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1990-tcc-fcvasconcelos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA 
eSL C 
EXTRAgX0 DE CAROTEN6IDES DO CEFALOTóRAX 
DE LAGOSTA DO GÊNERO Panulirus argus 
kLatreille). 
FRANCISCO DA COSTA VASCONCELOS . 
Dissertagao apresentada ao Departamento de 
Engenharia de Pesca do Centro de Ciencias 
Agrarias da Universidade Federal do Ceara, 
como parte das exigencias para obtengao do 
titulo de Engenheiro de Pesca. 
Fortaleza - Ceara 
1990.1 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
V45e Vasconcelos, Francisco da Costa.
 Extração de carotenóides do cefalotórax de lagosta do gênero Panulirus argus (Latreille)
/ Francisco da Costa Vasconcelos. – 1990.
 18 f. : il. 
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro
de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1990.
 Orientação: Prof. Masayoshi Ogawa.
 1. Lagosta - Criação. I. Título.
 CDD 639.2
Prof. Adjunto Masayoshi Ogawa 
Orientador 
COMISS'AO EXAMINADORA 
Prof. Adjunto Masayoshi Ogawa 
Presidente 
Prof. Adjunto Jose Raimundo Bastos 
Prof. Adjunto Regine Helena S.F. Vieira 
,VISTO 
Prof. Adjunto Vera Lúcia Mota Klein 
Chefe do Departamento de Eng. de Pesca 
Prof. Adjunto 'Jose Raimundo Bastos 
Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca 
AGRADECIMENTOS 
A Deus, por me haver concedido mais uma"vit6ria. 
Aos.meus pais, Raimundo e Francisca Vasconcelos,pela 
incessante ajuda e carinho at hoje dedicados a mim. 
Aos professores Ogawa e Norma, pelos conhecimentos e 
orientação transmitidos para a confecção deste trabalho. 
Ao Coordenador do Curso, Jose Raimundo Bastos e 
dos os professores que contribuiram para a minha formação. 
Ao Eng2. AgrOnomo Esmerino Magalhaes;Netd, pela re 
levanta ajuda prestada na redação. 
to 
Ao amigo e Eng2. de Pesca Aldeney Andrade S. Filhó, 
pela indispensvel contribuição para que este fosse concluído. 
Aos meus irmãos, pela ajuda e confiança .depositada: • 
ate hoje. 
A toda turma. de Manaus, pela sincera amizade. duran 
te esta jornada. 
A todos que aqui me acolheram e que .contribuiram pa 
ra minha formagao profissional. 
De modo especial a LUcia de Ftima, pelo carinho e 
consideragao. 
EXTRAÇÃO DE CAROTEN6IDES DO CEFALOTÓRAX DE LAGOSTA DO GÊNERO Pa-
nulirus argus ( Latreille). 
Francisco da Costa Vasconcelos 
1 - INTRODUÇÃO 
Os carotenOides constituem um grupo importante de com 
postos lipossolúveis, sendo responsevel pela coloração amarela e 
vermelha dos vegetais e animais, em que se acham bastantes difun 
didos, perfazendo grandes quantidades na natureza. Compreendem a 
classe dos hidrocarbonetos denominados carotenos e a dos deriva 
dos oxigenados chamados xantofilas. (ClycesdaleA Francis,1985). 
Emodi (1978), citando Isler (1971), afirma que o hbme 
caroteno deriva do pigmento amarelo da cenoura ("carrot"), da 
-qual foi primeiro isolado em 1831. A cor viva destes pigmentos e 
proveniente ao sistema cromofOrico presente em sua molecula; c 
qual consiste besica ou inteiramente de uma cadeia de duplas li 
gages C-C conjugadas. A maioria dos carotenoides'esta -represer 
tada por tetraterpenOs e consta de 8 unidades isoprenoides(C5H8, 
formando estruturas alifeticas-aliciclicas. 
Todos os carotenOides so insolúveis em agua e soluvE 
is na maioria dos solventes de gordura usuais. Eles podem OCCO 
rer em uma forma solúvel como cromoproteinas, Complexos este 
muito Comuns em Crustacea .(Goodwin, 1960). 
