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Prévia do material em texto

Coleção	Autoconhecimento
GRAFOLOGIA
Guia	Prático
Ana	Cecília	Amado	Sette
São	Paulo	SP
ISBN	978-85-66833-03-4
BLUE	EDITORA	E	LIVRARIA	LTDA
Prefácio
Prezado	leitor
Você	acaba	de	adquirir	mais	um	ebook	com	o	selo	de	qualidade	LeBooks.	A
partir	de	agora	você	irá	desvendar	e	aprender	a	utilizar	uma	ferramenta	muito	útil
para	o	autoconhecimento,	bem	como	para	um	melhor	conhecimento	de	outras
pessoas:	a	grafologia.
Em	sua	trajetória,	você	encontrará	diversas	pessoas	que	têm	preconceitos	contra
a	grafologia,	mesmo	sem	conhecê-la.	Outros	não	conseguem	entender	os
princípios,	porque	não	são	tão	simples	assim	e	negam	sua	veracidade.	No	final
do	estudo	desse	manual,	você	poderá	dar	sua	opinião	definitiva.
Imagine...você	pode	pensar	que	está	escrevendo	uma	lista	de	compras,	uma	carta
para	um	amigo	ou	um	bilhete	de	agradecimento,	mas	cada	traço	da	sua	caneta
está	revelando	o	que	você	está	sentindo	sobre	você	mesmo	e	sobre	os	outros;
seus	talentos	e	habilidades;	como	são	suas	reações	quando	está	nervoso,
estressado	ou	ansioso;	mesmo	os	fatos	que	você	não	tem	consciência	estão	sendo
expostos.
A	grafia	é	o	espelho	da	alma.	Através	deste	manual,	você	aprenderá	passo	a
passo	como	analisar	um	manuscrito,	como	se	conhecer	e	aos	demais,	como
aconselhar	os	outros	e	como	fazer	suas	escolhas.	Os	céticos	acusam	a	grafologia
de	não	possuir	bases	científicas,	contudo,	até	o	presente	momento,	quase	cem
anos	depois	de	Alfred	Binet	ter	realizado	testes	com	a	grafologia	na
Universidade	de	Sorbonne,	nenhum	estudo	conseguiu	provar	o	contrário	em
relação	à	espetacular	média	de	acertos	feita	por	Crépieux	-	Jamin	–	em	alguns
casos	mais	de	80%¹.
Pode	ter	certeza	de	que,	ao	término	da	leitura,	você	será	capaz	de	realizar	um
pequeno	resumo	da	personalidade	do	autor	da	grafia,	assim	como	conhecer	as
bases	do	estudo	grafológico.	O	assunto	é	muito	extenso,	de	tal	maneira	que,	após
este	título	introdutório,	você	terá,	em	breve,	novos	ebooks	que	irão	ajudá-lo	a
aprofundar	ainda	mais	seu	conhecimento.
Boa	leitura,	e	muito	sucesso!
Ana	Cecília	Amado	Sette
Sumário
INTRODUÇÃO
O	“Método	Graphosette”
Respostas	a	perguntas	mais	frequentes
PRIMEIRO	PASSO
O	perfil	grafológico
Dados	sobre	o	autor	da	grafia
Questionário	para	o	perfil	grafológico	-	exemplo
Como	deve	ser	o	texto	para	o	perfil	grafológico
O	papel	a	ser	utilizado
A	caneta
O	local	de	apoio	das	folhas
Assinatura
SEGUNDO	PASSO
Defina	o	“Nível	de	Forma”	da	escrita:	positivo	ou	negativo
Originalidade,	ou	seja,	personalidade	própria	na	grafia
Bom	ritmo	e	rapidez
Legibilidade
Ordem	e	limpeza
Força	e	cor	da	tinta
Simplicidade
Interpretação	do	texto
TERCEIRO	PASSO
Predomínio	da	forma	–	grafia	regular
Predomínio	do	movimento	–	grafia	irregular
Características	da	personalidade	com	predomínio	da	forma
Características	da	personalidade	com	predomínio	do	movimento
Simbologia	do	espaço	gráfico
O	significado	de	cada	uma	das	zonas
Zona	superior	ou	hastes
Zona	inferior	ou	laçadas
Zona	média
QUARTO	PASSO
Estudo	dos	gêneros	da	grafia
Como	preencher	a	grafoplanilha
Ordem	e	distribuição	do	espaço	gráfico
Espaços	entre	linhas,	palavras	e	letras
Disposição	da	grafia	na	página
Margens
Tamanho	das	letras
A	forma	das	letras
Direção	das	linhas
Continuidade	das	letras
A	velocidade	da	grafia
A	pressão
BIBLIOGRAFIA	RECOMENDADA
Conheça	outros	títulos	da	coleção	AUTOCONHECIMENTO
INTRODUÇÃO
O	“Método	Graphosette”
O	objetivo	deste	ebook,	além	de	apresentá-lo	à	grafologia,	é	de	ajudá-lo	a	se
conhecer,	bem	como	a	conhecer	melhor	e	avaliar	outras	pessoas,	pois	esse	é	o
caminho	mais	direto	e	bem	delimitado	para	atingir	um	alto	nível	de	liberdade.
Daí	uma	das	principais	razões	deste	ebook,	ou,	mais	concretamente,	a	razão
principal	que	justifica	o	esforço	realizado	em	sua	elaboração.	Daí	também	o
motivo	que	eu	desejo,	venha	justificar	o	esforço	dos	leitores	para	assimilá-lo	e,
mais	ainda,	superá-lo.	O	presente	ebook	não	foi	escrito	com	finalidade	polêmica,
nem	com	o	intuito	de	apresentar,	de	forma	exaustiva	e	incontestável,	uma	nova
teoria.	É	apresentado	de	forma	prática,	simples	e	didática.
Segundo	Camargo,	é	certo	que	–	assim	como	a	escrita	–	os	métodos	de	estudos	e
de	ensino	da	grafologia	mudaram,	embora	muitos	grafólogos	ainda	não	tenham
se	dado	conta	disto.	Paulo	Camargo,	aquariano,	expertise	no	assunto,	nosso
mestre	afirma:	“Abandonei	por	completo	as	teorias	ultrapassadas	de	grafologia.
Serviram	bem	ao	fim	que	se	destinaram;	descansem	em	paz”	².
O	material	que	você	está	recebendo	é	fruto	de	anos	de	trabalho,	tanto	em
pesquisa	como	na	prática,	adaptado	ao	novo	século.	Este	ebook	é	uma	primeira
compilação	e	reorganização	de	minha	experiência	didática	de	trinta	anos	de
convivência	com	a	grafologia.
Para	a	“Formação	Básica”	criei	e	atualizo	constantemente	o	“Método
Graphosette”,	com	a	finalidade	de	transmitir	um	ensino	atual,	rápido	e	eficaz.
Por	quê?
Ao	consultar	os	sites	das	empresas	requisitando	profissionais	de	seleção,
recrutamento	e	treinamento	de	pessoal	notei	que	noventa	por	cento	dos	sites
exigem	que	esses	profissionais	tenham	conhecimentos	grafológicos.	Nesse
momento	correm	em	busca	da	grafologia,	de	professores	milagrosos,	pois
querem	e	realmente	precisam	aprender	num	piscar	de	olhos.
Só	me	restava	criar	um	método	rápido	e	eficiente	para	transmitir	as	bases	da
grafologia.	É	claro	que	o	diploma	recebido	pelos	participantes,	nesse	caso,
consta	de	vinte	e	oito	horas	de	participação,	ou	seja,	sete	aulas	de	quatro	horas
com	exercícios	que	permitem	o	aluno	fazer	um	esboço	bem	básico	da
personalidade	do	autor.	Mas	trata-se	de	um	começo,	pois	os	estudos	grafológicos
demandam	muito	tempo,	esforço	e	vontade.
O	método,	que	estudaremos	nesse	ebook,	consiste	no	conhecimento	e	aplicação
dos	oito	gêneros	de	Crepieux	Jamin	para	interpretar	as	características
fundamentais	dos	seres	humanos.
Ao	transmitir	estes	ensinamentos,	estou	certa	de	conduzi-lo	(a)	a	uma	nova
dimensão	do	conhecimento	humano	e	de	seu	próprio	autoconhecimento,
proporcionando-lhe	uma	ferramenta	surpreendente,	que	irá	acrescentar	um
diferencial	em	sua	vida	pessoal	e	profissional.
A	primeira	parte	é	introdutória	e	fala	sobre	os	fundamentos	da	grafologia.	Após
esse	estudo,	você	já	terá	uma	boa	noção	do	que	é	a	grafologia	e	poderá	partir
para	a	realização	do	perfil	grafológico	básico.	Na	segunda	parte	você	encontrará
os	passos	detalhados,	para	o	estudo	do	ebook	e	para	a	realização	do	perfil
grafológico.	Finalmente,	nos	anexos	você	encontrará	a	grafo	planilha,	uma
planilha	que	será	o	seu	guia	para	a	realização	do	Perfil	do	Avaliado.	Você	deverá
imprimi-la	e	ir	preenchendo-a	de	acordo	com	as	etapas.
O	estudo	da	grafologia
Quando	éramos	bem	pequeninos	desenhávamos	de	maneira	livre	e	solta.	Ao
ingressarmos	na	escola	aprendemos	que	existe	um	modelo	para	ser	aprendido,	e
adotado.	Apesar	de	nos	terem	imposto	um	modelo,	muitos	de	nós	fomos	aos
poucos	criando	nossos	caracteres	ou	estilos	particulares,	exclusivo	e	diferente
daquele	que	a	professora	ensinou,	e	sempre	de	acordo	com	nossa	personalidade.
Estudaremos	adiante	a	grafia	daqueles	que	não	criaram	suas	próprias	formas	e
continuam	escrevendo	igual	à	professora.
Mais	tarde	definimos	nossa	assinatura,	onde	começamos	a	expressar	quem
somos.	Uma	das	primeiras	palavras	que	a	criança	aprende	a	escrever	é	o	seu
nome.	A	repetição	da	grafia	do	nome	cria	inúmeras	vezes	um	desenvolvimento
emocional	com	ele,	que	não	se	romperá	durante	a	vida	toda.	Em	consequência,
embora	a	escrita	da	pessoa	se	altere	com	o	desenvolvimento	da	personalidade,	a
sua	assinatura	se	manterá	próxima	à	forma	original.	É	por	esse	motivo	que,	na
escrita	da	maioria	das	pessoas,	a	assinatura	e	o	texto	não	correspondem
estruturalmente.	Desta	forma,	uma	assinatura	isolada	de	pouco	vale	para	análise
e	nenhum	grafólogo	consciencioso	se	arriscaria	a	analisar	a	personalidade	com
base	em	uma	assinatura	isolada	do	texto.
Como	quem	comanda	a	mão	é	o	cérebro,	e	escrever	é	um	ato	inconsciente	(fora
do	nosso	controle),	o	estudo	da	grafologia	se	refere	ao	conhecimento	da	nossapersonalidade	através	da	expressão	gráfica.	A	escrita	é	o	espelho	do	nosso
interior,	caráter,	individualidade	atitudes,	entre	outros.
O	autoconhecimento	obtido	através	do	perfil	grafológico	leva-nos	a	tomar	as
melhores	decisões	quanto	à	escolha	da	carreira,	do	parceiro,	dos	amigos;	nossos
objetivos	e	relações	pessoais.	Independentemente	de	como	se	pega	na	caneta,	a
escrita	é	desenhada	de	acordo	com	impulsos	do	cérebro	através	do	sistema
nervoso	e	dos	músculos	do	braço	e	da	mão.
Sendo	assim,	ela	não	pode	ser	camuflada	ou	disfarçada	para	ocultar	sua
interpretação.
Uma	das	vantagens	da	análise	de	uma	grafia	–	veremos	outras	adiante	–	é	ela
que	nos	dá	uma	“informação	atual”	de	“onde”	estamos	nesse	momento	e	que
condições	temos	para	perseguir	os	objetivos.	Apresenta	uma	visão	das	nossas
forças	e	potenciais	além	de	revelar	bloqueios	interiores	ao	crescimento
individual	e	à	realização	pessoal.
Quando	fazemos	o	perfil	de	algumas	pessoas,	encontramos	a	seguinte	frase:	“não
tem	nada	a	ver	comigo”	ou	“está	tudo	errado!”.	O	grafólogo	experiente	não	deve
desanimar	com	tais	comentários,	pois	poucos	se	conhecem	ou	aceitam	suas
deficiências.
Os	iniciantes	do	estudo	da	grafologia	devem	estar	cientes	de	que	necessitarão	de
intensa	dedicação,	pois	desvendar	o	íntimo	dos	seres	humanos	é	uma	tarefa	que
exige,	além	de	muita	ética,	um	alto	grau	de	treino,	cultura,	seriedade,
discernimento,	maturidade,	espírito	vanguardista,	atualização	constante,	mente
aberta,	humildade,	estudo	firme,	leituras	e	bom	nível	de	conhecimentos	gerais.
Respostas	a	perguntas	mais	frequentes
O	que	é	grafologia?
Do	grego:	graphein	=	escrever;	logos	=	discurso,	tratado.
A	grafologia	é	um	instrumento	de	avaliação	expressiva	que	interpreta	o	caráter,	a
personalidade	ou	a	índole	de	uma	pessoa	pela	representação	gráfica	de	sua	letra
ou	o	traçado	de	sua	escrita.	Ela	revela	o	íntimo	do	ser,	pois,	com	o	nosso	gesto
gráfico,	estamos	traduzindo	vivamente	o	nosso	psiquismo.	Ela	reflete	o	espelho
da	alma,	recebendo	os	comandos	de	nosso	cérebro	através	dos	impulsos
nervosos.
