Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prevenção do edema agudo pulmonar: Na maioria dos casos, não temos possibilidade de evitar o edema agudo. Os riscos podem ser diminuídos pelo pronto tratamento e pela condução adequada das doenças que podem levar ao edema agudo. Sinais e sintomas de edema agudo de pulmão: Respiração curta com severa dificuldade respiratória; Fome de ar; Respiração estertorosa; pode-se escutar o borbulhar do ar no pulmão; Ortopnéia o doente sente necessidade de sentar, não tolera permanecer deitado; Batimento das asas do nariz (eventualmente); Expectoração sanguinolenta e espumosa (eventual); Uma radiografia de tórax pode mostrar o acúmulo de líquidos no pulmão. Tratamento: O edema agudo de pulmão é uma emergência médica e necessita de: O edema pulmonar é uma situação de emergência quando há acúmulo de líquido dentro dos pulmões. Essa situação diminui as trocas de gasosas do pulmão, causando dificuldade de respiração e sensação de afogamento. A condição também é chamada de edema agudo do pulmão ou simplesmente “água no pulmão”. As causas de edema agudo de pulmão: Infarto do miocárdio, é a causa mais comum; Disfunção do músculo cardíaco; Doenças das válvulas, aórtica ou pulmonar; Administração exagerada de líquidos, comum em crianças ou pacientes que recebem líquidos (soros) em excesso pelas veias. O coração é dividido em quatro partes (câmaras) responsáveis pela entrada de sangue no coração; um átrio e um ventrículo à direita, um átrio e um ventrículo à esquerda, responsáveis pela circulação do sangue no coração e por todo o corpo. Na insuficiência cardíaca esquerda, há um acumulo de sangue nas veias e capilares pulmonares a tal ponto que acontece um extravasamento de fluídos para os espaços aéreos dos pulmões. Isso deixa o pulmão menos elástico e com menos superfície de contato entre os gazes inspirados e o sangue. Paciente Crítico enfermagem deve usufruir conhecimentos técnico científicos para que o trajeto terapêutico, juntamente com uma conduta ideal a esse paciente chegue ao resultado esperado. Os acidentes de vária ordem são uma realidade cotidiana que levam aos serviços de urgência grande número de vítimas, em estado mais ou menos grave e, são causa de morte ou de incapacidades de um elevado número de indivíduos. As consequências imediatas de um acidente podem refletir-se a vários níveis corporais, isoladamente ou em associação, pelo que os profissionais devem estar preparados para agir adequadamente em cada situação, oferecendo serviços de qualidade que diminuam o risco de morte e previnam ao máximo as incapacidades residuais. A sua ação deve ser orientada segundo prioridades de acordo com o grau de gravidade dos problemas, seguindo uma abordagem/avaliação sequenciada e pormenorizada. O politrauma é uma síndrome decorrente de lesões múltiplas, com reações sistêmicas sequenciais que podem levar à falha ou a disfunção de órgãos ou sistemas vitais não diretamente lesados pelo trauma. A vítima do trauma é considerada parcialmente grave, pois seu estado poderá se deteriorar rapidamente atingindo várias partes do organismo e colocando o indivíduo em risco de vida. Dessa forma a gravidade da lesão é determinada pelos traumas que podem ser menores, quando atinge um Tratamento imediato; Transferência para um serviço de urgência ou emergência da traqueia; Se possível, dar oxigênio por máscara ou através de entubação da traqueia; O garroteamento alternado de pernas e braços pode ser feito enquanto se aguarda um atendimento especializado; Na emergência podemos usar Furosemida por via intravenosa (na impossibilidade de obter acesso venoso, pode-se administrar o medicamento via intramuscular) na tentativa de forçar a eliminação de líquidos, morfina para aliviar a congestão pulmonar e a ansiedade. As demais medicações usadas são para tratar as doenças que estão por trás do edema agudo. Isso deve ser feito por médico e num ambiente hospitalar, de preferencia. Por ser o edema agudo de pulmão uma emergência médica, a prioridade no momento do atendimento é a administração dos medicamentos e as medidas que aliviem o trabalho do coração; A remoção para um local adequado é a segunda prioridade. Os cuidados prestados ao paciente, de qualquer patologia, são diretamente atribuídos a profissionais de enfermagem, seja eles enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem. No atendimento ao politraumatizado a equipe de enferm Fraturas de crânio: As fraturas de crânio são frequentes, mas por si próprias, não causam défices podem classificar-se em abertas (se a dura está rasgada), fechadas (quando a dura está integra), ou em fraturas da calota ou da base. São frequentes as fraturas da calota craniana nas regiões parietais e temporais. As fraturas da base do crânio não são frequentemente observáveis nas radiografias convencionais e os dados da avaliação podem ser otorreia ou rinorreia, sinal de battle (equimose sobre a apófise mastoide), ou “olhos de guaxinim” (equimose subconjuntival ou periorbital). A concussão é uma lesão cerebral acompanhada por uma breve perda de função neurológica, especialmente perda de consciência. As disfunções neurológicas traduzem por confusão, desorientação