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CONSTELAÇAO EMPRESARIAL

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Milton Menezes 
1 
 
CONSTELAÇÃO SISTÊMICA – TRANSFORME.CE 
 
1. O que é uma Constelação? 
Qual a diferença entre uma Constelação Familiar e uma Constelação Sistêmica? 
2. TIPOS DE CONSTELAÇÃO: 
 Constelação Familiar 
o Família de Origem; 
o Família atual 
 Constelações Organizacionais: 
o Organizações; 
o Grupos; 
 Constelação Estrutural: 
o Tetralema; 
o Constelação Problema; 
o Constelação do tema “protegido” (oculto); 
 Constelação Formato PNL: 
o SCORE; 
o Trajetória da vida; 
o Níveis Neurológicos; 
 Constelação Sistêmica. 
 Corpo – energia: 
o Órgãos; 
o Meridianos; 
o Chacras. 
 Milton Menezes 
2 
 
 
3. TÉCNICAS DE CONSTELAÇÃO SISTÊMICA: 
Em Constelação Sistêmica, podemos utilizar, basicamente, 3 (três) técnicas 
diferentes: 
a) Utilizando Pessoas como Representantes: Nesta técnica, utilizamos pessoas 
para representar os fatores de um sistema que está sendo constelado. Os 
representantes vão utilizar as suas percepções em termos de sensações físicas, 
emoções, pensamentos, impressões, impulsos, reações, etc. para expressar o 
que está acontecendo com o fator real do sistema que está sendo trabalhado. 
Vantagens: As pessoas tendem a expressar de forma mais intensa e fidedigna 
os aspectos inconscientes que atuam no sistema favorecendo uma 
identificação mais clara dos fatores determinantes do problema e dos 
caminhos de solução. 
Desvantagens: Dificuldade de organizar grupos de 15 a 20 pessoas para 
poderem trabalhar um problema sistêmico de um cliente. Operacionalmente 
dificulta a aplicação mais espontânea e pontual de uma questão no coaching ou 
na terapia individuais. 
b) Utilizando Objetos como Representantes (Bonecos Playmobil): Utilizamos 
bonecos Playmobil, qualquer tipo de bonecos ou objetos para representar os 
fatores do sistema em questão. Vamos usar a percepção do próprio cliente 
para identificar e diferenciar os aspectos que estão atuando no sistema e que 
estão inconscientes. 
Vantagens: Podemos utilizar a qualquer momento no atendimento individual 
ou em grupo sem a necessidade de recrutar outras pessoas para o processo. 
Mesma eficácia do método com pessoas. Favorece uma percepção mais 
“espacial “ do problema e visualização de dinâmicas no sistema, principalmente 
se envolvem pessoas no problema em questão. 
Desvantagens: Nem sempre o cliente tem um nível de percepção que favoreça 
a aplicação desta técnica. O cliente pode interferir na descrição de suas 
percepções com conteúdos conscientes, conceitos, explicações, pré-conceitos, 
etc. distorcendo o resultado do método. (Para contornar este problema deve-
se aplicar a técnica com os FATORES OCULTOS par ao cliente no início da 
Constelação). 
 
 Milton Menezes 
3 
 
c) Utilizando Âncoras de Solo como posição para representantes: Neste método, 
vamos utilizar Âncoras de Solo, ou seja, qualquer tipo de referência que possa 
simbolizar os fatores do sistema e que permita uma “movimentação” e uma 
mudança no “esquema corporal” do cliente na percepção das características 
dos fatores. Usaremos, então o próprio cliente nesta percepção utilizando 
pedaços de papel com símbolos (figuras geométricas, n’meros, letras, etc.) para 
diferenciar os fatores, ou mesmo cadeiras, objetos em geral que permitam uma 
mudança de posições pelo cliente para cada fator. 
Vantagens: Podemos aplicar individualmente sem a necessidade de recrutar 
pessoas para a atividade. Maior nível de percepção para alguns clientes que os 
Bonecos Playmobil. Muito eficaz para escolhas e sistemas não humanos. 
Desvantagens: Nem sempre o cliente consegue perceber as diferenças entre os 
fatores de forma significativa. Possibilidade do cliente interferir com suas 
impressões ou racionalizações conscientes no processo. (Para contornar este 
problema deve-se aplicar a técnica com os FATORES OCULTOS par ao cliente no 
início da Constelação) 
 
4. APLICAÇÕES: 
1. FAMÍLIA 
2. ESTRUTURAS INTERNAS 
3. DIMENSÕES DA VIDA 
4. CONFLITOS/DÚVIDAS/IMPASSES 
5. ALINHAMENTO 
6. GRUPOS 
7. ORGANIZAÇÕES 
8. NEGÓCIOS 
9. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO; 
10. GESTÃO DE PESSOAS; 
11. ÓRGÃOS E PARTES DO CORPO; 
12. DIMENSÕES DA CONSCIÊNCIA 
 Milton Menezes 
4 
 
5. OBJETIVOS DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA: 
São 3 os principais Objetivos da Constelação Sistêmica: 
 
a) Diagnóstico: O método da Constelação permite na grande maioria dos casos 
um diagnóstico dos problemas, causas e aspectos inconscientes de um 
problema sistêmico. 
b) Intervenções para Solução: Pelo princípio que fundamenta a Constelação, ações 
e intervenções na Constelação tendem a repercutir de forma positiva em 
mudanças e soluções no Sistema Real. Às vezes, as próprias pessoas que estão 
apenas observando uma Constelação, podem relatar modificações posteriores 
em seus problemas pessoais pela ressonância das intervenções realizadas em 
uma Constelação de outra pessoa. 
c) Prospecção de Soluções: A Constelação permite em alguns casos a identificação 
de caminhos de solução ou melhores opções conforme a finalidade do sistema 
que se estabeleceu (tempo e situação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
5 
 
6. Aspectos Básicos do Transforme.ce: 
o Problema ou Questão: é o Foco que será abordado na atividade do 
TRANSFORME.CE. Conforme o tipo de Sistema que estaremos 
considerando, o Foco pode ser um problema envolvendo um Grupo de 
Pessoas (família, Equipe, Instituição, etc.), um Conflito, uma Decisão, 
uma tomada de Consciência sobre um direcionamento na vida, um 
Projeto, uma Carreira, um Negócio, um Produto, etc.. 
 
o Elementos ou Fatores: São os componentes do sistema de que trata o 
TRANSFORME.CE. O importante é que a escolha dos elementos seja 
compatível com a sua relevância aparente no Problema ou Questão do 
Sistema. 
 
o Representantes: São os substitutos dos Fatores reais pelos que vão 
representá-los no campo de trabalho do TRANSFORME.CE. No caso da 
aplicação em Grupos de Pessoas, serão escolhidos entre as pessoas 
disponíveis para o trabalho. No caso da aplicação individual, serão os 
objetos escolhidos para representar os Fatores reais: Bonecos 
Playmobil, Outros bonecos, Objetos, etc.. A importância de que o 
Cliente escolha os elementos está na Projeção que ele faz da sua 
percepção (na maioria das vezes Inconsciente) do recorte do Sistema 
que está sendo tratado. 
 
o Campo de Trabalho: Espaço Físico que representará o Campo do 
Sistema Real e do Problema a ser abordado no TRANSFORME.CE. 
 
o Posição: É o “lugar” que o Cliente determina para cada um dos 
Representantes dos Fatores considerados no Problema em questão. É a 
Imagem Interna que o cliente apresenta do Problema, projetando-o, de 
forma Inconsciente no Campo de trabalho. É importante delimitar o 
espaço para dar “continência” ao processo de expressão dos conteúdos 
Inconscientes. 
 
 Milton Menezes 
6 
 
o Relacionamento: Relações existentes entre os Fatores e que são 
expressas nas diferentes reações dos Fatores representados. 
 
o Finalidade: Todo Sistema se caracteriza por ter uma Finalidade ou 
Propósito. Mesmo que não esteja explícito, devemos considerar que o 
Sistema se “movimenta” na direção da realização de seu propósito ou 
Finalidade. 
 
o Ordem: Parece que todo Sistema tem uma Ordem, mais ou menos 
oculta, dependendo do tipo de Sistema, que orienta a melhor 
movimentação, relacionamento e aproveitamento de cadaElemento. 
 
o Dinâmica x Estática: Padrões que são identificados nos Sistemas na 
realização de suas Finalidades. Tem relação com o tipo de 
Relacionamento de cada Fator, seu Papel, sua entrada e saída no 
sistema, sua Responsabilidade no Sistema, dentre outras. Os principais 
aspectos no TRANSFORME.CE são: 
 Dar e Receber; 
 Pertencimento; 
 Padrões Assumidos; 
 Integridade; 
 Equilíbrio; 
 Projeções; 
o Alinhamentos: Ordenação harmoniosa dos Fatores de forma a 
conseguir a Solução mais Eficiente para a Finalidade do Sistema. 
Normalmente, os sistemas geraram problemas quando algum tipo de 
Alinhamento se perdeu: Alinhamento entre os Fatores, entre os Fatores 
e o Propósito, Entre os Fatores Presentes e os Ausentes, etc.. 
 
o Solução do Sistema: Imagem Externa que traduz a melhor combinação 
possível para o momento do sistema, favorecendo que ele se conduza 
na realização de sua Finalidade. 
 Milton Menezes 
7 
 
 
Bibliografia: 
 Facets of Systems Science; KLIR, George J.; Springer Verlag; 199 
 Teoria Geral dos Sistemas; BERTALANFFY, Ludwig Von.; Ed. Vozes;1975. 
 A Teia da Vida; CAPRA, Fritjof; Ed. Cultrix; 1997. 
 Thinking in Systems - A Primer; MEADOWS, Donella H.; Ed. Diana Wright; 2008. 
 
