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Tecnologia da Construção de Edificações II

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Indaial – 2020
Tecnologia da 
consTrução de 
edificações ii
Profa. Madeleing Taborda Barraza
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Profa. Madeleing Taborda Barraza
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
B269t
Barraza, Madeleing Taborda
 
 Tecnologia da construção de edificações II. / Madeleing 
Taborda Barraza. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 210 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-092-9
 
 1. Estrutura da edificação. – Brasil. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci.
 CDD 624
III
apresenTação
Estimado acadêmico! Seja bem-vindo ao mundo da tecnologia 
da construção civil. Pretendemos que, durante as próximas folhas, seu 
conhecimento, compreensão e interesse pelos diferentes materiais e técnicas 
utilizadas para dar forma às edificações continue crescendo, estruturando-
se da mão das normatividades que envolvem a instalação dos diferentes 
componentes nas edificações. Lembrando que este conteúdo será um guia 
para você continuar pesquisando mais e novas possibilidades durante a 
instalação dos componentes, tendo a certeza de que não existe um único 
caminho para atingir os objetivos, porém é necessário conhecer as diversas 
possibilidades para escolher a melhor. Isso, para questões de engenharia, se 
traduz no melhor desempenho com um custo razoável. 
Durante as unidades seguintes, você terá uma aproximação dos 
conceitos, procedimentos e técnicas associadas à ciência da impermeabilização, 
do isolamento termoacústico, das diversas instalações hidrossanitárias e a 
gás, dos revestimentos, esquadrias e pisos. 
Especificamente, a primeira unidade introduz os conceitos de 
impermeabilização, isolamento térmico e isolamento acústico, deixando 
clara a importância de acondicionar a nossa edificação ao meio externo.
A segunda unidade aborda conceitos das diferentes instalações 
hidrossanitárias, elétricas e a gás que são incorporadas para dar conforto e 
proteção aos usuários.
Finalmente, a terceira unidade abrange conceitos de acabamentos 
quando a estrutura da edificação já foi definida e seus espaços foram fechados 
corretamente, apontando conceitos de revestimento, esquadrias e pisos. 
Estamos motivando você a não deixar de sentir interesse pelas 
operações que acontecem durante a estruturação de uma edificação. É excelente 
quando, inicialmente, compreendemos a objetividade e funcionalidade dos 
procedimentos e depois conseguimos vê-los materializados na instalação 
e uso destes. A tecnologia da construção continuará se renovando a cada 
novo material ou técnica que surge para facilitar a permanência do usuário 
dentro das edificações, introduzindo componentes ambientais e oferecendo 
acessibilidade no uso deles. 
Bons estudos!
Profª. Madeleing Taborda Barraza
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 - IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES .......................1
TÓPICO 1 - IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES ............................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 REVISÃO DE CONCEITOS .................................................................................................................3
2.1 FORMAS DE ATUAÇÃO DA ÁGUA SOBRE A ESTRUTURA ..................................................5
3 CLASSIFICAÇÃO DE IMPERMEABILIZANTES ...........................................................................6
 3.1 RÍGIDOS ..............................................................................................................................................7
3.2 SEMIFLEXÍVEIS .................................................................................................................................8
3.3 FLEXÍVEIS...........................................................................................................................................8
4 APLICAÇÃO E USO.............................................................................................................................10
4.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ..................................................................................10
4.2 IMPERMEABILIZAÇÃO NA ALVENARIA ................................................................................11
4.3 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS FACHADAS ...............................................................................12
 4.4 IMPERMEABILIZAÇÃO EM COBERTURAS .............................................................................12
5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................................................13
6 CUIDADOS DURANTE E APÓS A EXECUÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO ....................15
7 DURABILIDADE E MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
 ASSOCIADAS À FALHA NA IMPERMEABILIZAÇÃO .............................................................16
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................20
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................21TÓPICO 2 - ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES .......................................................23
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................23
2 REVISÃO DE CONCEITOS ...............................................................................................................23
2.1 CONDUTIVIDADE TÉRMICA .....................................................................................................24
2.2 RESISTIVIDADE TÉRMICA OU RESISTÊNCIA TÉRMICA ....................................................26
2.3 COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA TÉRMICA OU TRANSMITÂNCIA TÉRMICA ....26
2.4 RESISTIVIDADE GLOBAL E CONDUTIBILIDADE GLOBAL ................................................27
2.5 COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA .............................................................................27
3 INTERAÇÃO MEIO AMBIENTE-EDIFICAÇÃO ..........................................................................27
 3.1 TRANSMISSÃO DO CALOR EM PAREDES ...............................................................................30
4 DESEMPENHO E CONFORTO TÉRMICO ....................................................................................33
5 TIPOS DE ISOLANTES TÉRMICOS ..............................................................................................34
5.1 MATERIAIS TRADICIONAIS .......................................................................................................35
6 ISOLAMENTO TÉRMICO NA EDIFICAÇÃO ..............................................................................38
6.1 ISOLAMENTO TÉRMICO DE FACHADAS ..............................................................................38
6.2 ISOLAMENTO TÉRMICO DE COBERTURAS ...........................................................................39
7 NOVOS MATERIAIS ...........................................................................................................................40
8 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................................................41
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................44
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................45
TÓPICO 3 - ISOLAMENTO SONORO EM EDIFICAÇÕES ..........................................................47
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................47
sumário
VIII
2 REVISÃO DE CONCEITOS ...............................................................................................................47
2.1 MEDIÇÃO E CONTROLE DO SOM-RUÍDO ..............................................................................50
3 TRANSMISSÃO DO SOM .................................................................................................................55
4 O MATERIAL ISOLANTE SONORO ..............................................................................................56
5 MATERIAIS ADICIONAIS E SUAS PROPRIEDADES ...............................................................57
6 ISOLAMENTO ACÚSTICO ...............................................................................................................58
6.1 ISOLAMENTO SONORO EM PAREDES E FACHADAS .........................................................58
7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................................................59
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................61
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................65
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................66
UNIDADE 2 - INSTALAÇÕES PREDIAIS .........................................................................................67
TÓPICO 1 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS..........................................................69
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................69
2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..........................................................................................................69
3 CONSUMO DIÁRIO E CRITÉRIOS ...............................................................................................71
4 INSTALAÇÕES DE ÁGUA POTÁVEL ............................................................................................71
4.1 COMPONENTES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO .........................................................72
4.2 ALIMENTADOR ..............................................................................................................................73
4.2.1 Barrilete ....................................................................................................................................73
4.2.2 Coluna de distribuição, ramais e sub-ramais .....................................................................73
4.2.3 Perda de carga .........................................................................................................................73
4.2.4 Peças de utilização .................................................................................................................74
4.2.5 Pré-dimensionamento da rede .............................................................................................74
4.3 RESERVATÓRIOS ...........................................................................................................................76
4.3.1 Reservatório inferior ...............................................................................................................76
4.3.2 Reservatório superior .............................................................................................................76
4.3.3 Dimensionamento ..................................................................................................................77
4.4 MATERIAIS ......................................................................................................................................78
4.5 ÁGUA QUENTE ..............................................................................................................................79
4.5.1 Consumo diário de água quente ..........................................................................................79
4.5.2 Aquecedores e tipos ...............................................................................................................80
4.5.3 Dimensionamento...................................................................................................................81
4.5.4 Materiais ...................................................................................................................................81
4.6 ESGOTO SANITÁRIO ....................................................................................................................81
4.6.1 Aparelhos sanitários e acessórios .........................................................................................82
4.6.2 Ramais de descarga e de esgoto ..........................................................................................83
4.6.3 Tubo de queda e coluna de ventilação ................................................................................84
4.6.4 Coletor e subcoletor ...............................................................................................................87
4.6.5 Caixa de inspeção e gordura .................................................................................................884.6.6 Fossa séptica ............................................................................................................................88
4.6.7 Filtro anaeróbico .....................................................................................................................90
4.7 ÁGUAS PLUVIAIS ..........................................................................................................................92
4.7.1 Estimativa de precipitação ...................................................................................................92
4.7.2 Calhas .......................................................................................................................................93
4.7.3 Condutores .............................................................................................................................94
4.8 CUIDADOS DURANTE A EXECUÇÃO ......................................................................................95
