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- -1
CULTURA CLÁSSICA: CONTRIBUIÇÕES 
LINGUÍSTICAS
HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DA GRÉCIA E DE 
ROMA
- -2
Olá!
Seja bem-vindo à Disciplina !Cultura Clássica: Contribuições Linguísticas
Nesta aula, conheceremos as origens das duas mais importantes civilizações da antiguidade: Grécia e Roma. Elas
são importantes em dois sentidos. Primeiro, por seu desenvolvimento, sua cultura e inventos, sua literatura e
idiomas, por suas guerras e conquistas, por seus valores e mitos.
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. Compreender o valor do legado das culturas clássicas, grega e latina, na formação linguístico-literária e
artística do Ocidente Moderno e do Brasil, em particular.
2. Estudar os principais temas que constituem as bases culturais da Herança Greco-latina.
3. Entender a Religião, a Filosofia e a Literatura Grega como fundamentos da Civilização de Homero e suas
implicações na história do Ocidente.
1 Localização e povoamento da Grécia
O Mundo Grego Antigo, ou , como era chamado pelos próprios gregos (Grécia é uma nomenclaturaHélade
romana), ocupava a parte sul da península balcânica, as ilhas do mar Egeu, as costas da Ásia Menor e o sul da
Itália.
A Grécia setentrional (norte) tinha três importantes regiões: Tessália, Fócida e Etólia (ou Epiro). Na Grécia
peninsular, ligada à central pela faixa de terra chamada Corinto, estavam a Lacônia e a Messênia. Na Grécia
central, encontravam-se a Beócia e a Ática. Fora do continente, havia a Grécia insular. Ao final do período
Neolítico, a região já era habitada por povos sedentários de língua não grega, chamados pelasgos. A partir de
2000 a.C., aproximadamente, povos de origem indo-europeia, chamados helenos, começaram a chegar à região.
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Os primeiros helenos a alcançar a Grécia foram os aqueus (1950 a.C., originários das estepes russas, que, em
busca de melhores pastagens para seus rebanhos, espalharam-se por quase toda a Grécia, parte da Ásia Menor e
pelo sul da Itália.
O contato dos aqueus com os cretenses deu origem à civilização micênica. A seguir, chegaram os jônios e os
eólios (1500 a.C.), que se estabeleceram na Ática e na Ásia Menor. A última leva foi a dos dórios (1200 a.C., que se
estabeleceram no Peloponeso, destruindo parte da civilização micênica. A invasão clórica não chegou a atingir a
região da Ática.
2 As civilizações pré-gregas: cretenses e micênicos
Entre 2500 e 1400 a.C., desenvolveu-se no Mediterrâneo uma cultura bastante importante para a História, cujo
principal centro era a ilha de Creta. Essa civilização expandiu-se, chegando à costa da Ásia Menor, às ilhas do mar
Egeu e parte da península balcânica (Grécia).
A civilização cretense distinguiu-se por sua intensa produção artesanal, de caráter luxuoso, o que indica que já
dominava técnicas de fabricação mais sofisticadas. Essa produção era comercializada através de estradas que
ligavam suas cidades-palácios e também era exportada ao Oriente Médio.
Na civilização cretense, as cidades-palácios que mais se destacaram foram Cnossos e Faestos, que eram
governadas por reis e funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes. Como vimos
anteriormente, foi do contato dos aqueus com os cretenses que surgiu a civilização micênica.
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Os aqueus estabeleceram-se em pequenos Estados independentes, governados por príncipes ou chefes militares
religiosos. Esses governantes tinham suas "cortes" de nobres guerreiros e eram sustentados pelo trabalho dos
camponeses servis. Construíram castelos fortificados em locais bastante altos, para facilitar a defesa. Eram as
acrópoles, isto é, cidades altas. As mais famosas dessas cidades foram Tirinto e Micenas, esta quase inacessível.
Por volta de 1400 a.C., os micênicos invadiram Creta e destruíram Cnossos. Micenas passou a ocupar o lugar de
Creta no comércio e na produção artesanal. A civilização micênica tinha várias características da civilização
grega: sua língua era semelhante ao grego, por exemplo.
