Buscar

Direito das Sucessões

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 142 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 142 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 142 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito das Sucessões
Profa. Sandra 
e-mail: smurielz@hotmail.com
Sucessões em geral
O QUE É A SUCESSÃO? 
Suceder é substituir alguém em algum fenômeno jurídico. É verificada a sucessão quando há uma substituição no titular de um direito. 
A sucessão pode derivar de: 
A sucessão em virtude da morte, que nos interessa, possui fundamental importância para proteção e perpetuidade da família. Direitos e obrigações da pessoa falecida serão transferidos a seus herdeiros e legatários.
Atos entre vivos
Morte
DIREITO DAS SUCESSÕES
O Direito Sucessório é o ramo do Direito que trata da transferência de bens, direitos e obrigações em virtude da morte. 
Aquele que falece e deixa um patrimônio é chamado de autor da herança (de cujus), enquanto que aqueles que estão aptos a receber esse patrimônio são herdeiros ou legatários. 
A sucessão pode ocorrer de duas maneiras no ordenamento jurídico brasileiro: pelo que determina a lei (sucessão legítima) ou pelo que determina o próprio falecido, por meio de testamento (sucessão testamentária). 
A herança, ou legado, tem uma importante função para a sociedade: protege os entes queridos do falecido, principalmente a família, e incentiva o trabalho e a economia, de maneira que os que recebem um patrimônio devem zelar por ele.
Direito das sucessões
O Estado também possui o interesse de que um patrimônio não fique sem propriedade, o que notoriamente lhe causaria prejuízos. Assim prevê o inciso XXX do art. 5º da Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:
	[...]
	XXX — é garantido o direito de herança
Da morte
A sucessão por morte pode ocorrer em três hipóteses: 
por morte biológica; 
por morte presumida; 
por morte presumida em virtude de ausência.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
Da morte
Via de regra, a morte é biológica, com a verificação de um cadáver e consequente registro da certidão de óbito.
A morte presumida, quando não há cadáver, pode ser decretada em virtude de uma ausência prolongada do indivíduo, quando não se sabe nada a seu respeito., ou nas hipóteses do art. 7º, CC/ 2002. 
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I — se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II — se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente 
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo 
a sentença fixar a data provável do falecimento. 
Sucessão provisória e definitiva
Nos termos do art. 6º do Código Civil, “[...] a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”.
O Código Civil disciplina os procedimentos necessários por meio da chamada sucessão provisória e da consequente sucessão definitiva (arts. 26 e seguintes do Código Civil). Para isso, a primeira etapa é a curadoria dos bens do ausente, nos termos do art. 22:
	Art. 22 Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver 	deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 	requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e 	nomear-lhe-á curador. 
A curadoria dos bens do ausente, além de preparar a sucessão, consiste em um procedimento de preservação para que os bens deixados não se deteriorem e para que os dependentes do ausente não passem por necessidades em virtude do seu desaparecimento.
9
MODALIDADE DE SUCESSÃO
A sucessão legítima é aquela determinada pela lei, quando o falecido não deixa testamento. Quando há testamento, na maioria das situações, há o resguardo da sucessão legítima. 
A sucessão testamentária é aquela que se dá em obediência à vontade do falecido, pelo testament. 
HERDEIROS LEGÍTIMOS X TESTAMENTÁRIOS
Herdeiro é o destinatário de uma herança.
O herdeiro legítimo, que possui essa condição em razão de ordem sucessória, existem independentemente de a pessoa falecida ter deixado ou não um testamento. Decorrem de determinação legal e dividem-se em herdeiros necessários (descendentes, ascendentes, cônjuge/companheiro) e facultativos (colaterais até 4º grau).
Os herdeiros necessários são aqueles que têm direito a parte legítima da herança: os descendentes (filho, neto, bisneto) os ascendentes (pai, avô, bisavô) e o cônjuge
O herdeiro testamentário, que pode ser a título universal ou singular, sendo este último chamado de legatário.
Herdeiros necessários – garantia 50% dos bens
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. 
Somente os herdeiros necessários têm garantido 50% dos bens do de cujus, isto é, o testador somente pode dispor de, no máximo, 50% de seus bens a outras pessoas que não sejam os herdeiros necessários. 
Sucessão legítima
Na sucessão legítima tratamos da vocação hereditária, na qual os herdeiros legítimos são distribuídos em classes preferenciais, previstas no art. 1.829 do Código Civil:
Art. 1.829 A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I — aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; 
II — aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III — ao cônjuge sobrevivente; 
IV — aos colaterais
Sucessão legítima
Na sucessão legítima, os descendentes do falecido (primeira ordem) terão preferência, concorrendo com o cônjuge. 
O cônjuge só não concorrerá com os filhos, netos, bisnetos e tantos quantos descendentes existirem se o regime de casamento for o da comunhão universal ou da separação obrigatória de bens. 
Ainda, o cônjuge não concorrerá com os filhos se, casado sob o regime da comunhão parcial, o falecido não tiver deixado bens particulares, que consistem naqueles adquiridos antes do casamento ou recebidos por herança. 
Caso o falecido tenha deixado bens particulares, cônjuge e descendentes concorrerão como herdeiros apenas sobre esses bens. 
A segunda ordem de herdeiros, na ausência de descendentes, serão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge. Pais, avós, bisavós e tantos quantos ascendentes existirem concorrerão com o cônjuge. 
SUCESSÃO LEGÍTIMA
É importante destacar que a sucessão se dá por grau e ordem. Por exemplo: falecido um avô, o filho herda. O neto só herdará na ausência do filho e assim sucessivamente. 
Na ausência de descendentes, para os ascendentes, essa lógica também é válida: falecido um filho, os pais herdam. Os avós só herdarão na ausência dos pais e assim sucessivamente. 
SUCESSÃO LEGÍTIMA
A terceira ordem de herdeiros refere-se ao cônjuge, quando não há descendentes ou ascendentes; 
E a quarta ordem trata dos colaterais, na ausência de descendentes, ascendentes ou cônjuge para suceder. Como colaterais, são considerados os irmãos, sobrinhos, tios e primos, nessa sequência. Os mais próximos excluem os remotos, exceto os sobrinhos, que têm o direito de representar os irmãos do falecido.
Sucessão testamentária
O testamento é a declaração de última vontade deixada pelo falecido, podendo ser realizado somente por ele, com a possibilidade de alteração em qualquer tempo durante sua vida, sobre a disposição dos seus bens e direitos para depois da sua morte. 
Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode receber bens por testamento, assim como o nascituro e, inclusive, filhos ainda não concebidos, desde que de pais vivos no momento do testamento.
São três as formas de testamentoprevistas pela legislação, nos termos do art. 1.862 do Código Civil: 
público;
cerrado;
particular
Há também os testamentos especiais, cada um com características e pro-
cedimentos específicos, quais sejam: 
Marítimo;
Aeronáutico;
Militar
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC
Capacidade do testador
Na sucessão testamentária, a legislação preocupa-se, sobretudo, com a capacidade do testador. 
No momento da elaboração do testamento, o testador deve possuir total entendimento do ato que está praticando e do seu alcance. 
Da mesma forma, se, ao testar, o indivíduo era capaz e, ao morrer, já não contava com plenas faculdades mentais, o testamento ainda assim é válido; ao contrário, se o testador realizou o ato sem discernimento legal e, ao morrer, era plenamente capaz de fato e de direito, o testamento continua inválido.
Capacidade do testador
Art. 1.860 Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento. 
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Art. 1.861 A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade
Objeto da sucessão hereditária
O objeto da sucessão por morte é o que conhecemos por herança. A herança 
não pode ser confundida com legado.
A herança é o conjunto de direitos e obrigações transmitidos a um herdeiro, em razão da morte do instituidor, chamado de autor da herança. 
Aqui, surge outro termo comum quando se trata do Direito Sucessório: o espólio. 