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................97
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................98
IX
TÓPICO 2 - INSTALAÇÕES DE SISTEMAS DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO..........99
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................99
2 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES .........................................................................................99
2.1 NORMATIVIDADE DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO .............................................100
2.2 RESISTÊNCIA E COMBATE AO FOGO ....................................................................................102
2.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO E COMBATE CONTRA INCÊNDIO ...........................................103
2.3.1 Convergência De Sistemas ..................................................................................................104
2.4 PROTEÇÕES ESTRUTURAIS ......................................................................................................107
2.4.1 Em estruturas de aço ............................................................................................................107
2.4.2 Em estruturas de madeira ..................................................................................................108
2.5 ESQUEMATIZAÇÃO DA REDE DE PREVENÇÃO ................................................................109
 CONTRA INCÊNDIO ...................................................................................................................109
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................111
TÓPICO 3 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........................................................................................113
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................113
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .........................................................................................................113
3 FORNECIMENTO DE TENSÃO ....................................................................................................114
3.1 LIMITES DE FORNECIMENTO .................................................................................................116
3.2 TIPO DE FORNECIMENTO PARA UNIDADES CONSUMIDORAS INDIVIDUAIS .......117
3.3 PROCEDIMENTO DAS INSTALAÇÕES ...................................................................................118
3.4 ESQUEMATIZAÇÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA ........................................122
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................125
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................126
TÓPICO 4 - INSTALAÇÕES DE REDE DE GÁS ............................................................................127
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................127
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .........................................................................................................127
3 SISTEMA DE COMBUSTÍVEL EM EDIFICAÇÕES ...................................................................127
3.1 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO ...................................................................................131
3.2 MATERIAIS ...................................................................................................................................132
3.3 NORMATIVA ................................................................................................................................132
3.4 ESQUEMATIZAÇÃO DA REDE DE GÁS .................................................................................133
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................134
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................136
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................137
UNIDADE 3 - REVESTIMENTOS, ESQUADRIAS E PISOS .......................................................139
TÓPICO 1 - REVESTIMENTOS .........................................................................................................141
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................141
2 REVISÃO DE CONCEITOS .............................................................................................................141
2.1 REVESTIMENTO DE ARGAMASSA .........................................................................................142
2.1.1 Revestimento de argamassa por camadas ........................................................................142
2.2 ESPECIFICAÇÕES DE ARGAMASSA ......................................................................................144
2.3 REVESTIMENTO INTERNO-EXTERNO ...................................................................................148
2.3.1 Revestimento com cerâmica ...............................................................................................148
2.4 REVESTIMENTO A GESSO ........................................................................................................150
2.5 REVESTIMENTO COM ESCAIOLA ..........................................................................................150
3 REVESTIMENTO ESPECIAL PARA PAREDES EXTERNAS ....................................................151
3.1 REVESTIMENTO COM PEDRAS NATURAIS ..........................................................................151
X
3.2 REVESTIMENTO COM PRODUTOS ESPECIAIS ....................................................................152
4 ENSAIOS SOBRE REVESTIMENTOS ..........................................................................................153
4.1 RESISTÊNCIA À ABRASÃO ........................................................................................................153
4.2 RESISTÊNCIA A MANCHAS ......................................................................................................153
4.3 RESISTÊNCIA AO ATAQUE QUÍMICO ....................................................................................154
4.4 ABSORÇÃO DE ÁGUA E RESISTÊNCIA MECÂNICA ..........................................................1545 CUIDADOS NA EXECUÇÃO ..........................................................................................................155
6 PATOLOGIAS RELACIONADAS COM O REVESTIMENTO .................................................156
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................158
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................159
TÓPICO 2 - ESQUADRIAS .................................................................................................................161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 CONCEITOS BÁSICOS ....................................................................................................................161
3 MATERIAIS UTILIZADOS ..............................................................................................................162
4 EXIGÊNCIAS DE DESEMPENHO ..................................................................................................163
5 TIPOS DE ESQUADRIAS .................................................................................................................164
5.1 ESQUADRIAS DE PORTAS ........................................................................................................164
5.2 ESQUADRIAS DE JANELAS .......................................................................................................168
5.3 ESQUADRIAS EM COBERTURAS .............................................................................................170
5.4 ESQUADRIAS EM ESCADAS .....................................................................................................171
5.5 ESQUADRIAS DE FACHADAS ..................................................................................................172
6 ASSENTAMENTO ..............................................................................................................................174
7 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ..............................................................................................176
8 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS .....................................................................................................176
9 VISUALIZAÇÃO ................................................................................................................................177
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................178
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................179
TÓPICO 3 - PISOS .................................................................................................................................181
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................181
2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .........................................................................................................181
3 BASE DE CONTRAPISO ..................................................................................................................182
4 TIPOS DE PISO ...................................................................................................................................183
4.1 CERÂMICO ...................................................................................................................................183
4.2 CONCRETO ....................................................................................................................................184
4.3 MADEIRA .......................................................................................................................................185
4.4 PISO DE PEDRA NATURAL – ALTA RESISTÊNCIA..............................................................187
4.5 BLOCOS PRÉ-MOLDADOS .........................................................................................................189
5 CUIDADOS NA EXECUÇÃO – NORMAS ...................................................................................190
6 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ..............................................................................................191
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................192
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................195
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................196
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................197
1
UNIDADE 1
IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO 
NAS EDIFICAÇÕES 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os conceitos básicos associados à forma em que água, o som 
e o calor incidem sobre os materiais da construção e usuários das 
edificações; 
• identificar quais são os materiais e as tecnologias que envolvem o 
processo de impermeabilização, isolamento térmico e acústico;
 
• discutir técnicas de ensaios para avaliar a impermeabilização, o 
isolamento acústico e térmico nas edificações;
 
• reconhecer a importância de aplicar tratamentos sobre a envolvente da 
edificação.
 Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da 
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o 
conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
TOPICO 2 – ISOLAMENTO SONORO NAS EDIFICAÇÕES
TÓPICO 3 – ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
A água tem um papel fundamental durante a execução dos projetos 
de construção. Sempre visando ter o controle sobre ela, em quantidade e em 
finalidade. Quando esta começa a se introduzir de modo aleatório e supersaturar 
materiais que não têm proteção da sua ação, ou aos componentes diluídos nela, 
podem ser registrados danos que, como Lima, Passos e Costa (2013) inferem, 
comprometem a vida útil do componente, expondo-os a agentes agressivos. É 
por isso que se indica a necessidade de aplicar impermeabilização em todos os 
componentes da construção, desde a aplicação de silicone em juntas de esquadrias 
até a adição de aditivos dentro de misturas de concreto ou argamassa, passando 
pelo recobrimento de reservatórios de água e a instalação de sistemas coletores 
de água de chuva.
A informação compartilhada por Porcello (1998) indica que o investimento 
das atividades de impermeabilização na construção civil está compreendido entre 1 
a 3% do custo total da obra, porém, quando a implementação da impermeabilização 
não é feita de modo integral e com qualidade, essa porcentagem pode atingir 5 
a 10% do custo total da obra, fato que foi comprovado por Lima (2012) e outros 
autores que indicam que esse valor pode atingir 15% do custo total da construção 
(ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO, 2005).
2 REVISÃO DE CONCEITOS
De acordo com Salgado (2012), impermeabilizar pode ser definido como 
um procedimento que pretende evitar a influência da água nos projetos de 
construção. É necessário indicar que não se especifica simplesmente se é dentro 
das construções, uma vez que quando se tem projetos de pavimentação associados 
a residências, a devida condução da água evitará transtornos de assentamentos 
no solo. 
Baseados na definição da NBR 9575: 2010,a impermeabilização refere-se a 
um conjunto de operações e serviços que procuram proteger as construções da ação 
deletéria de fluidos, de vapores e da umidade. Assim, deve ser implementado um 
projeto de impermeabilização para cada obra, de modo que sejam especificados 
os passo a passos dos sistemas e materiais a serem empregados. 