Nunca	fiz	uma	análise	grafológica,	será	que	serei	capaz?	Não	conheço	nada
sobre	o	assunto!
Este	ebook	contém	informações	suficientes	para	se	fazer	um	perfil	grafológico
básico,	mesmo	que	você	ainda	não	tenha	conhecimento	de	grafologia.	Para	tanto,
basta	que	estude	com	atenção	todos	os	itens,	marcando-os	na	“grafo	planilha”,	e
ao	final,	será	capaz	de	traçar	o	perfil	básico.	As	pessoas	raramente	são
constantes	no	modo	de	escrever,	portanto	uma	ou	poucas	ocorrências	de	algum
item	não	devem	ser	consideradas,	mas	somente	as	predominantes,	ou	seja,	os
sinais	que	aparecerem	com	maior	frequência.
Por	que	vou	me	surpreender	tanto	ao	analisar	a	minha	escrita	e	de	outras
pessoas?
A	resposta	é	simples:	sempre	queremos	saber	alguma	coisa	a	mais	sobre	nós	e
sobre	os	outros.	A	grafologia	tem	condições	de	dar	a	conhecer	a	personalidade,	o
caráter	e	aquele	“algo	a	mais”	que	ninguém	revela,	pois,	talvez,	nem	mesmo	seja
claro	para	a	própria	pessoa.	Assim,	a	grafologia	pode	ser	usada	como	uma	porta
de	abertura	para	o	acesso	ao	íntimo	dos	nossos	amigos,	sócios,	parentes,
companheiros	e	até	de	nós	mesmos,	sempre	com	o	intuito	de	conhecer	para
ajudar.	É	importante	salientar	que	a	função	do	grafólogo	não	é	punir	o	avaliado	e
sim	recomendar	melhorias	para	reforçar	seus	pontos	fortes	e	desenvolver	os
menos	favoráveis,	pois	assim	a	pessoa	será	mais	feliz,	produtiva	e	elevará	sua
qualidade	de	vida.
Porque	minha	letra	muda	constantemente?
Isso	é	natural,	pela	manhã	você	é	diferente,	mais	descansado,	mais	alerta;	pela
noite	você	está	mais	cansado,	preocupado.	Mas	essas	mudanças	são	secundárias,
pois	suas	características	de	personalidade	permanecem.
O	que	a	grafologia	investiga	na	escrita?
Tudo!	As	linhas	de	base,	direções,	inclinações,	curvas,	ângulos,	margens,	o	tipo
de	papel	e	da	caneta,	os	rabiscos,	a	pontuação,	espaços,	velocidade,	arranques
iniciais,	acabamentos,	as	zonas,	conexões,	as	ovais,	as	particularidades	de
algumas	letras,	as	anomalias,	as	palavras	reflexas,	força	e	grossura	das	letras,
assinatura	entre	outros.
Tudo	isto	vai	ser	analisado	neste	ebook?
A	resposta	é:	calma!	Este	é	apenas	o	primeiro	de	uma	série.	Você	irá	começar
por	uma	análise	mais	simples;	os	outros	aspectos	serão	abordados	em	momento
oportuno.	Não	podemos	tratar	um	assunto	tão	profundo	com	imprudência	ou
utilizá-lo	de	forma	inadequada,	por	isso,	cada	especialidade	da	grafologia	será
tratada	em	produtos	distintos.
E	se	a	pessoa	se	negar	a	fazer	um	texto	para	ser	analisado?
Se	a	pessoa	se	negar	peremptoriamente,	não	a	force,	pois	esse	já	é	um	forte	sinal
de	que	está	querendo	preservar	seu	íntimo	seja,	por	insegurança,	medo	de	ser
descoberta	em	alguma	fraqueza,	de	se	expor,	vergonha	da	letra	etc.	Toda	pessoa
tem	o	direito	de	decidir	sobre	a	exposição	de	sua	intimidade,	mesmo	que	seja	de
sua	personalidade.
Como	surgiu	e	qual	a	importância	da	grafologia?
A	verdadeira	origem	da	grafologia	se	perde	no	tempo.	Alguns	falam	que	os
chineses,	há	milhares	de	anos,	já	a	estudavam.	Outros	dizem	que	foi	com
Aristóteles,	mas,	o	primeiro	livro	conhecido	sobre	o	assunto	data	de	1622,
“Como	reconhecer	o	caráter	e	os	atributos	de	uma	pessoa	através	de	um
documento	escrito”,	de	Camillo	Baldo,	médico	italiano,	professor	da
Universidade	de	Bolonha,	que	estabeleceu	uma	primeira	normatização	sobre	o
assunto.	No	final	do	século	XIX,	o	abade	francês	Jean	Hippolyte	Michon
publicou	o	livro	“Les	mystères	de	l’écriture”,	onde	surgiu	o	estudo	científico	da
grafologia.	Crépieux-Jamin	(1858-1940)	é	considerado	o	responsável	pela
grafologia	moderna,	levando	o	rigor	científico	ao	seu	estudo.	Muitas	escolas	de
grafologia	surgiram	em	várias	partes	do	mundo,	como	Alemanha,	Espanha,
Suíça,	Estados	Unidos,	mas	o	berço	da	grafologia	está	na	Itália	e	na	França.
O	primeiro	trabalho	científico	sobre	grafologia	no	Brasil	é	de	1900,	“A
grafologia	em	medicina	legal”,	feita	pelo	médico	baiano,	Dr.	José	Antonio	de
Gouveia	Costa	Pinto,	como	tese	de	doutorado	aprovada	com	distinção	na
Faculdade	de	Medicina	e	Farmácia	da	Bahia.
A	importância	da	grafologia	está	baseada	no	princípio	que,	quem	comanda	a
mão	é	o	cérebro	e	o	estudo	da	escrita	revela	as	características	e	os	traços	da
personalidade	e	do	caráter	de	uma	pessoa	com	base	em	seus	símbolos	gráficos,
ou	seja,	em	sua	escrita.
Quem	utiliza	a	grafologia	como	ferramenta	de	análise?			
Empresas:	Uma	em	cada	três	companhias	instaladas	no	Brasil	utiliza	a
grafologia,	segundo	pesquisa	realizada	pela	renomada	empresa	“Deloitte	Touche
Tohmatsu”.
Escolas:	A	grafologia	pode	ser	utilizada	para	auxiliar	na	orientação	vocacional,
unindo-se	a	outras	técnicas	de	avaliação.
Autoconhecimento:	A	grafologia	pode	fornecer	informações	importantes	para	o
autoconhecimento	e	consequentemente,	para	o	desenvolvimento	pessoal.
Grafoterapia:	Médicos,	terapeutas,	psicólogos	podem	utilizar	a	análise
grafológica	focando	a	terapia	nos	conflitos	revelados	pelo	laudo.	Problemas
atuais	como	depressão	são	facilmente	detectados	e	podem	ser	acompanhados	e
tratados	de	forma	eficaz.com	o	auxílio	da	grafologia.	Também	a	orientação
matrimonial	ou	pré-matrimonial.
Na	criminologia,	também	é	muito	utilizada,	para	o	conhecimento	das	tendências
dos	indivíduos,	falsificações	etc.
Como	é	utilizada	e	quais	as	vantagens?
Nas	escolas
A	grafologia	pode	ser	utilizada	para	auxiliar	na	orientação	vocacional,	unindo-se
a	outras	técnicas	de	avaliação.	Educadores	e	professores,	para	reconhecerem	as
deficiências	de	seus	alunos,	procurando	sempre	ajudá-los,	também	a	utilizam
com	muito	sucesso.	Por	exemplo:	os	professores	que	cuidam	da	alfabetização
devem	ensinar	traços	positivos	para	seus	alunos	e	apontar	os	negativos,	fazendo
com	que	eles	não	os	utilizem.	Veremos	mais	adiante	quais	são	esses	sinais.
Aproveitando	o	momento,	nunca	diga	a	uma	criança	que	a	letra	dela	é	feia.	Isso
pode	deixá-la	inibida	para	o	resto	da	vida.	Considere	a	letra	feia	como	um
pedido	de	socorro,	de	ajuda.	Este	assunto	será	abordado	com	mais	profundidade
em	outro	ebook	da	série.Para	a	orientação	vocacional,	a	grafologia	colabora	na	identificação	das
principais	potencialidades	dos	avaliados,	tanto	crianças	como	adultos,	que	ainda
não	encontraram	sua	verdadeira	vocação.	Desvenda	também	os	aspectos	“fortes”
e	“fracos”	da	personalidade	da	criança	e	do	adolescente	para	estimulá-los	ou
tratá-los	desde	a	mais	tenra	idade.	Permite	também	o	autoconhecimento,	ponto
de	partida	para	qualquer	escolha	profissional.	Por	exemplo:	um	adolescente	com
a	grafia	pequena,	estreita,	contida,	terá	dificuldades	para	se	adaptar	em	funções
que	precisem	lidar	com	o	público	em	geral.
No	autoconhecimento
O	ser	humano	vive	buscando	meios	para	desvendar	características	de	sua
personalidade,	muitas	vezes	sem	sucesso.	A	grafologia	pode	fornecer
informações	importantíssimas	para	o	autoconhecimento	e	consequentemente,
para	o	desenvolvimento	pessoal.	O	quanto	você	se	conhece?	Muito?	Pouco?	A
maior	parte	das	pessoas	acredita	que	se	conhece,	mas,	na	verdade,	se	conhece
muito	pouco.
E	se	você	não	se	conhece,	como	quer	acreditar	mais	em	sua	própria	capacidade?
Como	quer	ir	em	busca	de	seus	sonhos	se	não	acredita	ser	capaz?	E	por	que	não
acredita	ser	capaz?	Porque	não	sabe	quem	você	é.
Por	isso,	o	autoconhecimento	é	fundamental	para	desenvolver	o	amor	por	si
mesmo	e	fortalecer	a	autoestima.	É	muito	difícil	alguém	se	conhecer
interiormente	quando	a	busca	está	sempre	no	externo.
Reconhecendo	nossas	falhas,	erros,	potencialidades,	qualidades,	e	assim	sabendo
quais	são	os	limites	(bons	e	maus)	é	que	poderemos	iniciar	o	processo	de
autoconhecimento.	Por	exemplo,	se	sou	orgulhoso,	devo	desenvolver	a
humildade;	se	sou	egoísta,	tenho	que	ser	mais	generoso;	se	sou	reflexivo,	posso
ser	mais	expansivo;	se	sou	sonhador,	tenho	que	ser	mais	prático;	se	fui	traído,
posso	aprender	a	perdoar;	se	sofro,	necessito	buscar	a	harmonia.
O	único	caminho	capaz	de	atingir	o	autoconhecimento	é	a	profunda	reflexão	das
experiências	obtidas	na	vida,	pois	assim	podemos	analisar	nosso	comportamento
e	compreender	nossas	ações.	Agindo	dessa	forma,	tendemos	a	evitar	a	repetição
de	erros,	tais	como	sempre	brigarmos	pela	mesma	coisa,	termos	o	mesmo	final
em	todos	os	relacionamentos	ou	no	trabalho.	Somente	parando,	refletindo	e
analisando	a	nós	mesmos	é	que	poderemos	encontrar	a	paz	interior.
Nunca	é	tarde	para	iniciar	o	autoconhecimento	e	a	interpretação	de	sua	grafia
ajudará	a	desenvolver	esse	processo.
Na	grafoterapia
A	grafoterapia	é	um	método	de	adestramento	psicomotor,	que	permite	modificar
alguns	modos	de	reação	habitual	inadaptada,	geralmente	produtores	de
transtornos	no	comportamento.	O	tratamento,	que	consiste	em	exercícios
escritos,	metodicamente	dirigidos,	tem	alcançado	resultados	surpreendentes.
A	grafoterapia	pode	ser	aconselhada	nos	seguintes	casos:
Correção	da	autoimagem	negativa	ou	do	fracasso;
Correção	de	estados	de	angústia,	depressão	ou	ansiedade;
Correção	dos	defeitos	de	atenção	e	memória;
Correção	da	vontade;
Correção	de	certos	defeitos	de	conduta	moral;
Correção	de	tendências	hipocondríacas.
A	grafoterapia	é	uma	terapia	cada	vez	mais	procurada.	Sobretudo	por
pacientes	que	já	recorreram	a	outros	tipos	de	ajuda	que	falharam.	Os
especialistas	dizem	não	haver	nenhuma	complexidade	no	processo.	“É	uma
técnica	que	permite	resolver	gradualmente	os	problemas	das	pessoas,
alterando	certos	traços	da	sua	letra”.	Como?	“O	paciente	toma	consciência
dos	seus	problemas	e	do	modo	como	eles	se	refletem	em	certas	letras.	Ao
ultrapassar	aqueles	problemas,	com	a	ajuda	do	grafólogo,	os	caracteres
mudam	também,	assim	se	estabelece	o	caminho	da	procura	da	cura,	sempre
que	esta	se	revela	possível”.	Ao	longo	das	sessões,	o	paciente	é	convidado	a
falar	nos	seus	sonhos,	os	quais	funcionam	como	complemento	de	análise.