O espólio é a massa patrimonial que permanece indivisível até a atribuição dos quinhões hereditários aos respectivos herdeiros. 
“Art. 1.791 A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros”
Assim, a compreensão de herança abrange uma universalidade. O herdeiro recebe a herança na sua totalidade ou apenas uma fração dela, sem a determinação de bens, o que ocorrerá apenas com a partilha.
Objetos da sucessão hereditária
Ao mesmo tempo em que transmitem bens, direitos e obrigações, alguns, em virtude da sua natureza personalíssima, extinguem-se com a morte. 
São exemplos: os direitos políticos, o usufruto e os direitos de personalidade, embora estes contem com proteção legal específica no que se refere à ofensa aos mortos, tendo em vista que esta pode atingir os familiares, fazendo-os serem legitimados para defender a pessoa falecida.
Seguro de vida
“Art. 794 No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos de direito”
O seguro de vida ou de acidentes pessoais, quando contratado, exige a estipulação 
de beneficiários, que não se confundem com herdeiros sob o aspecto legal. 
Embora os prêmios dos seguros sejam geralmente deixados para familiares, que, pela lei, são herdeiros, não se trata de herança, sendo recebidos, inclusive, por procedimento diverso do que se desenvolve para o recebimento da herança.
Posso deixar seguro de vida para a/o amante? 
Não, segundo entendimento do STJ, por expressa vedação, arts. 550 e 793, CC/ 2002. 
Princípio de saisine
O vocábulo saisine, numa tradução vulgar, a significar “posse de bens”.
O instituto em questão, droit de saisine, é uma ficção jurídica que determina a passagem do patrimônio sucessível do falecido para seus herdeiros legítimos e testamentários, automaticamente, sem a exigência de qualquer ato por parte desses e até se os mesmos desconhecerem o evento morte ocorrido com o transmissor.
Não há patrimônio sem titularidade, por isso, no mesmo momento da morte do autor da herança, o conjunto de bens e direitos deixados transfere-se automaticamente, na esfera da ficção jurídica, aos herdeiros legítimos ou testamentários, que possuem o direito à posse da herança. Não se trata ainda de transmissão da propriedade, mas da posse.
desafio
Maristela é servidora pública, viúva, tem dois filhos já adultos e está desaparecida há quatro anos. Proprietária de um grande acervo patrimonial, seus bens estão correndo risco de deterioração e desvalorização comercial, o que preocupa muito os seus filhos.
Aflitos com essa situação, eles procuram por você, advogado especialista em Direito Sucessório, a fim de buscar orientações sobre como proceder nessa situação.
Os filhos de Maristela podem receber os bens como herança, mesmo sem a morte efetiva da mãe? Se sim, como?
Resposta: Sim. O Direito brasileiro admite três espécies de morte: a morte biológica, a morte presumida sem decretação de ausência e a morte presumida em virtude de ausência.
No caso de Maristela, deve ser providenciada a declaração judicial de ausência e a consequente curadoria de seus bens, situação na qual os filhos poderão gerir e preservar o patrimônio da mãe como curadores. Um ano depois dessa providência, nos termos do artigo 26 do Código Civil, será aberta a sucessão provisória e, dez anos depois da sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderá ser aberta a sucessão definitiva, quando então os filhos serão habilitados como herdeiros e receberão o patrimônio deixado por Maristela como herança.
Dica do professor
Decisão do STF em maio de 2017, declarando inconstitucional o art. 1790, CC, (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
Equiparação cônjuges e companheiros para fins sucessórios. 
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: 
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
leituras COMPLEMENTARES
Planejamento sucessório e a estruturação do patrimônio em holding familiar: https://www.conjur.com.br/2018-mai-15/moises-oliveira-planejamento-sucessorio-holding-familiar
Metaverso e herança digital: https://www.conjur.com.br/2022-jul-07/barbosae-ferreira-metaverso-heranca-digital
Do momento, lugar e objeto da abertura da sucessão
ABERTURA DA SUCESSÃO
A sucessão hereditária — entendida como a transmissão de bens, direitos e obrigações — ocorre com a verificação da morte. Como fato jurídico, a morte apresenta diversas consequências, para isso, é importante a determinação do momento exato em que ocorreu.
A Lei nº. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, conhecida como Lei de Registros Públicos, regulamenta a emissão da certidão de óbito, que é o documento oficial que comprova o falecimento, decorrendo dessa certidão os efeitos civis da morte.
Uma das informações essenciais que devem estar contidas na certidão de óbito é o momento da morte, com indicação de data e hora. A partir desse momento, nos termos do art. 1.784 do Código Civil, a posse da herança é transmitida aos seus herdeiros. 
COMORÊNCIA
Nos termos do art. 8º do Código Civil: “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”.
Por comoriência, então, entendemos a morte simultânea de duas ou mais pessoas, independentemente do local. Essa situação reflete diretamente no Direito Sucessório. 
Se faleceu primeiro o marido, transmitiu a herança à mulher; se ambos não tivessem descendentes ou ascendentes, e a mulher falecesse depois, a herança iria para os herdeiros dela, ou seja, seus colaterais. O oposto ocorreria se provasse que a mulher falecera antes. Tal situação pode ocorrer em casos de catástrofes, acidentes ou mesmo por coincidência.
INVENTÁRIO - PRAZO
Art. 611, CPC: O processo de inventário e de partilha deveser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte. 
No estado de Santa Catarina a multa é de 20%,conforme art. 13, inciso I, alínea a da Lei 13.136/2004.
Sobre o prazo para abertura do processo de inventário, é importante destacar a Súmula nº. 542 do Supremo Tribunal Federal (STF): “Não é inconstitucional a multa instituída pelo Estado-membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário”
Inventário - procedimento
De acordo com a legislação, o procedimento de inventário pode ser judicial ou extrajudicial, sendo processado em tabelionato de notas nesta última hipótese.
Para que possa ser desenvolvido extrajudicialmente, é necessário que não haja divergência entre os herdeiros (consensual) e que nenhum deles seja incapaz. Em qualquer outra situação, o inventário deverá ser judicial.
Lugar da abertura da sucessão
Sobre o lugar em que deve ocorrer a abertura da sucessão, o art. 1.785 do Código Civil prevê o seguinte: “A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido”. 
Nesse sentido, o art. 48 do CPC de 2015 dispõe:
Art. 48 O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I — o foro de situação dos bens imóveis; 
II — havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III — não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do 
espólio 
Lugar da abertura da sucessão
Em regra, a competência do juiz do último domicílio do falecido é absoluta, não só porque o falecido estava nessa jurisdição no momento em que a herança foi transmitida aos seus herdeiros, mas também porque é o mais bem estruturado para solucionar todas as demandas relativas à sucessão, considerando a unicidade da liquidação, tendo em vista que a dispersão da herança seria prejudicial aos interesses dos herdeiros.
ATENÇÃO: O inventário extrajudicial pode ser feito em qualquer cartório de notas, independentemente do domicílio das partes, do local de situação dos bens ou do local do óbito do falecido.
Lugar da abertura da sucessão
A sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil também merece considerações quanto ao local da abertura da sucessão. De acordo com o art. 10, § 1º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:
Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
A norma claramente protege os interesses do cônjuge e dos descendentes brasileiros, de maneira que a ordem de sucessão estabelecida pelo art. 1.829 do Código Civil pode até mesmo ser alterada. 
Essa hipótese pode ser verificada considerando a possibilidade de que, se há bens de estrangeiro casado com brasileira ou com filhos brasileiros, a lei nacional do falecido pode ser mais vantajosa a eles do que seria a brasileira, resultando, assim, na alteração da ordem sucessória.
Capacidade e incapacidade para suceder
A capacidade para suceder se refere à aptidão para se tornar herdeiro ou legatário. Essa condição é verificada no momento da morte e pressupõe uma capacidade geral para suceder em todos os direitos e obrigações. 
Nos termos do art. 1.798 do Código Civil: “Legitimam-se a suceder as pessoas 
nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão”.
