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Estudo dirigido - Intervenções Analítico Comportamentais

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ESTUDO DIRIGIDO 
 
1. Quais influências do comportamentalismo para a TCC? 
As principais foram o pragmatismo e apoio técnico do método comportamental: 
Os componentes comportamentais do modelo de terapia cognitivo-comportamental 
tiveram seu início quando pesquisadores TCC começaram a aplicar as idéias de 
behavioristas experimentais. Como a dessensibilização (contato gradual com objetos 
ou situações temidos) e treinamento de relaxamento. Muitas das abordagens iniciais ao 
uso dos princípios comportamentais para a psicoterapia prestavam pouca atenção aos 
processos cognitivos envolvidos nos transtornos psiquiátricos. Pelo contrário, o foco 
era moldar o comportamento mensurável com reforçadores e em eliminar as respostas 
de medo através de exposição. À medida que a terapia comportamental se expandia, 
pesquisadores começaram a incorporar as teorias e estratégias cognitivas a seus 
tratamentos. Eles observaram que a perspectiva cognitiva acrescentava contexto, 
profundidade e entendimento às intervenções comportamentais. Além disso, Beck 
defendeu a inclusão de métodos comportamentais desde o início de seu trabalho, pois 
reconhecia que essas ferramentas são eficazes para reduzir sintomas, e conceitualizou 
um relacionamento estreito entre cognição e comportamento. Desde a década de 1960 
houve uma unificação das formulações cognitivas e comportamentais na psicoterapia. 
Embora ainda existam alguns puristas que possam argumentar sobre os méritos de se 
utilizar uma abordagem cognitiva ou comportamental isolada, terapeutas mais 
pragmáticos consideram os métodos cognitivos e comportamentais como parceiros 
eficazes tanto em teoria quanto na prática. 
2. Explique condicionamento operante e condicionamento reflexo como formas 
de aprendizagem. 
É uma forma de aprendizagem que consiste em associar um estímulo a uma 
resposta, com a finalidade de que a resposta se produza mais ou menos. A ideia é que 
provoque um comportamento e que, depois desse comportamento, exista uma 
consequência. O condicionamento é um processo de aprendizagem e modificação de 
comportamento através de mecanismos estímulo-resposta sobre o sistema nervoso 
central do indivíduo. Esse processo é vinculado ao Behaviorismo ou 
Comportamentalismo, que é o conjunto de ideias presente na Psicologia que vê o 
comportamento como único, devendo ser o objeto de estudo da Psicologia. 
O primeiro tipo de condicionamento, denominado Condicionamento Clássico foi 
desenvolvido pelo fisiologista russo Ivan Pavlov. Pavlov fez uma experiência 
envolvendo um cão, uma campainha e um pedaço de carne. O fisiologista percebeu 
que quando o cão via o pedaço de carne, ele salivava, o que foi chamado de reflexo 
não condicionado. Pavlov também começou a tocar a campainha (estímulo neutro) 
quando ia mostrar o pedaço de carne. Rapidamente o cão passou a associar a carne 
com a campainha, salivando também toda vez que ela era tocada. Essa reação a um 
estímulo neutro foi chamada de reflexo condicionado. 
Ambos são formas, modelos de aprendizagens, de aprendizagem condicionada, 
com processos diferentes, mas complementares: condicionamento operante ou 
skinneriano: envolve a colocação de um sinal neutro ANTES do reflexo, consiste em 
associar um estímulo a uma resposta, a ideia é que provoque um comportamento e que, 
depois desse comportamento, exista uma consequência. 
Concentra-se em comportamentos involuntários, automáticos. Condicionamento 
reflexo, ou respondente, ou clássico ou pavloviano: envolve a aplicação de reforço ou 
punição DEPOIS de um comportamento, é um processo de aprendizagem e 
modificação de comportamento através de mecanismos estímulo-resposta sobre o 
sistema nervoso central do indivíduo. Concentra-se no fortalecimento ou 
enfraquecimento de probabilidade de comportamentos voluntários ocorrerem 
novamente do futuro. estímulo – resposta – reforço; reforço positivo x reforço negativo 
x punição. 
3. Explique a aprendizagem social esmiuçando reforço vicário, modelagem, 
processos cognitivos, auto reforço e autoeficácia. 
Reforço vicário: aprendizagem mediante a observação de consequências; 
Modelagem: modificação de comportamento a partir da observação; 
Processo cognitivos: concentra-se na a atenção; na retenção (observar, codificar, 
representar) de imagens e instruções; na produção de práticas; e na motivação 
(antecipação reforçada ou afastamento da punição; 
Autoreforço: ocorre através de eventos tangíveis: nota boa na prova é igual a ida 
ao cinema, ou nota ruim na prova é igual a deixar de ganhar algo, por exemplo; e 
através de eventos intengíveis: nota boa na prova é igual a orgulho, ou nota ruim na 
prova é o mesmo que vergonha/culpa. 
Autoeficácia: aprendemos quando temos sentimento de adequação/ajustamento 
e eficácia para lidarmos com a vida, como: aquisição de desempenho através de 
realizações e/ou fracassos prévios; através da experiência vicariante quando vemos 
outros obterem bom desempenho; através da persuasão verbal, quando nos 
lembramos e nos damos conta que somos capazes; e através da estimulação 
fisiológica e emocional, nos momentos que temos medo, ansiedade. 
4. Como surgiu a TCC? Como Beck a desenvolveu? 
No final de 1950 e início de 1960, o psiquiatra e psicanalista Aaron T. Beck, 
professor-assistente na Universidade da Pennsylvania, teve a iniciativa de testar a 
afirmação da psicanálise de que “a depressão é resultante de hostilidade voltada contra 
si mesmo”. Ele realizou a pesquisa, analisando os sonhos de pacientes com depressão. 
E acabou concluindo que a ideia de que deprimidos têm necessidade de sofrer, poderia 
não ser correta. 
E então ele chegou, na continuidade da pesquisa, à conclusão de que os 
pacientes tinham pensamentos automáticos negativos e que eles estavam ligados às 
emoções de cada paciente. Ele passou a orientar os seus pacientes a identificar, 
avaliar e responder aos pensamentos irrealistas e desadaptativos. E foi constatada a 
melhora dos pacientes. 
5. Quais principais características da TCC? 
Identificar pensamentos e comportamentos distorcidos do paciente e auxiliar a 
ressignificar eles para que então ocorra a mudança de comportamento. Ajudar o 
paciente/cliente a identificar pensamentos desajustados e comportamentos 
distorcidos/disfuncionais, e auxiliá-los a resignificar para que então ocorra a mudança 
de comportamento. 