O	progresso	do	tratamento	curativo	depende	da	complexidade	de	cada	caso
–	se	os	problemas	estão	mais	ou	menos	incrustados	–	mas,	regra	geral,	não	é
tão	longo	como	outras	terapias,	defendem	os	especialistas.	O	processo
começa	sempre	pela	análise	grafológica,	para	depois	se	partir	ou	não	para	a
grafoterapia.
Depois	do	exame	grafológico	concluído,	é	função	do	grafólogo	explicar	“que
muito	do	que	o	paciente	julgava	serem	defeitos,	são	antes	sofrimentos
ocorridos	na	sua	infância”.	Independentemente	de	tudo,	o	processo	de	cura
tem	de	partir	do	paciente.	Se	lhe	basta	simplesmente	tomar	conhecimento
da	raiz	dos	seus	problemas	ou	quer	resolvê-los.
Flora	encarou	uma	situação	traumática	da	vida	adulta	como	resultado	da
sua	própria	incapacidade	de	se	fazer	amar,	de	não	reconhecer	como	é	bonita
e	inteligente.	Depois	de	ter	passado	por	outras	terapias,	esta	mulher,	na	casa
dos	40	anos,	procurou	a	consulta	de	grafologia.	Verificou-se	que	Flora,	cujo
apelido	começava	por	um	R,	escrevia	o	seu	nome	próprio	com	um	f
minúsculo	e	evitava	o	R	do	apelido	substituindo-o	por	um	f	também
minúsculo.	Rigorosamente	igual	ao	primeiro.
Começar	o	nome	próprio	por	uma	minúscula	significa	autodepreciação.	No
caso	de	Flora,	a	substituição	do	R	por	um	f	evidenciava	um	problema	mais
profundo.	O	R	maiúsculo	representa	a	inteligência,	sendo	que	a	cabeça	da
letra	compreende	os	conhecimentos	e	a	cultura,	e	o	traço	final,	a	forma
como	comunicamos	essa	inteligência.	No	entanto,	antes	da	inteligência	ser
comunicada,	em	R,	temos	a	letra	P,	que	é	a	representação	do	pai.
Conclusão:	Flora	estava	de	tal	forma	traumatizada	pelo	complexo	de
inferioridade	que	o	pai	lhe	incutira	–	dizia-lhe	constantemente	que	ela	era
feia	e	outros	absurdos	–	que	teve	de	encontrar	um	reduto	defensivo	para	a
sua	solidão,	um	reduto	onde	ninguém	entrava,	nem	sequer	a	inteligência.
Flora	está	reaprendendo	a	escrever	a	letra	do	seu	nome	com	maiúscula	e	de
forma	consciente.	Com	o	tempo,	resgatará	a	sua	inteligência	e	a	sua	autoestima
perdida	lá	atrás	na	infância³.
Depois	do	exame	grafológico	concluído,	é	função	do	grafólogo	explicar	“que
muito	do	que	o	paciente	julgava	serem	defeitos,	são	antes	sofrimentos	ocorridos
na	sua	infância”.	Independentemente	de	tudo,	o	processo	de	cura	tem	de	partir
do	paciente.	Se	lhe	basta	simplesmente	tomar	conhecimento	da	raiz	dos	seus
problemas	ou	quer	resolvê-los.
Em	falsificações
Quando	alguém	é	suspeito	de	um	crime	e	uma	das	provas	é	um	bilhete
manuscrito,	os	investigadores	podem	chamar	um	especialista	em	caligrafia	para
resolver	a	questão.	A	análise	de	um	documento	escrito	é	uma	das	bases	legais
para	a	identificação	forense	de	um	indivíduo.	Em	alguns	casos,	pode	ser
justamente	a	prova	que	faz	com	que	o	suspeito	seja	acusado	e	até	mesmo
condenado.	E	se	for	uma	combinação	falsa?	Como	os	especialistas	conseguem
analisar	a	caligrafia	de	alguém?
No	mundo	das	análises	forenses,	que	incluem	investigação	da	cena	do	crime,
testes	de	DNA,	análise	de	fibras,	digitais,	narcóticos	e	identificação	de	voz,	a
análise	de	caligrafia	se	enquadra	na	área	de	documentoscopia	–	que	é	a	parte	da
criminalística	que	tem	por	objetivo	o	exame	de	todos	os	elementos	que
compõem	um	documento.	Os	pesquisadores	de	documentoscopia	analisam	os
documentos	questionados	em	busca	de	sinais	de	alteração	e	falsificação	e,
quando	existem	amostras,	comparam	a	caligrafia	ou	datilografia	para	determinar
ou	desconsiderar	os	autores.	No	caso	de	datilografia,	eles	usam	máquinas
específicas	para	identificação.	A	análise	de	caligrafia	é	um	processo	cansativo	e
metódico,	que	requer	um	vasto	conhecimento	de	como	as	pessoas	formam	as
letras,	de	quais	características	de	formação	de	letras	são	únicas	e	do	processo
psicológico	por	trás	da	escrita.	É	a	análise	de	como	as	habilidades	motoras	das
pessoas	podem	afetar	suas	caligrafias	e	deixar	pistas	sobre	a	identidade	do	autor.
Mas	a	grafologia	não	é	utilizada	somente	em	perícias	criminais.	Ela	pode	ser	útil
na	admissão	de	um	funcionário	ou	ajudar	no	diagnóstico	de	distúrbios	psíquicos.
Nas	empresas
A	grafologia	é	utilizada	em	seleção	de	profissionais,	identificação	e
desenvolvimento	dos	potenciais,	promoções;	avaliação	de	clima	organizacional
(instrumento	adicional	no	diagnóstico).
Para	as	empresas	e	para	o	profissional	é	imprescindível	que	aspessoas	que	ali
trabalham	sejam	verdadeiramente	adequadas,	engajadas	e	que	gostem	do	que
fazem,	pois	isso	possibilita	um	desenvolvimento	constante	que	causa	impacto
positivo	na	realização	profissional	e	pessoal	dos	colaboradores.	Aqui	entra	a
grafologia:	para	dar	suporte	aos	jovens	que	estão	terminando	o	ensino	médio,
época	em	que	buscam	a	sua	vocação	profissional,	e	às	empresas,	que	estão	à
procura	de	jovens	aptos,	identificados	com	a	profissão	e	com	potencial	para
serem	treinados	e	desenvolvidos	de	acordo	com	as	necessidades	da	organização
e	com	as	necessidades	mercadológicas.	Na	verdade,	é	um	aprimoramento	e	um
aperfeiçoamento	constante.
A	grafologia	é	uma	ciência	que	obedece	à	criteriosa	análise	científica.	É	um
conhecimento	que	existe	há	mais	de	um	século,	muito	utilizada	em	toda	a
Europa,	principalmente	na	França,	no	Canadá	e	nos	Estados	Unidos.	Ela	consiste
em	analisar	e	interpretar	a	letra	(grafia)	de	quem	escreve.	A	grafia	de	cada	ser
humano	é	ímpar;	até	mesmo	a	grafia	de	dois	gêmeos	idênticos	não	são	iguais	–
elas	podem	ser	apenas	similares.
Com	apenas	um	texto,	em	papel	sem	pauta	e	assinatura	do	autor,	já	é	possível
analisar	o	caráter,	o	temperamento	e	a	personalidade	do	candidato.	A	grafologia
analisa	muitos	aspectos	que,	às	vezes,	outros	testes	psicotécnicos	não	mensuram.
Ela	traz	vantagens	como	rapidez,	simplicidade	e	amplitude	de	informações.	A
pessoa	avaliada	não	necessita	estar	presente	e	o	custo	é	compensador	pelo
resultado	que	ela	fornece	tanto	para	a	orientação	vocacional	quanto	para	as
empresas	que	nela	confiam.
Por	exemplo,	a	letra	de	um	vendedor	deve	ser	ampla,	grande,	bem	organizada	no
papel,	arredondada,	com	iniciais	amplas	etc.	A	grafia	de	um	profissional	da	área
financeira	deve	ser	pequena,	simplificada,	bem	estruturada,	rápida,	com	a
assinatura	igual	ao	texto,	etc.	Veremos	todas	essas	características	mais	adiante.
Quais	são	as	vantagens	da	aplicação	da	grafologia	nas	empresas?
1	-	Alto	grau	de	acertos	das	conclusões	tiradas:	um	grafólogo	experiente,	sério	e
com	um	excelente	conhecimento	da	grafologia,	psicologia,	psicopedagogia,
cultura	geral	e	específica,	tem	a	probabilidade	de	90%	de	acertos,	desde	que	a
amostra	(redação)	seja	feita	conforme	as	exigências.
2	-	Comparativamente,	apresenta	um	custo	baixo	e	utiliza	poucos	recursos,	pois
o	material	utilizado	pelo	grafólogo	é	muito	simples.	O	avaliado	só	precisa	fazer
um	texto.
3	-	A	pessoa	avaliada	não	precisa,	necessariamente,	estar	presente	para	ser
analisada.	É	até	melhor	fazer	a	avaliação	sem	conhecer	o	candidato,	para	que
não	haja	nenhuma	influência	subjetiva.	A	entrevista	será	feita	depois.
4	-	Exige	pouco	tempo	do	avaliado.	O	tempo	necessário	para	a	elaboração	do
texto.
5	-	Seus	resultados	são	fidedignos,	pois	é	impossível	“preparar-se”	para	fazer	um
bom	teste.
6	-	Permite	detectar,	com	profundidade,	alguns	traços	da	personalidade,	não
identificáveis	por	outros	métodos,	tais	como:	sinais	de	mau	caráter,	mentiras,
cleptomania,	mitomania,	tendências	suicidas,	consumo	de	drogas,	falsificações.
Nas	empresas	onde	é	utilizada	a	grafologia,	os	dirigentes	têm	maior	segurança
na	contratação	quanto	à	estrutura	de	caráter	dos	seus	candidatos,	pois,	muitas
vezes,	as	habilidades	interpessoais	mostram-se	adequadas	ao	perfil	requerido,
mas	o	candidato	apresenta	alguns	desvios	de	ordem	ética/moral,	podendo
acarretar	problemas	diversos	para	a	organização.	Neste	sentido,	a	grafologia
mostra-se	muito	eficaz	na	identificação	de	características	imperceptíveis	através
de	outros	métodos	e	técnicas	de	seleção,	empregadas	habitualmente	no	mercado.
Damos	um	sinal	de	alerta	quando	o	candidato	apresenta	possíveis	traços
reveladores	de	uso	de	drogas	medicamentosas	ou	psicoativas	pelos	candidatos.
Com	o	uso	da	grafologia,	observamos	também	a	diminuição	da	rotatividade	dos
funcionários,	em	função	de	uma	possibilidade	maior	de	adequação	do
profissional	ao	perfil	da	posição,	frente	ao	planejamento	da	empresa	para	a	área
de	atuação	do	profissional.
Em	que	situações	a	grafia	do	autor	apresenta	grandes	alterações?
O	álcool,	as	drogas,	alguns	remédios,	determinadas	situações	pós-operatórias
traumáticas	podem	alterar	a	grafia.	Se	uma	determinada	amostra	foi	escrita	por
uma	pessoa	sob	a	influência	demasiada	do	álcool,	a	escrita	aparecerá	levemente
maior	e	mais	descontrolada	do	que	o	habitual.	O	álcool	é	um	desinibidor,	mas
também	faz	perder	o	controle	ideal	das	funções	vitais.	A	influência	das	drogas
também	pode	afetar	a	escrita,	conforme	o	tipo	de	droga	e	a	fase	de	influência	em
que	a	amostra	foi	produzida.	Alguns	medicamentos	–	nomeadamente,
antidepressivos,	hormônios	–	podem	também	alterar	ligeiramente	a	escrita,
dependo	da	influência	que	eles	possam	ter	sobre	o	cérebro	ou	sobre	a
motricidade.	O	mesmo	se	aplica	a	algumas	situações	pós-operatórias	traumáticas
em	que	o	organismo	ainda	não	respondeu	favoravelmente.	As	ocorrências
emocionais	extremas	também	podem	alterar	a	grafia.	Por	exemplo,	após	ganhar
na	loteria	a	pessoa	pode	escrever	de	forma	mais	ampliada,	mais	impulsiva,	mais
variável	e	aberta.	Se	uma	pessoa	está	escrevendo	com	um	revólver	na	cabeça	ou
se	está	debaixo	de	outra	situação	limite,	a	escrita	também	tem	tendência	a
alterar-se,	tornando-se	mais	instável,	trêmula,	conforme	o	caso.
Existem	grafias	iguais?
Não!	A	letra	é	como	a	impressão	digital,	cada	indivíduo	é	único	no	universo.
Nem	mesmo	gêmeos	univitelinos	possuem	grafias	iguais,	elas	podem	até	ser
semelhantes,	porém	jamais	serão	idênticas!
Quem	pode	usar	a	grafologia?
Aqueles	que	desejam	avaliar	a	compatibilidade	de	gênios	(líder/liderados,
sócios,	parceiros,	equipes),	e	para	o	autoconhecimento:	conhecer	os	aspectos
“fortes”	e	“fracos”	da	própria	personalidade	e	dos	outros.	Todos	os	profissionais
da	área	de	Recursos	Humanos	se	beneficiam	durante	os	processos	de	avaliação,
seja	na	seleção	de	pessoal,	treinamento,	avaliação	de	potencial	para	promoção
interna	e/ou	gestão	de	carreira;	também	para	suporte	na	estruturação	das
competências	e	habilidades.	Os	psicólogos,	psicoterapeutas,	psicopedagogos
podem	usar	a	grafologia	para	aprimorar	seus	diagnósticos	e,	consequentemente,
o	processo	terapêutico.	Além	disso,	pode	também	ser	usada	na	orientação
profissional/vocacional	e	na	grafoterapia.	Peritos	criminalistas	analisam	a	grafia
para	entender	a	mente	criminosa	e	para	identificar	falsificações	e	assinaturas.
