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Controle de Constitucionalidade Olá Pessoal, no resumo de hoje, abordaremos um dos temas mais cobrados em provas de concurso principalmente no concurso da OAB e para Deltas entre outros da magistratura é um tema que é de fácil absolvição, eu confio no potencial de cada um que está agora lendo este resumo e tenho certeza que juntos buscaremos a tão sonhada aprovação e o tão sonhado cargo, uma observação, apesar deu citar ali em cima como resumo, aqui está um catado de tudo que eu anotei durante as aulas e cursinhos preparatórios combinados, agradecido pela compreensão, então vamos lá! Anotações importantes • Hans Kelsen “Pai do positivismo”. - Afirma que a constituição busca validade nela mesmo, por ser a norma hipotética fundamental. • Bloco de Constitucionalidade → O STF adota o conceito restrito do bloco de constitucionalidade, segundo o qual servem de parâmetro para a analise de compatibilidade de leis ou atos normativos, em relação a nossa constituição o próprio texto e os tratados internacionais sobre direitos humanos aprovados no rito previsto pelo art. 5º, §3º da CF (2º turnos 3/5 de cada casa do congresso nacional). • Juízo de recepção e revogação – normas anteriores a CF/88 → Normas não recepcionadas são revogadas, o brasil não adota a teoria da inconstitucionalidade superveniente. (aqui nós só analisamos a compatibilidade formal). - Regra. - Exceção → Eu posso falar em inconstitucionalidade superveniente (por mutação constitucional ou por alteração no substrato fático da norma). - Mutação constitucional = Interpretação diferente, mas o texto se mante igual. • A constituição nova revoga totalmente a anterior (ab-rogação). Regra! - Exceção → Desconstitucionalização, constituição nova, em vez de revogar a anterior, opta por recebê-la com status de lei (infraconstitucional). Para que isso ocorra, deve haver uma ordem explicita na CF. • Recepção material → As disposições da CF anterior, são recebidas com status de norma constitucional. (caráter temporário e precário). Aqui também só sera possivél, se houver previsão expressa na CF. OBS: Para quem não sabe o significado de precário → é o que não se mostra em caráter efetivo ou permanente, mas é efeito dado, concedido ou promovido em caráter, transitório, ou seja, revogável. • Inconstitucionalidade por omissão → Decorre da inercia legislativa na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada. (atacado por mandado de injunção e por ADI. • Inconstitucionalidade por ação → Será verificada sempre que a norma for elaborada em desrespeito a constituição. - O vicio pode ser de natureza formal (nomodinâmico) ou material (nomoestático). 1) Inconstitucionalidade formal orgânica → Decorre da inobservância da competência legislativa para elaboração do ato. 2) Inconstitucionalidade formal propriamente dita → Decorre do processo legislativo podendo ser Objetiva ou Subjetiva. a) Vicio Subjetivo → Fase-iniciativa, quem propõe o projeto de lei não é a pessoa correta. (Ex.: projeto de lei onde a iniciativa decorre exclusivamente do poder legislativo e é iniciada no poder executivo). Como já dizia o velho ditado, “ema, ema, ema cada um com seus problemas” lembre-se sempre disso rs. b) Vicio Objetivo → Está nas demais fases do processo legislativo, ou seja, ocorre em um momento posterior a fase de iniciativa. (Ex.: o quórum de 3/5 de cada casa do CN e em dois turnos, se for aprovado mediante maioria absoluta, estaremos falando de inconstitucionalidade formal, por vicio objetivo. • Vicio material → Vicio de conteúdo, vicio nomoestático – analisa-se o conteúdo para saber se está de acordo ou não com o texto constitucional. Momentos de controle • Controle preventivo → ele visa impedir a inserção no ordenamento jurídico de uma norma inconstitucional e acontece durante as fases do processo legislativo. - O controle preventivo é exceção. - Ele é feito por todos os poderes (legis. Exec. Jud.). - Executivo = Veto político (interesse público) - Legislativo = Feito por meio do CCJ - Judiciário = Veto jurídico (inconstitucionalidade). • Atenção redobrada: O controle judicial (Preventivo) é feito somente por meio do mandado de segurança a ser impetrado por parlamentares, os únicos legitimados, e o que pode ser questionado nesse mandado de segurança? (há duas situações) a) Para barrar a tramitação de PEC que viole clausula pétrea (art. 60 §4º - dispõe que determinadas matérias não podem ser objetivo de propostas tendente aboli-las (cortar o mal pela raiz). b) Frear tramitação de projeto de lei por vicio formal: A regra é o controle operar-se após a norma entrar em vigor. (atenção!!! Não cabe mandado de segurança para barrar a tramitação de projeto de lei por vicio material (conteúdo). • Controle Repressivo → norma já existe no mundo jurídico - Pode ser feita por todos os poderes 1) Controle judicial: É feito pela via difusa ou concentrada. Quando não caracterizar o desrespeito às normas constitucionais pertinentes ao processo legislativo, é vedado ao judiciário exercer controle jurisdicional. 