A astaxantina ( 3,3'-diidroxi-4,4'-dioxo-p.caroteno ) 
quase universalmente distribuída em todas as especies de crust 
ceos marinhos e de egua doce, sendo encontrada comumente no hep; 
, 
topancreas, carapaças, sangue, ovos e olhos de muitas especies 
02 
Por seu turno,opecaroteno ocorre em uma menor extensao em Crusta 
cea, sendo frequentemente encontrado em baixos niveis. Precursor 
, 
da pro-vitamina A, .e encontrado sobretudo no hepatopancreas. 
Apesar dos carotenOides estarem presentes na maioria 
dos animais, estes no so capazes de sintetizá-los, restringin 
do-se sua agao somente em alterar por via oxidativa os carotenoi 
des contidos no alimento. 
Segundo Katayama (1965), o estudo do conteúdo estorna 
cal do "sea breams" (especie de peixe vermelho) revelou 50% de 
incidencia de Squilla oratoria.e alguma participagao de outros 
crustáceos. Admitiu-se que a maioria da astaxantina natural do 
"sea breams" provem de Itens alimentares incluidos em sua dieta. 
Tem-sê utilizado em grande escala pigmentos extraidos 
do Antarctic krill, E. superba, para o cultivo do "sea breams" 
ja que aquele e considerado um crustaceo planctonico rico em ca 
rotenOides e com um potenOial-cOnsideráVel nas águas frias da An 
tártida (Maoka et al., 1985). 
Inoue et al. (1988). aborda a utilização direta de as 
taxantina (pigmento majoritário entre os carotenOides) de 'craw 
• fish na dieta de peixes salmonideos, depois de concentrado em 
oleo de soja, fornecendo uma fonte de energia rica em -lipideos 
pigmentados. 
De acordo corn Goodwin (1960), embora pouco se conheça 
acerca das atuais vias metabOlicas pertinentes aos pigmentos: em 
, . . 
questão, ha uma considerável copla de informagoes sobre mudan 
gas e distribuição de carotenOides em várias especies. Usualmen 
te, estes compostos podem ser considerados como parte integran . _ 
tes dos seguintes processos: 1 - embriogenese; 2 - ciclo sexUal; 
3 - ciclo ecdisial;- e 4 - controle hormonal, etc. 
Segundo Emodi (1978), so conhecidos cerca de 200 es 
truturas naturais de caroten-Oides, e outros 200 compostos sinte 
03 
tizados pelo homem. 
Nos EUA, somente p-caroteno,?).apo-8'-carotenal e canta 
xantina ( 4,4g-dicetolaccaroteno) são usadas em alimentos. 0 ca 
roteno foi introduzido inicialmente como corante de alimento em 
19544apocarotenal em 1960 e- cantaxantina em 1964. 
Os alimentos ã base de gordura se deixam corar facil 
mente por carotenoides. Os compostos utilizados para este propo 
sito são (3-caroteno e-apocarotenal, comumente aplicados em marga 
rina, Oleos, gordura, manteiga, queijos naturais, Oleo de sala 
da, etc. 
0 presente trabalho tem por objetivo a extragao e quan 
tificagao de pigmentos carotenoides de lagosta, de modo a subsi 
diar a indústria alimentícia na utilização de pigmentos natura 
is, ja que saio conhecidas as provaveis propriedades cancerigenas 
atribuidas aos corantes sinteticos, bem como, fornecer alternati 
vas as indústrias de pesca no Ceara, no sentido'do aProveitamen 
to de subprodutos descartaveis. 
2 - MATERIAL E MÉTODOS 
A mataria-prima basica do presente trabalho. constou de 
cefalotOrax de lagosta vermelha, Panulirus argus, empregando-se, 
tambem para efeito comparativo, cefalotOrax de lagosta verde,. P. 
laevicauda, camarao rosa, Penaeus (Farfantepenaeus)subtilis e- ca 
- 
marao branco, P. (Litopenaeus) schiMitti, alem de residuos dos 
caranguejos uga, Ucides cordatus cordatus, aratu, Goniopsis cru-
entata. e guaiamum, Cardisoma guahumi. 
Em laboratOrio, as amostras foram mantidas a -20
o
C,sen 
do descongeladas por ocasião do processamento, este baseado no 
metodo de Chem & Meyers(19820 para extragao de carotenoldes em 
04 
oleo conforme o fluxograma da figura 1. 