Esse método valoriza o pensamento, o afeto, o comportamento, a biologia e o 
meio ambiente. As técnicas desse modelo são baseadas, principalmente, em 
monitoramento dos pensamentos. Não são os eventos que ocorrem, mas as 
percepções que o indivíduo adquire/forma desses eventos que resultam em 
mudanças/desajustes emocionais. 
 
 
6. Quais princípios da TCC? Explique-os. 
 Baseia-se em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos problemas dos 
pacientes e na conceituação individual de cada um deles em termos cognitivos; 
 Requer uma participação efetiva e contínua do paciente em todo o processo; 
 Enfatiza, dá elevada importância à colaboração e à participação ativa do 
paciente, encarando a terapia como um trabalho em equipe; 
 Ela é orientada para os objetivos e focada nos problemas; 
 Foca o presente. Os problemas no aqui e agora independente do diagnóstico; 
 A TCC é educativa, objetiva orientar o paciente a ser o seu próprio terapeuta, 
além realçar a prevenção de recaídas; 
 Ela visa a um tratamento por um tempo limitado, mas propõe que tal princípio se 
adequa a cada caso e à gravidade do diagnóstico; 
 As sessões da TCC são estruturadas, independentemente do diagnóstico e da 
etapa do tratamento. Deve ter uma parte introdutória, uma intermediária e uma 
final, feedback. Assim, a terapia é melhor compreendida pelo paciente e terá 
maximização da eficiência e da eficácia; 
 A TCC se propõe ensinar os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus 
pensamentos e crenças disfuncionais; 
 A TCC usa técnicas diversas,objetivando as mudanças do pensamento, do 
humor e do comportamento dos pacientes. 
7. Explique o porquê da TCC ter uma sessão estruturada? 
Para alcançar resultados cada vez melhores, o psicólogo precisará elaborar a 
estrutura da sessão em TCC. Isso quer dizer que o terapeuta deve estabelecer, 
previamente, os assuntos que serão abordados em cada encontro, a fim de tornar o 
processo mais focado e eficiente. 
8. Quais noções básicas da Teoria Cognitiva? 
A terapia cognitiva tem a premissa básica de que a maneira como as pessoas 
interpretam suas experiências determina como elas sentem e como se comportam. A 
afirmativa do filósofo estoico Epicteto (60-117 d.C.) de que "Os homens se perturbam 
não pelas coisas, mas pela visão que têm delas", expressa a ideia central modelo 
cognitivo. De acordo com o modelo, existem erros no processamento da informação 
(de lógica) sob a forma de pensamentos disfuncionais, distorções cognitivas 
responsáveis pelos sintomas, em vários transtornos mentais: nos transtornos de 
ansiedade, transtornos da personalidade, transtornos alimentares, depressão, entre 
outros. 
O modelo cognitivo levanta a hipótese de que a emoção e o comportamento das 
pessoas são influenciados por sua percepção e eventos. Não é uma situação por si só, 
que determina o que as pessoas sentem, mais sim o modo que elas interpretam uma 
situação. Portanto, diante de uma situação elas pensam, se emocionam e se 
comportam. 
9. Explique a Tríade cognitiva da TCC. 
A tríade cognitiva é subdividida em 3 itens: a visão de si, a visão do outro ou do 
mundo e a visão do futuro. 
Como saber o que o paciente pensa sobre cada um destes elementos da tríade? 
Algumas possibilidades dentro da Terapia Cognitivo-Comportamental são o 
questionamento socrático e o feedback, entre outras possibilidades. Abaixo seguem 
perguntas que irão te auxiliar como terapêuta a planejar o questionamento socrático 
para investigar a tríade cognitiva de seus pacientes. 
A visão de si: Como o paciente se vê – autoconceito? Existem aspectos 
negativos neste autoconceito? Existem aspectos positivos? Quais são os pensamentos 
automáticos negativos e crenças sobre a visão de si? O paciente sabe o quanto esta 
visão de si está impactando a vida dele? 
A visão do outro e do mundo: Como os outros avaliam o paciente? Ele quer 
agradar todos? Qual impacto em sua vida pensar e se comportar desta forma? Como o 
paciente valida esses pensamentos? Quais são as estratégias de intervenções efetivas 
neste caso? 
Visão do futuro: Como o paciente se vê daqui a ___ semanas/ meses/ anos? O 
paciente quer mudar algo? Há estimativa de tempo para esta mudança? Ou por que 
esta pessoa não quer mudar? Se vê melhor ou pior que nesta visão de futuro? Qual a 
visão do presente em comparação com futuro? O paciente tem expectativas irreais 
com a psicoterapia? Como ele vê que a psicoterapia irá afetar seu futuro? 
 
10. Explique os conceitos fundamentais da TCC (Pensamento automático, 
Crenças centrais, Crenças intermediárias e Esquemas MENTAIS) 
Os pensamentos automáticos são conteúdos espontâneos que fluem em nossa 
mente a partir de acontecimentos do nosso dia a dia. Os pensamentos automáticos 
estão intimamente relacionados com as crenças centrais e não necessariamente são 
peculiares a pessoas com angústia, são pensamentos comuns a todos os indivíduos. O 
que se sabe é que a maioria das pessoas não é ciente de sua existência, embora com 
um pouco de treino já se possa trazer esses pensamentos facilmente à consciência. 
As crenças centrais seriam o nível mais profundo da estrutura cognitiva e 
compostas por ideias absolutistas, rígidas e globais que um indivíduo tem sobre si 
mesmo, as pessoas e o mundo. São incondicionais, isto é, independente da situação 
que se apresente ao indivíduo, ele irá pensar de modo consoante com suas crenças. 
Exs: desamparo — a pessoa pensa ser frágil, vulnerável, carente, incapaz, 
incompetente, fracassada, descontrolada, inadequada. Pensamentos recorrentes são: 
“não consigo mudar”, “não sou bom o suficiente”, “não consigo fazer isso”, “jamais 
aprenderei isso”; desamor — o indivíduo acredita ser indesejável, indigno de amor, 
defeituoso, imperfeito, sem atrativos, abandonado, rejeitado, sozinho. Pensamentos 
recorrentes são: “não sou bom nem querido o suficiente para ser amado e desejado”, 
“serei sempre rejeitado”; desvalor — a pessoa tem a ideia de não ter valor algum, louca, 
lixo, derrotada, cruel. Pensamentos recorrentes são: “não mereço nada”, “não mereço 
viver”, “não sou digno de atenção”, “não tenho valor, sou um lixo”; “sou cruel; “sou mau”. 