Médicos,	para	auxiliar	no	diagnóstico	(grafopatologia)	das	doenças,	inclusive
para	identificar	as	intoxicações,	tais	como	drogas	e	demais	vícios.
A	grafologia	é	mais	um	modismo,	mais	uma	novidade?
Não.	Este	curso,	na	verdade,	é	um	convite	para	que	o	leitor	entre	em	contato	com
esta	técnica	tão	eficaz	e	antiga,	que	é	há	muito	tempo	utilizada	em	larga	escala
na	Europa	e	nos	Estados	Unidos.	Cada	vez	mais	utilizada	no	Brasil,	a	grafologia
constitui	uma	excelente	ferramenta	que	detecta	traços	das	principais
características	das	pessoas.
Podemos	analisar	só	a	assinatura	ou	as	letras	isoladamente?
Nunca!	É	necessária	a	análise	do	conjunto,	pois	itens	isolados	não	nos	levam	a
lugar	algum.	Por	exemplo:	não	podemos	analisar	somente	a	pontuação	ou	o
tamanho	da	escrita;	é	necessário	verificar	sempre	o	“todo”.	É	claro	que	um
grafólogo	com	mais	de	dez	anos	de	estudo	e	prática,	saberá	reconhecer!
A	partir	de	quantos	anos	de	idade	podemos	fazer	a	análise?
Para	os	iniciantes,	não	é	aconselhada	a	análise	de	amostras	de	letras	de	crianças
e	pré-adolescentes,	pois	para	cada	um	destes	existe	uma	técnica	específica	que
será	aprofundada	em	outro	ebook.
Podemos	analisar	as	letras	tipográficas,	de	forma	ou	de	imprensa?
Sim,	podemos,	porém	perdemos	muitos	aspectos	que	são	analisados	na	letra
cursiva,	porque	o	modelo	tipográfico	não	possui	as	três	zonas	da	escrita	como	o
modelo	caligráfico.	Por	outro	lado,	é	um	modelo	desligado	e	não	cursivo,	e	não
permite	tanta	espontaneidade.	Contudo,	se	o	“natural”	do	autor	for	escrever	com
letra	tipográfica,	a	redação	deverá	ser	feita	com	esta	letra,	pois	não	adianta	forçar
algo	que	não	é	espontâneo	para	a	pessoa.	Aliás,	muitos	escritos	anônimossão
feitos	em	tipográficas	maiúsculas	porque	o	falsificador	tem	consciência	que	o
resultado	não	se	parece	com	sua	letra	cursiva,	embora,	na	prática,	possua	todos
os	sinais	e	tendências	da	sua	caligrafia,	pelo	que	pode	ser	desmascarado.
Se	for	uma	análise	para	empresa?
No	caso	da	“seleção	de	pessoal”,	além	do	currículo,	é	necessário	ter	a	descrição
detalhada	da	função	(competências	esperadas	–	perfil	do	cargo)	e	do	ambiente
em	que	irá	trabalhar,	inclusive,	se	possível,	a	grafia	do	líder.
Posso	ficar	seguro	quanto	aos	resultados?
Sim.	Desde	que	todas	as	etapas	sejam	rigorosamente	seguidas.	Se	o	resultado
não	estiver	de	acordo	com	seu	julgamento,	provavelmente	houve	algum	engano
na	interpretação.	Devemos	ressaltar	que,	muitas	vezes,	não	queremos	aceitar
algumas	características	pessoais,	negando	veementemente	sua	existência!
Quer	dizer	que	com	este	manual	posso	me	tornar	um	grafólogo?
Sim	e	não.	Sim,	se	você	continuar	se	aperfeiçoando,	pois	a	análise	grafológica	é
extremamente	complexa,	com	muitos	detalhes.	Além	disso,	a	formação	de	um
grafólogo	competente	e	ético	demanda	muitos	anos	de	estudo,	cursos,
participação	em	congressos,	pesquisa	e,	principalmente,	muita	prática.	Não,	se
você	se	limitar	somente	a	esta	apostila	e	curso	e	nada	mais,	pois	não	seria
possível	analisar	com	seriedade	a	escrita	e	realizar	um	laudo	completo	apenas
com	estes	princípios	básicos.
Existe	algum	CÓDIGO	BRASILEIRO	DE	ÉTICA	DO	GRAFÓLOGO?
Sim,	este	Código,	que	consta	de	12	artigos,	entrou	em	vigor	em	julho	de	2006.⁴	e
tem	como	objetivo	estabelecer	os	direitos	e	deveres	do	Grafólogo	no	exercício
profissional.
1º.	-	Grafologia	uma	ciência	da	área	de	Humanas	que,	ao	utilizar-se	de	técnicas
de	observação	e	interpretação,	estuda	a	personalidade	através	da	análise	de	um
manuscrito.
2º.	-	O	grafólogo	deve	trabalhar	exclusivamente	com	manuscritos	originais,
realizando	um	trabalho	de	análise	(identificação	das	características	da	escrita)
seguida	de	uma	síntese	(descrevendo	as	características	da	personalidade	do	autor
da	escrita).
3º.	-	Devido	à	constante	evolução	da	Grafologia	como	ciência,	o	grafólogo	deve
atualizar-se	continuamente	quanto	a	seus	conhecimentos	e	capacitação
profissional.
4º.	-	O	grafólogo	não	fará	diagnósticos	de	natureza	médica.
5º.	-	O	grafólogo	não	praticará	a	grafotécnica	(estudo	da	autenticidade	de
documentos	manuscritos).
6º.	-	O	grafólogo	é	responsável	pela	qualidade	de	suas	conclusões	baseadas	na
análise	de	um	manuscrito,	fornecendo	informações	a	respeito	de	determinada
personalidade,	baseando-se,	exclusivamente,	na	análise	de	manuscritos.
Quaisquer	ações	eventualmente	decorrentes	destas	informações	são	de	inteira
responsabilidade	do	solicitante	da	avaliação	grafológica.
7º.	-	O	grafólogo	manterá	estrita	confidencialidade,	por	qualquer	que	seja	o	meio
de	comunicação,	quanto	às	informações	que	obteve	a	respeito	das	pessoas	cujos
manuscritos	foram	por	ele	analisados.	O	segredo	profissional	deve	ser	observado
tanto	verbalmente	quanto	pelos	documentos	gerados.
8º.	-	O	grafólogo	será	objetivo	e	ético	em	todas	as	suas	análises	profissionais.
Não	deve	mencionar	as	características	pessoais	que	não	estiverem	diretamente
ligadas	com	as	funções	definidas	pelo	empregador	e/ou	seus	representantes
constituídos	toda	vez	que	estas	informações	possam	influenciar	decisões
relativas	a	admissões,	demissões,	promoções	profissionais.
9º.	-	O	grafólogo	deve	manter	sua	integridade	profissional	não	se	deixando
influenciar,	nas	suas	conclusões,	por	preferências	ou	desejos	específicos	(velados
ou	claramente	expostos)	pelo	solicitante	da	avaliação,	pela	pessoa	que	está	sendo
avaliada	ou	por	qualquer	outra	pessoa	ou	entidade.
10º.	-	O	grafólogo	não	pode	associar-se	ao	ocultismo	ou	à	adivinhação,	nem
deve	permitir	que	a	grafologia	e/ou	a	profissão	do	grafólogo	sejam	mencionadas,
por	qualquer	que	seja	o	meio	de	comunicação,	relacionadas	a	tais	atividades.
11º.	-	O	grafólogo	deve	agir	com	completa	isenção	de	qualquer	tipo	de
discriminação	como	sexual,	religiosa,	de	cor	e	raça.
12º.	-	A	Sobrag	fará	todo	o	possível,	dentro	das	leis	vigentes,	para	que	este
Código	de	Ética	seja	praticado	pelos	seus	associados	e	aqueles	que,	no	mercado
em	geral,	realizam	os	trabalhos	de	um	grafólogo.
É	verdade	que	aprender	grafologia	é	difícil	e	complicado?
Até	o	final	do	século	passado,	aprender	grafologia	era	tão	complexo	que	as
pessoas,	mesmo	as	mais	interessadas,	desistiam.	Cada	minúcia,	cada	detalhe,
cada	vírgula,	cada	pormenor	das	letras	do	alfabeto,	tudo	era	exaustivamente
interpretado,	porém,	muitas	vezes,	perdendo	a	noção	do	conjunto.	Hoje,	tanto	o
estudo	como	a	aplicação	estão	muito	mais	práticos.
Então,	como	estudar	grafologia	no	século	XXI?
Paulo	Camargo	explica	claramente:
O	objetivo	deste	artigo	não	é	o	de	analisar	a	evolução	do	estudo	da	grafologia	ao
longo	do	tempo,	mas,	principalmente,	mostrar	como	a	grafologia	é	estudada
atualmente	nos	países	mais	adiantados	e	por	alguns	grafólogos	de	primeira	linha
em	nosso	país.	Existem	no	Brasil	bons	grafólogos	e	grafólogas	que	estão	de
acordo	com	as	mais	recentes	evoluções	do	método	grafológico	em	si;	outros
ainda	se	situam	no	início	do	século	XX;	quando	os	pequenos	dicionários	de
sinais	já	eram	condenados	pelos	mais	renomados	especialistas	na	época⁵.
Crépieux-Jamin 	dizia	que	a	cada	trinta	anos	os	grafólogos	devem	fazer	uma
revisão	dos	conceitos	e	da	terminologia	grafológica.	Percebeu	o	grande	mestre
que	a	escrita	como	movimento	cultural	possui	dinâmica	própria;	com	isto,	tende
a	mudar	e	evoluir	de	acordo	com	as	novas	vivências	e	desafios	da	sociedade.
Além	disto,	existem	outros	fatores	que	influem	na	mudança	da	escrita.
Relatamos	alguns:
Evolução	dos	métodos	de	ensino	na	escrita;
Novos	tipos	de	papéis;
Infinidade	de	novos	materiais	como	canetas,	lápis	(forma,	tamanho,	peso);
Evolução	tecnológica,	abandono	da	escrita	pelo	uso	do	computador.
A	nova	visão	da	sociedade	e	seus	desafios	certamente	são	levados	para	o
comportamento	do	indivíduo	em	todos	os	planos:	sociais,	morais,	intelectuais,
físicos,	etc.	Não	raro	existem	escolas	bilíngues	e	a	criança	aprende	a	escrever	em
dois	idiomas	e/ou	de	forma	tipográfica.	A	escrita	se	adapta	e	se	transforma	com
os	novos	tempos,	e,	como	reflete	a	personalidade	individual,	certamente	mostra
estas	modificações.	Dos	anos	60	para	os	nossos	dias,	a	escrita	sofreu	o	impacto
da	caneta	esferográfica.	Como	é	sabido	por	todos,	quase	toda	a	grafologia
clássica	foi	baseada	nas	canetas	tinteiro.	Estas	mudanças	são	acusadas	nos
grafismos.	Assim,	muitas	espécies	grafológicas	evoluem	e	outras	morrem;
tornam-se	“dinossauros	no	tempo”	–	tais	quais	os	grafólogos	que	não	se
atualizam.	É	necessário	que	o	grafólogo	se	ajuste	aos	“novos”	tipos	e	exemplos
de	escritas	–	especialmente	se	for	professor	e	ministrar	aulas	de	grafologia.	A
todos	os	processos	de	evolução	se	aliam	novos	métodos	de	diagramação,	novos
tipos	de	letras	em	livros,	programas	de	computadores,	telas	eletrônicas	etc.
Em	resumo:	o	método	grafológico	e	o	método	de	ensino	evoluíram	–	e	muito.
Novos	e	interessantes	autores	surgiram	e	acrescentaram	precisão	ao	método
grafológico.	É	certo	que	–	assim	como	a	escrita	–	os	métodos	de	estudos	e	de
ensino	da	grafologia	mudaram.	Contudo,	muitos	grafólogos	ainda	não	se	deram
conta	disto	e	outros	que	se	deram,	não	dão	o	braço	a	torcer,	pois	não	podem	se
dizer	desatualizados	–	na	realidade	não	estão	desatualizados,	estão	ultrapassados.
INVESTIGUE	O	TODO...
NÃO	SE	PRENDA	NO	DETALHE...
A	GRAFOLOGIA	SÓ	SE	APRENDE	TREINANDO.
PRIMEIRO	PASSO
O	perfil	grafológico
Antes	de	tudo,	devemos	solicitar	para	ao	avaliado,	o	texto	que	será	analisado	de
acordo	com	as	especificações	abaixo.	Depois,	é	necessário	que,	ao	se	preparar
para	fazer	uma	análise,	o	grafólogo	abandone	seus	preconceitos	e	preferências,
procurando	manter-se	neutro	e	imparcial,	a	fim	de	tornar-se	receptivo	e	poder
sentir	e	compreender	o	que	a	escrita	está	dizendo.	Para	se	chegar	a	essa
compreensão	é	necessário	que	o	avaliador	seja	uma	pessoa	amadurecida,	que
tenha	adequado	grau	de	autoconhecimentoe	equilíbrio	para	que	seus	problemas
não	sejam	transferidos	para	a	interpretação	do	texto.
Não	podemos	esquecer	que	a	prática	da	grafologia	exige	muita	ética	e	que	toda
análise	é	feita	no	sentido	de	se	ajudar	a	pessoa.
