Buscar

AV1 - Patologia (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 2 - PATOLOGIA (SEXTA-FEIRA) - Prof. Maria Clara 
Conceitos iniciais 
Etiologia ou causa​: 
- genética (mutação ou doença associadas com variantes genéticas como o polimorfismo). 
- adquirida (infecciosos, nutricionais, físicos e químicos). 
A maiorias das aflições comuns são multifatoriais e surgem dos efeitos de vários estímulos externos em um indivíduo geneticamente 
suscetível. 
Patogenia​: refere-se à sequência de eventos (bioquímicos e morfológicos) na resposta das células ou tecidos ao agente etiológico, 
desde o estímulo inicial à expressão final da doença. 
Alterações morfológicas​: alterações estruturais nas células ou tecidos que são características de uma doença ou diagnósticas de um 
processo etiológico. 
Perturbações Funcionais e Manifestações Clínicas​: resultado final das alterações genéticas, bioquímicas e estruturais nas células e 
tecidos são as anormalidades funcionais que levam às manifestações clínicas (sinais e sintomas) da doença, bem como à sua 
progressão (curso clínico e consequência). 
 
A célula normal pode ser submetida ao estresse (quantidade de hormônio, 
carga de trabalho) e, então, ela irá sofrer adaptação. Quando o estímulo 
for muito intenso, agudo ou seja por um tempo prolongado a célula perde 
a capacidade de adaptação, causando lesão celular (incapacidade de se 
adaptar mais). A lesão ainda pode ser reversível ou irreversível. Quando a 
célula sofre lesão irreversível ela caminhará para a morte celular (necrose 
ou apoptose). Já quando a célula se adapta ao estresse leve e transitório, a 
célula sofre lesão reversível e após o estresse cessar a homeostasia é 
restabelecida. 
 
Adaptações celulares 
ocorrem por alterações ou estresse extracelular 
estresse pode ser tanto fisiológica quanto patológico 
quando a célula entra em situação de estresse, a célula vai tentar de 
alguma forma se adaptar. As nossas células fazem o processo que pode envolver o aumento do tamanho, aumento do número de 
células, reduzir o tamanho, ou alterar sua forma completamente 
A partir do momento que as células participam da adaptação uma nova homeostase será alcançada. 
A adaptação tem um limite, estresses e estímulos que persistem por um tempo longo vão fazer com que a célula perca a sua 
capacidade adaptativa, levando a lesão celular. 
 
Recapitulando...​ As adaptações celulares são lesões reversíveis, então, isso quer dizer que se o tecido parar de ser estressado, a 
célula retorna para a homeostasia normal. No momento em que o estímulo estressante é retirado a célula retorna a homeostasia e 
volta a ser como ela era antes do estímulo por estresse. 
 
Classificação celular quanto a sua divisão 
Células lábeis: que estão sempre entrando em mitose. Ex.: células epiteliais, tecido conjuntivo fibroso. → hiperplasia 
Células estáveis ou quiescentes: células que estão em G0, estão em atividade, porém só entram em mitose se houver necessidade. 
Ex.: hepatócitos, glândulas. 
Células perenes: células que não se dividem. Ex.: músculo estriado cardíaco e neurônios. 
 
As adaptações celulares podem ser por estímulos: 
. fisiológicas 
. patológicas: células escapam da lesão 
 
As adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis, a estresses fisiológicos mais excessivos e a alguns estímulos 
patológicos, o que permite que a célula sobreviva e continue a funcionar. Quando o estresse é eliminado a célula pode retornar a 
seu estado original, sem ter sofrido qualquer consequência danosa. 
 
Tipos de adaptações: 
- Hipertrofia: aumento do tamanho das células e da atividade funcional. 
- Hiperplasia: aumento do número de células. 
- Atrofia: diminuição do tamanho e da atividade metabólica das células. 
- Metaplasia: mudança do fenótipo das células. 
 
 
Estímulo fisiológico alterado; alguns estímulos nocivos não letais. 
- Demanda aumentada, estimulação aumentada (p. ex., por fatores de crescimento, hormônios) → Hiperplasia, hipertrofia 
- Decréscimo de nutrientes, estimulação diminuída → Atrofia 
- Irritação crônica (física ou química) → Metaplasia 
Redução do suprimento de oxigênio; lesão química, infecção microbiana 
- Aguda e transitória → Lesão aguda reversível, tumefação celular, degeneração gordurosa. 
- Progressiva e grave (incluindo lesão de DNA) → Lesão irreversível → Morte celular, necrose, apoptose. 
Alterações metabólicas, genéticas ou adquiridas; lesão crônica → acúmulos intracelulares; calcificação. 
Lesão subletal cumulativa ao longo da vida → envelhecimento celular. 
 
A lesão celular é reversível até certo ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o ínicio, a célula sofre lesão 
irreversível e, finalmente, morte celular. 
Adaptação → Lesão reversível → Muito tempo ou grande intensidade → Morte celular (lesão irreversível). 
Ex: Miócito normal → Adaptação: resposta ao aumento da carga (fluxo sanguíneo) → Miócito hipertrofiado. 
Miócito normal → Lesão celular → Miócito lesado irreversivelmente → Morte celular. 
Morte celular é o resultado final da lesão celular progressiva, sendo resultado de várias causas, incluindo isquemia (redução do fluxo 
sanguíneo), infecção e toxinas. 
 
Morte celular constitui um processo normal e essencial na embriogênese, no desenvolvimento do órgãos e na manutenção da 
homeostasia. 
 
Vias principais de morte celular: 
- Necrose. 
- Apoptose. 
 
Alterações nas células e tecidos diferentes das adaptações típicas, lesão celular e morte. 
- Acúmulos intracelulares. 
- Calcificação patológica. 
- Envelhecimento celular. 
 
Adaptações do crescimento e diferenciação celulares: ão alterações reversíveis em tamanho, número, fenótipo, atividade 
metabólica, ou funções das células em resposta a alterações do seu ambiente. 
 
HIPERTROFIA 
Aumento do tamanho da célula por aumento da quantidade das proteínas estruturais e organelas, o que leva ao aumento do 
tamanho do órgão. Isso acontece em qualquer tipo de célula (quiescentes, lábeis e perenes). A hipertrofia se dá pelo aumento da 
demanda funciona, fatores de crescimento ou estímulo hormonal. 
 
O estímulo mais comum para a hipertrofia do músculo e o aumento da carga de trabalho. 
- fisiculturismo → aumento do tamanho das fibras musculares individuais por aumento da demanda. 
- coração → sobrecarga (patológica) hemodinâmica crônica devido a hipertensão arterial ou valvas 
deficientes. 
Hipertrofia concêntrica de ventrículo esquerdo, causado por hipertensão. Carga pressórica elevada, 
sobrecarga hemodinâmica. Para que a parede cardíaca não seja rompida, as células do miocárdio sofre 
hipertrofia, aumentando o tamanho do miocárdio. Assim, a parede do ventrículo esquerdo é 
espessado, reduzindo o espaço do lúmen cardíaco. Se o quadro persistir o átrio esquerdo hipertrofia 
também. Se o paciente não controlar a pressão arterial e fizer o tratamento a adaptação irá progredir, 
levando a perda da contratilidade quando a adaptação for irreversível. 
No caso da hipertrofia excêntrica do VE em atletas de alto rendimento, o coração aumenta de tamanho 
para fora, sem alterar o volume do lúmen. A hipertrofia ocorre na 
camada muscular cardíaca de nutrição. 
- útero → crescimento fisiológico do músculo liso estimulado por hormônios estrogênicos durante a gravidez. O músculo liso têm 
receptores para estrogênio (crescimento), assim quando a paciente está grávida, ocorre aumento da secreção de estrogênio. O 
estrogênio atua sobre a célula do músculo promovendo a hipertrofia, aumento do crescimento da célula muscular. Assim, o 
músculo liso do útero se espessa durante a gravidez. 
- tireóide → doença de Graves 
 
Causa de hipertrofia 
- indução por ações conjuntas de sensores mecânicos. 
- indução por fatores de crescimento. 
- indução por agentes vasoativos (agonistas), 
Ps.: todos esse fatores atuam coordenada e simultaneamente. 
 
Além disso, alguns genes que são expressos apenas durante o desenvolvimento inicial são reexpressados em células hipertróficase 
os produtos desses genes participam na resposta celular ao estresse. Indução de genes embrionários ou fetais. - Mecanismos 
epigenéticas. 
 
As variações genéticas normais (polimorfismos) influenciam a atividade celular e, portanto, a sensibilidade dos diferentes indivíduos 
às várias drogas. 
 
HIPERPLASIA 
Aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando geralmente em aumento da massa de um órgão ou tecido 
induzido por fatores de crescimento e, em alguns casos, pelo surgimento elevado de novas células a partir de células-tronco 
teciduais. A hipertrofia e a hiperplasia frequentemente ocorrem juntas e podem ser induzidas pelos mesmos estímulos. A 
hiperplasia ocorre se uma população celular é capaz de se dividir, aumentando, portanto, o número de células. A hiperplasia pode 
ser fisiológica ou patológica. Existe também a hipertrofia compensatória. 
Fisiológica: hormônios, aumento da demanda fisiológica ou compensatória (doação de fígado) 
Patológicos: hormônios excessivos ou fatores de crescimento. 
 
Hiperplasia Fisiológica 
→ Hiperplasia Fisiológica Hormonal: aumenta a 
capacidade funcional de um tecido, quando necessário. 
 . Epitélio glandular da mama feminina na puberdade e 
gravidez, acompanhada por aumento (hipertrofia) das 
células epiteliais glandulares. 
 
→ Hiperplasia Fisiológica Compensatória: aumenta a 
massa de tecido após lesão ou ressecção parcial. 
 . Fígado (mito de Prometeu). Em indivíduos que doam um lobo do fígado para transplante, as células restantes proliferam de tal 
maneira que logo o órgão cresce e retorna ao seu tamanho original. 
Se a capacidade proliferativa das células hepáticas estiver comprometida, como ocorre em algumas formas de hepatite que causam 
lesão celular, os hepatócitos podem se regenerar a partir de células-tronco intra-hepáticas. 
 