2) Executivo: O Presidente da República orienta seus subordinados para não aplicar normas inconstitucionais 3) Legislativo há três possibilidades: a) Art. 49, V, CF – O CN pode sustar os atos normativos que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação. b) Art. 52, X, CF – Oportunidade em que se atribui ao Senado federal a prerrogativa de suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional. Pelo STF, dentro do controle difuso de constitucionalidade. c) Art. 62, §5º, CF – Permite ao CN rejeitar medida provisória quando não estiverem presentes os requisitos constitucionais de relevância e urgência. Controle de jurisdicionalidade • Controle Difuso → chamado também de controle aberto, incidental, por via de exceção ou de defesa. - Causa de pedir (controle incidental). - Pode ser feito por qualquer juiz ou tribunal do País. - Em regra: Só vincula as partes. • Sumulas vinculantes: Ferramenta que vincula toda administração pública e todas as esferas de governo e demais órgãos do judiciário. - Atenção: Aqui ocorre muitas pegadinhas em todas as bancas elas costumam fazer essa “sacanagem” pois bem, fique atento, aqui fica de fora dessa vinculação apenas o STF e o legislativo evitando o fenômeno da fossilização da constituição. (evita o engessamento de uma legislação, devemos saber que o mundo está em constante evolução e com isso é impossível sempre manter a mesma interpretação em certas coisas “sociais” da qual vivemos). • O STF passou a aceitar a teoria da abstrativização, objetivando do controle difuso de constitucionalidade. Assim as decisões proferidas pelo plenário do STF no controle difuso e no controle concentrado tem eficácia vinculante contra todas (erga omnes). • Cláusula de reserva de plenário → somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros (Plenário) ou do órgão especial poderá os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público (atenção aqui também, muito recorrente em provas, se atente a isso.) Declaração de inconstitucionalidade em ação civil pública (ACP) • A principio o controle de constitucionalidade em ação civil pública pode ser feito em qualquer ação ou recurso. - Na ação civil pública versando sobre direitos difusos, a decisão proferida terá eficácia erga omnes. -Além de ser controle difuso (em regra) a competência para julgar as ações em ACP, é na primeira instância. -ACP é causa de pedir e não o pedido. • Repercussão geral - Na petição do RE (leia-se recurso extraordinário), deve demonstrar que seu recurso possui questões relevantes do ponto de vista J.E.P.S Jurídico. Econômico. Politico. Social. - Modulação dos efeitos da decisão proferidaem sede de recurso extraordinário, se não houver declaração de inconstitucionalidade, só precisará ser respeitado o quórum da maioria absoluta para modular os efeitos. Controle concentrado (controle abstrato/objetivo) ▪ Modelo Europeu de controle. - Em plano Nacional → É exercido pelo STF - Em plano Estadual/Distrital → É exercido pelo TJ’s OBS: TJ pode julgar ADI estadual contra atos normativos municipais ou estaduais que a constituição estadual (regra) ou a constituição federal (exceção) desde que a norma da CF seja de reprodução obrigatória. • Legitimados: 1) Legitimados especiais (Devem demonstrar a pertinência temática), a pertinência temática é o interesse que o legitimado tem na causa, ou seja, aquilo que é importante para ele. Quem são eles: a) Governador de Estado/DF. b) Mesa da assembleia legislativa e câmara legislativa do distrito federal. c) Confederações sindicais e entidade de classe de âmbito nacional. 2) Legitimados universais (não precisam demonstrar a pertinência temática). Quem são eles: a) Presidente da república b) Mesa do senado federal c) Mesa da câmara dos deputados d) Procurador geral da república e) Conselho federal OAB f) Partido político no congresso nacional. Como de praxe já irei deixa uma Atençãozona rs. Partidos políticos e as confederações sindicais e entidades de classe – necessitam de advogados para representa-los (com poderes específicos para indicar a inconstitucionalidade da norma). • Atenção ² → Partido político, mesmo que perca a representação no congresso nacional no curso da ADI, o processo só pode seguir, dada a natureza objetiva da ação. Em outras palavrinhas, a perda superveniente da representação não impede