Buscar

DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
INTRODUÇÃO
● bibliografia: Scarpinella Bueno, Didier Jr., Theodoro Jr., Daniel Neves,
Daniel Assunção.
➔ Ação, processo e procedimento
● Ação = o direito que o indivíduo tem de exigir o efeito da tutela
jurisdicional
● processo = relação jurídica que nasce quando uma ação é proposta
➢ processo de conhecimento - ainda não existe a certeza jurídica
➢ processo de execução - se tem a certeza jurídica
● procedimento = a sequência de atos, os ritos processuais.
➢ procedimento comum
➢ procedimento especial
● representação processual, sucessão processual, distinção processual e
substituição processual (questão da prova)
➔ Normas Fundamentais do processo civil (art. 1º a 10º do CPC)
● dignidade da pessoa humana - a justiça deve preservar essa virtude do
indivíduo.
● cooperação (art. 6º do CPC) - todos os envolvidos no processo devem
colaborar para o andamento da ação.
● contraditório - ambas a partes de um litígio devem ser ouvidas antes de
uma tomada de decisão. (art. 9º, CPC)
➢ exceção: medidas liminares (contraditório diferido, postergado)
● proibição de decisão surpresa - não pode decidir sem dar a
possibilidade da chance de se manifestar
➔ Sujeitos do processo (assunto OAB)
● Conceito - toda e qualquer pessoa que pratique atos dentro do processo
é sujeito.
● Existem dois tipos de sujeitos: imparciais e parciais.
● parte - todo aquele sujeito que puder interferir com qualquer tipo de
recurso, estando no contraditório, assume o papel de parte em um
processo.
➢ ex.: peticionar, pedir e produzir provas, etc.
➢ parte material - participa da relação jurídica discutida em juízo.
➢ parte processual - todo aquele que se apresente como sujeito do
processo, aqueles que requerem tutela jurisdicional.
➢ capacidade processual - se distingue em três fases.
❖ capacidade de ser parte: toda pessoa pode ser parte, como
autor ou réu, em um processo independentemente da
capacidade civil.
Obs - entes despersonalizados também podem ser parte,
como um espólio, a massa falida e a herança jacente.
❖ capacidade de estar em juízo: quando uma pessoa já é maior de
idade, ela pode responder por suas decisões civis.
❖ capacidade postulatória: os indivíduos que atuam diretamente
nos Órgãos Judiciais e advogados.
➢ legitimação - uma das condições da ação, é a pertinência subjetiva
da lide.
❖ ativa/passiva = a primeira está no polo ativo, quem move a tutela
jurisdicional/a segunda está no pólo passivo, quem se encontra
como réu da ação.
❖ ordinária/extraordinária = aquilo que comumente acontece/fora
da ordem, fora do comum.
● substituição processual está dentro da legitimidade
extraordinária
➔ Sucessão processual
● sucessão de um litigante por outro durante o processo
● extromissão e ingresso
● causa mortis - em razão da morte do indivíduo que faz parte de uma lide,
haverá um sucessor que irá assumir a ação.
➢ necessário analisar a transmissibilidade do processo, se o processo
pode ou não ser assumido por um sucessor.
● por ato entre vivos (inter vivos) - quando um litigante deseja se retirar do
processo para que haja a sucessão do mesmo, no entanto, é necessário
a concordância do autor da ação. (autorização da parte contrária)
➔ Sujeitos imparciais do processo
● imparcialidade do juiz:
➢ Para garantir a preservação da imparcialidade do juiz, a lei
processual civil estabelece impedimentos e suspeições. (CPC, art. 144º
e 145º)
➢ impedimentos e suspeições devem ser declaradas de ofício.
LITISCONSÓRCIO (art. 113 ao 110 do CPC)
➔ Conceito
● É a pluralidade de partes em qualquer um ou em ambos os pólos
processuais.
● polo ativo e polo passivo
● juntar para litigar em conjunto.
➔ Requisitos
● Existe uma ligação fática ou jurídica comum entre os litigantes
para estarem no processo.
● origem fática ou jurídica comum
➔ Litisconsórcio multitudinário
● Quando envolve um grande número de pessoas, não há limites
para quantos litigantes em um processo.
● Se caracteriza pela existência de um número excessivo de
litisconsórcio, que possa causar prejuízo para a defesa da parte
contrária ou um atraso anormal na tramitação do processo.
● Caso os vários litigantes estejam retardando o processo, o juiz
pode limitar o número desses litisconsórcio facultativos. (art. 113º,
§ 1 do CPC)
➢ Exemplo: Caso tenha 5.000 litigantes para serem ouvidos, o
juiz decide limitar aos 100 primeiros para que a parte
contrária trabalhe sobre aqueles pareceres. Os outros
seriam examinados individualmente, mas não seriam os
principais trabalhados.
➔ Classificação do litisconsórcio
● quanto ao pólo processual
➢ ativo - autores contra réu
➢ passivo - autor contra réus
➢ misto - autores versus réus (pluralidade dos dois pólos
● quanto ao momento em que se forma
➢ inicial - se o litisconsórcio está formado desde o início da
petição inicial.
➢ incidental ou ulterior - processo começou sem o
litisconsórcio e no curso da tramitação surgiram outras
partes litigantes.
● quanto à obrigatoriedade
➢ facultativo - a princípio, litisconsorciar-se é facultativo.
➢ necessário/obrigatório - há situações em que todos os
interessados precisam estar no processo.
➢ Importante: Existe polêmica sobre a possibilidade de
litisconsórcio necessário ativo, mas prevalece a tese de que
esse tipo de litisconsórcio somente acontece no polo
passivo porque não é possível obrigar alguém a ser autor.
● quanto à uniformidade da decisão
➢ simples - quando o juiz julga a decisão de cada
litisconsorte do mesmo polo diferente.
➢ unitária - simplesmente não existe, nem em tese e nem em
abstração, tratamento diferenciado quanto a decisão entre
os litisconsortes.
➢ exceção - Em regra, quando um litisconsórcio é necessário,
também é unitário. Ou seja, se todos devem estar
presentes, todos serão tratados uniformemente pela
sentença. A exceção acontece na ação de usucapião, que
permite tratamento diferenciado entre os proprietários do
bem e os confinantes.
➔ Aspectos processuais
● Questão do prazo
➢ No processo físico, quando há mais de um advogado de
escritório diferente, dobra-se o prazo.
➢ no litisconsórcio os atos individuais de um não prejudica
os outros litigantes, mas pode beneficiar.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (art. 119º ao 138º do CPC)
● Toda pessoa que não for parte do processo é caracterizada como
terceiro.
● terceiro interveniente - quem não seja parte dele.Poderá intervir em
processo alheio o terceiro que comprovar interesse jurídico, não
bastando o interesse afetivo e nem mesmo o econômico (salvo em uma
hipótese)
➔ Terceiros desinteressados
● os indivíduos que não tem nenhuma relação com qualquer processo,
mesmo que possua algum interesse de modo afetivo, econômico, entre
outros. É necessário ter interesse juridicamente no caso.