0 descongelamento foi procedido . em gua corrente;no ca 
so do cefalotOrax da lagosta retirou-se-lhe o hepatopancreas 
apos descongeladas. Feito isto, as amostras foram submetidas a 
uma ligeira cocgao, ou seja, pelo tempo decorrido entre sua imer 
- , f 
so e refervura da agua, sendo os residuos postos a secar em es _ 
tufa Cm circulação de ar a 60°C, a fim de que o processo de de_ 
sidratagao ocorresse uniformemente, com uma variação do tempo de 
secagem executada de 1 a 6 horas ( Tabela I ). 
Apos a secagem, foram trituradas em gral de porcelana 
e em seguida tamisada em peneira GRANUTESTE com granulometria de 
2mm. A seguir adicionou-se as farinhas, oleo de soja refinado 
da marca Amelia, fabricado pela Refinadora de Óleos Brasil S/A , 
numa proporção de 1:1, submetendo-se as misturas a banho-maria a 
80° C durante 30min, com vistas ã extração de carotenOides. Con 
cluido este processo, a mistura permaneceu em repouso ate atin 
gir a temperatura ambiente, quando o Oleo foi separado da fani 
nha, mediante centrifugação em centrifuga modelo HT da Internati 
onal Equipment CO., a 11.000rpm durante 20min e/ou filtragao em 
papel de filtro. 
Finalmente, procedeu-se a leitura da densidade Otica 
do oleo pigmentado, monitorada por um espectrofotometro da marca 
VARIAN TECHTRON, Mod. 635. Paralelamente, elaboramos curvas de 
absorbancia para os diversos oleos pigmentados ( Figuras. 2, • 3 
e 4). 
0 conteúdo de carotenOides em mg/100g de Oleo pigmenta 
do foi'calculado usando-sea fOrmula: 
1% 
AD'x 105/100.d.S.Elcm ' onde: 
A= Absorbancia do comprimento de onda maxima. 
05 
D= Diluigao múltipla 
d= largura da cubeta (cm) 
S= Gravidade especifica ( 0,86 para o oleo de soja ) 
1% - 
Elcm=coeficiente de extingao ( 2.155 para o oleo de soja 
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A medida que o tempo de secagem aumenta o rendimento dc 
oleo recuperado diminui, devido a faripha se encontrar mais desi 
dratada, fazendo com que o Oleo ocupe o lugar da água evaporada. 
A quantidade minima de Oleo pigmentado recuperado foi de 50% e 
máxima de 68% udando-se o processo de filtragao. para este fin 
( Tabela I ). 
A filtração foi adotada ern' lugar da centrifugagao, devi 
dó esta Ultima apresentar um rendimento bastante inferior . guar 
do comparado com .a primeira. 
Considerando-se a centrifugação, Chen e Meyers (1982a), 
reportam que a quantidade de Oleo recuperado chegou a 94%, imori 
mindo-se 11.000 rpm a uma temperatura de 0
o
C. Isto sugere que , 
com o decrescimo da temperatura a quantidade de Oleo recuperadc 
aumenta. A temperatura da mistura ( farinha + Oleo ) utilizadc 
+ 
no presente trabalho, durante a centrifugação foi de 25°Õ - 2°C 
obtendo-se portanto, uma extração inferior quando comparada cor 
aquela a 0
o
C. 
A granulometria dá farinha foi utilizada em testes pr( 
' • liminares, obtendo-se uma extragao em oleo satisfatoria empr( 
gando-se na tamisagao malha de 2 mm. Testou-se inicialmente um 
farinha tamisada em peneira GRANUTESTE com 1 mm de malha, tod. 
via o rendimento de Oleo recupexado estava aquem do esperado,po 
06 . 
outro ladO quando a farinha estava com granulometria maior que 
2 mm, a recuperação de oleo era satisfatoria, porem o oleo pig 
mentado apresentava-se pouco corado, isto porque os pigmentos 
ligados aos resíduos de carapaças no eram dissolvidos no o 
leo. 
Na Tabela I, observa-se um rendimento de 50% de Oleo 
recuperado, quando a farihha contem 28% de umidade. Aquele va 
lar portanto, e inferior ao rendimento obtido quando a farinha 
contem 26% de agua. Pode ter havido uma trituragao mais inten 
sa da farinha, passando uma maior quantidade de granulos infe 
nor a 2 mm e quando da separa4ão do oleo, este ficou retido 
1 
as pequenas partículas de carapaças, recuperando-se uma menor 
quantidade de Oleo. 