 
7. FASES de uma Constelação TRANSFORME.CE 
 
APLICAÇÃO TEMA FAMILIAR: 
1. Pré-Clarificação com o Cliente: 
a. Pedido/preocupação/ tema, problema; 
b. Família de Origem. Família atual, (ambas?) 
i. Pessoas de relação; 
ii. Parceiros anteriores; 
iii. Filhos perdidos. 
c. Informações Antecedentes: 
i. Morte (prematura); 
ii. Exclusão ou depreciação; 
iii. Doença grave/enfermidade. 
d. Emoções envolvidas ao lidar com o problema; 
e. Repercussões na vida em geral pelo problema em questão: família, 
trabalho, dinheiro, saúde, etc. 
f. Fatores Prováveis que estão envolvidos no problema Sistêmico; 
g. O que o Cliente deseja com a Constelação – importância de desmistificar 
o fator “mágico” da Constelação; 
 Milton Menezes 
8 
 
 
2. Representação da Imagem Interna: 
a. Seleção de representantes (primeiro para o cliente – Foco); 
b. Guiar Representantes para as Posições da Sala; 
 
3. Perceber e Perguntar: 
a. Percepção e sentimento na Posição; 
b. Melhora ou piora durante a mudança no sistema; 
c. Desejos: verificar com o Representante do Fator se há um desejo ou um 
impulso (corporal ou impressão) para alguma modificação, como por 
exemplo: mudança da sua posição própria, alterações na disposição, 
atrações e repulsas em relação aos demais Fatores, etc.. 
 
4. Trabalho Estrutural: 
a. Mudança de posições um com o outro – Testes. 
 
5. Trabalho de Processo: 
a. Mudança através de palavras purificadoras, símbolos, gestos e rituais; 
b. Reconhecimento, o que é; 
c. Perceber, apreciar, honrar, dar, receber, devolver; 
d. Prestar atenção aos limites do sistema; 
e. Expressão de Elementos da Ordem do Sistema: Amor e Benevolência 
(Família). 
 
6. Alteração com o Trabalho Estrutural até que a solução da Imagem seja 
alcançada. 
 
7. Permutando o cliente: Pode acontecer mais cedo também. 
 Milton Menezes 
9 
 
 
8. Tirando o Papel (dissociação dos representantes) 
a. Cliente assimila a imagem da Solução (torna a imagem da solução como 
Sua) e dispensa os representantes. 
 
 
APLICAÇÃO TEMA GERAL: 
1. Pré-Clarificação com o Cliente: 
a. Pedido/preocupação/ tema, problema; 
b. Sistemas da vida envolvidos no Problema: 
i. Familiar; 
ii. Trabalho ou Carreira; 
iii. Envolve Relacionamentos Interpessoais?. 
c. Informações relevantes sobre mudanças no Sistema: 
i. Perdas; 
ii. Crises; 
iii. Momentos de transição entre equilíbrio e desequilíbrio. 
d. Emoções envolvidas ao lidar com o problema; 
e. Repercussões na vida em geral pelo problema em questão: família, 
trabalho, dinheiro, saúde, etc. 
f. Fatores Prováveis que estão envolvidos no problema Sistêmico; 
g. O que o Cliente deseja com a Constelação – importância de desmistificar 
o fator “mágico” da Constelação; 
 
2. Posicionamento- Representação da Imagem Interna: 
a. Seleção de representantes (primeiro para o cliente – Foco); 
b. Guiar Representantes para as Posições da Sala; 
 Milton Menezes 
10 
 
 
3. Perceber e Perguntar: 
a. Percepção e sentimento na Posição; 
b. Melhora ou piora durante a mudança no sistema; 
c. Desejos: verificar com o Representante do Fator se há um desejo ou um 
impulso (corporal ou impressão) para alguma modificação, como por 
exemplo: mudança da sua posição própria, alterações na disposição, 
atrações e repulsas em relação aos demais Fatores, etc.. 
 
4. Trabalho Estrutural: 
a. Mudança de posições um com o outro – Testes. 
 
5. Trabalho de Processo: 
a. Mudança através de palavras purificadoras, símbolos, gestos e rituais; 
b. Reconhecimento: o que é; 
c. Perceber, apreciar, honrar, dar, receber, devolver; 
d. Prestar atenção aos limites do sistema; 
e. Expressão de Elementos da Ordem do Sistema: Respeito e Consideração 
(Empresas), Realização e Gratidão (Carreira, profissão), etc.. 
 
6. Alteração com o Trabalho Estrutural até que a solução da Imagem seja 
alcançada. 
 
7. Permutando o cliente: Pode acontecer mais cedo também. 
 
8. Tirando o Papel (dissociação dos representantes) 
Cliente assimila a imagem da Solução (torna a imagem da solução como Sua) e 
dispensa os representantes. 
 Milton Menezes 
11 
 
 
 
DETALHAMENTO DAS ETAPAS: 
1. Pré-Clarificação com o Cliente: Nesta Etapa, realizamos uma Entrevista com o 
Cliente onde procuramos identificar os Fatores Sistêmicos que parecem estar 
envolvidos no Problema a ser abordado. Os tópicos apresentados acima 
deverão ser conduzidos de forma bem objetiva e focada na descrição do 
problema, repercussões, consequências, incoerências, paradoxos, etc.. 
Tendo em vista a grande importância desta etapa para todo o processo da 
Constelação, precisamos abordar alguns pontos extremamente relevantes para 
que que a definição do problema e a escolha dos Fatores seja boa. 
Em resumo, na Entrevista anterior à Constelação onde você deverá: 
– Definir o Problema ou Questão que será trabalhada; 
– Identificar o Sistema mais adequado para abordar na Constelação; 
– Identificar os Fatores que farão parte do quadro inicial da Constelação; 
– Definir qual método você vai usar (Pessoas, Playmobil ou Âncoras de 
Solo). 
 
Entrevista Inicial: 
Antes de realizar a Constelação, é fundamental realizar uma rápida entrevista, 
que seja FOCADA na delimitação do Tema da Constelação e na identificação do 
sistema e dos Fatores deste Sistema que farão parte da Constelação. 
Uma das maiores dificuldades que observamos nos alunos dos Cursos de 
Constelação é da mudança de postura que o Facilitador da Constelação deve 
assumir em relação a outros tipos de Entrevistas. Como muitos alunos já tem 
experiências em outras formas de atendimento e que têm objetivos 
específicos, pode-se correr o risco de realizarmos uma Entrevista que não 
favoreça o Mapeamento do sistema e dos Fatores para a Constelação que 
desejamos. 
Assim, é importante que você considere estas diferenças entre os objetivos de 
Entrevistas ou diálogos que ocorrem no contexto da Terapia, do Coaching e 
para uma Entrevista Inicial à Constelação. Vejamos as principais diferenças: 
 Milton Menezes 
12 
 
a) Terapia: No processoTerapêutico, normalmente, as entrevistas inicias 
visam um levantamento de eventos e fatos importantes que podem estar 
vinculados ao problema ou queixa que o cliente veio tratar. É chamada de 
Anamnese. 
Ao longo das sessões, interações verbais e diálogos tem, normalmente, o 
objetivo de relacionar fatos com sintomas, estabelecer relação possível de 
causa e efeito ou evento x consequências. Pretende-se que o cliente tome 
Consciência destas relações para remissão do sintoma e desenvolvimento 
pessoal. Buscam-se insights, contato com emoções reprimidas ou 
relacionadas ao problema. Normalmente, a Terapia tem uma perspectiva 
“retrospectiva”(passado). Pretende-se com os diálogos e atividades: 
Mudança de atitudes, comportamentos e remissão dos sintomas. 
b) Coaching: Já no processo de coaching as entrevistas iniciais e as 
interações verbais e diálogos entre caoch e coachee têm outros 
objetivos, tais como, relacionar fatos com padrões inadequados, 
ampliar consciência do cliente quanto a possibilidades não exploradas, 
identificar potenciais não ou pouco utilizados, perceber e superar 
bloqueios não identificados naturalmente pelo cliente, Estabelecer 
novas metas, Planos de ação, estabelecer ações de mudança. Também 
buscamos insights, superação de problemas e novos padrões de 
comportamento. Na maioria das vezes o coaching tem uma abordagem 
prospectiva de soluções (futuro). Pretende-se com isso o 
Desenvolvimento de Habilidades, Competências, Ações e Padrões mais 
efetivos para os resultados que o cliente pretende. 
c) Constelação: Na Constelação Sistêmica, o objetivo da Entrevista é muito 
mais específico e tem relação direta com o método. Como a 
Constelação se propõe a trazer à tona aspectos inconscientes e 
subliminares que estão gerando ou influenciando o sistema e o 
problema em questão, QUALQUER OUTRO OBJETIVO PODE INTERFERIR 
OU ATÉ MESMO CONTAMINAR OS RESULTADOS DA CONSTELAÇÃO. 
Nosso objetivo é APENAS, neste primeiro momento, levantar os 
componentes do problema que servirão para que a própria Constelação 
nos “revele” os pontos que precisam ser abordados, trabalhados, 
conscientizados e transformados. 
Devemos estar atentos para evitar inferências, avaliações, julgamentos, 
interpretações, antecipar possíveis relações de causa e efeito entre o 
problema e o contexto que o cliente traga. Este é o “papel” da própria 
Constelação. 
 Milton Menezes 
13 
 
Com isso, seu foco nesta Entrevista será: 
Identificar o ambiente em que o problema ocorre, os fatores que o 
cliente relaciona na experiência do problema, identificar outros 
sistemas que podem estar correlacionados sejam na linha do tempo, 
sejam por uma relação de interdependência. 
NÃO ESTAMOS PREOCUPADOS NESTE MOMENTO COM A REFLEXÃO OU 
INTERVENÇÕES DE CAUSA OU DE SOLUÇÃO. É APENAS INVESTIGATIVO E 
EXPLORATÓRIO. O resultado da Constelação é que fornecerá elementos 
mais ricos para todo o trabalho terapêutico ou do coaching. 
Mesmo porque, muitas vezes, estamos diante do cliente pela primeira 
vez e não teremos informações tão detalhadas (e nem precisamos dela 
em um primeiro momento) para realizar a Constelação. 
Maior atenção devem ter os terapeutas ou coachs que já atendem seus 
clientes antes de uma Constelação: devem “suspender” seus juízos de 
valor, suas opiniões e suas hipóteses, para não interferir no processo 
natural da Constelação. 
Evidentemente, nestes casos, sempre levantamos hipóteses. Não há 
problema nisso. Entretanto, devemos deixar estas hipóteses ao nosso 
lado (e não entre nós e o cliente) para que sejam confirmadas ou 
descartadas pelos resultados da Constelação. 
Após a Constelação, sim, temos condições de refletir, avaliar, propor 
ações, discutir repercussões, etc. com nosso cliente. 
 
