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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2 SAÚDE PREVENTIVA E PROMOÇÃO DA SAÚDE ............................................ 4 
2.1 Promoção da saúde .......................................................................................... 6 
2.2 Prevenção de doenças ..................................................................................... 9 
3 MEDICINA PREVENTIVA .................................................................................. 16 
3.1 Cuidado preventivo ......................................................................................... 17 
3.2 Níveis de prevenção ....................................................................................... 18 
3.3 Prevenção primária ......................................................................................... 22 
3.4 Prevenção secundária .................................................................................... 23 
3.5 Prevenção terciária ......................................................................................... 24 
3.6 Prevenção quaternária.................................................................................... 25 
4 PREVENÇÃO AMBIENTAL ............................................................................... 30 
4.1 Vigilância ambiental: pressupostos básicos .................................................... 31 
5 PROGRAMAS EM DESTAQUE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE ...... 32 
5.1 Principais avanços e impasses da política de saúde no Brasil ....................... 33 
6 POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE E A CRIAÇÃO DO SUS .......................... 34 
7 Políticas voltadas à saúde de segmentos populacionais ............................. 36 
7.1 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança............................. 36 
7.2 Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa ................................................. 38 
7.3 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres ........................ 39 
7.4 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem ............................ 40 
7.5 Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora ..................... 41 
8 POLÍTICAS DE ORGANIZAÇÃO DO SUS ........................................................ 42 
8.1 Política Nacional de Humanização ................................................................. 43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 45 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 SAÚDE PREVENTIVA E PROMOÇÃO DA SAÚDE 
 
Fonte: shre.ink/mcqD 
A saúde preventiva pode ser descrita como uma atividade dos profissionais da 
área envolvidos nos serviços de atenção primária que contribuem para a prevenção 
de doenças e a promoção da saúde (MELLO, 2015). 
Desse modo, as ações preventivas são definidas como intervenções orientadas 
que são utilizadas para evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo, com 
isso, sua incidência e prevalência nas populações. A ideia de promoção envolve o 
fortalecimento das capacidades individual e coletiva de lidar com a multiplicidade dos 
condicionantes da saúde, ou seja, ela vai além de uma aplicação técnica e normativa 
(SOUZA, 2019). 
As vertentes de saúde sempre foram foco de muita discussão e viabilidade para 
a qualidade de vida da sociedade. Dessa forma, pode-se citar o estudo da saúde 
coletiva como primordial no alcance de estratégias e intervenções que sejam 
abrangentes e resolutivas, tendo como objeto de pesquisa as necessidades de saúde 
e as condições requeridas não servindo apenas para evitar patologias e prolongar a 
vida, mas, sim, para melhorar a qualidade de vida e permitir o exercício da liberdade 
humana na busca pela própria felicidade (SOUZA, 2019). 
Nesse sentido, a saúde preventiva surge como estratégia para romper as ideias 
da Medicina curativista, a qual visa tratar o indivíduo somente na presença de sua 
patologia. Tratar de prevenção da saúde é acolher de forma integral e sistematizada, 
 
5 
 
mesmo diante da complexidade que um histórico de saúde pode vir a ser. Prevenir é 
mais viável em vários aspectos do que objetivar unicamente a cura. 
A promoção da saúde é mais ampla e está destinada a promover a qualidade 
de vida, a desenvolver as habilidades pessoais e a autonomia do indivíduo e a criar 
ambientes favoráveis à saúde. As atividades educativas estão inseridas no contexto 
do cuidado de enfermagem, para isso, o profissional deve estar disposto a ensinar, 
dividir e aprender, logo, educar é interagir em determinado espaço para que se 
descubra como resolver os problemas e as necessidades (SOUZA, 2019). 
 
Saúde preventiva e o Sistema único de saúde SUS 
 
Pode-se afirmar que, no Brasil, o surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS) 
oportunizou a possibilidade de atuar com saúde preventiva por intermédio das redes 
de atenção primária de saúde, também conhecidas como rede de atenção básica de 
saúde (ABS). As redes de ABS passaram a ser definidas como as estratégias 
individuais e coletivas a partir do primeiro nível de assistência de saúde, sendo 
direcionadas principalmente apara a prevenção de agravos, a promoção da saúde, o 
tratamento e a reabilitação (BUSS, 2011). 
 Com tudo isso, o serviço de saúde preventiva, com destaque para a ABS, que, 
como dito, reorganizou a atuação e a própria valorização dos trabalhadores e o 
profissional enfermeiro, tem sua prática, ao longo da história, relacionada ao trabalho 
do profissional médico e a ações estritamente técnicas, o que é uma visão equivocada 
desse processo. Salienta-se que, entre as diversas atribuições desempenhadas com 
autonomia e liderança pelo enfermeiro no contexto da ABS, é um desafio, 
principalmente para esse profissional, atuar nesses serviços e implementar o cuidado 
de enfermagem na construção de relações interpessoais com diálogo, escuta, 
humanização, territorialização e respeito às especificidades de cada família assistida, 
pois isto envolve a supervisão e a assistência direta à comunidade ao realizar 
intervenções de prevenção, promoção e reabilitação, mediar ações intersetoriais com 
o gerenciamento dos serviços e desenvolver a educação em saúde (BRASIL, 2002). 
 
6 
 
2.1 Promoção da saúde 
 
Fonte: shre.ink/mcWr 
Historicamente, a atenção à saúde no Brasil foi desenhada com ênfase na 
prestação de serviços médicos individuais, de enfoque curativo, a partir da procura 
espontânea da população aos serviços de saúde. O conceito abrangente de saúde, 
definido na Constituição de 1988, norteou a mudança progressiva dos serviços. O 
modelo assistencial centrado na doença e no atendimento evoluiu para um modelo de 
atenção integral à saúde, com incorporação progressiva de ações de promoção e de 
proteção da saúde,ao lado das medidas de recuperação (TEIXEIRA, 2021). 
Para identificar e desenvolver os principais grupos de ações de promoção, de 
proteção e de recuperação da saúde, é necessário conhecer as principais 
características do perfil epidemiológico da população, não só em termos de doenças 
mais frequentes, como também em termos das condições socioeconômicas da 
comunidade, dos seus hábitos e estilos de vida, e de suas necessidades de saúde, 
incluindo a infraestrutura de serviços disponíveis. 
O movimento de promoção da saúde surgiu no Canadá, em 1974, por meio da 
divulgação do documento conhecido como “Informe Lalonde”. Esse movimento surgiu 
para reduzir os custos crescentes da assistência à saúde e questionar o modelo 
centrado no médico no manejo das doenças crônicas, pois os resultados 
apresentados eram pouco significativos. Esse documento canadense discutia o 
“campo da saúde” (quatro componentes da saúde: biologia humana, ambiente natural 
e social, estilo de vida e organização dos serviços de saúde), apresentava os 
 
7 
 
determinantes de saúde e apontava que as ações da área de saúde não eram 
exclusivas da Medicina (TEIXEIRA, 2021). 
 Se você falasse o termo “promoção da saúde”, estava se referindo à 
necessidade de educar e fazer reformas estruturais, com envolvimento de outros 
setores além da saúde, para oferecer qualidade de vida à população. Esse Informe 
favoreceu a realização da I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de 
Saúde, em 1978, em Alma-Ata, com grande repercussão em quase todos os sistemas 
de saúde do mundo. 
Em 1986, ocorreu a I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, que 
originou a Carta de Ottawa. De acordo com esse documento, promoção da saúde é o 
nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de 
sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse 
processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social. 
[...] Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos 
sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde 
não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida 
saudável, na direção de um bem-estar global (TEIXEIRA, 2021). 
A promoção da saúde não é mesma coisa que a prevenção, pois não tem o 
foco na doença, mas sim na alteração o dos determinantes de saúde. Nessa nova 
visão, foram revalorizadas atividades promotoras de saúde, como o estabelecimento 
e o desenvolvimento de políticas sociais e ambientais e o combate às desigualdades 
sociais. Cinco eixos que devem orientar as ações de promoção da saúde: 
✓ Reforço da ação comunitária participação, fortalecendo os cidadãos e 
comunidades para que participem ativamente da organização do sistema de 
saúde, ajudando a tomar decisões e definir metas e prioridades; 
✓ Políticas públicas saudáveis que diminuam as desigualdades sociais por meio 
de ações sobre os determinantes dos problemas de saúde; 
✓ Desenvolvimento de habilidades pessoais, apoiando o desenvolvimento 
pessoal por meio de educação, cultura e intensificação das habilidades vitais; 
✓ Criação de ambientes favoráveis, melhorando o meio ambiente, conservando 
recursos naturais e fazendo o acompanhamento sistemático do impacto que as 
mudanças no meio ambiente produzem sobre a saúde; 
 
