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Noções básicas de PatologiaPatologia SumárioSumário Lesão celular ------------------- 3 Inflamação -------------------- 12 Reparação e Regeneração -------- 20 Resposta a estresse e lesões Mecanismo de lesão celular Morte celular Edema Mediadores da inflamação derivados do plasma Mediadores da inflamação derivados da cèlula Cèlula da inflamação Processos bàsicos de cicatrização Reparação Regeneração As lesões celulares podem serem classificadas em dois grupos: Lesão celular não-letal e Lesão celular letal. São aquelas compatíveis com a regulação do estado de normalidade após cessada a agressão. As agressões podem modificar o metabolismo celular induzindo o acúmulo de substâncias intracelulares(degeneração/)ou podem alterar os mecanismos que regulam o crescimento e a diferenciação celular. São representadas pela necrose ( morte celular seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida pela autólise). PatologiaPatologia Lesão celular Resposta a estresse e lesões:Resposta a estresse e lesões: Quando as células sofrem estresse em decorrência de alterações em seu meio interno ou externo, elas precisam serem capazes de se adapatarem a esses estresse. As adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis às alterações fisiológicas ou alguns estímulos patológico. Lesão celularLesão celular Resposta no interior das células Lesão celular não-letal:Lesão celular não-letal: Lesão celular letal:Lesão celular letal: Redução da demanda funcional, como a que ocorre no repouso prolongado da imobilização de um membro; Redução da circulação sanguínea (isquemia), que pode resultar em redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes; Interrupção de sinais tróficos, como ocorre na redução de níveis hormonais ou na desnervação de músculo; Lesão cel. persistente causada por inflamação crônica; Envelhecimento. Atrofia Diminuição do tamanho ou da função celular. As causas são: Células atrofiadas Normais ou hipertrofiadas Aumento da demanda funcional; Resposta a incremento fisiológicos ou anormais nos níveis de hormônio. Hipertrofia Aumento do tamanho e da capacidade funcional celular. As causas são: Hiperplasia Aumento do número das células de um órgão ou tecido. As causas são: Estimulação hormonal, seja fisiologica ou patológica; Aumento da demanda funcional. Antes Depois Tabagismo; Infecção crônica; Gastrite crônica. Metaplasia Modificação de um tipo celular diferenciado em outro. As causas são: Displasia Crescimento e organização desordenadas e irregulares. As causas são: Ocorre com maior frequência no epitélio escamoso estra- tificado. Também pode ocorrer em áreas de metaplasia escamosa nos brônquios e nas cérvicas. Junção de glândulas endocervicais e epitélio escamoso estratificado. Mecanismo de lesão celular:Mecanismo de lesão celular: Calcificação distròfica Lesão por isquemia/Reperfusão Lesão por radiação ionizante Citotoxicidade viral Lesão química Atividade anormal da proteína G Resposta fora das células Depòsitos de hialina Caracteriza-se pela deposição macroscópica de cálcio em tecidos lesados. Hialina refere-se a um depósito eosinofílico homogêneo em diversas lesões não relacionadas. Pode ocorrer lesão celular aguda quando a célula é modificada por alterações ambientais às quais não consegue de adapatar. Quando o estresse é retirado a tempo, a lesão é reversível. Morte celularMorte celular A morte celular fisiologica é denominada representada pela morte celular não seguida de autólise. já a morte celular patológica é denominada morte celular seguida de autólise. apoptose necrose, Necrose × Apoptose Necrose Sem envolvimento de ativação de gene ou sinalização de proteína; Envolve área grande de tecido ou órgão; Tumefação celular e de organelas; Desencadeia resposta inflamatória; Invariavelmente lesiva para o organismo; A morte celular resulta em patologia; O DNA é fragmentado de modo irregular. Necrose de coagulação Caracteriza -se por eosinofilia citoplasmática e núcleo muito escuro ou fragmentado. No tecido, mostra-se como uma área rosada ou avermelhada. Necrose liquefativa Caracteriza-se pela dissolução do tecido, podendo ser decorrente de uma inflamação aguda. A necrose liquefativa no cérebro pode resultar em cavidade ou cisto persistente no SNC. Necrose gordurosa Decorre com maior frequência da liberação extracelular de enzimas lipolíticas no tecido adiposo. No tecido com alto teor de gordura, lesões traumáticas podem provocar o surgimento de áreas irregulares. Necrose caceosa Uma lesão característica da tuberculose. Os granulomas tuberculosos, contém micobactérias mortas engolfadas por macrofagos necróticos. Envolve cascatas de sinalização celular; Em geral envolve células individuais ou pequenos grupos de