LEMBRE-SE: O SISTEMA FOCADO TEM UMA ALMA, ELE TEM FORMAS DE DIZER O QUE 
ESTÁ ACONTECENDO E O QUE ELE PRECISA. É PRECISO ESTAR ABERTO AO NOVO, AO 
INUSITADO, AO INESPERADO, AO QUE ESTÁ “FORA DA CAIXA”. É PRECISO SABER 
OUVIR O SISTEMA. A ESCOLHA DOS FATORES GARANTE UM MELHOR NÍVEL E 
QUALIDADE DE COMUNICAÇÃO COM O SISTEMA. MAS É ELE QUEM FALA... NÓS 
OUVIMOS. SÓ DEPOIS ATUAMOS. 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
14 
 
Observe estas recomendações nesta Etapa da Constelação: 
a. Não permita que o cliente entre nos detalhes ou no histórico do 
problema. Isso pode distorcer a avaliação da dinâmica atual do sistema 
onde ocorre o problema; 
b. Relativize a “explicação” que o cliente tem para o problema: se ele 
soubesse a explicação ou o motivo, já teria resolvido o problema; 
c. Utilize a regra de ouro para definir o número de Fatores que vai utilizar 
na Constelação: 7 + ou – 2, ou seja, entre 5 e 9 Fatores é o número 
médio, necessário para um trabalho de Constelação Sistêmica; 
d. Evidentemente, você pode precisar usar menos ou mais Fatores. Porém, 
menos de 5 tende a empobrecer a percepção do Sistema e mais de 9 
pode trazer muitas variáveis ou aspectos de outros sistemas que podem 
dispersar a percepção do problema central; 
e. Dependendo do Método que você escolher usar, se você dispõe de 
Pessoas ou vai precisar Bonecos Playmobil ou o Método de Mudança de 
Papéis, você deve decidir neste momento se vai identificar os Fatores 
no início da Constelação ou se vai manter estes Fatores “Ocultos” para o 
cliente ou para os Observadores que poderão ser Representantes (no 
caso de usar Pessoas); 
f. Você poderá identificar Fatores “reserva” que poderão ser utilizados no 
desenrolar da Constelação, principalmente se ficou na dúvida se eles 
têm ou não relação ou importância no sistema considerado. Durante a 
Constelação você pode “sentir” que falta alguma coisa e estes Fatores 
podem ser utilizados. 
 
Identificando o Problema ou Questão: 
 
Para identificar o Problema ou Questão trazida pelo seu cliente, fazendo com 
que fique mais potente o trabalho da Constelação você deve observar algumas 
regras básicas: 
a) Descrever de forma simples e objetiva o problema que o cliente traz: 
evite colocar na definição do Problema, conceitos, diagnósticos, 
relações complexas, etc.; 
 Milton Menezes 
15 
 
b) Separar as opiniões do Cliente da descrição do Problema: muitas vezes o 
cliente já traz uma explicação ou uma impressão do que gera o 
problema. Às vezes, ele busca uma certa confirmação de suas suspeitas, 
mas que na prática da Constelação que temos normalmente está 
distante dos reais motivos e aspectos do problema; 
c) Desfaça ilusões ou expectativas irreais: Procure saber o que o cliente 
realmente busca como resultado da Constelação. Isso vai ajudar a você 
a desmistificar algumas ilusões que ele tenha e pode colocá-lo em uma 
perspectiva otimista mas realista do processo. Uma intervenção sempre 
recomendada é: “O que você espera que a Constelação possa trazer ou 
resolver para você neste problema?” 
d) Sempre é recomendado sinalizar ao seu cliente que, sendo o recorte da 
Constelação Sistêmica mais focado, pode ser necessária outra ou outras 
Constelações, caso fique indicado na própria Constelação ou na 
avaliação posterior. 
 
Quando usar Bonecos Playmobil ou Âncoras de Solo? 
Esta é uma questão importante e difícil de determinar, pois, de um modo geral, 
podemos usar qualquer um dos métodos na Constelação Sistêmica de qualquer 
problema ou Questão. 
Entretanto, a experiência tem mostrado alguns aspectos relevantes e que 
podem ajudar o Facilitador iniciante a escolher o melhor método. 
Veja algumas recomendações: 
 
a) Maior Afinidade do Cliente com o Método: Quando aplicamos a 
Constelação mais de uma vez em nosso cliente, podemos identificar uma 
maior afinidade oufacilidade do cliente com um dos métodos. Algumas 
pessoas conseguem ter maior percepção quando usam o Playmobil 
enquanto outras passam a aumentar a sua percepção sobre as diferentes 
sensações que cada fator produz, ao se deslocar fisicamente e se posicionar 
sobre o referencial da Âncora de Solo (Papel com símbolo, cadeira, etc.); 
b) Constelações que envolvem mais fatores Humanos: Quando temos pela 
frente uma Constelação que envolve mais fatores humanos e que 
antevemos que poderão existir interações nos Trabalhos Estrutural e de 
Processo, o uso dos Bonecos Playmobil apresentam algumas vantagens: 
 Milton Menezes 
16 
 
 
i. Visão panorâmica: A visão panorâmica que o Boneco 
Playmobil permite no Sistema favorece muito a percepção 
da dinâmica do Sistema pelo cliente. Mesmo que o cliente 
não apresente grandes percepções dos fatores a visão 
panorâmica e sistêmica do problema já traz muitos 
elementos de transformação e de possibilidades de 
trabalhos terapêuticos e no coaching; 
ii. Diálogos: O uso do Playmobil favorece a uma maior eficácia 
quando temos diálogos ou rituais que fazemos entre fatores 
(no uso de Âncoras de solo esta interação pode ficar um 
pouco prejudicada); 
iii. Percepção das mudanças nos diversos fatores a cada 
movimento: Ao utilizar o Playmobil muitas pessoas 
percebem mais imediatamente mudanças em outros fatores 
quando promovemos um movimento ou um diálogo em um 
fator. A Visão panorâmica favorece a uma percepção mais 
global dos fatores e do sistema. 
c) Constelações que envolvem Escolhas, Projetos ou aspectos relacionados 
diretamente ao próprio indivíduo: A experiência tem demonstrado que, 
em situações que envolvem dimensões mais relacionadas ao próprio 
indivíduo (suas escolhas, seus projetos, seu corpo, diferenças entre 
Projetos, Metas, etc. tendem a ter melhor resultado com o uso das Âncoras 
de Solo. Entretanto, voltamos a afirmar, os resultados não dependem 
necessariamente do tipo de método, podendo ser usado em qualquer 
problema ou questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
17 
 
2. Posicionamento- Representação da Imagem Interna: Representa a primeira 
ação da Constelação Sistêmica propriamente dita. Nesta Etapa vamos orientar 
o cliente a Identificar os Representantes que vão representar cada Fator 
escolhido na Entrevista de Pré-clarificação como possíveis Fatores importantes 
do sistema. 
Consiste em: 
 
a. Introdução e Apresentação: Se você estiver utilizando o Método com 
Pessoas como Representantes, você deverá iniciar com uma pequena 
introdução sore a Constelação Sistêmica, verificar quem já participou de 
uma Constelação e explicar em linhas gerais o que acontece em uma 
Constelação: 
i. Explique como serão escolhidos pelo Cliente para serem 
Representantes; 
ii. Esclareça que o Observador escolhido para ser Representante, 
poderá recusar participar caso não se sinta à vontade ou tenha 
uma impressão de que não deva participar; 
iii. Oriente os futuros Representantes da necessidade de responder 
as perguntas do facilitador priorizando: Sensações no Corpo, 
Sentimentos e Pensamentos. Também peça para identificarem 
impressões gerais sobre movimentos, reações como aversão ou 
atração com relação a um outro Fator ou movimento feito no 
sistema. Que sinalizem quando sentirem alguma coisa 
significativa, mas que procurem colaborar conforme a 
orientação do Facilitador. Cuidado para evitar a “teatralização” 
que alguns Representantes (Pessoas) podem fazer ou quererem 
interpretar o que estão sentindo e não relatar o que estão 
sentindo. 
iv. Depois destas orientações, apresente o cliente e um breve 
resumo do tipo de problema que será abordado na Constelação. 
IMPORTANTE: Não dê muitos detalhes sobre o problema de 
forma a não influenciar os Representantes com suas percepções 
pessoais sobre problemas semelhantes ou mesmo seus pré-
conceitos sobre dinâmicas semelhantes. 
 Milton Menezes 
18 
 
b. Abrir a Constelação: Como Facilitador, você deve estabelecer os limites 
do Campo de Trabalho para o Cliente sobre onde acontecerá a 
Constelação: 
i. “Este aqui é o Campo de Trabalho de nossa Constelação hoje”. 
(Aponte para a área destinada a acontecer a Constelação – Em 
qualquer Método); 
ii. “É aqui que o seu problema/questão será representado. Ele 
expressa o que acontece no sistema real”. 
iii. “Você está pronto (a) para começar?” 
c. Seleção de representantes (primeiro para o cliente – Foco): Neste 
momento, você vai orientar o cliente para que escolha dentre os 
Observadores alguém que possa representar o próprio Cliente. 
i. Enfatize que o Cliente escolha alguém sem qualquer tipo de 
“critério” tais como sexo, cor, semelhança física, etc., mas 
escolha de forma intuitiva, por impulso. 
ii. Peça para que o Cliente fique de frente para o Observador 
escolhido, pegue as suas mãos e olhe nos olhos do Observador. 
Verifique com o Cliente se REALMENTE esta pessoa pode ser o 
Representante do Fator. 
iii. Caso Afirmativo: pergunte ao Observador se ele aceita ser o 
Representante daquele Fator. Ao aceitar representar o Fator, o 
Facilitador deve se dirigir ao Representante e dizer: 
1. “Você agora não é você... a partir de agora você é o Fator 
A, ou o Cliente (dizer o nome do Cliente)... você vai sentir 
como este Fator, pensar como este Fator e reagir como 
este Fator reage no seu sistema real...” 
iv. Caso Negativo peça ao Cliente que refaça a escolha; 
v. No caso do Método com Bonecos Playmobil: peça ao Cliente 
para escolher um boneco ou objeto para ser o Representante 
daquele Fator e depois posicione (próximo item); 
vi. Se estiver usando o Método de Mudança de Papéis: Peça para o 
Cliente escolher um dos Papéis com um símbolo ou mesmo 
quando o Fator está identificado e posicione conforme o 
próximo item. 
 Milton Menezes 
19 
 
