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Energias de ordem físicas

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Aula 1 – Medicina Legal 
4º bim. – Isabelle L. 
Traumatologia médico legal 
Energia físico química 
 Por impedir a passagem de ar nas vias respiratórias 
alteram a composição bioquímica do sangue, 
produzindo um fenômeno chamado asfixia, 
inibindo a hematose, podendo levar o indivíduo a 
morte 
 Hematose é a transformação de sangue venoso em 
arterial 
 Asfixia – conceito 
 Asfixia = sem pulso → pela artéria circularia o 
“pneuma” 
 Asfixia médico legal é a síndrome caracterizada 
pelos efeitos da ausência ou baixíssima 
concentração de O2 no ar respirável por 
impedimento mecânico de causa furtuita 
(acidental), violenta e externa em circunstâncias as 
mais variada 
 Asfixia seria perturbação oriunda da provação, 
completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou 
interna, do O2 
Pré requisitos para respiração 
- Ar respirável: 21% de O2 
- Pressão atm adequada 
- Orifício e vias respiratórias permeáveis 
- Elasticidade do tórax 
- Expansão pulmonar 
- Circulação sanguínea normal 
- Volume circulatório em quantidade e qualidade 
As 4 fases das asfixias mecânicas segundo suas 
manifestações clínicas 
 1ª fase: fase cerebral → enjoos, vertigens, sensação 
de angustia e lipotimia, após aproximadamente 1 
minuto e meio acontece a perda de consciência de 
forma brusca (duração 1 a 2 minutos) 
 2ª fase: fase de excitação cortical e medular → 
convulsões generalizadas, contrações dos músculos 
respiratórios e da face, além de liberação de 
esfíncteres, bradicardia e aumento da PA 
 3ª fase: fase respiratória → caracterizada pela 
lentidão e superficialidade dos movimentos 
respiratórios e pela insuficiência ventricular direita, 
o que contribui para acelerar o processo de morte 
 4ª fase: fase cardíaca → sofrimento do musculo 
cardíaco, batimentos lentos, arrítmicos e quase 
imperceptíveis ao pulso. Pode persistir por algum 
tempo até a parada dos ventrículos em diástole leva 
3 a 5 minutos 
Características das asfixias mecânicas em geral 
 Em geral existem um conjunto de sinais (externos e 
internos) que em conjunto permitem o diagnóstico, 
porem nenhum é constante e, muito menos 
patognomonico 
Sinais externos 
 Alguns tem valor desigual e relativos: manchas de 
hipóstase, congestão da face, equimoses externas e 
alguns fenômenos cadavéricos atípicos 
 Valor considerável: cogumelo de espuma, projeção 
da língua e exoftalmia 
 Manchas de hipóstase: são precoces, abundantes e 
de coloração escura (excessao na asfixia por 
monóxido de carbono quando são róseas) 
 Congestão da face: é um sinal mais constante, 
alcançando maior frequência na compressão 
torácica (mascara equimótica de morestin) 
proveniente da estase mecânica da cava superior 
 
 Equimose da pele e das mucosas: na pele, são 
arredondadas e de pequenas dimensões, não 
Aula 1 – Medicina Legal 
4º bim. – Isabelle L. 
ultrapassando as de uma lentilha, formando 
agrupamentos em determinadas regiões, 
principalmente na face, no tórax e pescoço, 
tomando tonalidade mais escura nas partes de 
declive. Na mucosa são encontradas mais 
frequentemente na conjuntiva palpebral ocular, nos 
lábios e raramente na mucosa nasal. Surgem 
algumas horas após a morte 
 
 Fenômenos cadavéricos: livores são mais 
extensos, mais escuros e mais precoces 
o O esfriamento é mais lento 
o Rigidez cadavérica mais lenta, mais intensa 
e mais prolongada 
o A putrefação é mais precoce e mais 
acelerada que nas demais causas de morte 
 Cogumelo de espuma: é formado de uma bola de 
finas bolhas de espuma que cobre a boca e as 
narinas e se continua pelas vias respiratórias 
inferiores. É mais comum nos afogados, mas pode 
surgir em outras formas de asfixias mecânicas, no 
edema agudo do pulmão e nos casos de morte 
precedida de grandes convulsões. 
 