Hiperplasia Patológica 
Causada por excesso de hormônios ou fatores de crescimento atuando em células-alvo. 
 . Hiperplasia endometrial, alteração do equilíbrio entre estrogênio e progesterona causam 
sangramento uterino anormal. Em geral, acontece em mulheres pós-menopausa. O ideal é que 
pós-menopausa o endométrio diminuísse de tamanho. Nessa mulher haverá produção elevada de 
estrogênio de maneira anormal, e essa mulher vai ter pouca progesterona. 
Dependendo do grau que a hiperplasia chegue, pode chegar a adenocarcinoma do endométrio, 
mas para isso precisa ocorrer a displasia. 
 . Hiperplasia prostática benigna induzida por respostas ao hormônio, neste caso, os androgênios. 
Haverá maior concentração de androgênios que estimula o aumento das glândulas da próstata, o 
que irá causar aumento de tamanho da próstata, podendo interromper o fluxo da uretra. 
 
É importante ressaltar que embora seja anormal, a hiperplasia patológica permanece controlada, 
pois não há mutações em genes que regulam a divisão celular e a hiperplasia regride se a 
estimulação hormonal é eliminada. Já no câncer, os mecanismos de controle de crescimento tornam-se desregulados ou ineficientes 
devido às aberrações genéticas, resultando em proliferação irrefreável. Portanto, a hiperplasia é diferente do câncer, porém a 
hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual a proliferação cancerosa pode surgir posteriormente. 
 
Hiperplasia e infecções virais 
 . Papilomavírus → verrugas cutâneas e várias lesões de mucosa compostas por massas de epitélio hiperplásico, devido aos fatores 
de crescimento produzidos por genes virais ou por células infectadas que estimulam a proliferação celular 
. Hiperplasia linfóide causada por processo inflamatório 
→ Hiperplasia patológica: mucosa jugal → hiperplasia fibrosa, crescimento de fibroblasto em número, devido ao estímulo de 
morder ou da prótese móvel. 
 
ATROFIA 
Redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células devido a diminuição da 
síntese proteica e do aumento da degradação das proteínas nas células. Pode acontecer em número suficiente para todo o órgão 
diminuir, diminuição de função não é morte celular. 
 
Atrofia Fisiológica é comum durante o desenvolvimento normal. 
. Atrofia de estruturas embrionárias (notocorda e o ducto tireoglosso) durante o 
desenvolvimento fetal. 
. Diminuição do útero logo após o parto e na menopausa. 
- mama da mulher jovem densa com muito tecido conjuntivo 
- mama da mulher mais velha com menos tecido conjuntivo e mais tecido adiposo 
. Redução do timo a partir da puberdade. 
. Menopausa → atrofia fisiológica do endométrio, mama e epitélio vaginal. (perda de 
estimulação endócrina) 
 
Atrofia Patológica depende da causa básica e pode ser local ou generalizada. 
. Redução da carga de trabalho (atrofia de desuso): osso fraturado → imobilização completa → atrofia dos músculos esqueléticos da 
região → redução do tamanho celular é reversível quando a atividade é reiniciada. Quando o desuso é prolongado há diminuição 
quantitativa (apoptose), assim como em tamanho, pode ser acompanhado por aumento 
da reabsorção óssea (osteoporose por desuso). Desuso e sedentarismo. 
. Perda da inervação (atrofia por desnervação): lesão nos nervos leva à atrofia das fibras 
musculares suprimidas por esses nervos. 
. Diminuição do suprimento sanguíneo: placas de ateroma reduzem o suprimento 
adequado às células. Em idosos, o cérebro sofre atrofia progressiva (atrofia senil - 
fisiológica), por causa da redução do suprimento sanguíneo causada pela aterosclerose, 
também afeta o coração. A isquemia, falta de suprimento sanguíneo, causa a morte 
celular, não está relacionado com atrofia. 
. Nutrição inadequada: desnutrição proteico-calórica profunda (marasmo) associada ao 
uso da musculatura estriada esquelética como fonte de energia, após a depleção de 
outras fontes de reserva (tecido adiposo) → Caquexia. Pacientes com distúrbios 
alimentares. O paciente com câncer têm concentrações elevadas de TNF (fator de necrose 
tumoral), o que causa redução da fome. 
 . Perda de estimulação endócrina: Hipotireoidismo - patológico 
. Pressão: compressão tecidual por qualquer período de tempo pode causar atrofia. 
 
Resposta inicial (comum a todos os tipos de causas) é uma diminuição do tamanho da célula 
e das organelas, o que reduz as necessidades metabólicas da célula o suficiente para permitir 
sua sobrevivência. → Função diminuída, mas não estão mortas. 
 
A progressão da atrofia pode lesar as células de modo irreversível e causar morte celular por apoptose. 
 
A atrofia é também acompanhada por aumento da autofagia, com aumento do número de vacúolos autofágicos. É o processo no 
qual as células privadas de alimento digerem seus próprios componentes na tentativa de encontrar nutrientes e sobreviver. 
- Vacúolos + Lisossomos → digestão por enzimas lisossômicas + corpúsculos residuais revestidos por membrana (restos celulares 
que resistiram a digestão). 
Grânulos de lipofuscina são exemplos de corpúsculos residuais revestidos por membrana e quando em quantidades suficiente 
conferem coloração castanha ao tecido (atrofia parda). 
 
METAPLASIA 
Alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. 
A metaplasia não resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo celular já diferenciado; Ela é resultado de uma reprogramação de 
células-tronco que sabidamente existem em tecidos normais ou de células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido 
conjuntivo. Estímulos da diferenciação de células tronco: liberação de citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz 
extracelular no ambiente das células. Tais estímulos promovem a expressão de genes que direcionam as células para uma via 
específica de diferenciação. Ocorre em células sensíveis ao estresse por tipos celulares mais capazes de suportar o ambiente hostil. 
 
. Metaplasia colunar especializado para escamosa estratificada 
Ex.: trato respiratório em resposta a irritação crônica;epitélio respiratório em resposta a 
deficiência de vitamina A; cálculos nos ductos excretores de glândulas salivares, 
pâncreas ou ductos biliares podem causar a metaplasia do epitélio dos ductos para 
escamosa estratificada. 
Embora o revestimento epitelial se torne mais rígido, mecanismos de proteção contra 
infecções são perdidos. Ex.: trato respiratório têm acúmulo de sujeira pela ação dos 
cílios do epitélio colunar ser afetada. Além disso, as influências que predispõem à 
metaplasia, se persistirem, podem iniciar a transformação maligna no epitélio 
metaplásico. 
. Metaplasia do tipo escamoso para colunar: 
Ex.: esôfago de Barrett, paciente tem doença do refluxo gastro esofágico, no qual o 
epitélio escamoso estratificado do esôfago é substituído por células colunares 
semelhantes às intestinais, sob influência do refluxo do ácido gástrico. Epitélio do intestino possui células caliciformes que produz 
muco para neutralizar o ácido. Os cânceres podem surgir 
nessas áreas e são tipicamente carcinomas glandulares 
(adenocarcinomas). 
. Metaplasia do tecido conjuntivo: formação de cartilagem, 
osso ou tecido adiposo (tecidos mesenquimais) em tecidos 
que normalmente não contêm esses elementos. 
Ex.: formação de osso no músculo, designada miosite 
ossificante, ocorre ocasionalmente após uma hemorragia 
intramuscular. Esse tipo de metaplasia é interpretado menos 
claramente como uma resposta adaptativa e pode ser o 
resultado de uma lesão celular ou tecidual. 
 
. Exceções de metaplasia: mudança de um tecido mais resistente para um menos resistente. 
Metaplasia gástrico-intestinal no esôfago → alteração do epitélio escamoso (menos sensível à exposição ao ácido) para um epitélio 
gástrico (mais sensível à exposição do ácido) 
Linha alba: transformação do epitélio estratificado pavimentoso não-ceratinizado em epitélio ceratinizado (branco) 
 
DISPLASIA 
Aumento da proliferação e redução da diferenciação celular. 
Célula com mesma origem da célula normal do tecido, mas com mutação, pode antecipar hiperplasia maligna. 
Ex.: Paciente que fuma, bebe. 
 
Acúmulos intracelulares 
- Acúmulo de constituinte celular normal, água, lipídios, proteínas e carboidratos 
- DEPÓSITO de uma substância anormal, endógena (produtos de síntese metabólica anormal, pigmentos) ou exógena (minerais, 
pigmentos, produtos de agentes infeccioso). 
 
QUAL A DIFERENÇA DE ACÚMULO E DEPÓSITO? 
O ACÚMULO É DE UM CONSTITUINTE NORMAL DA CÉLULA (ÁGUA, LIPÍDIO, PROTEÍNA, CARBOIDRATOS E ALGUNS PIGMENTOS), 
PODE SER TRANSITÓRIO OU PERMANENTE, PODE ESTAR EXTRA O INTRACELULAR OU AMBOS, PODE SER INOFENSIVO OU 
ALTAMENTE TÓXICO. JÁ O DEPÓSITO É DE UMA SUBSTÂNCIA ANORMAL, PRODUTO DE UMA SÍNTESE METABÓLICA ANORMAL OU 
DE UMA FONTE EXÓGENA, PODE SER TRANSITÓRIO OU PERMANENTE, PODE ESTAR EXTRA OU INTRACELULAR, PODE SER 
INOFENSIVA OU ALTAMENTE TÓXICA. 
 
Degenerações são lesões REVERSÍVEIS, não devem estar associadas a morte celular. 
O acúmulo pode ser transitório ou permanente, pode ser inofensivo ou altamente tóxico 
 
1. Metabolismo anormal → fígado gorduroso, esteatose (ácidos graxos e triglicerídeos, lipídios neutros) hepática. 
. lipidoses: acúmulo de lipídios complexos (cerebrosídeos, gangliosídeos) 
2. Mutação de proteína → defeito no dobramento e transporte de proteína → acúmulo de proteínas anormais. Assim, a proteína 
anormal não é degradada nem transportada. Exemplo: alfa 1 antitripsina causando o alzheimer. 
3. Ausência de enzima para catalisar a reação de degradação de substância endógena → depósito lisossômico: acúmulo de materiais 
endógenos. Exemplo: amiloidose 
4. Ingestão de materiais não digeríveis → acúmulo de materiais exógenos 
Uma substância exógena anormal é depositada e se acumula porque a célula não possui maquinaria enzimática para degradar a 
substância e nem a habilidade de transportá-la para outros locais. Os acúmulos de partículas de carbono e substâncias químicas não 
metabolizáveis, como a sílica, são exemplos deste tipo de alteração. 
EXEMPLO: TATUAGEM! 
 