d. Posição: Guiar Representantes para as Posições. Nesta parte, o 
Facilitador orienta o Cliente a Posicionar o Representante de cada Fator 
em uma Posição no Campo de Trabalho. 
i. Peça para o Cliente colocar suas mãos nas costas do 
Representante e conduzi-lo pelo Campo de Trabalho, 
procurando “sentir” e identificar, de forma intuitiva, a melhor 
Posição; 
ii. Incentive o Cliente a não estabelecer uma “regra” ou “critério” 
para posicionar (perto deste, no meio do local, de frente, etc.) 
mas intuitivamente. 
iii. Esclareça que o Cliente pode Experimentar mais de uma Posição 
até encontrar o lugar “ideal”. 
 
3. Perceber e Perguntar: Neste momento, procuramos identificar o que o 
Representante sente, desde o momento em que foi escolhido até o momento 
de ser posicionado no Campo de Trabalho na Posição que o Cliente o colocou. 
Há duas possibilidades de execução desta parte: o Facilitador pode ir 
perguntando a cada novo Representante que é colocado na Posição o que ele 
sente e o que os demais sentiram com a entrada do novo Fator OU pode-se 
pedir para o Cliente Posicionar todos os Fatores e depois verificar o que cada 
um sentiu ou está sentindo. Apesar de ser mais demorada, a primeira opção 
oferece mais detalhes e percepção dobre as variações a cada novo Fator. 
a. Percepção e sentimento na Posição: pergunta-se o que o Fator está 
sentindo no corpo, os sentimentos e os pensamentos que vem quando 
foi colocado na posição. O Facilitador pode checar com os demais 
Fatores possíveis reações à entrada no novo Fator. 
b. Melhora ou piora durante a mudança no sistema: Verificar as mudanças 
observadas quando são feitas as alterações de posiçãoou entrada ne 
novo Fator. Às vezes, depois de uma “fala” de como um dos Fatores se 
sente, há uma mudança em outro Fator. 
c. Desejos: verificar com o Representante do Fator se há um desejo ou um 
impulso (corporal ou impressão) para alguma modificação, como por 
exemplo: mudança da sua posição própria, alterações na disposição, 
atrações e repulsas em relação aos demais Fatores, etc.. 
 
 Milton Menezes 
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4. Trabalho Estrutural: Por Trabalho Estrutural na Constelação Sistêmica 
Transforme.ce, chamamos as movimentações e observações feitas a partir 
destas movimentações, ocorridas e percebidas pelos Fatores. Ou seja, estamos 
verificando o que acontece com a Estrutura do Sistema buscando observar qual 
é o ponto de maior conflito ou maior energia, qual a tendência de maior alívio 
ou tensão observado no sistema. 
a. Testes: Mudança de posições um com o outro – uma das opções de 
Trabalho Estrutural são os Testes. Por Testes chamamos as experiências 
que o Facilitador propõe para verificar alguma impressão observada no 
próprio Facilitador (hipóteses) bem como em algum dos Fatores (Desejo 
de mudar de posição); 
b. Mudanças de Posição: podemos sugerir mudanças de posição com 
deslocamento ou mesmo com rotação (solicitar que o Fator fique de 
frente para determinado ponto ou outro Fator) do corpo ou 
simplesmente com o olhar para um ponto ou Fator (Olhar para o 
Sucesso, por exemplo, ou para o Fator A, ou para o Projeto C, etc.). 
 
5. Trabalho de Processo: na Constelação Sistêmica Transforme.ce, Processo 
representa o trabalho feitos nas Relações entre Fatores e na Dinâmica 
observada no Sistema a partir do Trabalho Estrutural. Ele é realizado com base 
nos Princípios da Constelação Sistêmica Transforme.ce e procura re-ordenar, 
alinhar, harmonizar, purificar, redistribuir, equilibrar, etc. esta dinâmica. 
Conforme o Sistema e a situação, o Processo poderá ser completamente 
diferente. O papel do Facilitador não é alcançar um determinado objetivo pré-
determinado, mas encontrar qual objetivo e princípio está sendo “mostrado” 
pelo sistema. 
a. Mudança através de palavras purificadoras, símbolos, gestos e rituais; 
b. Reconhecimento: Processos de reconhecer a realidade ou “o que é”. 
Isso tem um efeito significativo em algumas situações; 
c. Perceber, apreciar, honrar, dar, receber, devolver: O Facilitador deve 
promover diálogos onde possam ser atendidas estas necessidades que 
fazem parte de alguns dos princípios. O Facilitador não deve se prender 
ao Princípio A ou B mas ao que o sistema está “mostrando” ou 
“falando” sobre suas necessidades ou o que necessita para atender às 
suas finalidades. Na constelação Sistêmica Transforme.ce esta é uma 
das principais diferenças para a Constelação Familiar de Bert Hellinger. 
 Milton Menezes 
21 
 
d. Prestar atenção aos limites do sistema: As Fronteiras Imaginárias do 
Sistema devem ser observadas para se perceber se um Fator está 
dentro ou fora do Sistema. Se deve ficar dentro do sistema o que está 
impedindo ou se está fora e parece que deve estar fora o que fazer para 
que isso alinhe ou equilibre o sistema; 
e. Expressão de Elementos da Ordem do Sistema: Um dos objetivos do 
Facilitador é identificar o que precisa ser feito para que o sistema fique 
Alinhado em Relação ao seu Princípio Ordenador: no caso das questões 
Familiares a Ordem do Amor. Entretanto, nos casos de Constelações de 
sistemas Gerais ou de Fatores não Humanos, o Facilitador deve 
observar o Princípio da Constelação Transforme.ce de Homeostase, 
Adaptação e Desenvolvimento, para alcançar a solução. Esta Solução é 
ÚNICA, ou seja, a cada Constelação, mesmo de temas semelhantes vai 
ter desdobramentos próprios pois cada sistema está em um momento 
de Desenvolvimento e de Consciências sobre sua existência e 
Finalidades. 
 
6. Alternância do Trabalho de Processo com o Trabalho Estrutural até que a 
solução da Imagem seja alcançada: O Trabalho de Processo e o Estrutural 
devem ser combinados até que se encontre uma posição de “Solução” onde os 
fatores e o equilíbrio no sistema parece ter sido alcançado. Lembramos que, 
algumas vezes, a Constelação não chega a uma Solução definitiva, mas a um 
diagnóstico de onde está o problema e o caminho da Solução. 
a. Para a Constelação Sistêmica Transforme.ce, os objetivos do trabalho 
podem ser considerados: 
i. Diagnóstico: a Constelação revela as causas, origens, forças, 
fraquezas, necessidades, etc. do sistema em questão; 
ii. Intervenção: O Trabalho de Processo e Estrutural permite uma 
modificação no sistema real que promove a Solução ou o 
encaminhamento da Solução efetivamente; 
iii. Prospecção: Indica os caminhos que devem ser seguidos para o 
futuro Alinhamento ou sucesso do sistema na busca de atender 
à sua Finalidade. 
 
 Milton Menezes 
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7. Permutando o cliente: A partir do certo momento é muito útil substituir o 
Representante do Cliente pelo próprio Cliente quando estamos trabalhando 
com Pessoas como Representantes. 
a. Podemos substituir o Representante do Cliente pelo Cliente no 
momento em que alcançamos o ponto de equilíbrio do sistema: serve 
para o Cliente “internalizar” e tomar consciência da Imagem da Solução 
alcançada pelo Sistema na Constelação; 
b. Podemos substituir antes deste ponto, quando teremos algum diálogo 
entre Fatores ou a possibilidade do Cliente (real) experimentar algum 
tipo de mudança ou de quebra de padrão que percebemos ser oportuno 
para o Cliente ampliar suas condições de mudança e Transformação. 
 
8. Tirando o Papel (dissociação dos representantes): Momento final onde o 
Facilitador checa se o Cliente tem uma impressão positiva e de conclusão do 
processo. 
a. O Facilitador deve checar se todos estão se sentindo bem: uma das 
indicações de que a Constelação chegou ao seu final é a experiência dos 
participantes e do próprio Facilitador de uma sensação de bem estar, de 
tranquilidade, de serenidade ou até mesmo de alegria, ou de dever 
cumprido. 
b. Ao desfazer a Constelação o Facilitador deve promover uma quebra do 
padrão emocional e até físico gerado pela Constelação, se 
movimentando entre os Fatores, agradecendo a participação e 
provocando um movimento de giro no próprio eixo dos Representantes, 
“pulinhos” antes de retornar ao lugar e que deve ser acompanhados de 
expressões do tipo: Você agora não é mais este Fator... é você mesmo... 
bem vindo de volta... volte par ao seu lugar sendo você mesmo agora... 
etc. 
9. Comentários: O Facilitador checa com o Cliente o nível de entendimento e de 
percepção da dinâmica do sistema na Constelação. Evite aprofundar os 
comentários. Um dos fundamentos da Constelação é a Experiência que o 
Cliente tem do processo: na maioria das vezes a nossa tentativa de explicar 
muito a experiência rouba o que ela tem de mais potente e eficaz. Cuidado com 
as perguntas dos Representantes e Observadores sobre o caso para evitar 
expor ou criar situações difíceis para o Cliente. 
 
