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Mapas MentaisMapas Mentais 1 Civilizações na Mesopotâmia-04 Civilizações na Mesopotâmia-04 EGITO-10EGITO-10 POVOS PRÉ- COLOMBIANOS-11 POVOS PRÉ- COLOMBIANOS-11 FENÍCIOS-15FENÍCIOS-15 CRETa-16CRETa-16 PERSAS-17PERSAS-17 ESPARTA-20ESPARTA-20 MACEDÔNIA-25MACEDÔNIA-25 GUERRAS NO MUNDO GREGO-22 GUERRAS NO MUNDO GREGO-22 ATENAS-21ATENAS-21 ROMA E IMPÉRIO ROMANO-27 ROMA E IMPÉRIO ROMANO-27 GRÉCIA-19GRÉCIA-19 2 Antiguidade Oriental (na qual se destacam os mesopotâmicos, os egípcios, os fenícios, os persas e os hebreus) e Antiguidade Clássica (com destaque para os gregos e os romanos). Em uma divisão tradicional da História, dizemos que, após a Pré-história, desenvolveu-se o período da Idade Antiga (ou Antiguidade), que pode ser dividida em: As civilizações são definidas por suas ideias, crenças, valores sociais, conhecimentos, hábitos, técnicas, tradições e noções políticas, econômicas e culturais. Portanto, cada uma dessas civilizações teve um desenvolvimento próprio e, por isso, é um erro pensar que existem povos mais civilizados do que os outros. Sendo assim, devemos respeitar os valores e a cultura de cada civilização, valorizando a diversidade. JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A 3 A Mesopotâmia é a região onde atualmente fica o Iraque, entre os rios Tigres e Eufrates, em uma área conhecida como Crescente Fértil – assim denominada devido ao formato de lua crescente e por possuir solo bastante fértil, mesmo estando rodeada por áreas de terra muito seca e imprópria para a agricultura. O termo “mesopotâmia” vem da união das palavras gregas meso (meio) e potamus (rio), o que significa “entre rios”. Os povos podem ser divididos em: Sumérios; Acádios Babilônicos; Assírios; Hebreus. Civilizações na Mesopotâmia Civilizações na Mesopotâmia JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A 4 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Um dos povos mais antigos de que se tem registro. A economia baseada, principalmente, na agricultura; essa atividade era facilitada pelo sistema de irrigação que eles inventaram. Na política, as cidades-Estado eram governadas pelo patesi, chefe político e religioso considerado o representante dos deuses entre os seres humanos. As principais cidades da Suméria eram: Assim como as demais, elas eram independentes e se uniam apenas em caso de guerras, formando confederações. Ur; Nippur e Lagash Eram politeístas e foram responsáveis pela invenção do sistema de escrita cuneiforme. SUMÉRIOSSUMÉRIOS 5 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Os acádios ficaram conhecidos por formar um exército eficiente, que, comandado pelo líder do Império Acádio – o rei Sargão I ou Sargão, O Grande –, entrou em guerra contra os sumerianos. Armados com arcos e flechas, eles tomaram as cidades da Suméria e conquistaram inúmeras outras localidades e riquezas. Entretanto, apesar dos conflitos, houve intensa troca cultural entre os acádios e os sumérios. ACÁDIOS ACÁDIOS 6 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A O primeiro se iniciou por volta de 1700 a.C. e durou até 1513 a.C. Um dos destaques desse período foi o reinado de Hamurabi - Código de Hamurabi-chamada lei de talião: “olho por olho, dente por dente”. Pode ser dividido em dois períodos. O segundo império babilônico foi do Nabucodonosor - O principal feito foi restaurar os famosos Jardins Suspensos da Babilônia, considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo. BABILÔNICOSBABILÔNICOS 7 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Os assírios tinham grandes exércitos, equipados com os armamentos mais modernos da época, como lanças, escudos, espadas e carros de combate com rodas reforçadas. Império Assírio existiu entre os séculos IX e VII a.C. Sendo Assur, Nínive e Nimrud suas principais cidades. Durante o período em que Assurbanipal estava no poder, foi organizada uma grande biblioteca na cidade de Nínive, com uma coleção de milhares de placas de argila, incluindo textos como Enuma, Elish e a Epopeia de Gilgamesh. ASSÍRIOSASSÍRIOS 8 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Primeira religião monoteísta que se tem registro. Quando retornaram para a Palestina se organizaram em uma monarquia. Suas terras foram conquistadas diversas vezes, porém, durante o Império Romano, o Imperador Tito ordenou a destruição de Jerusalém, o que obrigou os hebreus a se espalhar pela Europa. HEBREUSHEBREUS Inicialmente um povo nômade, dividido em clãs patriarcais. Expulsos de suas terras, foram capturados pelos egípcios e libertados por Moises. Na economia tinha como carro chefe o pastoril e o comércio. 