a continuidade do processo, mas por que? Simples, a exigibilidade para tal processo é somente em razão de legitimidade, ou seja, basta ter o requisito para dar inicio a tal procedimento. • OBS: Se o governador estiver afastado cautelarmente de suas funções ele não tem legitimidade para propor ações de controle concentrado. • OBS²: Conselho federal de medicina, odontologia, arquitetura – eles não se encaixam na expressão “entidade de classe de âmbito nacional”. • Sobre a legitimidade das entidades de classe no âmbito nacional, elas deverão observar três condicionantes procedimentais: a) Homogeneidade entre os membros integrantes da entidade. b) Representatividade da categoria em sua totalidade e comprovação do caráter nacional da entidade, pela presença efetiva de associados em pelo menos, nove estados-membros. c) Pertinência temática entre os objetivos institucionais da entidade postulante e a norma objeto da impugnação. • Ainda sobre entidades sindicais, as únicas legitimadas são as confederações sindicais, deste modo, centrais sindicais, sindicatos e federações mesmo de âmbito nacional, não podem ajuizar as ações do controle concentrado. Atenção!!! Não é cabível a oposição de embargos de declaração por outra pessoa que não aquela que tenha ajuizado a ação principal. Ação Declaratória de inconstitucionalidade (famosa ADI) • Onde cabe ADI? ➔ Cabe ADI para questionar as: emendas constitucionais, lei complementar, lei ordinária, leis delegadas, as medidas provisórias, as resoluções e os decretos legislativos. (Todos os tratados internacionais pode ser objeto de ADI). • Atenção!!! (amo isso kk). Sumulas, mesmo que vinculantes, não podem ser questionadas por meio de ADI. - Não caberá nenhuma ferramenta do controle concentrado (em regra). - Exceção: Enunciado tiver conteúdo normativo, um preceito geral e abstrato. (nessa situação, cabe ADPF). OBS: Em se tratando de sumula, há procedimentos específicos, um deles é a revisão e tem também o cancelamento. (veremos mais adiante). • Inconstitucionalidade por arrastamento, por ricochete, reverberação, consequência ou decorrência → em razão da inconstitucionalidade de uma lei, o decreto que a regulamenta pode ser atingido, ou seja, caiu a lei, cai tudo que possa derivar dela. • OBS: Voltando para ADI, se quaisquer das espécies do constituinte derivado (Constituição Estadual). Afrontar a constituição federal, poderá haver o ajuizamento de ADI. • OBS²: Não se admite ADI para verificar a constitucionalidade de normas originarias, o brasil não admite a tese da inconstitucionalidade da norma originaria. • OBS³: Não cabe ADI, para questionar normas editadas antes da constituição, para o direito pré constitucional, a única ferramenta do controle concentrado é a ADPF (ADPF é cabimento restrito, pois pressupõe violação a preceito fundamental). • Importante!!! → Se o ato estatal de efeito concreto é viabilizado na forma de lei (ou de medida provisória), a ADI passa a ser cabível. • A Revogação expressa ou tácita da norma impugnada, bem como sua alteração substancial, após ajuizamento de ADI, acarreta a perda superveniente do seu objeto, independentemente da existência de efeitos residuais concretos dela decorrentes (Regra). - Exceção → Fraude processual, nesse caso, a ADI pode continuar a ser julgada. (Ex.: Governador que faz lei inconstitucional, e a revoga para não ser derrubada e assim, coloca ela de novo no ordenamento). • Pergunta, a ADI pode ser conhecida, se o tema já foi visto e declarado constitucional? - Resposta é Sim! Mas somente seria possível se presente três requisitos: 1) Alteração normativa. 2) Alteração fática. 3) Mutação constitucional. Procedimento da ADI • Importante → o Advogado geral da união, será citado e “defenderá o ato ou texto impugnado”. Ou seja, na leitura da lei, não haveria margem para o AGU. deixar de fazer a defesa. Entretanto o STF entende que o AGU não estará obrigado a defender a norma questionada em algumas hipóteses e quais são: a) Se já houver manifestação anterior, proferida pelo STF, declarando a inconstitucionalidade da norma em controle concentrado de constitucionalidade. b) Se ele assinar, juntamente com o Presidente da República, a petição da ação direta de inconstitucionalidade. c) Se a norma questionada contrariar o interesse da união. • Na ADI por omissão se a mesma for parcial, será necessária a manifestação do AGU. • A Sessão de julgamento só pode ser iniciada com a presença de no mínimo oito ministros. (Chamado quórum de instalação). • A Decisão proferida nos processos de controle concentrado começa a valer com a publicação da ata da sessão de julgamento. - Vale para todos os controles concentrados. - Não há possibilidade de desistência