 
 
Os principais tipos de degenerações são: Hidrópica (água e eletrólitos), Hialina e Mucóide (proteínas), Esteatose e Lipidose (lipídeos) 
e Glicogênica e Mucopolissacaridose (carboidratos). 
 
Degeneração Hidrópica​ acúmulo intracelular de água 
Lesão reversível mais comum diante dos mais variados tipos de agressão 
 → → → pergunta de prova! 
É provocada por distúrbios no equilíbrio hidro eletrostático, relacionado ao 
processo inflamatório, por exemplo. 
Acúmulo de água e eletrólitos 
Células tumefeitas, com aumento do volume 
O trânsito de eletrólitos através de membranas depende de mecanismo de 
transporte feito por canais iônicos (bombas eletrolíticas), capazes de manter 
constantes as concentrações dos eletrólitos no interior dos compartimentos 
celulares. O funcionamento depende de energia na forma de ATP ou de estrutura da membrana e das proteínas que formam o 
complexo enzimático. 
QUANDO A AGRESSÃO PODE GERAR A DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA? 
ALTERANDO A DEMANDA DE ATP E O FUNCIONAMENTO DA BOMBA ELETROLÍTICA. Aumento da concentração de sódio no interior 
da célula, a célula está inflamada. Ocorre a balonização celular ou tumefação celular. 
Causas da degeneração hidrópica: 
Hipóxia 
Inibidores de cadeia respiratória e agentes tóxicos que lesam a membrana mitocondrial (Rotenone, Antimicina A). 
Hipertermia (febre) onde ocorre aumento do consumo de ATP. 
Ativadores de fosfolipases e agentes agressores geradores de radicais livres que lesam diretamente a membrana; 
Inibidores de ATPase sódio/potássio (digoxina, oubaína) 
→ Retenção de sódio 
→ Retenção de potássio 
→ Aumento da pressão osmótica intracelular. 
→ Entrada de água no citoplasma → Aumento do volume celular e citoplasma pálido 
→ Expansão da célula 
 
Esteatoses ou Degeneração Gordurosa 
Acúmulo ANORMAL de gorduras neutras (triglicerídeos), no citoplasma de células parenquimatosas. 
Pode acometer o fígado, rim, miocárdio e músculo esquelético. 
Agentes tóxicos causam alterações no metabolismo dos ácidos graxos. 
Processos que facilitam o acúmulo: aumento da captação de triglicerídeos ou utilização, deficiência no transporte ou excreção. 
 
Causas da esteatose 
Hipóxia (anemia, insuficiência cardíaca ou respiratória): baixa de oxigênio no ciclo de krebs e reduz a síntese de ATP, aumenta 
acetil-CoA, aumenta a síntese de ácidos graxos. 
Agentes tóxicos álcool altera a função do citocromo C450, diminuindo a capacidade celular do processamento dos triglicerídeos. 
(CCl4): lesão no retículo endoplasmático granular, reduzindo a síntese de proteínas. 
Alterações na dieta: a carência de proteínas reduz os fatores que alteram a formação de lipoproteínas e excretam triglicerídeos; 
carência de carboidratos causa mobilização de lipídeos do tecido adiposo, aumentando o aporte de ácidos graxos para o fígado 
(beta oxidação). 
→ Obesidade: esteatose visceral, devido à síndrome metabólica. 
→ Obesidade central 
→ Dislipidemia (aumento dos triglicerídeos e diminuição do HDL) 
→ Intolerância a glicose 
→ Hipertensão arterial 
→ Aumento do risco para doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 
 
Patogenia da esteatose 
Quando o paciente consome muita gordura, todo esse ácido graxo chega ao hepatócito e sofre o processo de esterificação. Durante 
esse processo eles são transformados em triglicerídeos. Os triglicerídeos serão transportados pelas apoproteínas, serão 
transformados em colesterol e são mandados para a circulação. Na esteatose a quantidade de apoproteína é insuficiente para 
transportar os triglicerídeos. 
Quando tem desnutrição a síntese de apoproteínas é reduzida, assim mesmo com pouca gordura sendo ingerida na dieta, a 
quantidade de apoproteínas é insuficiente. 
O uso de barbitúricos aumenta a capacidade de síntese de apoproteínas. 
 
Ex.: Fígado: O acúmulo de gordura é visto primeiro à microscopia óptica com pequenos vacúolos no citoplasma ao redor do núcleo.À medida que o processo avança os vacúolos coalescem, criando espaços claros que deslocam o núcleo para a periferia da célula. 
Ocasionalmente, células contiguas se rompem e os glóbulos de gordura coalescem, formando os tão conhecidos cistos gordurosos. 
Macroscopicamente o fígado aumenta de tamanho e apresenta aspecto amarelado. 
 
No coração há presença de gotícula em efeito tigrado ou uniforme, com áreas amarelas. 
 
Sintomas de gordura no fígado: barriga inchada, fezes claras, cansaço, pele e olhos amarelados, enjoos e vômitos, dor de cabeça. 
 
Pigmentos 
Podem ser exógenos, provenientes de fora do corpo, ou endógenos, sintetizados dentro do próprio corpo. 
 
Pigmentações exógenas 
. Antracose Pulmonar: Exógeno mais comum é o carbono (poeira de carvão), um poluente do 
ar ubíquo da vida urbana. O macrófago alveolar fagocita o carbono e leva até o linfonodo do 
hilo pulmonar, haverá acúmulo. O acúmulo desse pigmento escurece os tecidos dos pulmões 
(antracose pulmonar) e os linfonodos envolvidos, linfonodo do hilo. 
. Pneumoconiose: Os agregados de poeira de carvão podem induzir uma reação fibroblástica, 
ou até mesmo enfisema, e, assim, causar uma doença pulmonar grave conhecida com o 
pneumoconiose do trabalhador de carvão. 
. Argirose focal: A tatuagem é uma forma de pigmentação exógena localizada da pele. Os 
pigmentos inoculados são fagocitados pelos macrófagos da derme, nos quais residem pelo resto da vida das pessoas adornadas 
(algumas vezes com consequências embaraçadoras para o portador da tatuagem!) 
 
Pigmentações endógenas 
. Lipofuscina: A lipofuscina é um pigmento citoplasmático, frequentemente perinuclear, 
finamente granular e castanho-amarelado. Não é nociva! 
Sua importância reside no fato de ser o sinal de alarme de lesão por radicais livres e peroxidação 
lipídica. É observada em células sofrendo alterações regressivas lentas e é particularmente 
proeminente no fígado e coração de pacientes que estão envelhecendo ou naqueles com 
desnutrição grave e caquexia do câncer. 
Microscopicamente é autofluorescente. 
. Melanina: é o único pigmento preto-acastanhado endógeno. O pigmento é depositado na 
pele, tecido conjuntivo e cartilagem. Formado nos melanócitos, estimulados pela radiação 
ultravioleta, o sol. 
→ Os grânulos de melanina são transportados para região acima do núcleo onde absorvem a 
radiação ultravioleta, impedindo que atinja o núcleo e lese o DNA. 
→ Os ceratinócitos migram e os melanossomos são digeridos por lisossomos liberando a 
melanina. 
Reação: Fontana Masson, imuno-histoquímica 
 → Variações na tonalidade de pele, 
Melanócitos possuem prolongamento citoplasmáticos que transferem para os queratinócitos a 
melanina produzida. Estão presentes na pele, cabelo. 
Pigmentação melânica ou melanose racial: condição gengival não patológica. A intensidade da 
pigmentação é resultante da quantidade de grânulos de melaninas são produzidos pelos 
melanócitos. Mais comum em negros. 
Melanoma: condição patológica, tipo de câncer de pele, que se desenvolve nos melanócitos. 
Incontinência pigmentar: A incontinência pigmentar é uma genodermatose rara, mais comum no 
sexo feminino, e com herança autossômica dominante ligada ao cromossomo X. É uma doença 
multissistêmica com manifestações cutâneas, oculares, dentárias e do sistema nervoso central 
(SNC). → melanócito degenera-se e libera sua melanina em tecido conjuntivo. 
Sardas: os queratinócitos basais adjacentes da pele podem acumular a melanina, assim como os macrófagos na derme. 
Vitiligo ocorre quando as células produtoras de pigmento morrem ou deixam de funcionar, melanócitos e melanófagos. 
Os melanócitos são a única fonte de melanina. 
Na melanosis coli a mucosa do cólon torna-se enegrecida e dividida em desenhos poliédricos por estrias claras e salpicadas por 
pequenos pontos brancacentos. 
. Hemossiderina: pigmento granular que tem cor amarelo acastanhada, derivado da hemoglobina. É a principal forma de 
armazenamento do ferro no ser humano. É uma forma de armazenamento de ferro. 
Excesso de ferro local → hemorragia 
Separação do grupo heme do ferro. 
É o pigmento presente na equimose comum causado por 
extravasamento de sangue. Grânulos de hemossiderina são 
agregados de apoferritina + ferro encontrados no interior dos 
macrófagos, uma vez que os macrógagos degradam a 
hemoglobina (bile verde → bile vermelha) e recuperam o 
ferro (incorporado a ferritina → hemossiderina). 
Essas conversões respondem pelo jogo dramático de cores visto em uma equimose em recuperação, que tipicamente muda de 
azul-avermelhada para azulesverdeada e para amarelo-dourada, antes de resolver. 
 
Pigmentos da hemoglobina 
Bilirrubina → produto final das hemoproteínas, derivado da hemoglobina mas, NÃO CONTÉM FERRO! 
Aumento acentuado dos níveis sanguíneos pode causar icterícia nuclear (sequelas neurológicas e morte) 
Metabolismo da bilirrubina está associado a diagnóstico de inúmeras doenças (icterícia, doenças hemolíticas crônicas). 
 
Calcificação Patológica 
A calcificação patológica é a deposição tecidual anormal de sais de cálcio, juntamente com quantidades menores de ferro, magnésio 
e outros minerais. 
 
