Buscar

Resumo de histologia sobre aparelho reprodutor feminino

Prévia do material em texto

APARELHO REPRODUTOR FEMININO
OVÁRIOS
· Formada por um epitélio simples cúbico ou pavimentoso chamado de epitélio germinativo;
· Abaixo do epitélio germinativo, há tecido conjuntivo denso chamado de túnica albugínea;
· O ovário é dividido em região cortical e medular;
· A região cortical fica logo abaixo da túnica albugínea e contém os folículos ovarianos;
· Folículo = ovócito + células adjacentes;
· Os folículos ficam na região cortical circundados por tecido conjuntivo em que os fibroblastos se arranjam de uma forma muito característica, em espiral;
· A medular, mais interna, é rica em tecido conjuntivo frouxo vascularizado.
Desenvolvimento inicial ovariano
· As ovogônias se derivam das células germinativas primordiais, as quais provêm do saco vitelino;
· A partir do terceiro mês de gravidez, as ovogônias começam a entrar na prófase da primeira divisão meiótica e não progridem para as demais fases, gerando os ovócitos primários;
· Até o sétimo mês de gravidez, grande parte das ovogônias se transformaram em ovócitos primários, mas grande parte sofre degeneração por atresia.
Folículos primordiais
· São ovócitos primários envoltos por uma única camada de células foliculares, também chamadas de células da granulosa;
· Não sofreram nenhuma alteração desde a formação na vida fetal;
· O ovócito primário do folículo é uma célula esférica com núcleo grande esférico e nucléolo evidente;
· Uma lâmina basal envolve as células foliculares e marca o limite entre o folículo e o estroma conjuntivo adjacente.
Crescimento folicular
· Compreende modificações nos ovócitos, nas células da granulosa e nos fibroblastos do estroma circundante;
· Acontece a partir da puberdade;
· O hormônio que estimula o crescimento folicular é o FSH;
· O ovócito aumenta de tamanho, as células da granulosa formam uma única camada de células cuboides, revestindo internamente o folículo, gerando o folículo primário unilaminar;
· As células foliculares continuam se proliferando, gerando várias camadas de células, formando o folículo primário multilaminar. Esse folículo apresenta a zona pelúcida, uma camada amorfa de glicoproteínas que envolve o ovócito;
Folículos secundários
· À medida que os folículos crescem, passam a ocupar regiões mais profundas da cortical, em virtude do aumento de tamanho;
· Um líquido, o líquido folicular, começa a surgir entre as células da granulosa, forçando-as a se reorganizarem a fim de formar uma cavidade chamada de antro. Esse folículo que apresenta o antro é chamado de folículo antral;
· O líquido folicular contém esteroides, proteínas, glicosaminoglicanos;
· As células da camada da granulosa se organizam a fim de formar um pedúnculo que segura o ovócito, chamado de cumulus oophorus. Além disso, uma camada de células foliculares passa a envolver o ovócito, chamada de corona radiata e esta o acompanha na ocasião da ovulação. Esse folículo é o maduro, ou de Graaf.
Tecas
· As células do estroma que envolvem o folículo também sofrem alterações para formar as tecas;
· Teca interna: células poliédricas, citoplasma acidófilo, núcleo esférico;
· Teca externa: células similares às do estroma, mas estas se organizam concentricamente ao redor do folículo;
Folículos pré-ovulatórios
· Normalmente, um folículo antral é o “escolhido” para se desenvolver mais que os outros, se tornando o folículo maduro/pré-ovulatório/de Graaf;
· Os demais que estavam desenvolvendo juntos sofrem atresia;
· O folículo maduro tem a cavidade antral aumentada devido ao acúmulo de líquido, o que torna a granulosa mais delgada;
· Possuem teca espessa.
Atresia folicular
· Processo que o folículo em qualquer estágio pode passar;
Reconhecido pelas seguintes características:
· Células da granulosa entram em morte celular: núcleos picnóticos, hipercorados, sem visualização de seus detalhes;
· Células da granulosa se desprendem e ficam soltas no líquido folicular;
· Zona pelúcida fica pregueada;
· Morte do ovócito.