da ação nos processos de controle concentrado. - É vedado a intervenção de terceiros, exceto a figura do amicus curiae. - Não se fala em prazo prescricional ou decadencial para a propositura da ação. • Não cabe recurso contra decisão que declara inconstitucional ou constitucional em ADI ou ADC, salvo quanto à oposição de embargos de declaração. - Cabe agravo contra decisão do relator que indeferir a petição inicial. - Atenção!!! → O tribunal não fica vinculado à causa de pedir, logo, pode declarar a inconstitucionalidade por vicio material, mesmo tendo sido alegado vicio formal. (gente isso cai muito fiquem atentos a leitura das questões). Efeitos da Decisão • ADI procedente = norma inconstitucional. • ADI improcedente = norma constitucional (presunção torna-se absoluta). - Aqui o mesmo vale para ADC, lembrar que elas são ambivalentes, a procedência de uma é a improcedência da outra. • A Decisão produzirá efeitos retroativos (Ex Tunc). - Contudo essa regra poderá ser relativizada diante da modulação temporal dos efeitos. • Sobre o efeito Repristinatório – Ressuscita a lei que foi revogada, pelo simples fato de que a lei que a revogou, tornou-se inconstitucional, isso é meio complicado, mas tentarei com um exemplo. - (Lei A foi revogada pela lei B, contudo a lei B tornou-se inconstitucional,trazendo de volta a lei A, tenho como pensamento o seguinte, se a lei torna inconstitucional ela deixara de existir, logo se não existe mais a lei B a lei A voltara a vigorar, confuso né rs.) • Voltando ao assunto: As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF em ADI ou ADC, produzirá efeitos vinculantes, relativamente aos demais órgãos do poder judiciário e a administração pública, direta e indireta. • Tese do STF: Decisão do STF que declare inconstitucionalidade ou constitucionalidade de norma não produz automática reforma ou rescisão de decisão anteriores transitadas em julgados. - Deve se valer de ação rescisória. Modulação temporal dos efeitos • Em regra, é efeito retroativos (Ex tunc). • Contudo para acontecer a modulação dos efeitos, é necessário a presença de dois requisitos: a) Segurança jurídica b) Excepcional interesse social - Enquanto para a Declaração a inconstitucionalidade, é necessário o quórum absoluto (seis ministros), para se fazer a modulação, exige-se o voto de oito ministros do tribunal, o equivalente a dois terços dos membros. • Embora tenha nascido na lei da ADI, a modulação dos efeitos pode ser feita em qualquer das ações de controle concentrado. • A modulação temporal pode ser feita igualmente no juízo de recepção e revogação das normas anteriores a constituição. - OBS: Se a parte não pedir a modulação em sua petição inicial, ainda assim o tribunal pode aplicar a modulação (aliás, quem pode mais pode? Isso mesmo rs.) -OBS²: Chegou um caso no STF, em que o PGR não pediu a modulação, e o STF declarou a ADI sem modular (Seguiu a regra), depois em embargos de declaração, o PGR veio pedindo a modulação, aí te pergunto, pode isso Arnaldo? Kkk pode sim! (atenção para esse julgamento, costuma cair em provas). Pedido de medida cautelar em ADI Pessoal já vou adiantar para vocês que caberá medida cautelar em todas as ações do controle concentrado. E o que é medida cautelar? - Medida cautelar funciona como um adiantamento. Nela, o pedido é no sentido de que seja suspensa a aplicação da norma. • A cautelar pode ser concedida por decisão de maioria absoluta dos membros do tribunal – 6 ministros. - Se o relator julgar necessário, ele poderá ouvir o AGU e o PGR no prazo de três dias. • Na cautelar as decisões se operam dali em diante (efeitos ex nunc). - Cuidado!!! A decisão que concede a cautelar terá eficácia contra todos (erga omnes) e efeitos ex nunc. - Excepcionalmente, pode o tribunal conferir eficácia retroativa (ex tunc). - Por outro lado: A decisão que indeferir a medida cautelar não terá eficácia contra todos, na medida em que não significa a confirmação da constitucionalidade da norma (contra essa decisão não caberá reclamação para o STF). • Por fim o art. 12 – lei 9.868/99, permite que, em vez de apreciar a cautelar para depois julgar o mérito, o relator poderá, após ouvir o AGU e o PGR (prazo de cinco dias), submeter o processo diretamente ao tribunal, para julgamento de mérito. - É um procedimento abreviado, justificado na “relevância da matéria e de seus especial significado para a ordem social e a segurança jurídica”. Amicus Curiae • Será cabível a intervenção do amicus curiae em todas as ações de controle concentrado. - Cabe ao relator admitir ou não o ingresso do amicus curiae. • Atenção!!! Será cabível a interposição de recurso se a decisão for inadmitir o ingresso do amicus (o