Dados	sobre	o	autor	da	grafia
Pedir	para	o	avaliado	preencher	um	questionário	(veja	modelo	abaixo),pois,
como	nós	grafólogos	não	somos	adivinhos,	é	necessário	que	tenhamos	algumas
informações	pessoais	sobre	o	autor:	tais	como:	nome	completo,	data	de
nascimento,	sexo,	profissão,	estado	civil,	estado	de	saúde	e	escolaridade.	Outros
dados	auxiliam	bastante,	tais	como:	religião,	ambiente	social	do	autor	e	de	sua
família,	histórico	escolar	e	profissional,	hobbies	ou	hábitos.	Para	isso	solicitamos
que	ele	preencha	um	questionário.
É	necessário	também	conhecermos	a	finalidade	do	“perfil”:	se	é	para
autoconhecimento,	avaliação	do	potencial	do	autor,	contratação	para	a	empresa,
orientação	profissional	ou	vocacional,	grafoterapia	ou	para	avaliação	da
compatibilidade	de	gênios	–	entre	cônjuges,	chefias,	sócios	etc.
Questionário	para	o	perfil	grafológico	-	exemplo
Estou	sugerindo	esse	modelo,	mas	você	poderá	montar	seu	próprio	questionário
de	acordo	com	a	finalidade	do	perfil.
Nome:	_______________________________________________________
Data	de	Nascimento	_______/_______/_______
Estado	Civil:	_________________________
Religião:	__________________________
	Profissão:	_______________________________
Escolaridade:	________________
Mão	que	escreve:	________________________________
A	qual	o	cargo	ou	função	que	está	se	candidatando?
_________________________________
Está	com	algum	probleminha	de	saúde.	Qual	ou	quais?
______________________________
Quantos	cigarros	fuma	por	dia?
_________________________________________________
Ingeriu	alguma	bebida	alcoólica	nas	últimas	12	horas?
________________________________
Passou	por	algum	trauma	nos	últimos	15	dias?	Qual?
_________________________________
Está	se	submetendo,	no	momento,	a	algum	acompanhamento	psicológico	ou
médico?	_______	Qual?__________________________________________
Está	tomando	algum	medicamento?______
Qual?	________________________________________________________
Como	está	se	sentindo	agora	física	e	psicologicamente?
_____________________________________________________________
Como	deve	ser	o	texto	para	o	perfil	grafológico
O	ideal	seria	que	tivéssemos	várias	folhas	de	escrita	do	avaliado,	umas	quatro,
por	exemplo,	pois	quanto	mais	rico	o	material	maior	possibilidade	de	pesquisas.
Não	sendo	possível	de	obter	tal	quantidade	de	material,	pedimos	que	o	autor
escreva,	no	mínimo,	vinte	linhas.
Quando	for	pedir	para	o	candidato	escrever,	não	chame	de	redação,	pois	a
memória	pode	retroceder	aos	bancos	escolares	junto	com	toda	carga	emocional
consequente.	Chame	de	texto.
Devemos	solicitar	que	o	autor	escreva	um	texto	de,	no	mínimo,	vinte	linhas,	pois
a	maioria	não	gosta	de	escrever,	mas	quanto	maior	o	texto,	melhor	será	o
resultado	final.	O	texto	não	deve	ser	cópia,	nem	poesia,	nem	canção,	pois	tanto
um	quanto	o	outro	são	textos	estreitos,	formais	e	que	não	chegam	até	o	final	da
página.	Nesse	caso,	o	grafólogo	perde	a	chance	de	avaliar	as	margens	etc.	O
tema	é	livre,	mas	recomendo	que	a	pessoa	escreva	sobre	ela	mesma.	Por
exemplo:	quem	sou	eu,	as	coisas	que	mais	gosto,	o	que	mais	aprecio	em	mim	e
nos	outros	etc.
O	papel	a	ser	utilizado
Use	papel	sulfite	branco	e	sem	pauta.	Se	for	papel	reciclado,	observe	bem	a
gramatura,	pois	quanto	mais	grosso	menor	a	pressão.	Utilize	seis	folhas.	A	de
cima	para	escrever,	e	as	demais	para	apoio	e	conforto	na	escrita.	Peça	para	o
autor	não	escrever	no	verso	da	folha;	caso	precise,	avise	que	utilize	as	outras
folhas.
A	caneta
Dê	preferência	para	uma	caneta	que	o	autor	esteja	acostumado	a	escrever	(usar
uma	BIC	é	recomendável,	pois	nossa	geração	desenvolveu	memória	psicomotora
com	este	tipo	de	caneta;	estamos	acostumados	com	o	peso,	calibre	e	fluidez	da
caneta	BIC).	O	importante	é	que	seja	caneta	esferográfica	em	bom	estado	(não
pode	ser	hidrográfica,	ponta	porosa,	nanquim,	tinteiro	etc.).
O	local	de	apoio	das	folhas
Escrever	numa	superfície	lisa	(fórmica,	madeira,	vidro	etc.)	e	de	apoio	firme
(mesa	ou	cadeira	com	braço).	O	conceito	é	ter	conforto	e	firmeza	ao	escrever.
Assinatura
Peça	para	o	autor	assinar,	mas	não	diga	onde,	pois	o	local	também	será	avaliado.
A	maioria	dos	que	aplicam	o	teste	grafológico	falam	“assine	no	final”,	mas	está
errado.	Peça	também	a	rubrica	se	o	autor	tiver.
Observação:	Deixe	claro	ao	autor	para	não	se	preocupe	em	“caprichar”,	as
letras	“feias”	e/ou	“ilegíveis”,	não	necessariamente	são	ruins.	Existe	um
preconceito	do	senso	comum	que	associa	a	letra	“bonita”	com	uma	letra
“boa”.	E	grafologicamente	não	é	assim	que	acontece.	Quanto	mais
espontânea	for	a	escrita	melhor	será	a	avaliação.	Caso	o	avaliado	tenha
consumido	bebida	alcoólica,	medicamentos	fortes	ou	ficado	sem	dormir	na
noite	anterior	deixe	que	ele	faça	a	redação	no	dia	seguinte,	pois	isto	pode
alterar	o	resultado	do	teste.	Se	ele	fizer	rascunho	recolha-o,	pois	esse	é	o
mais	espontâneo.	O	teste	não	tem	limite	de	tempo:	portanto	deixe	o	autor	à
vontade.
SEGUNDO	PASSO
Leia	o	texto,	tente	interpretar	o	que	autor	está	transmitindo.	No	início,	ele	é,	em
geral,	mais	contido,	mais	consciente	do	que	está	escrevendo;	na	metade	do	texto,
a	tendência	é	ser	mais	espontâneo,	e,	no	final,	pode	apresentar	sinais	de	cansaço.
Bem,	lembre-se	também	de	que	muitas	pessoas	“detestam”	escrever	e	o	fazem
com	a	máxima	má	vontade,	resultando	em	um	texto	pesado,	enfadonho	e
indigesto.	Outras	são	prolixas	demais,	outras	infantis	etc.	Aqui	é	sempre
importante	saber	a	escolaridade	do	autor	e	“dar	um	desconto”,	caso	o	nível	de
educação	formal	se	mostre	precário.	Em	seguida	estabeleça	o	“Nível	de	Forma”.	
Aqui	você	precisa	compreender	muito	bem,	pois	sem	dominar	esse	item	terá
dificuldade	para	ir	adiante,mas	não	é	difícil.
Defina	o	“Nível	de	Forma”	da	escrita:	positivo	ou
negativo
Para	facilitar	a	realização	do	“perfil”,	criei	a	“grafoplanilha”.	Nada	mais	é	do	que
uma	planilha	aonde	você	vai	marcando,	nos	respectivos	quadrados,	todos	os
itens	da	grafia,	ao	mesmo	tempo	em	que	vai	estudando	todos	os	elementos	que
compõem	o	estudo	básico	da	grafologia.	Ao	terminar	a	marcação,	você	terá
terminado	o	estudo	básico	e	estará	pronto	para	redigir	o	“perfil”.	Uma	grafia
pode	ser	considerada	positiva	ou	negativa.	Para	defini-la,	existem	inúmeros
fatores	que	influenciam	na	sua	qualidade,	tais	como:	agilidade	e	habilidade
manual	do	autor;	treinamento	e	hábito	de	escrever	constantemente;	maneira
correta	ou	incorreta	de	como	foi	alfabetizado.	Para	facilitar,	apresentarei	os
princípios	básicos	que	determinam	o	nível	da	qualidade	da	grafia.	Não	fique
procurando	minúcias,	pois	a	grande	parte	das	pessoas	possui	nível	positivo.
Controle	a	tendência	(comum	em	principiantes)	de	achar	que	tudo	é	negativo.
O	nível	de	forma	da	escrita
O	nível	de	forma,	segundo	o	filósofo	alemão	Klages,	é	a	qualidade	da	grafia	do
indivíduo.	Esta	“qualidade	da	grafia”	pode	ser	positiva	ou	negativa.	Quais	são	os
parâmetros	para	definir:
Originalidade,	ou	seja,	personalidade	própria	na
grafia
Existem	grafias	que	não	possuem	originalidade,	pois	permanecem	idênticas	ao
modelo	que	a	professora	ensinou	na	escola	primária;	mantêm-se	iguais	ao	padrão
escolar	aprendido,	e	nada	ou	muito	pouco	foi	modificado	ou	criado.	Os
possuidores	desse	tipo	de	grafia	nada	ou	muito	pouco	modificaram	ou	criaram
em	sua	vida	pessoal,	profissional	ou	emocional,	pois	permanecem	na
dependência	total	do	seu	modelo	primário.	Pode-se	dizer	que	essas	pessoas	não
criaram	sua	própria	personalidade,	pois	são	indivíduos	geralmente	corretos,
submissos,	dependentes,	sem	autonomia	ou	capacidade	criadora.	São	geralmente
bondosos,	companheiros,	complacentes	e	que	seguem	e	aceitam	as	normas
impostas,	sem	discuti-las.	Aceitam	as	diversidades	sem	contestar	para	não
precisar	tomar	partido.
Essas	grafias	são	consideradas	positivas	para	pessoas	que	necessitam	seguir	as
regras,	atuar	comtarefas	repetitivas	e	rotineiras.	O	universo	necessita	de	pessoas
com	essas	características.	Imagine	se	todos	fossem	criativos,	emotivos,
independentes	e	rebeldes.	Quem	faria	as	tarefas	básicas?	Concluindo,	quando	for
determinar	se	a	grafia	é	positiva	ou	negativa,	no	quesito	originalidade,	pergunte
sempre:	Positiva	ou	negativa	para	quê?	Para	quem?	Para	que	circunstância?	–
pois,	em	muitas	situações,	para	que	a	grafia	seja	considerada	positiva,	necessita
ter	seu	próprio	estilo,	sua	própria	individualidade,	sua	identidade,	portanto	bem
distinta	do	modelo	aprendido.
Exemplo	de	grafia	positiva
Paulo	Betti	–	Grafia	positiva,	rápida,	legível.	Na	palavra	“temos”	vemos	um
corte	duplo	da	letra	“t”	sinal	de	pessoa	empreendedora	que	não	teme	as
dificuldades,	aliás,	essas	o	motivam.	O	m	(ao	contrário)	em	guirlanda	revela
capacidade	de	comunicação,	receptividade.	Palavras	que	diminuem
(gladiolada)	falam	que	ele	gosta	de	ir	a	fundo	às	questões.	O	til	da	palavra
paixão	revela	rapidez,	esperteza,	inteligência	ativa.	Assinatura	ascendente:
ambição,	corte	dos	“t”	agilidade	de	raciocínio,	sabe	aproveitar	as
oportunidades,	prático	e	objetivo.	Assinatura	legível	mostra-se	como	é.
Bom	ritmo	e	rapidez
Para	ser	considerada	positiva,	a	escrita	precisa	ser	ágil,	rápida,	como	a	do	Paulo
Betti,	com	movimentos	espontâneos,	naturais,	firmes	e	sem	hesitação;	com
sinais	de	rapidez,	que	são	percebidos	nos	pingos	dos	“i”	à	direita,	nas	barras	dos
“t”	também	à	direita	e	pelas	ligações	inteligentes	dos	“t”	e	dos	“ão”.	Escritas
moles,	monótonas,	travadas,	sempre	iguais,	geralmente	são	consideradas
negativas.
Legibilidade
Para	que	a	grafia	seja	considerada	legível	e	positiva,	ela	necessita	“transmitir”	na
sua	totalidade	o	que	está	escrito,	tanto	para	crianças	alfabetizadas	como	para
pessoas	com	pouca	cultura.		As	letras	e	palavras	devem	ser	claras	e	bem
formadas.	Veja	abaixo	um	exemplo	da	importância	da	escrita	legível⁷.
Ordem	e	limpeza
Um	texto	é	considerado	positivo	quando	é	bem	organizado,	respeita	as	margens,
espaços	brancos	e	as	direções	das	linhas.	A	pontuação,	cortes	e	acentos	são	bem
posicionados.	A	correção	de	erros	pode	ser	bem	feita,	mas	sem	dar	ao	texto	um
aspecto	de	sujeira.
Força	e	cor	da	tinta
Para	considerar	este	item	como	positivo,	a	grafia	deve	ser	calcada,	firme,	com	a
cor	da	tinta	aparecendo	e	não	desbotada,	apagada	ou	fraquinha;	mas	também	se
for	muito	calcada,	quase	furando	o	papel,	pode	revelar	muita	agressividade.