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
4
FIGURA 1 – ESPALHAMENTO DA ÁGUA NUMA SUPERFÍCIE COM REVESTIMENTO
FONTE: <https://pixabay.com/es/photos/lluvia-gota-de-agua-piso-443015/>. Acesso em: 9 set. 2019
Poderíamos nos perguntar: o que um pouco de água a mais poderia 
ocasionar para ter que desenvolver e aplicar sistemas de impermeabilização? A 
resposta está associada aos componentes que estariam dissolvidos nessa água, 
que são capazes de promover reações não desejadas nos materiais cerâmicos e 
metálicos que compõem a estrutura da edificação. Porém, não só a água na forma 
de líquido, gelo ou vapor é que causa danos, também o ar que a acompanha, a 
temperatura e o tempo de exposição. Esse detrimento nos componentes traduz-se 
em gastos financeiros que poderiam ter sido poupados se inicialmente tivessem 
sido executados de maneira correta.
Conforme Soares (2014), existem aspectos que devem ser garantidos com 
a implementação de uma impermeabilização completa:
FIGURA 2 – ASPECTOS ESSENCIAIS DE UMA BOA EXECUÇÃO NA IMPERMEABILIZAÇÃO
FONTE: Adaptada de Soares (2014)
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
5
O cumprimento desses aspetos está associado basicamente a três questões:
 
1. a implementação do tipo de impermeabilizante correto;
2. a boa execução da instalação do material;
3. a manutenção da instalação.
Só considerando esses componentes pode ser garantida a eficiência do 
sistema, todas contempladas durante o planejamento e execução do projeto, de 
modo que os custos sejam devidamente justificados.
2.1 FORMAS DE ATUAÇÃO DA ÁGUA SOBRE A ESTRUTURA
A água tem a possibilidade de se manifestar em diferentes estados, e 
conhecer a forma em que se incorpora na estrutura é fundamental para identificar 
o tipo de impermeabilização durante o projeto executivo (SOARES, 2014). No 
Quadro 1 estão registradas as principais formas de atuação da água, assim como 
suas possíveis origens.
QUADRO 1 – FORMAS DE ATUAÇÃO DA ÁGUA SOBRE A ESTRUTURA
Forma de atuação Origem
Água sob pressão (unilateral ou 
bilateral) Piscinas elevadas, subsolos, banheiros
Água de percolação Chuva e lavagem
Água capilar Umidade do solo
Água condensada Saunas e câmaras frigoríficas
FONTE: Adaptado de Freire (2007)
De modo específico, a água sob pressão é aquela água que fica exercendo 
pressão sobre o componente estrutural de modo lateral, podendo ser confinada ou 
não. Em vista do grande volume de água que fica em contato com o componente, 
esta gera uma pressão sobre ele. A pressão hidrostática pode ser superior a 1 kPa 
(NBR 9575:2010). 
A água de percolação atua na superfície por ação da gravidade, escorrendo 
em determinada direção sem exercer pressão (PICCHI, 1986).
A água capilar é aquela que depois de ser absorvida pela superfície tem a 
propriedade de migrar pelos poros do componente (DINIS, 1997).
A água condensada é produto do fenômeno do desequilíbrio térmico entre 
uma superfície e o vapor de água. Ocorre quando a superfície do componente 
registra uma temperatura menor que a do ponto de orvalho, uma vez resfriado, o 
ar acaba precipitando-se na superfície (LERSCH, 2003; RIGHI, 2009).
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
6
A maioria dessas atuações podem ser observadas na figura a seguir, com 
exceção da água sob pressão.
FIGURA 3 – ESQUEMA DE DIFERENTES FORMAS DE ATUAÇÃO DA ÁGUA EM UMA EDIFICAÇÃO
FONTE: <https://bityli.com/WzAzd>. Acesso em: 16 set. 2019
3 CLASSIFICAÇÃO DE IMPERMEABILIZANTES
Existem diferentes formas de categorizar os impermeabilizantes, que 
Bauer, Vasconcelos e Granato (2007) classificam segundo as características 
de: flexibilidade; metodologia de aplicação; solicitação de água; exposição ao 
intemperismo; e aderência ao substrato. 
Flexibilidade: esse parâmetro categoriza se os elementos 
impermeabilizantes envolvem elementos da estrutura, sujeitos ou não à fissuração.
Metodologia de aplicação: nessas condições se define que o 
impermeabilizante deve ser moldado in loco ou o elemento é pré-fabricado e 
requer de uma instalação.
Solicitação de água: aqui os impermeabilizantes são categorizados 
em função de como a água tenta permear o elemento, se acontece por pressão 
hidrostática (unilateral ou bilateral), por condensação, por percolação ou pela 
umidade do solo. 
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
7
Exposição ao intemperismo: se os materiais impermeabilizantes estarão 
expostos constantemente a ações climáticas, como vento e sol, podem sofrer um 
desgaste contínuo na sua superfície. Se o sistema necessita ou não de componentes 
que incrementem essa resistência, aplicados após o impermeabilizante ter sido 
instalado, então o sistema pode ser classificado em: resistente ao intemperismo, 
autoprotegido, pós-protegido ou carente de proteção. 
Aderência ao substrato: o substrato é a superfície ou o componente sobre 
o qual será aplicado o impermeabilizante. Em algumas ocasiões é integrado a ele, 
ou em outras é simplesmente aplicado, por isso são categorizados em: aderido, 
parcialmente aderido ou não aderido. 
Para esse caso, tomar-se-á como referência a flexibilidade, que pode misturar 
categorias, porém permitem diferenciar substancialmente a forma de aplicação, 
da mesma maneira que classifica a NBR 9575:2010. Quando os componentes 
podem ser integrados ou não à estrutura da edificação, podem ser definidas 
várias categorias (rígidos, semiflexíveis e flexíveis) da sua natureza.
3.1 RÍGIDOS
Como o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) indica, um sistema 
de impermeabilização rígido caracteriza-se por ser implementado a componentes da 
estrutura que, teoricamente, não sofrem deformação, ficam em contato com o solo e não 
recebem sol de modo direto. Claramente, refere-se a todo tipo de impermeabilizantes 
que não apresentam características de flexibilidade frente ao componente construtivo. 
De acordo com a NBR 9575:2010, esses são os tipos de materiais que podem ser 
implementados:
a) argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;
b) argamassa modificada com polímero;
c) cimento cristalizante para pressão negativa;
d) cimento modificado com polímero.
O IBI (2018) dá orientação técnica de ser implementado nas seguintes situações:
• subsolos;
• poços de elevadores;
• muro de arrimo;
• baldrames e alicerces;
• paredes internas e externas;
• pisos frios em contato com o solo;
• reservatórios de água potável;
• piscinas de concreto enterradas;
• estruturas sujeitas à infiltração do lençol freático;
• revestimento anterior ao assentamento de pisos cerâmicos;
• sob carpete e revestimentos de madeira em contato com o solo;
• pintura na face de aderência de granitos, evitando manchas de umidade. 
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
8
Pode ser observado que esses tipos de produtos são de natureza inorgânica, 
adicionados às misturas comumente usadas de argamassa ou concreto. De acordo com 
o exposto anteriormente, deve ser garantida a boa aplicação do substrato para que os 
pequenos defeitos no processo não comprometam o desempenho da mistura. 
3.2 SEMIFLEXÍVEIS
Da mesma forma que Lima (2012) indica, esse tipo de sistemas não se encaixa 
nem no sistema rígido nem no sistema flexível, tendo características de baixo 
módulo de elasticidade, assim eles podem absorver pequenas movimentações e 
suportar pressões positivas e negativas. Exemplo desses materiais são:
a) pinturas de base epóxi;
b) argamassa polimérica.
Salgado (2012) indica os usos mais comuns desse tipo de impermeabilizantes:
• superfícies de concreto, argamassa, alvenaria e aço;
• pequenas lajes e terraços.
3.3 FLEXÍVEIS
De modo contrário aos sistemas rígidos, esses componentestêm a 
capacidade de registrar alongamento frente à movimentação dos componentes 
da estrutura, intemperismo e trepidação (AECWEB, 2010). Assim, a camada 
deve ser submetida a um ensaio específico de estanqueidade (NBR 9575:2010), os 
materiais desse grupo aprovados pela mesma normativa são os seguintes:
a) membrana de emulsão asfáltica;
b) membrana de asfalto modificado sem adição de polímero;
c) membrana de asfalto modificado com adição de polímero elastômero;
d) membrana de asfalto elastomérico em solução;
e) membrana elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado;
f) membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (IIR), na forma de solução;
g) membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (SBS);
h) membrana de poliuretano;
i) membrana de poliureia;
j) membrana de poliuretano modificado com asfalto;
k) membrana de polímero modificado com cimento;
l) membrana acrílica;
m) manta asfáltica;
n) manta de acetato de etilvinila (EVA);
o) manta de policloreto de vinila (PVC);
p) manta de polietileno de alta densidade (PEAD);
q) manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monômero (EPDM);
r) manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (IIR);
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
9
São de uso comum em:
• lajes;
• banheiros, cozinhas, caixas d’agua;
• terraços; 
• reservatórios elevados.