9 Os egípcios eram politeístas e acreditavam na vida após a morte, por isso mumificavam seus mortos. Graças às descobertas arqueológicas e aos registros em escrita egípcia, que foram decifrados no século XIX, pudemos conhecer mais essa antiga civilização. A sociedade egípcia era bastante desigual e não permitia ascensão social JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A A região do Egito é de clima desértico, por isso o Rio Nilo é de extrema importância para as populações que viveram ali ao longo da história; Os antigos egípcios se organizavam em um Estado teocrático, sendo o faraó uma representação ao mesmo tempo política e religiosa, já que era visto como a figura de um deus. Na religiosidade egípcia, o Nilo era visto como um deus cujas “águas sagradas” alimentavam todo o Egito. Outros povos antigos EGITOEGITO 10 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A A organização das civilizações na América aconteceu de forma diferente e centenas de anos após o desenvolvimento da civilização egípcia ou mesopotâmica. POVOS PRÉ-COLOMBIANOSPOVOS PRÉ-COLOMBIANOS ASTECAASTECA MAIAMAIA INCAINCA 11 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I AA CIVILIZAÇÃO ASTECAA CIVILIZAÇÃO ASTECA Civilização que se desenvolveu no Vale do México e que chegou a ocupar uma grande região que se estendia do Oceano Pacífico ao Golfo do México. Esse povo se autodenominava mexica; o nome “asteca” foi dado posteriormente pelos espanhóis. No auge do seu desenvolvimento, dominaram diversos outros povos, criando um grande império. Os astecas dedicavam-se à agricultura e cultivavam diversos produtos, como feijão, cacau, abóbora, tomate, algodão e tabaco. Os astecas eram politeístas; suas divindades eram ligadas às forças da natureza, e os cultos mais importantes sempre estiveram relacionados ao Sol. 12 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Os maias são oriundos de uma região chamada de Mesoamérica, que abrangia uma área ocupada pelos astecas e por outros povos. Os maias não chegaram a ter uma política centralizada. Suas cidades tinham uma estrutura independente. As cidades maias eram, geralmente, controladas por uma família de nobres e por sacerdotes, que compunham a elite das cidades e dominavam as regiões ao redor, fazendo-as pagar impostos. O principal alimento dos maias era o milho. Desenvolveram um grande conhecimento sobre Astronomia, que pode ser percebido pela precisão de seu calendário. A CIVILIZAÇÃO MAIAA CIVILIZAÇÃO MAIA 13 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A A sociedade inca se desenvolveu na América do Sul, na região andina, ou seja, próximo à Cordilheira dos Andes. Por volta da metade do século XV que a civilização inca começou sua expansão para formar um grande império, chegando a atingir uma área que hoje corresponde a uma parte do Chile, da Bolívia, do Peru e do Equador. A cidade de Cuzco (atualmente no Peru), era a capital do Império Inca e chegou a ter 20 milhões de habitantes. O governante desse imenso território, chamado de Sapa Inca, era considerado a encarnação do Sol e, portanto, uma divindade. Os incas se dedicavam à agricultura, queera bastante produtiva, cultivavam várias espécies de milho e conheciam até dez tipos de batata. A CIVILIZAÇÃO INCAA CIVILIZAÇÃO INCA 14 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Dominando boa parte do comércio mediterrânico, os fenícios conseguiram fundar entrepostos comerciais e povoar diversas colônias. O Mar Mediterrâneo foi fundamental para os fenícios, que recorreram a ele como local de atuação comercial e busca por riquezas. Os fenícios ocuparam a região que hoje corresponde ao Líbano, a partir do século VI a.C. Eles se reconheciam como cananeus, habitantes da região de Canaã. Os fenícios não possuíam um poder centralizado, ou seja, não respondiam a um único governante. Além do comércio marítimo, os fenícios ainda criavam gado e exerciam atividades agrícolas, que consistiam, basicamente, na plantação de trigo, oliveiras (de onde