Percebemos que o nascituro possui legitimidade para ser herdeiro.
O nascituro é o feto já concebido, com expectativa de nascimento com vida, mas a quem não se confere personalidade. Trata-se de uma proteção especial da legislação para que sejam resguardados os interesses de quem se espera que venha à vida. O 
Código Civil estabelece algumas situações nas quais se reconhece a existência de um direito potencial ao ente concebido, como, por exemplo, além da sua condição de herdeiro, a possibilidade de ser donatário e a garantia de alimentos.
Capacidade e incapacidade para suceder
Art. 1.799, CC: Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: 
I — os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; 
II — as pessoas jurídicas; 
III — as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação
O art. 1.799 se refere apenas à sucessão testamentária, de maneira que as pessoas ali referidas não são legítimas para a sucessão legal. 
No caso de herdeiros ainda não concebidos, os bens da herança serão confiados a um curador nomeado pelo juiz. 
Se após 2 anos da abertura da sucessão não nascer o herdeiro esperado, os bens caberão aos herdeiros legítimos, salvo disposição contrária expressa do testador nesse sentido, nos termos do art. 1.800 do Código Civil.
Capacidade e incapacidade para suceder
Como regra, todos possuem capacidade para suceder. 
No entanto, algumas pessoas não podem ser herdeiras ou legatárias, conforme elencado no art. 1.801 do Código Civil:
Art. 1.801 Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários: 
I — a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos; 
II — as testemunhas do testamento; 
III — o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos; 
IV — o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento. 
Incapacidade por indignidade
A vocação hereditária pressupõe uma relação afetiva, de maneira que, se o sucessor praticar atos indignos relativos à essa afetividade, tornar-se-á indigno de 
receber a herança a ele destinada. 
A indignidade não é automática: o indigno só será afastado da sucessão mediante uma sentença judicial. A indignidade pode ser afastada se houver perdão do ofendido. Nesse caso, deve haver um ato autêntico que expresse esse perdão ou reabilitação do indigno em testamento, nos termos do art. 1.818 do Código Civil
São hipóteses nas quais pode ser alegada a indignidade:
Art. 1.814 São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I — que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II — que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III — que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Indignidade x deserdação 
A indignidade torna o herdeiro incapaz para suceder e deve ser determinada por uma sentença judicial e decorre de um atentado contra a moral e a ética protegidas pelo Direito brasileiro, consistindo em um juízo de reprovação em função da gravidade dos atos praticados contra o autor da herança, nos termos do Art. 1.814 do Código Civil.
Não devemos confundir deserdação com indignidade. O deserdado recebe essa 
condição por vontade expressa do testador, enquanto o indigno somente pode ser assim considerado se houver sentença judicial que o desqualifique como herdeiro. 
DICAS DE LEITURAS 
Inventário extrajudicial: aspectos práticos: http://genjuridico.com.br/2020/11/30/inventario-extrajudicial-aspectos-praticos/
Indignidade sucessória: https://jus.com.br/artigos/52254/indignidade-sucessoriaLei da época da abertura da sucessão rege direito de herdeiros: https://www.conjur.com.br/2014-abr-06/lei-epoca-abertura-sucessao-rege-direito-herdeiros-decide-stf
Desafio
Ana, Marcos e Amadeu são herdeiros de Josefa, falecida há um ano, que deixou dois imóveis e valores em dinheiro como herança. ​​​​​​​
Devido à sua preocupação, Ana procura você, que é funcionário do tabelionato da cidade onde mora para saber: o inventário de Josefa poderá ser feito no tabelionato? Em que prazo?
resposta
O inventário pode ser feito judicial ou extrajudicialmente. No entanto, para que seja processado no tabelionato, é necessário que os herdeiros sejam capazes e estejam de acordo quanto à partilha de bens, o que não se verifica no caso de Ana, Marcos e Amadeu. Nessa situação, o inventário deve ser processado judicialmente.
O Código de Processo Civil prevê que o inventário deve ser providenciado dentro de dois meses contados do falecimento, podendo este prazo ser prorrogado pelo juiz. 
É de se considerar, também, que os estados podem estipular multa como sanção para o atraso dessa providência, conforme a súmula 542 do Supremo Tribunal Federal.
Modalidades de testamento, disposições testamentárias e codicilo
TESTAMENTO
O art. 1.857, combinado com o 1.858, CC, permite a construção de um conceito, qual seja: o de que testamento é um ato personalíssimo, mutável e revogável a qualquer tempo, por meio do qual qualquer pessoa capaz dispõe dos seus bens ou de parte deles para depois de sua morte, excluída a legítima dos herdeiros.
Os principais elementos presentes nesse conceito são: 	
capacidade do autor; 
mutabilidade e revogabilidade do ato; 
disposição de bens; 
proteção da legítima.
TESTAMENTO
O testamento é a disposição de última vontade que pode assumir diferentes formas, sendo o testamento público o mais comum e a única forma testamentária permitida aos analfabetos e cegos. 
É possível também a realização de um codicilo, que é um ato simplificado, para dispor sobre bens de pequeno valor, não podendo dispor sobre reconhecimento de paternidade e instituição de herdeiros, por exemplo.
Se o indivíduo realizar um codicilo e um testamento, este último ato deverá ratificar o primeiro, sob pena de revogá-lo.
Com a abertura de um testamento, podem ser verificadas situações que resultem no direito de acrescer e na substituição testamentária, que são formas de adequar o testamento deixado quando da impossibilidade de um herdeiro ou legatário receber o patrimônio destinado a ele.
Capacidade para testar
A capacidade da pessoa é condição para validade de todos os atos de sua vida civil, inclusive, um dos meios de contestação e pedidos de anulação de testamentos é justamente a alegação de incapacidade civil do autor, que deverá ser comprovada a fim de que surtam os efeitos pretendidos
O Código Civil prevê que a capacidade de testar é de toda pessoa física de direito natural, maior de 16 anos, não declarada incapaz pela lei e que esteja em pleno discernimento no momento do testamento. 
Para o surdo-mudo poder testar, é necessário que ele seja alfabetizado, sabendo exprimir sua vontade.
Mutabilidade/ revogabilidade
A revogabilidade do ato, prevista no art. 1.858 do Código Civil, não se refere à revogação pós-morte do autor, mas sim a essa possibilidade quando ainda em vida. 
Um testamento pode ser alterado quantas vezes o autor assim pretenda. 
Da mesma maneira, é livre a revogação da disposição dos bens, sem que seja necessária qualquer justificativa, uma vez que seus termos só se aplicam após a morte do autor.
Disposição de bens
Uma característica típica do testamento é a possibilidade de dispor de parte dos bens e que dá origem ao legado, negócio jurídico que só é possível em razão da existência de um testamento;
LIMITAÇÃO: Na presença dos herdeiros necessários, o testador só pode dispor de cinquenta por cento do seu patrimônio, ou seja, disponibilizar da forma que preferir apenas metade de seus bens, seja para os próprios herdeiros ou para algum terceiro.
“Legado [...] é um bem determinado, ou vários bens determinados, especificados no monte hereditário. O legatário sucede a título singular, em semelhança ao que ocorre na sucessão singular entre vivos”. Venosa (2006, p. 8)
MODALIDADES DE TESTAMENTO
São três as formas de testamento previstas pela legislação, nos termos do art. 1.862 do Código Civil: 
Público (arts. 1864 a 1867, CC), 
Cerrado (arts. 1868 a 1875, CC) e
Particular (arts. 1876 a 1880, CC)
Testamento público
O testamento público é a espécie mais adotada no Brasil. É lavrado em língua nacional e é a única forma testamentária permitida aos analfabetos e cegos. 
Art. 1.864 São requisitos essenciais do testamento público:
I — ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, 
notas ou apontamentos;
II — lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial;
III — ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma.
