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SÍNTESE ACERCA DO FILME: A QUALQUER PREÇO. DIREÇÃO DE STEVEN ZAILLIAN. O filme tem a característica especial de ser um daqueles longas-metragens recomendados para fomentar o debate e a análise crítica em diversas áreas de estudo, especialmente no direito. Aborda detalhadamente a dinâmica da advocacia, selecionando criteriosamente as ações instauradas e todos os procedimentos que já conhecemos. O próprio filme conta a história de um ambicioso advogado de sucesso especializado em danos morais e acidentes pessoais, conhecido em sua época por fechar acordos com uma recompensa muito alta. Nesse sentido, o filme proclama estrategicamente: “todo julgamento é uma declaração de guerra e todos nascem iguais, com uma declaração”, no caso do primeiro com a petição. Os advogados que estão atentos a essa condição às vezes assustam, impressionam com suas artimanhas, muitas vezes com empatia, autoridade e dureza em seus argumentos apresentados no exordial. Em relação aos estereótipos relacionados a pratica advocatícia, podemos ver claramente este conexo na dramaturgia onde as vestimentas no final de tudo se demonstra em meio aos demais um grau de superioridade. Assim, é possível apresentar as particularidades entre duas vertentes, a partir de um caso em que a legislação brasileira prescreve que no trato com danos ambientais causados por pessoas jurídicas, além de assegurar a solidariedade daqueles que contribuíram para a prática de crimes, estipula-lhes punições na medida de sua culpabilidade. O filme também anuncia sutilmente determinadas responsabilidades, sejam por meio de empregados, diretores, administradores, do conselho de administração e corpo técnico, auditores, executivos, executivos ou a pessoa jurídica representada, que, detendo o crime, deixar que aquilo não acontecesse. Outra questão interessante relatada na obra se limita à remuneração. Portanto, é uma equação difícil combinar o binômio do direito à indenização da vítima e sua quantificação por parte de quem a causa, especialmente pelos danos causados ao meio ambiente. Por se tratar de um direito, não haveria ninguém melhor a tratar do assunto que não Bobbio, considerado um direito de terceira geração, ou seja, um direito transgeracional, das futuras gerações convenientemente, a dificuldade se limita à materialização e quantificação do material. a compensação deste espólio, ainda que devidamente protegida, tendo por vezes a particularidade de certos e incertos sacrifícios, direta e indiretamente afetados. Considerando todos as temáticas que acercam a advocacia, e toda a estrutura notarial, substantiva e processual em que se acerca ordenamento vigente, fica claro que ele não tem condições de dá a resposta, como em um pedido de desculpas por danos. Ou ao que se entende inconveniente. O dano é, portanto, aplicado na forma de punição, ou seja, na forma de um sentimento substituto de convalescença com a vítima. As vítimas que compensam suas dores sentem-se como diz o ditado popular “De peito lavado” por serem compensadas visando o capital, mas isso jamais poderia ocorrer entre as pessoas, pelo contrário, deveria haver o repudio, o que individualmente acredito que a questão monetária não “pagaria” cobriria a esse dano o qual foi sofrido. Além disso, do ponto de vista argumentativo, o longa entende que o legislador tem muitas provas ao seu dispor, mas se é privativo lhe de argumentos adequados para apresentá-las, o processo torna-se enfraquecido, e uma força argumentativa igualmente forte é construída ou pela segurança, ou habilidades do idoso, sem a devida comprovação torna-se inofensivo. O filme “A qualquer custo” certamente põe em jogo um conjunto de problemas previamente analisados que demonstram o paradoxo da manutenção do atual ordenamento jurídico x poderosos interesses privados. REFERÊNCIAS A QUALQUER preço. Direção: Steven Zaillian. Roteiro: Steven Zaillian. [S. l.: s. n.], 1998.
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