extraíam o azeite) e videiras. Como os fenícios tornaram-se muito poderosos na região do Mediterrâneo, dizemos que havia, na Fenícia, uma talassocracia: expressão que significa “poder vindo do mar”. SUA MAIOR CONTRIBUIÇÃO CULTURAL FOI O PRIMEIRO ALFABETO FONÉTICO REGISTRADO. FENÍCIOSFENÍCIOS Outros povos antigos 15 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Na Ilha de Creta, a maior do Mar Egeu, surgiu a civilização da Antiguidade mais conhecida da Europa e uma das mais antigas da história. Muitos historiadores relacionam o surgimento desse povo ao desenvolvimento de outra importante cultura: a dos antigos gregos. Por muito tempo, a existência da antiga e desenvolvida civilização cretense foi apenas parte de um mito do rei Minos e do Minotauro; por isso, Creta também é conhecida como a “ilha do Minotauro”. A economia de Creta era bastante diversificada, pois a ilha era favorável ao cultivo, com vastos campos destinados à agricultura, onde eram produzidos vinhos, azeites e cereais, como o trigo. Além disso, os cretenses fabricavam tecidos, cerâmicas e objetos de metal. A principal divindade para os cretenses era representada por uma figura feminina conhecida como a “Grande Mãe”, símbolo de prosperidade e fertilidade. CRETACRETA 16 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Há aproximadamente 4 mil anos, povos medos e persas ocuparam a região entre o Golfo Pérsico e o Mar Cáspio onde hoje fica localizado o Irã. O primeiro império, chamado Aquemênida, que tinha Persépolis como capital, dominou a região de Lídia, atual Turquia, algumas cidades gregas e, em 539 a.C., conquistou a Babilônia; em seguida, obteve o domínio de toda a região da Mesopotâmia. A relação política dos persas com os povos conquistados se dava por meio de alianças. O Império Persa atingiu uma extensão tão grande que seu território era maior do que o de qualquer outro império daquela região. Ciro, durante seu governo, passou a fazer alianças com as elites dos locais conquistados. A CIVILIZAÇÃO PERSAA CIVILIZAÇÃO PERSA 17 A CIVILIZAÇÃO PERSAA CIVILIZAÇÃO PERSA JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A A religião conhecida como masdeísmo (ou zoroastrismo), que tem como uma de suas principais características o dualismo, isto é, a crença em divindades que representam as forças do bem e as do mal. Os persas aperfeiçoaram um sistema de administração, criado pelos medos, que dividia os territórios em satrapias. No campo da cultura, a civilização persa não apenas influenciou os povos com os quais manteve contato como também foi influenciada por eles. Essa civilização domina a arte de tecer tapetes, os quais reproduziam os jardins persas e eram usados para decorar as cortes reais. No período em que Dario I governou o Império Persa, houve uma série de conflitos entre persas e gregos, os quais são chamados pelos historiadores de Guerras Greco-pérsicas, ou guerras médicas. 18 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Não havia um governo centralizado nem fronteiras bem definidas. Assim, é preciso entender que a Grécia Antiga não era um país como conhecemos hoje, mas sim um “mundo”, o “mundo grego”. Possuíam em comum o idioma e partilhavam muitos costumes, como o culto aos mesmos deuses e deusas. Gregos não se reconheciam por esse nome, da mesma forma que não chamavam a região em que viviam de Grécia, mas sim de Hélade e, por isso, autodenominavam-se helenos. A GRÉCIAA GRÉCIA PODE SER DIVIDIDA EM 5 PERÍODOS: Pré-homérico: ocupação dos povos formadores. Homérico: formação do genos (base familiar) - “Ilíada” e “Odisseia”. Arcaico: formação da polis. Clássico: apogeu da cultura. Helenístico: decadência e choque com os romanos e macedônicos. Tinham como atividades econômicas o comércio, especialmente o marítimo, devido à grande extensão litorânea de águas calmas e portos naturais, o que facilitava a navegação. 