 Milton Menezes 
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8. TRABALHO ESTRUTURAL: 
 
Por Trabalho Estrutural chamamos as Intervenções voltadas para a identificação das 
reações dos Representantes, sejam Pessoas, bonecos Playmobil ou alguma das âncoras 
de solo, em relação às posições relativas dos Fatores no sistema ou em relação aos 
movimentos provocados para novas configurações dos Fatores no Sistema. Estas 
reações são identificadas quando os Fatores são colocados no Sistema ou após algum 
tipo de movimentação. O Trabalho Estrutural pode ser,então, identificar reações ou 
promover mudanças nas posições para checar as reações em busca da “solução” da 
questão para o sistema. 
Algumas Intervenções básicas: 
1. Identificar Reações dos Fatores: 
Quando inserimos um Fator na Constelação ou quando promovemos alguma mudança 
de posição, ou ainda após algum trabalho de Processo, podemos checar as reações do 
Fator, verificando reações, mudanças para melhor ou para pior ou mudanças de 
percepção nos Fatores. 
a. “O que você sente quando está nesta posição?” 
b. O que você sente no seu corpo depois deste movimento/diálogo/fala? 
c. Se você fosse seguir o impulso do seu corpo, o que parece que ele quer 
fazer? Mudar de posição? Se aproximar/ afastar do quê? 
d. Qual é o Fator que mais te atrai/aversão? 
2. Mudar a Posição: 
Algumas vezes os Fatores ou o próprio Facilitador percebe que é preciso fazer uma 
mudança de posição em algum Fator. Existem duas possibilidades para esta 
Intervenção: pedir para que todos façam algum movimento que tem vontade de fazer 
(ao mesmo tempo) ou pedir para que o mais incomodado faça um primeiro 
movimento e acompanhar as reações desencadeadas. Evidentemente, o segundo 
método requer mais tempo e é mais detalhado. 
Também pode ser apenas uma mudança de: direção do olhar, distância, postura 
(sentado, deitado, em pé). 
a. Opção: movimento intuitivo (movimento da alma); 
 Milton Menezes 
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3. Incluir algo que esteja faltando: 
Em algumas situações o relato dos Representantes ou a sensação do Facilitador é que 
está faltando alguma coisa na Constelação. Pode ser por uma impressão do Facilitador 
sobre alguma característica ou padrão que tenha sentido: 
a. Uma direção ou local para onde uma ou mais pessoas olham na 
Constelação; 
b. O relato de um dos Fatores sobre algo que parece existir ou faltar em 
um outro Fator no sistema. Isto que é visto em uma pessoa; 
c. Para os que dominam técnicas cinesiológicas pode haver uma 
confirmação por movimentos involuntários do Fator (catalepsia da 
mão); 
4. Separar o que está misturado: Mostrar o que está oculto. 
Ao percebermos que há uma possibilidade ou a constatação de que algumas coisas 
podem estar misturadas, devemos promover intervenções de “Separar o que está 
misturado”. 
O que pode estar “misturado” normalmente nos sistemas: 
 Papéis; 
 Responsabilidades; 
 Expectativas; 
 Sentimentos; 
 Sonhos ou Projetos de outras pessoas; 
 Padrões Ancestrais, etc. 
 
As intervenções não têm um formato determinado mas devem seguir e serem 
coerentes para o atendimento destas necessidades (princípios) na Constelação e no 
Sistema: 
a. Identificações (parciais) e adoção de modelos: Perceber com o que ou 
com quem um Fator pode estar “identificado”: Um filho identificado 
com um avô, um projeto identificado com o dinheiro, por exemplo; 
 Milton Menezes 
25 
 
b. Lugares ocupados: Quando identificamos que um Fator está ocupando 
o lugar que, naturalmente, deveria ser ocupado por outro Fator; uma 
mãe que assumiu o lugar do pai na responsabilidade de provedor, por 
exemplo. 
c. Confusões: Podemos constatar situações de confusão onde misturam-se 
identificações diversas tornando mais perturbador para o Fator real (e 
que pode ser identificado no Representante) assumir o seu próprio e 
exclusivo lugar. 
d. Tornar o oculto, visível: Quando identificamos algo oculto é 
extremamente potente simplesmente, tornar visível o que estava 
oculto. Através de diálogos e falas direcionadas pelo Facilitador, 
conseguimos dar fluidez ao sistema e as forças de realização do sistema 
favorecendo que busque uma nova composição mais sinérgica e eficaz. 
i. “Este é o filho que tinha sido negado e excluído”. 
ii. “O Fator A foi injustamente demitido e esta injustiça esteve 
encoberta. Agora sabemos e reconhecemos que você foi 
injustiçado. Nada pode mudar o que aconteceu com você, mas 
podemos reconhecer agora que isso aconteceu”. 
iii. “Este segredo fez com que você ficasse sobrecarregado com a 
culpa e a responsabilidade de seus pais. Agora você sabe que 
existia um segredo”. 
5. Retirar ou dispensar valorizando o que não faz mais parte: 
a. Quando percebemos que algo precisa ser retirado ou que precisa ser 
dispensado da dinâmica, devemos proceder a um certo “ritual” para 
que haja uma valorização sincera da participação anterior no sistema do 
Fator que será dispensado. Não se trata de acharmos um ponto positivo 
na colaboração real (de um funcionário, um ex-companheiro, etc.) mas 
o reconhecimento de que havia um valor, mesmo que não precisemos 
identifica-lo. Atende ao Princípio de pertencimento. 
b. Metáfora do tijolo da catedral; 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
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Testes: 
O Facilitador precisa aprender a “ler” e a “ouvir” o sistema. Conforme vai 
adquirindo experiência o Facilitador acaba por perceber detalhes que uma análise 
racional não consegue. Não se trata de intuição pura e simplesmente. Não se trata 
apenas de experiência ou conhecimento. Mas de uma “postura” de uma atitude 
diante do sistema. 
Uma das formas de contornarmos as situações onde não sabemos ao certo o que 
fazer é reconhecer a “Sabedoria” do sistema e realizar Testes para checar as 
modificações e suas hipóteses como Facilitador. 
c. Mudança de Posição: sugestões e ações de mudança de posição, 
postura e olhar dos Fatores para checar as modificações no sistema; 
d. Movimento autônomo dos substitutos – solicitar a mudança pela 
vontade e desejo de cada Fator atendendo à impressão ou necessidade 
de movimentar-se e mudarem espontaneamente de posição. Verifica se 
melhora o sistema. 
6. Posicionamento bem formado: 
Ao realizarmos o Trabalho Estrutural, temos que ter em mente a busca do chamado 
Posicionamento Bem Formado, ou seja, a estrutura em termos de posições que 
oferece a melhor sensação de bem estar e de resolução possíveis. 
Para isso temos que observar e checar se as posições que vamos promovendo ou 
“tentando” atendem a alguns requisitos: 
a. Adequado para o relacionamento necessário e para a troca? 
b. Respeitar a sequência do sistema: considerar as ordens e Princípios de 
Hierarquia, competência, temporal, etc. para verificar se é a melhor 
posição. 
c. Respeitar os limites e funções internas do sistema: buscar que as novas 
posições respeitem os limites e funções de cada um, do sistema e sua 
finalidade. É importante checar se a posição é mais sinérgica ou 
entrópica para o sistema. 
d. Observar no sistema a Hierarquia: Pais – Filhos, hierarquias, posições 
sociais, patente. 
 
 
 Milton Menezes 
27 
 
7. Posicionamento estimulador do processo: 
Algumas vezes, a solução de uma Constelação passa por encontrarmos uma estrutura 
de posições que garanta um estímulo para que a energia flua de forma alinhada e 
progressiva, garantindo o desenvolvimento do sistema. 
Algumas opções desenvolvimentos simples podem ter grande repercussão no sistema 
e na solução: 
a. Apoio de pessoas na retaguarda... ancestrais: Colocar Fatores 
(principalmente quando envolvem pessoas) que vieram antes e que 
podem assumir uma posição de suporte, “benção”, segurança na 
retaguarda, etc. mudam a sensação de bem-estar, de força e de energia 
no sistema. O sistema e seus fatores se sentem mais energizados e 
preparados para “acontecer”. 
b. Confronto entre criminoso – vítima: Quando temos situações de 
conflitos polarizados, tais como vítima e algoz, agressor e agredido, etc. 
podemos lançar mão de um trabalho estrutural que coloca os dois (ou 
mais) fatores emuma posição de frente um do outro e promovemos 
algum tipo de diálogo (veja o Trabalho de Processo) ou simplesmente 
deixamos que se olhem por algum tempo como se trocassem alguma 
coisa entre eles chegando a uma posição de equilíbrio. Apensa esta 
ação promove uma sensação de equilíbrio e movimento à Constelação. 
c. No chão – falecidos, abortados: posicionar pessoas ou fatores que já não 
participam do sistema real deitados, como os familiares ou empregados 
de uma empresa já mortos, pode dar um equilíbrio natural pela 
constatação de que fazem parte do sistema, mas estão sem ação 
efetiva. 
d. Aceitar através de aceno ou de joelhos: Soluções de Aceitação da 
realidade ou de destinos difíceis pode ser alcançada com o 
posicionamento de um fator na posição de joelhos ou acenando para 
outro determinado fator. 
 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
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8. As posições adequadas em relação a alguma coisa ou alguém: 
É importante identificar se existe alguma posição em que o Fator pode ser colocado 
para alcançar objetivos como suporte, confiança, segurança, força, etc. Isto pode ser 
conseguido a partir da colocação de um ou mais fatores em uma certa “ordem”. 
Posições possíveis: 
a. Na Retaguarda: colocar um fator na retaguarda de um outro fator. Pode 
ser somente a posição, pode ser com as mãos tocando os ombros, em 
posição de “benção”, ou outra que pareça eficaz. 
b. Aproximações (ex.: crianças) ou apoio (pais): colocar Fatores mais 
próximos que tenham algum tipo de relação naturalmente verificada 
naquele tipo de sistema ou que seja percebida como necessária para 
aquele sistema em questão. Ex.: Pais dos Filhos, chefe da Equipe, 
Clientes dos produtos, Carreira próximo do fator Sucesso, etc. 
c. Ao Lado à Esquerda: Dispor os fatores em algum tipo de ordem ou 
princípio (hierarquia, antiguidade, competência, etc.) em uma 
sequência ao lado esquerdo de um Fator pode obter a sensação de: ser 
guiado, defender o sistema para dentro; 
d. Ao Lado à Direita: Idem à direita pode gerar sensação de: guiar, 
defender o sistema para fora; 
e. Em frente: Troca e Confronto – Posições frontais de fatores podem 
favorecer o Trabalho Processual de troca e confronto; 
f. Em Frente olhando na própria direção: É possível conseguir um 
resultado de autorização ou permissão para seguir em frente, quando 
colocamos um fator olhando para a frente. Sensação de poder ir 
embora. Pode ser útil colocar um outro fator gerando benevolência 
pelas costas para permitir esta saída. Este tipo de intervenção pode ser 
decisivo em Constelações que tratam de projetos que tem um 
desenvolvimento ao longo do tempo, para o futuro, tais como Carreira, 
negócios, profissão, etc.. Depois de encontrar a solução final pode ser 
interessante posicionar fatores como o Sucesso, a Meta, a Realização, 
etc. olhando para uma direção que você identifique como sendo o 
“Futuro”. 
 