8 
 
✓ Reorientação dos serviços de saúde, de modo a dar ênfase à saúde, atuando 
de forma a atingir a integralidade do cuidado (a integralidade visa garantir um 
cuidado que abranja a promoção, a prevenção, o tratamento e a reabilitação 
com foco na pessoa, na família e na comunidade, e não somente no corpo 
biológico). 
Você percebe, assim, que o significado do termo Promoção da Saúde foi 
modificado ao longo do tempo. Hoje, está associado a valores como vida, saúde, 
solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e 
parceria. 
Relaciona-se também com a ideia de “responsabilização múltipla”, pois envolve 
as ações do Estado (políticas públicas saudáveis), dos indivíduos e coletividades 
(desenvolvimento de habilidades pessoais e coletivas), do sistema de saúde 
(reorientação do sistema de saúde) e das parcerias intersetoriais na definição de 
prioridades, planejamento e implementação de estratégias para promover saúde. 
Ainda, termos como empoderamento, autocuidado e capacitação (ou auto 
capacitação) vêm sendo cada vez mais utilizados em promoção da saúde, já que 
envolvem o desenvolvimento das habilidades individuais, permitindo a tomada de 
decisões favoráveis e a participação no planejamento e execução de iniciativas, 
visando à qualidade de vida e à saúde. Entre as diversas áreas em que a promoção 
da Saúde deve atuar, estão incluídas a atividade física, os hábitos de vida, a 
alimentação e a nutrição (TEIXEIRA, 2021). 
 A promoção da saúde por meio da alimentação saudável é uma das mais 
importantes estratégias de saúde pública, com o objetivo de enfrentar os problemas 
alimentares e nutricionais da população. A alimentação equilibrada promove o bem-
estar físico, mental e social dos indivíduos, garantindo, em condições normais de 
saúde, uma boa qualidade de vida. As ações de promoção devem levar em conta que 
uma alimentação saudável é aquela que oferece os nutrientes necessários à 
especificidade nutricional de cada faixa etária. Uma alimentação adequada atende 
não apenas às necessidades nutricionais do indivíduo, mas também respeita o seu 
contexto social e cultural, além de ser variada, segura, disponível e atrativa. As 
recomendações nutricionais atendem às necessidades da maioria dos indivíduos em 
relação aos macros e micronutrientes, diferindo conforme idade, sexo, grau de 
atividade física e diferentes situações de vida (TEIXEIRA, 2021). 
 
9 
 
A saúde pública é conceituada como amplo campo de conhecimento e de 
práticas organizadas institucionalmente e orientadas à promoção da saúde das 
populações. A doença já é uma alteração biológica do estado de saúde de um ser 
humano manifestada por um conjunto de sintomas e sinais. No intuito de transformar 
a qualidade de vida da população, surgem as promoções de saúde que não têm foco 
simplesmente na doença, mas na saúde e no bem-estar geral do humano. As 
prevenções auxiliam em impedir que a doença tenha um progresso, com ações 
preventivas divididas em três níveis: primária, secundária e terciária (BORGES, 2022). 
2.2 Prevenção de doenças 
A saúde coletiva diz respeito a um processo mais amplo, de trabalho com foco 
na promoção da saúde, na prevenção de riscos e agravos, na reorientação da 
assistência, na melhoria da qualidade de vida, privilegiando relações entre as pessoas 
e instituições envolvidas no cuidado à saúde da coletividade. Também é gerida e 
administrada pelo Estado. O foco aqui será a saúde coletiva (TEIXEIRA, 2021). 
O conceito de prevenção faz parte de estrutura temporal linear que visa impedir 
acontecimentos futuros indesejáveis. Prevenir é tomar todas as medidas para evitar o 
desenvolvimento de doenças ou estado patológico. As ações preventivas são 
intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua 
incidência e prevalência nas populações, com base no conhecimento epidemiológico 
e de outros agravos específicos. A prevenção abrange ações de detecção, controle e 
enfraquecimento dos fatores de risco de enfermidades (TEIXEIRA, 2021). 
O foco está na doença e nos mecanismos implicados para atacá-la. Os 
primeiros conceitos de promoção da saúde foram definidos pelos autores Winslow, 
em 1920, e Sigerist, em 1946. Henry Sigerist definiu quatro tarefas essenciais da 
medicina: a promoção da saúde, a prevenção das doenças, a recuperação e a 
reabilitação. Em 1965, Leavell e Clark propuseram o modelo de História Natural da 
Doença (HND), com a finalidade de explicar como se dá o processo de adoecimento, 
propondo estratégiasde prevenção voltadas para cada fase da doença: pré-
patogênese e patogênese. A pré́-patogênese seria a fase precede a instalação da 
doença no organismo. Nela, acontece a interação entre os agentes patogênicos, o 
 
10 
 
ambiente e o suscetível (ser humano) que gera o estímulo para o aparecimento da 
doença (TEIXEIRA, 2021). 
A patogênese seria o período no qual a doença já está instalada e as alterações 
no organismo são iniciadas. Esse processo patológico resultar em cura, cronificação 
da doença, sequelas, invalidez e morte. Esse período é dividido em: interação, 
alteração dos tecidos, sinais e sintomas, desfecho. Essa classificação de HND 
perdura até́ hoje e guia os três níveis de ações preventivas: 
✓ Prevenção Primária: ações voltadas para atuar no controle dos fatores pré́-
patogênicos, evitando o aparecimento do estímulo e, consequentemente, da 
doença. Inclui a promoção da saúde, a proteção inespecífica (nutrição, água 
potável, saneamento) e a proteção específica dirigida a determinada doença – 
por exemplo, imunização. 
✓ Prevenção Secundária: o foco é o indivíduo que já adquiriu a doença e precisa 
de ações que evitem o agravo ou a morte, como diagnóstico, tratamento precoce 
e limitação da invalidez. 
✓ Prevenção Terciária: consiste na prevenção ou melhora da incapacidade, 
sendo a atividade de reabilitação seu principal trabalho. 
Na prevenção primária, estão previstas as ações de proteção específica 
(imunização, educação para a saúde, controle de vetores, higiene) e também a 
promoção da saúde, que é a melhoria das condições de vida. As ações de prevenção 
secundária visam evitar piora da situação, como foco no diagnóstico, no tratamento 
precoce e na limitação da invalidez. Na prevenção terciária, a invalidez ou a 
cronicidade da doença já estão instalados, sendo preciso reabilitar e reinserir o 
indivíduo na sociedade (TEIXEIRA, 2021). 
O conceito de reabilitar inclui diagnóstico, intervenção precoce, uso adequado 
de recursos tecnológicos, continuidade de atenção e diversidade de modalidades de 
atendimentos visando à compensação da perda da funcionalidade do indivíduo, à 
melhoria ou manutenção da qualidade de vida e à inclusão social. Recentemente, foi 
desenvolvido o conceito e a prática da prevenção quaternária (ação de identificar e 
proteger pessoas sob risco de supermedicalização e intervenção desnecessária ou 
iatrogênica). A prevenção quaternária deve permear todas as práticas assistenciais 
de cuidado, promoção, educação e prevenção de saúde. Talvez a abordagem e os 
 
11 
 
valores hoje sintetizados nos termos promoção da saúde, cuidado integral longitudinal 
e prevenção quaternária sejam os melhores modos de expressão do que se admite 
como valores desejáveis a serem concretizados nas práticas dos médicos de família 
e comunidade e na Atenção Primária à Saúde (APS). 
Reabilitação da saúde 
 
As ações de reabilitação incluem o diagnóstico e o tratamento de doenças, 
acidentes e lesões de todos os tipos, limitação de incapacidade e reabilitação. Essas 
ações são realizadas pelos serviços públicos de saúde (ambulatoriais e hospitalares) 
e, de forma complementar, pelos serviços privados, contratados ou conveniados, que 
integram a rede do SUS, nos níveis federal, estadual e municipal, particularmente nos 
dois últimos, onde deve estar concentrada a maior parte dessas atividades 
(TEIXEIRA, 2021). 
As ações típicas são consultas médicas e odontológicas, a vacinação, o 
atendimento de enfermagem, exames diagnósticos e o tratamento, inclusive em 
regime de internação, em todos os níveis de complexidade. A realização de todas 
essas ações para a população deve corresponder às suas necessidades básicas, que 
transparecem tanto pela demanda, como pelos estudos epidemiológicos e sociais de 
cada região, servindo como base para o planejamento da produção de serviços. O 
tratamento deve ser prestado ao paciente portador de qualquer alteração de sua 
saúde, devendo ser conduzido, desde o início, com a preocupação de impedir o 
surgimento de eventuais incapacidades decorrentes das diferentes doenças e danos. 
A reabilitação consiste na recuperação parcial ou total das capacidades no 
processo de doença e na reintegração do indivíduo ao seu ambiente social e à sua 
atividade profissional. Com essa finalidade, são utilizados os serviços hospitalares e 
também os comunitários, para fins de reeducação e treinamento, reemprego do 
reabilitado ou sua colocação seletiva, por meio de programas específicos junto às 
indústrias e ao comércio, para a absorção dessa mão de obra. As ações de 
recuperação da saúde podem e devem ser planejadas, por meio de estudos 
epidemiológicos, definição de cobertura e concentração das ações ambulatoriais e 
hospitalares, aplicando-se parâmetros de atendimento (TEIXEIRA, 2021). 
 No caso da atenção a grupos de risco, a previsão e o planejamento dessas 
ações tornam-se conjugadas às ações de promoção e proteção da saúde. A avaliação 
 