Calcificação distrófica: ocorre a despeito de níveis séricos normais de cálcio e na 
ausência de perturbações no metabolismo do cálcio. 
- Áreas de necrose: valvas cardíacas envelhecidas o danificadas, placas de 
ateromas da arteriosclerose avançada. 
- Quando acontece necrose os grânulos de cálcio sofrem exocitose. Fora da 
célula o cálcio reage com fosfolipídios, formando fosfato de cálcio que se 
deposita sobre a forma de pequenos grupos brancos e endurecidos, aderidos 
no tecido necrosado. 
Qualquer que seja o local do depósito, os sais de cálcio aparecem 
macroscopicamente como grânulos ou grumos finos brancos, muitas vezes 
palpáveis como depósitos arenosos (corpúsculo de psamoma). 
Formação de mineral fosfato de cálcio cristalino. 
Pode causar disfunção no órgão. 
 
 
Calcificação metastática: o depósito de sais de cálcio em tecidos normais, e quase sempre resulta de hipercalcemia secundária em 
tecidos normais a algum distúrbio do metabolismo do cálcio. 
Causas da calcificação metastática: 
. Aumento da secreção do paratormônio, hiperparatireoidismo. caso de tumores que levam ao hiperparatireoidismo, levando a 
destruição óssea para causar hipercalcemia. 
. Tumores primários ou metastáticos (mieloma, mama, pulmão) causando destruição de tecido ósseo. 
. Distúrbios relacionados à vitamina D, excesso. Indivíduos que tem sarcoidose ativam precursores da vitamina D, aumentando o 
metabolismo de cálcio. 
. Insuficiência renal: retenção de fosfato, fosfato encontra o cálcio e forma fosfato de cálcio, hiperparatireoidismo secundário. 
 
Geralmente os sais de minerais não causam disfunção clínica, mas às vezes o envolvimento maciço dos pulmões produz achados 
radiográficos e déficits respiratórios. Depósitos maciços no rim (nefrocalcinose) podem causar lesão renal com o tempo. Depósitos 
na mucosa gástrica. Esses tecidos têm compartimento alcalino, onde acaba acontecendo a calcificação do tipo metastática 
 
AULA 3 - Morte celular - Prof Maria Clara 
 
Célula normal foi submetida a um estresse que foi leve e prolongado ou estresse intenso. Quando o estresse celular ultrapassa a 
capacidade de adaptação, leva a lesão celular. A lesão celular em um momento inicial pode ser reversível. No entanto, quando a 
lesão ultrapassa o ponto de não retorno ocorre a lesão celular irreversível levando a necrose. No ponto de não retorno a célula 
morre e isso pode ocorrer por necrose ou por apoptose. Na necrose ocorre um dano na membrana celular, as lisoenzimas são 
liberadas, e elas digerem a célula. Na apoptose a célula sofreu danos no seu material genético (irreversível, o mecanismo de reparo 
celular não consegue resolver), as proteínas lesionadas levam a uma série de sinais induzidos que levam a morte programada dacélula. A necrose é sempre patológica! Nunca existe necrose fisiológica, diferente da apoptose que pode ser tanto patológica quanto 
fisiológica. A apoptose pode acontecer por necessidade dos tecidos de se livrar das suas células. A apoptose é uma maneira de 
morte celular mais organizada, enquanto a necrose é a forma de morte celular mais desorganizada. 
Na apoptose são formados vários corpos apoptóticos a partir da célula que deve morrer, os corpos apoptóticos são fagocitados 
pelos macrófagos. 
 
Morte celular 
Persistência do dano torna a lesão irreversível, levando à morte celular. Existem dois tipos de morte celular: 
- Necrose: dano às membranas é acentuado, as enzimas lisossômicas extravasam para o citoplasma e digerem a célula, e o conteúdo 
celular escapa, resultando em necrose. 
- Apoptose: situações em que o DNA ou as proteínas celulares são lesados de modo irreparável, a célula se suicida por apoptose, 
uma forma de morte celular caracterizada pela dissolução nuclear, fragmentação da célula sem perda da integridade da membrana, 
e rápida remoção dos restos celulares. 
- Autofagia 
 
Causas de lesão celular 
- Privação de oxigênio: isquemia, insuficiência cardio respiratórias, anemias, hemorragia, envenenamentos com monóxido de 
carbono. → diminui a respiração aeróbia da célula, a quantidade de energia que ela fabrica. Ex: infarto agudo do miocárdio. 
- Agentes físicos: extremos de temperatura, alterações de pressão, traumatismos mecânicos, queimaduras, radiação (faz mal tanto 
para o DNA quanto para a estrutura da célula), choque elétrico. 
- Agentes químicos e drogas: glicose ou sal em concentrações hipertônicas, venenos, asbestos (presente amianto → câncer de 
pleura e pulmão), mercúrio, álcool, medicamentos em excesso. 
- Agente infecciosos: bactérias, fungos, vírus, parasitos, riquétzias. 
- Reações imunológicas: reações imunes, doenças autoimunes, alérgenos. 
- Defeitos genéticos: síndromes genéticas, anomalia cromossômica (síndrome de down), substituição de um aminoácido da hemácia 
(anemia falciforme), deficiências de alfa1, antitripsino.. 
- Desequilíbrios nutricionais: desnutrição, esteatose e hipernutrição. 
 
Tudo depende da intensidade do estímulo, da quantidade e da 
ação. 
 
Todo dano celular começa no nível molecular, é um nível que não 
aparece no microscópio. Em geral, nos primeiros minutos as 
alterações irreversíveis das células não são visíveis. As lesões 
reversíveis são possíveis de serem notadas mais rápido. No caso 
de lesão irreversível ocorre a tumefação, após cerca de 12 horas 
pode ser notada a necrose. 
 
Infarto do miocárdio​: o paciente teve obstrução de um ramo de 
coronária, se o paciente tiver morte súbita. Nada será notado no 
miocárdio por exame patológico se o paciente sofreu o infarto e 
morreu subitamente, lâmina inconclusiva → necessidade de fazer 
exame bioquímico: dosagem de enzimas. Caso o paciente morra 
12 horas após o infarto, já será notada a necrose na lâmina 
histopatológica, lâmina conclusiva. 
 
Alterações morfológicas na lesão celular 
Lesão celular reversível: função celular 
Lesão celular irreversível: alterações bioquímicas para morte celular, alterações ultraestruturais, alterações microscópicas, 
alterações morfológicas macroscópicas. 
 
Tumefação ocorre tanto na necrose e na apoptose, a célula fica mais “gordinha” 
 
Característica Necrose Apoptose 
Tamanho celular Aumentado (tumefação) Reduzido (retração) 
Núcleo Picnose → cariorrexe → cariólise Fragmentação em fragmentos do tamanho de nucleossomas 
Membrana 
plasmática 
Rompida Intacta; estrutura alterada, especialmente a orientação dos 
lipídios 
Conteúdos 
celulares 
Digestão enzimática: podem 
extravasar a célula 
Intactos; podem ser liberados em corpos apoptóticos 
Inflamação 
adjacente 
Frequente Nenhuma 
Papel fisiológico ou 
patológico 
Invariavelmente patológico 
(finalização da lesão celular 
irreversível) 
Frequentemente fisiológico, significa a eliminação de células 
indesejadas; pode ser patológica após algumas formas de lesão 
celular, especialmente lesão de DNA 
 
Necrose 
 Necrose: resulta da desnaturação de proteínas intracelulares e digestão das células lesadas por lisoenzimas. Células sofre uma lesão 
na membrana celular, saem os lisossomas e digerem a células. A necrose é a principal forma de morte celular patológica. Células 
necróticas são incapazes de manter seu conteúdo no seu interior e/ou integridade da membrana plasmática. A necrose vem 
acompanhada de um processo inflamatório no tecido circundantes, tanto os lisossomas da célula morta e as células do processo 
inflamatório serão responsáveis por fazer a limpeza do local 
 
Células necróticas não mantêm a integridade da membrana e seus conteúdos sempre extravasam, um processo que pode iniciar a 
inflamação no tecido circundante. As enzimas que digerem a célula necrótica 
são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou 
dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação 
inflamatória. 
 
Causas de necrose: redução de energia, geração de radicais livres, ação 
enzimática, agressão da membrana citoplasmática, exposição do conteúdo 
intracelular = inflamação. 
 
Morfologia 
As células mortas podem ser substituídas por massas fosfolipídicas grandes e 
espiraladas, chamadas de figuras de mielina, derivadas das membranas 
celulares lesadas.As figuras de mielina são fagocitadas, degradadas em 
ácidos graxos que são calcificados na formação de sais de cálcio. Assim, 
ocorre a calcificação. 
Alterações nucleares: degradação inespecífica do DNA. 
 . ​Cariólise​: basofilia da cromatina pode esmaecer, alteração que provavelmente reflete a perda de DNA pela degradação enzimática 
das endonucleases. Núcleo vai ficando mais claro, início da degradação do núcleo! 
 . ​Picnose​: retração nuclear e aumento da basofilia. 
. ​Cariorrexe​: o núcleo picnótico sofre fragmentação e ele vai se tornar uma grande quantidade de material nuclear soltos. 
 
basofílico (roxo, corante da hematoxilina) 
eosinofílico (rosa, corantes eosina) 
 
As células necróticas são células eosinofílicas (rosa, corante da eosina), possuem aparência vítrea, turva, sem limites precisos 
(proteínas desnaturadas), célula com limites imprecisos e que não apresenta mais núcleo. 
 
Padrões de necrose 
Cada padrão está relacionado a diferentes doenças. 
 