células; Fragmentação nuclear e picnose; A resposta inflamatória não é frequente; Importante no desenvolvimento do organismo; A morte celular é crucial para a regulação do número de células; O DNA é clivado formando fragmentos regulares de nucleossomos. Apoptose As células incham e explodem, com isso, é provocada uma resposta inflamatória lesiva nos tecidos circundado. Porém as células que morrem de apoptose não lesiona células vizinhas. As células apoptóticas enrugam, seu núcleo sofre condensação e o DNA nuclear se rompe em fraguimentos. Uma célula de reconhecimento estímula a fagocitose a fim de evitar o extravasamento do conteúdo celular. CÉLULA NORMAL (homeostase) Etapas da resposta celular ao estresse LESÃO REVERSÍVEL ADAPTAÇÃO LESÃOCELULAR LESÃO IRREVERSÍVEL NECROSE APOPTOSE Estímulo lesivoEstresse Incapacidade de se adapatar Intensa e progressiva Morte celular PatologiaPatologia Inflamação InflamaçãoInflamação A inflamação é a defesa do organismo contra estímulos nocivos, como traumas e infecções. Esta resposta traz fluídos, proteínas e células sanguíneas para dentro do tecido lesionado, onde serão necessários. A reação inflamatória se desenvolve por meios de etapas: O agente agressor é reconhecido pelas células e molécu- las hospedeiras; Os leucócitos e as proteínas do plasma são recrutados da circulação para o local onde o agente agressor está; Os leucócitos e as proteínas são ativadas e trabalham juntos para destruir e eliminar a substância agressora; A reação é controlada; O tecido lesado é reparado. Causas da inflamação:Causas da inflamação: Infecções Necrose dos tecidos Corpos estranhos Reações imunes Tem ação curta, tendo como principais características o edema e a migração de leucócitos. Dano em célula endotelial; Ativação dos mediadores inflamatórios derivados do plasma; Neutrófilos acumulam-se para "limpar" tecido inflamató- rio. Tem maior duração presença de linfócitos e macrofagos proliferação de vasos, fibrose e necrose. Acúmulo e persistência de linfócitos, plasmócitos e macrofagos; Granulação e fibrose de tecidos acometidos. Inflamação aguda × Inflamação crônica Inflamação aguda:Inflamação aguda: Inflamação crônica:Inflamação crônica: Componentes das respostas inflamatórias EdemaEdema Refere-se ao acúmulo de líquidos nos espaços intersticiais, podendo ser não-inflamátorio ou inflamátorio. O edema inflamátorio é uma das respostas mais precoces à lesão tecidual. Edema não-inflamátorio: Causas Elevação da pressão hidrostática devido a trombose ou insuficiência cardíaca congestiva Redução da pressão osmótica plasmática causada por Perda albumina Redução da pressão osmótica plasmática causada por anormalidades que provocamos retenção de sódio ou águaObstrução de fluxo linfático Edema inflamátorio: O aumento da permeabilidade vascular é importante para capacitar células a alcançarem o local da lesão, com isso pode ocorrer algum edema. Mediadores da inflamação derivadosMediadores da inflamação derivados do plasma:do plasma: É um distúrbio hereditário que provoca coagulação prolongada do sangue em um tubo de ensaio. Termos usados para descrever patologia do edema Derrame: Exesso de líquido em cavidades corporais. Transudato: Líquido de edema com baixo teor proteico. Exsudato: Líquido de edema com alto teor proteico. Exsudato seroso ou derrame: Contém poucas células. Exsudato serossanguinolento: Contém hemácias. Exsudato fibrinoso: Grandes quantidades de fribrina. Exsudato ou derrame perulento: Grandes quantidades de neutrófilos. Inflamação supurativa: Contém pus. No plasma contém diversas cascatas de enzimas que fazem parte da mediação da inflamação. São caracteriza- das por um pequeno número inicial de proteínas que é amplificado a cada reação enzimática sucessiva. Cascata do fator Hageman É uma proteína produzida pelo fígado que circula no sangue, é ativadas por agentes associados à lesão. Deficiência do Fator XXI, Fator de Hageman Mediadores da inflamação derivadosMediadores da inflamação derivados de cèlulas:de cèlulas: Cascata do complemento Consiste em um grupo de 30 proteínas plasmática que atuam em conjunto para atacar patógenos e induzir respostas inflamatórias que ajudam combater infecções. Regulação do sistema completo Sistema que ativa componentes enzimáticos proteolíticos. Esses mediadores interagem com outras células dessas form: Parócrina:Parócrina: Endócrina:Endócrina: Justácrina:Justácrina: Autócrina:Autócrina: e agem localmente. e afetam células distantes. São liberados sinais para o meio extracelular, São liberados sinais para a corrente sanguínea A célula sinalizadora encontra-se em contato direto com a célula receptora. As células afetam a si próprias. Citocina As citocinas são secretadas pelas células-sentinela nos tecido como resposta a micro-organismos