12 
 
e a redução de riscos tanto podem ser realizadas em uma abordagem individual 
voltada para as pessoas de alto risco, como também em uma abordagem 
populacional, para reduzir o risco geral do agravo quando este está distribuído na 
população. Na abordagem populacional, a prevenção acontece de forma mais efetiva 
e sem os inconvenientes da abordagem de alto risco. A abordagem de alto risco é 
considerada por alguns autores como inadequada do ponto de vista comportamental 
e pouco eficaz, pois exige a mudança de hábitos em indivíduos que estão inseridos 
em um meio social que desestimula essas mudanças, limitada pela pouca habilidade 
em predizer o futuro dos indivíduos e desapontadora por contribuir pequenamente 
para o controle total das doenças (TEIXEIRA, 2021). 
Na área da prevenção, o rastreamento é uma atividade de diagnóstico pré-
sintomático, que deve ocorrer em meio a um amplo espectro de atividades de cuidado, 
promoção e melhoria da saúde, muitas delas com alto poder de impacto sobre a 
promoção da saúde e a prevenção de doenças. Apesar do relativo pouco impacto 
epidemiológico da atenção à saúde individual em situações de precariedade e 
desigualdade sanitária, você pode observar que os valores de igualdade, democracia, 
justiça e solidariedade geram o direito universal ao cuidado nos adoecimentos como 
direito de cidadania (TEIXEIRA, 2021). 
Prevenção de agravos e promoção da saúde 
 
As ações de promoção e proteção da saúde são fundamentais para a 
reorientação dos modelos assistenciais. Trata-se de uma estratégia de articulação 
transversal que objetiva a melhoria da qualidade de vida e a redução dos riscos à 
saúde por meio da construção de políticas públicas saudáveis que proporcionem 
melhorias no modo de viver (MELLO, 2015). 
Partindo do princípio de que a saúde preventiva antecipa eventuais e futuros 
problemas, pode-se dizer que, quando realizada por profissionais especializados e 
capacitados, ela contribui para uma melhor qualidade de vida e bem-estar das 
pessoas que procuram esse tipo de serviço (BUSS, 2011). 
Nas atividades educativas, o profissional de enfermagem que atua na rede de 
atenção primária de saúde participa de reuniões com os grupos da comunidade e das 
atividades de supervisão, treinamento, controle e coordenação do pessoal de 
enfermagem (FIGUEREDO; TONINI, 2011). 
 
13 
 
O enfermeiro pode ser considerado um dos principais agentes de promoção da 
saúde, sobretudo pelo fato de ser o profissional que está em contato direto com a 
família. Por essa razão, ele precisa ampliar a lógica racional e revisar o discurso de 
clínica, decodificando não só as questões biopsíquicas, mas resgatando, pensando e 
refletindo sobre os valores da vida, as condições sociais e as formas como as pessoas 
enfrentam os problemas (BRASIL, 2002). 
Mudar do modelo de atenção centrado nas doenças para um modelo centrado 
na promoção remete a inúmeros problemas, tais comoa vigência de modelos 
assistenciais preventistas e o desconhecimento por parte da sociedade (CARVALHO, 
2013). 
A população está acostumada com um tipo de situação e não se dá conta de 
que ela pode melhorar ou piorar, bem como que ela mesma é vigilante de sua saúde 
e segurança (FIGUEREDO; TONINI, 2011). Tendo em vista o perfil de 
morbimortalidade da população, a transição demográfica, epidemiológica e 
nutricional, o aumento dos custos na assistência à saúde e os potenciais impactos 
das ações de promoção e prevenção, torna-se de extrema relevância o 
desenvolvimento desses programas no setor de saúde. 
Ações concretas de saúde preventiva 
 
No período de 2003 a 2008, surgiu, no Brasil, o Projeto de Expansão e 
Consolidação da Saúde da Família, o qual passou a ser aliado da Política Nacional 
de Atenção Básica em todo o território nacional, tornando-se então uma ferramenta 
para institucionalizar o método de avaliar as perspectivas de descentralização. Em 
2006, foi aprovado o Pacto pela Saúde, surgindo como uma nova diretriz da política 
de favorecer a implementação de ações políticas prioritárias, substituindo as 
estratégias anteriormente adotadas (ALMEIDA; TANAKA, 2016). 
 A Estratégia Saúde da Família (ESF) passou ser a nova característica da rede 
de saúde primária do SUS, a qual passou a ter um trabalho multidisciplinar, haja vista 
que não se trata apenas de atendimento prestado por um médico de saúde da família, 
mas de uma equipe, na qual há uma definição de competências e 
corresponsabilidades entre seus membros. 
Essas equipes estão vinculadas às unidades básicas de saúde que estão 
historicamente, teórica e administrativamente preparadas para dar suporte a esse 
 
14 
 
novo processo de cuidado. Um dos integrantes da equipe multidisciplinar é o 
enfermeiro, o qual é descrito como um profissional importante por apresentar uma 
maior identificação com a proposta da ESF (BECKER, 2010). 
O enfermeiro atua nas atividades assistenciais individuais e em equipe, 
supervisiona e coordena os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários de 
saúde, além de ser o profissional de referência dos setores de imunização e curativo 
(MELLO, 2015). 
Tendo em vista que o contexto do cuidado de enfermagem se baseia em 
atividades educativas, o enfermeiro deve orientar, ensinar e indicar os caminhos do 
cuidado à saúde, de modo a permitir que o sujeito cuide da sua própria saúde 
(CARVALHO, 2013). 
O profissional deve, portanto, desenvolver habilidades e planejar suas ações 
de acordo com as necessidades dos sujeitos, sendo assim, é necessário saber e 
conhecer a forma como o enfermeiro trabalha as questões relacionadas à promoção 
da saúde (FIGUEREDO; TONINI, 2011). 
É preciso intensificar as ações das estratégias de promoção no cotidiano dos 
serviços de saúde e promover a autonomia das pessoas, dos indivíduos e dos 
profissionais para que, em conjunto, todos possam compreender a saúde como algo 
que resulta das condições de vida, bem como propiciar um desenvolvimento social 
mais equitativo (CARVALHO, 2013). 
O enfoque das ações de promoção deve procurar identificar e enfrentar os 
determinantes do processo-doença e as vulnerabilidades, auxiliando na tomada de 
decisões individuais para promover um nível de saúde melhor e condições de vida 
mais satisfatórias. Dessa forma, é possível notar que os enfermeiros realizam mais 
ações preventivas do que de promoção (BECKER, 2010). 
Propostas de ações de promoção e prevenção em saúde 
A educação em saúde é uma das principais estratégias de promoção da saúde, 
pois tem uma atuação sobre os determinantes das condições de vida dos sujeitos, 
buscando atuar em diferentes esferas, como trabalho, educação e lazer, além de 
investir no autoconhecimento e em estratégias de autocuidado (FALKENBERG et al., 
2014; MACHADO et al., 2007; RAMOS et al., 2018). 
 
15 
 
Nesse sentido, um equívoco muito comum é entender que a estratégias 
educativas em saúde apenas acontecem - ou devam acontecer - na atenção primária. 
Ainda que nesse espaço seja mais comum encontrarmos tais ações, elas acontecem 
até nos espaços com maior nível de complexidade. Claro que cada um desses 
espaços possui suas características, intencionalidades e objetivos. 
 Quando falamos das atividades de educação em saúde presentes na atenção 
primária, é importante lembrarmos que muitas vezes algumas dessas ações 
educativas acontecem em espaço fora da UBS, como a escola (projetos 
multidisciplinares). Nesse sentido, o profissional de saúde vem a somar 
conhecimento, trazendo outro olhar, mais técnico, sobre os aspectos voltados para a 
saúde, que nem sempre são abordados na escola de maneira tão profunda. 
Silva et al., (2017) realizaram uma intervenção numa escola de educação 
infantil, buscando orientar sobre cuidados de higiene, prevenção de acidentes e as 
etapas do desenvolvimento infantil. Para alcançar esses objetivos, foram pensadas 
estratégias com a predominância do lúdico: brincadeiras, oficinas, pinturas, vídeos e 
construção de materiais educativos para a utilização das crianças e jogos. Dividir a 
turma em equipes e propor um jogo competitivo com perguntas e desafios a serem 
realizados são maneiras divertidas de abordar um tema. No caso da educação em 
saúde, pode-se ensinar aos participantes condutas mais saudáveis, bem como os 
principais métodos de prevenção de enfermidades a partir de desenhos e 
dramatizações. 
No estudo de Silva et al., (2017), também foi estimulada a produção de cartazes 
informativos contendo algumas ações de higiene, como ao tomar banho, ir ao 
banheiro, lavar as mãos antes de comer e escovar os dentes. Nesse projeto, as 
crianças deviam colar quais instrumentos/objetos eram utilizados para cada ação 
(sabonete, papel higiênico, xampu), além de mostrar o passo a passo dessas ações, 
em forma de brincadeira. 
Em outra iniciativa, Stamm, Ponse e Santos (2019) também realizaram ações 
educativas em saúde em um hospital (atenção terciária) buscando diminuir as lesões 
por pressão que acometem pacientes acamados. Participaram das ações formativas 
os acompanhantes/familiares dos pacientes acamados, que, em rodas de conversa 
sobre o assunto, recebiam explicações sobre o que é uma lesão por pressão, quais 
pontos são mais acometidos e como deve ser o procedimento para evitá-las. Além 
 
