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Estudo de Caso Filme Enron

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Eduardo Oliveira Conceição – RA: 115837 
Giovana Almeida Santos – RA: 119159 
Monalisia Andrade Luz – RA: 117912 4º Semestre – Gestão Financeira 
 
Estudo de Caso 
 
Identificação da Obra/Filme Enron – Os mais Espertos da Sala
Diretor: Alex Gibney
Período a que se refere: 2001
Produtora: Paris Filmes 
Ano de produção: 2005
 
 
Informações sobre o filme: 
 
O documentário narra a história da empresa Enron fundada em 1985 por Kent Lay que se tornou a sétima maior companhia dos Estados Unidos e uma das maiores empresas de energia do mundo. Um estudo sobre um dos maiores escândalos corporativos da história dos Estados Unidos, em que executivos da Enron, a 7ª maior companhia do país, fugiram com bilhões de dólares e deixaram acionistas e investidores sem um único tostão.
 
 
Conteúdo do filme
 
I - Identificação do Tema 
 
O documentário Enron aborda a derrocada da multinacional energética, dando especial atenção ao escândalo que envolveu os principais executivos da companhia. Já Wall Street retrata os meandros da Bolsa de Valores de Nova York e mostra como corretores podem usar informações privilegiadas em benefício próprio.
II – Resumo 
A Enron é produto da deslumbrante desregulamentação do setor energético. Era um sucesso, todos queriam investir em suas ações pois era uma excelente garantia de retorno, suas ações valorizavam-se a cada mês, mesmo nos tempos de crise.
Nos anos 90 poucas empresas de capital aberto na Bolsa de Valores de Nova York tinham ações tão caras quanto as da Enron. Seu slogan era “Ask Why”, pergunte por quê, sugerindo que a companhia não temia ultrapassar barreiras, quebrar mitos.
Acionistas investiam às cegas. Funcionários eram incentivados a aplicar suas poupanças em ações da casa. Acontece que ninguém questionava o porquê do sucesso da Enron.
O segredo da desregulamentação da indústria é que o Estado não interfere no livre-comércio. No caso da Califórnia, por exemplo, revendedores de energia, como a Enron, poderiam elevar o preço como quisessem, enquanto as distribuidoras, aquelas que lidam direto com o consumidor, sofriam o limite de tarifas imposto pelo governo estadual. O ápice desse desequilíbrio de regulamentação foi o famoso blecaute de 2001.
Porém surgiram dúvidas sobre um enorme e misterioso buraco em suas contas e a SEC (comissão responsável pela fiscalização do mercado acionário americano) começou a investigar os resultados da empresa. As ações da Enron começaram a cair.
As operações de comércio da companhia se baseavam na maior parte das vezes em transações financeiras complexas, a maioria referindo a negócios que deveriam ocorrer vários anos depois, prática que inflava os seus lucros. Os operadores colocavam o valor das ações da companhia lá no alto, sugerindo que no prazo futuro essas ações iriam mesmo se valorizar, sem ter que justificar a remarcação do preço, era o mark-to-market, marcar a mercado significa considerar os ativos de uma empresa tão valorizados que é possível liquidá-los a qualquer momento pelo preço corrente do mercado.  As ações chegaram a valer cerca de US$ 85, nos bastidores, porém, a empresa só dava prejuízos com projetos fracassados de internet e com usinas na Índia que nunca operaram.
Há indícios que altos executivos da companhia estavam envolvidos em fraudes, além dos principais bancos. Com o objetivo de maquiar o balanço da companhia, foi usado um complexo sistema de parcerias financeiras para esconder prejuízos. Eles supostamente tiveram grandes lucros vendendo suas ações antes que elas despencassem.
O então presidente dos estados unidos na época tinha relações próximas com Kenneth Lay (ex-presidente da companhia) que era chamado de “Kenny Boy” por Bush. Não existem indicações de envolvimento direto de Bush no escândalo, mas havia um vínculo entre o poder político e uma potência empresarial.
A empresa que a auditava era de Arthur Andersen, um dos principais executivos da empresa, o que contribuiu para o encobrimento da farsa. Desde que foi envolvida com o colapso da Enron, a Andersen perdeu diversos clientes de prestígio.
Os empregados da empresa levaram prejuízo, além de perderem o emprego, suas economias estavam, na maior parte dos casos, investidas em ações da Enron.Por fim, todos aqueles que tinham ações da companhia, que há um ano valiam US$ 85, hoje possuem papéis que não valem nada.
 
 
 
III – Conclusão 
 
 Aparentemente ninguém é inocente e o investidor precisa estar atento aos interesses por trás de cada ato das forças envolvidas. Resultados inflados, auditores independentes, analistas com interesses paralelos e governantes parciais são fatores de risco muitas vezes desconsiderados. Governança corporativa, auditorias trimestrais e responsabilidade social são qualidades cada vez mais admiradas pelo mercado.
Para evitar que fatos como o da Enron voltem a ocorrer, algumas medidas devem ser tomadas. Acreditamos que uma das mais importantes é proibir que consultoria e auditoria sejam realizadas pela mesma empresa, já que os interesses, muitas vezes, são contrários. Porém, proibir, pura e simplesmente, a fusão consultoria-auditoria, por si só não resolve. É necessário que haja uma forte fiscalização por parte das autoridades. Podem, por exemplo, existir empresas de consultoria e auditoria distintas, porém pertencentes a um mesmo grupo.
É difícil indicar um culpado no caso Enron. Muitos erraram, outros agiram de má fé. E o maior prejudicado é o mercado de capitais, que vive de expectativas quanto ao desempenho das empresas. Nenhum país ou empresa está livre de passar pelo mesmo problema. As empresas “maquiam” os balanços, os auditores aprovam, obedecendo os princípios gerais de contabilidade, e o mercado não fica sabendo.
A pressão crescente do mercado por bons resultados, os interesses de acionistas e diretores, a relação das empresas com o governo e as autoridades, é um grande jogo de interesses. E nesse jogo, as empresas fazem o que podem para sair vencedoras, nem que seja somente na aparência. É preciso mais seriedade e, principalmente, responsabilidade nas demonstrações de resultados, para recuperar a confiança do mercado. Investidores fazem a bolsa, e, sem mudanças, a confiança do investidor jamais será mesma

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