e, por vezes um período de amnésia pós-traumática. Outras manifestações clínicas que ocorrem após a concussão são as cefaleias, vertigens, incapacidade de concentração, perda de memória e fadiga. A contusão é descrita como uma lesão de aceleração/desaceleração que produz hemorragia para dentro do parênquima superficial. As manifestações clínicas relacionam-se com o local e o grau da contusão, e com a existência de lesões associadas. um único sistema, ou maiores, quando as lesões são graves e atinge múltiplos sistemas. Tipos de traumatismos: O doente politraumatizado é, quase sempre, um doente em estado crítico, mercê da gravidade e complexidade das lesões que apresenta, pelo que as equipes de enfermagem devem estar atentas e preparadas para atuar aos diversos níveis. Como frequentemente coexistem várias lesões, será de seguida realizada uma breve abordagem às principais situações em traumatologia, nomeadamente: Traumatismo craniano; Traumatismo vertebro medular; Traumatismo torácico; Lesões maxilo-faciais; Traumatismo abdominal; Traumatismo pélvico; Lesões genito-urinárias; Traumatismo das extremidades. Os traumatismos cranianos ocorrem quando forças mecânicas são transmitidas ao tecido cerebral. O mecanismo de lesão pode ser uma pancada ou penetração de um objeto na cabeça. As lesões do tórax incluem o traumatismo da parede torácica, pulmões, coração, grandes vasos e esófago. As lesões resultantes deste tipo de traumatismo contribuem com 25% de todas as mortes por traumatismo nos EUA. A maioria das mortes ocorre após a chegada do doente ao hospital. Este tipo de traumatismo é predominantemente consequência de acidentes com veículos motorizados ou quedas. Os mecanismos subjacentes à lesão tendem a ser uma combinação de aceleração/desaceleração e transferência mecânica direta. Diversos mecanismos se associam a padrões específicos do acidente. Após uma colisão de frente os condutores têm uma maior frequência de lesões do que os passageiros do banco de trás, porque o condutor entra em contato com a estrutura do volante. As quedas de mais de 6 metros também estão associadas a lesão torácica. Associam-se frequentemente a traumatismo multissistémico e podemresultar de traumatismo por impacto ou penetração. Duas situações apresentam risco de vida em caso de traumatismo abdominal a hemorragia e a perfuração de vísceras ocas com a peritonite que lhes está associada. Traumatismo por impacto a maior parte das lesões As contusões podem ser pequenas, quando áreas localizadas de disfunção produzem défices neurológicos focais. As contusões maiores podem evoluir durante dois a três dias após o acidente causando edema e hemorragia ainda maior. Uma contusão grande pode produzir efeito de massa motivando um aumento significativo da PIC. Os hematomas resultantes de traumatismo craniano têm um efeito de massa que leva ao aumento da PIC. Existem três tipos principais de hematomas: o epidural e o subdural (são extra parenquimatosos fora do tecido cerebral), e o intracerebral que danifica diretamente o tecido neural. Tanto uns como outros, produzem danos pelo efeito de pressão e deslocação do conteúdo intracraniano. Dura Dura Hematoma subdural Hematoma epidural Hematoma intracerebral um pequeno cateter através da pele até ao peritônio. Se for nítida a presença de sangue, é obvia a lesão intra-abdominal e o doente é imediatamente levado para o bloco operatório. Se não se encontrar inicialmente a presença grosseira de sangue, infunde-se um litro de Lactato de Ringer ou soro fisiológico através do cateter inserido no abdômen. Coloca-se então um saco de drenagem numa posição inferior e o líquido drenado é enviado ao laboratório para ser analisado. A pélvis é uma estrutura em anel composta pelos ossos ilíacos, a sacro e o cóccix. Como a pélvis protege o trato urinário inferior e os grandes vasos e nervos dos membros inferiores, o traumatismo pélvico pode resultar numa disfunção urológica e neurológica com perigo de vida e em hemorragias. O traumatismo da pélvis por impacto pode ser causado por acidentes com veículos motorizados, queda ou esmagamento. A maior parte das lesões da pélvis envolve fratura, com ou sem lesão dos tecidos subjacentes. As fraturas pélvicas associam-se com frequência a acidentes com motos e acidentes que envolvem peões e veículos. Qualquer vítima que tenha sido projetada de um veículo deve ser suspeita de ter uma fratura pélvica. As fraturas pélvicas podem ser classificadas em estáveis ou instáveis. As primeiras são habitualmente quebras do anel pélvico no sacro ou cóccix sem deslocamento, as segundas são quebras em mais de um local ou no acetábulo. lesões abdominais por impacto ocorre em consequência de acidentes com veículos motores, quedas e assaltos. O baço é o órgão mais frequentemente lesado, e vem logo a seguir ao fígado como causa de lesão abdominal com risco de vida. A avaliação inicial do traumatizado segue as técnicas dos exames primário e secundário, tendo em conta a inspeção, auscultação, palpação e percussão do abdómen. A inspeção do abdômen poderá revelar descoloração púrpura dos flancos ou umbigo (sinal de Cullen), que traduz a presença de sangue na parede abdominal. A equimose do flanco (sinal de Grey Turner) pode indicar hemorragia retro peritoneal ou uma possível fratura do pâncreas. Um hematoma na área do flanco é sugestivo de lesão renal. Um hematoma na área do flanco é sugestivo de lesão renal. A distensão abdominal pode indicar uma acumulação de sangue, liquido ou gás, secundária a perfuração de órgão ou rotura de um vaso sanguíneo. A colocação de uma sonda nasogástrica e de uma sonda vesical é útil no plano diagnostico e no plano terapêutico. A sonda nasogástrica ajuda a descomprimir o estomago e permite a pesquisa de sangue no conteúdo drenado. A sonda vesical permite a obtenção de urina para pesquisa de sangue e avaliar o débito urinário. A lavagem peritoneal para diagnostico pode excluir ou confirmar a presença de lesão intra-abdominal com uma grande precisão. Esvaziada a bexiga do doente, faz-se uma pequena incisão e insere-se um pequeno cateter através da pele até ao Os sinais de fratura pélvica são a equimose perineal (testicular ou labial) que indica extravasão de urina ou sangue, dor á palpação, ou crepitação nas cristas ilíacas, paresia ou parestesia do membro inferior, hematúria e encurtamento de um dos membros inferiores. A prioridade neste tipo de traumatismo é prevenir ou controlar as hemorragias fatias. Durante a avaliação inicial são identificadas e tratadas as condições que oferecem risco de vida ao paciente, obedecendo às seguintes prioridades: Aérea – obstrução das vias aéreas e controle da coluna cervical Boca-boca – respiração Circulatório – alteração da circulação e controle da hemorragia Déficit neurológico Exposição completa do paciente O politraumatizado pode ter suas vias aéreas obstruídas devido a queda da língua quando inconsciente, presença de corpos estranhos, restos alimentares, sangue ou hematomas e edema da laringe por traumatismo direto. Deve-se suspeitar de obstrução das vias aéreas principalmente naqueles pacientes com TCE, trauma bucomaxilofacial e na região cervical. O diagnóstico de obstrução das vias aéreas deve ser realizado de forma imediata. O primeiro contato deve ser através de uma pergunta ao paciente. A ausência de resposta implica à alteração do nível de consciência e uma resposta verbal apropriada indica que as vias aéreas estão permeáveis, a ventilação intacta e a perfusão cerebral adequada. Observar se o paciente está agitado ou sonolento auxilia o diagnostico. Agitação sugere hipóxia e sonolência sugere hipercapnia (aumento do gás carbônico na corrente sanguínea). Respiração ruidosa ou com estridor e disfonia deve ser investigada. A respiração ruidosa pode ser sinal de obstrução da faringe e a presença de disfonia e estridor implica obstrução de laringe. Nas situações de ventilação inadequada faz-se necessária a obtenção de uma via aérea. Ventilação com ambu e mascara; Intubação orotraqueal; Intubação nasotraqueal; Traqueostomia. Uma vez decidida pela necessidade da obtenção da via aérea, todos os pacientes devem ser ventilados com ambu e mascara até que se tenha todo o material testado à disposição. A permeabilidade da via aérea não assegura uma respiração adequada. As condições traumáticas que mais frequentemente comprometem a respiração são: externos. As hemorragias externas não controladas com tamponamento da lesão são melhor tratadas levando o paciente para a sala de cirurgia. O estado neurológico é rapidamente avaliado verificando o nível de consciência e o estado das pupilas. A avaliação do nível de consciência é realizada pelo tipo de resposta ao estimulo verbal e ao doloroso. Deve-se observar se as pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Um exame neurológico mais apurado deve ser realizado a nível de atendimento secundário, através da Escala de Coma de Glasgow. A deterioração do estado neurológico pode indicar a presença de lesão intracraniana ou a diminuição da oxigenação do SNC. Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax aberto Hemotórax Afundamento torácico com contusão pulmonar Hérnia diafragmática traumática O diagnostico pode ser realizado através da inspeção da caixa torácica. Observar a expansão adequada, a simetria e a presença de movimento paradoxal. Na palpação, pesquisar crepitações de arcos costais e presença de enfisema de subcutâneo. Auscultar o MV em ambos os hemitórax. Observar presença decianose e a frequência respiratória. Avalia-se o estado de perfusão tecidual através do pulso, da coloração da pele e do enchimento capilar. Geralmente, quando o pulso radial é palpável, a pressão sistólica está acima de 80mmHg. A pressão arterial, a palidez cutânea e a sudorese são parâmetros que ajudam no diagnostico. Quando o volume de sangue circulante se reduz pela metade ou mais, a perfusão cerebral torna- se comprometida, levando o paciente à perda da consciência. Ao contrário, se o paciente encontra- se orientado e consciente, podemos presumir que a volemia é suficiente para manter a perfusão cerebral. A causa principal de instabilidade hemodinâmica no politraumatizado é a perda sanguínea. O tamponamento e a compressão das lesões controlam adequadamente os sangramentos externos Normal (isocóricas) Dilatadas (midriáticas) Contraídas (mióticas) Assimétricas (anisocóricas)
Compartilhar