16 
 
disso, foi construído materiais como um relógio, indicando os intervalos para realizar 
as mudanças de posição, sendo colocado nos quartos desses pacientes, além de 
orientações para que os cuidados fossem seguidos em casa, após a alta hospitalar. 
Atualmente, a covid-19 apresenta um desafio para as equipes de saúde, 
reforçando a necessidade e importância de ações de educação em saúde como uma 
estratégia de baixo custo e alta efetividade para conter a pandemia que assola o 
mundo. Essas ações podem ser realizadas a partir de cartilhas, mostrando o uso 
correto da máscara, lavagem de mãos, importância do distanciamento social e 
ventilação dos espaços, além de aproveitar a ida do usuário até o acolhimento de 
saúde como um momento para reforçar tais ideias. Essas cartilhas podem estar 
presentes nos espaços de saúde, mas também nas escolas, mercados e outros 
espaços públicos, relembrando constantemente a necessidade das medidas de 
contenção à covid-19 (BRANDENBURG et al., 2020). 
Essas ações no nível terciário buscam melhorar algum aspecto de um problema 
eminente identificado pela equipe da saúde. Perceba que, em contraste com as ações 
da atenção básica, as ações realizadas na atenção secundária e terciária são mais 
objetivas e diretas, devido à brevidade do atendimento nesses espaços, sendo 
necessárias ações mais imediatas. 
3 MEDICINA PREVENTIVA 
 
Fonte: shre.ink/mcvw 
 
17 
 
No Brasil, a prevenção começa a integrar o sistema de saúde a partir da década 
de 1970, com a chegada do livro de Leavell e Clark intitulado Medicinapreventiva. 
Nele, é estabelecida a base conceitual da medicina de prevenção. Termos como 
“tríade ecológica” e “história natural das doenças” passam a integrar o vocabulário 
epidemiológico apontando para uma abordagem multicausal das doenças. Nessa 
época, a multicausalidade se sobrepôs ao modelo unicausal, até então predominante. 
Multicausalidade é o termo chave que define a medicina preventiva 
contemporânea. Ela aponta a presença de diferentes elementos que associados são 
causadores de doenças. Na área da saúde, a prevenção demanda conhecimentos 
prévios sobre como as doenças ocorrem. É a partir do entendimento das dinâmicas 
das doenças que as estratégias de prevenção são elaboradas para reduzir a 
probabilidade do adoecimento (MARTINS, 2018). 
3.1 Cuidado preventivo 
A medicina preventiva está dividida em quatro categorias (FREEMAN, 2018): 
✓ Prevenção primária: aumentar a capacidade da pessoa se manter livre de 
doenças; 
✓ Prevenção secundária: detectar precocemente doenças e iniciar o tratamento 
adequado para evitar complicações; 
✓ Prevenção terciária: tratar doenças já instaladas para minimizar as 
incapacidades causadas pela doença; 
✓ Prevenção quaternária: reabilitar pessoas doentes com sequelas ou 
incapacidades. 
Esses são os cuidados preventivos recomendados para serem realizados por 
meio de ações individuais, coletivas e comunitárias. As ações devem incluir 
determinantes da saúde como: água potável, alimentação, saneamento, recolhimento 
do lixo, prevenção de acidentes, proteção infantil e garantia de acesso aos serviços 
de saúde, superando um olhar normalmente direcionado somente para as doenças 
infecciosas e não infecciosas. Segundo Tesser (2017), a medicina preventiva possui 
três características: 
✓ Tem o seu foco no indivíduo e na família. 
✓ Realiza-se na prática diária dos médicos. 
 
18 
 
✓ Representa uma grande transformação na prática médica, pois está baseada 
no desenvolvimento de uma nova atitude. 
Educação para a saúde 
A educação para a saúde consiste no fornecimento de informações, conselhos 
e treinamentos para atividades que possam promover a saúde. Como exemplo, cursos 
de gestantes, grupos de planejamento familiar, rodas de conversa sobre prevenção 
de acidentes ou prevenção de quedas para idosos. A educação para a saúde é 
desenvolvida pelos diversos profissionais da saúde e suas ações envolvem a efetiva 
promoção da saúde, perpassando todos os níveis de prevenção. Alguns estudos 
apontaram que os padrões de comportamento humano ou hábitos de vida 
contribuíram para até 40% de morte prematura. Esse dado alerta para a importância 
de a abordagem preventiva ter o propósito de incentivar e conscientizar as pessoas a 
fazerem as mudanças necessárias no estilo de vida com o objetivo de alcançar uma 
melhora na qualidade de vida e saúde (COSTA, 2019). 
3.2 Níveis de prevenção 
 
Fonte: shre.ink/mcvc 
Na década de 1970, os pesquisadores Leavell e Clark publicaram uma 
organização a respeito de intervenção no processo saúde-doença, sistematizando a 
promoção, prevenção, cura e reabilitação dentro de um modelo que chamaram de 
 
19 
 
história natural da doença. Esta história engloba dois períodos: pré-patogênese e 
patogênese, sendo o modelo construído a partir de três fatores principais em 
interação, o agente etiológico, o hospedeiro e o meio ambiente. 
No período de pré-patogênese, as manifestações clínicas da doença ainda não 
estão presentes, mas as condições para o seu aparecimento existem no ambiente ou 
no organismo da pessoa. Como por exemplo, um trabalhador do campo que utiliza 
agrotóxicos. Se ele utilizar os produtos sem a devida proteção, ao longo do tempo, 
poderá desenvolver enfermidades relacionadas a essa exposição. Assim, nesta fase, 
busca-se o trabalhador que ainda não está doente para a implantação das medidas 
de prevenção necessárias (COSTA, 2019). 
Na etapa de patogênese, a interação entre os fatores patogênicos, infecciosos 
ou de outra natureza leva a transformações fisiológicas e à manifestação de sinais e 
sintomas de doenças. Utilizando o mesmo exemplo, o período de patogênese é 
aquele em que o trabalhador já apresenta os sintomas de doenças relacionadas à 
exposição ao agrotóxico (doença neurológica, respiratória, dermatológica, entre 
outras). Dessa forma, as políticas públicas de saúde devem prever ações em todos 
os momentos da história natural da doença (COSTA, 2019). 
Para a sistematização dessas ações, os mesmos autores estruturaram as 
ações de prevenção em três níveis hierárquicos. Veja o Quadro abaixo, que apresenta 
o modelo previsto por Leavell e Clark: 
 
20 
 
 
Esse modelo foi o mais relevante e trouxe maior impacto nas tomadas de 
decisão e planejamentos em saúde, permanecendo até o momento como um modelo 
de prevenção clássico. Embora, existam algumas críticas devido ao modelo ser 
organizado de forma cronológica, linear e técnica, visando a prevenir eventos 
mórbidos futuros com ações no presente, baseado no saber médico-científico. Tal 
crítica surgiu a partir das mudanças no perfil de adoecimento das populações, hábitos 
de vida e tecnologias desenvolvidas (COSTA, 2019). 
Recentemente surgiram alguns autores, entre eles a pesquisadora Barbara 
Satrfield. Eles propuseram um novo nível de prevenção acrescido aos três níveis do 
modelo de Leavell e Clark: a prevenção quaternária. Ela consiste na identificação de 
pessoas em risco de medicalização excessiva e sua proteção contra novas 
intervenções desnecessárias, evitando danos iatrogênicos. A iatrogenia se traduz 
como doenças ou danos causados por tratamentos, ou intervenções médicas. 
Segundo Tesser (2017), a prevenção quaternária induz à avaliação e a uma 
reação crítica feita pelos médicos, demais profissionais e gestores dos sistemas de 
 
21 
 
saúde sobre si mesmos e sua atividade, gerando questionamento de seus limites 
técnicos, éticos e o reconhecimento das influências sobre as decisões e condutas 
preventivas. Logo, os tratamentos e intervenções têm fundamentação científica, não 
se baseando em pressões econômicas, sociais ou tecnológicas. 
No Quadro abaixo demonstra a representação da prevenção quaternária 
inserida nos níveis de prevenção: 
 
A prevenção quaternária induz à produção, sistematização e multiplicação de 
conhecimentos críticos, rigorosos critérios técnicos e cuidadosas exigências éticas 
para orientar as ações preventivas profissionais e institucionais. Esse nível tem a 
finalidade de evitar a medicalização excessiva da prevenção e reduzir seus danos, 
mesmo que vários não sejam percebidos pelos usuários e profissionais (COSTA, 
2019). 
Cuidados nos diferentes níveis de prevenção 
A busca pela saúde é um tema presente na sociedade desde os tempos mais 
remotos. o ser humano investe sua energia e esforço para compreender e intervir nos 
processos que causam adoecimento, sofrimento e dor. nesse contexto, surge a 
prevenção, uma ação antecipada para impedir o aparecimento e progressão de 
doenças. com o avanço do conhecimento das causas das patologias, foram sendo 
geradas diversas medidas de proteção à saúde e combate às doenças, considerando 
os seus fatores e determinantes (COSTA, 2019). 
 