Testamento público
Vantagens: as vantagens que se percebem nesta forma testamentária são atinentes à efetividade: a experiência e especialização do tabelião, fará com que se lavre instrumento que, via de regra, apresentar-se-á isento de vícios e capaz, portanto, de gerar os efeitos pretendidos pelo testador.
Testamento cerrado 
O testamento cerrado — revestido de diversas formalidades, como ser cerrado e costurado — efetivamente caracteriza-se por ser sigiloso, de forma que apenas o testador ou a pessoa que redigiu o testamento a seu pedido conhecerão o seu 
conteúdo. 
Ainda, o testador leva consigo o testamento feito, assim, quando do seu falecimento, o documento será apresentado ao juiz. O surdo-mudo poderá testar nessa modalidade, seguindo as formalidades previstas no art. 1.873 do Código Civil: 
Art. 1.873 Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão, e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede 
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC
Testamento particular
O testamento particular poderá ser escrito de próprio punho ou mecanicamente. Se escrito de próprio punho, são requisitos de validade que seja lido e assinado por quem o escreveu, na presença de, pelo menos, três testemunhas, que o devem subscrever. 
Essa modalidade de testamento poderá ser realizada em língua estrangeira, desde que as testemunhas a compreendam.
Se escrito mecanicamente, os requisitos de validade são:
a inexistência de rasuras ou espaços em branco;
a assinatura do testador, depois de lido na presença de, pelo menos, três testemunhas;
a subscrição dessas testemunhas. 
Julgado testamento particular
Embora os tribunais tenham posicionamentos flexíveis em relação às formalidades exigidas no Código Civil, a assinatura não é uma delas, vejamos: 
TESTAMENTO PARTICULAR. Pedido de confirmação. Testador que não assinou o testamento. Só teve sua digital colhida no leito hospitalar. Tão pouco procedeu à leitura do documento perante as testemunhas. Prova dos autos que corrobora a não observância dos requisitos previstos no artigo 1.876, parágrafo 2º, do Código Civil. Sentença, que nega confirmação ao testamento, mantida. Apelação não provida. (Apelação Cível nº 0000283-48.2008.8.26.0582, Relator(a): Roberto Maia; Comarca: São Miguel Arcanjo; Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 30/7/2013; Data de registro:2/8/2013) (BRASIL, 2013, documento on-line).
Testamento particular
O testamento particular, em virtude da maior sujeição a fraudes, deve considerar, no mínimo, o cumprimento à formalidade de assinatura e testemunhas para a garantia de sua execução posterior. 
Processualmente, a opção por quaisquer das modalidades ordinárias de testamento acarretará procedimentos diferenciados por parte do juiz no momento da abertura e dos efeitos dispositivos.
Testamento cpc
O art. 735 do Código de Processo Civil de 2015, que regula o processo para testamento cerrado, dispõe que, lavrado o termo de abertura, juntamente com as devidas provas e comprovações e não havendo dúvidas ou suspeitas, ouvido o Ministério Público, o procedimento deve ser registrar, arquivar e cumprir os termos do testamento.
Quando o testamento for público, o art. 736 do CPC de 2015, dispõe que qualquer interessado que apresente o traslado ou sua certidão poderá exigir do juiz o cumprimento imediato dos seus termos, cumprindo-se, no que couber, as formalidades aplicáveis ao testamento cerrado. 
No caso do testamento particular, aos procedimentos processuais, acrescenta-se a garantia do contraditório aos herdeiros que não tiverem requerido a abertura do testamento, objetivando garantir que não haja prejuízo a herdeiros necessários
Testamento vital
Modalidade testamentária amplamente debatida no Brasil nos últimos anos, também conhecida por testamento em vida. 
Esse tipo de testamento consiste no documento em que a pessoa determina, de forma escrita, que tipo de tratamento ou não deseja para a ocasião em que estiver doente, em estado terminal ou seja incapaz de manifestar sua 
vontade. 
Para Flávio Tartuce (2017, p. 415), “[...] o conteúdo do que se denomina testamento vital ou biológico visa, assim, a proteger a dignidade do paciente terminal, dentro da ideia do binômio beneficência/não maleficência, [...] mais do que isso, há uma proteção indireta da dignidade dos familiares do paciente terminal, que também sofrem com todos os males e as dores pelas quais passa a pessoa amada e querida”.
Testamento vital
O testamento vital ainda não é legislado no Brasil, mas isso não impede que seja realizado. 
Essa possibilidade passou a ser permitida com a Resolução nº. 1.995/2012, do Conselho Federal de Medicina (CFM), a fim de disciplinar conduta ética do médico em relação ao paciente. 
TESTAMENTO VITAL
ASSISTA:
https://fucap.grupoa.education/sagah/object/view-object/5f1bb6dfe64f7c00119ec65d?lessonid=3022216
LEIA: Distorções acerca do testamento vital no Brasil (ou o porquê é necessário falar sobre uma declaração prévia de vontade do paciente terminal)
https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1886-58872013000200006
Testamentos especiais
Arts. 1886 a 1896, CC/ 2002)
Há também os testamentos especiais, cada um com características e procedimentos específicos:
marítimo; 
aeronáutico;
militar. 
Dica de leitura: Dos Testamentos Especiais https://jus.com.br/artigos/34620/dos-testamentos-especiais
Regras para interpretação 
Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações dife-
rentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do 
testador (art. 1.899 do Código Civil);
Algumas cláusulas inseridas no testamento são consideradas nulas de 
pleno direito, por incompatibilidade com o ato de última vontade, por 
diversas razões (1.900 do Código Civil);
São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo 
ou coação (art. 1.909 do Código Civil).
codicilo
O codicilo é um ato simplificado de última vontade para dispor sobre bens de pequeno valor. 
Art. 1.881 Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou joias, de pouco valor, de seu uso pessoal.
Art. 1.882 Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de terceiro, valerão como codicilos, deixe ou não testamento o autor.
Art. 1.883 Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros
Art. 1.884 Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não confirmar ou modificar.
Art. 1.885 Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado 
codicilo
Por meio desse instrumento, o autor poderá determinar as disposições específicas 
sobre seu enterro e a destinação de pequenos valores, ou ainda legar roupas, móveis e joias de pouco valor de seu uso pessoal. 
Também é possível substituir testamenteiros ou perdoar herdeiros indignos por meio de codicilo, que, quando for apresentado cerrado, deverá ter sua abertura na mesma oportunidade da abertura do testamento.
Um aspecto relevante presente no conceito de codicilo é a valoração dos bens por ele destinado. A pequena valia destes é uma análise subjetiva que deve ser feita considerando o montante total do patrimônio do autor, portanto, não há como estabelecer uma regra ou critério para tal.
A coexistência de um codicilo e de um testamento é possível, desde que os objetos não coincidam, pois, caso haja disposições divergentes sobre o mesmo objeto, prevalecerá o testamento. 
No caso de testamento posterior ao codicilo, este será revogado caso não haja confirmação ou modificação de suas disposições no teor do testamento, conforme dispõe o art. 1.884 do Código Civil.
PODE
Poderá servir para disposições não patrimoniais que podem constar dos testamentos, como nomeação de testamenteiros, tutores, curadores, perdão do indigno, entre outras funções nesse sentido.
Pode ser feito sob a forma 
de carta enviada para a guarda de terceiro
Pode ser revogado por outro codicilo ou por um testamento.
NÃO PODE
MAS É MEIO INIDÔNEO reconhecer filhos ou efetuar deserdações, e não comporta legados de valor ponderável.
CODICILO
ATENÇÃO: Se houver um testamento posterior ao codicilo, o testamento deverá necessariamente ratificar o codicilo, caso contrário, será considerado revogado.
CODICILO
FORMA ÚNICA, ESCRITO PARTICULAR, DATADO E ASSINADO;
PARA BENS DE PEQUENO VALOR (NÃO INCLUI IMÓVEIS);
PODE NOMEAR TESTAMENTEIROS, TUTORES, CURADORES, PERDOAR O INDIGNO, MAS NÃO PODE RECONHECER FILHOS E DESERDAR;
PODE SER REVOGADO POR OUTRO CODICILO OU TESTAMENTO.