Necrose de coagulação/ coagulativa​: forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos 
tecidos mortos é preservada, por pelo menos alguns dia. A lesão desnatura como um todo, 
incluindo as proteínas estruturais e enzimas do tecido. Infiltração de leucócitos promove a digestão 
das células mortas através de suas enzimas lisossômicas. Uma área localizada de necrose de 
coagulação é chamada de infarto. É a necrose mais comum, presente principalmente nos processos 
isquêmicos! Infarto agudo do miocárdio, infarto esplênico são necroses coagulativas com 
preservação arquitetural momentânea. 
. necrose isquêmica → infarto 
 
 
Necrose liquefativa​: é uma necrose que vai ser caracterizada pela digestão 
completa das células mortas imediatamente no momento em que as células 
sofrem necrose, as próprias enzimas da célula ingere ela. digestão das células 
mortas, resultando na transformação do tecido em uma massa viscosa líquida. 
Os micróbios estimulam o acúmulo de leucócitos e a liberação de enzimas 
dessas células. Material frequentemente amarelo cremoso devido à presença 
de leucócitos mortos e é chamado de pus. Esse tipo de necrose está associado 
com processos de necroses no SNC ou associados a infecções por 
microrganismos piogênicos (bactérias ou vírus que estimulam a formação de 
pus). Exemplo: AVC, pielonefrite, abcessos, úlceras gástricas. 
 
. Gangrenosa​ (é um padrão clínico de morte celular, ​não é um tipo de necrose​) ocorre quando um membro perde seu suprimento 
sanguíneo e sofreu necrose, tipicamente por​ necrosepor coagulação​. É uma denominação clínica para a necrose de coagulação que 
se tornou visível. 
Classificação clínica de gangrena: seca ou úmida​: 
A gangrena seca é aquela que só tem tecido morto! A gangrena úmida é a que além de tecido morto tem microrganismos que 
acionam uma reação inflamatória secundária. Paciente com diabetes apresenta vasculopatia diabética, o que reduz o fluxo 
sanguíneo, leva a isquemia que progride para a lesão e morte celular. 
 
Necrose gomosa​: subtipo de necrose de coagulação. É uma necrose de coagulação com aspecto diferente, úmido que parece uma 
goma arábica (tipo de borracha). Necrose gomosa é vista na doença sexualmente transmissível, a sífilis (sífilis terciária). 
 
Necrose caseosa​ (semelhante a queijo): encontrada em focos de infecção tuberculosa, aparência friável esbranquiçada. É a necrose 
presente na ​tuberculose​!! Na microscopia: no centro tem-se células mortas e na periferia encontram-se células inflamatórias, 
formação do granuloma. Na macroscopia: lesão amarela. Também 
esta presenta na 
Leishmaniose, 
hanseníase, sífilis, 
tularemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Necrose gordurosa/ esteatonecrose​: refere-se às áreas focais de destruição gordurosa, resultante da liberação de lipases 
pancreáticas (enzimas líticas) das células acinares. Os ácidos graxos liberados combinam-se com o cálcio, formando sais de cálcio, 
áreas brancas gredosas macroscopicamente visíveis (saponificação da gordura). Ocorre no paciente com pancreatite aguda. Destrói 
o peritônio também → inflamação do peritônio por trauma de tecido adiposo. Necrose gordurosa das glândulas mamárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspecto espumoso, pode haver a calcificação. 
 
Necrose fibrinóide​: ocorre quando complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias e combinados 
com a fibrina que tenha extravasado dos vasos. Acontece por reações imunes nos vasos sanguíneos. Pode ser visto em vasculites, 
hipertensão arterial de longa data, diabetes mellitus. São doenças que atacam a parede do vaso. Quando se tem placa imune na 
parede do vaso vem um anticorpo que se liga ao antígeno, e desencadeia um 
depósito de fibrina filamentosa na parede do vaso. 
 
A maioria das células necróticas e seus conteúdos desaparecem por fagocitose e 
digestão enzimática pelos leucócitos. Se as células necróticas e restos celulares não 
forem prontamente destruídos e reabsorvidos, tenderão a atrair sais de cálcio e 
outros minerais e a tornarem-se calcificadas (calcificação distrófica). 
 
Mecanismos da lesão celular 
Resposta celular ao estímulo nocivo depende do tipo de lesão, sua duração e 
gravidade. 
As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e adaptabilidade da 
célula lesada. Com o mapeamento completo do genoma humano, há um grande interesse na identificação dos polimorfismos 
genéticos que influenciam as respostas dos diferentes indivíduos a agentes nocivos. 
 
A lesão celular resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários componentes celulares essenciais 
(mitocôndria, membranas celulares, maquinaria de síntese e empacotamento de proteínas e DNA do núcleo). 
 
Apoptose 
Via de morte celular induzida por um programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam 
enzimas, ​caspases​, que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. Quando tem um estímulo para morte 
celular a caspase será ativada, sofre uma série de modificações e culmina na formação de bolhas revestidas por membranas, os 
corpos apoptóticos.Os corpos apoptóticos vão posteriormente encontrar um fagócitos, principalmente, o macrófago e será 
fagocitado. Como os corpos apoptóticos são revestidos por membrana não tem exteriorização do conteúdo citoplasmático, não há 
processo inflamatório nos processos apoptóticos independentes de esse processo for fisiológico ou patológico. 
 
Apoptose em situações fisiológicas 
- Destruição programada de células durante a embriogênese → estruturas devem involuir conforme o nosso organismo vai se 
desenvolvendo. 
- Involução de tecidos hormônio-dependentes sob privação de hormônio → durante o ciclo menstrual tem-se a descamação do 
endométrio, exatamente porque essas células morrem por apoptose. Isso também acontece com os órgãos que sofrem atrofia por 
falta de hormônios. 
- Perda celular em populações celulares proliferativas → relacionado com medula óssea, com o baço. Eles fabricam muitos 
linfócitos, alguns linfócitos não respondem a estímulos ou respondem a estímulos normais (auto reativos), então a apoptose é um 
mecanismo de regulação. Algumas pessoas possuem células que escapam desse sistema, assim elas vão desenvolver doenças 
autoimunes como o lúpus eritematoso. 
- Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos 
- Morte de células que já cumpriram seu papel, tais como os neutrófilos na resposta inflamatória aguda e os linfócitos ao término da 
resposta imune. 
 
O estresse libera citocinas inflamatórias. 
 
Apoptose em condições patológicas 
- Lesão de DNA: radiação, drogas citotóxicas anticâncer, exposição à radicais livres e hipóxia. → células de DNA alterado 
P53 é uma proteína de reparo 
- Acúmulo de proteínas normalmente dobradas 
- Morte celular em infecções: virais, principalmente. → adenovírus e o HIV eles atacam uma célula específica e induzem o 
mecanismo de apoptose. O HIV induz a morte do TCD4 e o TCD8, com isso eles entram em apoptose espontaneamente, até que o 
paciente fique imunodeficiente. Na hepatite viral, o vírus da hepatite entra dentro do hepatócito, com isso o sistema imune inicia o 
ataque aos hepatócitos, promovendo a morte celular. 
- Atrofia patológica no parênquima de órgãos após obstrução de ducto, como ocorre no pâncreas, na parótida e no rim. 
. a apoptose patológica acontece em uma frequência bem menor que a necrose, uma vez que qualquer ataque celular tem maior 
probabilidade de lesar a membrana, levando à necrose. 
 
Características morfológicas da apoptose 
- Retração celular → primeira observação observada, o citoplasma fica 
compacto e as organelas se juntam. 
- Condensação da cromatina 
- Formação de bolha citoplasmáticas e corpos apoptóticos → formação 
de prolongamentos da membrana celular, formando as bolhas que 
contém organelas, pedaços de citoplasma, cromatina. As bolhas são 
formadas, o núcleo termina de se colapsar. As bolhas agora vão conter 
pedaços de núcleo. As bolhas já com pedaços de núcleos são envolvidas 
por pedaços de membrana, formando os corpos apoptóticos 
- Fagocitose das células apoptóticas pelos macrófagos → sem 
necessidade de inflamação, de linfócitos, por isso a apoptose é um 
processo mais limpo e organizado que a necrose. 
 
Fases da apoptose - não cai na prova 
Iniciação da apoptose é a fase em que é dada permissão para a célula morre, a célula é 
habilitada para fazer apoptose. A fase de iniciação tem duas formas que pode acontecer 
 
. via extrínseca: o estímulo inicial vem de um receptor externo da célula, que fica na periferia 
da célula. Exemplo: radical livre, morte celular por hepatite ou por HIV. A célula sofre dano e 
o receptor extrínseco, receptor de morte da membrana plasmática serão estimulados. Esses 
receptores são da família TNF (TNFR1 e Fãs). O Fas que é o receptor de morte de membrana 
plasmática presente, principalmente, nos linfócitos. O linfócito tem na superfície um 
receptor de três faces, o receptor Fas. Quando o receptor Fas é ligado ao Fas ligante, a 
caspase-8 e caspase-10 se tornam ativas e levam a apoptose. 
 
. via intrínseca: o estímulo inicial vem de um receptor interno da célula. Exemplo: dano do 
DNA, alteração de proteína. 
Ocorre a partir da ação do citocromo C, que deve estar dentro da mitocôndria, 
normalmente. Quando ocorre estímulo para morte celular por apoptose o citocromo 
C sai da mitocôndria, pelo canal Bax/Bak. O citocromo C no citoplasmairá ativar as 
caspases-9, formando a estrutura apoptossomo e causar a apoptose. 
 
Execução: fase em que as alterações propriamente ditas acontecem 
Na fase de execução há ativação e ação das caspases executoras 3 e 6 que induzem a 
clivagem de DNA, degranulação dos componentes da matriz nuclear e fragmentação 
do núcleo. 
 
O que tem que saber?? 
Todos os tipos de padrões de necrose e um exemplo de cada 
Causas de necrose e apoptose 
 
Aula 4 - Inflamação - Prof Nereu 
 
Doença desequilíbrio que ocorre entre o organismo e o meio, o desequilíbrio causam as alterações que chamamos de doença. 
 
Os vários agente de lesão atuam causado ação lesiva que pode culminar na adaptação, lesão ou morte celular (necrose e apoptose), 
enquanto os mecanismos gerais e defesa agem contra os agentes agressores e suas toxinas. 
 