22 
 
Você já conheceu os conceitos básicos sobre os cuidados preventivos e os 
níveis de prevenção: primária, secundária, terciária e quaternária. a seguir, serão 
apresentados os cuidados nos diferentes níveis de prevenção, considerando o 
contexto do sistema único de saúde (SUS) no Brasil. 
3.3 Prevenção primária 
Os cuidados na prevenção primária são aqueles realizados quando o estado 
de adoecimento ainda não está presente, porém, os fatores de risco são reais. No 
Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um exemplo bem-sucedido de 
prevenção primária, pois são atribuídas à vacinação a erradicação da varíola e da 
poliomielite, além da redução da taxa de mortalidade decorrente de sarampo,rubéola, 
tétano, difteria e coqueluche. 
O PNI define os calendários de vacinação de acordo com a situação 
epidemiológica, riscos e vulnerabilidades dos seguintes públicos alvo: crianças, 
adolescentes, adultos, gestantes, idosos e povos indígenas. Anualmente, cerca de 
300 milhões de doses de vacinas e imunoglobulinas são distribuídas para os serviços 
de saúde em todo o território nacional (COSTA, 2019). 
Além da imunização para a prevenção de doenças específicas, a prevenção 
primária também atua na orientação e educação dos indivíduos e populações sobre 
como se manter saudável. Cada profissional e instituição desenvolve atividades com 
metodologias adequadas (grupos, palestras, oficinas, roda de conversa, jogos, etc.) e 
sobre os assuntos mais relevantes para a população atendida. 
Cabe aos serviços de saúde realizarem o diagnóstico dos problemas mais 
importantes para instruir e evitar o progresso de novos casos. São exemplos de 
assuntos relevantes para a educação em saúde visando à prevenção: 
✓ alimentação saudável; 
✓ prática de atividades físicas; 
✓ cessação do tabagismo; 
✓ prevenção do abuso de álcool; 
✓ prevenção de quedas para idosos; 
✓ prevenção de injúrias à criança; 
✓ cuidados com o recém-nascido, entre outros. 
 
23 
 
3.4 Prevenção secundária 
A prevenção secundária visa implementar ações para a detecção precoce de 
doenças, e iniciar o tratamento o mais rápido possível para reduzir as complicações 
ou o agravamento do quadro clínico. Dentro desse contexto, no Brasil, é preconizado 
o rastreamento de doenças específicas. Quando uma pessoa apresenta sinais e 
sintomas de uma doença, e um teste diagnóstico é realizado, isso não representa um 
rastreamento. Porque, no rastreamento, os exames ou testes são aplicados em 
pessoas sadias, implicando em benefícios relevantes frente aos riscos e danos 
previsíveis e imprevisíveis do procedimento. 
Um resultado de exame positivo não implica fechar um diagnóstico, pois, 
geralmente, são exames que selecionam as pessoas com maior probabilidade de 
apresentar uma doença. Outro teste confirmatório é sempre necessário depois de um 
rastreamento positivo. Por exemplo, uma mamografia sugestiva de neoplasia deve ser 
seguida de uma biópsia e confirmação diagnóstica (BRASIL, 2010). 
O Ministério da Saúde publicou, no ano de 2010, o caderno de atenção primária 
sobre rastreamento de doenças. O caderno traz as recomendações mais importantes 
para a prática clínica relacionadas à avaliação de risco, rastreamento e ao diagnóstico 
precoce. A publicação está dividia, didaticamente, em recomendações para adultos, 
incluindo homens, mulheres e idosos, orientações para crianças e sugestões relativas 
aos cânceres. Veja a seguir cada rastreamento preconizado: 
 
Adultos: 
✓ avaliação e rastreamento de risco cardiovascular; 
✓ rastreamento de dislipidemia; 
✓ rastreamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS); 
✓ rastreamento de diabetes melito II; 
✓ rastreamento de tabagismo; 
✓ rastreamento de abuso de álcool; 
✓ rastreamento de obesidade 
Crianças: 
✓ rastreamento de anemia falciforme em recém-nascidos (rn); 
 
24 
 
✓ rastreamento de hipotireoidismo congênito; 
✓ rastreamento de fenilcetonúria; 
✓ teste da orelhinha; 
✓ rastreamento para detecção da ambliopia, estrabismo e defeitos da acuidade 
visual. 
Detecção precoce de câncer: 
✓ rastreamento de câncer do colo do útero; 
✓ rastreamento de câncer de mama; 
✓ rastreamento de câncer da próstata; 
✓ rastreamento de câncer de cólon e reto; 
✓ rastreamento de câncer de pele; 
✓ rastreamento de câncer de boca. 
3.5 Prevenção terciária 
A prevenção terciária implementa tratamentos para reduzir os efeitos crônicos 
de problemas de saúde em um indivíduo ou população, além de minimizar os prejuízos 
decorrentes da doença, incluindo a reabilitação. Para a implementação dessas ações, 
o SUS está organizado em três níveis de complexidade: atenção primária, 
secundária e terciária (COSTA, 2019). 
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada no sistema de saúde. 
É o nível assistencial que oferta o cuidado para as doenças e problemas mais comuns 
e frequentes na população. Garante o diagnóstico e tratamento completo, gratuito pelo 
SUS para doenças transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis. São 
exemplos de patologias atendidas nas ações de prevenção terciária na APS: doenças 
sexualmente transmissíveis e Aids, hepatites virais, tuberculose, hanseníase, 
hipertensão arterial, diabetes melito, asma, tratamento de feridas e atendimento a 
afecções agudas, como febre a esclarecer, viroses, infecções respiratórias agudas, 
distúrbios gastrintestinais, entre outros. A APS também tem a função de coordenação 
do cuidado, portanto, os problemas de saúde que demandam um atendimento 
especializado são referenciados no nível secundário (COSTA, 2019). 
 
25 
 
 A atenção secundária, também chamada de atenção ambulatorial 
especializada, é o nível em que são prestados cuidados especializados e com maior 
densidade tecnológica. São exemplos de especialidades médicas: acupuntura, 
alergia, imunologia, anestesiologia, angiologia, cardiologia, dermatologia, 
endocrinologia, gastroenterologia, geriatria, hematologia, infectologia, mastologia, 
nefrologia, neurologia, oftalmologia, ortopedia, pneumologia, psiquiatria, reumatologia 
e urologia. Os serviços de reabilitação também se encontram na atenção ambulatorial, 
sendo fisioterapia, terapia ocupacional e a fonoaudiologia. 
É caracterizada por ofertar os serviços de alta complexidade tecnológica, 
engloba os serviços de emergência e internação hospitalar, uma vez que o ambiente 
hospitalar oferece condições apropriadas para apresentar tratamentos clínicos, 
cirúrgicos e intensivos, possibilitando a plena recuperação da saúde (COSTA, 2019). 
3.6 Prevenção quaternária 
As ações em saúde, preventivas e curativas, em algumas situações, são 
consideradas excessivas e agressivas, acabam trazendo mais prejuízos para a saúde 
do que os supostos benefícios. A prevenção quaternária atua para identificar 
pacientes ou população que estão sob risco de sobremedicalização e protegê-los de 
intervenções e procedimentos desnecessários. 
Os cuidados implementados, neste nível de prevenção, partem da 
conscientização dos profissionais e do preparo científico. Os atendimentos em cada 
área específica devem ser embasados em evidências, e seguido protocolos clínicos. 
Por exemplo, ao atender um lactente, de três meses, com coriza. No exame físico, o 
paciente apresenta sinais vitais estáveis e ausculta pulmonar ausente de ruídos 
adventícios. O tratamento prescrito foi manter o aleitamento materno em livre 
demanda e medicamento sintomático. Porém, a mãe da criança insiste na realização 
de um raio-x, pois está com receio de que o bebê esteja com pneumonia. Nesse 
momento, o profissional realiza o cuidado de prevenção quaternária, ao orientar a mãe 
sobre não haver a indicação para a realização do exame e, além disso, sobre os riscos 
envolvidos na exposição do lactente à radiação desnecessária (COSTA, 2019). 
 