 Projeção da língua e exoftalamia: achados 
comuns nas asfixias mecânicas. Os cadáveres 
putrefeitos na fase gasosa ou enfisematosa também 
apresentam exoftalmia e projeção da língua, mesmo 
sem ter nenhuma relação com a morte por asfixia. 
Sinais internos 
 Equimoses viscerais, aspecto do sangue, congestão 
polivisceral e distenção e edema dos pulmões 
 Equimoses viscerais: o mecanismo é a queda do 
sangue para áreas mais baixas do corpo pela 
gravidade e pelo peso da coluna de sangue que 
rompe os capilares extravasando-se nos tecidos 
vizinhos 
o Também conhecidas como manchas de 
tardieu → são equimoses pequenas, 
subpleural visceral, sub pericárdicas e sub 
dural. Tem tonalidade violácea, de número 
variável, asparsas ou não. Mais comum em 
crianças 
 
Manchas ou petéquias de tardieu 
 Aspectos do sangue: escuro (exceção é o monóxido 
de carbono) e liquido não se encontrando no 
coração coágulos cruoricos ou fibrinosos 
o Viscosidade diminuída 
 Congestão polivisceral: fígado e o mesentério são 
os mais congestos e baço com pouco sangue por 
contrações durante a asfixia 
o Fígado pletórico 
Causas das asfixias 
 Internas ou externas 
 Externas: enforcamento, soterramento, obstrui as 
vias aéreas 
 Internas: hipóxia, TEP 
Classificação das asfixias segundo Afranio Peixoto 
 Puras 
Aula 1 – Medicina Legal 
4º bim. – Isabelle L. 
 Complexas 
 Mistas 
Puras 
São manifestadas pela anoxemia e hipercapnia: 
 A. Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis: 
confinamento asfixia por monóxido de carbono 
 B. Obstrução à penetração do ar nas vias 
respiratórias: 
o Sufocação direta → obstrução da boca e 
das narinas pelas mãos, ou vias 
respiratórias mais inferiores; 
o Sufocação indireta → compressão do tórax 
 C. Transformação do meio gasoso em meio líquido 
o Afogamento 
 D. Transformação do meio gasoso em meio sólido 
ou pulverulento 
o Soterramento 
Complexas 
Constrição das vias respiratórias com anoxemia e 
excesso de gás carbônico, interrupção da circulação 
cerebral e inibição por compressão dos elementos 
nervosos do pescoço: 
 A. Constrição passiva do pescoço exercida pelo 
peso do corpo (enforcamento); 
 B. Constrição ativa do pescoço exercida pela força 
muscular (estrangulamento). 
Mistas 
 São as que se confundem e se superpõem, em graus 
variados, aos fenômenos circulatórios, respiratórios 
e nervosos (esganadura). 
Tipos de asfixia 
 Confinamento, CO2, esganadura, soterramento, 
sufocação, enforcamento, estrangulamento, 
afogamento, asfixia por outros vícios de ambiente 
 O diagnóstico se faz pelo estudo dos 
comemorativos e do local, pela presença de 
substâncias estranhas, sólidas ou semissólidas, 
principalmente pulverulentas, no interior das vias 
respiratórias, na boca, no esôfago e estômago e, 
ainda, pelos sinais gerais de asfixia. 
 A presença desse material estranho nas vias 
respiratórias e digestivas é do mais alto valor no 
diagnóstico, porque depende essencialmente do ato 
vital de respiração e deglutição, não podendo, 
portanto, introduzirem-se tais substâncias post 
mortem. 
 Não se deve esquecer que, no soterrado, sempre se 
encontram lesões traumáticas de várias espécies, 
pelo desabamento ou desmoronamento; muitas 
delas capazes de, por si sós, produzir a morte ou 
contribuir para tanto 
Asfixia por confinamento 
 Teoria química: aumento do CO2 e diminuição do 
O2 
 Teoria física: aumento da temperatura e vapor de ar 
 Geralmente é acidental 
 As vítimas podem apresentar lesões, escoriações em 
face, pescoço, unhas, dedos, etc 
Asfixia por monóxido de carbono 
 Causa jurídica 
 1º causa: suicídio 
 2º causa: acidente/homicídio é raro 
 Sinais: rigidez cadavérica tardia, pouco intensa e de 
menor duração 
o Tonalidade rosa da face como se estivesse 
vivo 
o Hipóstases claras 
o Pulmões e demais órgãos com tom carmim 
o Sangue fluido e róseo 
o Putefração tardia 
 O monóxido de carbono pode penetrar no sangue 
mesmo após a morte 
 Cadáveres de fetos colocados em recipientes com 
monóxido decarbono apresentavam manchas na 
pele semelhantes às encontradas nos indivíduos 
mortos por efeito desse gás. 
Aula 1 – Medicina Legal 
4º bim. – Isabelle L. 
 O monóxido de carbono pode ser pesquisado no 
sangue para determinar coeficientes de saturação - 
coletar em cavidades cardíacas ou dos grandes 
vasos ou em ou de outras vísceras.Asfixias por 
outros vícios de ambientes 
Asfixias por outros vícios de ambientes 
 Agentes irritantes como: 
o Spray de pimenta: ação sobre olhos, nariz e 