➔ Terceiros interessados
● Sujeito que está de fora do processo, porém a decisão do juiz pode
interferir na sua vida. Logo, ele possui um interesse jurídico.
● A intervenção de terceiros pode ser provocada de duas formas: a
espontânea e o chamamento ao processo.
● modalidade de intervenção
➢ assistência - forma voluntária de intervenção, quando um terceiro
tem interesse jurídico na vitória de uma das partes, para ajudar esse
polo litigante a vencer. (assistido - art. 119º ao 124º do CPC)
❖ Simples : o assistente só tem interesse jurídico na vitória de
uma das partes. É dotado de legitimidade processual na
modalidade extraordinária e subordinada, intervém no
processo para auxiliar uma das partes por meio do seu
interesse jurídico. Tem todos os poderes da parte principal,
mas só os conserva quando andar lado a lado com os do
assistido (parte principal).
❖ Litisconsorcial: assistentes que poderiam ter sido
litisconsórcios. Além do interesse jurídico, tem também direito
próprio em discussão no processo (sub judice). Possui os
mesmos poderes da parte principal, no entanto, ele pode se
opor a vontade do assistido (parte principal).
➢ denunciação da lide - está no sentido de anunciação, comunicação
da lide a um terceiro que possui responsabilidade naquele processo.
(art. 119ºao 124º do CPC)
❖ evicção: perda da propriedade de um bem por decisão do juiz.
Aquele que adquiriu um bem e corre o risco de sofrer uma
execução, o mesmo pode trazer o alienante (se houver) que
deverá responder à condenação.
❖ Direito de regresso: acontece nos casos em que alguém é
obrigado, por lei ou por contrato, a pagar prejuízo causado
por terceiro. Nesse caso, faz a denunciação da lide ao
causador do prejuízo, trazendo-o para o processo.
❖ denunciação sucessiva: a hipótese em que o denunciado, por
sua vez, denuncia a lide ao seu próprio alienante. Permitida
apenas uma única vez.
➢ chamamento ao processo - Chama ao processo alguém que também
é obrigado a responder pela sentença. Ocorre nas hipóteses de
coobrigação, em que duas ou mais pessoas são obrigadas pela
mesma dívida, mas apenas uma é demandada em juízo. Nesse caso,
pode chamar ao processo os demais obrigados. (art. 130º a 132º do
CPC)
➢ desconsideração da personalidade jurídica - consiste na
possibilidade de se ignorar a personalidade jurídica autônoma da
entidade moral para chamar à responsabilidade seus sócios ou
administradores, quando utilizam-na com objetivos fraudulentos ou
diversos daqueles para os quais foi constituída. (art. 133º a 137º do
CPC)
➢ intervenção do “amicus curiae” - pode ser tanto espontânea como
chamada. Utilizada para designar uma instituição que tem por
finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais,
oferecendo-lhes melhor base para questões relevantes e de grande
impacto.
➢ convocação dos parentes do devedor de alimentos - Os encargos
alimentares seguem os preceitos gerais. Portanto, na falta de pais,
avós e irmãos, a obrigação passa aos tios, tios-avós, depois aos
sobrinhos, sobrinhos-netos e, finalmente, aos primos. (art. 1698º do
CC)
➢ Intervenção anômala da União - significa que a União e as demais
pessoas jurídicas de direito público poderão intervir, independente
de interesse jurídico (é admitido mero interesse econômico), e mesmo
no caso de interesse indireto ou reflexo (lei nº 9.496/87, art. 5º).
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
➔ Introdução
● O processo é uma relação jurídica entre o autor, o réu e o estado-juiz, em
princípio, com o objetivo de resolver o litígio.
● Essa relação nasce quando a ação é proposta, ou seja, quando há a
protocolização da ação.
● É necessário a citação do réu.
➔ Formação, suspensão e extinção do processo (art. 312 a 317 do CPC)
● Protocolada a ação, nasce o processo. No entanto, é necessária a
citação do réu validamente para que, em relação a ele, o processo possa
prosseguir.
● A suspensão do processo somente é permitida quando há a perda da
capacidade da parte, a morte do litigante (quando se tem a sucessão da
ação) ou um motivo de força maior. (art. 313º do CPC)
➢ Suspensão por convenção das partes - os próprios litigantes, em um
acordo entre si, decidem suspender o processo para negociação.
● pressuposto processual - requisitos que um processo precisa atender
para ser considerado válido e existente / tem que ser e estar para haver
o processo.
➢ existência do processo = é fundamental concluir que o processo
existe.
❖ é necessário a demanda da ação.
❖ existência de um órgão judicial.
❖ que haja partes ou interessados (jurisdição voluntária).
➢ validade do processo = a ausência de pressuposto de validade
admite a existência do processo, porém está inválido.
❖ regularidade da demanda, procedimento
❖ competência do órgão judiciário
❖ capacidade civil das partes (representantes)
❖ validade da citação
➔ Atos processuais
● todo ato praticado por qualquer um dos sujeitos do processo no curso
de um processo, visando a produção de efeitos processuais. (ex.
depoimento da testemunha, laudo do perito, etc)
● atos das partes:
➢ postulatórios = todo ato que contém um requerimento de medida
formulado ao juiz (ex. petição de adiamento da audiência,
contestação, pedido de perícia, etc)
➢ instrutórios = atos de produção, colheita e apresentação de provas
(apresentação do rol de testemunhas, pedido de perícia, etc).
➢ dispositivos = disposição dos próprios direitos, por exemplo,
proposição de acordo entre as partes pelo autor ou réu durante
julgamento, pressupondo capacidade.
● atos do juízo:
➢ São relacionados a todos os órgãos judiciais, sendo divididos em
despachos e decisões.
➢ despacho = ato que impulsiona o processo, incapaz de prejudicar.
❖ independentemente da denominação que for atribuída ao ato,
este somente será um despacho quando for ato de impulso
processual incapaz de causar prejuízo inconsequentemente
irrecorrível. (art. 1001º CPC)
❖ Caso tenha esse efeito, o despacho não poderá entrar no
processo.
➢ decisão = ato judicial que resolve as questões de um processo,
tomando partido de um incentivo.
❖ de 1º grau/instância
★ sentenças - pronunciamento do juiz, por meio de
fundamentos, que põe fim à fase de conhecimento do
processo comum (203º do CPC).
1. definitivas -- juiz examina e decide com resolução do
mérito do processo (art. 487º CPC)
2. terminativas -- tem o intuito de extinção do processo sem
resolução do mérito, de coisa julgada formal. (art. 485º
CPC)
★ decisões interlocutórias - tem o objetivo de resolver questões
incidentais no decorrer do processo.
❖ dos tribunais
★ acórdãos - decisão final proferida sobre um processo por
tribunal superior, que funciona como paradigma para
solucionar casos análogos; aresto.
