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Lista de questões de Patologia Geral 1) Caracterize a anafilaxia alérgica e a não alérgica e indique os seus principais fatores desencadeantes. Indique a bibliografia consultada. A anafilaxia alérgica é uma reação muito grave que envolve a liberação de mediadores dos mastócitos, basófilos e recrutamento de células inflamatórias, e, que relacionada a ingestão de determinados alimentos, sendo os mais comuns o leite de vaca, ovo, frutos do mar, amendoim, entre outros, além de drogas e medicamentos, relaxantes musculares, látex, picadas de insetos, proteínas estranhas e alguns procedimentos médicos eletivos. É uma reação imunológica mediada por IgE, anticorpos produzidos pelo sistema imunológico, ou seja, o contato com esses fatores alérgicos causa uma reação de produção dessas imunoglobulinas. Já a anafilaxia sem causa imunológica definida inclui as alergias/urticárias físicas e as induzidas por exercício, hormonal e idiopática. Referências Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Anafilaxia. Disponível em: http://www.sbai.org.br/imageBank/loreni_anafilaxia_revisado.pdf GELLER, Mario. Anafilaxia e urticárias físicas. Rev. Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI, v. 1, n. 4, jul-ago. Disponível em: http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=642 NUNES, M et al. Alergia Alimentar. Portugal, 2012. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/65706/2/725.pdf 2) Explique com suas próprias palavras quais os mecanismos dos efeitos colaterais mais comuns do uso prolongado de corticosteroides. Indique a bibliografia consultada. O uso prolongado de corticosteróides pode causar reações gastrointestinais, dermatológicas, cardiológicas, oftalmológicas e hematológicas Os efeitos colaterais gastrointestinais são comuns até mesmo durante o uso de corticosteróides por um curto período de tempo, causando intolerância gástrica. Já em relação aos efeitos colaterais dermatológicos, estes são causados pois o corticosteróide em excesso pode inibir a ação dos fibroblastos, o que leva a perda de colágeno na pele, ocasionando o adelgaçamento da pele, atrofia, telangiectasias, ocasionando fácil formação de equimoses, estrias e má cicatrização das feridas. Além disso, esse uso excessivo ocasiona a hipersecreção de células andrógenas supra renais, podendo causar hirsutismo. Entre outros efeitos colaterais dermatológicos estão a púrpura, infecções cutâneas e acne. Em relação aos efeitos colaterais cardiológicos, sabe-se que o uso prolongado de corticosteróides pode causar hipertensão arterial não pela retenção de sal e água e sim pelo bloqueio da formação do óxido nítrico, a inibição do transporte da arginina transmembrana e a supressão do cofator BH4 NO sintetase. Além disso, os corticosteróides têm capacidade de aumentar os níveis séricos de colesterol total, LDL, VLDL e triglicerídeos, mas aumentando também o HDL. Além disso, o uso prolongado causa alterações na alteração na capacidade da fibrinólise, causando uma maior incidência de eventos tromboembólicos e efeitos danosos sobre o endotélio, aumentando os radicais reativos do oxigênio, como o superóxido. A administração do corticosteróide em forma de pulso pode também causar diversos transtornos cardiovasculares como arritmia atriais e ventriculares, isquemia miocárdica e parada cardíaca. Em relação aos efeitos colaterais oftalmológicos, o uso de corticosteróides está associado ao aparecimento de catarata subcapsular posterior, ao aparecimento de glaucoma e ao aumento da pressão intraocular ocorre por diminuição da drenagem do humor aquoso e acúmulo de glicosaminoglicanos na malha trabecular. Por fim, em relação aos efeitos colaterais hematológicos, o uso de corticosteróides aumenta o número de leucócitos polimorfonucleares intravasculares e reduz o número de linfócitos, monócitos e eosinófilos circulantes. Eles também diminuem a migração de células inflamatórias (PMN, monócitos e linfócitos) para os locais de lesão, tendo importante