As crenças intermediárias correspondem ao segundo nível de pensamento e 
refletem ideias ou entendimentos mais profundos que os pensamentos automáticos e 
ocorrem sob a forma de suposições ou regras. Constituem uma forma que o indivíduo 
encontrou para reduzir o sofrimento provocado pelas crenças centrais. 
Os esquemas seriam estruturas de cognição com significados, servindo como o 
principal caminho para o funcionamento ou adaptação psicológica. Os esquemas são 
considerados ingredientes de suma importância no modelo cognitivo, pois eles servem 
para moldar os dados em cognições, constituindo a base para extrair, diferenciar e 
codificar os estímulos que confrontam o indivíduo. Os esquemas são estruturas 
mentais que interligam as crenças da pessoa direcionando seus comportamentos nas 
mais diversas situações. Normalmente são “(…) evocados por estressores e fatores 
precipitantes” (CAMINHA ET AL., 2003, p. 40) que ao serem tratados ou resinificados 
podem ajudar o indivíduo a funcionar de uma maneira mais equilibrada. 
 
É importante frisar que no início da terapia deve-se trabalhar os pensamentos 
automáticos negativos, ajudando a pessoa em um segundo momento a flexibilizar suas 
crenças em relação a si mesma, a como ela enxerga o mundo em que vive e às 
pessoas de modo geral para que seja possibilitada uma melhora mais “duradoura no 
seu humor e no comportamento” (BECK, 2011, p. 23). 
Beck (1997) mostra que os tipos de esquemas empregados determinam como o 
indivíduo estruturará experiências diferentes e quando eles são ativados em uma 
situação específica determinam diretamente o modo como a pessoa responde. 
De acordo com Beck (2000), esquemas seriam estruturas de cognição com 
significados, servindo como o principal caminho para o funcionamento ou adaptação 
psicológica. Entende-se que esse significado refere-se à interpretação da pessoa sobre 
um determinado contexto e da relação daquele contexto com ela. Os esquemas seriam 
estruturas e estariam compostos por crenças. 
11. Como é o curso de tratamento da TCC? 
A terapia cognitiva geralmente é breve, com duração entre 10 e 20 sessões. Em 
algumas situações, como no tratamento de transtornos da personalidade, pode se 
estender por mais tempo. A terapia é uma descoberta guiada por meio de um trabalho 
colaborativo entre paciente e terapeuta (empiricismo colaborativo). A função do 
terapeuta é auxiliar o paciente a usar os próprios recursos para identificar erros de 
lógica, pensamentos e crenças errôneos ou disfuncionais e, posteriormente, corrigi-los 
mediante exame das evidências, testes comportamentais e geração de pensamentos 
alternativos. Utiliza sessões estruturadas, com uma sequência de tópicos 
predeterminada, e suas marcas registra das são as tarefas para casa, as 
autoavaliações constantes e os feedbacks tanto do terapeuta como do paciente. 
No início da terapia, o paciente é treinado a identificar e a registrar seus 
pensamentos automáticos e crenças subjacentes para, em um segundo momento, 
utilizar diversas intervenções destinadas a corrigi-los mediante o exame de evidências 
por meio de técnicas como o questionamento socrático, a "descatastrofização”, o 
exame das vantagens e desvantagens, a reatribuição ou ressignificação, a geração de 
pensamentos alternativos, entre outras. 
Aterapia cognitiva também utiliza técnicas tipicamente comportamentais 
exposição, prevenção de rituais, modelação, role-playing, treino de assertividade, 
técnicas de relaxamento muscular e controle respiratório, planilhas de atividades e 
ensaio de comportamentos. Como já comentado. por esse motivo, a tendência atual é 
designar a terapia cognitiva de TCC A TCC utiliza registros de pensamentos 
disfuncionais para, posteriormente, submetê-los ao exame de evidência. Também faz o 
monitoramento constante do curso da terapia mediante a aplicação de escalas e 
autoavaliações. 
A TCC utiliza também a psicoeducação com explanações sobre os mecanismos 
que perpetuam a doença, bem como estimula leituras e a busca do conhecimento 
sobre o trans torno que o paciente apresenta. Na sessão, é comum o uso de caneta e 
papel, desenhos, figuras e esquemas, a fim de ilustrar o modelo cognitivo e a inter-
relação entre os diferentes ele mentos cognitivos e comportamentais: situação 
ativadora, pensamentos disfuncionais e consequências (humor, comportamento, 
reações físicas)- modelo ABC. 
12- Explique a funcionalidade de cada técnica a seguir RPD: Flecha 
descendente, Questionamento Socrático, Continuum, Psicoedução, Role Play 
(explique 3 tipos), Curtograma, Mindfullness, Programa de Atividades, Treino de 
Habilidades Sociais, Ensaio Comportamental, Respiração diafragmática, 
Relaxamento Muscular progressivo, Dessensibilizarão Sistemática, Agenda 
domínio e prazer e Pizza da responsabilidade. 
RPD: Registro de pensamentos disfuncionais. Objetivo esmiuçar os 
pensamentos automáticos; para exame de evidencias e a relação entre 
automonitoramento e treino. Pensamentos automáticos podem ser corretos, mas 
ativação emocional pode ser desproporcional; Porvezes o sofrimento é racional, e 
podemos agir com trabalhos via vezes o sofrimento é racional, e podemos agir com 
trabalhos via emoção e resolução de problemas e ACEITAÇÃO; 
Flecha descendente: OU Pensamento alternativo: De acordo com Cordioli 
(2008), esta técnica consiste em um exercício que permite a correção de pensamentos 
catastróficos e de crenças distorcidas. Inicia-se pela falha e explicitação das 
consequências imaginadas, que geralmente são catastróficas; 
Questionamento Socrático: Perseguir o pensamento, em muitas direções; 
Explorar a verdade sobre as coisas. Muitas vezes já temos hipótese acurada da 
resposta; Poder da própria escuta. Perguntas Abertas. São perguntas que o terapeuta 
faz para o paciente buscando questionar os fundamentos de seus pensamentos 
automáticos e que, reconhecendo a ausência deles, possa modificá-los. Buscam-se as 
evidências que sustentam ou não as crenças e pensamentos automáticos, bem como 
sobre outras possíveis alternativas de interpretar as situações (RANGÉ, 2001). O 
método socrático é amplamente utilizado pelo terapeuta nas sessões; 
Respiração Diafragmática: Esta técnica de respiração consiste em concentrar o 
ar na região do diafragma (músculo que fica na altura do estômago), fazendo a barriga 
estufar e voltar ao normal ao puxar e soltar o ar, respectivamente. Deve ser feita 
lentamente, geralmente usando uma contagem até 3 para inspirar e até 6 para expirar. 
