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FACULDADE NACIONAL DE EDUCAÇÃO E ENSINO SUPERIOR DO PARANÁ préprojeto

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FACULDADE NACIONAL DE EDUCAÇÃO E ENSINO SUPERIOR DO 
PARANÁ 
CLÉSIO THIAGO CARDOSO DE JESUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A REGULAMENTAÇÃO DA LEI Nº14.133/2021 
PARA MUNÍCIPIOS DE ATÉ 50.000HABITANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araucária 
2022 
1 INTRODUÇÃO 
O direito administrativo é estudado desde o nascimento do Estado de 
Direito, e mais profundamente no Brasil desde a entrada em vigor da 
Constituição Federal de 1988, com a introdução de diversas funções exercidas 
pelo Estado, tendo como consequência das diversas e crescentes necessidades 
coletivas nos âmbitos econômicos e sociais. A abrangência dos serviços público 
ampliou-se de tal forma que além de envolver serviços sociais, comerciais, 
industriais adentrou esferas anteriormente ocupadas somente pelo setor privado, 
estendendo também a áreas como meio ambiente, defesa do consumidor, bem 
como houve a necessidade de transformar obrigações antes tidas como do 
estado para agora levar ao setor privado, nos casos das concessões. 
A administração pública nasce a partir do momento em que são criados 
os órgãos administrativos para prestação de serviços para seu povo, e 
necessariamente precisam ser bem administrados, atendendo o interesse da 
coletividade, prevalecendo sempre o interesse do povo para com o interesse 
individual. Cabe ao administrador público atender o interesse público 
propriamente dito, e não os seus interesses pessoais, bem como sua própria 
vontade. A ele, administrador, cabe fazer o que a lei prescreve, diferentemente 
do cidadão comum, que pode fazer tudo o que a lei não proíbe. 
Assim, o interesse público é a grande finalidade da administração pública, 
levando sempre como primazia os princípios esculpidos no art. 37 da CF/88, 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, esse último 
trazido a Constituição por meio da emenda nº 19/98, e que absolutamente nos 
leva as compras e contratações públicas, que deferentemente do que se 
entende, não cabe a administração pública comprar ou contratar o item mais 
barato, mas aquilo que melhor atende as necessidades do setor como o melhor 
preço. 
Ainda, cabe destacar que além dos princípios trazidos pela Carta magna, 
ainda, existem outros que são apontados pela doutrina, quais sejam: princípio 
da Licitação Pública; o Princípio da prescritibilidade dos ilícitos administrativos, 
o princípio da responsabilidade civil da Administração, o princípio da 
razoabilidade (ou proporcionalidade) e o princípio da supremacia do interesse 
público. 
 Ademais a própria Constituição Federal nos apresenta, também em seu 
Art. 37 a necessidade para administração pública de realizar ato de licitação 
pública para contratação de obras, serviços, compras e alienação, assegurando 
igualdade de condições a todos os concorrentes. 
 De forma infra constitucional, tem-se no direito brasileiro desde o ano de 
1993 a Lei nº8.666, que apresenta as formas, limites, normas gerais e contratos 
administrativos, expondo ainda também as modalidades de licitação: 
concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão. 
 No ano de 2020, houve a aprovação de uma nova Lei, que deverá nos 
próximos anos substituir a antiga 8.666/93, após várias reformulações na 
Câmara dos Deputas e no Senado foi sancionada pelo então presidente da 
república a Lei nº 14.133/2021. 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
Para o presente estudo será apresentado os conceitos e discussões sobre 
as Licitações públicas, principalmente nas alterações trazidas pela nova Lei, 
ainda a sua regulamentação para pequenos municípios, objetivando a criação 
de preceitos normativos que possibilitem aos gestores uma maior segurança e 
amparo nas tomadas de decisões referentes as compras e contratações 
públicas. 
 
 3 OBJETIVO GERAL 
 
 Criar normativas à lei nº 14.133/2021 para possível implantação em 
municípios com até 50.000 habitantes. 
 
4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Realizar um levantamento histórico da legislação que trata de licitações, 
desde a concepção da Constituição Federal de 1988. 
Analisar a legislação de licitação, compras e contratos. 
Buscar normas correlatas em municípios de até 50.000habitantes. 
Identificar as principais mudanças trazidas pela lei nº 14.133/2021. 
Buscar formas de regulamentar a lei nº14.133/2021 em municípios de até 
50.000 habitantes 
Indicar modelo de regulamentação de compras públicas para municípios 
de até 50.000 habitantes. 
 