TESTAMENTO
POSSUI DIVERSAS FORMAS;
ABRANGE TODO O PATRIMÔNIO DO TESTADOR (LIMITAÇÃO 50% - HERDEIROS NECESSÁRIO);
PODE SER UTILIZADO PARA RECONHECER FILHOS E DESERDAR;
SÓ PODE SER REVOGADO POR OUTRO TESTAMENTO.
legado
Uma característica típica do testamento é a possibilidade de dispor de parte dos bens e que dá origem ao legado, negócio jurídico que só é possível em razão da existência de um testamento.
“Legado [...] é um bem determinado, ou vários bens determinados, especificados no monte hereditário. O legatário sucede a título singular, em semelhança ao que ocorre na sucessão singular entre vivos”. (Venosa, 2006, p.8)
Possibilidade de extinção do direito legado 
Art. 1.939. Caducará o legado:
I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía;
II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador;
III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento;
IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815;
V - se o legatário falecer antes do testador.
Exemplos: https://fucap.grupoa.education/sagah/object/view-object/5f1b83e0d6f29e0012401099?lessonid=3022212
Direito de representação
Na sucessão legítima, a herança poderá ser transmitida por direito próprio ou por representação.
A primeira hipótese de sucessão é que,existindo alguém em uma classe de herdeiros, excluem-se as classes subsequentes, configurando a sucessão por direito próprio. Assim, na regra geral, existindo filhos do morto, são eles os chamados, não sendo chamados os netos (o grau mais próximo exclui o mais remoto).
Na linha descendente, pode ocorrer que sejam chamados a suceder alguns netos, junto com filhos do falecido. É o chamado direito de representação, previsto no art. 1.851 do Código Civil: “Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse”. 
No quinhão destinado ao herdeiro que não pode receber o patrimônio devido na sucessão legítima é destinado a outros herdeiros.
Direito de acrescer substituição testamentária
Na sucessão testamentária, por sua vez, pode acontecer situação semelhante, chamada de direito de acrescer. 
Assim prevê o art. 1.941 do Código Civil: “Quando vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à herança em quinhões não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o direito do substituto” 
Direito de acrescer substituição testamentária
O direito de acrescer não será verificado nas seguintes situações:
se a distribuição ocorrer em partes ou quinhões, tendo o testador designado a cota de cada um. Nessa situação, o quinhão vago será destinado aos herdeiros legítimos;
se o testamento for anulado, revogado ou caducado;
se o testador previu a hipótese de substituição e indicou o substituto ao herdeiro
Substituição testamentária
Esta última situação, onde testador previu a hipótese de substituição e indicou o substituto ao herdeiro, se refere ao instituto da substituição testamentária.
O ordenamento jurídico brasileiro reconhece três espécies de substituição testamentária: a vulgar, a recíproca e o fideicomisso.
VULGAR: A substituição vulgar se refere à hipótese de que, se um herdeiro ou legatário não puder ou não quiser receber o patrimônio a ele destinado em testamento, será designada outra pessoa para substituí-lo. Essa substituição deverá ser expressa pelo testador, não sendo automática a transmissão do patrimônio 
para qualquer outra pessoa, nem mesmo seus descendentes.
RECÍPROCA: Diz respeito à situação na qual o testador designa uma pluralidade 
de herdeiros ou legatários e estabelece que eles reciprocamente se substituam.
Ler artigos 1947 e 1948, CC
77
Substituição testamentária
FIDEICOMISSO: não há propriamente uma substituição. Existe uma disposição testamentária complexa por meio da qual o testador institui alguém, por certo tempo ou condição, ou até sua morte, seu herdeiro ou legatário, o qual recebe bens em propriedade resolúvel, denominado fiduciário, para que, com o implemento da condição, advento do termo ou de sua morte, passe os bens a outro nomeado, o fideicomissário
São, três os personagens do fideicomisso: o testador, chamado de fideicomitente; a pessoa escolhida por ele para conservar em benefício de outrem a herança ou legado, a quem se chama fiduciário; e o beneficiário final ou fideicomissário.
O fideicomisso é permitido apenas em favor dos não concebidos ao tempo 
da morte do testador e para parentesco até segundo grau. 
De acordo com o parágrafo único do art. 1.953 do Código Civil, se, ao tempo da abertura da sucessão, o fideicomissário já tiver nascido, este adquirirá a nua propriedade do bem, de forma que o direito do fiduciário será convertido em usufruto
Substituição testamentária
ATENÇÃO! O fideicomisso pode ser estipulado também por ato entre vivos, no Direito Obrigacional. É importante salientar, no entanto, que se trata de instituto típico do Direito Testamentário, do qual se originou.
É importante destacar que, no fideicomisso, há uma transmissão concomitante e 
sucessiva a duas pessoas: fiduciário e fideicomissário; ambos são sucessores do testador e gozarão dos poderes inerentes à propriedade, cada um por si e em épocas distintas. 
Exemplo ava
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/0a6c16e3-cf4f-434d-83b1-05299148481a/index.html
DESAFIO 
Otávio deixou um testamento dispondo seu patrimônio da seguinte maneira: 
50% para Carla, com quem era casado em regime de comunhão parcial de bens, 30% para Rodrigo e 10% para Madalena, seus filhos, e ainda 10% para a empresa Raio X, onde trabalhava. 
Além desses herdeiros, ninguém mais foi mencionado nas disposições testamentárias de Otávio. Ocorre que, com a abertura da sucessão, Rodrigo declarou que não tem interesse na herança. 
Sendo assim, Carla procurou você, advogado, para obter informações sobre o que seria do patrimônio então destinado a Rodrigo. 
Considerando as disposições legais sobre o tema, como você orientaria Carla?
RESPOSTA
Otávio poderia ter previsto em seu testamento a possibilidade de que algum herdeiro não quisesse ou não pudesse receber seu quinhão, hipótese na qual ele poderia ter instituído um substituto, de acordo com o instituto da substituição testamentária.
Uma vez não tendo sido designado outro herdeiro, a quota destinada a Rodrigo (agora vaga) deverá ser repartida igualmente entre os herdeiros legítimos do falecido, ou seja, a esposa e os filhos, nos termos do artigo 1944 do Código Civil.​​​​​​​
Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a quota vaga do nomeado.
82
DICAS DE LEITURA
Das formas de testamento no Código Civil brasileiro
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/das-formas-de-testamento-no-codigo-civil-brasileiro/
STJ: Testamento escrito de próprio punho não é reconhecido por falta de testemunhas
https://www.migalhas.com.br/quentes/268843/stj--testamento-escrito-de-proprio-punho-nao-e-reconhecido-por-falta-de-testemunhas
Como fazer um testamento?
https://www.youtube.com/embed/LKr2CzbjR1U
Bem de família
Lei 8.009/ 1990 + CC/ 2002
conceito
85
O bem de família é o imóvel e o conjunto de bens móveis que compõem o ambiente de desenvolvimento da pessoa humana no seio familiar, ou seja, corresponde ao abrigo do cidadão brasileiro e, portanto, é protegido no ordenamento jurídico brasileiro pelo Código Civil de 2002 e pela Lei 8.009/90.
É um instituto reconhecido pelo ordenamento jurídico 
como uma proteção à moradia e à dignidade da pessoa humana, ou 
mesmo à sua vida. 
O bem de família é o imóvel no qual reside o núcleo familiar, constituindo 
o abrigo em que as relações cotidianas entre os parentes se desenvolvem, e 
é o local onde são criados, educados e desenvolvidos os seres humanos que 
compõem a sociedade após a sua maturidade, na condição de cidadãos.
Não é o bem imóvel que é tutelado, mas a proteção do seio familiar que o habita. 