Logo que a farinha era preparada, proCedia-se a ex 
tração em oleo, pois os pigmentos carotenoldes sofriam um in 
tenso processo de oxidagao, mesmo quando estocada a baixas tem 
peraturas. 
A oxidação e a principal causa da degradação dos ca 
rotenOides nos alimentos. Esta degradação depende do estado em 
que o pigmento se encontra ( in vivo ou in vitro e das con 
digOes ambientais. É provável que a. estabilidade dos pigmentos 
nos tecidos vivos intactos seja função da permeabilidade da ce 
lula e da presença de compostos protetores. Por exemplo o "li . — „ 
copeno" dos tomates e bastante estável, porem o extratd purifi 
cado e bastante instável e em alguns tecidos existem enzimas 
que degradam os caretenOides (Clycesdale & Francis,1985). 
0 mecanismo que rege.o processo de oxidação dos pig 
mentos podem autoxidar-se por reação com o oxigenio atmosferi 
co, em proporgOes que dependem da luz, calor, presença de prO 
e antioxidantes. 
Yamaguchi et al. (1987),reportam que a temperatura 
07 
de 80
o
C durante 6 horas foi a principal responsavel pela degra 
dagao dos pigmentos de Krill, E. superba, ainda que empregan 
do-se uma pressão de 250 kg/cm
2 
em sistema prOprio para a ex 
tração. 
Segundo Emodi (1978), os Oleos são bons obstL.culos 
para 0 oxigenio e consequentemente para o processo de oxida 
gao, dispensando o uso de antioxidante. 
No que concerne a tima extração, verifica-se na Ta 
bela I, que com 5 horas na estufa a 60°C, contendo a farinha 
um teor de umidade em torno de 24% obtivemos uma concentração 
de 5,28 mg de carotenOides/100 g de Oleo pigmentado. JL. a me 
nor concentração obtida foi verificada quando a farinha estava 
com 34% de umidade, obtendo-se um teor de 1,83 mg/100 g de (5 
leo pigmentado. No houve uma discrepancia consideravel 
valor comparando-se com os- dois valores iniciais, desta 
deste 
forma 
no se pode atribuir qualquer parâmetro responsavel pela baixa 
concentração obtida. 
Com relagao ao teor obtido em 6 horas de secagem, ye' 
rifica-se um decrescimo acentuado em relagao a extração feita 
com 5 horas de secagem, talvez devido ao processo de oxidação 
dos pigmentos- pelo tempo de exposigão dos reslduos em estufa a 
60°C. 
Muitos experimentos foram realizados para concentrar 
carotenOides, e um deles foi-obtido com sucesso por Inoue et- 
, 
al. (1988), usando-se oleo de soja pigmentado e concentrando-o 
em celulose microcristalina e eter de petroleo, chegando esta 
concentração a 40 vezes mais em relagao as extragoes usuais 
processos estes não utilizados no presente trabalho. 
Chen e Meyers ( 1982 a e b e 1983 ), continuaram _ 
tudos sobre a estabilidade da ataxantina extraida de residuos 
de "crawfish", Procamburus clarkii, verificando-se o efeito de 
es 
08 
antioxidantes, proteases, ácidos, temperatura, processamento 
estocagem, etc., a fim de obter uma melhor extragao e ao mes 
mo tempo criando-se uma fonte de proteção ao Oleo pigmentado a 
traves dos ácidos propionico e formica, 0 resultado obtido foi 
1+4 
uma maior extragao de pigmento devido a propriedade da protea 
se no processo de hidrOlise com a consequente liberagao de pig 
mentos e, no tocante a utilizagao dos ácidos estes atuaram na 
descalcificagao e proteção contra microorganismos devido o bai 
s , 
xo pH atribuido ao oleo. Obtem-se com estes processamentos re 
sultados satisfatOrios, todavia os custos para este propOsito 
tornam-se onerosos. 
Dentre os grupos comparativos apresentados na Tabela 
II, a lagosta vermelha apresentou-se com uma maior concentra 
gao de-pigmentos em relagao a lagosta Verde, 7,73 e 5,50mg/100 
gramas de Oleo pigmentado, respectivamente.Porem, as curvas 0.e 
absorbancia sugerem que os tipos de carotenOides sejam seal! 
lhantes ( Figura 2 ). 
Da mesma forma as curvas de absorbancia dos - cama 
roes rosa e branco apresentaram diferença somente no teor - de 
carotenOides sendo provável que os tipos de pigmentos sejam se 
melhantes ( Figura 3 ). 