Concluindo:	muito	fraca	ou	muito	forte	são	consideradas	negativas.
Simplicidade
Uma	grafia	repleta	de	adornos	e	floreios	não	é	considerada	positiva.	Quanto
mais	simples	mais	positiva.
Interpretação	do	texto
Leia	o	texto	sempre	levando	em	conta	a	formação	escolar	do	autor	e	a	finalidade
da	avaliação	grafológica.	Antigamente	os	grafólogos	não	liam	o	texto,	pois	não
se	importavam	com	o	conteúdo.	Com	a	evolução	dos	estudos	ligados	à	corrente
emocional⁸,	pode-se	afirmar	que	a	grafologia	emocional	penetra	no	inconsciente
(onde	não	temos	controle)	do	indivíduo.	Sendo	assim,	quando	escrevemos,
podemos	fazer	(inconscientemente)	algumas	modificações	no	grafismo	ou	em
determinadas	palavras;	ou	seja,	algumas	deformações	revelam	as	emoções
produzidas	no	momento	da	escrita.	Explicando	melhor:	quando	escrevemos	o
nome	de	uma	pessoa	que	apreciamos,	não	o	escrevemos	da	mesma	maneira	que
o	de	uma	pessoa	que	nos	aborrece;	se	estamos	com	algum	conflito	no	casamento,
por	exemplo,	as	palavras	que	lembram	matrimônio,	tais	como	marido,	estável,
união,	casamento	entre	outras	muitas,	aparecerão	alteradas	em	relação	ao
restante	do	texto.	Sendo	assim,	através	do	estudo	grafológico,	podemos	conhecer
aspetos	de	uma	pessoa,	que	nem	mesmo	ela	percebe,	tais	como:	mentiras,
emoções	que	deseja	esconder,	medos,	anseios,	doenças,	debilidades,	etc.	Quanto
à	assinatura,	para	ser	considerada	positiva,	ela	deve	ser	legível,	não	na	sua
totalidade,	mas	de	forma	que	se	possa	identificar	quem	assinou.	Uma	assinatura
ilegível	revela	que	o	autor	pode	estar	camuflando,	de	forma	inconsciente,	sua
verdadeira	identidade,	pois	não	quer	mostrar-se	como	realmente	é.
Para	a	interpretação	do	texto,	leve	em	consideração	os	seguintes	aspectos:
Clareza
O	texto	deve	ser	redigido	de	maneira	que	o	leitor	compreenda	facilmente	o	que
está	sendo	abordado.	Até	mesmo	uma	pessoa	de	pouca	cultura	deve	manter	uma
certa	clareza	de	ideias	ao	apresentar	o	texto.
Elegância
O	texto	deve	ser	agradável	aos	olhos	do	leitor,	o	que	também	se	consegue	por
meio	do	desenvolvimento	criativo	do	texto.	A	elegância	inicialmente	é	obtida
pela	estética	(limpeza)	do	texto,	ou	seja,	ele	deve	estar	limpo	(sem	rasuras)	e
legível.
Concisão
Um	texto	breve	é	aquele	que	transmite	sua	ideia	com	o	mínimo	de	palavras
possível,	ou	seja,	não	tem	rodeios	e	nem	enrolação.	É	escrito	de	maneira	direta
sem	a	utilização	de	palavras	desnecessárias,	esnobes	e	sem	sentido.
Concluindo,	toda	vez	que	for	determinar	o	“nível	de	forma”,	lembre-se	de	se
perguntar:	“é	positivo	para	quê?	ou	“para	quem?	”ou	“é	negativo	para	quê?”	ou
“para	quem?”“.
Exemplos:
Grafia	positiva:	legível,	espontânea,	movimentada,	espaçada,	rápida.
Grafia	negativa:	complicada,	enrolada,	ilegível,	afetada.
TERCEIRO	PASSO
DEFINIR	SE	NA	GRAFIA	PREDOMINA	A	“FORMA	OU	O
MOVIMENTO”	E	QUAL	A	ZONA	DA	LETRA	QUE	PREDOMINA:
Em	uma	escrita	pode	predominar	a	forma	ou	movimento.	Esta	predominância
determina	de	que	maneira	o	autor	transita	na	vida,	no	trabalho,	nas	relações
profissionais,	sociais,	familiares;	no	casamento,	na	educação	dos	filhos,	enfim	no
universo.
Predomínio	da	forma	–	grafia	regular
Quando	predomina	a	forma,	a	grafia	é	rígida,	idêntica,	nada	varia.	As	letras	são
do	mesmo	tamanho	e	a	inclinação	é	sempre	igual.
Predomínio	do	movimento	–	grafia	irregular
Quando	a	pessoa	escreve	de	maneira	variável,	com	desigualdades,	tais	como	o
tamanho	das	letras,	direção	das	linhas,	inclinação	das	letras,	enfim,	predomina	a
diversidade.
Exemplos:
Predomínio	da	forma.
Predomínio	do	movimento.
Características	da	personalidade	com	predomínio	da
forma
Quando	existe	o	predomínio	da	forma,	a	pessoa	não	modifica	sua	atitude	perante
o	mundo,	mantendo	um	rígido	padrão	comportamental,	bem	definido,	previsível
e	revelando	grande	força	de	vontade.	Pode	apresentar	comportamentos
defensivos	e	dificilmente	aceita	mudar;	sendo	assim,	insiste	num	mesmo
procedimento	ou	ideia,	mesmo	que	não	esteja	dando	certo,	por	receio	de
modificar.
Trata-se	de	uma	pessoa	que,	inconscientemente,	isto	é,	sem	perceber,	“veste”
uma	máscara	(disfarce)	e	atua	de	acordo	com	o	que	a	sociedade	e	com	o	que	os
outros	esperam	dela.	Rígida,	convencional,	perfeccionista,	metódica	ou
repetitiva.	Devido	a	esta	rigidez	pode	também	ter	dificuldade	de	adaptação.
Geralmente	é	“a	perfeitinha”	que	era	uma	das	primeiras	alunas	na	escola,	que
sempre	se	cobrou	e	se	cobra	muito	até	hoje.	Pode	até	ser	que	tenha	tido	uma
educação	muito	rígida,	até	traumática	e	não	muda	para	não	se	arriscar.	Os
elogios	que	recebeu	se	manifestaram	como	estímulo	para	que	se	mostrasse
perfeita.	Como	resultado,	passou	a	ser	muito	exigente	para	consigo	própria	e	a
viver	dependente	de	aprovações.
É	bastante	autocontida	(o	que	pode	atrapalhar	seu	desenvolvimento),	reprime
seus	instintos	e	desejos	e	comporta-se	de	acordo	com	os	princípios	lógicos	e
reflexivos	que	a	sociedade,	o	meio	ambiente	e	a	educação	lhe	impuseram
(superego	muito	rígido).
Características	da	personalidade	com	predomínio	do
movimento
Quando	uma	pessoa	me	fala:	“minha	letra	muda	muito”,	pode-se	saber	que	se
trata	de	um	indivíduo	emotivo,	sensível,	sentimental	e	com		predomínio	do
movimento.
Do	ponto	de	vista	positivo,	sua	forma	de	pensar	é	livre,	a	sensibilidade	não
permanece	travada	pelos	formalismos	nem	pelas	exigências	externas	a	que	a
sociedade	obriga.	Pensa	e	age	com	vivacidade,	intensidade	e	mais	de	acordo
consigo	mesma	e	com	sua	liberdade	criativa.	Geralmente	é	espontânea,	pouco
preocupada	com	as	regras	e	convenções,	imediatista,	criativa	e	ativa.	Pode	ter
sensibilidade	artística	eintelectual.	Essa	mobilidade	faz	com	que	fique	atenta	aos
sinais	e	perceba	as	oportunidades.
Procura	fazer	as	coisas	de	diferentes	maneiras,	pois	é	flexível	e	quase	sempre
saberá	resistir	ou	ceder	de	acordo	com	a	situação,	mas	se	houver	muitas
alterações	no	movimento,	pode	revelar	falta	de	freios,	fraqueza	de	vontade,
inconstância,	irritabilidade	ou	susceptibilidade.	Pode	apresentar	insatisfação,
desgosto	consigo	mesmo,	impaciência,	indisciplina	ou	desorientação.
Pense,	analise	e	interprete:	Em	sua	grafia	há	o	predomínio	da	forma	ou	do
movimento?	Confere	com	sua	maneira	de	ser?
Simbologia	do	espaço	gráfico
SIMBOLOGIA	DO	ESPAÇO	GRAFICO	E	AS	ZONAS:	SUPERIOR	-
INFERIOR	-	MEDIA	nas	letras	temos	que	distinguir	as	diferentes	zonas	da
mesma
Em	uma	grafia	pode	haver	o	equilíbrio	entre	as	três	zonas:	Zona	Superior,	Zona
Média,	Zona	Inferior	ou	a	predominância	de	uma	ou	duas	sobre	as	demais.
Zona	Superior.	B.	Zona	Inferior.	C.	Zona	Inicial	(traço	inicial).	D.	Zona	Final
(traço	final).	E.	Zona	Média.
Zona	Inicial:	é	o	movimento	que	inicia	uma	letra.	É	o	ponto	onde	nascem	os
impulsos	representativos	de	cada	estímulo,	necessidades	ou	de	cada	objetivo
desejado.
Zona	Final:	é	o	traço	que	prolonga	ou	termina	uma	letra.	É	o	reflexo
simbólico	do	nosso	modo	de	contato	com	o	mundo	exterior.
Zona	Superior:	é	o	ponto	mais	alto,	onde	ficam	as	hastes	das	letras	b,	d,	f,	h,
i,	k,	l,	t;	acentos,	barras	dos	“t”.
Zona	Média:	é	a	parte	central,	ocupada	por	todas	as	vogais	minúsculas	e
pelas	letras	c,	g,	h,	m,	n,	p,	q,	r,	s,	v,	x,	z.
Zona	Inferior:	é	a	zona	ocupada	pelas	laçadas	inferiores	das	letras:	f,	g,	j,	p,
q,	z.
O	significado	de	cada	uma	das	zonas
Zona	superior	ou	hastes
A	zona	superior	refere-se	às	questões	intelectuais	ou	espirituais.	Numa	escrita
onde	há	predominância	desta	zona,	em	detrimento	das	outras,	denota	pessoa	com
forte	atividade	intelectual,	imaginação,	fantasia,	vida	espiritual.	As	letras	da	zona
superior	indicam	em	que	extensão	uma	pessoa	persegue	suas	ambições,	sonhos	e
ideais.	Elas	demonstram	o	quanto	ela	pensa,	se	possui	ou	não	uma	grande
imaginação,	ou	quão	idealistas	ou	ambiciosas	são	os	seus	objetivos.	É	também	a
zona	do	superego,	da	crítica.
Hastes	executadas	de	maneira	normal	indicam	que	os	desejos,	objetivos,
ambições,	esperanças	e	vontades	são	normais,	isto	é,	que	suas	ambições	e
ideais	estão	de	acordo	com	as	normas	aceitas;	seus	pontos	de	vista	são,	em
geral,	sensíveis	e	equilibrados.
Hastes	superiores	mais	acentuadas	do	que	a	zona	média	denotam	uma
personalidade	inteiramente	preocupada	com	a	busca	intelectual.	São
pessoas	idealistas,	sonhadoras,	pouco	práticas	e	às	vezes	se	mantêm	tão	fora
da	realidade	que	se	tornam	orgulhosas	e	supersensíveis	à	crítica.	Porém	são
imaginativas	e	criativas.
Hastes	com	ângulos	indicam	pessoas	que	gostam	de	mandar,	às	vezes	de
maneira	despótica.	Possuem	sentimentos	de	inferioridade,	super
compensados	pelo	orgulho.
Zona	inferior	ou	laçadas
A	zona	inferior	significa	os	desejos	mais	instintivos	da	pessoa:	disposição	sexual
e	biológica.	Aqui	se	descobre	também	a	avidez	pelo	dinheiro,	pelo	conforto	e
comodidade,	assim	como	os	interesses	econômicos	e	práticos,	o	apego	ao	clã	da
família,	aos	filhos	e	à	terra.	Ênfase	na	zona	inferior	denota	um	caráter
basicamente	terra	a	terra.	Essas	pessoas	geralmente	acumulam	realizações
materiais	ou	posses,	mas	podem	ser	perfeitamente	preparadas	para	trabalhar	duro
a	fim	de	conquistar	suas	ambições.
Quanto	maiores	forem	estas	laçadas	maiores	serão	os	desejos	básicos	do
autor;	são	predominantemente	interessados	em	atividades	físicas	ou
externas.	Sua	disposição	sexual	é	potente	e	tendem	a	ser	bastante
materialistas,	ávidos	ou	insaciáveis.	
Às	vezes	estas	laçadas	são	tão	compridas	que	chegam	a	invadir	a	linha	de
baixo.	É	um	sinal	de	falta	de	ordem,	de	ponderação	ou	de	discernimento.	A
pessoa	tende	a	ser	desorganizada	na	sua	vida	diária,	não	consegue	respeitar
o	espaço	dos	outros	sendo	intrometida	e	até	desagradável.	Pode	ter	uma
libido	acentuada,	incontrolada	ou	insatisfeita.
Laçadas	curtas	e	sem	firmeza	refletem	pouca	energia	física,	sexual,	inibição
ou	desinteresse	por	assuntos	de	ordem	material.