A respiração diafragmática ajuda a ativar o sistema autônomo parassimpático de nosso 
cérebro, responsável por inibir a ação do sistema simpático e restaurar a sensação de 
relaxamento. Por isso ela é uma técnica tão importante para os casos de ansiedade. 
Além disso, é um bom exercício de distração, ajudando a pessoa a se desvencilhar da 
hipervigilância aos sintomas físicos e cognitivos da crise; 
Continuumm: Cuidado para não invalidar emoção e ser racionalista demais nas 
interpretações. Permite flexibilizar pensamentos dicotômicos ou do tipo “tudo ou nada”, 
“oito ou oitenta”. Através dessa técnica, o paciente analisa as situações dentro de um 
continuum de 0 a 100%, identificando nuances intermediárias com o intuito de auxiliá-lo 
a perceber que existem opções mais equilibradas que não haviam sido consideradas 
em função de seu pensamento extremista; 
Psicoeducação: Essa técnica se baseia na explicação de questões importantes 
do tratamento psicológico ao paciente. Ela deve ser feita da forma mais simples e 
didática possível, de acordo com a linguagem de cada pessoa. A psicoeducação trata 
tanto de dados sobre o diagnóstico quanto de explicações sobre as atividades que são 
utilizadas durante as sessões. Além disso, a técnica contribui também para diminuir a 
ansiedade do paciente diante de um diagnóstico difícil ou mesmo do desafio de fazer 
terapia; 
Curtograma: O Curtograma é um quadro a ser completado de acordo com 
nossas expectativas e ações, a fim de facilitar a avaliação das mesmas e tomada de 
atitudes. É composto de quatro partes, as quais devem ser preenchidas de acordo com 
a opinião de cada um. É um exercício de autoconhecimento e reflexão; 
Mindfullness: Especificamente, o mindfulness refere-se à capacidade de prestar 
atenção no momento presente, a tudo que surge interna ou externamente, sem a 
realização de julgamentos ou o desejo de que as coisas sejam diferentes. Assim, 
quando o mindfulness ocorre, o indivíduo tem uma consciência sincera, intencional, ao 
que está acontecendo de momento a momento, sem julgar, na vivência enquanto ela 
ocorre. Pode-se dizer, então, que mindfulness é a habilidade de estar consciente dos 
seus pensamentos, emoções, sensações e ações, no momento presente sem julgar ou 
criticar a si mesmo ou a própria experiência. Também conhecido como uma meditação 
envolvendo o desenvolvimento da atenção plena; 
Role play: Role play emocional ou racional, troca de papeis ou treinando 
emoções. Terapeuta e cliente se comportam imitando o comportamento de alguma 
pessoa relevante no ambiente natural do sujeito ou fazendo uma representação do 
comportamento do próprio sujeito em alguma situação social. Serve para treinar o 
paciente a interagir adequadamente em situações sociais; 
Pizza ou torta da responsabilidade: Esta técnica segundo Cordioli (2004), serve 
para corrigir as crenças distorcidas envolvendo o excesso de responsabilidade, onde 
cada fatia da pizza vai representar o percentual de responsabilidade atribuído tanto 
para o próprio paciente, quanto para os outros; 
O programa de atividades: similar à técnica anterior, permite ao paciente 
programar atividades prazerosas em sua rotina, passando a realizar atividades diárias 
que lhe tragam recompensas, aumentando sua sensação de autoeficácia e busca por 
outras atividades que lhe deem prazer; 
Ensaio comportamental: Como o nome diz é um ensaio de comportamentos 
desejados. Nessa técnica o paciente dramatiza o comportamento que planeja conduzir 
fora da terapia. Ex.: O paciente pode demonstrar como ser assertivo mediante um 
diálogo com seu chefe; 
Dessensibilização sistemática: Técnica muito utilizada no tratamento de fobias e 
síndrome do pânico. Ela consiste em expor a pessoa aos elementos que lhe causam 
medo de maneira gradual, segura e guiada pelo terapeuta. Ao fazer isso na terapia, o 
paciente tem a possibilidade de substituir os sentimentos de tensão por relaxamento. A 
exposição, nesse caso, não é física. Em geral, o terapeuta conduz o paciente na sua 
imaginação. 
13. Qual a tríade cognitiva da depressão? 
Na depressão, pela visão essencialmente negativa ele vê a si mesmo (desvalia), 
o mundo (ambiente hostil) e o seu futuro (derrota). O indivíduo passa a se sentir e 
comportar conforme essas percepções distorcidas. 
14. Explique o modelo cognitivo da depressão? 
São os pensamentos, idéias e imagens distorcidos a base dos sintomas da 
depressão. O enfoque cognitivo enfatiza as mal-adaptações da estrutura cognitiva do 
indivíduo e os mecanismos defeituosos de processamento de informação em uma 
determinada doença, como por exemplo a depressão. 
Como o alívio dos sintomas é o objetivo inicial do tratamento, o comportamento 
é importante nestaabordagem. Uma das bases teóricas dos procedimentos do 
tratamento para a depressão na TC vem da teoria de Lewinsohn que diz que a 
aprendizagem social e o reforço positivo são fatores que contribuem para o início e a 
manutenção dos estados depressivos. Sua teoria afirma que os pacientes sentem 
depressão porque estão experimentando redução no reforço geral do mundo externo – 
decorrente da redução do reforço positivo e/ou excesso de experiências aversivas. A 
depressão é conceituada nesse modelo como um círculo vicioso de retraimento gradual 
do paciente ante as atividades positivas e a perda exponencial do reforçamento. Assim, 
o terapeuta precisa trabalhar de modo incisivo para aumentar o envolvimento do 
paciente deprimido em atividades de reforço e interações sociais. 
15. Quais informações essenciais para o tratamento de TCC na depressão. 
1) foco nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos; 
2) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; 
3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da situação 
problema. 