No entanto, a existência de uma forte burocracia e de um poder central que controlava a economia dava à
civilização micênica características das civilizações orientais. A religião micênica era uma fusão de deuses
indoeuropeus com deuses cretenses. Alguns transformaram-se em deuses gregos. Zeus e Poseidon são dois
exemplos. Mesmo com o desaparecimento da civilização micênica, notamos que os gregos preservaram várias
raízes dessa cultura: a língua, os principais deuses e a herança dos feitos históricos da Guerra de Troia.
3 O período homérico: A importância das obras de Homero
A principal fonte histórica para o estudo da Grécia nos períodos anterior e posterior à invasão clórica tem sido os
poemas épicos e , ambos atribuídos a Homero.Ilíada Odisseia
As duas obras parecem ter sido produzidas em épocas diferentes, pois na há muitas menções a armas,Odisseia 
ferramentas e instrumentos de ferro, enquanto na Ilíada não se faz referência a esse material. Isso indica que a 
 é mais recente que Ilíada.Odisseia
A descreve a Guerra de Troia, cidade que representava parte de uma civilização pré-helênica que entrouIlíada 
em choque com os aqueus (chamados gregos).
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Já a descreve as peripécias de Ulisses, nobre grego, com suas viagens de volta para Ítaca, na Grécia,Odisseia 
através do Mediterrâneo. Foi o estudo da Odisseia que forneceu as mais ricas informações para a compreensão
da sociedade e da economia da Grécia do período homérico.
4 A formação da civilização grega no Período Homérico
Com a invasão dos dários, a ascendente civilização micênica sofreu violento impacto. Seguiu-se um período de
acentuado declínio da produção material e intelectual que ficou conhecido como a Idade Média Grega ou Idade
das Trevas.
Nesse período, a sociedade retrocedeu para um tipo de organização política e econômica relativamente simples.
Formaram-se os clãs ougénos: grupos de parentes consanguíneos. descendentes de um mesmo antepassado.
Formavam uma aristocracia que controlava os meios de produção (as melhores terras, escravos e ferramentas).
Toda a produção era fruto do trabalho dos escravos e dos servidores. No entanto, esses escravos gozavam da
proteção de seus senhores e não eram submetidos a maus-tratos. Também os membros do génos trabalhavam
junto a seus escravos.
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Na sociedade micênica, havia, também, homens extremamente pobres (thétas), que viviam sob muitos aspectos
em piores condições que os escravos, pois não gozavam da proteção de um senhor. Outro elemento do génos era
o artesão livre, que fazia armas, instrumentos para a agricultura e objetos em geral: era o demiurgo.
O poder se concentrava nas mãos do patriarca e sua família
Esse poder era de caráter político e religioso e seu detentor (o patriarca) recebia o nome de basileu. Havia ainda
uma aristocracia que auxiliava o basileu. Em determinadas ocasiões, os génos se uniam, formando uma frâtria e,
em face do perigo, as frátrias se uniam formando uma tribo, liderada pelo filo-basileu (um rei supremo). A
escolha desse rei não se baseava na hereditariedade; ele era escolhido pelos aristocratas, entre os mais hábeis e
fortes guerreiros. Essas monarquias primitivas e familiares dos génos sofreram transformações profundas, das
quais surgiram as chamadas cidades-Estados gregas.
5 O período arcaico
A Grécia antiga não era um "país" centralizado e unificado como o de hoje. Era formada por um grande número
de pequenos Estados independentes entre si, que ficaram conhecidos com o nome de cidades-Estados ou, em
grego, Mis. O nascimento da pólis. Depois da invasão dos dórios, a Grécia foi aos poucos se transformando.
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Surgiram construções no alto dos morros para melhor defesa de possíveis ataques. As casas e templos se
aglomeravam e formaram o que ficou conhecido como , que pode ser grosseiramente traduzida por cidade.pólis
Nas cidades-Estados da Grécia antiga, na parte mais alta, habitava a aristocracia liderada pelo basileu, espécie de
rei-sacerdote. Nas partes mais baixas, localizava-se o mercadoe nelas moravam os comerciantes, artesãos e
trabalhadores em geral.