Após esse processo, os macrófagos removem os restos celulares e, posteriormente, fibroblastos invadem o local e formam uma cicatriz de tecido conjuntivo, chamada de corpo albicans.
Ovulação
· Consiste na ruptura de parte da parede do folículo e liberação do ovócito;
· Acontece aproximadamente na metade do ciclo menstrual após um pico de LH (ocorre em reposta ao aumento de estrógenos circulantes produzidos pelos hormônios em crescimento);
· Após o pico de LH, há aumento do fluxo sanguíneo no ovário, o gera escoamento de proteínas do plasma e secreção local de colagenases, histamina, prostaglandinas;
· Essas enzimas servem para enfraquecer a túnica albugínea e a parede do folículo, que acaba liberando o ovócito e o primeiro corpúsculo polar;
· Logo antes da ovulação, o ovócito inicia a primeira divisão da meiose que gera duas células-filhas nas quais os cromossomos foram repartidos igualmente, mas a divisão do citoplasma não é equivalente, gerando uma célula pequena que contém um pequeno núcleo e pouquíssimo citoplasma, o corpúsculo polar;
· O ovócito é liberado com a zona pelúcida e corona radiata e se posiciona na tuba uterina para que seja fertilizado em até 24 horas.
Corpo lúteo
· Após a ovulação, as células da granulosa e teca interna se organizam para formar uma glândula endócrina temporária, o corpo lúteo.
Formação e estrutura do corpo
· Na ausência de líquido folicular, as paredes do folículo colapsam e ficam pregueadas;
· As células da granulosa aumentam muito de tamanho e passam a compor grande parte do parênquima da glândula. Elas se tornam as células granulosa-luteínicas;
· As células da teca interna ficam similares às da granulosa, embora não existam em grande número, tornando-se as células teca-luteínicas.
Destino do corpo lúteo
· A organização do corpo lúteo é estimulada pela secreção de LH que ocorreu antes da ovulação;
· A secreção de LH inicial estimula o corpo lúteo a secretar progesterona e estrógenos durante 12 dias, aproximadamente;
· Mas, por falta de estímulo (LH), os níveis de progesterona decaem e ocorre a menstruação;
· Quando os níveis de estrógenos estão altos, há a inibição de secreção de FSH. Mas, com a degeneração do corpo lúteo, os níveis de estrógenos diminuem e o FSH estimula novo crescimento folicular;
· Quando ocorre fertilização do ovócito, o embrião que se desenvolve passa a secretar gonadotropina coriônica humana, que garante a permanência do corpo lúteo, pois age como se fosse o LH;
· A progesterona secretada pelo corpo lúteo mantém a mucosa uterina e estimula a secreção das glândulas uterinas, que auxiliam na nutrição do embrião;
· Corpo lúteo menstrual: dura somente uma parte do ciclo menstrual e seus restos são fagocitados por macrófagos. Fibroblastos invadem a área e geram a cicatriz de tecido conjuntivo chamada de corpo albicans;
· Corpo lúteo gravídico: permanece por 4 a 5 meses e degenera, gerando um corpo albicans maior.
TUBAS UTERINAS
· 2 tubos musculosos;
· Sua extremidade próxima ao ovário é chamada de infundíbulo, a qual possui prolongamentos, como se fossem franjas, chamados de fímbrias;
· A outra extremidade, próxima do útero, é chamada de intramural e ela se abre dentro dele;
· São compostas de 3 camadas: mucosa, muscular, serosa;
· Mucosa: próxima ao ovário, é extremamente pregueada, o que faz com que o lúmen, em cortes transversais se assemelhe a labirintos. É revestida por epitélio colunar simples, composto por células secretoras e ciliadas;
· A camada muscular é de músculo liso;
· Durante a ovulação, a camada muscular atua aproximando as fímbrias do ovário para aumentar a captação do ovócito;
· Tendo sido capturado, ocorre a movimentação no sentido do útero.
ÚTERO
· Formato de pera;
· Parte dilatada: corpo do útero;
· Porção superior da parte dilatada: fundo do útero;
· Porção estreita: cérvice ou colo uterino;
· Composto por 3 camadas: serosa (ou adventícia) mais externa, miométrio e endométrio.