5 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Os procedimentos administrativos são regulados pela Constituição 
Federal e regulamentados por legislações específicas, como a Lei nº 8.666/93, 
sendo esta a norma principal que norteou as licitações, compras e contratos 
públicos desde o ano da sua publicação, ainda, a Lei nº 10.520/2002 (lei dos 
pregões) e a Lei nº12.462/2011 Lei dos Regimes diferenciados de contratação. 
Já a partir de 1º de abril de 2021, as regras para União, Estado, Distrito 
Federal e municípios tiveram um novo marco legal para esse tipo de 
procedimento administrativo. 
Foram introduzidas novas modalidades, agora totalizando cinco: 
concorrência, concurso, leilão, pregão e uma novidade, chamada diálogo 
competitivo, ainda foram extintas as modalidades de tomada de preço e carta 
convite. 
De acordo com a nova lei as licitações, em qualquer modalidade devem 
englobar uma diversidade de fases, as quais devem seguir a sequência: Fase 
preparatória, divulgação do edital de licitação, apresentação de propostas e 
lances, julgamento, habilitação, recursal e homologação. 
Ainda, a partir do artigo 28, foram previstas as modalidades de licitação: 
pregão, concorrência, concurso, leilão e diálogo competitivo, como já visto, 
houve a exclusão da tomada de preço e carta convite, previstas na lei nº8666. 
Já com relação ao RDC – Regime de Contratação Diferenciada Foram 
removidas as regras foram englobadas nas outras diversas modalidades trazidas 
pela nova lei. 
Na antiga lei de Licitações os critérios para julgamento eram apresentados 
no Art. 33. 
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os 
seguintes critérios: 
I - menor preço; 
II - maior desconto; 
III - melhor técnica ou conteúdo artístico; 
IV - técnica e preço; 
V - maior lance, no caso de leilão; 
VI - maior retorno econômico. 
No entanto, dentro destas premissas, a sua função principal era à de 
atender aos anseios da administração pública, da melhor fora, com o menor 
preço e com a máxima eficiência. 
Desta forma, como a lei de licitações representa um conjunto de atos 
administrativos, com o intuito de contratação pública. Sendo que estão presentes 
neste atos, diversos pontos de suma importância para atender todos os 
princípios constitucionais da administração pública. 
Assim, conforme a nova Lei n. 14.133/2021 traz relevantes inovações 
comparadas a antiga Lei n. 8.666/93. Sendo que umas das mais relevantes 
inovações foi a implementação da fase preparatória do processo licitatório, esta 
que é baseada no princípio do planejamento e representa a fase interna do 
procedimento. Tem a finalidade de assegurar a melhor condução do 
procedimento, abordando todas as considerações técnicas, mercadológicas e de 
gestão que podem interferir na contratação. 
Com isso, de acordo com o artigo 17 da lei 14.133/2021 determina que o 
processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência: I - 
preparatória; II - de divulgação do edital de licitação; III - de apresentação de 
propostas e lances, quando for o caso; IV - de julgamento; V - de habilitação; VI 
– Fase recursal; VII - de homologação. 
Deve-se destacar as mudanças trazidas pela nova lei, principalmente com 
relação as formas de licitações por meios eletrônicos, o que deve gerar maiores 
competições para com os possíveis fornecedores. 
Ressalta-se que as contratações públicas devem ser procedidas de outros 
atos, como os contratos, esses disciplinados na lei 14.133 no títuloIII, nos seus 
12 capítulos, como destaca-se o artigo 88 “Os contratos de que trata esta Lei 
regular-se-ão pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público”. Tais 
contratos tem sua formalidade também prevista em Lei, pode se citar que eles 
devem ser escritos, não cabendo para os casos contratos verbais, sendo esses 
tidos como nulo, não gerando nenhum efeito para com a administração pública. 
Havendo apenas a exceção as pequenas compras ou pequenos serviços, nos 
valores de até 10 mil reais. 
 
6 METODOLOGIA 
Será utilizada a metodologia bibliográfica e documental para realizar o 
levantamento histórico dos processos licitatórios no Brasil, desde a concepção 
da Constituição Federal de 1988. 
 
7 CRONOGRAMA 
 
 
8 REFERÊNCIAS 
 
Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019. Regulamenta a licitação, 
na modalidade pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens e a 
contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e 
dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública 
federal. 
Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011. Regulamenta o Regime 
Diferenciado de Contratações Públicas – RDC, de que trata a Lei nº 12.462, de 
4 de agosto de 2011. 
Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime Diferenciado de 
Contratações Públicas – RDC (...). 
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, 
da Constituição Federal, institui normas para licitação e contratos da 
Administração Pública e dá outras providências. 
 Lei nº. 14.133, de 01 de abril de 2021. Institui normas gerais de licitação 
e contratação para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e 
fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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