Mecanismos gerais de defesa 
. integridade das barreiras físicas 
. pH ácido 
. “lavagem” contínua de cavidades 
secreções protetoras (enzimas, Ig, etc) → IgA mais frequentemente visto nas secreções 
movimento ciliar ativo → limpeza de muco, poeira 
sistema urinário/digestório (peristalse) → 
. microbiota protetora (competição com bactérias patogênicas) 
. reflexos neurais (espirros, de retirada, tosse, etc) → mecanismos neurais de defesa 
. febre (sinal de alarme e proteção) → a febre ocorre por infecção, câncer, doenças autoimunes, piogênica. 
. inflamação aguda 
 
Conceito de ​inflamação​: ​processo de defesa inespecífico ​que ocorre no tecido conjuntivo vascularizado, com a participação de 
células e elementos do sangue (leucócitos, plaquetas) e dos tecidos (mastócitos, fibroblastos)​ que objetiva:​ ​destruir, isolar, 
neutralizar o agente de lesão​, ​remover restos celulares​ e elementos estranhos indesejáveis e​ promover restauração tecidual​, mas 
que ​pode lesar os tecidos​. 
Doença infecciosa é diferente de inflamação​. A ​infecção ​sugere a presença de agente invasor nos tecidos, podendo ser ela 
sintomática ou assintomática. 
 
Como inicia a inflamação aguda? reconhecimento da agressão -exógena ou endógena. 
Moléculas sinalizadoras de agressão ou alarminas: 
. ​PAMPS​ (pathogen associated molecular pattern) - moléculas presentes em ​patógenos​. 
. ​DAMPS​ (damage associated molecular pattern) - moléculas do interior das células do próprio organismo/metabolismo (células 
mortas por ​necrose​, estresse metabólico, lesão imune, etc) 
 
Sinais e sintomas cardinais da inflamação aguda 
. rubor - vasodilatação (vermelhidão) → sinal 
. calor - pelo aumento do fluxo sanguíneo → sinal 
. tumor edema inflamatório (exsudativo) → sinal 
. dor - ação de mediadores químicos → sintoma 
. perda de função - consequência eventual desta 
Sinal é uma alteração objetiva, observável pelo médico, quantitativa por exames, mensurável por outrem. 
Sintoma é uma alteração subjetiva, sentido pelo paciente, qualitativa, não mensurável por outrem. 
Flogístico = inflamatório; Flogose = inflamação 
Alterações vasculares da inflamação são os responsáveis pelos três sinais da inflamação, já a dor é causada pelos mediadores da 
inflamação. 
 
Fenômenos vasculares da inflamação aguda 
. vasoconstrição fugaz e inicial (pode estar ausente) → reduz sangramento em ferimentos graves 
. vasodilatação (distensão das arteríolas, capilares, e vênulas pós-capilares) - ela provoca: 
aumento do fluxo sanguíneo - vermelhidão do tecido 
lentificação da circulação (podendo haver sua parada : estase sanguínea) 
aumento da pressão hidrostática - início da formação do edema inflamatório 
. aumento da permeabilidade --. aumento da saída de líquido dos vasos para o interstício 
aumenta o edema inflamatório (exsudato: líquido de alta densidade, com proteínas de alto peso molecular e leucócitos) 
 
Os cincos mecanismos de aumento da permeabilidade 
vascular na inflamação 
. contração da célula endotelial 
. injúria direta e destruição das células endoteliais 
. lesão leucócito mediadas → ocorre frequentemente em 
processos inflamatórios agudos bacterianos, 
principalmente por neutrófilos 
. Aumento de transcitose → ocorre na célula endotelial 
viável, a vesícula de pinocitose se funde à parede da 
célula endotelial liberando seu conteúdo interior para o 
meio extracelular 
. angiogênese → formação de vasos novos, durante essa 
formação as ligações entre as células endoteliais ainda 
são imaturas, assim os GAPS entres as células endoteliais 
novas são grandes. 
 
Os fenômenos celulares da IA envolvendo leucócitos​: as 
primeiras células a alcançarem a inflamação aguda são os 
neutrófilos e monócitos (macrófagos). 
Nos processos inflamatório crônicos os leucócitos mais 
presentes são os monocitos (macrofago), linfócitos, 
eosinófilos e basófilos (mais coadjuvante, menos 
importantes). 
 
Fenômenos da IA​: marginação, rolamento, adesão fraca, 
adesão forte, diapedese, migração por quimiotaxia, 
fagocitose. 
 
Quando ocorre a vasodilatação e ocorre a redução da velocidade de sangue dentro do vaso ocorre a marginação, ou seja, 
aproximação de leucócitos a margem dos vasos. Após a ​marginação ​as células começa a rolar sobre o endotelial através de 
proteínas adesivas (selectinas e por glicoproteínas adesivas, presentes tanto nos leucócitos quanto no endotélio) fracas. Após o 
rolamento ​mediado por ​adesão fraca​ mais próximo ao local da inflamação ocorre a adesão forte mediada por integrinas e 
imunoglobulinas adesivas. Essa ​adesão forte​ permite que a célula realize ​diapedese​, atravesse a parede do vaso, passando por 
células endoteliais. Quando a célula leucocitária passa para o interstício ocorre a migração por ​quimiotaxia​, fenômeno que atrai o 
leucócito para a inflamação através de um gradiente de concentração (migração orientada). Quando o leucócito chega ao local da 
inflamação ele desempenha sua função (exemplo: ​fagocitose​). 
 
Fases da fagocitose 
. reconhecimento (opsonização) 
. adesão (adesinas) 
. englobamento (fagossoma) 
. regurgitação enzimática - pode provocar dano tecidual 
. fusão lisossomal e formação de RL (fagolisossoma) 
. destruição do material fagocitado - reaproveitamento, apresentação de antígeno, excreção. 
 
Mediadores químicos da inflamação 
Aminas vasoativas: histamina e serotonina - vasodilatadores, atuam no início da inflamação, aumentam a permeabilidade celular, 
realizam quimiotaxia e ativação celular. histamina causa prurido 
Metabólicos do ácido araquidônico: 
o ácido aracdônico é metabolizado pela ciclooxigenase-COX (prostaglandinas e tromboxanos) e a lipoxigenase-LOX (leucotrienos e 
lipoquicina) 
- prostaglandinas → pró-inflamatórias, vasodilatadora, aumenta a permeabilidade, quimiotaxia, ativação celular, dor da inflamação 
e febre 
- leucotrienos → vasodilator, vasoconstritor, quimiotaxia, ativação celular 
- lipoxinas → moduladoras 
Fator ativador de plaquetas → faz tudo! 
Óxido nítrico → vasodilatador, aumento da permeabilidade, quimiotaxia e citotoxicidade 
Os sistemas de proteases do plasma 
- sistema complemento → ativação celular, vasodilatador, aumento da permeabilidade, quimiotaxia a opsonização 
- sistema da coagulação → ativação celular, vasodilatador e quimiotaxia 
- sistema da fibrinólise → quimiotaxia e ativação celular 
- sistema das cininas → pró-inflamatório, vasodilatador, aumenta a permeabilidade, quimiotaxia e dor 
Produtos lisossomais leucocitários → pró-inflamatórios, quimiotáticos, vasodilatadores de pequenos vasos, citotoxicidade 
Citocinas e quimiocinas → múltiplas ações 
Metabólitos derivados do oxigênio → citotóxicos 
Neuropeptídeos inflamatórios (substância P, M) → vários efeitos 
Produtos bacterianos → alarminas, anticoagulantes, quimiotaxia 
 
Tipos de exsudatos inflamatórios 
Esta classificação auxilia no diagnóstico da causa ou da doença subjacente 
. seroso 
muito fluido, pobre em células e fibrina, amarelo claro. 
geralmente processos com pouca necrose e sem bactérias (trauma, ​queimadura​, viroses - herpes simplex, tóxicos).. fibrinoso 
rico em fibrina, poucas células, aspectos fibrilar branco. 
geralmente: processos imunes e com a ativação da coagulação (pericardite fibrinosa, etc), infecções não purulentas, necrose (ex: 
IAM) 
. purulento 
rico em leucócitos e células mortas, cor amarela, castanha ou verde. 
geralmente: processos com muita necrose e/ou presença de bactérias (ditas piogênicas) 
- exsudato misto → empiema pleural → fibrinopurulento 
- peritonite purulenta, complicação por perfuração do colo, necrose liquefativa com células mortas. 
. mucoso 
rico em secreção mucóide, claro ou turvo, viscoso 
ocorre em superfícies produtoras de muco (respiratório, digestivo - diarréia muco sanguinolenta, genital- corrimento mucóide 
tricomoníase vaginal) 
causas alergias, infecções, etc 
. exsudato hemorrágico 
rico em hemácias avermelhado, geralmente associado a algum outro tipo acima 
ocorre quando há lesão vascular importante no processo agressor 
causas mais prováveis no nosso meio: tuberculose e câncer 
. misto 
é a associação de 2 ou mais dos tipos acima, sendo bastante comum, como: sero-fibrinoso, etc. 
indica a associação de causas ou complicações 
sempre quando dois ou mais exsudatos se associam chama-se de exsudato misto! 
 
Fenômenos resolutivos 
Como a inflamação termina: 
. destruição do agente que desperta a reação 
. morte e remoção de células do exsudato​ - promoção de apoptose dos leucócitos fagocitose pelos macrófagos 
. síntese e liberação de mediadores anti-inflamatórios​ (lipoxinas, resolutivas, proteínas, prostaglandina J2, IL-10, IL-4, TGF BETA) 
. fígado produz proteínas de fase aguda (anti-inflamatórias)​: ceruloplasmina, PCR, alfa-1-antitripsina, etc. 
. ​SNC (eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal) e SNA (simpático e parassimpático) - ação anti inflamatória → corticosteróides 
adrenocorticais e vários mediadores parassimpático tem ação colinérgica, principalmente, ação anti-inflamatória 
. medicamentos​: auxiliam no processo de redução de sinais e sintomas e do processo em si. 
 
Por que usar anti-inflamatório se esse é um mecanismo de defesa?​ Para reduzir a sintomatologia e diminuição do edema 
inflamatório, isso favorece os fenômenos resolutivos, acelerando os fenômenos de limpeza no local da inflamação. Os 
anti-inflamatórios reduzem a COX. 
 
 
 
Evolução da inflamação aguda 
o objetivo principal do organismo é que a inflamação 
termine! A inflamação aguda corresponde a um 
processo de início rápido, de curta duração com sinais e 
sintomas intensos. 
Resolução completa​: cura sem sequelas, é o ideal… 
Cura com sequelas quando há alguma perda funcional 
e/ou estrutural, como ocorre na apendicite, 
cicatrização. 
O processo inflamatório pode ser cronificar, prolongar 
por meses, anos ou até mesmo para a vida inteira. É um 
processo inflamatório crônico. 
 