Certamente, quando se especifica que a impermeabilização é um sistema, 
diz-se que não é um simples produto. A figura a seguir especifica o conjunto de 
elementos que permitem atingir o objetivo da impermeabilização.
FIGURA 4 – COMPONENTES DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO
FONTE: <https://bityli.com/BT7Zy>. Acesso em: 17 set. 2019
Esses componentes podem ser reduzidos quando a impermeabilização 
é do tipo rígida. Inclusive, o sistema de impermeabilização vai acompanhado 
de componentes adicionais que permitem dar condução ou captação da água 
“desviada”, tais como tubos de drenagem, calhas ou condutores (CARDÃO, 
1978). Da mesma forma, pelo tipo de sistema aplicado, também se evidencia a 
necessidade de aplicar proteção mecânica ou não. A Figura 5 faz o contraste entre 
duas formas de aplicação de sistemas de impermeabilização.
FIGURA 5 – MODALIDADES DE APLICAÇÃO DE UM SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDO 
VS. UM SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO FLEXÍVEL
FONTE: <https://bityli.com/IHMId>. Acesso em: 21 set. 2019
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
10
Embora a NBR 9575:2010 caracteriza os materiais impermeabilizantes e seus 
requisitos mínimos de fabricação segundo a sua aplicação, nela não são especificados os 
dimensionamentos. Assim, devem ser assegurados mediante ensaios mecânicos, químicos 
ou de estanqueidade (VASCONCELOS; BAUER, 2018).
IMPORTANT
E
4 APLICAÇÃO E USO
A escolha do sistema de impermeabilização a ser empregado leva 
em consideração os seguintes fatores: pressão hidrostática, exposição ao sol, 
possíveis deformações no substrato e fluxo de usuários (SABBATINI et al. 2003). 
A seguir, indica-se a forma de abordar a impermeabilização em três componentes 
importantes da estrutura, assim como os sistemas neles usados. 
4.1 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS FUNDAÇÕES
As fundações normalmente passam a ter contato com a água do solo, por 
isso é necessário criar uma barreira física que impeça a passagem de fluidos ou 
que pelo menos os conduza até um lugar de evacuação (HUSSEIN, 2013). Mesmo 
assim, é comum ter esse tipo de problema, por isso a necessidade de aplicar 
uma argamassa com bom desempenho mecânico, que se constitua de aditivos 
impermeabilizantes, seja usada emulsão impermeabilizante e/ou uma manta ou 
membrana asfáltica, como pode ser visto na Figura 6. 
FIGURA 6 – INCORPORAÇÃO DE COMPONENTES IMPERMEABILIZANTES SOBRE VIGAS 
BALDRAME
FONTE: <https://www.pinterest.at/pin/397161260871798449/>. Acesso em: 13 set. 2019
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
11
Nesses tipos de fundações podem ser usados:
• produtos cristalizantes;
• argamassa impermeável;
• cimento polimérico;
• ou mantas asfálticas (quando as fundações são pequenas);
• ou mantas de PVC (quando as fundações são robustas).
4.2 IMPERMEABILIZAÇÃO NA ALVENARIA
Quando se tem problemas de umidade nas fundações, ou por questões 
ambientais, as paredes são as primeiras a manifestar alguma patologia. O 
revestimento de impermeabilização é realizado normalmente até 1 m de altura 
acima do piso, tal como ilustra a Figura 7:
FIGURA 7 – CONSIDERAÇÃO DA EXTENSÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO EM PAREDES SOBRE O 
BALDRAME E NO CONTRAPISO
FONTE: <http://maosaobra.org.br/fasciculos/impermeabilizacao/>. Acesso em: 14 set. 2019
É muito comum ter deterioração nos muros perimetrais, devido às 
precipitações e à ação do vento. A água acaba se infiltrando e produzindo 
eflorescências ou manchas, basicamente porque os componentes não são hidrófugos 
e nem monolíticos. Para o caso da alvenaria, a água acaba penetrando pelas juntas, 
fato que foi registrado durante testes nos laboratórios sob a pressão eólica, a cinética 
da chuva e a gravidade (SCHILD et al., 1978).
Basicamente, esse sistema se vale da argamassa impermeável/polimérica e 
cristalizantes para evitar a presença de água capilar que possa comprometer a peça.
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
12
Quando começam a ser observados problemas de umidade em paredes não 
perimetrais, simultaneamente com o piso, deve ser considerado que a problemática esteja 
associada a falta de drenagem no piso.
ATENCAO
4.3 IMPERMEABILIZAÇÃO DAS FACHADAS
Por ser a face da edificação, com frequência são procurados materiais que 
tenham o menor grau de absorção de água e após montagem da fachada são 
considerados adicionais que ajudem a impedir a infiltração de água da chuva, 
basicamente apoiando-se em resinas siliconadas ou acrílicas (pintura hidrófuga), 
de modo que não sejam produzidas alterações na estética da fachada. A aplicação 
desses produtos se dá como na pintura, como pode ser vista na Figura 8, 
empregando rolos, brochas e trinchas. 
FIGURA 8 – APLICAÇÃO DE UMA CAMADA DE PINTURA IMPERMEABILIZANTE NUMA PAREDE 
DE FACHADA
FONTE: <https://fibersals.com.br/blog/impermeabilizacao-de-fachada/>. Acesso em: 14 set. 2019
A aplicação da impermeabilização nas fachadas favorecerá a conservação 
da superfície, a prevenção de umidade no interior da edificação e a durabilidade 
da construção. 
4.4 IMPERMEABILIZAÇÃO EM COBERTURAS
A cobertura recebe com maior intensidade a água da chuva. Podem ter 
inclinação e fluxo de usuários. Assim, devem ser considerados esses componentes 
na hora de fazer a instalação do sistema. Adicionalmente, durante a instalação 
deve ser assegurada a aderência do sistema para que o vento ou a falta de 
homogeneidade na superfície possa ocasionar acumulações temporais de água. A 
Figura 9 apresenta a instalação e cuidados que devem ser contemplados quando 
é realizada a impermeabilização em coberturas.
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
13
FIGURA 9 – APLICAÇÃO DE MANTAS ASFÁLTICAS EM LAJE DE COBERTURA
FONTE: <https://www.vivadecora.com.br/revista/impermeabilizante-para-laje/>. Acesso em: 14 
set. 2019
Salgado (2012) indica que, quando se trata de mantas, a superfície deve 
estar limpa, livre de poeiras e perfeitamente regularizada. Os cantos devem ser 
regularizados com acabamento meia cana, ficando atento aos ralos e às passagens 
de tubulação para evitar problemas de infiltração de água nesses pontos. Algumas 
mantas não possuem resistência à ação dos raios ultravioleta do sol, sendo que deve 
ser incluída uma proteção mecânica com a aplicação de uma camada de argamassa. 
Os sistemas que podem ser implementados nas coberturas são, entre outros:
• manta líquida impermeabilizante;
• membrana acrílica de poliuretano ou outras;
• manta asfáltica aluminizada (quando não há trânsito de pessoas).
5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
A NBR 9575:2010 aponta a necessidade de um especialista em 
impermeabilização que analise os projetos básicos da obra e indique as áreas que 
necessitam de tratamentocom impermeabilizantes, assumindo a responsabilidade 
técnica para diferenciar os tipos de impermeabilizantes a serem usados e sua 
devida execução. Essa informação se consolida no chamado projeto básico de 
impermeabilização, que dá o detalhamento dos sistemas a serem utilizados 
(BERNHOEFT; MELHADO, 2010).
A NBR 9574:2008 especifica um processo de execução da 
impermeabilização com base na flexibilidade do impermeabilizante, que pode 
ser resumido da seguinte forma:
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
14
i) Preparação do substrato: deve ser firme, coeso e homogêneo. Limpo, livre 
de materiais e objetos que dificultem a aderência do impermeabilizante. 
