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Casos Direito Processual Civil III

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Casos Direito Processual Civil III
Caso 01
A data da sessão de julgamento da apelação interposta por Manoel Carlos foi devidamente publicada no Diário Oficial. Diante do alto número de recursos pautados para serem julgados, o julgamento da apelação de Manoel foi transferida para sessão do dia seguinte. Após o julgamento desfavorável do respectivo recurso, o advogado de Manoel requereu a nulidade do julgamento vez que não foi intimado e que o recurso não poderia ter sido julgado no dia posterior à data previamente designada. Assiste razão ao patrono de Manoel?
R: 
Caso 02
João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
R: Por forca do príncipio da taxatividade são recursos aqueles expressamente previstos por lei é que no cpc encontram-se reunidos no rol do art. 994. Dessa forma o pedido de reconsideração deve ser entendido como um sucedâneo recursal.
b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso?
R: Não. O principio da fungibilidade permite que um recurso incorretamente interposto seja recebido como se o correto fosse. Este princípio reflete a busca pela decisão de mérito e promove o aproveitamento do ato processual incorretamente praticado. No entanto como sucedâneo recursal não é um recurso, ele não poderia ter sido recebido com está qualidade, notadamente porque deveria ter sido apresentado no menor prazo, que é de 5 dias e não no prazo de 15 dias.
Caso 03 
Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se: a) Poderá a associação atuar como se parte fosse?
R:  O amicus curiae tem a qualidade de terceiro desinteressado, cabendo-lhe colaborar com o pode judiciário por meio do esclarecimento de questões não jurídicas submetidas ao crivo do poder judiciário.Por não ser parte não pode, via de regra, interpor recursos. Sendo esta a mesma razão para não poder recorrer como terceiro prejudicado, exceto nas hipóteses dos parágrafos 1° e 3° do art. 138.
Caso 04
Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se: 
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
R: O recurso de apelação interposto por Carlos é parcialmente incorreta, tendo em vista que a decisão que resolveu o incidente de desconsideração da personalidade jurídica deveria ter sido impugnada por agravo de instrumento tornando-se assim preclusa, o que impede que seja agora sucitada como preliminar de apelação.
 b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
R: O juízo de admissibilidade é da competência do tribunal na forma do art. 1010 $ 3° do CPC, sendo vedado ao magistrado sentenciante qualquer análise a esse respeito.
Obs.: No agravo de instrumento o processo vai para o tribunal sem o contraditório pronto, por isso o art. 1019. E na apelação vai para a primeira instância pois já tem o contraditório, art. 1011 - aqui tem o inciso 5 no art. 1019 não.
Caso 05
Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso cabível é a apelação. Agiu adequadamente o Relator?
R: O relator agiu incorretamente pois a decisão que exclui litisconsorte é agravavél por instrumento na forma do art. 1015, VII, CPC
Caso 06
Marcia ingressou com uma ação de revisão de cláusulas contratuais em face da Editora Encanto no I Juizado Especial da Comarca de Salvador. Após a realização da audiência de instrução e julgamento o juiz proferiu sentença julgando procedente o pedido da autora. A ré opôs embargos de declaração, sob o argumento de que houve erro material e omissão no julgado, no prazo legal, sendo este rejeitado pelo julgador. Após a publicação da decisão que julgou os embargos a empresa embargante interpôs recurso inominado no prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo juiz por intempestividade, considerando a regra disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu adequadamente o juiz?
R: O magistrado errou ao inadmitir o recurso inominado, pois o art. 1065 CPC, atribuiu nova redação ao art. 50 da lei 9.099/95 que dispõe sobre os embargos de declaração para uniformiza-los aos processos do rito comum, atribuindo-lhes efeito interruptivo. Assim, publicada a decisão que resolve os aclaratorios a parte terá o prazo de 10 dias para interpor o recurso nominado.

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