A acrópole era a parte da pólis onde ficavam as fortificações militares e os templos religiosos. Um exemplo
famoso desse tipo de construção é a Acrópole de Atenas.
6 As transformações da sociedade grega
A consolidação da cidade-Estado iniciou-se no século VIU. Mas a sociedade grega já apresentava problemas:
O aumento da população, a escassez de terras férteis e o monopólio das maiores e melhores terras pela
aristocracia, que enriquecia sempre mais. O pequeno camponês tinha que recorrer ao grande proprietário para
obter empréstimos de sementes e alimentos que sua propriedade não produzia (por ser pequena); em troca,
tinha que dar uma parte do que produzisse ao rico proprietário.
Nessa relação, o camponês era conhecido como hectemoro e o grande proprietário era chamado eupátrido.
Quando o hectemoro não conseguia pagar suas dívidas ao eupOtrida, tinha suas terras confiscadas por este e, na
maioria das vezes, o próprio camponês era vendido como escravo.
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Na Grécia, no início do século VIII, não havia terras para todos e os alimentos eram escassos para uma população
crescente. As melhores terras ficavam em mãos de poucos, que também eram os donos do poder político.
Entre os séculos Ville VIl a.C, os gregos saíram em busca de terras fora da Grécia.
Ocuparam várias regiões do Mediterrâneo, como o sul da Itália e a Sicília, A organização dessas colônias era
semelhante à das cidades-Estados, com as quais mantinham estreitos vínculos culturais e religiosos. A
colonização ajudou a diminuir um pouco as tensões na Grécia, mas não resolveu as questões principais.
Para suprir o problema da falta de alimentos, foram criadas colônias nas regiões férteis do mar Negro, que
produziam o trigo. Para pagar a importação, desenvolveu-se na Grécia a cultura da uva e da oliveira para
produzir vinho e azeite que, por sua vez, eram trocados peto trigo. Para o armazenamento e transporte desses
produtos, eram utilizados potes e vasos produzidos por uma dinâmica manufatura de cerâmica.
Surgiu então uma nova camada na sociedade grega: a dos proprietários de terra que produziam e comerciavam o
azeite e o vinho. Essa nova camada social, embora rapidamente enriquecida, era impedida de qualquer
participação política. A situação
dos camponeses pobres continuava a mesma, enquanto a aristocracia mantinha seus privilégios e aumentava
suas propriedades, oprimindo os pobres. O descontentamento era geral e crescente.
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7 O período clássico: a pólis de Atenas
A região da Ática havia sido pouco atingida pelas invasões dóricas. Isso contribuiu para que as pequenas aldeias
que formavam essa região se agrupassem pacificamente sob a hegemonia de uma delas: Atenas. A esse processo
de união das aldeias deu-se o nome de sinecismo. E foi desse fenômeno que se formou a cidade-Estado de Atenas.
As transformações econômicas trouxeram também transformações sociais à Grécia.
Atenas tornou-se um dos principais centros exportadores de vinho e azeite e grande produtora de cerâmica. As
diferenças entre as classes sociais se acentuavam.
8 A queda da monarquia e as transformações econômicas e 
sociais
As transformações econômicas e sociais da Grécia foram acompanhadas por transformações políticas. A
aristocracia passou a ocupar o lugar dos reis. O governo era exercido por um órgão executivo, o arcontado;
exercia diversas funções nas áreas:
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Assim, o governo era monopólio exclusivo da nobreza.
Com o surgimento de duas novas classes - a dos novos ricos, proprietários que se beneficiavam da expansão
econômica; e a dos escravos, que aumentavam em número - a situação tornou-se mais e mais tensa. Os
eupátridas oprimiam os camponeses
pequenos proprietários, enquanto aumentavam sua riqueza e monopolizavam o poder político. Era preciso
encontrar uma solução. A aristocracia propôs, então, uma reforma na sociedade, que foi planejada
sucessivamente por dois legisladores:
• Drácon limitou-se a escrever as leis, que até então eram orais, tirando a justiça das mãos dos eupátridas 
e passando-a para o Estado. Mesmo assim, a situação dos pobres era aflitiva.