Recomenda-se que esteja úmido sem estar supersaturado.
ii) Aplicação do tipo de impermeabilizante: preparar os componentes de modo 
manual ou mecânico. Se for impermeabilização rígida, deve ser preparada 
in loco (mistura não industrializada – quando tem hidrofugantes), de areia 
com faixa granulométrica especificada e espessura mínima de 1 cm, sempre 
cumprindo as indicações do fabricante quanto à dosagem, tempo de mistura e 
aplicação por camadas, se for o caso.
iii) Proteção do impermeabilizante: essa parte é recomendada e necessária 
quando existe a possibilidade de agressão mecânica ou incidência de raios 
ultravioleta.
Adicionalmente ao procedimento de execução especificado pelo tipo de 
impermeabilizante ou substrato existem outras normas que indicam a necessidade 
de garantir o desempenho do elemento, tais como:
a) NBR 12171:1992 – Aderência aplicável em sistema de impermeabilização 
composto por cimento impermeabilizante e polímeros – Método de ensaio. 
Especifica aplicação para sistemas impermeabilizantes rígidos, que preparados 
sobre um concreto de traço específico são aplicados e curados durante 28 
dias para posterior ensaio de aderência com equipamento, (Figura 10), 
posteriormente é analisada a forma de ruptura.
FIGURA 10 – FORMATO DE CORPOS DE PROVA E APLICAÇÃO DE IMPERMEABILIZANTE PARA 
ENSAIO DE ADERÊNCIA
FONTE: Vieira e Motta (2018, p. 6)
b) Novamente, a NBR 9574:2008 especifica um teste de lâmina de água, na procura 
de garantir a estanqueidade dela durante o mínimo de 72 horas seguintes à 
cura do sistema empregado, a fim de verificar a presença de falhas. 
c) NBR 12170:2017 – Materiais de impermeabilização – determinação da potabili-
dade da água após o contato. Esse ensaio é indicado para impermeabilizantes 
destinados a reservatórios, de modo que a água armazenada não sofra modifica-
ção do seu pH com a possível dissolução de componentes no impermeabilizante. 
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
15
d) NBR 16548:2017 – Materiais de impermeabilização – determinação da 
resistência à tração e alongamento, indicando que devem ser feitos em um 
formato específico e com materiais de corte à base de aço. Esse ensaio é válido 
para materiais do tipo flexíveis. 
e) Finalmente, também é considerado para sistemas de impermeabilização 
que têm uma vida útil, especificado pela NBR 15575-1: 2013, que precisam 
de manutenção diferenciada pelo rompimento de material de revestimento, 
resumido no Quadro 2.
QUADRO 2 – INDICAÇÃO DE TEMPO PARA MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM SISTEMAS 
IMPERMEABILIZANTES
Tipo de 
impermeabilização Componente
Tempo de vida 
útil (VUP) – anos
Manutenções sem 
rompimento do 
revestimento
Juntas, rejuntamento, rodapés
Mínimo: 4 
Intermédio: 5
Superior: 6
Caixa d’água, jardineira, áreas 
externas com jardim, coberturas 
não utilizáveis, calhas
Mínimo: 8 
Intermédio: 10
Superior: 12
Manutenções com 
rompimento do 
revestimento
Áreas internas de piscina, áreas 
externas com piso, coberturas 
utilizáveis, rampa de garagem e 
outros
Mínimo: 20 
Intermédio: 25
Superior: 30
FONTE: NBR 15.575-1 (2013, p. 56) 
Qualquer reparação e/ou manutenção também deve se ver apoiada nas 
normatividades:
• NBR 5674:2012 – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção: 
reconhecendo a importância da manutenção sobre as edificações e seus 
componentes; e 
• NBR 16280:2015 – Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas 
– Requisitos, que especifica como devem ser executadas as manutenções que 
contribuem à utilização dos componentes da estrutura. 
6 CUIDADOS DURANTE E APÓS A EXECUÇÃO 
DA IMPERMEABILIZAÇÃO
Durante a impermeabilização, a NBR 9575: 2010 indica que é necessário 
realizar uma inspeção sobre o substrato, registrar a presença de coletores de 
água, a presença de tubos, verificar se foi especificado no projeto básico de 
impermeabilização a necessidade de proteção mecânica e definição do sentido das 
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
16
possíveis juntas a serem executadas. Da mesma forma, Souza e Melhado (1998) 
indicam que o sistema inicialmente definido para a impermeabilização pode 
ser questionado quando durante a execução podem não ser atendidos requisitos 
de desempenho – adequação – ou que o sistema não possua construtibilidade e 
produtividade.
Conforme Morais (2002), depois da impermeabilização deve-se:
• verificar se superfície está uniforme e com bom aspecto;
• verificar o embutimento nos pluviais e canaletas;
• verificar a correta superposição das juntas e sua consolidação (quando o isolante é 
do tipo membranas ou mantas), de modo que a água não permeie entre elas;
• verificar os arremates nos ralos, encaixes, altura dos encaixes, arremate em 
tubulações, presença de vegetação e descida de água pluviais;
• conferir o caimento final das superfícies;
• após a aprovação, fazer a proteção mecânica de transição;
• fazer testes iniciais, detalhados.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI, 2018), com 
o passar do tempo podem ser detectadas falhas que podem ser ajustadas antes do 
comprometimento total do componente, fazendo uso de várias técnicas, algumas 
apresentadas a seguir:
1. Uso de dispositivos elétricos: permitem identificar a presença de fissuras 
mediante o fenômeno de “fechamento de arco elétrico”, aplicando-se sobre as 
impermeabilizações para comprovação da sua estanqueidade, claramente esses 
testes são do tipo não destrutivo.
2. Termografia infravermelha: por meio do uso de dispositivos que podem 
caracterizar a variação da temperatura mediante leituras de infravermelho, o que 
permite identificar possíveis inconsistências no fluxo dela associadas à patologia 
de infiltração.
3. GPR – Ground Penetrating Radar ou escaneamento por radar: baseados na 
identificação do caminho de um circuito elétrico criado pela passagem da água, 
que segue os princípios de campos elétricos e possibilita o rastreio da sua origem .
7 DURABILIDADE E MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
ASSOCIADAS À FALHA NA IMPERMEABILIZAÇÃO
São muitos os fatores que afetam a intensidade dos danos associados à 
falta de impermeabilização e o fator tempo de exposição também é importante. 
Por mais que sejam aplicadas técnicas, sempre se tem uma porcentagem de 
infiltração da água nos materiais, pois estes sempre são de natureza porosa. Esses 
fatores podem ser indicados assim:
• localização geográfica da edificação;
• orientação da planta;
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
17
• altura da edificação.
• clima externo, diferencial de umidade.
Salgado (2012) lista alguns dos problemas comuns decorrentes da presença 
indesejável da água:
• presença da umidade nas estruturas executadas ao nível do solo;
• presença de umidade nas paredes perto do piso;
• vazamento de água em lajes; 
• vazamento de água em caixas d’água;
• vazamento de água em piscinas; 
• umidade em piso.
Não obstante, ainda conhecendo esses possíveis problemas, com frequência 
existe negligência no planejamento e execução do projeto de impermeabilização, 
muitas vezes pela ausência de um especialista que assuma essa responsabilidade, 
tanto quanto pela má execução do serviço. As figuras seguintes mostram os 
problemas mais comuns de origem e causa variada:
FIGURA 11 – MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DE FALHAS NA IMPERMEABILIZAÇÃO 
EM RESIDÊNCIASFONTE: <https://bityli.com/0TQWG> e <https://bityli.com/JuNA2>. Acesso em: 20 set. 2019
FIGURA 12 – ALGUMAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DE FALHAS NA IMPERMEABILIZAÇÃO 
EM ESTRUTURAS MAIS ROBUSTAS
FONTE: <https://bityli.com/Kqf09> e <https://bityli.com/04t24>. Acesso em: 20 set. 2019
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
18
De modo específico, é apresentado na sequência um exemplo de Rodrigues, 
Júnior e Lima (2016). É mostrada uma problemática associada à execução da 
impermeabilização de um reservatório superior com capacidade de 40 m³ de água 
e com duas câmaras, que proveem água para um edifício misto de alto padrão, 
localizado no bairro de Tambaú, em João Pessoa-PB. 