 
 
 Milton Menezes 
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9. Opções para a troca do enfoque: 
Outra alternativa no Trabalho Estrutural é procurar trocar o enfoque de determinado 
fator alterando a sua perspectiva e checando com o Representante o que muda na 
percepção nesta nova perspectiva. Cuidado: não é uma mudança de percepção 
objetiva, mas uma mudança na configuração do sistema quando mudamos a posição. 
Muitas vezes, nossa razão não consegue dar conta de explicar o resultado de bem-
estar ocorrido quando fazemos um movimento “irracional” como este. 
Opções de mudança de posição para mudança de enfoque: 
a. Atrás, à esquerda do substituto, à direita do substituto; 
b. Transmitir as experiências através dos olhos: Permitir a transferência de 
experiência, de sabedoria, de responsabilidade, etc. através da troca do 
olhar pode ser muito efetivo. 
c. Relação consigo mesmo, lembrar-se = modificar a posição de um fator, 
em relação à posição que ocupava no passado e a que ocupa no 
presente, relacionar como no passado poderia ver o “hoje” como 
“futuro” e voltar a ver o “passado” na perspectiva do “hoje” e também 
no espaço que represente o “futuro” poder perceber como vê a 
situação atual (de “hoje”) traz uma ampliação de Consciência muito 
significativa para um fator e para o sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
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9. TRABALHO DE PROCESSO: 
(Bert Hellinger, Insa Sparrer, Varga Von Kebèd, Bern Isert, Milton Menezes) 
Na Constelação Sistêmica Transforme.ce, o Trabalho de Processo representa o 
conjunto de Intervenções que são direcionadas à Relação entre os Fatores e à 
dinâmica do Sistema na Direção da sua Finalidade. 
A partir do que identificamos no Trabalho Estrutural pelo relato dos Fatores, 
estabelecemos uma série de ações que visam recuperar o equilíbrio ou atingir a 
solução diante dos problemas, obstáculos e conflitos observados no Estrutural. 
Estas ações podem ser efetivadas por: diálogos, falas, reverências, Personificações, 
Rituais, Pedidos, Entregas, Trocas, etc.. 
 
1. PEDIDOS: 
Uma das formas de se realizar uma intervenção de Processo é formalizar Pedidos. São 
falas que solicitamos a um ou mais Fatores que formalizam um Pedido na relação entre 
fatores do Sistema. Esta espécie de ritual promove liberações e alinhamento no fluxo 
do Sistema. Exemplos de Pedidos: 
a. Esclarecer relações e papéis: Quando solicitamos que seja explicitado o 
papel de um Fator, seja pedido que um fator deixe o outro ser o que ele 
é, etc. 
i. “Você vai pedir ao seu Pai que reconheça seu irmão como 
membro desta família…” 
ii. Você vai pedir ao ex presidente da Empresa que possa abençoar 
a Empresa e a nova gestão para que a Finalidade dela, o sonho 
dela seja realizado… 
b. Fomentar o desenvolvimento do sistema e dos participantes: Quando 
identificamos um tipo de pedido que pode ser feito para um ou mais 
fatores no sentido de permitir, desembaraçar ou estimular o 
desenvolvimento de um determinado sistema. 
c. Possibilitar mudanças: Rituais ou diálogos provocados no sentido de 
permitir que algum tipo de mudança ocorra através de libertação, 
desligamento, permissão, tomar consciência de que é um obstáculo, 
etc. 
 Milton Menezes 
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2. Intervenções relacionadas diretamente aos Princípios da Constelação 
Sistêmica: 
Algumas Intervenções são aplicadas para contemplar diretamente o atendimento ou 
checagem de algum Princípio Fundamental da Constelação Sistêmica Transforme.ce. 
a. Perceber outros: Solicitar formalmente e, às vezes, solenemente, que 
um fator perceba que existe um outro Fator, ou que ele sofre, ou que 
ele é importante, ou que foi, etc. (dependendo do tipo de Sistema e do 
momento e nível de Consciência do sistema esta solicitação pode ser 
diferente). 
i. Este é o seu filho abortado... quero que você diga: Meu filho... eu 
te reconheço como meu filho e que você tem lugar ao meu lado. 
(Exemplo) 
ii. (Para o fator Trabalho) Quero que você perceba que existe este 
outro fator no sistema que é a Família... sem ela você não 
poderia existir... quero que você agradeça à Família pelo fato de 
se sacrificar para que você (Trabalho) alcance seus objetivos... 
b. Estabelecer, reconhecer (reestabelecer) uma relação: 
i. Este é o seu filho abortado... quero que você diga: Meu filho... eu 
te reconheço como meu filho e que você tem lugar ao meu lado. 
(Exemplo) 
c. Deixar-se tocar emocionalmente: Promover uma situação onde as 
emoções ocultas possam se manifestar. É muito útil quando há uma 
necessidade de reparação do princípio entre dar e receber, por 
exemplo. Estimular que a emoção possa fluir em uma relação entredois 
fatores, o olhar frente à frente, dentre outras posições favorece esta 
ação de deixar-se tocar emocionalmente. 
d. Expressar e reconhecer os papéis e as relações: São diálogos e falas em 
que se formaliza o reconhecimento dos papéis, da autoridade, do 
direito a alguma coisa, da existência, etc. 
i. Quero que você repita: Eu reconheço que você é o Fundador 
desta empresa. E sempre será. E eu expresso meu respeito à sua 
dedicação e empenho para que chegássemos até aqui. 
Entretanto, eu quero seguir o meu destino sendo o novo 
presidente desta empresa para garantir que ela cresça e 
continue o seu sonho. 
 Milton Menezes 
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e. Separar o que não combina: Ao longo das relações em um sistema, 
alguns aspectos vão se deteriorando e se distorcendo nas relações, 
tanto pela superposição de responsabilidades, quanto na mistura de 
finalidades pessoais com as sistêmicas, gerando confusão e mistura. 
Separar o que não combina é atender a uma demanda do sistema em 
re-ordenar e alinhar o que está distorcido. 
f. Acrescentar o que falta: É a intervenção que procura evocar a presença 
de algo que falta no sistema ou em um dos fatores pelo gesto de trazer, 
oferecer, construir, etc. por parte de um dos fatores que tenha força, 
competência ou ascendência no sistema para acrescentar o que parecer 
faltar (segurança, direção, força, etc.). 
g. Transformar Lealdade (fidelidade e solidariedade) na Tristeza em 
Lealdade na Realização: Principalmente em Constelações que envolvem 
Grupos de Pessoas (Família, Equipes de Trabalho, etc.) é comum 
acontecer de um Fator assumir uma Lealdade a um outro fator por 
conta de alguma consequência ruim (injustiça, violência, humilhação, 
etc.). Nestes casos, percebemos que a Lealdade é acompanhada pela 
Tristeza contaminando e prejudicando o fluxo do sistema. Para 
equilibrar este fenômeno, podemos promover um diálogo ou fala onde 
se substitui a Lealdade na Tristeza pela Lealdade na Realização ou seja, 
é como se estivéssemos estimulando para que houvesse uma 
ressignificação da dor em trabalho de realização. 
i. Eu fico solidário com o que aconteceu com você, mas não na dor 
que você sofreu até hoje. Fico solidário e leal à você na 
realização de... 
h. Aceitar o Potencial recebido, realizar e viver este potencial em relação 
ao ponto de partida do qual partiu e do destino que vai cumprir: Pode 
ser extremamente positivo para o sistema, uma intervenção onde um 
fator aceita o Potencial recebido (às vezes ainda latente) no ponto de 
partida (um mestre, um pai ou avô, uma experiência de vida, um 
relacionamento, etc.) e realizar uma fala pelo Representante assumindo 
usar e realizar este potencial em benefício do futuro. 
i. Indicadores: feedback sobre melhora ou piora do bem-estar do 
participante. É possível usar um recurso vindo da Hipnose e da PNL de 
solicitar do Representante o uso de uma escala de sensações para 
“medir” a melhora ou piora de um estado: 
 Milton Menezes 
33 
 
i. De 0 a 10, sendo 10 o nível mais alto que você pode imaginar 
deste sentimento/sensação, etc., e 0 o nível mais baixo que você 
imaginar sentir, com quanto você estaria agora? 
ii. Depois de uma Intervenção: Agora, considerando uma escala de 
0 a 10, sendo 10 o nível mais alto deste sentimento e 0 o nível 
mais baixo que você pode imaginar sentir, qual é o nível agora 
deste sentimento? 
 