16. Qual a estrutura do tratamento da depressão na TCC? 
a) identificar suas percepções distorcidas; 
b) reconhecer os pensamentos negativos e buscar pensamentos alternativos 
que reflitam a realidade mais de perto; 
c) encontrar as evidências que sustentam os pensamentos negativos e os 
alternativos; 
d) gerar pensamentos mais acurados e dignos de crédito associados a 
determinadas situações em um processo chamado reestruturação cognitiva. 
17. Quais diferenças entre o tratamento da bipolaridade e depressão? 
O tratamento na TCC para o transtorno bipolar é mais longa do que para a 
depressão, sendo dividida em três momentos. Nas sessões iniciais, a psicoeducação 
sobre o transtorno é o elemento principal, sendo importante a participação da família. 
Nas sessões intermediárias, o foco se dá na reestruturação cognitiva e na 
solução de problemas. Nas sessões finais, é realizada a prevenção da recaída. 
18. Explique a estrutura do tratamento de Bipolaridade na TCC? 
É uma psicoterapia de duração extensa, cujos objetivos do tratamento são: 
educar o paciente e seus familiares assim como as pessoas que convivem com o 
paciente, seu tratamento e as dificuldades associadas à doença; ajudar o paciente a 
desenvolver um papel mais ativo no tratamento; ensinar técnicas de monitoração de 
ocorrência, gravidade e curso dos sintomas; oferecer atividades não farmacológicas 
para lidar com os pensamentos, emoções e comportamentos problemáticos; auxiliar a 
controlar sintomas leves; ajudar a encarar fatores de estresse que podem acelerar 
episódios de mania e depressão; prevenir a recorrência de episódios de humor; instigar 
a aceitação do diagnóstico; enfraquecer trauma e estigma associados; ensinar 
habilidades para lidar com problemas, sintomas e dificuldades 
19. Explique a importância da farmacologia e rede para na TCC para bipolaridade. 
O tratamento farmacológico eé essencial para o tratamento do transtorno bipolar, 
mas se tem dados de que apenas 40% de todos os pacientes que aderem às 
medicações e permanecem assintomáticos durante o período de seguimento, o que 
tem levado ao desenvolvimento de intervenções psicoterápicas associadas. As 
intervenções envolvendo familiares e a terapia interpessoal e de ritmo social se 
mostram tratamentos eficazes em determinadas situações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. Explique o modelo cognitivo do Transtorno do Panico e Agorafobia. 
 
Trabalha-se com a hipótese de que a repetição de ataques torne os indivíduos 
progressivamente mais sensíveis aos estímulos internos e a situações em que o 
ataque ocorreu e que eleve a vigilância sobre qualquer sensação física. Combinado a 
isso, há ansiedade antecipatória, medo de sofrer outro ataque, e as interpretações 
catastróficas dos sintomas quando estes ocorrem. 
Tal comportamento condicionado pelo medo leva a que o indivíduo evite os 
sintomas somáticos (por exemplo: exercícios físicos) ou lugares associados a ataques 
prévios (agorafobia). Em conseqüência, os pacientes começam a ter limitações em 
suas atividades cotidianas. 
21. Explique como você faria o tratamento de um TP e de AG, esmiuçando suas 
diferenças. 
As técnicas de relaxamento muscular progressivo, hiperventilação como 
exercício de exposição interoceptiva, treino respiratório, hierarquias de exposições 
registros diários e freqüente reforçamento positivo social são as técnicas utilizadas para 
ambos (não encontrei a diferença entre elas). 
22. O que é generalização respondente? 
É quando o indivíduo passa a emitir a mesma resposta para estímulos parecidos 
fisicamente. Por exemplo: alguém que tenha medo de galinha generaliza para qualquer 
tipo de ave o seu medo por causa da semelhança física. 
23. Qual a importância da exposição nos tratamentos de ansiedade? 
A exposição pode produzir a extinção da reação exagerada de medo. A técnica 
que tem sido mais empregada é a de dessensibilização progressiva (programa de 
exposição gradual ao estímulo) de acordo com uma lista hierárquica das situações ou 
objetos temidos. 
A dessensibilização sistemática é um tipo de técnica de exposição muito 
utilizada no tratamento de fobias e síndrome do pânico. Ela consiste em expor a 
pessoa aos elementos que lhe causam medo de maneira gradual, segura e guiada pelo 
terapeuta. Ao fazer isso na terapia, o paciente tem a possibilidade de substituir os 
sentimentos de tensão por relaxamento. 
A exposição, nesse caso, não é física. Em geral, o terapeuta conduz o paciente 
na sua imaginação. Enquanto pensa na fonte de ansiedade, ele coloca em prática as 
técnicas de relaxamento que aprendeu. Quando já estiver mais seguro, a pessoa pode 
repetir esse exercício em sua rotina fora da clínica. 
24. Qual diferença entre medo e ansiedade? 
O medo é uma emoção ligada ao presente diante de uma situação que 
representa perigo real. O cérebro libera compostos químicos involuntariamente e o 
corpo reage com aceleração da respiração, sudorese, contração muscular, mãos 
úmidas, batimentos cardíacos rápidos e outros fatores. 
A ansiedade é uma sensação vaga e difusa, desagradável de apreensão e 
acompanhada de várias sensações físicas, como mal estar epigástrico, sudosere, 
palpitações, cefaléia, inquietação, entre outros. O medo também estará ligado a uma 
situação ou objeto específico, apresentado perigo real ou imaginário. Ele precisa de 
estímulos externos para acontecer, já que funciona como um alerta natural de 
sobrevivência diante do perigo. 
25. Explique o que é vulnerabilidade biológica e como isso influência no 
desenvolvimento de crenças. 
Epigenética, neurodesenvolvimento e plasticidade. 
26. Como é a tríade de um ansioso social? 
É a forma como o indivíduo vê a si mesmo (vulnerável), o mundo/ambiente 
(perigoso) e o seu futuro (incerto). 
27. Faça um exemplo de RPD de cada transtorno estudado. 
28. Explique as distorções cognitivas: Leitura mental Previsão de futuro 
Catastrofização Rotulação Supergeneralização Filtro Negativo Tudo ou Nada 
Comparação injusta Abstração seletiva Maximização Minimização. 
Leitura mental: Nessa distorção o ponto está em achar que sabe o que os outros 
estão pensando. Então, sem qualquer dado concreto ou evidência, a pessoa infere o 
que alguém pensa ou sente a respeito dela. Em um exemplo prático, um profissional 
que não conquista uma promoção pode considerar que isso aconteceu porque o chefe 
o odeia — ignorando outras hipóteses prováveis para o acontecimento. 