recurso cabível será – agravo interno). • O amicus pode pedir para ingressar no processo até a data em que o relato liberar o processo para a pauta. - Requisito de pertinência temática entre os objetivos estatutários da entidade requerente e o conteúdo da norma questionada é indispensável para se admitir o amicus curiae. • Quanto aos poderes do amicus curiae ele poderá fazer: a) Sustentação oral – mas lembrando, ele não tem o direito de formular pedido ou mesmo aditar (acrescentar) o pedido constante na inicial escrita pelo autor da ação. • O amicus curiae pode ser admitido também em outras ações e recursos, fora do controle concentrado, como acontece na repercussão geral e nas sumulas vinculantes. - Novo CPC trouxe uma importante previsão – é que em regra o amicus curiae não pode interpor recurso, contudo, o artigo 138 do cpc atual prevê a possibilidade de ele recorrer da decisão que julga o incidente de resolução de demandas repetitivas – IRDC. - Pessoa natural ou jurídica pode ser amicus curiae – essa possibilidade está no CPC, que é regra geral, e não se estende as ações de controle concentrado. • OBS: para o controle concentrado valerá a regra especial, segundo a qual apenas entidade podem ingressar como amicus curiae em ações. • Natureza jurídica do amicu – Modalidade sui generes de intervenção de terceiros. • O amicus curiae, por não ter legitimidade para a propositura da ação direta, também não tem para pleitear medida cautelar. Ação declaratória de constitucionalidade (ADC) • A ADI e a ADC são ações dúplices de efeitos ambivalentes (como já tinha supracitado) ou sinal trocado, ou seja, em outras palavras uma é o contrário da outra. • Diferenças entre ADC e ADI: 1) Enquanto a ADI pode ser usada para confrontar lei ou ato normativo federal e estadual (além do distrital de natureza estadual é claro), a ADC só se presta ao questionamento de lei ou ato normativo federal VS constituição federal. 2) A ADC não será analisada normas estaduais, distritais e municipais. - Importante!!!: o cabimento da ADC depende da comprovação de controvérsia judicial acerca da constitucionalidade da norma, em outras palavras, se não há divergência nos tribunais sobre a constitucionalidade da norma, não haveria razão para ajuizamento da ADC. - Atenção!!!: a controvérsia tem de ser judicial. Isso porque são comuns questões de prova falando na “necessidade de demonstração de controversa doutrinaria ou judicial” atente-se a essa citação na hora da prova, pois a controversa doutrinaria não é suficiente para se falar em ADC. Procedimentos e medidas cautelares na ADC Como visto acima, na petição inicial exigira a comprovação de controversa JUDICIAL. • Sobre a medida cautelar: O pedido será suspender o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou ato normativo que está em discussão na ADC. - A suspensão dos processos durará o prazo máximo de 180 dias, da publicação da parte dispositiva do acordão em ADC, (na medida cautelar em ADO, não haverá prazo para suspensão dos processos). Após esse prazo, se não houver julgamento de mérito do STF, os tribunais poderão voltar a julgar os processos que tinham ficado congelados. • Quanto mais, tudo que se viu na ADI é aqui replicado: a) Caberá amicus curiae e as audiências públicas. b) O julgamento também deverá ser por maioria absoluta. c) Embora a regra seja decisão ter eficácia ex tunc, poderá ser modulada (modulação temporal dos efeitos). d) Os efeitos vinculantes recaem sobre os demais órgãos do judiciário, além de toda a adm. pública direta e indiretamente de todas as esferas do governo. - Lembrando que fica de fora o poder legislativo e o próprio STF desta vinculação. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) • Toda ADO é uma ADI. - A inconstitucionalidade pode ser: a) Por ação: a norma existente é inconstitucional b) Por omissão: a falta da norma é o que gera a inconstitucionalidade. - Para combater essa última surgiram duas ferramentas: 1) O mandado de injunção (remédio constitucional) 2) ADI por omissão (ação de controle concentrado). • Tanto o mandado de injunção, quanto a ADO, está ligado as normas constitucionais de eficácia limitada (explicarei no resumo de Teoria da constituição). • OBS: A ADOe o MI devem ser entendidas como um todo chamando a atenção para suas diferenças: 1) O mandado de injunção, faz parte do controle difuso de constitucionalidade, podendo, ser julgado pelo STF e por diversos órgão judiciário (STJ, TSE, TJ, juiz de primeiro grau), enquanto a ADO integra o conjunto de ações de controle concentrado, sendo julgada apenas pelo STF. • Espécies de omissão: - Total (ausência de norma). - Parcial (a norma existe, mas não regula suficiente a matéria). • Toda