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Microbiologia do soloMicrobiologia do solo O solo pode servir para inúmeras funções, como sustentação de plantas, fornece nutrientes e água para elas e também, principalmente, podem abrigar organismos microscópicos. Introdução Importância da microbiota do solo Realizam ciclagem de nutrientes; Liberam nutrientes em forma disponível para as plantas; Degradam substâncias tóxicas (presentes em defensivos químicos); Melhora a nutrição das plantas em micronutrientes pela formação de complexos; Exerce efeito promotor de crescimento; Se associam de forma simbiótica com as raízes das plantas; São responsáveis pelo controle biológico de pragas e doenças do solo; Atuam na solubilização de minerais; Contribuem para a agregação e estruturação dos solos. Principal função dos microrganismos do solo. DECOMPOSIÇÃO DE MATÉRIAORGÂNICA. CICLAGEM DE ELEMENTOS E MINERAIS. BIOPROTEÇÃO DE CULTURAS. Fatores que determinam a quantidade de Organismos Umidade do solo; Textura do solo; Porosidade do solo; Temperatura; Qualidade do alimento; Uso e manejo do solo; Práticas agrícolas envolvidas Microrganismos encontrados no solo Bactérias Bacillus subtilis Tem como seu habitat natural o solo e por isso é conhecida como rizobatéria promotora do crescimento em plantas. Pode ser encontrada naturalmente em solos de todo o Brasil . Quanto melhor a preservação do solo, presença de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes, maior será a presença da bactéria. Ela apresenta alta capacidade de colonizar raízes e competir por espaço e nutrientes, como também é capaz de promover a produção de substâncias antibióticas. Clostridium botulinum É um gênero de bactérias gram- positivas amplamente distribuídas em muitos ambientes do planeta: solo, água, entre outros. é composto por organismos que são anaeróbios estritos. Isso significa que eles não usam o elemento oxigênio para realizar os diferentes processos metabólicos. Quando as bactérias do gênero Clostrididum estão em um meio em que as condições são hostis, elas produzem esporos. Arthrobacter É um gênero de bactérias aeróbicas obrigatórias, muito comum em diferentes tipos de solos. As espécies deste grupo de micróbios são Gram- positivas, embora durante o crescimento exponencial sejam Gram- negativas. a parede celular contém L- lisina e ramificada tipo celular ácidos gordos. A temperatura ideal para o desenvolvimento das espécies de Arthrobacter varia de 20 a 30 ° C e elas crescem melhor em um meio com pH neutro a ligeiramente alcalino. Pseudomonas As espécies do gênero Pseudomonas são bacilos gram-negativos não fermentadores, aeróbios, móveis e geralmente encontram-se aos pares. Vivem em ambientes variados, principalmente no solo, matéria orgânica em decomposição, vegetação e água. São móveis devido à presença de flagelos monotrópicos (flagelo) ou multitróficos (vários flagelos). O flagelo tende a estar na posição polar. Rhizobium é um gênero de bactérias que têm a capacidade de fixar nitrogênio da atmosfera. Em geral, as bactérias com a capacidade de fixar nitrogênio são conhecidas como rizobia. Eles são heterotróficos, o que indica que eles devem obter sua fonte de energia da matéria orgânica. O rizóbio normalmente cresce em condições aeróbicas e os nódulos se formam a uma temperatura de 25 a 30 ° C e um pH ideal de 6 ou 7. Azotobacter Elas são geralmente móveis e de formato oval ou esférico. Elas também formam cistos de paredes espessas e podem produzir grandes quantidades de lodo capsular. As bactérias Azotobacter são gram-negativas e são encontradas em solos neutros e alcalinos ou água Essas bactérias são micróbios aeróbicos e de vida livre do solo. Azotobacter desempenha um papel importante no ciclo do nitrogênio na natureza. Nitrobacter São amplamente encontradas no solo e conseguem fixar compostos nitrogenados. São de vital importância para a sobrevivência das plantas, pois fornece compostos importantes para seu desenvolvimento e metabolismo. Os tipos que mais se destacam são as Nitrosomonas e Nitrobacter. No primeiro caso, o íon amônio é oxidado a nitrito; no segundo caso, o nitrito é oxidado a nitrato. Fungos Aspergillus Spp O