★ decisões monocráticas ou impessoais - Decisão final em um
processo, tomada por um juiz ou, no caso do Supremo
Tribunal Federal, por um ministro
➢ Cada afirmação, fática ou jurídica, feita por uma das partes e
impugnada pela outra é um ponto controvertido, ou seja, é uma
questão processual.
➔ Forma dos atos processuais
● Os termos processuais não dependem de forma determinada, a não ser
quando são expressamente exigidos pela lei.
● princípio da liberdade e da instrumentalidade das formas (188º CPC) -
traz a regra geral da forma dos atos processuais, sendo ela livre, salvo
quando a lei exigir forma específica
● Além disso, considera-se válido o ato praticado de forma errada se
alcançar sua finalidade sem causar prejuízos.
● O horário das práticas dos atos processuais, em regra, são praticados nos dias
úteis das 06 às 20 horas. No entanto, há casos excepcionais, sendo necessário
uma justificativa, como os atos urgentes.
● São praticados, em regra geral, na sede do juízo, ou seja, no fórum. Exceções
como a citação, a perícia, a penhora, entre outras.
➔ Comunicação dos atos processuais
● Na jurisdição civil brasileira, a comunicação dos atos civis processuais são
praticados de duas formas: citação e intimação.
● citação = ato no qual o Estado comunica a alguém a sua função de réu
em um processo e o dar direito de defesa. (art. 238º CPC)
➢ deve ser informado, por meio do mandado de citação, com as
informações básicas do processo, como o nome do autor e o número
do processo, assim como a petição inicial, o prazo de defesa e outros
conhecimentos essenciais. (art. 250º CPC)
➢ real -- se faz pelo correio (regra), oficial de justiça (exceção), ‘in faciem’
(sujeito comparece, mas não foi citado/feita pelo escrivão), meio
eletrônico (prazo de 10 dias para ler o e-mail)
➢ ficta (faz de conta que houve citação para continuação do processo)
-- se faz por edital (usado subsidiariamente, com um prazo de 20 a 60
dias) ou por hora certa. Nomeia-se, quando não há aparecimento do
réu, um defensor público para o representar.
● intimação = o ato geral de comunicação das ocorrências no processo a
todos os sujeitos processuais.
➢ pode ser feito pelo correio, email, whatsapp.
➔ Prazos Processuais (arts. 218 a 233 do CPC)
● conceito - prazo é o intervalo de tempo para a prática de um ato
processual ou para aguardar até o momento de praticá-lo.
● obs 1: não é considerado intempestivo o ato praticado antes do prazo
começar a correr.
● obs 2: de acordo com o art. 226º CPC, o juiz proferirá seus despachos em
cinco dias, suas decisões interlocutórias em dez dias e suas sentenças
em trinta dias. Mas não há preclusão temporalpara o juiz.
● unidades de contagem - existem prazos em minutos (utilizados na
audiência oral), prazos em horas, em dias, em meses e em anos.
● classificação
➢ O prazo pode ser classificado quanto a fonte: legal, judicial e
convencional.
❖ legal: a própria lei fixa o prazo (ex. prazo prescricional)
❖ judicial: prazo fixado pelo juiz quando a lei autorizar.
❖ convencional: prazo fixado pelas partes através de acordo
quando a lei permitir (ex. suspensão)
❖ se a lei não estabelecer um prazo, nem autorizar o juiz ou as
partes a fazê-lo, automaticamente ele será de cinco dias.
➢ Quanto ao destinatário são: comuns ou particulares.
❖ particular: prazo determinado para uma única pessoa. (ex.
contestação)
❖ comum: quando ambas as partes recebem um prazo para tal ato
(ex. produção de provas)
➢ prazo quanto a preclusão são: próprios ou impróprios.
❖ próprio: prazo das partes, ou você pratica ou não poderá mais
ser realizado.
❖ impróprio: prazo do juiz.
➢ prazo quanto a possibilidade de alterações são: dilatórios ou
peremptórios.
❖ dilatórios: prazos em que o juiz pode ampliar ou
reduzir.
❖ peremptórios: são os prazos que não podem ser
reduzidos, como prazo de 15 dias para o réu
apresentar contestação.
● dia útil - expediente forense integral
● os entes públicos têm prazos dobrados
● regra: havendo litisconsórcio, e tiver advogados diferentes de
escritórios diferentes, os prazos são dobrados.
● É considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial
do prazo.
Petição Inicial (art. 319º, CPC)
● procedimento é a sequência de atos processuais, sinônimo de ritos e
aquele que ordinariamente é usado.
➔ Pela forma do ato processual (art. 188º CPC)
● não dependem de uma forma determinada, a não ser quando a lei exige
(princípio da liberdade das formas).
➢ obs: forma oral nos júris especiais é permitido.
● A petição inicial precisa ser de forma escrita, com o uso da língua
portuguesa e assinada por advogado com sua determinada procuração.
➢ A procuração é o documento que dá poderes ao advogado para atuar
no processo como representante da parte, agindo em prol do seu
direito na ação.
➢ Há exceções quanto a entrega da procuração, quando o advogado,
por força maior, não pode inseri-la ao processo, ele se compromete a
enviar depois.
➔ Requisitos Essenciais (art. 319º e 320º do CPC)
● É primordial começar a petição indicando qual o órgão judicial
competente.
➢ competência é a parcela de jurisdição que cada juízo detém, parcela
essa que é atribuída segundo critérios legais e os fixados na
constituição.
➢ critérios absolutos: matéria, pessoa e função. (quando erra nesse
critério, produz incompetência absoluta).
➢ critérios relativos: lugar e valor da causa (quando erra nesse critério,
produz incompetência relativa).
● órgão judicial competente
● qualificação das partes (principais - nome completo do réu, endereço e
CPF ou CNPJ.)
● os fatos e os fundamentos jurídicos do pedido
➢ constitui a causa de pedir, a qual persiste em duas teorias em
doutrinas:
- A teoria da individuação = o juiz conhece o direito, isto é, tem a
obrigação de conhecer o direito.
- A teoria da substanciação = a causa de pedir consiste na narração
dos fatos acompanhada da fundamentação jurídica, extraindo as
consequências jurídicas dos fatos narrados. Busca o amparo da lei
diante da situação passada. (adotada pela lei)
➢ causa petendi:
- causa de pedir próxima = fundamentação jurídica
- causa de pedir remota = fatos da petição, o que está mais distante
● indicação do pedido com suas especificações
➢ vício que leva ao indeferimento da petição
➢ na nossa jurisdição civil, pedidos genéricos, em princípio, não são
admissíveis.
- existem exceções, como em ações que não dá para dimensionar o
valor de um dano ou em ações universais (quinhão de herança).
➢ O pedido deve ser expresso, explícito.
- existem pedidos que já são implícitos em toda ação, como os
honorários advocatícios, os juros de mora, correção monetária e
prestações vincendas.
➢ cumulação de pedidos
- formular mais de um pedido na petição
- ex. reconhecimento de paternidade com pedido de alimentos.