É, portanto, uma proteção que não visa ao amparo daqueles que possuem em detrimento daqueles que nada possuem, mas a publicização do Direito de Família em detrimento das relações civis, na medida em que o Estado tutela os interesses familiares ao estatuir normas diretas para a defesa da unidade familiar, que não deve ser invadida por interesses externos
FIQUE ATENTO!!!
BEM DE FAMÍLIA LEGAL
	É a casa, a residência, ou moradia onde vive o núcleo familiar, que goza do benefício da impenhorabilidade, independentemente de sua inscrição no cartório de registro imobiliário. 
	A casa, além de asilo inviolável, integra o mínimo existencial ou “Patrimônio Mínimo” (expressão criada pelo jurista paranaense Luiz Edson Fachin), não pode ser retirada do núcleo familiar para pagamento de dívida. 
	O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas em lei.
BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL, VOLUNTÁRIO OU FACULTATIVO
	É a propriedade escolhida para sera residência e moradia da família e recebe a benesse da impenhorabilidade. 
	A entidade familiar opta por não obter a proteção prevista em lei, que é assegurado a todos, instituindo um bem de família de sua escolha, com conteúdo de proteção mais amplo que aquele. 
	Diferente do bem de família legal, que é reconhecido com o intuito de imunizar o patrimônio de penhora por dívida já constituída, o bem de família voluntário oferece proteção futura contra qualquer dívida. Ao instituir um bem de família voluntário é necessário observar a exigência trazida pelo Código Civil que limita a escolha do imóvel.
	tipos de bem de família
BEM DE FAMÍLIA LEGAL
Sob a égide da Lei nº. 8.009/1990, a proteção dos bens é imediata e ex lege, desde que incidam as hipóteses previstas no dispositivo, considerando-se a residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente (art. 5º). 
OBJETO DO BEM DE FAMÍLIA: Imóvel residencial urbano ou rural próprio do casal ou da entidade familiar e/ou móveis da residência, impenhoráveis por determinação legal;
LEI 8.009/ 1990
A impenhorabilidade conferida pela Lei não é absoluta, veja as exceções:
execução movida pelo titular de crédito decorrente de financiamento destinado à construção ou aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
credor de pensão alimentícia, ressalvados os direitos do coproprietário; 
cobrança de impostos predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
satisfação de hipoteca sobre o imóvel; 
Por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens; 
obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação;
Além dessas hipóteses, não se beneficia do disposto na Lei nº. 8.009/1990 aquele que, sabendo-se insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga (art. 4º).
créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias;
ADMINISTRAÇÃO 
“Salvo disposição em contrário do ato de instituição, a administração do bem de família compete a ambos os cônjuges, resolvendo o juiz em caso de divergência” (ART. 1720, CC/2002)
Falecendo os cônjuges, a administração passa ao filho mais velho, se maior. Se os filhos ainda forem menores de idade, nomeia-se tutor ao mais velho, que o representará ou assistirá na administração.
EXTINÇÃO
a requerimento dos interessados, salvo sub-rogação dos bens que o constituem por outros ouvidos o instituidor e o Ministério Público (art. 1.719); 
a pedido do cônjuge sobrevivente em caso de dissolução da sociedade 
conjugal pela morte do outro cônjuge (art. 1.721);
com a morte dos cônjuges e maioridade dos filhos, desde que não sejam sujeitos de curatela (art. 1.722).
FIADOR – IMÓVEL RESIDENCIAL OU IMÓVEL COMERCIAL
É constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja comercial, seja residencial. Essa foi a tese fixada, por 7 votos a 4, pelo Supremo Tribunal Federal em julgamento virtual encerrado nesta terça-feira (8/3/2022), sob o Tema 1.127 da repercussão geral.
RE 1.307.334
Clique para ler o voto de Alexandre
https://www.conjur.com.br/dl/alexandre-moraes-re-1307334.pdf
Clique  para ler o voto de Gilmar
https://www.conjur.com.br/dl/gilmar-mendes-re-1307334.pdf
Clique  para ler o voto de Fachin
https://www.conjur.com.br/dl/gilmar-mendes-re-1307334.pdf
Jurisprudência stf
ASSISTA: DICA DO PROFESSOR (EAD)
O bem de família é um instituto legal regido por duas legislações, sendo elas o Código Civil de 2002 e a Lei n.º 8.009/90, havendo discussões doutrinárias acerca de uma proteção mais adequada pela última em relação à primeira, apesar de se tratar de lei mais nova.
Nesta Dica do Professor, você vai analisar a extensão da proteção do bem de família nos dois diplomas, bem como os detalhes necessários para o registro do bem de família, de acordo com a Lei de Registros Públicos.
Papo jurídico - Bem de família
Neste vídeo, você vai conhecer as exceções à configuração do bem de família, a partir da discussão de precedente do STJ: https://www.youtube.com/embed/tq4AXmA6RXc
DA HERANÇA
DA JACÊNCIA E DA VACÂNCIA
artigos 1819 a 1823, CC/ 2002
Herança jacente é a hipótese de quando não há herdeiro certo e determinado, ou quando não se sabe da existência dele. 
Já a herança vacante ocorre quando a herança é devolvida à fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência.
DA JACÊNCIA E DA VACÂNCIA
O procedimento de jacência e vacância está disciplinado nos arts. 738 a 743 do Código de Processo Civil (CPC) de 2015, de maneira que as duas espécies estão intimamente vinculadas. 
Podemos afirmar que são quatro as fases que as envolvem: 
ETAPAS
ARRECADAÇÃO DOS BENS: nomeado curador que será responsável pela guarda e conservação do patrimônio.
PUBLICAÇÃO DO EDITAL – PROCURA DE HERDEIROS: juiz manda expedir edital, na internet, no site do tribunal e na plataforma dos editais do CNJ. Permanecerá por três meses 
ENTREGA DOS BENS AO ESTADO: passado um ano do edital, não havendo herdeiro habilitado e nem habilitação pendente, a herança será declarada vacante. Com a declaração de vacância, os bens serão transferidos para o Estado. 
TRANSFERÊNCIA DEFINITIVA DOS BENS AO ESTADO: Decorrido cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão para o domínio do Município ou Distrito Federal, ou ainda para União em caso de território federal. 
vacância
Com a vacância, os bens são entregues ao município, mas não de maneira definitiva. A transferência definitiva somente ocorrerá após 5 anos da abertura da sucessão. A propriedade do Poder Público, nesse período, é resolúvel, podendo ainda surgir algum herdeiro, à exceção dos colaterais, nos termos do art. 1.822 do Código Civil:
Art. 1.822 A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão 
https://fucap.grupoa.education/sagah/object/view-object/5f1b83e0d6f29e0012401099?lessonid=3022212
HERANÇA X LEGADO
A herança é o conjunto de direitos e obrigações transmitidos à um herdeiro em razão da morte do instituidor. A herança poderá ser legal ou até mesmo testamentária, de maneira que consiste sempre em uma 
universalidade de bens, assim, não há discriminação específica do que é deixado.
Disposição de última vontade pela qual o testador deixa a alguém um valor fixado ou uma ou mais coisas determinadas. Só há legado por via do testamento, a sucessão do legatário ocorre a título singular. 
O legatário recebe um bem ou uma universalidade de fato: uma biblioteca, um rebanho, uma coleção, entre outros, o que não o torna um sucessor universal.
Eficácia do legado
	Prevê o art. 1.912 do Código Civil: “É ineficaz o legado de 
coisa certa que não pertença ao testador no momento da abertura da sucessão” 	
	O legado deverá pertencer ao testador no momento da sua 
morte. Do contrário, será considerado ineficaz. Ainda, se a quantidade testada 
for maior do que o efetivamente encontrado, o legatário receberá apenas o 
que é existente.
Art. 1.916 Se o testador legar coisa sua, singularizando-a, só terá eficácia o 
legado se, ao tempo do seu falecimento, ela se achava entre os bens da herança; se a coisa legada existir entre os bens do testador, mas em quantidade inferior à do legado, este será eficaz apenas quanto à existente.