boca → tido como não letal mas pode levar 
a óbito em cardiopatas, pneumopatas e por 
reação anafilática 
o Gás lacrimogêneo: qualquer agente que 
provoque efeito irritativo sobre os olhos 
Sufocação 
 É a modalidade de asfixia mecânica produzida pelo 
impedimento da passagem do ar respirável por meio 
direto ou indireto de obstrução. 
 Meio direto: obstrução dos orifícios respiratórios 
 Meio indireto: compressão do tórax e a sufocação 
posicional 
Sufocação direta: 
 A: Sufocação por oclusão da boca e das fossas 
nasais. 
o Desproporção acentuada entre vítima e o 
agente 
o Quase sempre caráter criminosa 
o Muito comum no infanticidio mãos, 
travesseiros, papel molhado (Japão) 
o Saco plástico envolvendo a cabeça e presas 
ao pescoço 
 B: Sufocação direta por oclusão das vias 
respiratórias → acidental; corpo estranho; mais 
comum em crianças; goma de mascar; carne; 
amendoim; aspiração por vômitos; prótese dentaria 
queda de língua; Coffee coronary (infarto do 
restaurante) 
 Sinais cadavéricos: 
o Sinais locais, pode-se encontrar presença 
de sinais de unha ao redor da boca e 
orifícios nasais, faltando quando usa 
objetos moles para execução 
o Lesões da mucosa labial 
o Corpo estranho na arvore respiratória 
o Vômitos 
Sufocação indireta: 
 Compressão do tórax e abdome; sempre acidental 
ou criminoso; ocorrem em grandes multidões em 
pânico; crianças dormindo com adultos 
 Pode ter: 
o Lesões no esqueleto torácico e nas vísceras 
o Sinais gerais de asfixia 
o Mascara equimótica de morestim (refluxo 
de sangue da veia cava superior por 
compressão torácica) 
o Pulmões distendidos 
o Fígado congesto 
o Sangue escuro e fluido 
Sufocação posicional: 
 Provocada pela dificuldade de manter os 
movimentos respiratórios por fadiga da 
musculatura, dependendo da posição que o 
indivíduo se encontra no momento da morte. 
o Crucificação, cabeça para baixo 
o Difere da indireta apenas por ausência de 
lesões traumáticas de tórax e abdome 
o Facilitadores: embriaguez, debilitação e 
idade avançada 
Soterramento 
 são uma forma de asfixia mecânica motivada por 
obstrução das vias respiratórias por terra ou 
substâncias pulverulentas. Grande maioria 
acidental (desmoronamento ou o desabamento) 
Diagnóstico 
 Comemorativos 
 Substancia nas vias respiratórias, boca, esôfago e 
estomago 
 Sinais gerais de asfixia 
Aula 1 – Medicina Legal 
4º bim. – Isabelle L. 
 Cuidados por ter como causa morte um trauma 
anterior em desabamento e desmoronamento 
Afogamenyo 
 Meio liquido ou semi liquido nas vias respiratórias 
 O termo submersão não é correto pois nem sempre 
está ou esteve submerso 
 Um corpo na agua pode ter qualquer evento como 
causa morte, inclusive afogamento 
 Acidental, suicida ou homicida (raro) 
 Afogamento suicida é menos comum que o 
acidente. 
 O França diz que o suícido por afogamento é 
teoricamente impossível. Iniciaria como tentativa 
de suicidio e terminaria como acidente (suicidio-
acidente). 
 3 fases: 
o Defesa → Surpresa e dispneia 
o Resistência → Apneia 
o Exaustão → Inspiração profunda que leva à 
asfixia 
 Afogados brancos de Parrot ou afogados secos: 
indivíduos que ao tocar a água morre por inibição, 
necessitam para isso de predisposição como lesões 
cardiovasculares agravadas pela ação térmica. 
Nessa modalidade de afogamento não se observa 
nenhum sinal de asfixia. 
 Afogado verdadeiro, afogado úmido ou afogado 
azul 
o Forma rápida → sem resistência, 
aproximadamente 5 minutos 
o Forma lenta → morre após resistência 
Sinais cadavéricos dos afogados: 
 Externos 
o Temperatura baixa da pele 
o Pele anserina 
o Retração do mamilo, saco escrotal e pênis 
o Maceração da epiderme (mãos de 
lavadeira) 
o Tonalidade mais clara dos livores 
cadavéricos (hemodiluição) 
o Cogumelo de espuma 
o Erosão dos dedos e presença de corpos 
estranhos sob as unhas 
o Mancha verde de putrefação (no esterno ou 
região inferior do pescoço) 
o Lesões produzidas por animais aquáticos 
o Lesões produzidas por animais aquáticos 
(pálpebras, lábios, cartilagem, do nariz e 
orelhas) 
o Embebição cadavérica 
o Dentes e unhas róseos 
Internos: 
 Presença de líquidos nas vias respiratórias 
 Presença de corpos estranhos no líquido das vias 
respiratórias 
 Alterações e lesões dos pulmões aumentados, 
pesados, crepitantes e distendidos 
 Sinal de Brouardel: enfisema aquoso subpleural 
decorrente da embebição do tecido pulmonar pela 
água aspirada, pela palpação da sensação de esponja 
 