ADO é uma ADI, contudo a algumas especificidades que é necessário conhecer: - Importante!!! Distinção de ADI e a ADO: a ADI se presta para o questionamento de atos normativos primários ante a constituição, desse modo, tomando como exemplo os decretos regulamentares e as instruções normativas, por serem atos normativos secundários, não pode ser objeto de ADI. - A abrangência da ADO seria bem mais ampla. Ela – a omissão, engloba atos normativos (e não apenas legislativos) do legislativo, executivo e judiciário. • Doutrinariamente, o ministro do STF Luiz roberto barroso diz que podem ser objetos de ADO quaisquer dos atos normativos primários suscetíveis de impugnação via ADI, mas também nos atos normativos secundários, como regulamentos ou instruções, de competência do executivo, e até mesmo, eventualmente, de atos próprios dos órgãos judiciários. Procedimentos e medida cautelar na ADO • em linhas gerais o procedimento da ADI e da ADO serão os mesmos: a) São os mesmos legitimados. b) São as mesmas competências. c) Também caberá a intervenção do amicus curiae. d) Modulação temporal dos efeitos. e) Vinculação da decisão na mesma extensão. • Na petição inicial da ADO, o autor deverá demonstrar a existência da omissão constitucional (total ou Parcial). - OBS: A lei nº 12. 063/09, no §2º do art. 12: “O relator poderá solicitar a manifestação do AGU, que deverá ser encaminhado no prazo de 15 dias”. • Sobre a cautelar da ADO, mais ampla de todas até aqui, fala em três possibilidades: 1) Suspender a aplicação da lei ou ato normativo – obviamente, só se aplica à omissão parcial, pois na omissão total não haverá norma a ser suspensa. 2) Suspender o andamento dos processos judiciais ou de procedimento administrativos – note que não há prazos como acontecia com a ADI. 3) Outra providencia a ser fixada pelo tribunal – aqui sem dúvida, abre-se espaço para um papel mais ativo do STF, em harmonia com a adoção da teoria concretista no mandado de injunção. • É possível a aplicação do princípio da fungibilidade entre ADO e a ADI → Isso significa que, na pratica, se a parte ajuizar uma ADO, seu pedido pode ser conhecido como se fosse uma ADI, a medida ganha mais importância principalmente depois que passou a existir a classe própria da ADO. • Tanto a ADO quanto, o mandando de injunção (MI) combatem as omissões constitucionais, mas um pertence ao controle concentrado (ADO) enquanto outro integra o controle difuso (MI). Arguição por descumprimento de preceito fundamental (ADPF) Pessoal aqui claramente e com toda a certeza do mundo, faço um apelo, estude bastante ADPF, ela é a mais querida de todas, cai muito em provas de concurso público e OAB, portanto se atente a esse controle. • O que devemos saber sobre a ADPF? Melhor o que se entende de preceito fundamental? O que entraria nesse conceito? - O tribunal já disse ser preceito fundamental: 1) O direito a vida. 2) O direito a reunião 3) O meio ambiente 4) Autonomia da defensoria pública (julgamento envolvendo ato de governador de estado que indevidamente colocou a instituição dentro da estrutura da secretaria de justiça, além de promover cortes no orçamento, mesmo tendo sido encaminhado dentro dos limites da LDO). • Por outro lado, o STF excluiu do conceito de ato do poder público possível de ser analisado em uma ADPF o veto presidencial. Que seria um ato político. • espécies da ADPF: a) Autônoma (Principal) → Tem por objeto “evitar preventivo ou reparar (posterior) lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder político. b) Incidental → cabe quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à constituição. • A ADPF é bem mais ampla do que as outras ferramentas do controle concentrado, pois pode ser usada para questionar atos normativos municipais e distritais de natureza municipal. - Ela também pode verificar a compatibilidade dos atos normativos pré- constitucionais, ou seja, editados antes de 5/10/1988 com a constituição atual. - Todas as outras ferramentas do controle concentrado só podem ser usadas para apreciar a compatibilidade de normas editadas a partir de 5/10/88. • Atenção!!! Para algo muito importante, a ADPF pode apreciar normas anteriores a constituição, desde que essa analise seja feita diante da constituição atual. Em outras palavras, a analise só seria possível por meio de controle difuso não havendo nenhuma ferramenta adequada no controle concentrado. • Cabe ADPF contra decisões judiciais, salvo se elas estiverem transitadas em julgado. - Elas igualmente podem se voltar contra atos normativos secundários (portarias, decretos regulamentares, instruções normativas etc.), o que não aconteceria com as ADI’s. • A ADPF também é instrumento eficaz para o