Outro exemplo clássico, que se repete no dia a dia de quem tem essa distorção 
cognitiva, é deduzir que os outros devem falar ou pensar mal de suas condutas. Esse 
pensamento disfuncional está diretamente ligado à crença central da necessidade de 
aprovação. 
Previsão de futuro: Também denominadas como premonição, adivinhação ou 
predição de futuro, essas distorções cognitivas causam ideias infundadas sobre osacontecimentos que estão por vir. Elas estão presentes quando chegamos a 
determinadas conclusões irracionais sobre nós mesmos ou em relação a como as 
outras pessoas vão agir. Veja algumas situações comuns: “Não vou passar na 
entrevista”; “Vou ficar nervoso na hora da apresentação”; “As pessoas não vão gostar 
de mim”; “Não vou me sentir à vontade naquele ambiente”. 
Catastrofização: Esse é um dos tipos de distorções cognitivas que mais causam 
sofrimento emocional, porque as pessoas com esse padrão estão frequentemente 
esperando o pior de cada situação que vivem. O nível de ansiedade de quem 
apresenta esses pensamentos é muito alto a ponto de deixar de fazer várias coisas, 
como não andar de avião porque ele vai cair, não dar uma opinião porque vai ser 
humilhado, etc. Essas pessoas também costumam ficar muito nervosas quando não 
conseguem falar com alguém que amam. A ansiedade da catastrofização as fazem 
pensar que a pessoa não está respondendo porque sofreu um acidente ou algo muito 
ruim aconteceu 
Rotulação: Com o pensamento da rotulação, o foco não está na atitude isolada e 
sim no papel assumido. Dessa forma, em vez de avaliarmos um erro — próprio ou dos 
outros como algo eventual e aceitável, partimos para a definição de rótulos pejorativos, 
como: “Ele é um inútil, incompetente”; “Ela é falsa e mentirosa”; “Eu sou um 
fracassado”. 
Supergeneralização: Esse tipo trata de um estereótipo de pensamento que 
transforma um caso específico em uma regra para a vida. Diante de um acontecimento 
difícil, a pessoa com essa distorção generaliza a realidade e passa a acreditar que ela 
é uma verdade absoluta. Por exemplo, a pessoa citada na distorção acima considera 
que sempre se deu mal nas provas e que nunca terá bons resultados nos estudos. 
Filtro Negativo ou filtro mental: Nessa outra distorção cognitiva, há uma visão 
predominantemente negativa sobre a vida. A pessoa foca nos acontecimentos ruins e 
ignora o que existe de positivo. Por exemplo, alguém que não tenha conseguido a nota 
que queria em uma prova pode achar que nunca foi bem nos estudos, ignorando todos 
os outros resultados positivos que já obteve antes. 
Tudo ou Nada ou Pensamento dicotômico ou polarizado: Todas as situações 
que vivemos têm várias maneiras de serem interpretadas e vários caminhos a seguir. 
Mas isso não acontece quando essa distorção cognitiva atua. Nesse caso, a pessoa 
enxerga a vida somente a partir de duas ideias polarizadas - tudo ou nada, “oito ou 
oitenta”, ou seja, é um padrão de pensamento inflexível. 
Em um exemplo profissional, seria alguém dizer que se não ganhar uma 
promoção no trabalho é porque é um péssimo funcionário. Assim, as condições 
alternativas não são consideradas, como se existissem apenas duas possibilidades 
para concluir qualquer situação. 
Comparação injusta: Essa distorção cognitiva faz com que a pessoa faça 
comparações irreais entre sua vida e as conquistas alheias: “ele é mais bem-sucedido 
que eu”, “ela conseguiu fazer aquela viagem, e eu não” sem avaliar os caminhos que 
foram trilhados para chegar a tal ponto. Isso causa um sentimento de inferioridade e 
insatisfação com os próprios resultados. 
Abstração seletiva: É a tendência a focalizar apenas um detalhe retirado de um 
contexto, ignorando outros aspectos também importantes, e conceber a totalidade da 
experiência com base no fragmento selecionado. Presta-se atenção indevida a um 
detalhe negativo em vez de considerar o quadro geral. 
Exemplos: Cometi um erro neste trabalho, ele está deplorável (quando o erro é 
secundário e está em meio a muitos aspectos positivos do trabalho). Sou impotente 
(diante de uma única falha erétil). 
Maximização e Minimização: Nesses casos, acontece de alguém minimizar suas 
conquistas ou aspectos positivos e maximizar os erros e as coisas negativas que 
acontecem. Assim, a pessoa dá grande importância às suas falhas e as considera de 
sua total responsabilidade, enquanto as realizações são desconsideradas e tratadas 
como obra da sorte ou fruto da ajuda de outros. 
29. Explique o viés atencional na TCC. 
É a seleção, direcionamento, ou concentração de atenção em determinado(s) 
estímulo(s) com maior prioridade que outros. 
30. Explique as principais técnicas para utilizar em cada transtorno estudado. 
Transtorno Depressivo – RPD, Reatribuição de responsabilidade, Reconhecer conexão 
entre: cognição, afetos e comportamentos, Examinar evidências, Aprender a identificar 
cognições e crenças e alterá-las, Uso da dramatização e Role-play, Flecha 
descendente; 
Transtorno Bipolar – Psicoeducação, RPD, Coping, Automonitoramento, 
Reestruturação cognitiva e resolução de problemas, Prevenção a recaída; 
Transtornos de Ansiedade Específica – Reestruturação cognitiva, Relaxamento 
muscular progressivo, Dessensibilização sistemática, Modelação e Exposição 
imaginária; 
Transtorno do Pânico e Agorafobia – Respiração diafragmática, psicoeducação, 
Automonitoramento, Exposição interoceptiva; 
Transtorno de Ansiedade Generalizada – Restruturação cognitiva; Solução de 
problemas e manejo do tempo e Técnicas de respiração e relaxamento muscular para o 
nível fisiológico. 
Transtorno de Ansiedade Social – Exposição, reestruturação cognitiva, técnicas de 
relaxamento e treino de habilidades sociais. 
Transtorno Obssessivo Compulsivo – Exposição e Prevenção, Psicoeducação, RPD; 
Transtorno do Estresse Pós-Traumático – Exposição, Psicoeducação, Reestruturação 
Cognitiva, Prevenção à recaída, Exercícios de regulação emocional, Estratégias de 
adesão ao tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
31. No TAG, explique o modelo cognitivo e como podemos trabalhar as 
preocupações? 