 Equimoses subpleurais 
 Manchas de Paltauf: são equimoses subpleurais 
com 2cm ou mais, de contornos irregulares, 
tonalidade vermelho clara decorrente da ruptura das 
paredes alveolares e capilares sanguíneos 
 
Aula 1 – Medicina Legal 
4º bim. – Isabelle L. 
 Presença de zoo, geo ou fito plânctons coberto por 
fibrinas o que indica reação vital no processo 
 Diluição do sangue: mais fluido, mais claro e menos 
coagulável 
 Presença de líquido no sistema digestivo 
 Sinal de Wydler: líquido colocado em um tubo tem 
3 camadas → espuma, água e sólido 
 Presença de líquido no ouvido médio 
 Presença de líquido nas cavidades pleurais 
 Aumento do coração por aumento do ventrículos 
direito 
 Hemorragias intramusculares em pescoço, tórax e 
MMSS devido às crises convulsivas 
Putrefação e flutuação dos afogados: 
 Putrefação mais rápida iniciada com mancha verde 
em esterno, região anterior do pescoço e face. 
 1ª fase: submersão 
 2ª fase: 1ª flutuação → entre 24h e 5 dias devido aos 
gases da putrefação 
 3ª fase: rompe os tecidos e volta a submergir 
 4ª fase: evolui para adipocera e flutua novamente – 
2ª flutuação (pode levar dias ou semanas) 
 Diagnóstico: é mais difícil quando o afogamento 
ocorreu há vários dias pois desaparecem sinais de 
afogamento e de outras causas de morte. ○ A causa 
jurídica geralmente é determinada pela perícia 
criminal.

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