controle de inconstitucionalidade por omissão. Em outras palavras, se a omissão, total ou parcial normativa ou não normativa ferir um preceito fundamental caberá ADPF. • Não se admitirá ADPF quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. (está claro que aqui vemos o principio da subsidiariedade e sua natureza residual). • O STF entende que o cabimento da ADPF fica restrito aquelas hipóteses em que houver, no controle concentrado, outro meio capaz de sanar a lesão ao preceito fundamental. - Para ser ainda mais claro → para se ajuizar uma ADPF não pode ser cabível ADI, ADO ou ADC ou outro meio cabível. • O STF Aceita a aplicação do principio da fungibilidade entre ADPF e ADI, ou seja, se a parte ajuizar uma ADPF, a sua petição pode ser recebida como ADI se o tribunal entender que esta (a ADI) era cabível. • Sobre a fungibilidade devemos ter duas ponderações: 1) Ela não pode ser usada se houver erro grosseiro (claramente era cabível ADI, mas a parte entrou com uma ADPF). 2) Ela é aceita de cá para lá e de lá para cá. Meu Deus o que você quer dizer com isso Rafael? Rs eu vou te explicar calma, dizendo dessa forma, eu quero te explicar que uma ADI pode ser recebida como ADPF e uma ADPF pode ser recebida como ADI, sacou o trocadilho? Rs (ela é chamada de fungibilidade de mão dupla). • Hipóteses em que a ADPF não pode ser ajuizada: a) Contra vetos presidenciais. b) Contra decisões judiciais transitada em julgado. c) Em substituição aos embargos em execução. d) Para questionar norma anterior a 5/10/1988 ante a constituição da época – só caberá se for em relação a atual. e) Contra normas originarias. f) Contra discurso, pronunciamentos e comportamentos, ativos ou omissos, atribuídos ao presidente da república, ministros de estados ou outros integrantes do alto escalão do executivo. g) Contra sumulas vinculantes. - Atenção!!! Sobre essa ultima hipótese (muito cobrado em provas). Em regra, contra sumulas, vinculantes ou não, não cabe ADPF ou quaisquer outras ações do controle concentrado. - Exceção → cabe ADPF contra súmula quando o enunciativo tiver conteúdo normativo, um preceito geral e abstrato. Procedimento e medida liminar Sabemos que a ADPF ocorre pelo principio da subsidiariedade (de extrema importância saber). Com isso ela é um pressuposto negativo de admissibilidade, ou seja, se houver outro meio eficaz (ADI, ADO e ADC) será incabível a ADPF. • Na petição inicial deve-se indicar qualo preceito fundamental se entende violado, bem como o questionamento e se for o caso a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito que se entende violado. • Na ADPF, como nos outros controles: 1) Não se admite: desistência, ação rescisória, intervenção de terceiros, salvo o amicus. 2) É possível audiências públicas. 3) Importante!!! O STF admite a oposição de embargos de declaração 4) Eficácia da decisão é erga omnes com efeito vinculante. 5) Decisão final produzirá → efeitos retroativos (ex tunc). No entanto, é igualmente possível a modulação temporal dos efeitos (quórum de 2/3, 8 ministros). • Quanto a liminar → também partirá do voto da maioria absoluta dos ministros. • Atenção!!! Havendo extrema urgência ou perigo de lesão grave bem como durante o recesso, poderá o relator conceder a liminar a ser posteriormente referendada pelo pleno. • A decisão na liminar pode determinar que os juízes e tribunais do pais suspendem o andamento de processos ou efeitos de decisões transitadas em julgado. Ação direita de inconstitucionalidade interventiva (ADI – interventiva ou representação interventiva) Primeira ferramenta do controle concentrado brasileiro sendo prevista na constituição de 1934. Na ADI interventiva a CF atual manteve um ponto importante, que é a existência de apenas um legitimado para ajuíza-la perante ao STF. Ao contrario dos demais controles, aqui, somente o procurador geral da república pode propor essa ação. • “A ADI interventiva aponta que a ADI interventiva é um mecanismo de controle concentrado, mas não abstrato, e sim, concreto.” – Marcelo Novelino. - Isso porque ela é apresentada em um processo constitucional subjetivo, esse processo tem a finalidade de resolver conflitos de natureza subjetiva, formado entre a união e os Estados/Df (âmbito federal) entre estados e municípios (âmbito estadual). • A intervenção federal, que é ato primário do chefe executivo, pode ser motivada, dentre outras situações, para assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, CF), ou quando ficar caracterizada a recusa a execução de lei federal. • Pois bem, configurada a hipótese de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, CF), ou caracterizada a recusa á execução de lei federal (Art. 34, VI, CF). - A intervenção será solicitada pelo PGR, que ajuizará uma representação interventiva junto ao STF. - Caso o tribunal acolha o pedido formulado, requisitará que o presidente da república decrete a intervenção. • Dois pontos que gostaria de destacar com vocês: 1) No sentido de que o judiciário não decreta intervenção, pois é ato privativo do chefe do executivo. 