e outros agentes lesivos , garantindo que os leucócitos sejam recrutados aos tecidos. Cèlulas da inflamaçãoCèlulas da inflamação Neutròfilos: A resposta inflamatória inclui a participação de diferentes tipos celulares. Originam-se na medula óssea Contém dois tipos principais de granulos e núcleo Quando ativados, migram para fora do sangue na direção dos tecidos, nos quais fagocitam micro-organismo invasores Macrofagos: Acumulam-se em sítios de inflamação aguda em resposta de mediadores inflamatórios Apresentam forma de rim Migram para fora do sangue, tornando-se macrofagos tissulares fixos Ativados fagocitam micróbios e fragmentos Podem processar e apresentar antígenos a linfócitos Produzem mediadores bactericidas e prós-inflamatórios Eosinòfilos: Envolvidos na defesa contra parasitas Contém grânulos eosinofílicos grandes Circulam no sangue, são recrutados para o tecido semelhante aos neutrófilos Produzem proteínas básicas Basòfilos: Fonte celulares de mediadores vasoativos, em resposta a alérgenos Contém grânulos eosinofílicos grandes Possuem receptores para IgE em sua superfície; a ligação de um antígeno específico para o IgE, provoca a liberação de granulos que contém mediadores inflamatórios, como a Histamina. Plaquetas: Apresentam participação inuciação e regulação da formação de coágulo. Contém grânulos ricos em serotonina, histamina, proteína e fator de crescimento Mantém a potência do vaso e o fluxo sanguíneo por meio da produção de agentes antitrombóticos Regulam o tono vascular por meio da produção de vasodilatadores e vasoconstritores O endotélio lesado provoca um sinal pró-coagulante local. A ativação de plaquetas resulta em aumento da permeabilidade vascular. Mastocitos: Células tissulares com aspecto e função semelhantes ao do basófilos Prevalentes ao longo da mucosa do pulmão do trato gastrointestinal, da derme cutânea e da microvasculatura Cèlulas endoteliais: Processos bàsicos de cicatrizaçãoProcessos bàsicos de cicatrização PatologiaPatologia Reparação e Regeneração Reparação e RegeneraçãoReparação e Regeneração São necessários três mecanismos celulares fundamentais para a cicatrização da ferida: Migração celular Organização e remodelação da matriz extracelular Proliferação celular 1. 2. 3. Migração celular: A migração celular é iniciada quando mediadores químicos e citocinas aumentam a permeabilidade dos pequenos vasos. Os neutrofilos chegam primeiro no local da lesão, e destrói tecido lesado. Migração celulares durante a reparação Organização e remodelação da matriz extracelular: Nos locais lesados forma-se uma matriz provisória que se associa à matriz do estroma, a fim de interromper a perda de sangue e de líquido. Colàgeno a síntese de colageno reduzida ou anormal resulta na falência da cicatrização da ferida. Já o exesso de deposição de colageno provoca fibrose. Estrutura do colágeno Elastina permite que os tecidos se curvem, estarem e e contraiam. É o principal componente das fibras elástica São encontradas no tecido conjuntivo, das paredes de artérias e do pulmão. Algumas doenças do tecido conjuntivo: • Esclerodermia • Quelóide • Lesão hepática e lesão renal crônica Glicoproteìnas da matriz atuam como mediadores e apresentam sítios de ligações para componentes da MEC além de receptores de superfície celular. Glicosaminoglicanos e Proteoglicanos • Promem ou inibem motilidade ou aderência celulares • Proporcionam sinais para a organização de fibras de TC. • Modulam a disponibilidade e as ações de fatores de crescimento. Remodelação ocorrem nos estágios avançados da reparação, é realizada por enzimas digestivas. Proliferação celular Caracteriza-se pela formação de tecido de granulação, e e incluem células do tipo fibroblastos e miofibroblastos. Forma-se um trombo a partir da fibrina plasmática Sugem os neutrófilos e removem fragmentos e bactéria Sugem os macrofagos e processam remanescentes celulares ReparaçãoReparação Recrutam diversas células para o local da ferida Os queranócitos formam uma camada sobre o local da ferida, aderem-se à membrana basal e retomam seu estado normal. Desse modo o epitélio é formado novamente Estágio inicial • No estágio intermediário da reparação, forma-se tecido de granulação, rico em proteoglicanos, glicoproteínas e colágeno tipo III. • No estágio avançado da reparação o colágeno tipo I substitui o colágeno tipo III. Etapas do reparo por formação de cicatrizes RegeneraçãoRegeneração Condições que afetam a reparação: • Localização da ferida • Suprimento sanguíneo e fatores sistêmicos As células do corpo são classificadas de acordo com seu potencial de regeneração. Algumas células maduras não se dividem enquanto outras completamente seu ciclo celular a cada 16 a 24 horas.
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