Modalidades do legado
Puro e simples —produz efeitos independentemente de qualquer fato, apesar de o legatário não entrar na posse direta da coisa legada, embora seja proprietário da coisa certa.
Condicional — o legado encontra-se subordinado a evento futuro e incerto, desde que não seja captatório, ou seja, que não se condicione a métodos escusos ou dolosos.
A termo — o legado se encontra subordinado a evento futuro e certo, efetivando-se ou extinguindo-se com o advento do prazo fixado pelo testador. Ex. Quando completar 25 anos. 
Modal — o testador deixa o legado com encargo do legatário, hipótese na qual a aceitação indica anuência ao ônus que acompanha a liberalidade. Assim como na doação, se o legatário não cumprir o encargo imposto, a liberalidade pode ser revogada.
Subcausa — quando há motivo referente ao passado, que motivou o testador a instituí-lo. É o legado em que o testador declara os motivos que fundamentam a liberalidade, no ato de última vontade.
Condição, termo e encargo
Elementos eficaciais: condição, termo e encargo (artigos 121 a 137, CC/ 2002). O termo é certo, a condição incerta.
Termo – como trata-se de um evento certo, o termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito, nos termos do art. 131, CC/ 2002. Também há o termo final, que põe fim as consequências de um negócio jurídico. 
Condição – na condição suspensiva, suspende-se a aquisição do direito, porque não se sabe se a condição irá se implementar.
Encargo – impõe ao beneficiário de uma liberalidade uma dada obrigação, um ônus. Não suspende a aquisição nem o exercício do direito, mas há exceção, quando o encargo é expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. Encargo ilícito ou impossível é considerado não escrito. 
Caducidade (ineficácia) do legado 
	Art. 1.939 Caducará o legado:
	I — se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía;
	II — se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador;
	III — se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento; 
	IV — se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815 (exclusão do herdeiro por indignidade); 
	V — se o legatário falecer antes do testador.
ACEITAÇÃO DA HERANÇA
TÁCITA - PRATICA ATOS COMPATÍVEIS COM SUA CONDIÇÃO HEREDITÁRIA
Art. 1.805 A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros.
EXPRESSA – DECLARAÇÃO POR ESCRITO
PRESUMIDA - A aceitação presumida ocorre se algum interessado em saber se o herdeiro aceita ou não a herança requerer ao juiz, após 20 dias da abertura da sucessão, prazo de 30 dias para o herdeiro se pronunciar. Decorrido esse prazo, o silêncio do herdeiro será interpretado como aceitação
ATENÇÃO!!!
A aceitação não poderá ser somente em parte e é irrevogável; o herdeiro não pode 
arrepender-se dela, pois a aceitação não é passível de retratação. 
É possível, no entanto, que o herdeiro aceite a herança e recuse o legado, caso seja beneficiário de ambos, por exemplo, ou vice-versa.
RENÚNCIA
A lei prevê que deverá ser formalizada por meio de escritura pública ou termo judicial, nos termos do art. 1.806 do Código Civil. Assim, a renúncia somente poderá ser efetivada se for expressa.
Segue as demais regras da aceitação: não poderá ser em parte 
e é irrevogável. Cumpre salientar que quem renuncia deixa de ser herdeiro 
com efeito retroativo, ou seja, desde a abertura da sucessão.
Com a renúncia, a herança é dividida entre os coerdeiros da mesma classe. 
Se o renunciante for o único da sua classe, então a herança será dividida entre 
os herdeiros da classe subsequente (art. 1811, CC).
AUTOR DA HERANÇA
RENUNCIANTE
RECEBE ½ DA HERANÇA 
RECEBE ½ DA HERANÇA
AUTOR DA HERANÇA
RENUNCIANTE
RECEBE 1/3 DA HERANÇA
RECEBE 1/3 DA HERANÇA
RECEBE 1/3 DA HERANÇA
ATENÇÃO 
Não podemos confundir a renúncia de herança com a cessão de direitos hereditários. 
A cessão consiste na transmissão dos direitos de herdeiro a um coerdeiro ou a um terceiro, pois o herdeiro é titular do patrimônio desde o falecimento do autor da herança. 
A cessão é um negócio jurídico e sujeita-se às regras gerais, aos vícios de nulidade e à anulação nos negócios jurídicos em geral. 
DESAFIO
Marcelo é coerdeiro, juntamente com seus irmãos, de um imóvel em Porto Alegre e, em testamento, é legatário de outro imóvel, na serra gaúcha. Ele pretende residir nesse imóvel que recebeu como legado e não tem interesse em participar da partilha do bem que divide com seus irmãos. Sendo assim, ele procura por você, tabelião, para regularizar essa situação.
Neste Desafio, responda: qual é o procedimento adequado para atender à vontade de Marcelo?
RESPOSTA
Marcelo poderá aceitar o legado e recusar a herança. 
A recusa da herança pode ser feita de duas formas: por meio da renúncia ou da cessão de direitos hereditários, sendo que ambas devem ser expressas. 
O que as difere é que, com a renúncia, a parte de Marcelo será dividida entre seus irmãos (artigos 1793 a 1796).
Com a cessão, Marcelo escolherá quem será o cessionário dos seus direitos de herdeiro, podendo ser seus irmãos ou um terceiro. 
Ainda, a cessão poderá ser gratuita ou onerosa (artigos 1.806 a 1.811).
DESAFIO
João faleceu e, como não possuía herdeiros, deixou em testamento seus bens para sua namorada, Ana, e sua melhor amiga, Cláudia, que cuidaram dele até o seu falecimento. Após o falecimento, a sua namorada descobriu, entre seus pertences, cartas de amor trocadas entre ele e Cláudia, o que a deixou extremamente magoada.
Diante dessas revelações, Ana renunciou totalmente à sua herança testamentária, por não querer nenhum vínculo com João. Ocorre que Ana tem um filho de 18 anos, e este, ao saber da desistência da mãe, habilitou-se judicialmente para substituí-la na sucessão testamentária.
Você é o juiz que está a cargo do processo. Qual a sua decisão em relação ao pedido do filho de Ana? Justifique legalmente sua decisão.
RESPOSTA
Neste caso, não há que se falar em habilitação do filho da herdeira renunciante, pois, no momento da renúncia, geram-se os efeitos previstos no artigo 1804, parágrafo único, do Código Civil:
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
Portanto, é como se Ana nunca houvesse herdado nada.
SUCESSÃO LEGÍTIMA
SUCESSÃO LEGÍTIMA
119
É aquela definida por lei e fundamenta-se especialmente na proteção e perpetuidade do núcleo familiar do falecido. 
A sucessão legítima contempla os herdeiros necessários, que são os descendentes, ascendentes e cônjuge, a quem cabe a metade da herança, de maneira irrevogável.
É importante destacar que, recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou cônjuges e companheiros sob o aspecto sucessório, de maneira que, agora, o companheiro também é um herdeiro necessário (para a maioria da doutrina).
Sucessão legítima
A sucessão legítima é deferida por determinação legal e atinge os herdeiros legítimos, ou seja, todos aqueles que formam a ordem de vocação hereditária.
É importante destacar que, entre os legítimos, estão os herdeiros necessários, que formam o núcleo familiar do falecido (lembrar aula de parentesco), que só poderão ser privados da herança por indignidade ou deserdação.
A pré-morte de um herdeiro não o retira dessa condição, nesses casos seusdescendentes irão herdar por representação. 
Assim preveem os arts. 1.845 e 1.846 do Código Civil:
Art. 1.845 São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Art. 1.846 Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima 
A ordem de vocação hereditária está no artigo 1.829 do CC/2002.