Entre os caranguejos, o aratu se mostrou com conside 
ravel teor de pigmentos, 17,7mg/100 g, seguido do caranguejo u 
gá, 3,15mg/100 g e, guaiamuni, 2,11mg/100 g de Oleo pigmentado 
( Figura 4 ). 
Neste grupo e provável que haja diferentes tipos de 
carotenOides, pois a curva de absorbancia para o caranguejo 
guaiamum, difere das curvas para o ugá e aratil. Esta diferença 
e verificada tambem pela coloração amareladados Pigmentos ex 
traidos do guaiamum, ao passo que a coloragao do extrato pig 
A , 
mentado do aratu e de um vermelho intenso. 
09 
4 - CONCLUSÕES 
A farinha de r;esiduos deve ser utilizada. para extra 
gao em Oleo, logo apOs a sua preparação. 
0 rendimento de Oleo recuperado diminuiu com o de 
, 
crescimo da umidade da farinha. 
A umidade da farinha que otimizou a extragao dos pig 
mentos foi de 24%, apOs secagem dos residuos em estufa a 60°C 
durante 5 horas. 
Quanto ao teor de pigmentos carotenOides, a lagosta 
vermelha apresentou-se superior a lagosta verde; o camarão ro 
sa superior ao branco; e o aratil superior ao caranguejo uga 
guaiamum. 
10 
5 - BIBLIOGRAFIA 
CLYCESDALE, S.M. & FRANCIS, S.J. - Pigmentos, in : Introduccion 
a la ciencia de los alimentos, O.R. Fennema (ed.), p, 447-
495. Ed. Reverte S.A., Barcelona, Espana, (1985). 
CHEN, H.M. & MEYERS, S.P. — Effect of Antioxidants on Stability 
of Astaxanthin Pigment in Crawfish Waste and Oil Extract. - 
J. Agric. Food Chem., 30, p. 469-473, (1982 a). 
CHEN, H.M. & MEYERS,S.P. - Extraction of Astaxanthin Pigment 
from Crawfish Waste Using a Sy Oil Process. J. Agric. 
Science, 47 :892-896 e 900, (1982 b). 
CHEN, H.M. & MEYERS, S.F. - Ensilage Treatment of Crawfish 
for Improvement of Astaxanthin Pigment Extraction. J. Food 
Food 
Wast 
Science, 48 : 1516-1520 e 1555, (1983). 
EMODI, A. - Carotenoids- Properties and Applications. Food Tech 
nol., 32 (5): 38-42,78 e 79 ,(1978). 
GOODWIN, T. W. - Biochemistry of Pgments, in: The Physiology of . . 
of Crustacea. Talbot H. Waterman. Vol. 1., 670 pp, Academic 
Press, New York and London. (1960). 
INOUE, T.; SIMPSON, K.L.; TANAKA, Y. & SAMESHIMA, NI:- Condensed 
Astaxanthin of Pigmented Oil from Crayfish Carapace and Its 
Feeding Experiment. Nippon Suisan Gakkaishi, 54 (1), 1-03- 
106, (1988). 
KATAYAMA, T.; IKEDA, N. & HARADA, K.- I- Carotenoids in sea 
Breams, Chrysophrys major , Temmick and Sehlegel - I. Bull. 
Japan. Soc. Sei. Fish. ,Vol 31, N2. 11, (1965). 
MAOKA, T.; KATSUYAMA, N. ; KANEKO, N. & MATSUNO, T.- Stereoche 
mical Investigation of Carotenoids in the Antarctic Krill , 
Euphausia superba. - Japan. Soo. Sei. Fish. 51 (10), 1670- 
1673, (1985). 
12 
- SUMÁRIO 
0 presente estudo objetiva a otimizagao da extração 
de pigmentos carotenOides do cefalotOrax da lagosta -Panulirus 
argus (Latrine), com vistas ao seu aproveitamento em alimen 
tos. 
Os residuos de cefalotorax estocados a -20
o
C foram 
descongeladós e submetidos a uma ligeira cocgao.Posteriormen- 
mente foram postos a secar em estufa a 60
o
C, variando-se o 
tempo de permanencia na mesma, com vistas a obter a umidade i 
deal para a extragao . dos pigementos em oleo. 
