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ENEM – FILOSOFIA A ÉTICA NA FILOSOFIA – Platão Platão tinha uma visão mais sofisticada da ética. Conforme Nietzsche apontou, Sócrates era o filósofo plebeu, filosofava nas ruas de Atenas, e Platão era o filósofo nobre que filosofava para castas superiores em um determinado local cujo acesso era de poucos: a Academia. Seria óbvio, portanto, que houvesse diferenças entre eles. Para compreender a noção de ética de Platão, é preciso entender a sua definição de alma e, por conseguinte, a sua utopia da cidade justa, a cidade ideal descrita no seu livro principal, A República. Uma estava relacionada à outra. As almas de bronze eram homens que tinham por predominância as paixões da parte baixa da alma, o ventre. Eram pessoas destinadas aos trabalhos primários que supriam as necessidades básicas da cidade. As almas de prata pertenciam às pessoas corajosas próprias para os combates e para a segurança da cidade justa, como também era característica principal da personalidade e que estava posicionada no tórax. As almas de ouro, por fim, era de quem, pela educação, tinha contato com as formas perfeitas, pois tinha a razão como seu principal elemento. Quem tinha a alma de outo poderia ser o rei da cidade justa, ele foi educado para ocupar o poder máximo da cidade justa. Sábio e pensador racional, o filósofo podia ser rei. Assim, Platão concebeu a ideia de cidade justa conforme a sua concepção de alma humana. Uma é o reflexo da outra. Se os homens evoluem cada um em sua aptidão, a cidade pode ser justa. A pólis é o reflexo da natureza humana. Logo, isso leva em conta a relação do homem e da sua educação bem como o seu agir, as suas virtudes, com a virtude da cidade justa. A razão possibilidade ao homem perceber o mundo de forma ordenada e justa. A política tem como função organizar a vida humana com normas racionais e justas, ela é a arte suprema pois nela é possível de se realizar, para Platão, a maior obra de arte humana. Sua harmonia depende da educação e do desempenho dos seus cidadãos, e sobretudo do maior deles, o filósofo, aquele capaz de coordenar todos segundo o Supremo Bem. A ética, os hábitos da pessoa, refletia na cidade justa. É preciso que lembre que a democracia ateniense era feita na assembleia com base na oratória dos representantes dos demos já que não haviam códigos a serem cumpridos. Por isso a preocupação de Platão era que quem executasse as políticas fosse alguém que não decidisse de forma arbitrária e irracional, mas que fosse sábio e que soubesse o que Sócrates tanto procurou: o que era a justiça, a coragem, a sabedoria, o belo e o Bem. A cidade justa de Platão era um cidade dividida em classes de acordo com a aptidão de cada alma e que garantiria a harmonia da pólis.
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