• Em 594 a.C., iniciou as seguintes reformas: nenhum cidadão grego poderia ser vendido como Sólon 
escravo; assim, os hectemoros que haviam sido vendidos como escravos puderam voltar às suas terras; 
realizou uma reforma social, dividindo a sociedade em quatro classes:
•
•
- -11
As duas primeiras classes eram as que tinham renda anual entre 300 e 500 medidas de trigo, azeite ou vinho e
participavam dos cargos mais importantes do governo. A terceira classe era a dos guerreiros de infantaria
(zeugitas), cuja renda tinha que ser suficiente para a compra de um escudo e uma lança;
A quarta classe era a dos thétas, camponeses e artesãos pobres, que somente participavam da assembleia
popular, criou a eclésia, assembleia popular que opinava sobre os assuntos de interesse geral; estabeleceu o bulé,
conselho de 400 membros
formado por 100 representantes de cada uma das quatro tribos que existiam na Ática; o poder executivo estava
nas mãos do Areópago, que era monopólio das duas camadas mais ricas.
9 História de Roma - Da Monarquia à República
Roma: fundamentos
Principais períodos da história de Roma. Situada na planície do Lácio, às margens do rio Tibre e próxima ao
litoral (mar Tirreno), a cidade de Roma originou-se a partir da fusão de dois povos
Inicialmente, uma aldeia pequena e pobre, numa data difícil de precisar, Roma foi conquistada pelos seus
vizinhos do norte, os etruscos, que dela fizeram uma verdadeira
cidade. Os romanos eram também vizinhos dos gregos, que, ao sul, haviam criado a chamada Magna Grécia, onde
habitavam desde a época da fundação de Roma. Dos etruscos e dos gregos, os romanos receberam importantes
influências e, com base netas, elaboraram a sua própria civilização.
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As reformas de Sólon foram importantes porque modificaram a constituição do poder político - o critério era a
riqueza, não o nascimento - e porque propiciaram a volta dos camponeses escravizados. As medidas de Sólon
também impediram que as propriedades dos eupátridas continuassem a crescer.
As tiranias
As reformas de Sólon não puseram fim às tensões. Em 560 a.C., Pisístrato tomou o poder, dando início às tiranias
e centralizando o poder político nas mãos de homens enriquecidos pela expansão econômica
Pisistrato instituiu o crédito ao pequeno camponês e distribuiu as terras de aristocratas que haviam fugido para
o exterior. Pisistrato morreu em 527 a.C., sendo substituído por seus filhos Hípias e Hiparco, que continuaram a
política do pai. Hiparco foi assassinado em 524 a.C. e Hípias iniciou um período de governo despótico e violento.
Os eupátridas, que se sentiam prejudicados pelo governo de tendência mais popular das tiranias, aliaram-se a
Esparta, cidade rival de Atenas, e, em 510 a.C., invadiram a Ática, tomando a cidade de Atenas. Mesmo assim, os
eupátridas não mantiveram o poder.
Os gregos e os romanos iniciaram sua história sob o regime monárquico (fundado por Rômulo, segundo a lenda),
experimentaram a república e terminaram os seus dias sob o dominio de um império universal despótico e
muito parecido com os modelos orientais
São os três períodos em que se costuma dividir a história de Roma:
Clístenes, a democracia ateniense e seu significado
O governo da cidade ficou nas mãos da família dos Alcmeônidas, liderado por Clístenes. Esse aristocrata
organizou um governo baseado na isonomia, ou seja, na igualdade dos cidadãos perante a lei. Clístenes dividiu a
população da Ática para evitar alianças entre famílias eupátridas. Estabeleceu dez tribos, em lugar das quatro
anteriores, tomando por base o domicílio de cada cidadão.
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As tribos eram formadas pelos demos, a menor unidade de divisão criada por Clístenes. O demo era a base do
sistema, daí o nome democracia. O poder executivo era exercido pelo bulé (Conselho dos 500), composto por 50
elementosde cada tribo.