19 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Polis muito ligados à ideia de uma sociedade baseada na força militar. A sociedade espartana era dividida em três camadas sociais distintas: Esparciatas: eram os proprietários das terras e ocupavam cargos políticos e militares. Hilotas: compunham a maioria da população espartana. Era a camada de trabalhadores forçados, pertenciam ao Estado e deviam obediência aos esparciatas. Periecos: exerciam atividades como o comércio e o artesanato; eram livres, mas não tinham direitos políticos. ESPARTAESPARTA 20 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Eupátridas (grandes proprietários de terra) Georgóis (pequenos proprietários) Demiurgos (comerciantes) Thetas (camponeses sem terra) Metecos (estrangeiros) e escravos Conhecida como a cidade exemplar da Grécia Antiga, por sua cultura e prosperidade econômica. Por causa da falta de terras férteis, os atenienses voltaram-se para a pesca, a navegação e o comércio marítimo. A democracia ateniense era formada com a participação de cidadãos atenienses (adultos, filhos de pai e mãe ateniense) que correspondiam a uma minoria, pois eram excluídos os estrangeiros, escravos e mulheres. SOCIEDADE DE ATENAS: ATENASATENAS 21 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Podemos destacar a guerra dos gregos contra os persas (Guerras Medicas) e a guerra dos gregos contra os gregos (Guerra do Peloponeso). 22 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Os persas tinham um exército muito mais numeroso, para derrotar, os gregos usaram o conhecimento sobre o próprio território (relevo e litoral) e a experiência naval dos gregos tenham sido decisivos para a vitória. Porém, os gregos apresentavam, ainda, uma forma de combate que os persas desconheciam: as falanges. A expansão persa se deu a partir do leste, por onde começaram a conquistar territórios até chegar aos domínios da Grécia. As guerras contra os gregos iniciaram-se em 499 a.C. Elas se constituíam, basicamente, por soldados enfileirados, formando um bloco retangular, armados com lanças e escudos. As lanças eram bastante longas e causavam danos ao inimigo a uma distância considerável, já os escudos davam cobertura à metade do seu corpo e à metade do corpo do homem ao seu lado, formando assim uma barreira quase impenetrável. A vitória sobre os persas levou à criação, em 478 a.C., de uma aliança permanente entre as pólis gregas: a Liga de Delos, liderada por Atenas. Cada cidade pertencente à liga deveria contribuir com soldados, navios, armas ou dinheiro que pudessem ser úteis no caso de uma nova ofensiva, seja dos persas, seja de qualquer outro invasor. Durante esse período, Atenas prosperou, ampliando seu poder econômico, sua cultura e seu sistema político. A cidade foi reurbanizada com grandiosas construções e monumentos, e as suas produções artísticas aumentaram. Cabe ressaltar que tudo isso foi realizado com o dinheiro da Liga. Guerras Médicas: gregos x persas Guerras Médicas: gregos x persas 23 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E OG R A F I A Esparta reuniu várias cidades e formou uma nova aliança para medir forças com a Liga de Delos: a Liga do Peloponeso. A hegemonia ateniense acabou deixando descontentes as outras pólis gregas, que passaram a enxergar Atenas como rival. A disputa pelo poder entre essas duas alianças, uma liderada por Atenas e a outra por Esparta, levou a um novo conflito em 431 a.C., mas, dessa vez, não contra um invasor, mas sim entre as cidades do mundo grego. O conflito ficou conhecido como Guerra do Peloponeso. Espartanos saíram vitoriosos, em 404 a.C., acabando com o predomínio ateniense e iniciando o seu período de supremacia sobre as demais pólis. As disputas internas e as guerras acabaram enfraquecendo a Grécia e facilitando a ação de invasores. Foi assim que, em 338 a.C., Filipe II da Macedônia, um reino ao norte da Grécia, conquistou a região antes pertencente às cidades-Estado gregas. 24 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Após a Guerra do Peloponeso, diversas pólis, como Atenas e Esparta, acabaram enfraquecidas. Assim, durante a batalha de Queroneia, em 338 a.C., em uma coalizão formada por Tebas e Atenas contra o exército de Filipe II, rei da Macedônia, as cidades gregas foram dominadas. Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, tinha como principal estratégia de dominação o estabelecimento de alianças com as elites dos povos vencidos, com isso acabava assimilando alguns costumes locais. Durante o seu reinado, Alexandre, o Grande, deu seguimento à ideia (que já vinha de outros reis) de construir uma imagem de mito. Ele seria descendente de heróis da mitologia grega, como Hércules e Aquiles, ou mesmo filho de Zeus. Alexandre exigia ser tratado como um soberano: os que estavam diretamente subordinados a ele eram considerados seus homens de confiança e fiscalizavam o trabalho dos sátrapas (governadores das satrapias) e dos administradores de regiões menores. Quando eles não se mantinham leais ao imperador, eram substituídos e podiam sofrer severas punições. 