Laçadas	incomuns	frequentemente	significam	desvios	ou	excentricidade,
particularmente	nos	assuntos	sexuais.
Laçadas	com	linhas	simples	e	retas	revelam	pessoas	com	bom	julgamento,
um	caráter	lacônico,	conciso	e	ligeiramente	taciturno.	Frequentemente	têm
marcante	habilidade	musical	ou	matemática.
Laçadas	com	bases	largas	e	angulares	revelam	uma	pessoa	implicante,
temperamental,	irrefletida	ou	arrogante.	Tem	capacidade	de	mandar	e	se
impor	de	forma	agressiva,	sobre	os	outros,	não	gosta	de	críticas;	apresenta
tendências	autodestrutivas,	ciúmes,	violência,	conflitos	internos	ou
repressão.
Zona	média
Demonstram	as	reações	e	atitudes	do	autor	em	relação	às	questões	cotidianas,
relacionamentos	e	seus	padrões	gerais	de	comportamento.
Quando	as	letras	dessa	zona	são	acentuadamente	grandes,	demonstram	o	desejo
do	autor	de	impressionar	os	outros,	de	chamar	a	atenção,	de	ser	notado,	de	ser	o
centro.	Essas	características	são	enfatizadas	quando	o	tamanho	das	letras	da	zona
média	domina	as	outras	duas.	Essas	pessoas	tendem	a	viver	para	o	presente;	são
sociáveis	e	gostam	de	companhia	e	atenção	dos	outro.	Contudo,	são	pouco
materialistas;	são	basicamente	desinteressadas	em	ganhar	ou	reter	dinheiro,	estão
mais	interessadas	em	impressionar	os	outros	com	a	força	de	sua	personalidade
do	que	com	suas	posses.
Em	sua	grafia	existe	predominância	de	alguma	zona?	Estude	e	interprete	suas
características.
QUARTO	PASSO
Estudo	dos	gêneros	da	grafia
Depois	de	ter	lido	o	texto,	estabelecido	o	nível	de	forma	–	positivo	ou	negativo;
a	predominância	da	forma	ou	do	movimento	e	da	zona	que	prevalece
aprenderemos	a	fazer	uma	análise	mais	detalhada	dos	diversos	aspectos	–	todos
de	suma	importância	–	para	determinar	os	componentes	da	personalidade	que
intervém	no	modo	decisivo	de	“ser”	do	avaliado.
Observe	na	grafia	que	você	está	interpretando	cada	um	dos	gêneros	e	subgêneros
e	anote-os	na	“grafoplanilha”.	Cada	elemento	gráfico	deverá	ser	anotado,
analisado,	checado	com	outros	e	feito	um	levantamento	da	frequência.	Faça	toda
a	classificação,	passo	a	passo.	Todo	traço	é	importante.	Não	elimine,	mesmo	que
a	frequência	seja	baixa,	não	tire	conclusões	apressadas	e	lembre-se	de	que	é
preciso	considerar	sempre	o	conjunto.	Não	avalie	sinais	isolados.
Para	isso,	usaremos	os	fundamentos	embasados	nos	estudos	de	Crepieux-Jamin
que	determinou	oito	gêneros	a	serem	interpretados	na	grafia	e	criou	Método
Jamaniano .
Gêneros:	Observe	e	anote	o	significado	de	cada	gênero	e	suas	espécies,
marcando	na	“grafoplanilha”	(anexo1)	de	acordo	com	o	título.	Todos	os
itens	gráficos	deverão	ser	observados,	anotados	e	comparados	com	outros,
fazendo	levantamento	da	frequência.
Ordem	do	texto
Dimensão	ou	tamanho	das	letras
Forma	das	letras
Forma	de	ligação	ou	conexão	entre	as	letras
Inclinação	das	letras
Direção	das	linhas
Continuidade	das	letras
Velocidade	das	letras
Pressão	ou	força	do	texto
Como	preencher	a	grafoplanilha
(imprima	a	grafoplanilha	-	anexo¹)
Pegue	o	texto	manuscrito	e,	enquanto	você	estuda	o	Manual,	vá	preenchendo	a
planilha.	Por	exemplo:	se	na	grafia	predominar	o	positivo,	toda	a	avaliação
deverá	ser	feita	só	no	aspecto	positivo;	se	for	negativa,	será	analisada	pelo	lado
negativo.
Em	seguida	verifique	se	predomina	a	forma	ou	o	movimento	e	marque	um	x	no
quadrado	correspondente.	E	assim	por	diante.
Quando	você	terminar	de	estudar	este	e	book,	a	planilha	estará	preenchida	e	você
terá	a	personalidade	do	autor,	aí	poderá	redigir	um	perfil	grafológico	básico.
Ordem	e	distribuição	do	espaço	gráfico
Neste	tópico,	vamos	estudar	a	maneira	como	a	pessoa	organiza	sua	escrita	na
página.	Um	manuscrito	bem	apresentado	tem	a	ver	com	a	clareza	na	organização
da	página,	dos	parágrafos,	da	pontuação,	na	presença	ou	não	de	manchas	de	tinta
e,	ainda,	com	a	disposição	do	texto	na	folha,	o	espaçamentoentre	linhas,	entre
palavras	e	entre	letras,	com	as	margens	direita,	esquerda,	superior	e	inferior.
De	um	modo	geral,	a	ordem	e	a	distribuição	do	espaço	gráfico	de	um	texto
fornecem	informações	sobre	a	organização	e	a	nitidez	do	pensamento	do	autor,
sobre	o	seu	sentido	de	ordem	interna,	a	capacidade	de	organização	e	de
planejamento	e	do	seu	relacionamento	com	os	outros.
Os	subgêneros	da	ordem,	assim	como	os	demais	subgêneros,	devem	ser	sempre
interpretados	dentro	de	um	determinado	contexto:	positivo	ou	negativo	e	nunca
isoladamente.
Espaços:	entre	linhas,	palavras	e	letras.
Disposição:	clara,	confusa,	concentrada,	espaçada,	ilegível,	invasiva.
Margens.
Espaços	entre	linhas,	palavras	e	letras
Os	espaços	em	branco	deixados	entre	as	linhas,	palavras	e	letras	estão
relacionados	com	a	maneira	como	o	autor	se	comporta	em	relação	aos	outros	e
aos	objetos	reais:	se	permanece	constantemente	próximo	ou	se	sua	atitude	é	a	de
se	manter	distante.
O	espaço	normal	entre	linhas	é	equivalente	a	três	vezes	a	altura	do	“m”	da	grafia
em	questão.	As	laçadas	das	letras	nunca	devem	se	cruzar	ou	entrelaçar	com	as
hastes.
O	espaço	normal	de	uma	letra	à	outra	é	equivalente	à	largura	média	das	ovais	das
letras	“a”,	“o”,	“d”,	“g”	e	“q”.
O	espaço	normal	que	deve	separar	uma	palavra	de	outra	é	igual	à	largura	de	um
“m”	do	tipo	da	escrita	da	pessoa	que	está	sendo	analisada.
Espaços	entre	linhas
Espaço	normal:	quem	deixa	espaços	normais	entre	as	linhas,	ou	seja,
equivalente	a	altura	de	três	“m”	revela	ser	uma	pessoa	moderada,	objetiva,
eficiente,	pragmática	e	normalmente	com	bom	senso.	Geralmente	elabora
bons	julgamentos	para	suas	decisões.	Tem	facilidade	para	planejar	a	curto,
médio	e	longo	prazo;	apresenta	ordem	nas	ideias	e	tarefas.	Na	esfera	social
tem	facilidade	para	selecionar	seus	amigos,	pares	profissionais,
companheiros	em	geral	e	sabe	trabalhar	em	equipe.
Até	três	“m”	entre	uma	linha	e	outra	=	espaço	normal
Quem	deixa	grande	espaço	entre	as	linhas,	ou	seja,	maior	do	que	a	altura	de
três	“m”		é	uma	pessoa	que	sabe	administrar	bem	o	tempo	e	seu	raciocínio	é
predominantemente	abstrato	–	plano	das	ideias	–	e	espacial.	Possui	boa
capacidade	de	planejar,	inclusive	de	forma	estratégica.	É	bastante	crítica.
Tem	necessidade	de	se	isolar	para	refletir	e	pensar	em	suas	decisões.	Isto	a
leva	a	ser	seletiva	e	trabalhar	de	forma	independente,	sem	demasiada
interferência	dos	demais.	Geralmente	adota	uma	atitude	formal	nos
relacionamentos	interpessoais.	Pode	sentir-se	aborrecida	no	meio	de
multidão.
Quem	deixa	pouco	espaço	entre	as	linhas,	ou	seja,	menor	do	que	a	altura	de
três	“m”,	é	uma	pessoa	que	tende	a	tomar	decisões	apressadas,	gosta	de
realizar	várias	tarefas	ao	mesmo	tempo;	e	tem	dificuldade	para	planejar	a
longo	prazo.	Gosta	de	participar	de	atividades	coletivas	e	prefere	trabalhos
em	grupo.	Pode	reagir	de	forma	impulsiva	aos	estímulos.	Como	tem	pouca
capacidade	de	avaliação	e	discernimento	pode	culpar	os	outros	pelos	seus
insucessos.	Procura	reconhecimento,	elogios	e	aprovação.	Pode	apresentar
dificuldades	para	funções	que	exijam	contatos	com	o	público.	Necessita	do
apoio	do	grupo	para	realizar	suas	tarefas,	inclusive	pode	sentir-se	“abatida”
com	a	solidão
.
Quem	deixa	espaços	irregulares	entre	as	linhas	apresenta	insegurança	e
hesitação	em	tomar	decisões,	pois	tem	medo	de	se	arrepender.	Tem
dificuldade	para	falar	na	hora	certa,	não	sabe	discutir	com	serenidade,
podendo	causar	divergências	em	seus	contatos	sociais	e	profissionais.	Não
sabe	administrar	de	forma	eficaz	o	seu	tempo	e	suas	tarefas.	Falta-lhe	uma
eficiente	orientação	espacial,	assim	como	uma	rotina	constante	e	metódica
para	se	organizar.	Pode	apresentar	variações	de	humor.
Espaço	entre	palavras
Espaço	entre	palavras	equivalente	a	um	“m”	=	espaço	normal
Quem	deixa	espaço	normal	entre	as	palavras	é	uma	pessoa	espontânea,
sente-se	bem	tanto	quando	está	em	grupo	ou	sozinha,	pois	predomina	o
equilíbrio	nas	relações	com	os	demais.	Aceita	as	regras	e	as	normas	do
convívio	social,	e	isto	a	ajuda	a	enfrentar	bem	os	conflitos	que	surgem.	Suas
ideias	e	seus	trabalhos	são	organizados,	feitos	com	discernimento,	não	se
perdendo	em	minúcias.	Tem	visão	de	conjunto	e	boa	disposição	para	o
trabalho.	Tem	diplomacia	ao	expor	seus	pontos	de	vista.	Está	aberta	às
novidades	sem,	no	entanto,	arriscar-se	muito.	Não	é	muita	adepta	aos
contatos	por	telefone,	preferindo	o	calor	humano	do	contato.
Quem	deixa	espaço	grande,	ou	seja,	mais	de	um	“m”	entre	as	palavras,	é
uma	pessoa	seletiva	em	seus	contatos	interpessoais.	Escolhe	rigidamente
seus	contatos	pessoais	e	profissionais.	Analisa	bastante	antes	de	tomar	as
suas	decisões,	porém,	quando	as	toma,	é	de	forma	segura,	eficiente	e	com
suas	implicações	bem	estudadas.	Na	área	profissional	e	pessoal	é	prática,
lógica	e	objetiva,	com	boa	capacidade	de	percepção,	enxerga	longe	e	tem
uma	visão	mais	estratégica	do	que	tática.		Tem	diplomacia	ao	expor	seus
pontos	de	vista,	tem	ciência	das	suas	obrigações.	É	uma	pessoa
demasiadamente	crítica.	Não	gosta	de	expor	sua	privacidade.
Quem	deixa	espaço	pequeno	entre	as	palavras,	menos	de	um	“m”,	necessita
com	intensidade	envolver-se	com	as	pessoas.	Denota	ser	insegura	e	com
medo	de	julgamentos	e	rejeições,	sendo	assim	força	o	contato	com	os	outros
sendo	pouco	seletiva.	Consome	seu	tempo	em	relacionamentos	infrutíferos,
perdendo	energia	e	diminuindo	a	produtividade.	O	importante	para	ela	é
ter	sempre	alguém,	não	importa	quem,	ao	seu	lado.	Pode	até	mudar	de
opinião	só	para	agradar	e	fazer	parte	da	equipe.	Tem	dificuldade	para
planejar	a	longo	prazo,	perde-se	em	detalhes	e,	muitas	vezes,	escolhe	a
primeira	opção	sem	visualizar	outras,	sendo	pouco	crítico	em	suas	análises.
Quem	deixa	espaço	irregular	entre	as	palavras	é	uma	pessoa	com	muita
susceptibilidade,	insegurança	e	sensibilidade.	Pode	mudar	de	conduta	sem
motivos.	Pode	ter	(junto	com	outros	sinais)	falta	de	tato	e	educação.
Espaço	entre	letras	de	uma	mesma	palavra	(letras	que	estão	no	meio	da
palavra)
O	espaço	normal	de	uma	letra	à	outra	é	equivalente	à	largura	média	das	ovais	das	letras	“a”,	“o”,	“d”,	“g”	e	“q”.