 
O modelo cognitivo de Beck, no qual situações/eventos geram pensamentos 
automáticos e esses, produzem sentimentos e reações no indivíduo (BECK, 2013). Há 
uma interação entre a cognição, a emoção e o comportamento, que influenciam o 
funcionamento normal e patológico dos indivíduos (KNAPP, 2004). 
A TCC para o tratamento do TAG se caracteriza pela modificação das crenças 
disfuncionais e pela estratégia de controle dos pensamentos. As metas são: normalizar 
a preocupação; corrigir crenças e interpretações de questões preocupantes; modificar 
crenças metacognitivas positivas e negativas; eliminar a preocupação sobre a 
preocupação; reduzir a confiança de estratégias disfuncionais e promover repostas de 
controles adaptativos; melhorar a confiança da capacidade de resolução de problemas; 
aumentar o controle sobre a preocupação; fortalecer a auto confiança para desafios 
futuros; aceitar riscos e tolerar resultados incertos; e aumentar a tolerância a emoção 
negativa (CLARK; BECK, 2012; MARQUES; BORBA, 2016). 
O tratamento envolve a reestruturação cognitiva e a correção das distorções 
cognitivas (MARQUES; BORBA 2016; ZAMBOM; BORTOLON; ANDREATTA 2011). Os 
componentes para o tratamento do TAG na abordagem cognitiva comportamental são: 
a) psicoeducação; b) diferenciação de preocupações; c) reestruturação cognitiva e 
teste de 3 hipóteses; d) descatatrofização da preocupação; e) estratégias eficazes para 
o controle da preocupação; f) processamento forçado de segurança; g) inoculação de 
risco; h) treinamento de solução de problemas; i) processamento elaborativo do 
presente; e j)treinamento de relaxamento (CLARK; BECK, 2012). 
 
32. Qual a diferença entre Compulsão e Obsessão? Cite 5 exemplos de cada. 
Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes 
que são vivenciados como intrusivos e indesejados. Exemplos: pensar que se não 
cometer um ato a mãe morre, imaginar um bebê caindo do prédio... 
Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a 
pessoa insistentemente, sem que ela queira. O único jeito para livrar-se deles por 
algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas 
e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade. 
Compulsões sãocomportamentos repetitivos ou atos mentais em que um 
indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo 
com regras que devem ser aplicadas rigidamente. Exemplos: não pisar em linha, rezar 
na mesma , verificação excessiva para confirmar algo... 
33. Qual a principal técnica e como trabalhar o TOC na TCC? Explique o modelo 
cognitivo. 
A principal técnica é EPR Terapia de exposição e prevenção de resposta. A 
inclusão de técnicas cognitivas no tratamento dos sintomas de TOC é mais recente. 
São, em geral, adaptações daquelas descritas inicialmente por Beck para o 
tratamento da depressão e por Clark para o tratamento da ansiedade. Foram 
detalhadamente descritas em vários artigos. 
Geralmente, são introduzidas na terapia num segundo momento, quando o 
paciente já iniciou os exercícios de EPR. Dentre essas técnicas, estão a identificação e 
o registro de pensamentos automáticos e crenças e disfuncionais, o questionamento 
socrático (ou exame de evidências), a seta descendente, o exame das vantagens e 
desvantagens (ou do custo benefício), a torta da responsabilidade, o exame das duas 
hipóteses alternativas, experimentos comportamentais, o uso de lembretes, entre 
outras. Para utilização das técnicas cognitivas é necessário que o paciente tenha 
alguma capacidade de introspecção, de pensar psicologicamente e curiosidade em 
compreender mais profundamente seus sintomas. 
MODELO COGNITIVO TOC: ANSIEDADE – CONTROLE - PENSAMENTO 
INTRUSIVO (*SITUAÇÃO DE GATILHO) - AVALIAÇÕES DISTORCIDAS - 
ANSIEDADE. 
O modelo cognitivo não explica os motivos pelos quais muitas pessoas 
executam rituais sem que necessariamente sejam precedidos por alguma cognição 
(obsessão). Isso é comum em indivíduos que têm compulsão para alinhar objetos, 
fazer as coisas em determinada seqüência ou executar certos comportamentos 
repetitivos que lembram muito os tiques: estalar os dedos, olhar para os lados, dar 
batidas repetidamente, tocar, raspar. 
34. Explique quais as principais dificuldades possíveis no tratamento para TOC 
na TCC? 
O modelo comportamental e cognitivo do TOC permitiu uma melhor 
compreensão dos sintomas. Permitiu ainda a proposição de uma variedade de técnicas 
e estratégias efetivas em reduzir os sintomas na maioria dos pacientes e até a 
possibilidade de eliminá-los por completo, que mudaram completamente as 
perspectivas pessimistas que até bem pouco tempo predominavam em relação ao 
tratamento psicoterápico do TOC. 
Entretanto, algumas questões importantes continuam em aberto. Muitos 
pacientes, são refratários, não aderem aos exercícios ou abandonam a terapia e não 
se sabe quais os motivos. Pouco se conhece sobre os preditores de resposta à TCC. A 
presença de comorbidades é praticamente a regra em portadores do TOC, e é provável 
que interfiram nos resultados da terapia, mas não se sabe quais e em que extensão. 
Quando e em que si tuações o acréscim o de técnicas cognitivas poderia 
melhorar a eficácia da terapia não foi ainda devidamente esclarecido. Se efetivamente 
contribui para aumentar a motivação, melhorar o insight, reduzir as idéias 
supervalorizadas, e diminuir os abandonos são questões em aberto. 
Espera-se que a pesquisa futura venha esclarecer tais questões e possa definir 
com maior precisão qual o método mais efetivo para determinado paciente. Por 
exemplo, para pacientes nos quais predominam comportamentos evitativos, a terapia 
de exposição seria a mais efetiva? Para pacientes que superestimam a sua 
responsabilidade, a necessidade de ter certeza, as técnicas cognitivas seriam as 
preferidas? 
Talvez investigar em que ponto do tratamento é interessante utilizar uma ou 
outra técnica seja mais útil do que continuar o debate sobre a superioridade de um ou 
outro dos dois modelos. 
35. O que é lei da semelhança, lei do contato e pensamento mágico e como isso 
influencia no tratamento? 
