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Resenha Crítica - Alfabetização e Letramento

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
EEEM PADRE EDUARDO
DISCIPLINA LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA SANDRA FEITEIRO
RESENHA CRÍTICA
TÍTULO : FALHA DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO EM FORNECER UMA FORMAÇÃO EDUCACIONAL EFICIENTE. 
	
ALUNO(A): GILSON DANIEL CABRAL PAIXÃO 
TURMA: 301
Belém/Mosqueiro
Dezembro/2018 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Revista Pátio, n. 29, fevereiro de 2004
 ALGO ACERCA DA AUTORA
Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), é um dos maiores nomes na área de alfabetização e letramento, com ênfase em ensino-aprendizagem.
Nascimento: 7 de Setembro de 1932 (idade 86 anos )
Nacionalidade: Brasileira 
Formação acadêmica: Possui graduação em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1953) e doutorado em Didática também pela Universidade Federal de Minas Gerais (1962). Pessoas que exerceram influência teórica sobre suas obras: Paulo Reglus Freire - educador, pedagogista e filósofo brasileiro. Que é considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
Fatos que teriam marcado sua vida e, consequentemente, sua forma de pensar: Estudar para Magda sempre foi um prazer. Praticamente nasceu dentro da universidade. Seu pai, Caio Líbano Soares, era médico psiquiatra e professor na (UFMG). Ia para seu laboratório na Faculdade de Farmácia, que ficava na esquina da sua casa. Isso deu a ela vontade de seguir a vida universitária. Todavia, a princípio ela iria para a área das ciências exatas. Nesse ínterim, ela estava em preparação para o vestibular e em dúvida se prestaria para engenharia química ou outro ramo da engenharia com o foco em física. Foi quando conheceu uma professora de português, Angela Leão, que estava terminando o curso de letras. Nesse período, por volta de 1949, Magda desconhecia que existia um curso de letras. Dado que só se tinha notícias dos cursos de engenharia, medicina e direito. Também sabia que tinha odontologia e farmácia, porque seu pai trabalhou nessas faculdades. Enfim, Magda achou o trabalho da professora, que ainda estava se formando fascinante e por isso decidiu optar por esse curso.
Quando estava terminando a graduação ela foi sondada para trabalhar como assistente de professores na universidade. Paralelamente, o colégio Izabela Hendrix a convidou para ser professora de português. Quando começou a dar aulas no Izabela Hendrix e, logo depois, entrou para as redes públicas estadual e municipal de ensino, tomou um grande susto. E foi a partir desse susto que se originaram suas pesquisas, estudos e publicações.
 
 
 INTRODUÇÃO
No artigo Alfabetização e Letramento : Caminhos e Descaminhos, de Magda Soares , a doutora em educação evidencia a dificuldade histórica da escola em fornecer uma alfabetização de qualidade. Por um olhar histórico sobre a alfabetização escolar no Brasil é sabido que ocorreram inúmeras alterações de metodologias, no quadro conceitual e consequentemente remodelação do que se entendia por essa prática. Por isso, como frequentemente ocorre uma confusão entre o conceito de alfabetização e letramento, a autora busca esclarecer a diferença entre esses conceitos que são por vezes confundidos ou mesclados. Segundo a mesma, uma alfabetização mais próxima do ideal seria aquela em que além de o aluno dominar o sistema convencional da leitura e escrita adote comportamentos com o propósito de desenvolver essas habilidades bem como a aprendizagem em um âmbito geral. 
 