25 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Alexandre, o Grande, faleceu aos 33 anos de idade, e, com isso, o Império Macedônico foi se fragmentando e acabou dividido entre os seus generais, chamados de diádocos. OS PRINCIPAIS SUCESSORES DO IMPÉRIO DIVIDIDO FORAM: Cassandro; Lisímaco; Antígono; Ptolomeu e Seleuco. A estratégia de consolidação das conquistas de Alexandre acabou levando ao surgimento do helenismo ou da cultura helenística, que foi resultado do encontro da cultura grega com diversas culturas orientais. A cidade de Alexandria, no Egito, é um dos maiores exemplos da relevância dessa cultura; quem a visitasse poderia conhecer locais como o observatório astronômico, o jardim botânico e o zoológico. Uma das mais importantes obras desse período foi a Biblioteca de Alexandria, considerada a maior da Antiguidade. 26 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Os antigos romanos vinculavam suas origens à lenda dos gêmeos Rômulo e Remo, os filhos de Marte que foram amamentados por uma loba. Rômulo mata Remo e funda Roma, sendo este o primeiro Rei. As origens históricas de Roma remetem-se a um povoamento bastante diverso da região da Península Itálica, que inclui povos como os italiotas, os etruscos e os gregos, estes se uniram e fundaram Roma. A história da civilização romana é, tradicionalmente, dividida em três períodos: Monarquia: 753 a.C. até 509 a.C. República: 509 a.C. até 27 a.C. Império Romano do Ocidente: 27ª.C. até 476 d.C. ROMAROMA 27 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A A primeira forma estruturada de governo em Roma Entre os homens patrícios, um era escolhido para governar a cidade como rei, sendo a principal autoridade. No entanto, ele não governava sozinho, pois também havia o Senado, um conselho de anciãos, no qual os homens mais velhos e chefes das famílias patrícias se reuniam para tomar decisões sobre Roma e auxiliar o rei. Os proprietários de terras eram chamados de patrícios e acabaram se tornando a elite de Roma. A SOCIEDADE ROMANA NESSE PERÍODO ERA DIVIDIDA EM: Patrícios: descendiam das famílias proprietárias de terras e eram a elite da sociedade romana. Clientes: compunham uma camada social que vivia uma relação de favores e auxílios com os patrícios. 28 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Escravos: eram, principalmente, as pessoas que contraíam dívidas com as famílias enriquecidas de Roma e não tinham meio de pagá-las a não ser com a própria vida, tornando-se “escravos por dívida”; podiam ser também prisioneiros de guerra. Entre os diversos povos que habitavam a Península Itálica, estavam os etruscos, por volta do ano 600 a.C., eles assumiram o controle de Roma e passaram a governá-la, dando início a uma época de reis etruscos no poder. No entanto, os patrícios não concordavam com essa situação, pois, com os reis etruscos, essa elite perdera sua influência política. Diante disso, o Senado romano tramou um golpe contra os etruscos, que foram tirados do poder, e um novo governo foi instituído. Plebeus (plebe): formavam a camada de trabalhadores e podiam ser comerciantes, artesãos ou proprietários de terras. 29 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Cansados da exploração e percebendo sua importância para a manutenção da sociedade, os plebeus organizaram uma luta por igualdade política, jurídica e social. A palavra “república” vem do latim “res publica”, que significa “coisa pública”. Com isso, os romanos queriam dizer que essa forma de governo estaria voltada para o benefício de todos, para o bem-estar público. No entanto, mesmo na República, os plebeus, que eram a maioria da população, continuavam proibidos de participar das decisões políticas, pois o órgão de maior poder era o Senado, composto exclusivamente de patrícios. Por volta de 494 a.C., a plebe conseguiu o direito de eleger um representante que, chamado de tribuno da plebe, passou a ocupar um cargo na Assembleia romana, podendo vetar as leis do Senado. 