Lei da semelhança: coisas perceptualmente semelhantes produzem efeitos 
semelhantes: o vermelho por exemplo lembra sangue , e usar uma roupa varela pode 
fazer uma pessoa da família acidentar-se pronunciar a palavra câncer pode atrair 
doença. As semelhanças podem ser decorrentes características físicas (ter a mesma 
cor do cabelo ou dos olhos) ou ser originárias da mesma cidade, nesse caso nenhum 
contato físico é necessário. 
Pensamento mágico: indivíduo acredita que é possível exercer distância ou 
agir no futuro e os pensamentos intrusivos podem predizer ou pressagiar alguma 
catástrofe que pode ser prevenida por meio de rituais ou manobras de neutralização 
como pronunciar uma palavra tocar em um determinado objeto ou repetir um 
determinado ato em uma certa sequência ou horário. 
36. Quais principais características do TEPT? 
Falta de controle cognitivo relacionado ao evento: lembranças, sonhos, 
dissociação, sofrimento ligado a conteúdos do episódio, reações fisiológicas em 
respostas as pistas do evento. 
Uma das principais características das reações traumáticas é a falta de controle 
cognitivo relacionadas ao evento. Lembranças, sonhos, dissociação sofrimento ligado a 
conteúdos do episódio.. 
Por muito tempo, TEPT era um doença comorbida a outras. Transtornos de 
ansiedade depressão eram quase sempre encontrados. Recentemente atualização das 
propostas descritivas incluiu como sintoma da doença alterações cognitivas e de humor: 
Memória, crenças negativas, humor negativo e nedonia. 
Traumas são caracterizados por situações de grande ameaça. Naturalmente, 
situações de tal natureza ativam sistema de resposta autonômica. Em condições 
patologias, essas respostas se mantém mesmo na ausência do estressor: sobressalto, 
hipervigilância e irritação. 
37. Quais os modelos explicativos do TEPT? 
Processamento emocional, modelo cognitivo, rede de informação da memória 
alterada (conteúdo no slide 8 - confirmar). 
Modelo biopsicossocial: uma das primeiras explicações científicas foi o modelo 
comportamentalista - estabelecimento com condicionamento clássico; manutenção 
comportamentalista. Surgem modelos mais completos, considerando a biologia e a 
parte cognitiva e emocional. 
Lang (1979): rede de informações da memória alterada; 
Teoria do processamento emocional (Foa, 1989): Memórias associadas ao 
evento ganham significados semânticos relacionados às emoções, a pessoa passa a 
ter medo do evento e da memória relacionada. 
Quando algum estímulo da rede é ativado, toda ela se ativa, trazendo à tona 
pensamentos e respostas fisiológicas. No TEPT: 
1. associações entre os elementos não são compatíveis com a realidade; 
2. há tentativas de esquiva e evitação; 
3. há "sensibilidade na rede” 
4. estímulos não relacionados ativam as memórias (generalização). 
Ehlers e Clark (1999), modelo cognitivo: 
- considera que o processamento das crenças do trauma são desadaptativas; 
- memórias do evento possuem erros (mesmo em quadros não dissociativos). 
- problemas de orientação alopsíquica associados tornam as memórias atuais; 
- o modelo assume que as crenças são importantes para o estabelecimento 
da doença. 
EX DE CRENÇAS DESADAPTATIVAS: - “nenhum lugar é seguro”; - “eu nunca 
vou ser capaz de me relacionar com outras pessoas novamente”; - “estou ficando 
louco”; - “meu cérebro está danificado” 
SE EU PENSO SOBRE O TRAUMA: … eu vou enlouquecer… eu não vou 
aguentar… eu vou ter um ataque do coração... 
Sentimentos: culpa, vergonha e raiva. 
Comportamento: esquiva e isolamento. 
ESTRATÉGIAS DISFUNCIONAIS: - tentar não pensar sobre o trauma; - manter 
a mente ocupada o tempo todo; - tentar controlar os sentimentos; - usar álcool e drogas. 
 
38. Qual o modelo cognitivo do TEPT? 
 
39. Qual o protocolo de tratamento do TEPT? 
É o protocolo de Taylor. Ele presume intervenções centrais, sendo o protocolo 
exposição prolongada o recheio. 
40. Explique como fazer a exposição nos diferentes transtornos (Fobia social, 
TAG, Fobiasespecíficas, TOC). 
Fobia social: exposição sistemática, reforço autoimagem; treinamento de 
habilidades sociais 
TAG: respiração diafragmática, treinamento de relaxamento, parada de 
pensamentos, descatastrofização, registro de pensamentos disfuncionais, avaliação de 
vantagens e desvantagens de se preocupar (pelo paciente); 
Fobias específicas: técnicas de relaxamento; dessensibilização sistemática; 
exposição imaginária; hiperexposição; inundação 
TOC: EPR; ABC (ativação, crenças e consequências); questionamento socrático. 
Como muitos transtornos fóbicos apresentam esquiva, a psicoterapia de escolha 
tende a incluir terapia de exposição. Com estrutura e suporte de um profissional que 
prescreve tarefas de exposição, os pacientes procuram, confrontam e mantêm-se em 
contato com o que temem e evitam até que a ansiedade gradualmente diminua por 
processo chamado habituação. Como a maioria dos pacientes sabe que seus medos 
são excessivos, embaraçosos e incapacitantes, geralmente estão dispostos a participar 
dessa terapia — isto é, evitar a esquiva. 
Normalmente, os médicos iniciam por uma exposição moderada (p. ex., os 
pacientes são convidados a se aproximarem do objeto temido, mas a uma distância 
segura). Se os pacientes descreverem aceleração da frequência cardíaca ou falta de ar 
em certas situações quando encontram o objeto ou a situação temida, é possível 
ensiná-los a responder com respiração lenta e controlada ou outros métodos que 
promovam o relaxamento. Ou, eles podem ser solicitados a observar quando a 
frequência cardíaca acelerou e a falta de ar começou e quando essas respostas 
voltaram ao nível normal. Quando os pacientes se sentem confortáveis em um nível de 
exposição, o nível de exposição é aumentado (p. ex., tocar o objeto temido). Os 
terapeutas continuam a aumentar o nível de exposição até que os pacientes consigam 
tolerar a interação normal com a situação ou o objeto (p. ex., andar de elevador, 
atravessar uma ponte). A exposição pode aumentar tão rapidamente quanto os 
pacientes a toleram; às vezes são necessárias apenas algumas sessões. 
A terapia de exposição ajuda > 90% dos pacientes que a realizam com afinco, 
sendo quase sempre o único tratamento necessário para fobias específicas.

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