Detalhes: A impermeabilização é executada com cimento polimérico 
e resina termoplástica estruturada (indicação do projetista). Porém, durante a 
execução, detectou-se a ausência de mísulas horizontais na estrutura de concreto 
do reservatório. Sem elas a pressão da água poderia fissurar ou romper o 
impermeabilizante, dessa forma o sistema foi trocado para manta asfáltica aderida. 
Procedimento:
1. Lixamento das paredes de concreto e regularização horizontal do piso.
2. Posterior limpeza.
3. Aplicação de camada asfáltica para facilitar aderência.
4. Consideração do envolvimento das tubulações com manta asfáltica (ver Figura 13).
5. Ensaio de estanqueidade em duas camadas até atingir a capacidade do 
reservatório.
6. Inspeção diária de umidade.
7. Detecção de falha no sistema entorno à tubulação (ver Figura 13).
8. Drenagem do reservatório.
9. Detecção de falhas nos arremates da manta na tubulação (ver Figura 14).
10. Reparo a partir do corte da manta e rebaixamento da superfície próxima às 
tubulações. Novo lixamento, limpeza, aplicação de argamassa polimérica e posterior 
aplicação de manta (fazendo um arremate na parte inferior da luva). E foi aplicado 
um produto à base de resina epóxi sobre a manta para garantir a aderência.
11. Um novo teste de estanqueidade foi realizado.
12. Foi inspecionada a falta de infiltração.
13. Foi aplicada a proteção mecânica horizontal.
FIGURA 13 – RESERVATÓRIO E UMA DAS TUBULAÇÕES CONJUNTA
FONTE: Rodrigues, Júnior e Lima (2016, p. 28)
TÓPICO 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO NAS EDIFICAÇÕES
19
FIGURA 14 – DETECÇÃO DE PROBLEMAS PRÓXIMOS À TUBULAÇÃO – REPARO DO SETOR
FONTE: Rodrigues, Júnior e Lima (2016, p. 29)
FIGURA 15 – DETALHE DE REPARO
FONTE: Rodrigues, Júnior e Lima (2016, p. 30)
Finalmente, com a devida indicação, correção e ensaio de estanqueidade 
pode se ter a confiança de que o reservatório estará em condições de cumprir 
eficientemente sua função, considerando que a manutenção não pode ser deixada 
de lado.
20
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• Existe a necessidade de estruturar e supervisar as atividades associadas à 
aplicação do sistema de impermeabilização no planejamento e execução de 
obras.
• O excesso da água não conduzida dentro da edificação pode causar danos 
internos nos componentes.
 
• Têm-se diversos tipos de materiais e procedimentos associados à instalação 
de sistemas impermeabilizantes segundo a funcionalidade do componente 
estrutural.
21
1 Qual é a diferença significativa entre estanqueidade e impermeabilização?
2 Como acontece a eflorescência nas paredes e por quê?
AUTOATIVIDADE
22
23
TÓPICO 2
ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A separação de ambientes dentro das edificações é uma atividade comum 
nas últimas décadas, dessa forma é oferecida ao usuário a possibilidade de 
experimentar diferentes temperaturas sem sair da sua área de trabalho, estudo ou 
residência. Essa necessidade humana está associada à variação da temperatura do 
ambiente, sua umidade e presença de vento, que claramente é capaz de modificar 
os pequenos ambientes internos criados pelo homem. Esse fato se manifesta pela 
busca de um equilíbrio térmico que pode ser ajustado de modo simples pela troca 
na vestimenta (NICOL; HUMPHREYS, 2001) ou de uma forma geral e fixa com 
a instalação de sistemas que facilitem o ajuste ambiental, tais como sistemas de 
isolamento térmico. 
Cunha e Cunha (1997) indicam que separar os ambientes por causa da 
temperatura ou das atmosferas é a primeira forma de gerar isolamento térmico. 
Esse ato, na construção, proporciona conforto, economia e estabilidade estrutural 
nas edificações. Essas são grandes consumidoras de energia para serem aquecidas 
durante o inverno e resfriadas durante o verão, precisam de isolamento térmico 
para sua eficiência energética.
2 REVISÃO DE CONCEITOS
Isolamento térmico consiste em prover de resistência à edificação durante 
a influência térmica do exterior, impedindo a passagem de calor ou frio, fato que 
é alcançado quando são incorporados materiais isolantes (REVCOSPAIN, 2012). 
Dentro de cada edificação podem ser desenvolvidas condições ambientais 
quase que de modo unitário, ou seja, diferentes de um ambiente externo 
maior, e pode ser gerado um microclima que registra condições ambientais 
predominantemente iguais para todos os materiais que estão dentro dele (JOHN; 
SATO, 2006). Esse microclima tem condições de umidade, vento e temperatura 
que podem ser modificadas mediante composição da envolvente da edificação 
(paredes externas e telhado).
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
24
Essas variáveis e suas formas de serem percebidas pelo corpo humano 
podem gerar desconforto e adicionalmente também ocasionar deformações 
nos componentes da estrutura. Por isso é procurada a estabilidade térmica que 
permite a conservação das propriedades físicas dos materiais da edificação e, por 
conseguinte, a conservação da vida útil das peças.
Cinco conceitos são importantes para compreender como os componentes 
podem se ver afetados pela temperatura externa: a condutibilidade térmica, a 
resistividade térmica, resistividade global, coeficiente de dilatação térmica e 
condutibilidade térmica global (PIRONDI, 1979). Todos baseados na possibilidade 
de transferência de calor, por ser a forma de transferência de energia entre os 
sistemas internos e externos. 
2.1 CONDUTIVIDADE TÉRMICA
Corresponde à capacidade de condução de calor de um material. 
Representado pela expressão da equação (1) (no Sistema Internacional de 
unidades), indica a quantidade de calor (em Joules) que pode ser transmitida entre 
duas faces paralelas de um corpo homogêneo, em regime estacionário, quando 
possuem espessura equivalente a 1 metro, durante um tempo especificado de 1 
segundo, em 1 metro quadrado de área, e para cada grau centígrado de diferença 
entre as temperaturas superficiais das faces.
(1)
Em função dos valores da condutividade, o material pode ser considerado 
condutor ou isolante. Porém, a umidade e temperatura do ambiente podem 
modificar essa caracterização de condutividade térmica em alguns materiais. Por 
exemplo, quando a água ingressa nos vazios ou poros dos materiais, a passagem 
de calor é mais alta, pois a própria água tem condutividade térmica 24 vezes 
maior que o ar. A estimação de condutividade por grupo de materiais pode ser 
ilustrada na Figura 16. De modo mais específico, os valores de condutividade em 
materiais usados na construção civil são especificados no Quadro 3.
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
25
FIGURA 16 – VARIAÇÃO NA ESCALA DE CONDUTIVIDADE SEGUNDO GRUPO DE MATERIAIS
FONTE: <https://www.antonioguilherme.web.br.com/blog/condutividade-termica/>. Acesso em: 
19 set. 2019
QUADRO 3 – CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE ALGUNS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Material Condutividade térmica (W/m.K)
Metal 35 (Chumbo), 381 (Cobre)
Cimento 1,63-2,74
Água 0,60 (Liquida), 2,50 (Gelo)
Chapisco 0,35-1,40
Tijolo maciço 0,72-0,90
Bloco de concreto 0,35-0,79
Tijolo oco 0,49-0,79
Gesso 0,26-0,30
Madeira 0,10-0,21
Concreto celular 0,09-0,18
Isolamento 0,026-0,050
Ar 0,026
FONTE: <http://www.aipex.es/faq_po.php?s=9>. Acesso em: 8 nov. 2019
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES26
Contudo, os materiais nem sempre deixam passar o calor através deles. 
Quando isso acontece, se diz que possuem resistência térmica, o que acontece 
segundo a natureza dos materiais. No caso dos materiais metálicos, essa condução é 
mais rápida que em materiais cerâmicos ou poliméricos, por isso esse parâmetro se 
torna importante na hora de considerar possíveis condutores ou isolantes térmicos.