Fortaleceu-se a assembleia popular, eclésia, e foi criado o ostracismo, ou seja, a cassação dos direitos do cidadão
que conspirasse contra o Estado; essa cassação era votada pela eclésia.
Monarquia - Patrícios e plebeus
Desde o tempo da Monarquia, a sociedade romana encontrava-se dividida em patrícios e plebeus. Os patrícios
pertenciam à camada superior da sociedade, e os plebeus, à camada inferior. O que distinguia a ambos era a
gens, uma instituição análoga ao genos grego. Somente os patrícios pertenciam às gentes (plural de gens). Uma
gens congregava os indivíduos que descendiam, pela linha masculina, de um antepassado comum. Portanto, a
gens nada mais era do que família em sentido amplo.
Em outras palavras, gens era o nome que os romanos davam àquilo que conhecemos como clã. E, como qualquer
clã, a gens era composta de várias famílias individuais. Uma gens distinguia-se de outra pelo nome: gens Lívia,
gens Fábia etc. e todos os seus membros traziam o nome da gens. O nome dos patrícios era composto de três
elementos: o prenome, o nome gentílico, ou da gens, e o cognome ou designação especial, uma espécie de apelido.
Exemplos: Lúcio Cornétio Sita, Caio Júlio César etc. Quer dizer: Sila era membro da gens Cornélia, e César, da
gens Júlia.
A menor unidade social era, pois, a gens. Um certo número de gentes formava uma cúria, e dez cúrias formavam
uma tribo. Há portanto, nessa organização, certo paralelismo com a da Grécia:
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Em outras palavras, gens era o nome que os romanos davam àquilo que conhecemos como clã. E, como qualquer
clã, a gens era composta de várias famílias individuais. Uma gens distinguia-se de outra pelo nome: gens Lívia,
gens Fábia etc. e todos os seus membros traziam o nome da gens. O nome dos patrícios era composto de três
elementos: o prenome, o nome gentílico, ou da gens, e o cognome ou designação especial, uma espécie de apelido.
Exemplos: Lúcio Cornétio Sita, Caio Júlio César etc. Quer dizer: Sila era membro da gens Cornélia, e César, da
gens Júlia.
A menor unidade social era, pois, a gens. Um certo número de gentes formava uma cúria, e dez cúrias formavam
uma tribo. Há portanto, nessa organização, certo paralelismo com a da Grécia:
À aristocracia (eupátridas) conservadora não admitia as reformas de Clístenes e aliou-se à Esparta, invadindo
Atenas novamente. À população inteira de Atenas pegou em armas e defendeu sua cidade e sua democracia,
derrotando espartanos e aristocratas em 508 a.C.
A sociedade ateniense era então composta de três classes: Os cidadãos, que gozavam de completa liberdade e
participavam das decisões políticas; os metecos, estrangeiros que se dedicavam ao comércio e não gozavam de
direitos no sistema democrático grego; e os escravos, comprados ou conquistados nas guerras, que também não
tinham direitos. Vale ressaltar que também as mulheres eram excluídas da democracia ateniense.
A palavra senado deriva do latim senex, que significa “velho”. O Senado era, pois, um conselho de anciãos, uma
instituição muito comum na Antiguidade. Seu equivalente, na Grécia, era a Gerúsia, em Esparta.
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Inicialmente composto de cem membros, o Senado passou a ter, depois, trezentos e, mais tarde, seiscentos
membros. Os que não pertenciam a nenhuma gens eram plebeus e, por esse motivo, estavam excluídos da vida
política. Sem direitos políticos, eram considerados cidadãos de segunda classe. Mas, atenção, ser plebeu não
significava ter uma condição econômica inferior ou de pobreza.
O período clássico: a pólis de Esparta
Esparta situava-se ao norte da planície da Lacônia, ao sul do Peloponeso. Originou-se da invasão dos dórios e, a
partir daí, começou sua expansão. Sua mais importante conquista foi a da Messênia, a oeste da Lacônia.
