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Platão nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 428 a.C. De família nobre, estudou leitura, escrita, música, pintura, poesia e ginástica. Platão foi discípulo de Sócrates e escreveu A República, uma coletânea de textos em forma de diálogos. Há uma contextualização em que os personagens do diálogo são apresentados; a seguir, alguém propõe um tema e, depois, alguém defende uma tese que será questionada por um interlocutor capaz de ir mostrando as deficiências do argumento. Nesses diálogos, ele registra algo dos diálogos que ele testemunhou entre Sócrates e seus interlocutores, mas na verdade, na maioria das vezes, ele põe da boca do Sócrates sua própria teoria sobre a realidade. Dizemos, portanto, que, nos “diálogos”, o Sócrates que aparece é um personagem de Platão, com raras exceções. Sua ideia mais famosa que, de certa forma, explica o sentido da filosofia aparece no livro VII, da República, onde ele conta o Mito da Caverna. Para Platão a realidade é concebida em duas dimensões distintas: sensível (alcançada por meio dos sentidos) e ideal (mundo das formas, das ideias). Para ele, a apreensão da realidade por meio dos sentidos (tato, audição, visão, paladar) não é segura, pois não permitem uma compreensão verdadeira. Assim, é necessária uma análise advinda de uma reflexão filosófica para alcançar a verdade. Aquilo que pode ser percebido pelos sentidos é o senso comum. Ele é cheio de preceitos, de opiniões. Não é uma verdade e não chega a ser um conhecimento de fato. Assim, para atingir o conhecimento verdadeiro é necessário fazer uma contemplação filosófica (por meio do pensamento). Portanto, a filosofia platônica é racionalista, ou seja, o conhecimento deve ser buscado na razão. RACIONALISMO X EMPIRISMO Corrente racionalista O conhecimento deve ser buscado na razão – Platão se filia a essa corrente. Corrente empirista O conhecimento advém da experiência. O dualismo platônico é a divisão do mundo sensível entre o mundo ideal. Para ele, a verdade só existe no mundo ideal, pois o sensível é imperfeito. Mundo das ideias Não pode ser alcançada por meio dos sentidos. Somente pode ser alcançada por meio do pensamento. Mundo sensível: Pode ser atingida/acessada por meio dos sentidos (tato, audição, visão, paladar. Filosofia Clássica Bibliografia Pensamento de Platão: Teoria dualista: O conhecimento verdadeiro se encontra no mundo das ideias (formas). A Alegoria da Caverna começa esse com Sócrates pedindo que Glauco imagine uma situação inusitada. Numa caverna, vários prisioneiros estariam acorrentados, presos pelos braços, pernas e também pescoços de tal forma que não poderiam olhar para o lado. Deveriam estar nessa condição desde que nasceram. O que eles veem é simplesmente a projeção das sombras do que ocorre ao lado deles, pois há uma fogueira e um espaço entre a fogueira e o lugar onde estão. Nesse espaço, passam outras pessoas. Isso significa que a percepção que eles têm da realidade é falsa. Veem sombras que acham que são reais e, quando ouvem barulhos, atribuem às sombras. Num dado momento, um deles é liberto. De imediato, ele se recusa a crer no que está vendo. Vê seus amigos presos e entende que também estava preso. Vê o fogo. Suas vistas doem. E vê que há uma luminosidade maior atrás do fogo, que indica o lado de fora da caverna. Ele sai. Não, a luz o cega. Mas ele quer ver onde está. Olha para chão, depois para as árvores e depois olha diretamente para o sol. Entende que o que viveu sempre foi uma grande ilusão. Resolve voltar para contar a verdade para os seus companheiros prisioneiros. A caverna representa os preconceitos, as amarras cotidianas, o senso comum. É um conhecimento frágil. O sujeito que retira a venda dos olhos, que consegue romper com as correntes do preconceito consegue ter a visão das formas verdadeiras. Platão considera que a alma do homem, no além mundo, tinha acesso ao mundo das formas. Contudo, ao encarnar, o homem bebe a água do rio do esquecimento e se esquece das formas verdadeiras. Para romper com o esquecimento é necessário fazer a provocação. É necessário provocar o indivíduo para que ele possa pensar, desenvolver o raciocínio. Por meio do pensamento, da reflexão, o homem consegue acessar, de fato, o conhecimento. A ideia básica de justiça se encontra no mundo das formas, das ideias, e não na experiência sensível (preconceito, vingança). Por meio do pensamento é possível alcançar a noção exata de justiça. A noção de Justiça advém da contemplação filosófica, e não por meio da percepção sensitiva. A justiça está no mundo das formas •Representa o mundo dos sentidos. Não é uma percepção segura. Caverna •Simboliza o mundo das ideias, no qual o conhecimento verdadeiro, de fato, se encontra. Mundo exterior Alegoria da Caverna: Conhecimento Platônico: Direito e Justiça: A justiça é uma virtude, algo que leva o homem a agir de maneira correta! Para Platão, a norma que não é justa não é “de direito”. A norma, para ser “direito”, deve ser justa. Não há distinção entre direito e justiça Não é possível admitir um indivíduo justo numa sociedade cujas leis estejam corrompidas. Há uma ligação entre o indivíduo e a pólis. Essa concepção se opõe a uma concepção individualista: separa a noção de justo ligada à sociedade da noção de justo, ligada ao indivíduo. Para Platão, o indivíduo deve contribuir com a vida na pólis, com aquilo que é justo, que é virtuoso. Platão vincula a justiça (virtude) à vida na pólis, por isso, a justiça não pode ser direcionada nada somente aos amigos, deve ser direcionada a todos, sem preferência. Se uma norma é injusta, ela não pode ser tida como norma de direito. Justiça pensada de forma coletiva. Não é possível separar o indivíduo da sociedade. Não é possível um indivíduo justo numa sociedade corrompida, pois ele está ligado à Pólis. Para Platão, virtude é fazer a coisa certa sempre, ainda que seja para os inimigos. A justiça é como virtude.
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