- dentro de um processo pode haver várias ações, pois cada ação é
uma demanda de um pedido de mérito.
- existem certas condições para cumular pedidos, como:
1. o juiz deve ser competente para apreciar todas ações;
2. os pedidos devem ser compatíveis entre si (sem contrariedade);
3. a sequência (rito) de atos devem ser o mesmo;
- cumulação própria = formula vários pedidos pretendendo que
todos sejam atendidos.
1. cumulação própria simples = esses pedidos são independentes
entre si, portanto, não interferem um ao outro.
2. cumulação própria subsidiária ou sucessiva = há um pedido
principal, cujo atendimento condiciona o atendimento dos
demais.
- cumulação imprópria = o autor formula mais de um pedido, mas
que para um deles seja atendido.
1. cumulação imprópria alternativa = não receberá todos os
pedidos, sendo uma coisa ou outra, o autor se contenta com
qualquer um dos pedidos.
2. cumulação imprópria eventual ou subsidiária = estabelece uma
ordem de prioridades, querendo o segundo pedido somente se
o primeiro não poder ser fundamentalmente cumprido.
● o valor da causa (art. 291º e 292º CPC)
➢ toda petição inicial de ação civil tem que dar o valor da causa, mesmo
que ela não tenha conteúdo econômico.
➢ fixado valor simbólico, caso não tenha conteúdo econômico.
➢ quando a lei determina o valor do pedido na causa, não há como o
autor atribuir outro valor.
➢ quando a causa tem conteúdo econômico, mas não está descrito o
valor dela na lei, então cabe ao autor estabelecer o que vale a seu
critério.
- pode o réu impugnar o valor colocado e o juiz decidirá por decisão
interlocutória.
● indicar as provas que o autor irá querer produzir
➢ protesto genérico pela produção de provas, ou seja, a manifestação
não especificada ainda de que o autor irá querer produzir provas.
➢ não há necessidade de trazer todas as provas imediatamente,
somente as que a lei exigir.
➢ na petição inicial, o comum é o acompanhamento de algumas provas
documentais.
● opção do autor pela realização ou não da audiência de conciliação e
mediação
➢ o autor pode se manifestar sobre sua vontade ou não de haver a
audiência.
➢ por acaso, se for esquecido a recusa, então será interpretado a
aceitação da audiência.
● instruir os documentos indispensáveis para a propositura da ação
➢ prova documental
➢ ex. propondo o divórcio precisa da certidão de casamento.
➔ Resposta do juiz à petição inicial (art. 330º a 332º do CPC)
● O recebimento da inicial se dá pela constatação de que ela foi elaborada
com todos os requisitos necessários.
● 1. Caso tenha vícios na petição inicial, ou seja, não atendendo aos
requisitos, o juiz não irá recebê-la.
➢ Vícios sanáveis = o juiz proferirá um despacho para que seja corrigido
o vício, emendando a inicial sob pena de indeferimento, caso não seja
sanado.
- 5 requisitos do art. 319º e o requisito do art. 320º do CPC
➢ vícios insanáveis = são erros na petição inicial os quais não poderão
ser consertados, ocorrendo o indeferimento liminar (imediato) da peça
inicial.
- a ausência ou defeito de causa de pedir
- a ausência ou defeito de pedido
● 2. Quando a petição inicial for inépcia = não foi apta, capaz de iniciar um
processo, contendo um vício de grande gravidade, sendo indeferida pelo
juiz.
➢ quando faltam pedido ou causa de pedir (vício insanável)
➢ da narração dos fatos, não compete logicamente a conclusão.
➢ quando tiver pedidos incompatíveis entre si (ex. pagamento de multa
por quebra de contrato e o cumprimento do contrato, são pedidos
incompatíveis)
● Quando a parte for manifestamente ilegítima, tanto autor como réu, o juiz
indeferirá a petição inicial.
● 3. Quando o autor carece de interesse processual, isto é, necessidade de ir
à justiça, o juiz indeferirá a sua inicial.
➢ ex. o autor que quer cobrar alguém por juros de mora sem que se
tenha vencido a dívida.
● obs: o juiz que indefere a inicial, sendo por víciosanável ou insanável, esse
indeferimento será uma sentença, pois isso é um ato que encerra o
processo.
● Importante: quando a inicial é indeferida e o autor apelar, o juiz ao
examinar a apelação antes de mandar para o tribunal, pode voltar atrás
em um prazo de 5 dias.
● 4. Julgamento liminar de improcedência = caso o juiz já saiba que algum
precedente esbarra com a inicial, então ele pode julgar improcedente de
acordo com o mérito
➢ Adotado, com alterações, o sistema norte-americano de precedentes:
stare decisis - respeitar as decisões.
➢ o juiz debaixo não pode divergir dos tribunais de 2 grau, do STJ e do
STF.
➢ obrigação de respeitar os precedentes, como as súmulas dos
Tribunais superiores.
➢ o autor pode apelar e o juiz poderá se retratar em 5 dias.
● obs. do professor: os vícios da petição inicial podem levar a seu
indeferimento, mediante sentença. Há dois tipos de vícios, os sanáveis e os
insanáveis (art. 330º do CPC). Se o vício for sanável (art. 319º, I, II, V, VI e VII; e
art. 320º do CPC) o juiz intimará o autor para proceder a emenda da
petição no prazo de 15 dias, sob pena de indeferimento. Se o vício for
insanável, a petição inicial será indeferida liminarmente.
AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO (ART. 334º DO CPC)
● O objetivo da audiência é a solução consensual do litígio mediante
acordo, que será homologado pelo juiz.
● A audiência, em princípio, é obrigatória, sancionando-se a parte
ausente com multa por litigância de má fé.
● Pode haver tantas audiências quantas vezes as partes queiram.
● Há duas hipóteses de não realização da audiência.
➔ quando a audiência não acontece:
● quando ambas as partes, expressamente, dizem que não querem a
audiência, essa não se realiza.
➢ o autor expressa sua recusa na petição inicial
➢ o réu expressa em forma de contestação até 10 dias antes da
audiência.
➢ o silêncio é considerado concordância, anuência.
● Se o direito sub judice que está sendo discutido for indisponível, ou
seja, quando não se pode fazer acordo.
➢ o juiz já cita o réu para contestar
● Caso a audiência aconteça, mas o acordo não aconteceu, então o
primeiro dia útil da contestação para o réu será a partir da data
daquela audiência. (aquele que não se computa)
CONTESTAÇÃO (ART. 335º do CPC)
➔ Introdução
● princípio da concentração da defesa na contestação, ou seja, em uma
única petição se oferece a exceção, a reconvenção e a contestação.
➢ contestação = defender-se diretamente quanto ao mérito.
➢ exceção = defesa indireta, pois se cria um obstáculo indireto
preliminarmente dentro da contestação.
➢ reconvenção = contra ataque, uma ação que o réu move contra o
autor no mesmo processo em que o autor move uma ação contra
o réu (obriga o autor a se defender também).
