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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE FACULDADE DE DIREITO MARISTELA GOMES DE ALMEIDA A LUTA PELO DIREITO – RUDOLF VON IHERING São Paulo 2022 MARISTELA GOMES DE ALMEIDA A LUTA PELO DIREITO – RUDOLF VON IHERING Fichamento apresentado ao curso de graduação em Direito da Faculdade Presbiteriana Mackenzie, sob orientação do(a) professor(a): Marcia Cristina de Souza Alvim. São Paulo 2022 CAP I 1. O Direito somente é conquistado através do pleno esforço e luta dos cidadãos. 1.1. Todo e qualquer princípio do direito foi adquirido por luta e imposição àqueles que não o aceitavam. 1.2. O Direito é uma ideia prática; designa um fim e possui um meio para alcançá-lo. 1.3. Essencialmente duplo por natureza. 1.3.1. Trabalho contínuo tanto do poder público quanto da nação. 1.4. “[…] A luta está para o direito, como o trabalho para a propriedade” 2. Sentido duplo do Direito 2.1. Subjetivo: transfusão da regra abstrata no direito concreto da pessoa interessada. 2.2. Objetivo: conjunto de princípios jurídicos aplicados pelo estado pela ordem legal da vida. 2.2.1. O Estado não consegue manter a ordem sem lutar contra o que o ataca. 2.3. Não se pode contestar a evolução do direito; não há transformação sem dor, custo ou ação. CAP II 1. A Luta pelo Direito é um dever do interessado para com ele mesmo. 1.1. Quando um indivíduo é lesado do seu direito, este deve decidir se luta por ele ou se o abandona; qualquer decisão implicará num sacrifício (direito à paz ou a paz ao direito). 2. Surgimento da luta pelo direito, sempre influenciada pelo interesse (luta materialista da vida). 2.1. Para o homem, não importa a vida física, mas sua existência moral. 2.2. Dois tipos de indivíduos 2.2.1. Aquele que luta até o fim. 2.2.2. Aquele que prefere a paz a um direito dificilmente sustentado. 2.2.3. Sob o ponto de vista do direito, ambos casos são justificáveis. 3. O processo deixa de ser apenas uma questão de interesse e se torna uma questão de caráter (afirmação ou renúncia de sua própria personalidade) 3.1. “[…] Não se litiga pelo valor insignificante talvez do objeto, mas sim por um motivo ideal, a defesa da pessoa e do seu sentimento pelo direito.” 4. Resistir à injustiça é um dever do indivíduo para consigo, pois é uma condição da existência moral e um dever para com a sociedade, “porque esta resistência não pode ser coroada com o triunfo, senão quando for geral.” CAP III 1. A busca pela autopreservação está em todas as criaturas, sendo assim, a busca pelo direito beneficia o homem. 1.1. Primordial necessidade é a conservação do direito 1.2. Sem o direito, o homem se rebaixaria ao nível dos brutos (animais), o que equivale ao suicídio moral. 2. O Direito nada mais é do que um conjunto dos diferentes tratados ou títulos que o compõem 2.1. É impossível renunciar, legalmente, a somente uma das condições da existência moral sem que se renuncie a todo o direito. 2.2. “Toda injustiça não é, portanto, mais do que uma ação arbitrária, isto é - um ataque contra a ideia do direito.” 2.2.1. É dever do homem combater, não importam os meios, os ataques à sua personalidade; o contrário seria consentir com a injustiça, algo não permitido. 3. O abandono ao direito não só produz dano, como também - se adotado por todos – representaria a ruína do direito 3.1. O Direito é essencialmente ação 3.1.1. A defesa é sempre uma luta e esta é o trabalho eterno do direito. CAP IV 1. Pessoas que não lutam por seus direitos, possivelmente não lutarão por sua comunidade. 1.1. O lutador do direito privado é o que também luta pelo direito público. 2. A situação política de um povo corresponde a sua força moral. 2.1. Matando a força moral do povo, isso da passe livre para os sistemas abusivos sem a menor resistência. 2.2. Cultivar o senso de justiça nacional é cultivar a saúde e a força do Estado 3. O Direito e o interesse do Estado estão coligadas; nem mesmo o senso de justiça mais forte sobrevive a um sistema jurídico corrupto. CAP V 1. A lesão do valor material torna-se a força maior no julgar do direito. 1.1. Um furto, por exemplo, é mais do que uma lesão à pessoa, mas também as leis do Estado, morais e a ordem social em geral. 2. Direito antigo: qualquer lesão do direito próprio era considerada injustiça subjetiva, independente do grau de culpa do adversário. 2.1. Injustiça objetiva: restituição do objeto devido. 2.2. Injustiça subjetiva: recompensa pecuniária e, por vezes, a infâmia. 2.3. Ambas sujeitas a pena. 3. Direito intermediário: digno de ser tomado como modelo, pois se distinguiam de forma precisa as injustiças. 3.1. Importância da hereditariedade para a sociedade. 4. Direito do fim do Império: a jurisprudência não tem outro critério senão o de um vulgar e banal materialismo; não conhece mais do que o próprio interesse pecuniário. 4.1. “Na balança de Témis deve pesar as injustiças, não o dinheiro, como ocorre no direito atual.” 5. A ideia da justiça é inseparável da realização da ideia de responsabilidade. 5.1. A ética é dever de tanto os indivíduos como do povo. 5.2. “Sem luta não há direito, sem trabalho não há propriedade.” 5.3. A luta exercita, no indivíduo, não apenas seu direito, mas também sua inteligência e a formação/desenvolvimento do mesmo.
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