 
26 
 
Promoção de saúde x prevenção de doenças 
Promoção da saúde é um grupo de medidas inespecíficas, voltadas para a 
população saudável, com a finalidade de manter a saúde e prevenir a ocorrência da 
doença e que está incluído na parte da prevenção primária (PEREIRA, 2007). 
É uma ação completa cuja finalidade é melhorar a qualidade de vida do ser 
humano (PINTO, 2013). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), na 
Carta de Ottawa sobre a promoção da saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 
2017), cinco campos de ação para a promoção da saúde foram definidos: 
✓ desenvolvimento de habilidades pessoais; 
✓ reforço da ação comunitária; 
✓ políticas públicas saudáveis; 
✓ ambiente de apoio adequado; 
✓ reorientação do sistema de saúde. 
A promoção da saúde tem o desenvolvimentopessoal e social por meio da 
divulgação, da informação e da educação para a saúde e a intensificação das 
habilidades vitais. Assim, as populações podem exercer maior controle sobre sua 
própria saúde e sobre o meio ambiente, bem como fazer escolhas que conduzam a 
uma saúde melhor. Por meio do reforço das ações comunitárias concretas e efetivas 
no desenvolvimento das prioridades, na tomada de decisão, na definição de 
estratégias e na sua implementação, a política de promoção à saúde visa à melhoria 
das condições de saúde. 
Ela requer a identificação e a remoção de obstáculos para a adoção de políticas 
públicas saudáveis nos setores que não estão diretamente ligados à saúde. Criar 
ambientes adequados para mudar os modos de vida, de trabalho e de lazer tem um 
significativo impacto sobre a saúde. A organização social do trabalho deveria 
contribuir para a constituição de uma sociedade mais saudável. A reorientação dos 
serviços de saúde requer um esforço maior de pesquisa em saúde, assim como de 
mudanças na educação e no ensino dos profissionais da área da saúde (BRASIL, 
2000). 
Com passar do tempo, a OMS traz novos princípios modernos para promoção 
de saúde, como: concepção holística, intersetorialidade, participação social, 
equidade, ações multiestratégicas e sustentabilidade. Na concepção holística 
 
27 
 
entende-se que as iniciativas de promoção de saúde fomentam a saúde física, mental, 
social e espiritual, sendo a integralidade como referência. Já intersetorialidade para a 
operacionalização da promoção de saúde é necessária para a cooperação entre 
diferentes setores envolvidos e a articulação de suas ações: legislação, sistema 
tributário, educação, habitação, serviço social, trabalho, alimentação, lazer, 
agricultura, planejamento urbano, etc. 
Na participação social deve haver continuamente consulta, diálogo e troca de 
ideias entre indivíduos e grupos, tanto leigos como profissionais. Mecanismos políticos 
devem ser estabelecidos de forma a garantir oportunidades de expressão e 
desenvolvimento do interesse público na saúde. A equidade relaciona-se à justiça 
social, na eliminação de diferenças desnecessárias, evitáveis e injustas que 
restringem oportunidades para se atingir o direito de bem-estar. 
Ações multiestratégicas pressupõem o envolvimento de diversas disciplinas e 
dizem respeito à combinação de métodos e abordagens variadas. A sustentabilidade 
consiste em criar iniciativas que correspondam com o princípio do desenvolvimento 
sustentável a fim de garantir um processo duradouro e forte. Por fim, a OMS ainda 
caracteriza como iniciativas de promoção de saúde os programas, as políticas e as 
atividades planejadas e executadas de acordo com os princípios descritos (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2003). 
 Prevenção é um termo utilizado para impedir o aparecimento do estágio 
seguinte da história natural da doença; porém as medidas preventivas se destinam 
também a interromper o processo da doença que já se instalou no organismo do ser 
humano (PEREIRA, 2007). 
Desde muito tempo tem se adotado medidas preventivas a fim de evitar o 
progresso das doenças. Em 1965, Leavell e Clark sugeriram o modelo da história 
natural da doença, composto por três níveis de prevenção - primária, secundária e 
terciária. As ações primárias são feitas antes do início biológico da doença, de forma 
a prevenir a ocorrência da patologia; as secundárias já são após o seu início e 
consistem na “prevenção da evolução” da doença no organismo com o objetivo de 
tentar regredir o quadro clínico. Em seguida, incluíram o termo terciário, com a 
intenção de recomendar medidas quando a doença está em um estágio mais 
avançado, evitando uma progressão maior do estado clínico do paciente (PEREIRA, 
2007). 
 
28 
 
Por meio dos três níveis das medidas preventivas tem-se a subdivisão em cinco 
níveis, apresentados no Quadro 1. 
 
Percebe-se que as principais diferenças da promoção de saúde e prevenção 
de doenças consistem em seus objetivos: a prevenção está em evitar o objetivo final 
a doença; já na promoção o objetivo contínuo é ter saúde e bem-estar, por isso 
ausência de doença não é suficiente (DEMARZO; AQUILANTE, 2008). 
Histórico da evolução do conceito saúde-doença 
Os conceitos de saúde e de doença foram, ao longo da história, construídos e 
modificados várias vezes, uma vez que estão vinculados aos contextos históricos, 
geográfico, político, social, econômico e cultural de uma sociedade. Há muito tempo 
a humanidade enfrenta as doenças, e cada sociedade cria seus conceitos do que 
seriam a doença e a saúde. Na concepção mágico-religiosa, a doença resulta da ação 
de forças alheias ao organismo, sendo causada pelo pecado ou pela maldição. Já 
para os antigos hebreus, a doença era um sinal da cólera divina, diante dos pecados 
 
29 
 
humanos; sendo a enfermidade um sinal de desobediência ao mandamento divino, 
como no caso da lepra. 
Os judeus, com suas práticas religiosas baseadas na alimentação, ajudaram a 
prevenir doenças. Como exemplos, um animal não poderia ser abatido por pessoa 
que tivesse doença de pele; e moluscos eram proibidos de serem ingeridos, com isso 
a doença de hepatite transmitida por ostras era evitada. Outras culturas acreditavam 
no xamã como o encarregado de expulsar, mediante rituais, os maus espíritos que 
haviam apoderado pessoa, causando doença. Na mitologia grega, várias divindades 
estavam ligadas à saúde; a cura da doença, para os gregos, era obtida pelo uso de 
plantas e de métodos naturais, e não apenas por procedimentos ritualísticos. 
O pai da medicina, Hipócrates, postulou a existência de quatro fluidos principais 
no corpo: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. Dessa forma, a saúde era 
baseada no equilíbrio entre esses elementos. Depois chegou Galeno, que se baseava 
em Hipócrates e acreditava que a causa da doença era endógena, ou seja, estaria no 
próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao 
desequilíbrio. Enquanto isso, no Oriente, afirmava-se que se as forças vitais que 
existiam no corpo estivessem em harmonia, haveria saúde; se em desarmonia, 
doença, e assim utilizavam medidas terapêuticas como acupuntura e ioga (SCLIAR, 
2007). 
No século XIV, William Farr foi um dos pioneiros no estudo de estatística em 
saúde. Em seus relatórios, os números de mortalidade combinavam com vívidos 
relatos, chamando atenção para a desigualdade entre distritos “sadios” e “não sadios”. 
Em 1842, Edwin Chadwick criou a diretoria geral de saúde, propondo medidas de 
saúde pública e recrutando médicos sanitaristas. Teve início de trabalho de saúde 
pública na Grã-Bretanha. Em 1883, Bismarck criou um sistema de seguridade social 
e de saúde - embora, na Alemanha, já tivesse surgido, em 1779, a ideia da intervenção 
do Estado na área de saúde pública. Naquele ano, Johan Peter Frank lançava o 
conceito, paternalista e autoritário, de polícia médica ou sanitária (SCLIAR, 2007). 
 Até então não existia um conceito universal sobre a saúde. Foi a partir da 
criação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da OMS que se teve o 
reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção 
da saúde com o conceito de que “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, 
mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”. Por meio desse conceito, 
 
30 
 
no Canadá, em 1974, o campo da saúde passa a abranger a biologia humana, o meio 
ambiente, o estilo de vida e a organização da assistência à saúde. 
E, finalmente, no Brasil, a Constituição Federal de 1988 cita que: “A saúde é 
direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas 
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 
1988). Esse artigo norteia o Sistema Único de Saúde (SUS).4 PREVENÇÃO AMBIENTAL 
 
Fonte: shre.ink/mcsG 
O desenvolvimento de urbanização relacionado ao crescimento econômico, 
muitas vezes, ocorre de forma não sustentável. Este modelo de crescimento traz 
repercussões importantes para a saúde pública, pois, ao desconsiderar algumas 
necessidades humanas e das demais espécies, impacta no ecossistema por meio de 
contaminações, poluições e outros fenômenos que resultam em mais danos 
ambientais. Sendo assim, a importância da atuação da saúde ambiental está ligada à 
diminuição da incidência de doenças evitáveis e mortes precoces que geram 
demandas crescentes dos serviços de saúde (HIGA, 2019). 
 