➔ Contestação propriamente
● defesa direta de mérito, isto é, negação sobre aquilo que o autor diz.
● a contestação rege por dois fundamentos:
1. princípio da eventualidade (art. 336º do CPC)
➢ cabe ao réu trazer na contestação todos os seus argumentos de
defesa, sob pena de preclusão.
➢ a princípio, caso não se utilize de algum argumento na
contestação, depois ele não poderá ser arguido.
➢ se o primeiro argumento falhar, o segundo será avaliado, e assim
por diante.
➢ exceções - fato superveniente (aconteceu depois da contestação)
e alegar força maior (deixou de apresentar o fato por força maior,
isto é, quando se não tinha conhecimento do fato).
2. ônus da impugnação específica (art. 341º do CPC)
➢ não existe, em regra, na jurisdição civil, contestação por negação
geral, isto é, provar durante o processo que o autor não possui
veracidade na sua alegação.
➢ cada alegação fática feita pelo autor deve ser respondida
individual e especificamente pelo autor, caso não seja feito, irá ser
presumido que seja verdade.
➢ exceções - 1. apesar de o réu não ter respeitado o ônus de
impugnar especificamente, deixando sem resposta uma ou outra
alegação fática, nem por isso haverá a consequência de
presunção de veracidade. / 2. se a petição inicial não apresentar
documento indispensável para os fatos / 3. quando os fatos
estiverem em contradição com a defesa considerada em seu
conjunto, ou seja, reconveio como resposta com outro argumento
um fato dado pelo autor.
➔ Preliminares na contestação/exceção (art. 337º do CPC)
● preliminares é uma das questões prévias ao mérito, chamando a
atenção do juiz para um fato de natureza processual, que sendo
verdadeiro pode provocar a imediata extinção do processo
(preliminares peremptórias) ou retardará o processo (preliminares
dilatórias).
● influi decisivamente no mérito, antes dele existir e ser falado.
➢ Mérito da ação: ação ou comportamento que considera a
utilização prática; análise das coisas através de uma abordagem
pragmática.
● preliminar peremptória = extingue o processo
➢ exemplo: a alegação de coisa julgada material, a inépcia da
petição, perempção, litispendência, coisa julgada, conversão de
arbitragem, ausência de legitimidade e interesse de agir.
● preliminar dilatória = retarda o processo
➢ exemplo: a alegação de incompetência relativa, incompetência
absoluta, conexão entre ações, incapacidade da parte (falta de
representação), falta de caução ou outra prestação que a lei
exige como preliminar, indevida concessão da gratuidade.
● pode o réu, antes de discutir o mérito, alegar questões preliminares.
Trata-se de argumentos de natureza formal/processual alegados
previamente ao mérito e que, quando procedentes, ou extingue o
processo imediatamente (peremptórias) ou provocam um retardamento
no andamento do processo para sanar um vício existente (dilatórias).
➔ Reconvenção
● No CPC revogado, era permitido uma forma de intervenção de terceiros
denominada nomeação à autoria, para quando o réu quisesse alegar
sua ilegitimidade para figurar no polo passivo da ação, indicando
aquela pessoa que seria o verdadeiro réu. A forma de intervenção já
não existe, mas essa possibilidade continua de acordo com a previsão
dos arts. 338º e 339º do CPC.
● Reconvenção é a ação proposta pelo réu contra o autor no mesmo
processo em que o autor move ação contra o réu, e só é possível em
procedimentos comuns.
● Ela é uma forma de possibilitar que o réu faça alegações e pedidos
próprios dentro do processo, invertendo a estrutura do processo.
● Nessa situação o réu vira o reconvinte e o autor se chamará de
reconvindo, mudando de posições na ação reconvencional.
➢ o réu não permanece somente no polo passivo, propondo um
contra-ataque.
➢ deve está ligada à ação principal.
● obs: é possível a reconvenção da reconvenção
● Nos juizados especiais não se admite reconvenção, mas possibilita o
pedido de contraposto.
➢ O pedido de contraposto não tem diferença da reconvenção, já
que os dois são postos na contestação, mas há a diferença do
título de contra ataque.
● Nas ações de procedimentos especiais não cabe reconvenção.
● Ação dúplice = Aquela em que autor e réu, simultaneamente, ocupam os
pólos da relação jurídico-processual. O que qualifica a ação como
dúplice é a unidade de pretensões das partes
➢ Por exemplo, nas ações possessórias típicas, em que a lide girará
em torno da melhor posse.
REVELIA (ART 344 A 346)
➔ Introdução:
● Tecnicamente, trata-se de um fato: a ausência de contestação. Assim, o
réu que não contesta, torna-se revel e se submete aos efeitos da revelia.
● O réu ainda não foi excluído do processo e nem é litigante de má-fé,
somente, por conta da sua omissão, se prejudicou.
➔ Efeitos da Revelia:
● efeito material (art. 344 e 355, I) = a partir do momento que ocorre a
revelia, o mérito é julgado antecipadamente, uma vez que se presumem
verdadeiros os fatos apresentados pelo autor e retira a necessidade do
mesmo de provar.
↪ exceção da produção do efeito material (art. 345)
1. quando há pluralidade de réus e um deles contestar a
ação. No caso de litisconsórcio unitário, a contestação
sempre aproveitará o réu revel.
2. se o litígio versa sobre direitos indisponíveis, ou seja,
aquele do qual não se pode dispor. (ex. incapaz)
3. sea petição inicial não estiver acompanhada do
documento indispensável.
4. Se o juiz entender que os argumentos do autor não
parecerem verdadeiros e soam absurdos, o juiz pode
decidir, fundamentadamente, não aplicar o efeito material
e requerer que o réu prove.
● efeito processual (art. 346) = desnecessidade de intimação pessoal, ou
através do advogado, do réu revel, será intimado por publicação.
↪ parágrafo único: O revel poderá intervir no processo em
qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.
↪ reconvindo não contesta a reconvenção e fica revel, então será
intimado o advogado.
Fase Ordinatória e de Saneamento do processo
● conceito: A fase ordinatória é aquela compreendida entre as
providências preliminares e o julgamento conforme o estado do
processo. Nessa fase, o Juiz analisará o processo e o preparará para
uma das três possibilidades: extinção imediata, julgamento antecipado
de mérito ou saneamento com posterior remessa para fase instrutória.
● essa fase se dá logo após o término do prazo de apresentação da
contestação
➔ Providências preliminares (art. 347 a 353)
● Três situações de providências preliminares: Alegação de defesa
indireta de mérito, disciplinada no art. 350, do NCPC; Alegação de
questões preliminares na contestação, disciplinada no art. 351, do
NCPC; e Providências ligadas ao saneamento e à instrução do feito,
disciplinados nos arts. 352 a 357, do NCPC.