Complicações da IA são situações clínico-patológicas 
que pioram a situação do doente. Evolução 
desfavorável, onde existe uma piora do quadro 
clínico-patológico do paciente. 
Complicações da inflamação 
. acúmulo de exsudatos 
fibrinoso​ - estímulo para a fibrose com prejuízo funcional, estimula a produção de colágeno pelo fibroblasto. 
purulento 
→ abscessos - coleção localizada de pus dentro dos tecidos 
→ empiemas - pus nas cavidades serosas (pleuras, pericárdios e peritônio) 
. extensão/ agravação do processo: 
fistulização​ - propagação da inflamação aguda formando trajeto tecidual, sempre relacionado com necrose. Antecede a 
úlcera - exemplo; doença de Crohn do cólon pode fazer a fístula colovesical. 
ulceração​ - necrose escavando superfície de mucosa ou pele 
síndrome de resposta inflamatória sistêmica​ (SRIS) - quadro de comprometimento multissistêmico pela IA 
choque séptico​ - instabilidade hemodinâmica nas infecções sistêmicas graves → falência múltipla dos órgãos → óbito 
necroses extensas, gangrena​ - propagação de inflamação necrosante (gangrena de Fournier) 
morte​ - como consequência final 
 
OBS.: Transudato é um líquido de edema de baixa densidade, com moléculas de baixo peso molecular, e várias células é resultado 
das forças de starling, pressão hidrostática e pressão osmótica, sem alteração da permeabilidade. Já o exsudato depende da 
alteração da permeabilidade e está relacionado com a inflamação. 
 
Nomenclatura da inflamação 
. inflamação - flogose = processo inflamatório 
. inflamação aguda → início rápido, curta duração, sinais e sintomas intensos! 
. inflamação crônica → início lento, longa duração, sinais e sintomas menos intensos. 
. nomenclatura → nome do órgão + ​ITE​ + ​aguda ​ou ​crônica​ + subtipos: ​tipo de exsudato​, ​causa​, ​forma clínica​, ​complicações 
. exemplos: amigdalite aguda purulenta bacteriana 
. colecistite crônica calculosa com calcificação 
. dermatite crônica esfoliativa alérgica 
. broncopneumonia estafilocócica com empiema 
 
Aspectos clínicos da IA 
. efeitos locais 
cardinais​ (rubor, calor, tumor, dor) 
linfangite​: inflamação nos vasos linfáticos de drenagem 
linfadenite​: inflamação com aumento de volume dos linfonodos de drenagem local 
destruição tecidual​: gerando úlceras, abscessos, gangrena, perda de função, etc. 
. efeitos sistêmicos 
febre​: ação de mediadores químicos no hipotálamo 
leucocitose​: aumento de leucócitos na circulação → associada ao desvio à esquerda, aumento da quantidade de bastão 
para permitir a maior chegada de neutrófilos na inflamação 
síndrome de resposta inflamatória sistêmica​: conjunto de respostas orgânicas à agressão por diversos agentes, com 
manifestações clínicas inespecíficas, devido a liberação maciça de mediadores pró-inflamatórios na circulação (TNF, IL-1, 2, 6, PAF, 
outros). 
reação de fase aguda​: produção pelo fígado, glândulas e SNC de substâncias pró e anti-inflamatórias. 
 
AULA 5 - Prof. Nereu 
Seminário 
 
A palavra que melhor se relaciona com o conceito moderno e dinâmico de doença é: 
. dor tem a ver com a doença, mas se pode ter doença assintomática. Assim, doença não é sinais e sintomas 
. erro, é um termo muito matemático 
. desequilíbrio visão da doença como uma situação, onde está havendo algum tipo de descompasso. 
. anormal é um termo um pouco preconceituoso 
. sofrimento é um termo genérico não obrigatório 
visão holística do tratamento, uma visão total do tratamento. 
 
Qual assuntos a patologia estuda? 
. causas de doença → patologia: etiologia 
. sinais e sintomas → semiologia 
. prognóstico → clínica médica/cirúrgica 
. mecanismo de ação de agente → patologia: patogenia 
. alterações funcionais do organismo → patologia: fisiopatologia 
. tratamento medicamentoso → farmacologia 
. modificações morfológicas → patologia: anatomia patológica 
. terapia cirúrgica → clínica cirúrgica 
. doenças nas populações → epidemiologia médica 
. reabilitação de doentes → fisiatria 
 
relacione as colunas 
. biópsia → pequeno fragmento de tecido 
. necropsia → exame diagnóstico do cadáver 
. citopatologia → diagnóstico em células isoladas ou grupos celulares 
. peça cirúrgica→ órgão, segmento ou grupo de órgãos para exame 
. patologia cirúrgica → estudo diagnóstico de peças e biópsias 
. patologia molecular → estudo do DNA/RNA, epigenéticos, ETC. 
. exame de congelação → exame pré-operatório 
. imuno-histoquímica → marcação de elementos celulares com anticorpos 
. laudo patológico → resultado diagnóstico final 
 
reversibilidade; alteração da diferenciação/ proliferação; tem finalidade/objetivo; podem ser fisiológicas/ patológicas → ​adaptação 
→ atrofia; metaplasia (modificação do tipo de tecido); hipertrofia; hiperplasia (proliferação celular) 
 
reversibilidade; são rápidos; patológicas; prejuízo funcional → ​acúmulos celulares​ → degeneração hidrópica ou tumefação 
(acúmulo de água e sais); esteatose (ácidos graxo e triglicerídeos); lipidoses (triglicerídeos complexos); glicogenoses (glicogênio); 
proteínoses/degeneração hialina (proteínas anormais) 
 
morte celular; prejuízo funcional; fisiológica/patológica; são rápidas; tem finalidade/ objetivo quando for fisiológica → ​lesões 
irreversíveis​ → apoptose; câncer; necrose 
 
neoplasia maligna​ → lesão irreversível não letal do genoma 
 
identifique as adaptações 
. hipertrofia muscular → processo demorado 
 
 
 
hipertrofia e hiperplasia → ​útero 
puerpério 
hipertrofia → ​coração 
causa principal​: estenose 
aórtica/hipertensão arterial/ compensação 
→ desequilíbrio oferta demanda 
consequência​: insuficiência cardíaca 
. hiperplasia nodular e hipertrofia → 
prostática 
causa​: envelhecimento da próstata 
consequência​: desequilíbrio do hormônios 
masculinos (testosterona e derivados); 
compressão da uretra, sendo considerada 
um hiperplasia patológica. 
 
Na hiperplasia se faz a ressecção transuretral da próstata, raspagem da próstata. No câncer, tem que retirar toda a próstata. 
 
conceitos 
hiperplasia​ é um processo benigno (sempre!), reversível, adaptativo, reacional,mantém a função do tecido, podendo ser patológico 
ou não. 
a hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual a proliferação neoplásica ​pode ​surgir posteriormente. 
neoplasia​ é um processo patológico, irreversível, não adaptativa, não reacional, com perda de função e prejudicial, ​podendo ser 
classificada em benigna ou maligna​. 
neoplasia maligna​ é sinônimo de câncer. 
O câncer é mais periférico, enquanto a hiperplasia é mais central. 
tumor​ qualquer coisa que ocupe espaço, pode ser neoplasia, cistos, hérnias, hiperplasias 
 
 
 
hiperplasia​ de epiderme: proliferação excessiva e rápida da 
pele → psoríase 
atrofia​ → marasmo; desnutrição total 
 
atrofia​ cortical cerebral (sulcos alargados e giros adelgaçados) 
→ doença de Alzheimer, doenças genéticas 
atrofia​ das adrenais 
adrenais normais 
hiperplasia​ das adrenais 
Atrofia das adrenais está associada com o uso crônico de corticoesteróides; já a hiperplasia ocorre por excesso de ACTH secretado 
pela hipófise, gerando hiperplasia adrenal reacional. 
 
Biópsia gástrica 
 
As glândulas são normais? O que tem de errado? Como 
chamamos essa alteração? Cite uma causa. 
 
Não, no epitélio está presente células caliciformes, típicas do 
intestino. No epitélio do estômago normal não se encontra 
células caliciformes. Assim, nesse epitélio vê-se uma 
metaplasia intestinal no estômago. Essa alteração nessa biópsia 
pode-se causada por ​Helicobacter Pylori​ e, pode evoluir para 
neoplasia maligna (câncer). 
 
 
Biópsia de esôfago distal 
Que epitélio estamos vendo? epitélio colunar com células 
caliciformes (intestinal) 
 
O normal é… epitélio escamoso 
 
O que está errado? A presença de células caliciformes 
 
Com que órgão se parece? Intestino 
Como chamamos essa alteração? Esôfago de Barrett 
(metaplasia intestinal) 
Cite a causa principal → refluxo gastroesofágico (DRGE) 
 
 
 
 
 
 
metaplasia escamosa do colo uterino 
(colunar para escamoso); só se ver 
glândulas abaixo do epitélio colunar, 
a presença de glândulas embaixo do 
epitélio escamoso é anormal. 
 
 
 
 
tumefação​: hepatócitos balonizados, com vacúolos 
citoplasmáticos de água (citoplasma vacuolizado), núcleo 
centralizado 
causas​: hepatite, acúmulo de sódio intracelular, febre amarela, 
infecção, hipóxia, choque (hipotensão mantida leva a uma 
hipóxia generalizada e isso pode ser uma causa de tumefação), 
hipertensão da veia cava 
 
 
 
esteatose hepática​ → sudan IV (lipídio fica corado com 
vermelho), aspecto de adipócito 
causas​: alcoolismo crônico, síndrome metabólica, 
hiperlipidemia, esteatohepatite não alcoólica, desnutrição 
proteica, intoxicação medicamentosa, obesidade 
 
 
 
 
 
A lesão irreversível nem sempre cursa com morte celular. 
O câncer é uma doença de ação irreversível genômica. 
Morte celular programada é tanto fisiológica quanto patológica 
As necroses são mortes celulares onde ocorre a autólise e/ou a heterólise 
. autólise: célula morre e suas próprias enzimas a digerem 
. heterólise: célula morre e as enzimas de outras células digerem ela, exemplo os macrófagos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Necrose e apoptose 
 
 
 
Necrose isquêmica do tipo coagulativa esplênica 
Necrose por infarto, ausência do fluxo sanguíneo e morte 
celular. 
Necrose isquêmica do tipo coagulativa renal 
Infarto renal, observe que envolta do infarto tem-se uma zona 
de hiperemia inflamatória (processo inflamatório contra a 
necrose). 
 
