O comitê praticou uma sucessão de erros, que contribuíram para a falência da Eron, como: não exigiram a divulgação de todas as transações contábeis da empresa, os membros do comitê reuniam-se poucas vezes para verificar a situação da empresa. 
O comitê tinha o dever de ser transparente com todos os envolvidos, desde os acionistas, funcionários e com o mercado de energia. 
Questão 3: Analise o papel desempenhado pela Arthur Andersen neste caso.
Uma empresa de auditoria independente deve sempre zelar pela ética e normas contábeis, apresentando em seu parecer ressalvas quanto às informações contábeis auditadas, se estiverem em desacordo com elas, ou se os meios utilizando na contabilidade colocar em risco a continuidade da empresa, como era o caso da Enron
A Arthur Andersen, a era uma das maiores empresas de auditoria do país, naquela época. E como uma empresa de auditoria, deveria zelar pela ética e transparência de todas as transações de uma organização, mas não foi o que ocorreu. A Artur Andersen foi acusada de ocultar provas de manipulação nos balanços da Enron, foi acusada de reter alguns documentos e destruir outros, contribuindo com a ilusão dos lucros da Eron. Para que fizessem a “maquiagem” dos valores, a auditoria recebia cerca de US$ 1 milhão semanal por seus serviços, e também possuía um claro conflito de interesses, pois além de auditar, também prestava serviços de consultoria. 
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