31 
 
4.1 Vigilância ambiental: pressupostos básicos 
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2002), vigilância ambiental em saúde 
é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interfiram 
na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle 
dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. 
Assim, cabe à vigilância ambiental averiguar os fatores ambientais que agem sobre a 
população e as relações sociais que estruturam estes fatores, pois são complexas, 
historicamente construídas e mediadas por fatores sociais, econômicos e culturais. 
 Desta forma, a vigilância ambiental atua identificando os agravos presentes no 
ambiente e a relação deles com a comunidade atingida por seus efeitos, de maneira 
a criar metodologias para extinguir as fontes causadoras de perturbação ou, pelo 
menos, elaborar ações para minimizar seus impactos adversos. De acordo com a 
Fundação Nacional de Saúde (Funasa) (BRASIL, 2002), entre os objetivos da 
vigilância ambiental em saúde estão: 
✓ produzir, integrar, processar e interpretar informações a serem 
disponibilizadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), servindo como 
instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades 
de promoção da saúde, prevenção e controle de doenças relacionadas ao 
meio ambiente; 
✓ estabelecer parâmetros, atribuições, procedimentos e ações relacionadas à 
vigilância ambiental nos diversos níveis de competência; 
✓ identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores 
ambientais condicionantes e determinantes das doenças e de outros agravos 
à saúde; 
✓ promover ações de proteção à saúde relacionadas ao controle e recuperação 
do meio ambiente; 
✓ conhecer e estimular a interação entre ambiente, saúde e desenvolvimento 
com o intuito de fortalecer a participação popular na promoção da saúde e 
qualidade de vida. 
 
32 
 
5 PROGRAMAS EM DESTAQUE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE 
 
Fonte: shre.ink/mcst 
As políticas públicas são voltadas para a saúde da população, entre elas, 
algumas categorias incluem: saúde da criança e do adolescente, alimentação e 
nutrição, saúde bucal, saúde mental, saúde do idoso e saúde da mulher e do homem. 
Como o marco para as políticas foi a criação do SUS, os profissionais da saúde, 
principalmente os da área de Enfermagem, tiveram sua atuação ampliada e inserida 
no campo individual, coletivo, comunitário e social. 
Um exemplo dessa prática ampliada é a atuação dos profissionais nas 
unidades de atenção básica e nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs), que se 
mostram como um espaço aberto, sensível e flexível para a emancipação e a 
participação e transformação social (BACKES et al., 2012). 
Ao longo dos anos, as políticas públicas de saúde no Brasil sofreram 
transformações e adequaram-se aos momentos políticos, econômicos e sociais do 
país. Apenas em 1808, com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, algumas 
normas sanitárias foram colocadas em prática, mesmo que apenas nos portos, para 
impedir a entrada de doenças contagiosas que pudessem atingir a nobreza. 
Em 1822, outras políticas públicas frágeis foram aplicadas no controle dos 
portos, mas, sem muito sucesso. Apenas com a Proclamação da República é que 
foram implementadas práticas de saúde ao nível nacional. Passado um longo período, 
a saúde ganhou força no Brasil a partir da Constituição de 1988, que criou o Sistema 
 
33 
 
Único de Saúde (SUS). O SUS nasceu para proporcionar aos excluídos a assistência 
à saúde (BRASIL, 1988). 
5.1 Principais avanços e impasses da política de saúde no Brasil 
Nas políticas públicas de saúde no Brasil, ainda hoje existem muitos desafios 
e muitos impasses. Em termos de avanços foram quatro os principais (PAIM et al., 
2011; ALMEIDA, 2013): 
 
✓ Programa mais médicos: a ideia do programa é levar médicos especialistas 
de saúde a localidades de difícil acesso. No início, o programa foi muito 
criticado por trazer profissionais do exterior para cuidar da população brasileira. 
Até 2015, o Programa Mais Médicos já havia enviado mais de 14 mil 
profissionais a quase 4 mil municípios, atendendo 50 milhões de cidadãos que 
antes não tinham acesso à saúde - em forma de vacinação, tratamento 
odontológico, acompanhamento psicossocial, entre outros. Atualmente, o 
programa incentiva médicos brasileiros a irem trabalhar em localidades 
distantes. 
✓ Tratamento de HIV e aids: o Brasil aumentou o volume de pacientes 
recebendo o tratamento e diminuiu o número de contaminações, fruto do 
fortalecimento do tratamento e da distribuição de medicações de alto custo, 
gratuitamente pela rede pública. O dado mais relevante é o de que 91% dos 
brasileiros portadores do vírus HIV em tratamento há no mínimo 6 meses já 
apresentam uma carga viral indetectável no organismo. 
✓ Campanhas de prevenção: o governo investiu em campanhas de prevenção 
de cunho social. O percentual de mulheres que haviam feito uma mamografia 
aumentou significativamente, passando de 71,1% em 2006 para 78% em 2013. 
E no que se refere às campanhas sazonais de vacinação, os resultados 
também têm sido satisfatórios. Nos primeiros dias da campanha nacional de 
vacinação contra H1N1, quase 50% do público-alvo já havia sido vacinado. 
✓ Descentralização da atenção primária: essa descentralização levou a 
atenção primária à população mais carente. Surgiram programas como o Rede 
Cegonha, criado em 2011, que visa implantar uma rede de cuidados à gestante, 
 
34 
 
comportando o acompanhamento completo no pré-natal, no parto, no 
nascimento e no desenvolvimento da criança; e o Programa Saúde na Escola, 
fruto da articulação entre os Ministérios da Saúde e da Educação, que leva 
profissionais às salas de aula para trabalhar a conscientização dos estudantes 
em relação à prevenção de doenças, além de realizar avaliações. 
Outros avanços também devem ser descritos: as desigualdades por nível 
educacional no uso de serviços de saúde estão diminuindo de forma consistente; 
equipes de Saúde Bucal foram introduzidas no PSF, aumentando o número de 
pessoas que consultaram um dentista; o programa de imunização é um dos mais bem-
sucedidos programas de saúde pública no Brasil, o que é demonstrado por sua alta 
cobertura e sustentabilidade; o Código de Ética Médica reforça os direitos dos 
pacientes e reduz os casos de discriminação nas políticas de saúde no Brasil. As 
doenças infecto-parasitárias com desfecho rápido eram as principais causas de morte; 
esse panorama alterou-se e tais doenças, atualmente, representam apenas 6,5% dos 
óbitos (ALMEIDA, 2013). 
Em termos de desafios, existem muitos em nosso país no que diz respeito à 
saúde. Em relação ao mercado, à medida que a participação do setor privado 
aumenta, as interações entre os setores público e privado criam contradições e injusta 
competição. Essa competição gera resultados negativos na equidade e no acesso aos 
serviços de saúde. 
6 POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE E A CRIAÇÃO DO SUS 
 
Fonte: shre.ink/mcss 
 
35 
 
As políticas públicas são definidas como conjuntos de disposições, medidas e 
procedimentos que orientama política do Estado e regulam as atividades 
governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. Seu objetivo é o de 
organizar as funções públicas governamentais para a promoção, a proteção e a 
recuperação da saúde dos indivíduos e da coletividade (LUCCHESE, 2004). 
Na necessidade de criar políticas públicas para promover a saúde, encontra-se 
o processo de criação do SUS como política do estado brasileiro pela melhoria da 
qualidade de vida e pela afirmação do direito à vida e à saúde e que dialoga com as 
reflexões e os movimentos no âmbito da promoção da saúde. A promoção da saúde 
tem estreita relação com a vigilância em saúde e a execução das agendas 
governamentais, com a finalidade de que as políticas públicas sejam cada vez mais 
favoráveis à saúde e à vida (BRASIL, 2010). 
As políticas públicas se concretizam com os sujeitos sociais e as atividades 
institucionais que as realizam em cada contexto e condicionam seus resultados. Com 
isso, o acompanhamento dos processos e a avaliação de seu impacto sobre a 
situação real devem ser permanentes e contínuos (LUCCHESE, 2004). 
Para uma efetiva implementação das políticas públicas, estas devem estar em 
conformidade com a lei da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e 
a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990, e a Lei nº. 8142, 
de 28 de dezembro de 1990). 
Na Constituição de 1988 são estabelecidos os princípios, as diretrizes, as 
bases de financiamento e as competências gerais do SUS. A Lei nº. 8080/1990 dispõe 
sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde e sobre a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. 
A promoção da saúde é uma estratégia articulada capaz de criar mecanismos 
que reduzam as situações de vulnerabilidade e os riscos à saúde da população, que 
defendam a equidade e incorporem a participação e o controle social na gestão das 
políticas públicas. A Política Nacional de Promoção da Saúde tem como um dos 
objetivos específicos a incorporação e implementação de ações de promoção da 
saúde, com ênfase na atenção básica (BRASIL, 2010). 
Nesse sentido, as diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde são 
fundamentadas na integralidade, equidade, responsabilidade sanitária, mobilização e 
participação social, intersetorialidade, informação, educação e comunicação e 
 