Miométrio
· Camada mais espessa;
· Constituído por pacotes de células musculares lisas entremeadas por tecido conjuntivo;
· Durante a gravidez, sofrem hiperplasia e hipertrofia;
· Entre ascamadas médias de músculo, há um grande plexo venoso.
Endométrio
· Consiste em um epitélio e a lâmina própria adjacente que contém glândulas tubulares simples;
· O epitélio que o reveste é colunar simples com células ciliadas e secretoras;
· O epitélio glandular é similar, embora os cílios sejam raros;
· É dividido em 2 camadas: basal, mais próxima ao miométrio, constituída de tecido conjuntivo e pela porção inicial das glândulas; funcional, formada pelo restante de tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final e desembocadura das glândulas e epitélio;
· A camada funcional é a que mais sofre alteração durante o ciclo menstrual.
Ciclo menstrual
· Os hormônios ovarianos, progesterona e estrógenos, induzem alterações no endométrio durante o ciclo menstrual;
· O primeiro dia do ciclo menstrual é o primeiro dia de menstruação;
· Fase menstrual: dura de 3 a 4 dias;
· Fase secretória: começa após a ovulação, dura 14 dias;
· Fase proliferativa: em média, 10 dias.
Fase proliferativa, folicular ou estrogênica
· A mucosa uterina é bastante delgada após a descamação sofrida durante a fase menstrual;
· Durante a fase proliferativa, um grupo de folículos também está passando por crescimento folicular, em que as células da teca se desenvolvem e passam a produzir estrógenos;
· Os níveis plasmáticos de estrógenos aumentam o que induz a proliferação no endométrio, reconstituindo o que foi perdido durante a menstruação;
· Durante essa fase, o epitélio do endométrio é colunar simples, assim como das glândulas, que consistem em tubos retilíneos, cujos lúmens são estreitos;
· As células epiteliais, nesta fase, estão se preparando para a fase secretora, aumentando cisternas do RER e o complexo de Golgi aumenta de tamanho.
Fase secretória ou luteal
· Inicia após a ovulação e, consequentemente, da produção de progesterona iniciada pelo corpo lúteo;
· A progesterona continua a estimular as células que cresceram sob influência dos estrógenos;
· Nessa fase, os produtos se secreção dilatam o lúmen das glândulas;
· Uma característica importante dessa fase é que as glândulas se tornam tortuosas;
· O endométrio alcança sua espessura máxima;
Fase menstrual
· Se não ocorre a fertilização do ovócito, ele se degenera e ocorre queda nos níveis de estrógenos e progesterona;
· Ocorrem vários ciclos de contração das artérias espiraladas que nutrem a camada funcional, o que leva a um bloqueio do fluxo sanguíneo, gerando isquemia e causando morte das células das artérias e das que são irrigadas por elas;
· Assim, a parte funcional se desprende do restante e cai no lúmen uterino, fazendo parte da menstruação;
· Ao final da menstruação, o endométrio consiste somente na porção basal.
Endométrio gravídico
· Corpo lúteo se mantém e continua secretando progesterona, o que impede que aconteça a menstruação e torna as glândulas mais tortuosas e dilatadas, com maior atividade secretória.
Implantação, decídua
· A implantação ou nidação consiste na adesão do embrião às células do epitélio endometrial seguida pela penetração do embrião na mucosa uterina;
· Após a implantação, as células do tecido conjuntivo endometrial sofrem profundas alterações. Os fibroblastos se tornam as células deciduais que são arredondadas;
· O endométrio se torna decídua.
Cérvice uterina
· Porção cilíndrica, mais baixa do útero;
· Mucosa é revestida por epitélio simples colunar e contém glândulas mucosas cervicais que se ramificam bastante. Na porção externa, em que provoca uma saliência na vagina, é revestida por epitélio estratificado pavimentoso;
· As secreções das glândulas cervicais possuem importante papel na fertilização.
VAGINA
· A parede da vagina não possui glândulas;
· Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso apoiado em tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas e células como linfócitos e neutrófilos;
· Muscular: células musculares lisas;
· Adventícia: tecido conjuntivo denso com muitas fibras elásticas que unem a vagina aos tecidos circunvizinhos.

Continue navegando