● quando não ocorre o efeito material da revelia - o juiz pode intimar o
autor, para no prazo de 15 dias, especificar as provas que pretende
produzir. (art. 348)
o réu ao não contestar e o autor não apresentando provas, o juiz
extinguirá o processo.
● direito de contra produção de provas do réu - o revel só terá direito à
produção probatória se o juiz entender que, a despeito da presunção
de veracidade dos fatos alegados pelo autor, seja necessária maior
produção probatória para o total esclarecimento do feito. (art. 349)
Deverá o réu ingressar no processo a tempo de requerer a
produção de provas.
● quando o réu alega fatos novos na contestação (extintivos,
modificativos ou impeditivos do direito do autor) - o autor será
intimado para responder a esses fatos no prazo de 15 dias. (art. 350)
princípio do contraditório
permitido a produção de provas
● quando o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337 -
consistirá na intimação do autor para se manifestar no prazo de 15
dias, mas desta vez, para se manifestar sobre preliminar de
contestação arguida pelo réu. (art. 351)
Os temas enumerados nos incisos do art. 337 são matérias de
ordem pública, com exceção da convenção de arbitragem e da
incompetência relativa.
● quando há irregularidade ou vícios sanáveis - proveniente da
alegação do réu, o magistrado dará a oportunidade para que a parte
autora corrija a incapacidade processual ou vício de representação.
(art. 352)
poderá ser regularizada com a intimação da parte, em um prazo
de 30 dias.
ex. a ausência de documento indispensável.
● quando há o cumprimento das providências preliminares ou não
havendo necessidade delas - o juiz proferirá julgamento conforme o
estado do processo (art. 353)
➔ Julgamento conforme o estado do processo
● extinção do processo sem resolução de mérito
- sentença de extinção do processo sem resolução de mérito
● julgamento antecipado (sem necessidade das provas) do mérito
- quando ocorrer revelia ou efeito material (art. 355)
- quando não houver necessidade de produção de outras provas.
(não há fatos controvertidos ou as provas necessárias já estão
todas no processo como a documental)
- sentença de natureza definitiva
● julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356)
- Quando o réu reconhece em parte o juiz também decide em
parte, dando ao autor aquela parcela do pedido.
- No entanto, a decisão do juiz em parte não será uma sentença,
pois o processo continuará sendo julgado pela a outra parte que
não foi reconhecida.
- o ato do juiz que julga parcialmente o mérito é uma decisão
interlocutória. (a partir do código de 2015)
- recurso para decisão interlocutória: agravo de instrumento para
continuação da ação
● saneamento do processo (análise do juiz)
- o objetivo é a necessidade sanear os vícios
- 1. resolver as questões processuais pendentes, se houver. (ex. erro
no valor da causa, o juiz decide /terceiro que pediu para intervir
e ainda não foi admitido)
- 2. delimitar as questões dos fatos controvertidos que necessitam
de prova
- 3. o juiz define a distribuição do ônus da prova, ou seja, quem vai
ter que provar o quê.
- 4. delimitar as questões de direito relevantes para a resolução do
mérito, ou seja, os pontos jurídicos que serão discutidos.
- 5. Depois de todos esses pontos, o juiz irá designar, se
necessário, a audiência de instrução e julgamento (produção de
prova e o julgamento).
- audiência de instrução - necessidade de provas orais, então
nesse momento elas serão produzidas por determinação do juiz.
- Quando a causa for muito complexa e apresentar pontos de
difícil resolução, pode o juiz, na forma do parágrafo terceiro do
art. 357, substituir a decisão de saneamento por uma audiência
de saneamento, para a qual convida as partes. Trata-se de
aplicação do princípio da cooperação ou colaboração, previsto
no art. 6 do CPC.
Audiência de Instrução e Julgamento (art. 358)
● É uma audiência para a produção de prova oral, como a testemunhal,
depoimento das partes e interrogatório do perito.
● Possui como característica a solenidade, um rito, entre os indivíduos que
participam da audiência, como o juiz e advogado. Além disso, seus atos são
acessíveis, públicos, una e contínua (mesmo que precise marcar uma nova
sessão da audiência para continuação, se considera a mesma).
● É iniciada com o pregão, isto é, o escrivão chama pelo nome das partes e
advogados para que os indivíduos entrem na sala de audiência.
● Há uma ordem para a produção de provas. Assim, começará pelo perito para
depor em favor de declarações, se houver, e logo depois será o depoimento
pessoal das partes (não é obrigatório no civil). Em seguida passará para as
testemunhas, primeiro as do autor e depois a do réu (permite o juiz, em
decisão fundamentada, inverter a ordem das testemunhas.//sem prejuízo
para a defesa)
● Quando chegar a parte das razões finais (tentar convencer o juiz da sua
defesa ou acusação para o julgamento), os advogados poderão escolher se
serão realizadas de forma oral ou escrita por memoriais escritos.
- são 10 dias para a preparação do memorial
- o juiz terá 30 dias para a promover a sentença caso escolha
também fazer por escrito, no entanto, esse prazo não sofre
preclusão.
- Na maioria das situações, os julgamentos não são feitos na hora
da audiência.
● A parte que não for favorecida poderá apelar pela sentença como também
poderá tentar entrar em um acordo com a parte adversa, pois o acordo é
sempre possível enquanto houver processo.
- se o acordo entre as partes acontecer na audiência de instrução,
o juiz irá homologar a sentença, ratificá-la.
Teoria das Provas (art. 369 e seguintes)
● conceito: provas são os meios pelos quais as partes buscam demonstrar a veracidade
de suas alegações, com a finalidade de convencer o juiz e obter ganho de causa.
➔ Princípios reitores da produção das provas em jurisdição civil
● princípio da proibição da prova ilícita no processo
- prova originariamente ilícita = tortura
- prova ilícita por derivação = por si ela não é ilícita, mas eu só soube
daquela prova por que houve uma interceptação telefônica ilegal.
- A prova ilícita não se trata de uma proibição absoluta no direito civil,
com exceção do autor (MP).
- admite exceções mediante princípios de ponderação dos valores.
● princípio da proibição da obrigação de produzir provas contra si
- não possui a mesma conotação que na jurisdição penal
- Ex. pessoa que se acidenta bêbado na direção do carro, não é obrigado
a se submeter ao bafômetro.
- O silêncio do réu não pode ser interpretado como culpa e nem ser
usado contra ele pelo autor.- O juiz não está vinculado àquela coisa de não poder usar o silêncio e
de não poder usar a recusa, pois a interpretação que tem é que se o réu
se recusou de produzir uma prova que o ajudaria a vencer, o juiz tirará
as consequências que quiser e colocará na sentença.
- As consequências serão diferentes na jurisdição civil.
● Princípio da Atipicidade dos meios de prova (art. 369)
- criação de provas que não estão especificadas no rol da lei, desde que
a produção respeite a lei por meios legais e não ofenda a moralidade.
- ex. contrário - detector de mentiras não é admitido pois viola a
credibilidade / soro da verdade viola o princípio da dignidade da
pessoa humana / prova mediúnica.