30 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Além disso, alcançaram outras conquistas importantes: Os romanos levaram mais de 200 anos para se expandir por toda a região da Península Itálica. Exército Romano foi se fortalecendo e saindo vitorioso de inúmeras batalhas; assim, os generais passaram a influenciar cada vez mais a política, e a instituição aperfeiçoou suas táticas, seus armamentos e sua organização. Lei das Doze Tábuas, em 450 a.C. :conjunto de leis escritas. Lei Canuleia, em 445 a.C.: lei que permitia o casamento entre patrícios e plebeus, o que antes era proibido. Fim da escravidão por dívida, em 366 a.C.: decreto que proibia uma pessoa endividada de pagar sua dívida tornando-se escrava. Embora todas essas conquistas tivessem sido positivas, elas não resolviam o problema da desigualdade social entre patrícios e plebeus. A questão do acesso à terra, por exemplo, continuou sendo motivo de conflitos entre essas duas camadas sociais. A expansão pela Península Itálica levou os romanos a disputar o poder diretamente com os cartagineses em uma série de grandes conflitos entre Roma e Cartago, chamada de Guerras Púnicas. 31 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Foram três grandes guerras, que duraram quase 120 anos: Primeira Guerra Púnica (264 a 241 a.C.):foi o conflito em que os romanos enfrentaram os cartagineses pela primeira vez e saíram vitoriosos, conquistando as ilhas Sicília, Sardenha e Córsega. Segunda Guerra Púnica (218 a 202 a.C.): foi o mais conhecido dos conflitos entre as duas cidades; teve como um de seus personagens o comandante cartaginês Aníbal Barca. Terceira Guerra Púnica (150 a 146 a.C.): foi a última investida militar de Roma que derrotou definitivamente Cartago. Após vencer os cartagineses, Roma começou a exercer controle sobre o Mediterrâneo Ocidental e logo conseguiualcançar o domínio de todo esse mar, que, assim, passou a ser chamado pelos romanos de Mare Nostrum (Nosso Mar). 32 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Em 49 a.C., César atravessou o Rubicão, um pequeno riacho que delimitava sua província, e invadiu Roma com seu exército, tornando-se ditador romano vitalício. Contudo, em 44 a.C., César foi assassinado. Com isso, membros do Senado promoveram o Segundo Triunvirato, formado por outros três comandantes, Marco Antônio, Lépido e Caio Otávio, sobrinho e filho adotivo de Júlio César. O Império Romano se formou a partir da crise da República e teve como base o trabalho escravo, os tributos pagos pelas províncias e a centralização do poder nas mãos do imperador, que, por sua vez, se apoiava no exército. Os generais, que passaram a ser chamados de imperatores, começaram a almejar o poder político e, para tanto, usaram a fidelidade de seus soldados para intimidar o Senado. Em 60 a.C., três desses generais, Pompeu, Crasso e Júlio César, tomaram o poder e formaram o Primeiro Triunvirato (“trium” de “três”; “vir”de “homem”, ou seja, “três governantes”). 33 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Os romanos foram muito hábeis na construção de templos, teatros, anfiteatros, pórticos, lojas, palácios, casas de banho, tribunais, aquedutos, além de, como citado anteriormente, pontes e estradas. A população romana se divertia com atrações realizadas nos circos, teatros e anfiteatros. Nos teatros aconteciam encenações, como comédias, tragédias e mímicas. Nos circos havia corridas de carros de combate, conhecidos como bigas e quadrigas, puxados por cavalos. Os anfiteatros, que depois passaram a ser chamados de coliseus, eram os locais em que gladiadores e animais selvagens se enfrentavam em espetáculos sangrentos. Na disputa pelo poder, Caio Otávio saiu vencedor após depor Lépido e entrar em conflito com Marco Antônio. Assim, tornou-se imperador de Roma e teve sua vitória reconhecida pelo Senado em 31 a.C., passando a usar o título de Augusto em 27 a.C. Esse título significava “exaltação ao soberano". Durante o Império, o trabalho escravo sustentava boa parte da economia romana, que pode ser considerada comercial e monetária: comercial porque dependia das trocas entre as províncias e o império; e monetária porque o crescimento do comércio foi acompanhado do aumento da circulação das moedas, cunhadas em homenagem aos imperadores. 