Art. 1.829 A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I — aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da 
separação obrigatória de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; 
II — aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III — ao cônjuge sobrevivente; 
IV — aos colaterais
Ordem de vocação hereditária
Bens particulares são o patrimônio adquirido pelo falecido antes do casamento ou da união estável, os herdados, doados ou subrogados. 
classes
Cada inciso do art. 1.829 indica uma classe de herdeiros:
Na primeira classe, estão os descendentes, até o infinito, e o cônjuge ou companheiro. 
Na segunda classe, estão os ascendentes, também até o infinito, e o cônjuge ou companheiro. 
Na terceira classe, está apenas o cônjuge. 
Na quarta classe, por fim, estão os colaterais.
Cônjuge e companheiro
O cônjuge herdará, em concorrência, nas seguintes situações:
se casado sob o regime de comunhão parcial de bens, havendo bens particulares do falecido;
se casado sob o regime de participação final nos aquestos;
se casado sob o regime da separação convencional de bens, decorrente 
de pacto antenupcial.
O cônjuge não será herdeiro:
se casado sob o regime da comunhão parcial de bens, não havendo bens 
particulares do falecido;
se casado sob o regime da comunhão universal de bens;
se casado sob o regime da separação legal de bens.
Pelo sistema instituído, quando o cônjuge é meeiro, não é herdeiro; quando o cônjuge é herdeiro, não é meeiro
MEAÇÃO X HERANÇA
A meação é instituto de Direito de Família, que depende do regime de bens adotado, 
A herança é instituto do Direito das Sucessões e decorre da morte do indivíduo detentor do patrimônio
Segunda classe
A segunda classe de herdeiros refere-se aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge. 
Assim, pais, avós, bisavós e tantos quantos ascendentes existirem concorrerão com o cônjuge. A legislação dispõe que, na ausência de descendentes, os ascendentes herdarão, por exemplo, se falecido um filho, os pais herdam. Os avós só herdarão na ausência dos pais e assim sucessivamente. 
Se não mais existir ascendente, então o herdeiro será o que figura na terceira classe.
Terceira classe
A terceira classe de herdeiros refere-se ao cônjuge, quando não há descendentes ou ascendentes. 
Nessa hipótese, ele herdará sozinho. 
Aqui, não se aplicam as regras citadas em virtude de que não há concorrência do cônjuge com descendentes ou ascendentes: ele é o único herdeiro, independentemente do regime de bens adotado.
Quarta classe
A quarta classe trata dos colaterais, que herdarão pela sucessão legítima 
na ausência de descendentes, ascendentes ou cônjuge para suceder. 
Como colaterais, consideram-se os irmãos, tios e primos, nessa sequência
Sucessão: direito próprio x representação
Existindo alguém em uma classe de herdeiros, excluem-se as classes subsequentes, configurando a sucessão por direito próprio.
Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse (art. 1851, CC)
Exemplo
João (falecido 2010)
Antônio (falecido 2009)
José 
(25%)
Maria (25%)
Carlos (50%)
Direito de representação
A sucessão por representação requer algumas condições: 
 Para que o representante só assuma a condição de herdeiro se o seu ascendente imediatamente anterior houver falecido antes do transmitente da herança ou se esse ascendente for considerado indigno.
Assim, a pré-morte, a indignidade e também a deserdação provocam a impossibilidade para suceder e permitem que outro suceda por representação.
Isso porque, como a indignidade e a deserdação possuem caráter de pena, 
o afastamento da sucessão não poderia se estender a outras pessoas. 
Dessa forma, o herdeiro indigno ou deserdado é considerado morto, permitindo que outra classe participe da sucessão.
atenção
Não se representa herdeiro renunciante, a não ser que ele seja o único de sua classe, ou se todos da mesma classe renunciarem, quando os respectivos filhos serão chamados, por direito próprio e por cabeça. 
João (falecido 2010)
Antônio (renunciou)
José
Maria
Carlos (100% da herança)
João (falecido 2010)
Antônio (renunciou)
José (50%)
Maria(50%)
Carlos (renunciou))
DESAFIO
Jaime faleceu em maio de 2017, deixando enlutados a esposa – com quem casou sob o regime de comunhão universal de bens – três filhos e dois netos (filhos de uma filha falecida em 2009).
O patrimônio deixado por Jaime contempla imóveis, títulos do Tesouro Nacional e valores em aplicações financeiras.
Você é um grande amigo de Jaime, sendo seu advogado pessoal há muitos anos, e sabe que ele não deixou testamento. Procurado pela família do falecido, você deve orientá-los no procedimento de inventário no que se refere à ordem de vocação hereditária. 
Quem serão os herdeiros de Jaime e como se organizará a partilha de seus bens?
resposta
A esposa de Jaime não é herdeira, em virtude do regime de comunhão universal de bens. Os três filhos e os dois netos são herdeiros, na seguinte proporção: os filhos herdam por direito próprio e recebem 25% da herança cada um; os netos herdam por representação e recebem 12,5% cada um, o que corresponde ao quinhão de 25% que pertenceria à filha pré-falecida que representam, nos termos dos artigos 1.829 e 1.851 do Código Civil.
desafio
João faleceu e, como não possuía herdeiros, deixou em testamento seus bens para sua namorada, Ana, e sua melhor amiga, Cláudia, que cuidaram dele até o seu falecimento. Após o falecimento, a sua namorada descobriu, entre seus pertences, cartas de amor trocadas entre ele e Cláudia, o que a deixou extremamente magoada.
Diante dessas revelações, Ana renunciou totalmente à sua herança testamentária, por não querer nenhum vínculo com João. Ocorre que Ana tem um filho de 18 anos, e este, ao saber da desistência da mãe, habilitou-se judicialmente para substituí-la na sucessão testamentária.
Você é o juiz que está a cargo do processo. Qual a sua decisão em relação ao pedido do filho de Ana? Justifique legalmente sua decisão.
resposta
Neste caso, não há que se falar em habilitação do filho da herdeira renunciante, pois, no momento da renúncia, geram-se os efeitos previstos no artigo 1804, parágrafo único, do Código Civil:
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
Portanto, é como se Ana nunca houvesse herdado nada.
Dica do professor
O cônjuge pode concorrer como herdeiro com os descendentes ou ascendentes do falecido, de acordo com o regime de bens do casamento. 
No entanto, a legislação assegura ao cônjuge sobrevivente o direito real de habitação (art. 1831, CC), que consiste na sua permanência no imóvel de moradia do casal, independente da partilha.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer os principais aspectos desse direito, reconhecido pelo ordenamento jurídico com base em requisitos específicos.
Assista!!!
Leituras complementares
A ordem da vocação hereditária na sucessão legítima, a diferença entre a sucessão do cônjuge e a do companheiro no ordenamento jurídico vigente, e o novo entendimento do stf: https://jus.com.br/artigos/61493/a-ordem-da-vocacao-hereditaria-na-sucessao-legitima-a-diferenca-entre-a-sucessao-do-conjuge-e-a-do-companheiro-no-ordenamento-juridico-vigente-e-o-novo-entendimento-do-stf
O direito de representaçãoem âmbito sucessório: anotações introdutórias: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-120/o-direito-de-representacao-em-ambito-sucessorio-anotacoes-introdutorias/
A sucessão do cônjuge e seus aspectos relevantes: https://www.conjur.com.br/2021-ago-27/opiniao-sucessao-conjuge-aspectos-relevantes
A – Cônjuge em concorrência com ascendentes em primeiro grau:
B – Cônjuge em concorrência com ascendentes em SEGUNDO grau:
C – Cônjuge em concorrência com ascendentes remotos
image4.png
image3.png
image2.png
image5.jpg
image6.png
image7.png
image8.jpeg
image9.jpg
image10.png
image11.jpeg
image12.jpeg
image13.jpeg
image14.png
image15.jpeg
image1.jpeg
image16.jpeg
image17.jpeg
image18.jpg
image19.png
image20.jpeg
image21.jpeg
image22.jpeg
image23.jpeg
image24.jpeg
image25.jpeg
image26.jpeg
image27.jpeg
image28.png
image29.png
image30.png

Continue navegando