Com a conquista da Messênia, o território pertencente a Esparta foi dividido em lotes (kleroi) e distribuído entre
guerreiros espartanos. O trabalho nesses lotes era executado pelos hilotas, escravos pertencentes ao Estado
espartano e não a um proprietário particular. Parte do campo era ocupada pelos periecos, trabalhadores que não
eram escravos, mas que também não tinham direitos políticos. A partir do século Vil a.C., a monarquia perdeu
seu poder em Esparta, mas não se extinguiu nem foi substituída por outras formas de governo: era exercida por
dois reis, que tinham funções militares e religiosas.
As reformas servianas
Sérvio Túlio, o segundo rei etrusco, é tido como o realizador de diversas reformas que favoreceram os plebeus.
Ele criou várias gentes, promovendo famílias plebeias à condição de nobres, organizou assembleias militares, os
comícios centuriatos, e estimulou o comércio e o artesanato
visando fortalecer economicamente os plebeus. Essas medidas, que a tradição atribuiu a Sérvio Túlio, ficaram
conhecidas como reformas servianas. O objetivo do rei, entretanto, não era propriamente beneficiar os plebeus,
mas fortalecer o poder monárquico.
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A criação de uma classe plebeia vigorosa tinha por fim a neutralização do poder dos patrícios, ou seja, algo
semelhante ao pretendido pelos tiranos, como Pisistrato, na Grécia. Mas em Roma, essa política não teve o
mesmo efeito.
As leis eram elaboradas pela gerúsia, um conselho de aristocratas anciãos. À autoridade máxima executiva era
exercida pelo eforato, órgão composto por cinco aristocratas (eleitos pela assembleia de todos os cidadãos
guerreiros), que concentrava todo o poder de Esparta.
A cidade-Estado de Esparta foi a primeira na história da Grécia a permitir a participação política dos cidadãos
por meio de uma assembleia. Havia uma igualdade potítica, mas era usufruída, única e exclusivamente, por 8 ou
9.000 guerreiros. Esses guerreiros se autodenominavam (os iguais).hómoioi 
A queda da Monarquia
Foi um movimento dos patrícios desejosos de manter seus privilégios contra a política “popular” de Sérvio Túlio.
Tarquínio, chamado de “O Soberbo”, deu continuidade à política de seu antecessor. Os patrícios reagiram em 509
a.C. contra aquela política, destronando Tarquínio e dando fim à Monarquia. Para a felicidade dos patrícios, o
êxito do movimento foi assegurado em boa parte pelo declínio da civilização etrusca, que não conseguiu realizar
uma intervenção pronta e eficaz em Roma. Assim nasceu a República romana.
A reorganização dos poderes na República
Vitoriosos, os patrícios fizeram algumas modificações nas instituições de poder. O Senado e os comícios curiatos
e centuriatos permaneceram como estavam. Mas o poder antes exercido pelo rei foi dividido e entregue a dois
cônsutes, que permaneciam apenas um ano no cargo. Desse modo, os patrícios tentaram eliminar o risco de
retorno da Monarquia.
A sociedade espartana era eminentemente guerreira. Os soldados espartanos ficaram conhecidos por toda a
Grécia como os mais disciplinados e melhores guerreiros. À razão desse brilhantismo na guerra devia-se ao fato
de poderem tais soldados dedicar-se integralmente ao treinamento esportivo e militar, enquanto uma grande
massa de trabalhadores hitotas produzia o necessário para seu sustento.
Os espartanos temiam uma revolta dos hilotas e, por essa razão, mantinham um clima de terror sobre essa
classe. Temiam, também, as transformações que ocorriam em outras cidades-Estados, como Atenas, com sua
democracia. Dessa forma, Esparta aliou-se a outras cidades-Estados conservadoras, formando a Liga do
Peloponeso, que tinha por objetivo lutar contra as cidades que ameaçassem a hegemonia espartana no
Peloponeso. Esparta foi a mais importante potência militar da Grécia, posição que manteve até sua decadência,
no século IV a.C.
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Nos anos que se seguiram à vitória contra Marco Antônio, Otávio, através de títulos e mudanças no próprio
nome, foi cumulado de honrarias, a última delas como fundador do Império. Em 40 a.C., ele recebeu do exército o
título de Imperator, que transformou em seu prenome.
