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BIOQUÍMICA AMANDA GÖEDERT MARCADORES CARDÍACOS Marcador Cardíaco Ideal: Possui alta sensibilidade e especificidade, aparece rapidamente na ocorrência da patologia, permanece alterado por vários dias e pode ser ensaiado e liberado rapidamente – NÃO EXISTE MARCADOR IDEAL MARCADOR CK/CPK Esse marcador indica qualquer lesão muscular, consequentemente, também indica alterações no miocárdio A creatinoquinase é uma enzima encontrada no citoplasma de vários tecidos como cérebro, útero, músculo esquelético e miocárdio. Devido ao fato de ela não ser especifica do músculo cardíaco, pode estar relacionada com outras patologias que podem ser de origem cardiovascular ou não. A CK total é marcador que indica lesão no músculo esquelético e cardíaco, diante disso têm suas limitações: A concentração ↑de 4 a 8 horas após o começo da dor peitoral, atinge pico de 24 a 36 horas e retorna se ao normal dentro de 3 a 4 dias Sua atividade pode estar inibida em presença de compostos quelantes (EDTA, citrato, oxalato). Seu nível está ↑ no IAM e em danos musculares, como na isquemia muscular por decúbito prolongado, em convulsões, nos tremores, nos traumas, no excesso de exercício, na necrose, em cirurgias, em injeções intramusculares, no choque e em miopatias nutricionais que envolvam deficiência de vitamina E, e selênio Em problemas musculares, é conveniente dosar também a AST – ENZIMA Ocorre elevação da CK antes da AST, desaparecendo primeiro também. CPK é mais sensível que o AST, porém o AST é mais especificamente muscular, ele só irá subir no meio da lesão até a recuperação. O AST apenas prevê o tempo de lesão Tríade IAM: CPK, CKMB e troponina, a cada 3 horas 3 vezes - deve ser solicitado em suspeita de infarto CPK é a primeira enzima que aumenta em situações de lesão muscular AST utiliza-se para entender a extensão da lesão O padrão de alteração dessas enzimas pode indicar o estágio do transtorno: CK ↑ e AST ↓ = LESÃO RECENTE CK ↑ e AST ↑ = LESÃO CONTINUADA CK ↓ e AST ↑ = FASE DE RECUPERAÇÃO Frações de CPK: Três frações: MB, BB, MM CK-MM ↑ nas lesões de músculo esquelético, miocárdio e cerebral. – Possui pouca relevância no músculo cardíaco CK-MB ↑ no infarto agudo do miocárdio, distrofia muscular de Duchene, polimitose, mioglobinúria e rabdomiólise. CK-BB ↑ carcinoma prostático, outros carcinomas, lesão cerebral, choque, insuficiência renal crônica, síndrome de Reye e hiperpirexia maligna – Possui pouca relevância no músculo cardíaco CPK-MB: CK-MB deve ser mensurada por meio de imunoensaio para dosagem da sua concentração no plasma na forma de CK-MB massa em vez da sua atividade por possuir maior sensibilidade e especificidade para IAM CK-MB massa apresenta como principal limitação elevar-se após dano em outros tecidos não cardíacos (falsos positivos), especialmente após lesão em músculos liso e esquelético. TROPONINA: É uma proteína do complexo de regulação miofibrilas que não estão presentes no músculo liso. É um marcador específico e sensível para o infarto 3 subunidades: Troponina T (específica cardíaca), I (específica cardíaca) e C (não é específica para parte cardíaca) Está presente em pequenas quantidades no sangue T e I são liberadas de forma proporcional a extensão da lesão – pode-se realizar testes quantitativos como qualitativos (teste rápido) Demora umas 8 horas para ser liberada CKMB X Troponina: maior especificidade para lesão miocárdica, visto que a CK-MB é encontrada em tecidos não cardíacos Levando-se em consideração as limitações em se estabelecer um padrão ouro para o diagnóstico de infarto, estima-se que a CK-MB massa e as troponinas tenham um desempenho diagnóstico semelhante para o infarto nas primeiras 12 a 24 horas de evolução. As troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolongado, portanto, após 24 horas do início dos sintomas. TnIc e TnTc são significativamente mais sensíveis que CK-MB massa. Pode-se manter elevada por até 10 dias MIOGLOBINA: Marcador muito precoce de necrose miocárdica, precedendo a liberação de CK-MB em 2 a 5 horas. A mioglobina é o primeiro marcador cardíaco a se alterar durante um evento de IAM. A sua elevação ocorre em torno de 2 horas após a dor precordial, seu pico se atinge de 5 a 12 horas retornando ao normal de 25 a 36 horas após a dor. É uma molécula pequena, liberada na circulação dentro de 1 hora após a morte da célula miocárdica, com valores de pico sendo atingidos em 5 a 12 horas. A mioglobina não é específica para o músculo cardíaco e pode ser liberada em diversas condições, que incluem dano muscular esquelético, distrofia muscular, insuficiência renal, uremia grave, choque, trauma e após cirurgias. Por não ser um marcador cardio-específico, a principal vantagem deste marcador pode ser a detecção de IAM nas primeiras horas de evolução. Um valor alterado nas primeiras horas do início dos sintomas não determina definitivamente o diagnóstico de IAM necessitando de confirmação com outros marcadores. BNP: Peptídeos natriuréticos tipo B Liberados no sangue quando há ↑ de tensão parietal ou estiramento de fibras dos miócitos e também quando há ruptura das células consequente à necrose do miocárdio. Excelentes marcadores de diagnóstico e progressão da insuficiência cardíaca • BNP X Troponina = BNP inferior em S e E. LDH: A LDH está amplamente distribuída no organismo. Sendo assim, rica no músculo esquelético, rim, eritrócitos, fígado e miocárdio. No IAM ocorre elevação da concentração em cerca de cincos a seis vezes o valor normal. A sua elevação acorre de 8-12 horas a partir da dor precordial, atingindo seu nível máximo em 24-48 horas, podendo ficar elevada de 7-15 dias. Por ser uma enzima presente em vários tecidos ela não é um marcador especifico do IAM, para o diagnóstico lesão miocárdio sempre será em conjunto com marcadores mais específicos. RESUMINDO: Desidrogenase Lática (DHL)+ Transaminases (TGO): se elevam em condições de extensa necrose miocárdica. Possui ↓ especificidade em relação às isoformas da Creatinofosfoquinase (CK). Isoformas da CK constituíram o padrão-ouro para diagnóstico laboratorial do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) até a década de 1990. Atualmente: troponina biomarcador de escolha
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