ação antiinflamatória e aumentando a susceptibilidade a infecções. Referências CARDOSO, A. L. P. et al. Uso sistêmico de corticosteróides: revisão da literatura. Med Cutan Iber Lat Am 2007;35(1):35-50. Disponível em: https://www.saudedireta.com.br/docsupload/134442634406-091.pdf 3) Explique, com as suas palavras, o que é a chamada “febre emocional” e porque ela ocorre. Indique a bibliografia consultada. A febre emocional é a reação do cérebro ao estresse e ansiedade, causando o aumento da temperatura corporal que pode variar entre 37 e 40 graus, causando também a compreensão dos vasos sanguíneos o que gera vermelhidão no rosto e aumento dos batimentos cardíacos. O aumento da temperatura corporal é também um mecanismo de defesa em resposta a situações estressantes, pois alguns tipos de neurônios, mais especificamente o do tipo Vglut2, responsáveis pela regulação da temperatura do corpo, são mais ativados durante eventos estressores. Referências BEZERRA, Clarisse. Febre emocional: o que é, sintomas, causas e tratamento. Tua Saúde, 2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/febre-emocional/#:~:text=A%20febre%20emocional%20acontece%20po rque,e%20aumento%20dos%20batimentos%20card%C3%ADacos. MOTTA, Thuany. Cientistas da UFMG descobrem mecanismo da 'febre emocional'. Jornal O Tempo, 2018. Disponível em: https://www.otempo.com.br/interessa/saude-e-ciencia/cientistas-da-ufmg-descobrem-mecanismo-da -febre-emocional-1.2035250 4) Descreva, com as suas palavras, os tratamentos mais comuns para os quelóides. Indique a bibliografia consultada. Entre os tratamentos mais comuns para os quelóides estão: a excisão, injeções intralesionais e revestimento com gel de silicone. A excisão consiste na retirada cirúrgica da quelóide e quando combinada com radioterapia em caso de quelóides graves, apresenta bons resultados. A injeção intralesional consiste na aplicação de corticóides. Os corticosteroides são muito utilizados, pois reduzem o queloide ao diminuir o colágeno, a síntese de glicosaminoglicanos e inibir proliferação de fibroblastos. O revestimento com gel de silione é bastante utilizado, entretanto o mecanismo relacioando a diminuição da queloide com o uso desse tratamento ainda não é claro, entretanto, pode estar relacionado à oclusão e hidratação do estrato córneo, geração de eletricidade estática ou redução dos mastócitos. Além disso, o silicone aparentemente atua no aumento da atividade da enzima colagenase e nos níveis do TGF beta-2, participando no controle de proliferação e diferenciação celular. Referências CORRÊA, P. M. et al. Tratamento para quelóides: revisão de literatura. Rev. Bras. Cir. Plást.2019;34(3):391-398. Disponível em: http://www.rbcp.org.br/details/2656/pt-BR/tratamento-para-queloides--revisao-de-literatura VIANA, Aleksana. 4 melhores tratamentos para cicatriz queloide. Tua Saúde, 2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/queloide/ 5) Explique, com as suas palavras, quais as aplicações da hormonioterapia para o tratamento do câncer de mama. Indique a bibliografia consultada. O uso da hormonioterapia é indicada principalmente quando exames mostram que o tumor receptor hormonal positivo, ou seja, quando este é sensível aos hormônios progesterona e estrogênio, pois a hormonioterapia impede que estes se unam aos tumores, impedindo o crescimento dele. Em alguns casos pode ser utilizada como tratamento preventivo em pessoas com alto risco de desenvolver a doença e é muito utilizada no tratamento pós-cirurgia para reduzir o risco de recidiva da doença. Referências BROMBERG, Silvio. O que é hormonioterapia e como ela é usada contra o câncer de mama?. 2021. Disponível em: https://silviobromberg.com.br/hormonioterapia/#:~:text=A%20hormonioterapia%20%C3%A9%20u ma%20das,risco%20de%20desenvolver%20a%20doen%C3%A7a. EQUIPE ONCOGUIA. Hormonioterapia para Câncer de Mama. Oncoguia, 2014. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/hormonioterapia-para-cancer-de-mama/1404/265/
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