34 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Esses eventos faziam parte da política de pão e circo (do latim panem et circenses), a qual envolvia a distribuição de alimentos e a promoção de espetáculos para entreter e manipular a população. Em Roma, a família era patriarcal, ou seja, dirigida pelo “pai de família” ou patriarca, que tinha como “bens” edifícios, terras, animais e até mesmo sujeitos, como esposa, filhos e pessoas escravizadas. A religião romana tinha como principal característica o politeísmo. Nos lares, havia o culto aos deuses familiares, os quais representavam as almas dos antepassados e, segundo a crença, zelavam pela proteção de seus descendentes. Muito da cultura grega foi incorporado à religião romana e, por isso, eles também adotaram o culto aos deuses olímpicos, mesclando o que vinha de fora com as particularidades de suas próprias crenças. 35 Assim teve início a prática do colonato, na qual os proprietários de terra disponibilizavam uma parte dela para homens livres e suas famílias morarem e produzirem. JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A Quando o império atingiu sua extensão máxima, as anexações de territórios ficaram cada vez mais difíceis, uma vez que as distâncias eram muito grandes e existiam diversos obstáculos geográficos para chegar às novas terras. Dessa maneira, com poucas guerras de conquista, a quantidade de escravos começou a diminuir e com isso uma crise de desabastecimento. Enquanto os mais ricos, dirigiram-se às suas propriedades rurais em busca de melhores condições de vida, os mais pobres foram atrás do sustento e da proteção que esses proprietários poderiam oferecer. Com isso, a parte ocidental do império passou a viver um processo de ruralização. A partir do século III, o Império Romano começou a passar por uma série de problemas internos que, somados às ondas migratórias dos chamados povos bárbaros, levaram a uma grave crise que causou uma importante transformação no território que hoje corresponde à Europa. FATORES INTERNOS DO DECLÍNIO DO IMPÉRIO Outro fator interno que influenciou na queda do Império Romano foi o cristianismo. Jesus atraiu um grande número de seguidores, que geralmente eram escravos ou membros das camadas mais pobres da sociedade. 36 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A A crise se estendeu por um longo período, durante o qual diversos imperadores estabeleceram ações para tentar controlar a situação: Jesus teve dezenas de discípulos, incluindo os apóstolos, que se encarregaram de divulgar as pregações mesmo após a morte do líder deles. Essas pregações deixavam evidente a crítica à divisão dos grupos em uma sociedade hierarquizada, reforçando que todos eram iguais. Essa crença ameaçava também o politeísmo, base da religião romana, bem como a estrutura social e a autoridade do imperador. FATORES INTERNOS DO DECLÍNIO DO IMPÉRIO Diocleciano (284 d.C.-305 d.C.) fixou preços máximos buscando combater a inflação e criou a tetrarquia, dividindo o império (e o poder) em quatro regiões. Constantino (306 d.C.-337 d.C.) deu liberdade de crença aos cristãos, ao assinar o Édito de Milão, em 313, e mudou a capital do império para Constantinopla (antiga Bizâncio), em 330. Teodósio (378 d.C.-395 d.C.) tornou o cristianismo a religião oficial do império. Após sua morte, cada um de seus filhos ficou com uma parte do império, que foi dividido em Império Romano do Oriente e do Ocidente. 37 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A FATORES EXTERNOS DO DECLÍNIO DO IMPÉRIO A partir do século IV, um grande número de povos estrangeiros começou a pressionar as fronteiras do Império Romano. Em um esforço para solucionar a crise, o império foi dividido em duas partes após a morte do imperador Teodósio: Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla (Bizâncio), e Império Romano do Ocidente, com capital em Roma. Os germanos, interessados nas riquezas do império e pressionados pelos hunos (povos do leste da Ásia, da região da Mongólia, que eram nômades e expansionistas), passaram a adentrar no território romano. Essa situação agravou a crise interna, desencadeando o fim do Império Romano do Ocidente em 476 d.C. Pondo fim a Idade Antiga. 38 JOSOEL P R O F E S S O R D E H I S T Ó R I A E G E O G R A F I A E assim finalizamos nosso módulo! Abraços, professora Marina e professor Josoel! 39
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