3. RITUAIS: 
Rituais na Constelação Sistêmica são diálogos ou gestos realizados que representam 
uma referência ou marco de mudança de um estado para outro estado através de uma 
representação simbólica qualquer: 
a. Retorno, troca: Um ritual de Retorno ou Troca é feito quando pedimos 
para um fator se colocar diante do outro e, por exemplo, estender as 
mãos e braços na direção do outro fator como se estivesse devolvendo 
algo que foi tirado ou que foi assumido. 
i. Essa é a responsabilidade que eu assumi em seu lugar que agora 
eu te devolvo, por que é sua e não minha (faz um movimento 
simulando uma “entrega” de algo invisível). Da mesma forma, eu 
agora tomo de volta a minha infância que eu deixei com você 
para assumir a sua responsabilidade (pode ser um movimento 
de “tomada” – mais violenta – ou de entrega por parte do outro 
fator para o primeiro fator, conforme o caso exija). 
b. Benção, ancestrais: Um dos Rituais que pode ser usado é o da Benção. 
Esta Benção representa a liberação, autorização, incentivo e apoio para 
um processo do sistema que precisa continuar e ter sucesso. Pode ser 
de um ou mais ancestrais para uma família depois de uma liberação de 
um padrão destrutivo, uma Benção de um antigo dono de um negócio 
para os seus sucessores, um pai idealista já falecido que abençoa o 
trabalho também idealista de um filho, um Mentor espiritual para um 
projeto profissional ou social, etc.. 
c. Desidentificação: Nas Constelação Transforme.ce chamamos de 
Identificação quando há um processo psíquico onde um fator se 
identificou de tal forma com outro que julga que sua identidade está 
totalmente misturada com o outro fator. Favorecer a Desidentificação 
favorece o retorno aos papéis, responsabilidades, etc. de cada fator. 
 Milton Menezes 
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i. Pode ser feita através de um diálogo: Eu sou eu e você é você. Eu 
não sou mais você... 
ii. Pode ser feito com a “separação” de um fator do outro: corte de 
uma ligação invisível que une, uma espada ou tesoura que corta, 
etc. 
iii. Também pode ser feito solicitando ao fator que está identificado 
com um outro fator que dê passos “vigorosos” na direção do 
outro fator e, quando estiver bem próximo, voltar-se 
rapidamente na direção de onde veio e retomar ao ponto inicial. 
A ideia da imagem é como se fosse até o outro fator, deixasse o 
que é dele com ele e voltasse somente com sua própria 
identidade. Os relatos são de um alívio, leveza, mudança de 
percepção após esta desidentificação. 
d. Boas Vindas, um novo começo: A partir do momento em que se 
identifica uma renovação de algum padrão, a inclusão de algum fator ou 
uma nova estrutura no sistema pode ser importante para aumentar a 
força e o fluxo do novo processo um Ritual de Boas Vindas. 
i. Procede-se pedindo ao Representante que dê boas Vindas ao 
novo fator ou processo identificado na Constelação. 
e. Fechamento, adeus: Da mesma forma, quando se identifica a 
necessidade de que um fator tenha que ser retirado ou excluído do 
sistema o Ritual de Adeus e Despedida ou Fechamento, traz uma 
transição mais “suave” da situação anterior para a nova que se inicia. 
Parece que isso reduz o impacto de processos mais drásticos no 
equilíbrio do sistema. 
f. Nascimento, morte: Quando um novo objetivo, um novo processo, um 
sentimento, uma sensação (confiança, segurança, etc.) novo fator, etc. é 
identificado na Constelação pode ser útil realizar um Ritual de 
nascimento. Simula-se um nascimento com um movimento corporal do 
Representante como se estivesse nascendo. Da mesma forma, um 
encerramento pode ser realizado como um Ritual de “morte”. 
g. Caminho Interrompido: Se a Constelação mostra que algum tipo de 
processo ou trajetória de um sistema ou fator foi interrompido, 
podemos realizar um Ritual onde concretizamos (até mesmo 
fisicamente) este processo de interrupção. Pode ser a simulação de um 
impedimento físico de que um fator continue a andar na direção do seu 
 Milton Menezes 
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objetivo, um fator como um “produto” seja seguro por um fator 
(gerentes, por exemplo), etc. 
h. Recursos Personificados, fontes espirituais:Quando nos deparamos com 
a identificação de sentimentos, recursos de fortalecimento, coragem, 
etc. na Constelação podemos usar o método da Personificação, ou seja, 
pedimos ao Representante que imagine aquele sentimento ou recurso 
como alguma coisa (pessoa, objeto, animal, etc.) e procedemos a um 
ritual de transformação (redução, aumento, integração, dissolução). 
 
i. Mudança, introdução em uma nova função no Sistema: Quando o 
sistema se desdobra para o desenvolvimento de uma nova função de 
um fator no sistema podemos fazer um Ritual de apresentação à nova 
função ou novo papel. 
i. “Eu te apresento ao seu filho e você assume o novo papel de pai” 
ii. “Esta é a nova empresa/projeto que você vai começar. 
Cumprimente/ abrace e siga em frente com ela agora”. 
 
4. INTERVENÇÕES SEPARADORAS E CONECTORAS: 
Quando nos deparamos com alguma modificação no princípio de Interligação e 
Interdependência precisamos usar Intervenções que reequilibrem este Princípio e o sistema. 
São realizadas para buscar separar o que está misturado ou conectar o que está desligado. 
a. SEPARAÇÃO DO QUE ESTÁ MISTURADO: 
i. “Desidentificação” – dissolução da representação padrão internalizada 
anteriormente: Nas Constelação Transforme.ce chamamos de 
Identificação quando há um processo psíquico onde um fator se 
identificou de tal forma com outro que julga que sua identidade 
está totalmente misturada com o outro fator. Favorecer a 
Desidentificação favorece o retorno aos papéis, 
responsabilidades, etc. de cada fator. 
1. Pode ser feita através de um diálogo: Eu sou eu e você é 
você. Eu não sou mais você... 
2. Pode ser feito com a “separação” de um fator do outro: 
corte de uma ligação invisível que une, uma espada ou 
tesoura que corta, etc. 
 Milton Menezes 
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3. Também pode ser feito solicitando ao fator que está 
identificado com um outro fator que dê passos 
“vigorosos” na direção do outro fator e, quando estiver 
bem próximo, voltar-se rapidamente na direção de onde 
veio e retomar ao ponto inicial. A ideia da imagem é 
como se fosse até o outro fator, deixasse o que é dele 
com ele e voltasse somente com sua própria identidade. 
Os relatos são de um alívio, leveza, mudança de 
percepção após esta desidentificação. 
ii. Recesso de carga/culpa  Devolução: Quando um fator, 
principalmente um fator Humano, aparece da Constelação 
sobrecarregado por alguma carga como a culpa, podemos fazer uma 
Intervenção Separadora, procurando separar esta culpa em partes que 
representem a responsabilidade do fator e de outros fatores ou das 
circunstâncias que determinaram o desequilíbrio do sistema. 
iii. Supressão da idealização (confusão): Se houve uma “idealização” de 
um fator em relação a um “destino” pode ser necessário Separar o que 
foi idealizado do que é real, ou seja, separar o desejo e o sonho ou 
expectativa de ideal com o que é real e possível. 
iv. Purificação da fonte de Mistura: Se a Fonte de determinado recurso é 
identificado como um Fator ou um ponto (órgão do corpo, outro 
sistema, etc.) podemos fazer uma Intervenção que pretende “limpar” 
ou “purificar” a Fonte daquele recurso. 
1. “Se a fonte de prosperidade é o fator dinheiro, quero que você 
imagine que esta Fonte agora esteja sendo limpa, purificada... 
imagine uma luz, uma energia ou um objeto que faça isso 
agora... como você se sente?” 
v. Clarificação da Ordem: Podemos fazer uma Intervenção que vise 
separar o fluxo daquilo que ordena o sistema em questão. 
vi. Tornar visível a dissimulação: Quando percebe-se um fator que atua de 
forma dissimulada ou seja, que demonstra algo que não é, podemos 
realizar uma Intervenção que separe “o que é do que parece ser”. 
Pode ser feito como uma instrução para que se desdobre o real do que 
é falso, por exemplo. Pode ser feita também pela inclusão de um outro 
Representante escolhido pelo Facilitador dentre os Observadores 
disponíveis para representar este desdobramento e avaliar os efeitos 
nos demais fatores e no sistema. 
 
 
 Milton Menezes 
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b. INCLUSÃO DO QUE ESTÁ EXCLUÍDO: 
Incluir o que está excluído atende a necessidade de garantir a Interdependência e Interligação 
dos fatores no sistema e a de Pertencimento. Quando identificamos na Constelação que existe 
algum fator que foi inadequadamente excluído no sistema é necessário realizar uma 
Intervenção que, na lógica sistêmica, se faça reconhecido e pertencendo ao sistema. 
i. Apreciação: Apreciar significar pedir para olhar, contemplar, considerar 
a presença sem julgamento, apenas reconhecendo que está ali. 
ii. Acrescentar o que falta, o que é considerado tabu, o que está fora da 
vista: Acrescentar o que falta pode se direcionar para um recurso, um 
valor, um rótulo, um preconceito, a inocência, a coragem, etc. Da 
mesma forma pode ser algo que está fora da “visão” do sistema mas 
que deve ser considerado no sistema. 
iii. Reconhecer filiação: É uma Intervenção que solicita a um fator 
significativo que reconheça que outro fator pertence por direito e pela 
Ordem ao sistema em questão. 
1. “Diga assim: Eu reconheço você como meu filho que apesar de 
ser abortado, faz parte desta família. Eu te amo e lamento o 
seu destino... mas quero que você assuma o seu lugar entre 
nós...” 
iv. Reconhecer importância: Quando a dinâmica de uma Constelação 
Transforme.ce revela que um fator foi desprezado, humilhado, 
desvalorizado, desconsiderado, ou algo deste gênero, devemos 
realizar uma Intervenção que recoloque o devido valor e importância 
ao fator. Principalmente pelos fatores que tem relevância e 
ascendência no sistema. 
v. Reconhecer Responsabilidade: Visa recuperar as competências ou 
responsabilidades reais dos fatores que de fato eram responsáveis por 
qualquer tipo de evento. Deve ser feito através de uma fala que 
clarifica e nomeia a responsabilidade e os responsáveis: 
1. Eu reconheço que a responsabilidade sobre o insucesso do 
projeto de Mestrado foi minha e assumo isso agora diante de 
você e do próprio Mestrado na sua vida... (um representante 
de um pai que reconhece ter influenciado a decisão de um 
filho sobre que tipo de carreira seguir). 
vi. Reconhecer Autoria: Neste caso a diferença em relação à 
responsabilidade está no reconhecimento da Autoria, ou seja, o autor 
da ideia, do produto, da empresa, do projeto, etc.. 
 Milton Menezes 
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10. PRINCÍPIOS DAS CONSTELAÇÕES 
SISTÊMICAS: 
(Bert Hellinger, Virgínia Satir, Insa Sparrer, Mathias Varga Von Kidèd, Bern Isert, Milton 
Menezes) 
 
