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Ana Beatriz Araujo - @abianamed 1 Marcadores de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Coração • Órgão muscular oco, em forma de cone, relativamente pequeno (250 a 300g em adultos); • Apoia-se sobre o diafragma e situa-se sob o esterno e entre os pulmões; • Camadas: endocárdio -> miocárdio -> pericárdio; Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) • Ocorre devido isquemia do m. cardíaco, devido a oclusão total ou parcial de uma artéria coronária, causada pela formação de trombo sobre a aterosclerose (camada de gordura); Tríade diagnóstica (W.H.O.): • Dor precordial; • Alterações no eletrocardiograma; • Alterações de marcadores bioquímicos. Dificuldades no diagnóstico do IAM: • Nem todos os pacientes apresentarão dor precordial; • 50% dos pacientes apresentam história clínica não característica ou eletrocardiograma inicial inconclusivo para IAM; • Eletrocardiograma seriado só tem 75% de sensibilidade na detecção do IAM. Performance ideal de um marcador cardíaco: • Alta sensibilidade diagnóstica; • Alta especificidade diagnóstica; • Monitorar a reperfusão; • Detectar o infarto antigo (> 72h); • Detectar o reinfartamento; • Determinar a extensão da lesão; Ana Beatriz Araujo - @abianamed 2 • Diagnosticar o IAM pré-operatório. Aspartato Aminotransferase (AST/TGO): • Enzima citosólica e mitocondrial; • Bastante distribuída nos tecidos (coração, fígado, músculo esquelético, rins, pâncreas, baço, pulmão, plasma etc); • Seu aumento não é muito específico de lesão cardíaca, estando mais associado à lesão hepática; • Padrão de aumento de atividade após o IAM: ➢ Início: 4 a 8 horas após o IAM; ➢ Máximo: 16 a 48 horas após o IAM; ➢ Normalização: 3 a 6 dias após o IAM. Lactato Desidrogenase (LDH): • Enzima citosólica de ampla distribuição; • Possuem isoformas que podem ser identificadas por eletroforese. Ex.: Coração (LD1 e LD2); Fígado (LD4 e LD5); Ana Beatriz Araujo - @abianamed 3 Rins (LD2). • Padrão de aumento de atividade após o IAM: ➢ Início: 8 a 12 horas após o IAM; ➢ Máximo: 72 a 144 horas após o IAM; ➢ Normalização: 8 a 14 dias após o IAM. Creatinoquinase (CK): • A CK é uma enzima presente nos tecidos muscular e cardíaco; • Regulação da produção e uso do fosfato nos tecidos contráteis; • Marcador muscular, portanto, não deve ser utilizado como primeira escolha para a avaliação de danos cardíacos, já que não é específico; • A fração MB (CKMB) é mais específica para tecido cardíaco, podendo ser usada como marcados de lesões como IAM; • Marcador precoce do IAM. • Causas de aumento da Creatinoquinase: o IAM; o Angina instável; o Insuficiência cardíaca; o Miocardite; o Pericardite; o Cirurgia cardíaca; o Rabdomiólise; o Doença infecciosa; o Parto; o Poliomiosite; o Neoplasias; o Distrofia muscular; Ana Beatriz Araujo - @abianamed 4 o Injeção intramuscular; o Exercícios intensos; o Trauma muscular; o Acidente ofídico; o Drogas de abuso. • Métodos de dosagens de CK: Imunoinibição (atividade enzimática): teste clássico, onde a quantidade de enzima é medida através do consumo de substratos. Imunoensaio (concentração): são utilizados anticorpos monoclonais, que medem a massa de enzima existente na amostra. ❖ CKMB massa: ➢ Melhor sensibilidade analítica: Testes de CK-MB massa detectam enzimas ativas e inativas, assegurando aumento da sensibilidade. ➢ Melhor sensibilidade diagnóstica: Testes de massa detectam lesões no miocárdio 1-2 horas antes do que os testes de atividade. ➢ Menos resultados falso-positivos: Possuem pouca ou nenhuma interferência com isoenzimas incomuns ou atípicas e hemólise. ➢ Valor mais elevado: Podendo custar 8 vezes mais que o teste de atividade enzimática. Ana Beatriz Araujo - @abianamed 5 Troponinas: • Proteínas que participam do processo de contração do músculo cardíaco; • Marcadores mais utilizados e conhecidos atualmente; • Menor tempo de detecção; • Maior especificidade; • Maior meia-vida plasmática. ❖ Troponina T: ➢ Importância clínica: • Maior especificidade que a CKMB no diagnóstico do IAM; • Preditivo positivo para complicações da angina instável; • Marcador tardio do IAM. ➢ Detecção no soro/plasma: • Início: 4 - 6 horas após a dor precordial; • Máximo: 12 horas; • Normalização: 7 a 10 dias. ➢ Desvantagens: • Presente no tecido muscular de regeneração; • Elevado em pacientes renais; • Elevado em pacientes com pneumonia; • Elevado em diabéticos com comprometimento renal; • Custo elevado. ❖ Troponina I: ➢ Importância clínica • Ótima sensibilidade e especificidade para a detecção do IAM; • Teste mais específico para lesão do miocárdio que a Troponina T; • Preditivo positivo para complicações da angina instável. Ana Beatriz Araujo - @abianamed 6 ➢ Detecção no soro/plasma: • Início: 4 a 6 horas após dor precordial; • Máximo: 12 horas; • Normalização: 3 a 7 dias. ➢ Desvantagens: • Sensibilidade diagnóstica menor que a mioglobina, uma vez que não se eleva antes de 6 horas; • Falta de padronização dos anticorpos usados nos testes; • Custo. ❖ Mioglobina: • Proteína de baixo peso molecular; • Assim como a hemoglobina, é uma transportadora de oxigênio; • Está presente no músculo esquelético e tecido cardíaco; • Marcador mais precoce do IAM; • Alta sensibilidade (97% 8hrs após o início da dor); ➢ Detecção no soro/plasma: • Início: 1 a 3 horas após a dor precordial; • Máximo: 6 a 9 horas; • Normalização: 24 horas. ➢ Desvantagens: • Baixa especificidade em presença de doença muscular ou renal; • Falso negativo em doseamentos tardios. Ana Beatriz Araujo - @abianamed 7
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