2.2 RESISTIVIDADE TÉRMICA OU RESISTÊNCIA TÉRMICA
Corresponde à capacidade interna do material de opor-se ao fluxo de 
temperatura, sendo inversamente proporcional à condutividade térmica:
(2)
Em que: 
E – espessura da camada (m);
K – condutividade térmica do material (W/m.K). 
Um bom material isolante terá uma resistência térmica alta e claramente 
a resistência pode ser incrementada quando se tem um material de mediana 
resistência, mas com uma espessura maior. 
2.3 COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA TÉRMICA OU 
TRANSMITÂNCIA TÉRMICA 
O coeficiente de transferência térmica ou coeficiente de transferência de 
calor indica a quantidade de calor que foi transferido por convenção no sistema 
construtivo, considerando que este está constituído por diferentes materiais e 
cada um possui uma condutividade diferente. 
(3)
U = coeficiente de transferência térmica, W/(m2.K);
R = resistência térmica (m2.K/W);
A = área de superfície de transferência térmica, m2;
ΔT = diferença na temperatura entre a área da superfície do sólido e a do 
fluido circundante, K;
Δt = período de tempo, s;
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
27
Esse parâmetro permite caracterizar o isolamento da parede. Quanto mais 
baixo for o valor da transmitância, melhor será o comportamento térmico do 
sistema construtivo. A finalidade de atingir ditos valores se resume na redução 
de investimento na manutenção da edificação e a contribuição ao meio ambiente. 
Esses três conceitos inicias podem ser esboçados, como mostra a seguinte figura:
FIGURA 17 – CONCEITOS BÁSICOS NA TRANSMISSÃO DE CALOR E SUA REPRESENTAÇÃO
FONTE: Adaptado de <https://bityli.com/hmJZt>. Acesso em: 18 set. 2019
Adicionalmente, podem ser definidos outros conceitos que se associam 
com os primeiros, de forma global, no elemento através do qual passa o calor.
2.4 RESISTIVIDADE GLOBAL E CONDUTIBILIDADE GLOBAL
De modo unitário, cada material possui um valor de condutividade térmica, 
porém os materiais são uma mistura homogeneizada de vários componentes, dos 
quais pode ser estimado um coeficiente de condutibilidade térmica global e uma 
resistividade térmica global, o que basicamente se traduz na somatória de cada 
um dos componentes a “reagir” com a transmissão de calor.
2.5 COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA 
A dilatação térmica é o fenômeno que ocasiona a deformação de um 
elemento pelo incremento da temperatura, produzido pela agitação nas moléculas 
deste. De todos os grupos de materiais, os sólidos são aqueles que mais resistem 
a esse fenômeno. E mesmo assim, frente à agitação térmica por uma variação 
abrupta de temperatura durante o dia (40 °C) e frio intenso durante a noite (9 
°C), esses materiais podem sofrer de fadiga térmica e se romper, caso não sejam 
previstos tratamentos de proteção neles.
3 INTERAÇÃO MEIO AMBIENTE-EDIFICAÇÃO
A edificação pode ser considerada célula unitária, uma vez que é 
incorporado um sistema de isolamento térmico eficiente, podendo gerar seus 
próprios microclimas. Uma edificação bem isolada consegue poupar custos 
de energia, a qual é obtida de recursos naturais (hidroelétricas, termoelétrica), 
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
28
muitas vezes sobreexplorados. Da mesma forma, a produção e consumo dessa 
energia também geram gases de efeito estufa e contribuem com as mudanças no 
clima (REVCOSPAIN, 2012). 
A energia térmica que incide sobre as edificações pode ser manifestada em 
três modalidades (radiação, convecção e condução), todas associadas às formas 
de transferir o calor do ambiente ao interno dela, como representa a Figura 18:
FIGURA 18 – MODALIDADES DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR
FONTE: <https://www.3tc.com.br/3-formas-transferencia-calor/>. Acesso em: 12 set. 2019
A radiação é a principal forma de transmissão de calor e o principal 
agente externo que causa aquecimento na edificação, basicamente se propaga 
na forma de ondas eletromagnéticas (DARÉ, 2005). A edificação, ao entrar em 
contato com esse calor, pode absorver parte dele e/ou modificar parte da sua 
temperatura interna. A intensidade de energia recebida depende da superfície 
externa da edificação, da orientação desta e da época do ano (PINTO, 2000). O 
fluxo de calor produzido pela radiação é representado pela seguinte equação (4):
(4)
Sendo:
 = constante de Stefan-Boltzmann com valor de 5,67 × 10-8 W/ (m2. K4);
A = área da superfície em m2;
T = temperatura absoluta em K.
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
29
Por sua vez, o ganho de calor devido à radiação solar consiste numa 
somatória de vários componentes, como “Radiação solar direta (onda curta), 
Radiação solar difusa (onda curta), Radiação solar refletida pelo solo e pelo 
entorno (onda curta), Radiação térmica emitida pelo solo aquecido e pelo céu 
(onda longa) e a Radiação térmica emitida pelo edifício (onda longa)” (PINTO, 
2000, p. 20).
Para o caso da transferência de calor por convecção, este ocorre entre um 
fluido em movimento e uma superfície, quanto mais rápido for o movimento 
desse fluido, maior será a transferência de calor por convenção (JORGE, 2011). 
Essa convecção pode ser natural ou forçada, dependendo das condições de 
escoamento do fluido (ORDENES; LAMBERTS; GÜTHS, 2008). A equação do 
fluxo de calor por esse tipo de transferência é indicada a seguir:
(5)
Sendo:
H = coeficiente de transferência de calor em W/ (m2. K);
= é a temperatura da superfície em K;
 = é a temperatura do fluido afastado da superfície em K;
A = área da superfície através da qual se processa a transferência de calor, em m2.
Por último, o calor por condução está transmitido através do contato físico 
dos componentes e, portanto, é proporcional à diferença de temperatura das 
superfícies, sendo que claramente uma delas possui um nível energético superior 
à outra. A representação desse sistema obedece à Lei de Fourier:
(6)
Sendo:
K = condutividade térmica do material em W/ (m. K);
= é a diferença de temperatura entre as superfícies em K;
E = espessura em m;
A = área da superfície em m2.
A primeira lei da termodinâmica “atua” sobre a envolvente da edificação, 
assim, a quantidade de energia dentro da edificação será produto da energia 
térmica que entra mais a energia gerada dentro dela, menos o volume de energia 
que sai do sistema. Geralmente, deixa um saldo positivo ao interior da edificação.
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
30
3.1 TRANSMISSÃO DO CALOR EM PAREDES
As paredes constituem parte da envolvente da edificação e são elas que 
recebem o fluxo de energia. Em função do tipo de material que as conformam, 
esse fluxo de calor pode ser reduzido para o interior da edificação. Na sequência, 
pretende-se associar os conceitos definidos previamente para compreender a 
importância da incorporação do isolamento térmico nas paredes. 
Jorge (2011) realiza o esquema de troca de calor, considerando que a 
temperatura do ambiente interior é superior à temperatura do ambiente exterior. 
Assim, o fluxo de calor registra seu gradiente do ambiente interno para o externo 
(Figura 19). Baseado nas diretrizes de Nepomuceno (2009), o fluxo de calor pode 
ser avaliado nas seguintes etapas:
FIGURA 19 – SIMULAÇÃO DA FORMA DE CIRCULAÇÃO DO CALOR NUMA PAREDE EXTERNA 
DA EDIFICAÇÃO
FONTE: Jorge (2011, p. 16)
Na etapa q1 acontece o fluxo de calor promovido pela diferença térmica 
entre o interior e o exterior, sendo manifestado na forma de radiação e convenção:
(7)
Na etapa q2, o calor permeia o material e consequentemente é aquecido 
por condução, nesse processo é considerado que o regime é permanente e não se 
tem perdasde calor durante sua transmissão. Ou seja, q1 = q2 = q3 = q
(8)
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
31
Na etapa q3 novamente existe a transferência de calor por radiação e 
convenção que gera o novo ambiente:
(9)
Dessa forma, aplicando a continuidade do calor para as equações (7), (8) e (9):
E lembrando que:
para uma espessura unitária teríamos que:
Chegando a definir o calor transmitido assim:
(10)
É importante indicar que o valor de condutividade térmica do material 
não é o único fator que determina a indicação do seu uso, também a resistência à 
compressão, suas características químicas, sua capacidade de absorção de água, 
estabilidade dimensional e resistência química, pois o processo de instalação 
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
32
do isolamento apoia-se em outros tipos de componentes que devem assegurar 
a condensação do sistema e não sua desintegração ao longo do tempo por 
incompatibilidades deste. 