 
 
Necrose coagulativa​, infarto de parede anterior e do septo interventricular: zona clara branco amarelada extensa na parede 
anterior do miocárdio. Esse coração também apresenta hipertrofia ventricular esquerda. 
No exame histopatológico vê-se células fantasmas, com núcleo ausente, e citoplasma eosinófilo (corado de rosa). 
O nome das alterações nucleares: picnose (condensação), cariorrexe (fragmentação), cariólise (dissolução). 
 
 
 
Necrose isquêmica coagulativa ​associada a hemorragia é conhecida 
também como infarto vermelho. Ocorre em órgãos com circulação 
colateral e anastomose, a isquemia mesentérica. infarto 
enteromesentérico. Extremamente grave. A evolução do quadro é 
muito rápida, geralmente o paciente vai à óbito. 
Volvo é quando tem uma torção no intestino, podendo também 
causar lesão desse tipo. 
Necrose liquefativa ​está ocorrendo o cérebro, com 
amolecimento cerebral e exsudato purulento. Infarto 
branco cerebral, lesão do tipo hipocaptante, o que leva à 
isquemia. AVC isquêmico. A necrose liquefativa ocorre 
basicamente no cérebro e quando você tem processo 
inflamatórios com a formação de pus (exsudato 
purulento). 
 
 
 
 
 
Necrose liquefativa no pulmão​. 
As bactérias nessa lâmina, coloração de HE, não é comum se 
ver, sendo necessário fazer coloração especial para visualizar 
bactéria 
Esteatonecrose ou necrose gordurosa​. 
causas​: pancreatite aguda (tumor de pâncreas, álcool, trauma), 
inflamação no peritônio (principalmente quando se tem 
traumatismo de tecido adiposo, liberação de enzimas 
intestinais por trauma pode causar isso), necrose gordurosa 
mamária. 
lâmina​: células vão ficando fantasmagórica, ocorre deposição 
de cálcio, aspecto espumoso esbranquiçado 
 
Gangrena é uma necrose de coagulação modificada, podendo ser: 
 
gangrena seca​: necrose de coagulação isquêmica com 
ressecamento do tecido 
gangrena úmida​: gangrena seca com infecção bacteriana 
associada e presença de pus; 
*gangrena gasosa: gangrena seca com infecção bacteriana 
(bactérias anaeróbicas) associada e presença de pus. 
 
 
Necrose caseosa​: necrose com aspecto de queijo. 
É mais prevalente na tuberculose. Mas, pode estar presente na leishmaniose, hanseníase, sífilis, tularemia. 
 
AULA 6 - Inflamação crônica - Prof. Nereu 
 
A inflamação aguda é um processo rápido de curta duração e intenso. Esse processo cursa com alterações vasculares 
(vasoconstrição rápida, vasodilatação e alteração da permeabilidade celular) e celulares (migração celular). 
Cronificação é exatamente quando o processo inflamatório se perpetua no tempo, durante meses,anos, até a vida inteira. 
 
Conceito de inflamação crônica 
É o processo de defesa inflamatório que se perpetua no tempo (meses, anos), devido a três fatores: resistência do agente 
infeccioso, ação perpetuada de agentes químicos ou físicos, ou autoperpetuação imunológica (hipersensibilidade tipo 4). Nele 
ocorrem, simultaneamente: inflamação ativa, necrose e ativação da restauração tecidual (regeneração ou cicatrização) 
Inflamação ativa: fenômenos vasculares, celulares, formação de exsudato e necrose. 
Inflamação crônica: inflamação ativa + regeneração ou cicatrização. 
 
Itens Agudo Crônico 
Início Súbito, rápido Insidioso, após fase aguda 
Duração Curta: dias, semanas Longa: meses e anos 
Sinais Mais intensos Menos intensos 
Fenômenos vasculares Mais intensos Menos intensos 
Exsudação Proeminente Pouca 
Células principais Neutrófilos 
Macrófagos 
Macrófagos 
Linfócitos, principalmente,T 
Fenômenos restauradores Terminam o processo Proeminentes, acompanham o processo 
Sequelas Eventuais Frequentes 
 
Virulência → capacidade de destrutividade 
Resistência → resistência (durabilidade) 
 
Principais exemplos de inflamação crônicas 
1. Infecções persistentes 
. bactérias: ​tuberculose, hanseníase, sífilis, H. pylori, etc. 
. vírus:​ hepatites B e C, SIDA, HPV, etc. 
. fungos: ​paracoccidioidomicose, dermatofitoses, etc. 
. protozoários:​ D. de chagas, leishmaniose, etc. 
. helmintos: ​ esquistossomose, verminoses entéricas, etc 
2. Ação continuada de agente químicos e físicos 
. aterosclerose​ (lipídios tóxicos do plasma nas artérias). 
. bronquite crônica do tabagista​ (ação do fumo) 
. pneumoconioses​ (doenças pulmonares causadas por poeira) 
. dermatoses actínicas​. 
. lesão por esforço repetitivo​, etc. 
3. autoperpetuação imunológica 
. doenças autoimunes​: artrite reumatoide, lúpus, hepatite autoimune, cirrose biliar primária, etc. 
. hipersensibilidades​: asma, alergias, etc. 
 
Morfologia da inflamação crônica 
Inflamação ativa 
. macrófagos, linfocitos, plasmócitos, eosinófilos, outras células 
. folículos linfóides (linfócitos b agrupados → é no folículo linfóide em que o linfócito B se diferencia em 
plasmócitos 
Destruição tecidual 
. necroses (de diferentes tipos) 
. exsudação prolongada pode ocorrer → osteomielite crônica, volta e meia volta a gerar exsudato purulento 
. calcificação distrófica comum → necroses que 
mais calcificam são a caseosa e gordurosa 
Restauração concomitante 
. regeneração (hiperplasias regenerativas) 
. cicatrização/fibrose (permanece como sequela) 
 
Macrófagos: principal célula da inflamação 
crônica 
Porque o macrófago é a principal célula da 
inflamação crônica?​ Porque ele começa a 
aumentar na inflamação aguda, e se perpetua 
na inflamação crônica. O macrófago é capaz de 
se dividir, e pode voltar ao tecido, segundo o 
prof. 
O neutrófilo é uma célula terminal, não pode se dividir depois que alcança a corrente sanguínea, tendo uma meia vida, 
relativamente, curta. 
 
 
 
 
 
 
 
Ativação e função dos macrófagos Interação macrófago-linfócito na inflamação crônica 
 
 
Inflamação crônica 
Padrões relacionais (organização do infiltrado inflamatório)​: 
. I.C. inespecífica - células inflamatórias distribuídas ao acaso, sem arranjo 
definido no tecido. A maioria das inflamações crônicas. É quando as células 
inflamatórias estão distribuídas aleatoriamente nos tecidos. 
. I.C. granulomatosa (ou “específica”) - há formação de granulomas: agregados 
circunscritos de macrófagos ativados e modificados. 
→ gastrite crônica causada por H. pylori. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inflamação crônica inespecífica causada pelo H. pylori, úlcera 
péptica gástrica. A úlcera acaba sendo cicatrizada com o 
tratamento. A cicatrização acontece a partir do tecido de 
granulação (preparo para a fibrose) 
 
Fenômenos de restauração: fibrose 
Processo de cicatrização​: formação de tecido conjuntivo 
fibroso, feito principalmente pelos fibroblastos. 
O tecido de granulação é a fase inicial da cicatrização. 
O ​tecido de granulação​ é o conjunto desses cinco elementos: 
células inflamatórias (macrófagos, linfócitos, plasmócitos); 
edema; proliferação de pequenos vasos (angiogênese); 
proliferação de fibroblastos; deposição de colágenos (fibrose). 
O tecido de cicatrização é a fase inicial da cicatrização. 
 
 
Não confundir tecido de granulação com granuloma! 
 
Inflamação crônica granulomatosa 
Reação inflamatória iniciada por uma variedade de agentes infecciosos ou não infecciosos que formam uma estrutura celular 
organizada, chamada granuloma 
Granuloma 
. agrupamento de macrófagos ativados -secretoras de enzimas, células epitelióides - e células gigantes -grande capacidade 
fagocítica-, em torno do agente agressor com o objetivo de encarcerá-lo e/ou destruí-los. 
O granuloma é formado quando tem a presença de irritantes pouco digeríveis e/ou imunidade 
mediada por células T ao irritante que desencadeiam formação do granuloma. 
Etiologia 
. bactérias - ​M tuberculosis​, ​M. leprae​, ​T. pallidum​, etc. 
. fungos - ​H. capsulatum​, ​P. brasiliensis​, ​C. neoformans​, etc. 
. helmintos - ​S. mansoni​, ​A. lumbricoides​, etc 
. agente inertes (corpos estranhos) - fio de sutura, sílica, vidro, silicone 
. mal conhecida - sarcoidose, doença de Crohn, etc. 
 
Há 2 tipos de granulomas 
a. granuloma epitelióide ou imune​: são 
imunológicos (imunidade mediada por células T) 
macrófagos ativados (células epitelióides e células 
gigantes multinucleadas), linfócitos T. 
Estão associadas a agentes imunogênicos, 
principalmente os infecciosos. 
Outros componentes do granuloma: fibroblastos, 
plasmócitos, eosinófilos, neutrófilos, necrose 
central (caseosa, liquefativa), outros. 
Esquema do granuloma tuberculóide 
. são as enzima líticas que formam a necrose 
. típica células gigantes de Langerhans → núcleos distribuídos na periferia, em formato de 
ferradura de cavalo. 
. núcleo centralizado → célula gigante tipo corpo estranho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Granuloma de corpo estranho 
. associados a agentes inertes, não imunogênicos 
. não imunológicos 
. macrófagos e poucas células epitelióides 
. células gigantes tipo corpo estranho numerosas 
. poucos linfócitos 
. fibrose no entorno

Outros materiais