- ex de prova nova - pedido da parte do seu próprio depoimento
● Princípio da comunhão ou da aquisição da prova
- A prova que foi produzida por minha iniciativa não me pertence.
- Quando a prova é produzida, não importa de quem foi a iniciativa e o
processo adquire a prova para si, tornando-se comum a todas as
partes.
- consequências = prova produzida é prova do processo, a parte não
pode querer a retirada de qualquer uma, mesmo que ela prejudique ao
invés de ajudar.
- Os efeitos da prova são controlados pelo processo e não pela parte.
● Princípio do contraditório da produção da prova
- As provas não podem surpreender a parte contrária, isto é, toda prova
produzida no processo será do conhecimento prévio ou a outra parte
terá o direito de se manifestar.
- ex. prova documental quando juntada aos autos, a parte contrária
poderá se manifestar dentro de um prazo.
- ex. perícia, o réu terá o direito de ter um aviso prévio, poderá
recomendar um assistente técnico, poderá apresentar quesitos.
- a não surpresa ou direito do contraditório posterior
● Princípio do livre convencimento motivado do juiz
- o magistrado tem liberdade quando da avaliação das provas
produzidas no processo desde que fundamente o porquê chegou
àquele resultado.
- O juiz é soberano na análise das provas produzidas nos autos. Deve
decidir de acordo com o seu convencimento.
- se destaca em nosso ordenamento jurídico por conta de estabelecer
que o juiz deverá julgar a prova constante nos autos em concomitância
com a lei e de acordo com sua convicção, ou seja, o juiz irá indicar as
razões de suas convicções diante da prova demonstrada nos autos
➔ Iniciativa da produção da prova
● caberá ao juiz requerer a produção da prova quando as partes pedirem ou de
ofício.
● o juiz deve restringir a sua iniciativa de produção de provas o máximo possível,
utilizando somente em casos excepcionais, pois pode comprometer sua
imparcialidade.
● o juiz pode nos casos em que o direito em discussão for indisponível e a questão
tiver sido suscitada no processo.
➔ Objeto da Prova (o que a parte terá que provar)
● Em princípio, prova-se os fatos, pois não há necessidade de provar o direito
(regra geral). No entanto, há exceções nas duas afirmações, levando em
consideração que há fatos que não precisam de provas e há direitos que
precisam ser provados.
● fatos incontroversos que não precisam de provas = provar que houve
atropelamento, fatos confessados, os fatos presumidos por lei (criança é
incapaz de contratar) e fatos notórios (ex. queimadura com água fervente).
● os direitos em que precisam ser provados = direito material estrangeiro (ex.
termo de sucessões), costume (direito consuetudinário/ex. furar fila) e direito
local (direito estadual e municipal, tem que ser provado fora do local em que ele
vive // ex. direito municipal fortalezense na comarca de SP)
➔ Ônus da prova
● É o peso de ter que provar, é o encargo da prova.
● O ônus da prova incumbe ao autor quanto aos fatos constitutivos do seu
direito, e ao réu quanto aos fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do
direito do autor.
● ex. o credor precisa provar que tem uma dívida com o devedor, e se o réu
(devedor) diz que já pagou então ele tem que provar.
● O ônus da prova, portanto, é o encargo de trazer elementos capazes de
certificar uma situação. Ou seja, de comprová-la. No entanto, não pode ser
confundido com dever, porquanto o dever implica em um direito de outrem.
● o indivíduo que possui o ônus da prova está incumbido do dever de comprovar
o seu interesse e os fatos que o favorecem em um processo.
● Há casos, então, em que a veracidade das alegações é presumida. E, portanto,
cabe ao demandado apresentar prova em contrário, no que se conhece por
inversão do ônus da prova.
● A inversão do ônus da prova é medida excepcional que não deve ser banalizada,
aplicando-se somente quando verificada a dificuldade ou impossibilidade de o
consumidor demonstrar, pelos meios ordinários, a prova do fato que pretende
produzir, não podendo ser considerada como princípio absoluto.
➔ Presunções
● dispensa de produzir a prova, pois presume-se que é verdade.
● presunção legal = estabelecidas pela lei, podem ser relativas ou absolutas.
- relativas (júris tantum) = São aquelas que podem ser desfeitas pela prova em
contrário, ou seja, admitem contra-prova. Assim, o interessado no
reconhecimento do fato tem o ônus de provar o indício, ou seja, possui o
encargo de provar o fato contrário ao presumido.
- absolutas (jure et de jure) = O juiz aceita o fato presumido, desconsiderando
qualquer prova em contrário. Assim, o fato não é objeto de prova. A
presunção absoluta é uma ficção legal; PRESUNÇÃO LEGAL – É aquela
expressa e determinada pelo próprio texto legal.
➔ Meios típicos de prova
● Os meios de provas são: depoimento pessoal; confissão; exibição de documento
ou coisa; prova documental; prova testemunhal; prova pericial e inspeção
judicial.
● Ata notarial - é um instrumento público no qual o tabelião documenta, de forma
imparcial, um fato, uma situação ou uma circunstância presenciada por ele,
perpetuando-os no tempo. A ata notarial tem eficácia probatória,
presumindo-se verdadeiros os fatos nela contidos.
● depoimento pessoal das partes - é o meio de prova pelo qual o juiz interroga a
parte, com vistas ao esclarecimento de certos pontos controvertidos da
demanda, ou mesmo para obter a confissão, pode ser determinado pelo próprio
juiz ou requerido pela própria parte.
● confissão - A confissão é um marco preclusivo no processo, ou seja, após
confessado, não se pode o confitente voltar atrás e refazê-la, mas pode ser
anulável com uma ação anulatória. (somente é admitido o réu se desdizer no
processo penal)
● exibição de documento ou coisa - pode ser formulada por uma das partes
contra a outra, bem como determinada de ofício pelo juiz, caso este entenda
necessário. Julgando procedente o pedido de exibição, o juiz admitirá como
verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia
provar
● prova documental - refere-se a qualquer coisa capaz de demonstrar a existência
de um fato. É tida como a prova mais forte do processo civil, embora o princípio
da persuasão racional faculte ao juiz o seu afastamento pelos demais meios
(testemunhal e pericial) produzidos nos autos.
- documentos públicos = aquele emitido da proveniente de alguém que tem
cargo ou função pública e emitido no exercício ou em razão da função.
Prova a sua própria existência e o seu conteúdo. (ex. certidão de
nascimento)
- documentos privados = são aqueles em que não existe interferência de
agente público em sua elaboração, podendo ser escrito por terceiro e
assinado pelo declarante, assinado e escrito pelas partes, escrito pela
parte, mas não assinado e, a parte não tendo escrito e assinado. (prova
apenas a sua existência).
- Pode-se alegar falsidade do documento, tendo a falsidade material (o
documento em si é falso, forjado o suporte do arquivo) e ideológica (ex.
identidade falsa, se passar por outra pessoa.)