A envolvente da edificação recebe mais atenção na instalação de sistemas 
isolantes, visando poupar o maior consumo de energia que ajuste a perda de 
conforto no interior da edificação. É por isso que a primeira técnica de proteção 
consiste em aplicar materiais capazes de refletir os raios solares (CARDÃO, 1978) 
e a segunda em incrementar a espessura das paredes ou coberturas com inclusão 
de isolantes térmicos entre as unidades de constituição delas. A Figura 20 mostra 
as possíveis camadas de isolantes aplicadas a coberturas e paredes:
FIGURA 20 – DIFERENTES MODALIDADES QUE INFLUENCIAM O ISOLAMENTO TÉRMICO NAS 
EDIFICAÇÕES
FONTE: <https://www.atex.com.br/blog/materiais/como-melhorar-isolamento-termico/>.
Acesso em: 11 set. 2019
Cunha e Cunha (1997) indicam as áreas que necessitam de isolamento:
• paredes que dividem banheiros de outras áreas;
• paredes de cozinha;
• lajes de cobertura;
• poços de elevadores com pouca circulação de ar;
• paredes do subsolo com pouca circulação de ar;
• paredes ensolaradas;
• câmaras frias ou quentes;
• coberturas.
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
33
O importante, ao fazer uso de isolantes térmicos, é conseguir a diminuição da 
transmissão de calor, que pode ser alcançado intercalando uma camada de material 
que seja mau condutor de calor. Mesmo assim, nenhum material é perfeitamente 
isolante ao ponto de impedir a transferência de calor, por isso os isolantes são bons 
à medida que sua condutibilidade térmica seja menor que os materiais usuais. Os 
sólidos são bons condutores de calor e os gases estagnados são maus condutores, 
daí os isolantes se apresentarem na forma de lâminas ou produtos celulares, 
registrando densidades menores (CUNHA; NEUMANN, 1979).
4 DESEMPENHO E CONFORTO TÉRMICO
Segundo a American Society of Heating Refrigerating and Air conditioning 
Engineers – ASHRE (2013), o conforto térmico pode ser definido como um estado 
que reflete a satisfação do usuário com o ambiente no qual está envolvido, o 
que pode ser manifestado pela presença nula de calor e temperatura superficial 
confortável. Sobre esse conceito incidem variáveis ambientais, variáveis físicas e 
de vestimenta (LAMBERS; DUTRA; PEREIRA, 1997). 
De modo específico, segundo Alucci, Carneiro e Baring (1986), esse 
desempenho térmico é produto de fatores climáticos, de entorno, de abrigo e 
ocupacionais. Existindo todo tipo de caracterização do entorno à edificação e seus 
usuários. De qualquer forma, existirá uma sensação térmica “ótima” comum aos 
usuários, a qual está em torno do 20 ºC e, por sua vez, segundo Cardão (1978,) 
essa temperatura se transforma em um fluxo de calor que não compromete o 
desempenho térmico dos componentes da envolvente da edificação em um valor 
de K ≤ 0,9 k. cal/m2.h, com o qual as operações, o conforto e a economia têm lugar 
conjunto. 
A NBR 15220-3:2005 define um zoneamento bioclimático do Brasil (dividido 
em oito zonas, como pode ser visto na Figura 21) estabelecendo diretrizes para 
melhorar o desempenho térmico das edificações, considerando parâmetros como: 
tipo de vedações externas, aberturas para ventilação e estratégias construtivas 
de condicionamento térmico. Assim, em cada zona seriam permitidos níveis de 
transmitância máxima, como indica o Quadro 4.
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
34
FIGURA 21 – SEPARAÇÃO DO PAÍS POR ZONAS BIOCLIMÁTICAS
FONTE: NBR 15220-3 (2005, p. 2)
QUADRO 4 – TRANSMITÂNCIA TÉRMICA (U) DE PAREDES EXTERNAS SEGUNDO SUA ZONA
Zona 1 e 2 Zona 3,4,5,6,7,8
U ≤ 2,5
αa ≤ 0,6 αa > 0,6
U ≤ 3,7 U ≤ 2,5
αa corresponde à absorbância à radiação solar da superfície externa da parede
FONTE: NBR 15575-4 (2013, p. 27)
Para essa finalidade de desempenho térmico e conforto, a mesma norma 
NBR 155754:2013 especifica que os materiais utilizados para compor as paredes 
externas devem ter coeficiente de condutividade térmica ≤ a 0,065 W/m.K e 
também uma resistência térmica de 0,5 m2K/W.
5 TIPOS DE ISOLANTES TÉRMICOS 
Lobo e Cavalcanti (1981) indica a possibilidade de categorizar os isolantes 
segundo a temperatura de utilização e a forma em que são apresentados. Já Cardão 
(1978) especifica pela forma de instalação, tal como é resumido na seguinte figura:
TÓPICO 2 | ISOLAMENTO TÉRMICO NAS EDIFICAÇÕES
35
FIGURA 22 – TIPOS DE ISOLANTES TÉRMICOS
FONTE: Adaptado de Cardão (1978)
Não obstante, geralmente aceita é a categoria em que se oferece informação 
sobre a temperatura que os materiais são capazes de “tolerar”, assim a ABCERAM 
(2015) classifica os isolantes térmicos em três tipos: 
1. Refratários: pertencendo ao grupo de refratários.
2. Não refratários: materiais que não suportam um incremento superior constante 
aos 1100 ºC de temperatura, como vermiculita expandida, sílica diatomácea, 
diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã de rocha, que são obtidos por 
processos distintos ao do primeiro item.
3. Fibras ou lãs cerâmicas: contêm composição de sílica, sílica-alumina, alumina 
e zircônia, que dependendo do tipo podem chegar a temperaturas de utilização 
de 2000 ºC ou mais.
5.1 MATERIAIS TRADICIONAIS
Sendo de origem animal ou sintéticos, existem normas NBR desde 1989 
que especificam quais materiais podem ser usados no país e que ensaios devem 
ser realizados sobre eles para cumprir o objetivo de isolar termicamente sem 
comprometer outro tipo de desempenho (mecânico) por algum tipo de ataque 
sobre o material. Considerando essa categoria de origem, o Quadro 5 resume os 
materiais mais conhecidos para atribuir isolamento a componentes da edificação 
com as suas principais propriedades.
QUADRO 5 – MATERIAIS ISOLANTES COMUMENTE EMPREGADOS E SUAS PROPRIEDADES
Material Propriedades
Cortiça (origem natural)
Apresentação: aglomerado-painel
• k: 0,039 W/(m.K)
• Deve ser tratado para evitar fungos
Lã de carneiro (origem natural)
Apresentação: fibras ou flocos
• k: 0,043 W/m.K
• É muito resistente e um regulador 
de umidade muito eficiente, fato 
que contribui enormemente para o 
conforto no interior das edificações
UNIDADE 1 | IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO NAS EDIFICAÇÕES 
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Lã de vidro (origem sintética)
Apresentação: rolos ou placas
• Suporta temperaturas de até 450 °C e 
550 °C
• Não propaga as chamas
• Imputrescível
• Fácil de recortar e aplicar
• Resistência à quebra
• Também funciona como barreira de 
vapor
• k: 0,065 a 0,056 W/m·K
Lã de rocha ou lã mineral (Origem 
natural)
Apresentação: painéis rígidos ou 
semirrígidos, aglomerados com 
resinas, feltros, mantas e coquilhas
• Incombustível 
• Imputrescível 
• Leve e flexível
• Resistente a vibrações
• Alta resistência ao fogo
• É um excelente material para 
isolamento acústico em construção 
leve, para pavimentos, tetos e 
paredes interiores
• k: 0,030 a 0,041 W/(m.K.)
Argilas expandidas (origem 
natural)
Vermiculita
Apresentação: bolinhas
• Incombustível
• Natureza microporosa
• Deve ser espalhada até atingir uma 
camada de 5-10 cm ou incorporada 
ao concreto
Fibras de madeira (origem natural)
Apresentação: painel

Outros materiais