E, para ressaltar a sua relação de parentesco com César, divinizado após a morte, e para significarque dele havia
adquirido o direito de comando do exército, Otávio conservou para si a denominação César. O nome que adotou
foi, então, Imperator Caesar Divi Filius, significando “Imperador Filho de César Divino”.
Depois de ter exercido o governo com poderes excepcionais desde a guerra contra Marco Antônio, Otávio
executou, em 27 a.C., uma manobra política bem-sucedida: renunciou aos seus poderes numa sessão do Senado e
declarou restaurada a República. Nessa mesma reunião, o Senado não apena: reafirmou seus poderes, como
concedeu-lhe novos títulos, como princeps, que significava "primeiro cidadão romano”. Além disso, conferiu-lhe
o título Augusto, dado apenas aos deuses. Otávio, que daí em diante passou a ser conhecido por Augusto, saiu,
portanto, mais fortalecido desse episódio.
Com a chegada dos Severos ao poder imperial, teve início outro período de turbulência, que chegou ao auge em
235 d.C. Esse foi o ano em que começou a mais profunda crise do Império Romano, da qual ele saiu
completamente transformado cinquenta anos depois. Nesse conturbado período conhecido como “anarquia
militar”, de 235 a 285, Roma conheceu uma rápida sucessão de mais de vinte imperadores, dos quais apenas um
morreu de morte natural. Em constantes motins, o exército romano estava dividido em facções rivais, que
proclamavam os imperadores com a mesma facilidade com que os assassinavam.
As duas fases do Império
O Principado (27 a.C. - 235 d.C.) e o Dominato (284 - 476) constituem as duas fases
do Império, separadas uma da outra por um período conhecido como “anarquia militar” (235 - 284). O primeiro
período é também chamado de Alto Império e o segundo, de Baixo Império.
O Império começou com Augusto tendo nas mãos os poderes civil, militar e religioso. Ele vinculou a posição
social do indivíduo à renda e restringiu a competência do Senado e das magistraturas aos assuntos civis relativos
a Roma e à Itália. Por fim, reorganizou o exército profissional e tornou-o permanente. A intervenção dos
militares na política foi o traço marcante do Principado e continuou a sê-lo ainda mais no Baixo Império.
Com a conquista etrusca de Roma e, ao longo do governo dos três últimos reis etruscos, a desigualdade entre
patrícios e plebeus se aprofundou.
Os patrícios não cessavam de ampliar o seu poder com o recrutamento de clientes. Essa palavra, para nós
sinônimo de “freguês”, designava, para os romanos, um conjunto de dependentes que, em troca de lealdade e
serviços, recebia favores das famílias patrícias. A clientela formava uma categoria social especial de agregados
dessas famílias, cuja origem parece não ser a mesma dos plebeus.
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Primitivamente, clientes e plebeus eram duas categorias diferentes que acabaram, com o tempo, fundindo-se
numa só, como veremos adiante. Toda grande família patrícia tinha a sua clientela. Em 479 a.C., a gens Fábia, por
exemplo, era constituída por 306 membros e tinha de 4 a 5 mil clientes. Porém, por volta do ano 100 a.C., era
frequente plebeus se dizerem clientes de uma família rica para receber dela algum amparo. Como categoria
social, os plebeus continuaram sendo os que não pertenciam a nenhuma gens.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu a formação histórica da identidade da cultura grega e romana (ou latina) na Antiguidade.
• Aprendeu sobre as etapas cronológicas da formação do povo, das cidades e da cultura grega antiga.
• Analisou as etapas da formação do Império Romano, pela história de Roma.
•
•
•
	Olá!
	1 Localização e povoamento da Grécia
	2 As civilizações pré-gregas: cretenses e micênicos
	3 O período homérico: A importância das obras de Homero
	4 A formação da civilização grega no Período Homérico
	5 O período arcaico
	6 As transformações da sociedade grega
	7 O período clássico: a pólis de Atenas
	8 A queda da monarquia e as transformações econômicas e sociais
	9 História de Roma - Da Monarquia à República
	CONCLUSÃO

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