O artigo da professora Magda Soares, fala sobre a dificuldade histórica do sistema educacional brasileiro em fornecer uma formação educacional eficiente para as crianças no contexto escolar e esse problema pode ser constatado analisando pesquisas que mostram os resultados da educação, a insatisfação e insegurança entre os alfabetizadores,hesitação do poder público ou simplesmente perguntando quem quer ser professor(a) no atual cenário da educação brasileira. A doutora ainda observa que a conjuntura da educação é desafiadora, porque predispõe a elaboração de soluções para o sistema de ensino que já foi alterado várias vezes sem obtenção de muito êxito e que ao mesmo tempo é preciso cautela para não rejeitar todos os esforços que já foram usados.
Observa também, os conceitos de alfabetização e letramento que são por vezes confundidos.Já que letramento surgiu da insuficiência em criar adjetivos que ampliassem o significado de alfabetizar. Segundo a autora alfabetizar pode ser entendida como aquisição do sistema convencional da escrita, enquanto letramento é a utilização dessa aquisição por meio de práticas da leitura e escrita. Embora os significados sejam adequados no plano pedagógico, esses processos são livres e ligados. Ou seja, livres porque um indivíduo pode ser alfabetizado e não letrado; se não tem o hábito de ler ele não pode apropriar-se da escrita logo não será letrado. Ligados porque um só tem sentido se for desenvolvido na prática e o outro só pode desenvolver-se por meio da aprendizagem do sistema da escrita por meio de processos cognitivos e linguísticos.
Em uma perspectiva histórica sobre formação educacional brasileira revela que até os anos 80 se priorizava a aprendizagem da língua escrita. Em torno desse objetivo os métodos de estudo eram alternados, mas sempre continuavam no sistema alfabético.
Nos anos 80, após a divulgação dos livros da psicolinguista argentina Emilia Ferreiro houve uma grande mudança significativa na concepção que se tinha do processo de alfabetização. Embora as obras de Emilia; não apresentem nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizagem da criança, levando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e escrita. Emilia Ferreiro se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro e seu nome passou a ser ligado ao “construtivismo” que de maneira equivocada, muitos consideraram um método no qual a criança constrói seu próprio conhecimento. Como consequência, esse novo processo ao contrário do antigo valorizava o letramento por processos espontâneos de compreensão da escrita de forma eventual, deixando de lado o ensino direito do sistema da escrita. Essa ausência do ensino do ensino sistemático fez com que surgissem críticas nesse processo, que fez com que ressurgisse a ideia inicial de ensino. Porém, para Magda não é regressando ao passado já superado, que vamos conseguir sanar o problema que ainda persiste. Entretanto, pode-se pensar em não priorizar nem a alfabetização nem o letramento. Mas uma integração dessas prática que são indissociáveis entre si.
 CONCLUSÃO DO RESENHISTA
De um modo geral, a autora embasa sua tese que o sistema educacional é falho em pesquisas sobre a qualidade da educação e por sua própria experiência como docente. Na qual, pôde constatar a realidade da educação brasileira. Além de uma meticulosa análise sobre as transformações que ocorreram no processo de ensino. É importante sinalizar, também, que ela menciona o descaso do poder público que faz com que os docentes além da insatisfação tenham que lidar com a insegurança ( violência, baixos salários, falta de infraestrutura e materiais para desempenhar seu papel). Visto isso a doutora em educação propõe que para conseguirmos superar as falhas do sistema de ensino é preciso conectar o processo de domínio da escrita convencional com a apropriação das funções sociais da escrita. 
 CRÍTICA DO RESENHISTA
O artigo contribui para pesquisas científicas sobre a história da educação brasileira, à medida que trata da metodologiaempregada e autores que inspiraram na alteração do sistema de ensino para que esteja nessa atual conjuntura.
É uma leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, além de diversas releituras e pesquisas quando a conceitos, autores apresentados e contextos apresentados, uma vez que as conclusões surgem a partir de esclarecimentos de estudos de outros autores.
Embora seja um leitura em que seja preciso um pouco mais de atenção, é possível compreender a tese defendida pela autora a partir de exemplos e esclarecimentos sobre o processo de ensino aprendizagem. 
O texto possui um estilo claro e objetivo, a autora dá esclarecimentos sobre a fusão de métodos que ela defende e possibilita analisar os entraves que ainda perduram no contexto do escolar, a fim de chegarmos à nossa próprio conclusão.
 INDICAÇÕES DO RESENHISTA 
O artigo tem por objetivo discutir alternativas e sugestões para estudantes universitários e pesquisadores, a fim de que possam realizar, planejar e desenvolver as próprias pesquisas, na graduação e pós-graduação, utilizando-se do rigor necessário à produção de conhecimentos confiáveis. É de grande auxílio, principalmente, àqueles que desenvolvem trabalhos acadêmicos nas áreas de pedagogia ou letras. 
Entre outros obras da autora sobre o tema: Alfabetização e letramento (São Paulo: Contexto, 2004), Português: uma proposta para o letramento (São Paulo: Moderna, 2002), Letramento: um tema em três gêneros (Belo Horizonte: Autêntica, 1998).

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