36 
 
sustentabilidade. Conhecer as diferenças dos conceitos de promoção de saúde e 
prevenção de doenças direcionará os profissionais da saúde para melhores formas 
de tratamento. 
O exemplo de atenção básica primária foca na promoção da saúde refletindo 
em todas as dimensões do ser humano, na sua forma biológica, psicológica, social, 
cultural e histórica, para melhorar a qualidade da saúde dos indivíduos, respeitando 
as suas singularidades e particularidades. Com isso, os profissionais de saúde devem 
centrar seus esforços em ações preventivas e superar o modelo centrado só na 
doença, tecnicista. Além disso, devem entender como foi abordado ao longo do tempo 
o conceito saúde-doença e como se dá a aplicação de políticas públicas de saúde 
com o intuito de concretizar as ações de promoção de saúde (BORGES, 2022). 
7 POLÍTICAS VOLTADAS À SAÚDE DE SEGMENTOS POPULACIONAIS 
Os segmentos populacionais englobam as políticas nacionais de atenção a 
crianças, idosos, mulheres, homens e trabalhadores (ELIAS, 2019). 
7.1 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança 
 
Fonte: shre.ink/mcEO 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) promove 
e protege a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e os 
 
37 
 
cuidados integrais desde a gestação até os nove anos de vida, com especial atenção 
à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando, com isso, à 
redução da morbimortalidade. As ações de enfermagem são voltadas para: 
✓ atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao 
recém-nascido; 
✓ acompanhamento do pré-natal de risco habitual realizado pelo enfermeiro e 
encaminhamento dos casos de alto risco para o atendimento médico; 
✓ incentivo ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável 
desde o período da gestação; 
✓ acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral de acordo 
com as orientações da Caderneta de Saúde da Criança; 
✓ atenção integral à criança com agravos prevalentes na infância e com doenças 
crônicas; 
✓ atenção integral à criança em situação de violência e quanto à prevenção de 
acidentes e óbitos evitáveis; 
✓ prevenção de doenças de transmissão vertical (da mãe para o bebê); 
✓ apoio à mãe trabalhadora e ao seu bebê; 
✓ incentivo e manutenção de bancos de leite humano; 
✓ disponibilização da Caderneta de Saúde da Criança; 
✓ notificação de casos e geração de dados para alimentar o Sistema de 
Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC); 
✓ acompanhamento das condições de saúde; 
✓ imunização; 
✓ atuação em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente e ECA. 
 
38 
 
7.2 Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa 
 
Fonte: shre.ink/mcEZ 
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa promove ações de recuperação 
e manutenção da autonomia e a independência dos indivíduos idosos, norteando 
medidas coletivas e individuais de saúde (ELIAS, 2019). 
 As ações de enfermagem são voltadas para: 
✓ estímulo de práticas de nutrição balanceada, sexo seguro, imunização e 
hábitos de vida saudáveis; 
✓ medidas motivacionais para evitar o consumo de álcool, tabagismo e 
sedentarismo em todos os níveis de atenção; 
✓ avaliação, diagnóstico e tratamento da saúde mental da pessoa idosa; 
✓ ações para reduzir hospitalizações e aumentar habilidades para o autocuidado; 
✓ prevenção de acidentes e quedas; 
✓ participação da família; 
✓ assistência em condições crônicas de saúde; 
✓ notificação de casos de violência e geração de dados para alimentar os 
sistemas de informação; 
✓ atuação em consonância com o Estatuto do Idoso. 
 
39 
 
7.3 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres 
 
Fonte: shre.ink/mcEG 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISM) 
promove ações integrais de assistência à saúde das mulheres em período gravídico 
e não gravídico e em todas as suas dimensões (ELIAS, 2019). 
 As ações de enfermagem são voltadas para: 
✓ atenção humanizada e qualificada na gestação, no parto e no puerpério; 
✓ acompanhamento do pré-natal de risco habitual realizado pelo enfermeiro e 
encaminhamento dos casos de alto risco para o atendimento médico; 
✓ disponibilização do Cartão da Gestante e o seu pleno preenchimento; 
✓ incentivo ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável 
desde o período da gestação; 
✓ prevenção de doenças de transmissão vertical (da mãe para o bebê); 
✓ apoio à mãe trabalhadora e ao seu bebê; 
✓ incentivo e manutenção de bancos de leite humano; 
✓ prevenção, detecção e controle das infecções sexualmente transmissíveis; 
✓ prevenção, detecção e acompanhamento dos cânceres de mama e de colo do 
útero; 
✓ realização e encaminhamento de exames específicos para detecção de 
cânceres de mama (exame clínico das mamas e mamografia) e de colo de útero 
(Papanicolau); 
 
40 
 
✓ promoção da saúde e empoderamento de mulheres em se tratando de 
violência, incluindo o encorajamento para a denúncia, bem como o apoio social 
e emocional; 
✓ assistência ao climatério e à menopausa; 
✓ planejamento familiar e reprodutivo; 
✓ promoção da saúde integral na unidade de saúde e na comunidade para a 
prevenção de doenças transmissíveis e não transmissíveis; 
✓ notificação de casos de violência e geração de dados para alimentar os 
sistemas de informação. 
7.4 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
 
Fonte: shre.ink/mcEQ 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde doHomem estabelece o 
avanço das condições de saúde da população masculina brasileira, o que contribui 
efetivamente para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população (ELIAS, 
2019). 
 As ações de enfermagem são voltadas para: 
✓ atenção humanizada e qualificada; 
✓ promoção da saúde e prevenção de violência e acidentes; 
✓ promoção da saúde e prevenção do uso de álcool, drogas e tabaco; 
 
41 
 
✓ atenção à saúde sexual e reprodutiva dos homens, o que inclui as ações de 
planejamento familiar e reprodutivo; 
✓ prevenção, detecção e controle das infecções sexualmente transmissíveis; 
✓ prevenção, detecção e acompanhamento do câncer de próstata, com 
orientações e encaminhamentos para a realização de exame clínico e 
laboratorial; 
✓ promoção da saúde integral na unidade de saúde e na comunidade para a 
prevenção de doenças transmissíveis e não transmissíveis; 
✓ notificação de casos e geração de dados para alimentar os sistemas de 
informação. 
7.5 Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora 
 
 
Fonte: shre.ink/mcED 
A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora define os 
princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de 
gestão do SUS para o desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador, 
com ênfase na vigilância, visando à promoção e à proteção da saúde dos 
trabalhadores e à redução da morbimortalidade (ELIAS, 2019). 
 As ações de enfermagem são voltadas para: 
✓ redução de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho; 
 
42 
 
✓ prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; 
✓ estímulo ao uso de equipamentos de proteção e ajustes ergonômicos 
(relacionados à adaptação de equipamentos e à postura da estrutura física do 
trabalhador); 
✓ fornecimento de informações sobre legislações específicas com os direitos e 
deveres do empregado e do empregador; 
✓ realização da CAT; 
✓ notificação de casos de violência e geração de dados para alimentar os 
sistemas de informação;  participação na Política Nacional de Saúde do 
Trabalhador e da Trabalhadora (CIPA) e no Serviço Especializado de 
Engenharia e Medicina do Trabalho (SESMT); 
✓ acompanhamento e melhoria das condições de trabalho e vida dos 
trabalhadores; 
✓ apoio ao aleitamento de mães trabalhadoras; 
✓ respeito às leis trabalhistas vigentes. 
8 POLÍTICAS DE ORGANIZAÇÃO DO SUS 
 
Fonte: shre.ink/mc0t 
O SUS foi criado com a intenção de abranger todo o tipo de atendimento e para 
garantir acesso integral, universal e gratuito para a população. O SUS deve 
proporcionar acesso total ao sistema público de saúde. Atualmente ele é considerado 
 
43 
 
um dos maiores e mais completos sistemas de saúde pública do mundo (ELIAS, 
2019). 
8.1 Política Nacional de Humanização 
 
Fonte: shre.ink/mc0D 
A Política Nacional de Humanização (PNH) - Humaniza SUS define uma 
estratégia de interferência no processo de produção de saúde, considerando que 
sujeitos sociais, quando mobilizados, são capazes de mudar realidades, 
transformando a si próprios nesse mesmo processo. É importante evidenciar o 
alcance da qualificação da atenção e da gestão em saúde no SUS (BRASIL, 2004). 
A seguir, estão listadas algumas políticas de humanização: 
✓ Incentivo à qualificação da equipe de saúde e educação permanente. 
✓ Estabelecimento de vínculo e interação entre os profissionais e os usuários de 
saúde. 
✓ Realização do acolhimento e da classificação de risco (determina-se quem 
necessita de atendimento prioritário de saúde em relação aos demais). 
✓ Construção da autonomia e do protagonismo de sujeitos e coletivo. 
✓ Fornecimento de orientações e resolutividade das demandas dos usuários. 
✓ Promoção da saúde nos diversos ambientes de cuidado e na comunidade. 
A Promoção da Equidade em Saúde objetiva reduzir as desigualdades entre os 
indivíduos. A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) aponta, entre outras coisas, 
 
44 
 
um conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem 
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de 
danos, cuidados paliativos, vigilância em saúde, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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