2) Que o presidente ficará vinculado à decisão do STF, não se tratando de ato discricionário, beleza? • Diferenças entre procedimento de intervenção branda e intervenção efetiva segundo Pedro Lenza: a) Na intervenção branda → O chefe do executivo se limita a expedir decreto suspendendo a execução do ato impugnado se essa medida se mostrar eficiente, fim de jogo. b) Na intervenção efetiva → haverá efetivamente a decretação da intervenção, devendo o presidente especificar a amplitude o prazo de duração e as condições de execução, sendo o caso, ainda nomeará um interventor. • Objeto da ADI interventiva é bem mais amplo. Ela se volta contra as leis ou atos normativos, atos governamentais, atos administrativos, atos concretos ou mesmo omissões de autoridades locais, tudo isso relacionado aos princípios sensíveis. Procedimento e medida liminar Ela prevê procedimento semelhante ao das demais ferramentas de controle concentrado. • A petição inicial deve indicar o princípio sensível violado ou a situação de recusa à aplicação de lei federal, bem como o ato (normativo, administrativo, concreto) ou omissão, que estão sendo questionados. • Se o relator indeferir a liminar, caberá agravo interno para o plenário. Caberá ao relator tentar dirimir administrativamente o conflito. • Não sendo possível resolver administrativamente, o relator pedirá informações as autoridades responsáveis pelo ato e depois ouvirá a AGU e o PGR. • Decisão de mérito → Maioria absoluta (6 ministros) – deve estar presentes pelo menos 8 ministros. - Se precedente o pedido o presidente será notificado para dar comprimento à decisão no prazo improrrogável de 15 dias. - A decisão de mérito é irrecorrível e não caberá o ajuizamento da ação rescisória. Representação interventiva no âmbito Estadual • Caberá para proteger os princípios constitucionais sensíveis previstos na constituição estadual, seja para prover a execução de lei. • Julgamento será no TJ, e o legitimado será o PGJ. • Atenção!!! Não caberá recurso extraordinário para o STF contra acordão do tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município (Sumula n. 637, STF). - Isso acontece porque a decisão do TJ possui natureza política-administrativa, e não puramente jurisdicional. Esse resumo foi feito por Rafael Luiz Trigo Trovão, tal resumo tem o cunho de relembrar pontos importantes para sua prova, o resumo em tese é somente para suplementar seus estudos, reforço e sugiro fortemente que sempre use os meios de retroalimentação, ao qual irá bombar seus resumos, como faço essa retroalimentação? Simples, o uso de questões direcionadas (adicione questões em seus resumos sempre que resolverem). Dicas, mnemônicos, leis e jurisprudências sempre são de extrema importância para reforçar seus resumos e estudos, dito isso encerro esse resumo com essa dica preciosa que adquiri com o tempo de estudos. Bons estudos. REFERÊNCIAS CONSTITUIÇÃO FEDERAL - <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm LEI DA ADI - < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9868.htm#:~:text=LEI%20No%209. 868%2C%20DE%2010%20DE%20NOVEMBRO%20DE%201999.&text=Disp %C3%B5e%20sobre%20o%20processo%20e,perante%20o%20Supremo%20Tri bunal%20Federal. > SUMULA 637 STF - < https://www.coad.com.br/busca/detalhe_16/2185/Sumulas_e_enunciados > https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9868.htm#:~:text=LEI%20No%209.868%2C%20DE%2010%20DE%20NOVEMBRO%20DE%201999.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20processo%20e,perante%20o%20Supremo%20Tribunal%20Federal https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9868.htm#:~:text=LEI%20No%209.868%2C%20DE%2010%20DE%20NOVEMBRO%20DE%201999.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20processo%20e,perante%20o%20Supremo%20Tribunal%20Federal https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9868.htm#:~:text=LEI%20No%209.868%2C%20DE%2010%20DE%20NOVEMBRO%20DE%201999.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20processo%20e,perante%20o%20Supremo%20Tribunal%20Federal https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9868.htm#:~:text=LEI%20No%209.868%2C%20DE%2010%20DE%20NOVEMBRO%20DE%201999.&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20processo%20e,perante%20o%20Supremo%20Tribunal%20Federal https://www.coad.com.br/busca/detalhe_16/2185/Sumulas_e_enunciados