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Esquistossomose: doença parasitária transmitida por água

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1 Zoonoses 
Esquistossomose 
Introdução 
 É uma doença parasitária, diretamente 
relacionada ao saneamento precário, 
causada pelo Schistosoma mansoni. 
 A pessoa adquire a infecção quando entra 
em contato com água doce onde existam 
caramujos infectados pelos vermes 
causadores da esquistossomose. 
 No Brasil, a esquistossomose é 
conhecida popularmente como 
“xistose”, “barriga d’água” ou “doença 
dos caramujos”. 
 O período de incubação, ou seja, tempo 
que os primeiros sintomas começam a 
aparecer a partir da infecção, é de duas a 
seis semanas. 
 A magnitude de sua prevalência, 
associada à severidade das formas clínicas 
e a sua evolução, conferem a 
esquistossomose uma grande relevância 
como problema de saúde pública. 
Transmissão 
 A transmissão da esquistossomose ocorre 
quando o indivíduo, hospedeiro 
definitivo, infectado elimina os ovos do 
verme por meio das fezes humanas. 
 Em contato com a água, os ovos eclodem 
e liberam larvas que infectam os 
caramujos, hospedeiros intermediários 
que vivem nas águas doces. 
 Após quatro semanas, as larvas 
abandonam o caramujo na forma de 
cercarias e ficam livres nas águas naturais. 
 O ser humano adquire a doença pelo 
contato com essas águas. 
 Destaca-se que a transmissão da 
esquistossomose não ocorre por meio do 
contato direto com o doente. 
 Também não ocorre “autoinfecção”. 
 
Sinais e sintomas 
 Fase crônica: 
 Nessa fase da doença, a diarreia se torna 
mais constante, alternando-se com prisão 
de ventre, e pode aparecer sangue nas 
fezes. 
 Além disso, o paciente pode apresentar 
outros sinais, como: 
 Tonturas; 
 Sensação de plenitude gástrica; 
 Prurido (coceira) anal; 
 Palpitações; 
 Impotência; 
 Emagrecimento; 
 Endurecimento e aumento do fígado. 
 Fase aguda: 
 A maioria dos portadores são 
assintomáticos. 
 No entanto, nessa fase, o paciente 
infectado por esquistossomose pode 
apresentar diversos sintomas, como: 
 Febre; 
 Dor de cabeça; 
 Calafrios; 
 Suores; 
 
 
2 Zoonoses 
 Fraqueza; 
 Falta de apetite; 
 Dor muscular; 
 Tosse; 
 Diarreia. 
 Casos graves: 
 Nesse estágio, o estado geral do paciente 
piora bastante, com emagrecimento, 
fraqueza acentuada e aumento do volume 
do abdômen, conhecido popularmente 
como barriga d’água. 
 Se não tratada adequadamente, a 
esquistossomose pode evoluir e provocar 
algumas complicações, como, por 
exemplo: 
 Aumento do fígado; 
 Aumento do baço; 
 Hemorragia digestiva; 
 Hipertensão pulmonar e portal e morte. 
Diagnóstico 
 O diagnóstico da esquistossomose é feito 
por meio de exames laboratoriais de 
fezes. 
 É possível detectar, por meio desses 
exames, os ovos do parasita causador da 
doença. 
 O médico também pode solicitar teste de 
anticorpos para verificar sinais de 
infecção e para formas graves 
ultrassonografia. 
Tratamento 
 O tratamento da esquistossomose, para 
os casos simples, é em dose única e 
supervisionado feito por meio do 
medicamento Praziquantel, receitado 
pelo médico e distribuído gratuitamente 
pelo Ministério da Saúde. 
 Os casos graves geralmente requerem 
internação hospitalar e até mesmo 
tratamento cirúrgico, conforme cada 
situação. 
 
Prevenção 
 A prevenção da esquistossomose consiste 
em evitar o contato com águas onde 
existam os caramujos hospedeiros 
intermediários infectados, 
implementação de medidas de 
saneamento básico, educação em saúde. 
Situação epidemiológica 
 No mundo: 
 A esquistossomose mansoni é uma 
doença de ocorrência tropical, registrada 
em 54 países, principalmente na África e 
Leste do Mediterrâneo, atinge as regiões 
do Delta do Nilo e países como Egito e 
Sudão. 
 Nas Américas: 
 Atinge a América do Sul, destacando-se a 
região do Caribe, Venezuela e Brasil. 
 No Brasil: 
 Estima-se que cerca de 1,5 milhões de 
pessoas vivem em áreas sob o risco de 
contrair a doença. 
 Os estados das regiões Nordeste e Sudeste 
são os mais afetados sendo que a 
ocorrência está diretamente ligada à 
presença dos moluscos transmissores.

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