Metaprincípios e hipóteses fundamentais no trabalho de Constelação: 
 Reconhecer o que está dado: Um dos princípios fundamentais nas 
Constelações Sistêmicas é a necessidade de clareza quanto à realidade que é 
dada pelo sistema. Cada Sistema desenvolve uma Realidade sobre seu Nível de 
Consciência, seu estágio de Desenvolvimento, seu desalinhamento. Em algum 
momento, a falta de clareza e de Consciência do Cliente ou de determinados 
Fatores do Sistema identificados na Constelação devem ser abordados com 
intervenções que simplesmente clarificam “qual é a realidade qeu deve ser 
aceita”. 
o O que está dado? O que deve ser aceito como realidade? 
o Não-Negação da realidade: algumas vezes, principalmente quando se 
trata de Fatores Humanos, pode haver uma tentativa inconsciente de 
Negar aquela realidade. Isso pode acontecer por vários motivos. Na 
Constelação nem sempre vamos descobrir estes motivos, mas 
simplesmente recuperar a Ordem ou o Alinhamento a partir do 
Reconhecimento da Realidade tal como é. 
 Equivalência da filiação – direito à filiação ou Necessidade de Pertencer:Mesmo nos sistemas não humanos, há um princípio de Pertencimento do Fator 
ao sistema. Quando, por algum motivo, um Fator, humano ou não humano, é 
excluído ou marginalizado é necessário atuar no sentido de garantir que cada 
Fator seja reconhecido como “fazendo parte” do sistema. 
o Quem faz parte...? 
o Cada um dos elementos do sistema faz parte. Mesmo fatores como um 
produto, um projeto que está sendo substituído em uma carreira, ama 
dimensão da vida, etc. fazem parte do sistema maior. 
o Equivalência da filiação assegura a existência do sistema. 
 Milton Menezes 
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o 
 
 Princípio da Ordem Temporal: Em alguns sistemas e em algumas situações 
específicas de uma Constelação é importante recompor a Ordem Temporal: a 
primazia do mais velho, do anterior, do antecessor, do fundador, dos pais, do 
mais experiente, do pioneiro. 
o Quem é que estava antes? 
o Quem veio depois? 
o Ordem Cronológica direta: assegura o crescimento do sistema (perda de 
espaço do membro anterior do sistema é igualada pela posição 
superior, p.ex. na sucessão relativamente à herança); 
o Ordem Cronológica inversa: assegura reprodução do sistema (o sistema 
mais novo – ou mais dependente – precisa de maior atenção; 
Dependência de crianças ou de doentes, enquanto estiverem 
dependentes). 
 Compensação ou Necessidade de preservar o Equilíbrio entre Dar e Receber: 
o Primazia do maior engajamento (responsabilidade pelo todo): quanto 
maior é a responsabilidade do Fator sobre o todo maior ou mais 
importante é que a troca entre Dar e Receber estejam equilibradas. Dar 
e Receber tem a ver com o que cada um agrega para a Finalidade do 
sistema. No caso de Famílias pode ser a troca de afeto, proteção ou 
segurança, amor, liberdade, responsabilidade, etc.. 
o Quem é que se sente/é responsável (pelo todo)? Aspecto da Hierarquia; 
o Princípio da primazia da Competência (eficácia): O mais competente 
tem maior responsabilidade no que dá. O que recebe? A questão do 
propósito de cada um no Sistema. Em Sistemas Gerais deve ser 
considerado qual é a Finalidade e o nível de Consciência de cada 
Elemento do sistema em relação ao seu papel e à sua contribuição no 
resultado do sistema. As trocas nem sempre são do mesmo conteúdo. 
o Quem é mais eficiente para quê? (Rendimentos e capacidades): 
identificar quais fatores são mais sinérgicos e quais são mais entrópicos 
para uma nova posição, papel, responsabilidade. 
 
 Milton Menezes 
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 Princípio do Equilíbrio entre a Interligação e a Interdependência: 
o As Relações entre os fatores deve ser de tal forma que a Interligação 
não represente uma “mistura” (de papéis, sentimentos, 
responsabilidades, etc.) nem a interdependência esteja comprometida 
por um afastamento ou desconexão. Este Princípio vai gerar 
Intervenções conhecidas como Intervenções Separadoras e Conectoras 
ou “Separar o que está Misturado” e “Incluir o que está excluído”. 
 
 Princípio da Adaptação, Homeostase e Desenvolvimento do Sistema: 
o Este Princípio fala de um movimento natural de Desenvolvimento de 
todo sistema para níveis de Consciência superiores; 
o Este Desenvolvimento se dá por um impulso de ampliação de 
Consciência do Sistema que começa a demandar mudanças para 
atender às novas expectativas e valores (inconscientes). O Sistema que 
estava em um estado de Equilíbrio tende a se movimentar no nível mais 
objetivo para lidar com estas pressões internas; 
o No primeiro momento este “desequilíbrio” inicial pode ser entendido 
como uma perturbação e o Sistema reage na direção de manter a 
Homeostase para a Ordem anterior ou neutralizar os desequilíbrios. O 
sistema reage da mesma forma quando são ações oriundas das decisões 
dos fatores (Humanos) que interferem na Ordem ou comprometem a 
Finalidade do Sistema; 
o Quando este movimento é gerado por uma necessidade intrínseca do 
sistema para o seu Desenvolvimento, há um outro movimento do 
Sistema no sentido de se adaptar à nova Ordem e ao novo objetivo ou 
finalidade. Há uma tendência a modificar processos, relações e posições 
para atender à esta demanda ou uma Ressignificação das ações e 
propósitos anteriores; 
o O movimento de Desenvolvimento do Sistema se dá em duas direções: 
 Translação: quando o desenvolvimento se dá no mesmo nível de 
Consciência em que o Sistema se encontra; 
 Milton Menezes 
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 Transformação: quando o desenvolvimento se dá para a 
ampliação da Consciência do Sistema em relação à Consciência 
de si mesmo e da Finalidade ou Propósito de sua existência. 
 Princípio de Alinhamento do Sistema ou da Necessidade de Ordem: 
o Na Constelação Sistêmica Transforme.ce, diferentemente das 
Constelações Familiares, o Facilitador deve considerar que o problema, 
conflito ou questão trazida representa, muitas vezes, algo que está 
interferindo na Ordem ou no Alinhamento do sistema. 
o Entretanto, nem sempre é a Ordem que imaginamos (Família = Amor). 
Observamos na prática que a Ordem do Sistema depende de alguns 
aspectos: 
 Tipo de Sistema; 
 Categoria de Valores envolvidos no Sistema (Axiologia – Estudo 
dos Valores); 
 Nível de Consciência atual do Sistema e dos seus Fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Milton Menezes 
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11. TRABALHO DE PERSONIFICAÇÃO NA 
CONSTELAÇÃO SISTÊMICA TRANSFORME.CE: 
 
Uma das inovações que promovemos no trabalho com constelações Sistêmicas foi o do 
Trabalho de Personificação, normalmente utilizado nos processos terapêuticos 
regressivos. 
Esta contribuição vem, originariamente de Hans TenDam e que foi modificada em 
nossa Metodologia da Terapia da Transformação da Consciência – TTC. 
Na verdade, chamamos de Personificação uma forma de dar concretude para aspectos 
subjetivos e sutis do psiquismo, permitindo uma maior possibilidade de elaboração e 
de ressignificação por parte do cliente. 
O objetivo é utilizar um recurso de imaginação ou de projeção para um objeto para dar 
forma a um sentimento, sensação, impressão, ou qualquer outro relato de uma função 
psíquica que seja uma experiência pessoal. Aliás, esta é uma das principais vantagens e 
potenciais da técnica: promover uma experiência que permita uma transformação ou 
ressignificação destes sentimentos, sensações, etc.. 
Passei a utilizar este recurso também na Constelação Sistêmica depois de inúmeros 
relatos, durante a vivência, de que a pessoa (cliente ou representante) experimentava 
“um peso”, “uma aflição”, “um vazio”, “os pés presos”, “um enjoo”, etc. relacionado à 
posição ou ao movimento que um determinado fator tenha feito na Constelação. Na 
maioria das vezes, estes relatos ficavam apenas como uma referência para mim, como 
facilitador, de que um novo movimento ou uma intervenção se fazia necessária. 
Entretanto, algumas vezes, observei que estes relatos tinham estreita relação com o 
conteúdo a ser tratado na Constelação ou com algum tipo de caminho de resolução. 
Resolvi, experimentar o uso dos recursos do Trabalho Energético com excelentes 
resultados para a dinâmica do processo. 
 
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Metodologia: 
Usamos este recurso todas as vezes em que o cliente ou representante relata algum 
tipo de emoção, sensação, pensamento, impressão, etc. que seja forte, significativa e 
conectada com o tema em questão, e que, por algum motivo, permanece no campo 
sensorial ou mental da pessoa. 
A ideia é favorecer que o cliente ou representante

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