Depois de secos, oa resíduos foram triturados em 
gral e tamisados em peneira com abertura de malha de 2 mm. Em 
seguida adicionava-se oleo em proporgao igual ao peso, sen 
do a mistura submetida a banho-maria durante 30 min/80
o
C. Pro 
cedia-se então, uma centrifugação de 11.000 rpm/20 min e/ou 
filtração para separar o oleo pigmentado, a partir do que, es 
te era submetido a uma leitura espectrofotometrica, obtendo-
se as seguintes conclusCes: 
1- DevemoS extrair os pigmentos da farinha, assim' 
que a mesma for elaborada; 2- a medida que a umidade da fari-
nha decresce, o mesmo se dA com o _Oleo recuperado; 3- A umida 
da farinha que otimizou a eXtragao foi de 24%; e 4- comparan-
do-se as lagostas vermelha e verde, a primeira contem um teor 
de carotenOides superior ab da segunda. 
TABELA 1 
Dados sobre absorbancia, comprimento de onda de maxima absorbancia e teor de pigmen 
tos carotenOides por especie. 
Comprimento 
de 
onda (nm) 
ABSORBNCIA/ESPÉCIE 
Lagosta 
vermelha 
Lagosta 
verde 
Camara() 
branco 
Camarão 
rosa 
Carang. 
lica 
Carang. 1-Carang. 
Aratu Guaiamum 
350 
400 
500 
600 
0,150 
0,155 
0,370 
0,000 
0,152 
0,148 
0,268 
0,036 
0,172 
0,196 
0,440 
0,001 
0,188 
0,256, 
0,524 
0,004 
0,176 
0,232 
0,456 
0,044 
0,176 
0,236 
0,492 
0,004 
0,256 
0,327 
0,408 
0,160 
Comp.de onda/ 
Max. Absorb. 450/0,430 479/0,306 479/0,552 476/0,704 468/0,584 457/0,656 458/0,560 
Diluigao (ml 
de pig/ml de 
Oleo) 
0,3/10 0,3/10 0,3/10 0,3/10 1,0/10 0,2/10 1,0/07 
Pigmentos em 
mg/100g oleo 7,73 5,50 9,93 12,66 3,15 17,70 2,11 
*Velocidade do papel = 1 Onm/min 
TAB:ELA II 
Dados sobre o 'tempo de secagem, umidade da farinha, rendimento de Oleo recupera- 
do, absorbancia e conteúdo de carotenOides do cefalotOrax de P. argus 
tempo de 
secagem(h) 
Umidade da 
farinha(%) 
Rend. de oleo 
recuperado(%)" 
Leitura em 
'espectrof.. 
tikr.s;,:t,4„,c,.4) 
Diluigao 
( V/V ) 
Pig. extraidos 
( mg/100 g de Oleo) 
CO 55,0 68,0 0,435 1.;2/10 1,95 
01 40,0 68,0 0,455 1,2/10 2,04 
. 02 34,0 55,0 0,340 1,0/10 1,83 
03 28,0 50,0 0,540 .1,0/10 , 2,91 
04 26,0 55,0 0,585 .1,0/10 3,15 
05 24,0 50,0 1,180 . 1,2/10 5,28 
06 22,0 50,0 0,860. 1,2/10 3,85 
350 400 500 600 
COMPRIMENTO DE ONDA (nry-1) . 
Figura 2 - Comparação grL'ica entre as curvas de absorbancia das lagostas (I) verde, 
Panulirus laevicauda e (II) vermelha, P. argus. 
--. 
- • it N , N 
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0.4 
02 
350 
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500 600 
COMPRIMENTO ONDA. (rwl 
Figura 3 - Comparagao grafica-entre as curvas de absorbancia dos camarOes (I) rosa, 
Penaeus (Farfantepenaeus) subtiliS e (II) branco, .P.,(Litopenaeus) schmitti. 
400 
\ 
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/ /-• 
\ • 
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//' 
0.2 
•-••••-•--•-•• 
•••••••••••.......• 
 
 
• •••.....• • ••••..... 
350 400 500 
COMPRIMENTO DE ONDA (nm) 
^ 
Figura 4 - Comparação grLsica entre as cUrVas de absorbancia dos caranguejos 
(I) aratii, Goniopsis cruentata, (II) uca, Ucides cordatus cordatus e (III) 
guaiamum, Cardisoma guahumi. 
• .600 
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