gênero Aspergillus e sua espécie são produtores de diversas micotoxinas, que têm um grande impacto agrícola, epidemiológico e econômico. É um dos principais responsáveis pela poluição agrícola da micotoxina, além de estar associado à flora microbiana comum de muitas culturas agronômicas. Fusarium Spp um grande grupo de fungos filamentosos pertencentes aos hifomícetos. Comumente distribuídos amplamente no solo, são fungos saprofíticos conhecidos por associar-se às plantas, causando uma ampla gama de doenças vegetais. Isso se deve à sua capacidade de produzir micotoxinas especialmente nas culturas de cereais, que podem causar doenças em hospedeiros humanos e animais se ingeridos. Penicillium Spp. Em condições ambientais favoráveis, Penicillium sp. pode estabelecer-se e desenvolver-se em qualquer substrato, mas os principais são frutas, grãos, vegetais e raízes. A germinação dos esporos de Penicillium ocorre na faixa de temperatura entre 15 - 32 °C, sendo que o ótimo está entre 21 a 25 °C. Sob condições de armazenagem, Penicillium sp. prolifera caso ocorram condições de 80 a 90% de umidade relativa do ar intergranular e 15 a 18% de teor de umidade dos grãos. Mucor Spp. Mucor é um fungo filamentoso encontrado no solo, plantas, frutas e vegetais em decomposição. Além de ser onipresente na natureza e um contaminante de laboratório comum, o Mucor spp. pode causar infecções no homem, sapos, anfíbios, bovinos e suínos. A maioria dos Mucor spp. são incapazes de crescer a 37°C e as cepas isoladas de infecções humanas são geralmente uma das poucas termolerantes Mucor spp. Trichoderma Spp. O Trichoderma spp. é um gênero da ordem Hypocreales, de vida livre, que se reproduzem assexuadamente, são filamentosos, comumente chamados de bolor ou mofo, de crescimento rápido e que produz colônias de coloração verde. Cladosporium Spp. Cladosporium spp. são fungos onívoros, considerados saprófitos ou patógenos fracos oportunistas. Existem registros de incidência sobre hospedeiras de mais de 30 famílias de plantas. Danos: Os sintomas típicos nas sementes são manchas ou crescimentos esverdeados na superfície das sementes, principalmente na zona correspondente ao embrião. Interações dos microrganismos e solo SImbiose: é uma condição em que os indivíduos de uma espécie vivem em associação íntima com indivíduos de outra espécie. Mutualismo: O mutualismo é uma relação ecológica harmônica e interespecífica que pode ocorrer de forma obrigatória ou facultativa. Comensalismo: É uma relação ecológica entre dois organismos em que um deles se beneficia sem causar prejuízo ao outro. Antagonismo: É a inibição de uma espécie de microrganismo por outra Competição: Relação de conflito entre espécies por nutrientes (alimento). Quando há baixas quantidades de nutrientes no solo, as espécies que crescem rapidamente privam os alimentos das que crescem lentamente. Parasitismo: interação entre parasita e hospedeiro. Um vive sobre (ectoparasita) ou dentro do outro (endoparasita). Por exemplo, os bacteriófagos que replicam no interior de células bacterianas, e fungos quitrídios que parasitam algas, outros fungos e plantas Predação: relação entre organismo, o predador, alimenta-se outro organismo, a presa. Como alguns protozoários alimentam-se de bactérias e algumas algas, em um processo chamado de pastagem. E também a bactéria Bdellovibrio que se alimenta de outras bactérias, este tipo de bactéria rompe a presa e difunde-se no solo. É definida como a região do solo que é influenciada pelas raízes das plantas, principalmente pela liberação de compostos orgânicos chamados de exsudatos radiculares. Estes compostos têm a função de nutrir e, consequentemente, atrair microrganismos para a região do entorno das raízes, resultando em uma biomassa microbiana substancialmente maior do que outras regiões do solo. efeitos da rizosferaIntensa atividade microbiana Diminuição do tempo de geração da reprodução de microrganismos Ex: Pseudomonas- Tempo de geração 15 vezes menor na rizosfera, do que no solo não rizosférico Figura- efeitos da comunidade microbiana da rizosfera no crescimento das plantas (Silvia et al., 2005).
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