● prova testemunhal - é obtida por meio da inquirição de testemunhas a respeito
de fatos relevantes para o julgamento. É possível conceituar “testemunha” como
a pessoa estranha ao feito (o pronunciamento da parte constitui depoimento
pessoal e não testemunho) que se apresenta ao juízo paradizer o que sabe
sobre a lide.
● Prova pericial - consiste no meio de prova destinado a solucionar uma
controvérsia técnica no processo. A sua denominação faz referência direta a
quem produz a prova, que é o perito.
● inspeção judicial - é ato processual que pode se realizar na sede do juízo ou
fora dela, mas desde que dentro na competência territorial do juiz que irá
prolatar a decisão. O horário deve observar a regra do art. 212, CPC/2015, ou seja,
a inspeção realizar-se-á em dias úteis, das 6 às 20 horas.
Tutela Judicial (art. 294 a 311 CPC)
● Conceito: é a proteção jurisdicional de um bem ou direito. Em geral,
depende de ser requerida pela parte ou interessado.
● Possui duas espécies, a tutela final e a tutela provisória.
● Tutela final: é concedida após o trânsito em julgado da decisão judicial
(art. 503). A decisão se converte em título executivo judicial.
Tutela Provisória
● conceito: é o mecanismo processual pelo qual o magistrado antecipa a
uma das partes um provimento judicial de mérito ou acautelatórias
antes da prolação da decisão final.
● A tutela provisória busca acima de tudo, no atual cenário judiciário
brasileiro, confrontar o lapso temporal de tramitação de um processo.
● Busca-se inibir qualquer dano que a demora na prestação da tutela
jurisdicional possa causar, seja por via asseguratória (tutela cautelar)
ou via antecipatória (tutela antecipada).
● Existe uma única hipótese que, mesmo preenchidos todos os requisitos
e prestado caução, não será concedida. Existem casos em que a
decisão que conceder a tutela provisória cause efeitos irreversíveis.
● aplica-se o princípio da fungibilidade nas duas, vez que o requerimento
de uma não prejudica na conversão para a outra, o que não se deve
fazer é indeferi-la de plano motivado pela incoerência na espécie
requerida.
● Existe uma última divisão com relação ao momento do requerimento da
tutela provisória de urgência. São dois, antecedente, ou seja, antes da
propositura do pedido principal, e incidentalmente, juntamente com o
pedido principal.
● Tutela provisória de urgência (art. 300) → instrumento processual que
possibilita à parte pleitear a antecipação do pedido de mérito com
fundamento na urgência, pauta-se na necessidade da prestação da tutela
jurisdicional evitar um prejuízo à parte.
Existem dois requisitos autorizadores para a concessão desse tipo de tutela,
quais sejam a (A) elementos que evidenciem a probabilidade do direito e (B) o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Caso o direito que a parte possua reste demonstrado (requisito ‘A’) a
necessidade de demonstração de um possível dano ou do risco ao resultado
útil do processo é requisito final para a concessão da tutela provisória.
Se subdivide em duas espécies:
1. tutela provisória de urgência antecipada (antecedente ou incidente)
- pode ser concedido tanto liminarmente, quanto incidentalmente,
ficando a critério cognitivo do magistrado aplicar no momento em que
restar preenchidos os requisitos autorizadores.
- tem por objeto assegurar e antecipar à parte autora o próprio direito
material.
- assegurar a pretensão da parte litigante.
- deixará de ser provisória e se tornará estável caso não seja interposto o
respectivo recurso pela parte contrária, extinguindo-se o processo sem
resolução do mérito e sem a formação da coisa julgada material.
- A parte poderá preparar a inicial de forma simplificada, indicando como
fundamento a tutela provisória de urgência antecipada em caráter
antecedente.
- A tutela é concedida logo após a propositura da petição inicial (seja do
processo principal, quanto da medida cautelar).
- antecipação do provimento jurisdicional fim, ou seja, da decisão do
juízo acerca do caso posto em testilha.
- antecedente - o magistrado tem o encargo, diante dos elementos
contidos no art. 300 do Novo CPC (probabilidade de êxito do direito da
parte postulante e perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo) de julgar o processo naquele estado liminar em que se
encontra. Pode ser revogada ou modificada.
antecedente
(I) Urgência contemporânea à
propositura da ação.
(II) Exposição do direito que se
busca realizar
(III) Perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo.
incidente
toda tutela provisória
pleiteada em qualquer
momento do processo, seja em
conjunto com a petição ou
durante o transcurso da lide,
sendo uma questão paralela
que caminha ao lado do
pedido principal da ação.
2. tutela provisória de urgência cautelar - art. 301 (antecedente ou
incidente)
- confere à parte autora a possibilidade de obter, mediante
provimento de urgência, ferramentas para assegurá-lo.
- Os três requisitos da petição inicial para a concessão de tutela
provisória cautelar são (I) Lide e seu fundamento; (II) Exposição
sumária do direito que se objetiva assegurar; (III) Perigo de dano
ou risco ao resultado útil do processo.
- Não se antecipa um provimento jurisdicional, mas sim assegura
um direito de uma parte.
- As medidas cautelares podem ser encaradas tanto como forma
de (I) assegurar bens, (II) assegurar pessoas ou (III) assegurar
provas.
- visa assegurar um direito (bens, pessoa ou provas), no caso do
caráter antecedente, assegurar um futuro direito (ex: medida
cautelar de arresto para assegurar futura execução forçada).
- permite à parte obter um provimento acautelatório que preserve
o direito material almejado, tendo caráter instrumental.
- não recaem sobre o mérito em si, mas sobre os instrumentos que
assegurem a efetividade do mérito e do processo.
- ex. provimento jurisdicional que confere à parte o direito de
acesso a provas documentais necessárias à discussão de mérito
que estejam em poder de terceiros.
- A tutela de urgência cautelar também poderá ser conferida em
caráter antecedente ou incidente.
- antecedente - a parte autora também poderá lançar mão da
petição simplificada, mas deverá editá-la dentro de 30 dias, de
modo a indicar o pedido principal.
● Tutela de evidência → pode ser requerida independentemente da
comprovação do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo, levando em consideração a evidência do direito.
- privilegia a boa-fé processual e os casos em que a plausibilidade
do direito é patente.
- Na tutela provisória fundada na evidência, apenas a
demonstração do fumus boni juris, juntamente com um dos
incisos do art. 311, o que nada mais são do que requisitos
alternativos, autoriza a concessão de tal medida.
- São quatro hipóteses:
1. abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte.
2. alegações de fato passíveis de comprovação apenas
documentalmente e se houver tese firmada em julgamento
de casos repetitivos (incluindo o incidente de resolução de
demandas repetitivas) ou em súmula vinculante.
3. pedido reipersecutório fundado em prova documental
adequada do contrato de depósito, caso em que será
decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob
pena de multa.
4. petição inicial instruída com prova documental suficiente
dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não
oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

Continue navegando