Quem	deixa	espaço	muito	grande	entre	as	letras	de	uma	palavra	demonstra
uma	personalidade	expansiva;	atua	com	generosidade	e	franqueza;	sua
espontaneidade	pode	levá-lo	ao	altruísmo,	cedendo	demasiado	espaço	aos
demais,	permitindo	que	invadam	seu	íntimo.
Quem	deixa	espaço	insuficiente,	apertado	entre	as	letras,	é	reservado	e	não
gosta	de	interferências	em	sua	intimidade.	É	difícil	de	aceitar	ideias	ou
métodos	novos.	Perante	os	problemas	e	os	obstáculos	fica	ansioso	e
amedrontado.	Tem	dificuldade	para	decidir	ou	julgar	a	intensidade	dos
obstáculos,	transformando	os	pequenos	problemas	em	grandes	dificuldades.
Pela	sua	insegurança	e	sensibilidade	normalmente	não	reage	bem	às
críticas.
Pense,	analise	e	interprete	os	espaços	entre	as	linhas,	palavras	e	letras	de	sua
grafia	e	leia	as	descrições	de	sua	personalidade.
A	GRAFOLOGIA	SÓ	SE	APRENDE	TREINANDO!
Disposição	da	grafia	na	página
CLARA	E	HARMONIOSA
Quando	as	letras	não	se	misturam,	são	proporcionais,	bem	distribuídas	no	papel,
com	boa	separação	entre	letras,	linhas	e	palavras,	a	forma	é	clara	e	organizada.
Existe	bom	ajuste	do	texto,	boa	execução	e	organização;	é	simples	e	espontânea.
Ausência	de	retoques,	borrões,	emendas.
-	Se	a	grafia	for	positiva,	o	autor	é	organizado	e	sabe	distinguir	o	espaço
dele	com	o	do	outro.	A	razão	dirige	a	imaginação.	Suas	tarefas	são
realizadas	com	ordem,	precisão	e,	geralmente	sabe	planejar	e	estruturar	sua
vida	de	forma	lógica	e	coerente.	Demonstra	clareza	de	espírito,	simplicidade
e	transparência	comportamental.
-	Se	a	grafia	for	negativa,	pode	denotar	que	o	autor	é	detentor	de
inteligência	medíocre	ou	convencional,	está	acostumado	a	seguir	com
disciplina	os	hábitos	de	ordem	e	organização	aprendidos	sem	nada	criar	ou
modificar.	Prefere	seguir	o	experimentado	a	se	arriscar,	sendo	assim,	pouco
acrescenta	ao	que	já	existe.	Visão	estreita	e	simplista.
Ex:	Grafia	clara	e	harmoniosa,legível	e	com	bons	espaços	entre	linhas,	letras	e
palavras
CONFUSA
A	distribuição	das	palavras,	linhas	e	espaços	são	bastante	deficientes,	se	chocam,
entrelaçam	e	se	misturam.	A	escrita	avança	no	papel	de	modo	descontínuo	e
desordenado.	A	confusão	espacial	mostra	que	podemos	ocupar	espaços
indevidos,	desconhecemos	a	hora	ou	avançamos	de	maneira	imprópria	os
“espaços	psicológicos	e	territoriais”	dos	demais.
-	Em	sentido	geral,	o	autor	tende	a	ser	ingênuo,	temperamental	ou
sugestionável.	Pode	ser	confuso,	com	tendência	a	dissimular,	ou	com	falta	de
cautela	e	pudor.	Suas	tarefas	são	realizadas	sem	método	ou	organização,
além	disso,	tem	dificuldade	para	distribuir	o	tempo	e	a	energia.
CONCENTRADA
Os	espaços	entre	as	linhas	são	bem	apertados.
-	Em	sentido	positivo,	o	autor	tem	boa	capacidade	para	se	concentrar	e
adequado	ao	aproveitamento	do	tempo.	Tem	necessidade	de	estar	sempre
unido	com	as	pessoas	e	objetos	que	se	relaciona	cotidianamente.	Pode
revelar	também	prudência,	introversão,	economia,	seriedade	ou	discrição.
-	Em	sentido	negativo,	tem	necessidade	de	economizar,	o	que	pode	levar	à
avareza,	tendência	a	acumular,	guardar	e	colecionar	coisas.	Pessoa	pouco
generosa	e	pode	ser	mesquinha.
ESPAÇADA
Os	espaços	em	branco	predominam	no	texto,	especialmente	entre	as	palavras	e
as	linhas	têm	mais	de	três	“m”.
-	Em	sentido	positivo,	o	autor	tem	necessidade	de	liberdade	e	de	espaço.
Visão	ampla	das	coisas.	Prefere	ambientes	amplos,	arejados,	alegres,
animados.	Boa	capacidade	para	elaborar	projetos	em	longo	prazo.	Bondade
natural,	mas	com	precaução,	grandeza	de	ideias	e	de	sentimentos	e
necessidade	de	se	isolar.	Gosto	pela	vida	folgada
-	Em	sentido	negativo,	o	autor	carece	de	bom	senso	e	reflexão.	Reflete
pessoa	ingênua,	sugestionável,	com	tendência	a	gastar	tempo	e	dinheiro	de
forma	inconveniente	e	com	tendência	a	se	isolar	dos	outros.	Fala	e	opina
sem	prudência.
Ex.	Grafia	espaçada	e	ascendente
INVASIVA
Quando	o	traçado	tende	a	invadir	todos	os	limites	do	campo	gráfico	e	as	palavras
de	uma	linha	invadem	as	debaixo.
-	Em	sentido	geral,	o	autor	denota	uma	forte	necessidade	de	falar	e	ocupar	o
tempo	dos	outros,	com	exclusividade.	É	uma	pessoa	invasiva	e	dominante,
com	dificuldade	para	respeitar	os	espaços	alheios.
Pense,	analise	e	interprete	de	que	maneira	você	distribui	sua	grafia	no	papel.
Margens
Como	estamos	falando	sobre	a	grafologia	do	século	XXI,	o	estudo	das	margens
também	precisa	acompanhar	as	mudanças.	Uma	criança	que	se	utiliza	do
computador	desde	os	quatro	anos	de	idade	terá	uma	visão	da	disposição	estética
do	texto	na	folha	bem	diferente	da	de	outras	gerações.	Outras	aprendem	a
margem	dos	“dois	dedinhos”	e	assim	permanecem.	Portanto,	podemos	chamar
de	margens	caligráficas	aquelas	que	conservam	o	modelo	aprendido.	A	pessoa
segue	os	padrões	e	normas	impostas	e	dificilmente	as	altera.
Tem	receio	do	novo,	do	inusitado,	e	por	isso	pode	ser	pouco	criativa.	As	margens
superiores	e	inferiores	são	mais	difíceis	de	serem	estudadas,	pois	vai	depender
da	quantidade	do	texto,	de	como	foi	aplicado	o	teste,	etc.	Se	você	não	conseguir
analisá-las	siga	em	frente.
As	margens	indicam	de	que	maneira	o	autor	se	posiciona	em	relação	ao	mundo
circundante,	como	seus	contatos	começam	e	acabam.	Fala	como	é	sua
espontaneidade,	organização,	habilidade	para	planejar,	noção	de	economia,
habilidade	de	trabalhar	com	o	tempo	e	as	necessidades	de	contatos	com	o
mundo.
Margens	recheadas	ou	ausentes
Aquele	que	não	deixa	nenhum	espaço	nas	margens	ocupa	o	papel	todo,	tende	a
ser	invasivo,	quer	aproveitar	tudo,	o	tempo	todo	e	o	espaço	em	sua	totalidade.
Pretende	chamar	a	atenção,	quer	ser	atendido	na	hora,	não	sabe	esperar	e	procura
dominar	a	todos	em	todas	as	etapas	das	tarefas	que	executa.	É	um	sinal	de	defesa
psicológica	prévia,	poupança	que	pode	ser	levada	até	a	avareza,	necessidade
imperativa	de	ocupar	os	ambientes	sem	deixar	resquícios	para	os	demais.	Fala
demais,	não	respeita	nem	ouve	os	demais.	Apresenta	tendências	exibicionistas,
egocentrismo	e	incapacidade	de	ceder	mesmo	quando	observa	que	está	errado	e
não	tem	razão.
MARGEM	SUPERIOR
Normal,	equivale	a	três	linhas	do	texto,	é	um	sinal	de	delicadeza	e	bons	modos.
Ampla,	equivale	a	mais	de	três	linhas	do	texto.	O	autor	demonstra	atenção,
elegância	e	respeito	para	com	os	outros	e	para	com	as	regras	sociais.	Esta
modalidade	de	margem	é	própria	de	pessoas	que	possuem	adequada	cultura
social	ou	educação	elevada.	Se	coincidir	com	uma	escrita	pequena,	revela
timidez	e	inadaptação.
Pequena	ou	ausente,	equivale	a	menos	de	três	linhas	do	texto.
O	autor	prefere	atuar	de	maneira	independente,	não	costuma	se	subordinar	aos
poderes	nem	aos	superiores.	Sendo	assim,	pode	apresentar	dificuldades	nos
relacionamentos,	falta	de	tato	e	de	modos.	No	começo,	até	pode	ser	delicado,
mas	depois	que	adquire	certa	intimidade	pode	ultrapassar	as	regras	da	hierarquia
e	do	respeito.	É	próprio	de	pessoas	inoportunas	ou	desrespeitosas.
MARGEM	INFERIOR
Pequena,	equivale	a	menos	de	três	linhas	do	texto.	Parece	que	o	autor	deseja
ocupar	todos	os	espaços	possíveis,	não	quer	ser	interrompido	em	suas
ocupações,	assim	como	não	sabe	o	momento	de	parar.	Ocupa-se	demais	com
fatos	corriqueiros.	Geralmente	é	prolixo,	pois	tem	dificuldade	para	resumir
os	acontecimentos	ou	ideias,	mas	sabe	aproveitar	bem	o	tempo.
MARGEM	DIREITA
Sem	margem:	Aquele	que	se	precipita	para	a	extremidade	direita	do	papel
sem	deixar	nenhum	espaço	é	provavelmente	uma	pessoa	desinibida	e	que	se
interessa	por	tudo	e	por	todos.	Não	teme	o	futuro	e	o	encara	de	frente.
Quando	a	margem	direita	é	exageradamente	grande,	o	autor,
inconscientemente,	tem	necessidade	do	apoio	da	mãe.	Pode	apresentar	medo
de	correr	riscos	e	de	tomar	iniciativas.	Tende	a	ser	hesitante,	inseguro,
pessimista	ou	introvertido.	A	maioria	das	pessoas	que	possuem	esse	tipo	de
margem	não	aceita	essas	definições.
Quando	a	margem	direita	é	irregular,	representa	falta	de	segurança	para	enfrentar
as	pessoas	e	as	situações.	O	autor	tem	dificuldade	para	adotar	um	método	de
trabalho,	pois	é	apreensivo,	agitado	e	ambíguo.	Emocionalmente	instável	e	pode
variar	de	atitude;	pode	também	apresentar	dificuldade	para	se	adaptar	pela	sua
insegurança,	pois	tende	a	adotar	atitudes	contraditórias	e	sua	sensibilidade	é
exagerada.
MARGEM	ESQUERDA
O	normal	é	deixar	um	pequeno	espaço	para	começar	a	escrever.	A	margem
esquerda	faz	referência	ao	lado	familiar.	Quem	deixa	margem	normal	à	esquerda,
dá	o	devido	valor	ao	seu	passado,	à	sua	origem,	à	sua	família	e	à	sua	mãe	de	uma
forma	positiva	e	assumida.
Apertada	ou	ausente
A	pessoa	que	não	deixa	nenhum	espaço	do	lado	esquerdo	é	como	o	nadador	que
se	agarra	à	borda	da	piscina	em	busca	de	apoio.	Falta-lhe	autoconfiança	e	talvez
esteja	ainda	agarrado	ao	passado,	apresentando	conflitos	ou	medos.	Tem
dificuldade	para	lidar	com	dinheiro,	podendo	apresentar	dificuldades
econômicas	temporárias.	Quando	é	totalmente	inexistente,	pode	indicar	traumas,
pessoas	que	ficaram	marcadas	com	lembranças	tristes	da	infância	e	ainda	não
conseguiram	superar	ou	ainda	recalques	relacionados	ao	passado.
Margem	esquerda	regular	ou	rígida	e	com	distância	normal
O	autor	tende	a	demonstrar	equilíbrio,	bom	gosto	estético,	autocontrole	e
consciência	de	suas	ações.	Pode	apresentar	certo	aprimoramento	e	simplicidade.
Geralmente	começa	suas	relações	de	maneira	clara,	consciente	e	correta.	Sabe	se
controlar	e	se	dominar.	Quando	muito	rígida	mostra	perfeccionismo,	afetação	e
meticulosidade	escrupulosa.	É	uma	pessoa	mais	fria	e	calculista.	Sua	cortesia
pode	ser	forçada	e	seus	atos	premeditados	nas	relações	socioprofissionais.
Rotina	e	automatismo	são	suas	direções.
Margem	esquerda	estreitando-se	de	cima	para	baixo.	Inicia	longe	da
margem	esquerda	e	vai	se	aproximando.	Mesmo	que	a	pessoa	tente	manter-
se	à	direita	não	consegue,	pois,	apesar	de	querer	manter	sua	liberdade	e
autonomia,	está	sempre	em	busca	de	“um	colinho	do	passado”.	O	autor	é
prudente,	reflexivo,	desconfiado,	tem	medo	de	ficar	sem	dinheiro.

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