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D.A.D.C.C. FCM-UNICAMP Larissa Somera Alves, Elenice Valentim Carmona, Gisela Mayumi Takeiti, Ianê Nogueira do Vale Faculdade de Enfermagem - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - Campinas, SP, Brasil PREVALÊNCIA DE PERDA DE PESO EXCESSIVA EM RN EM ALOJAMENTO CONJUNTO E A ASSOCIAÇÃO COM FATORES NEONATAIS PREVALÊNCIA DE PERDA DE PESO EXCESSIVA EM RN EM ALOJAMENTO CONJUNTO E A ASSOCIAÇÃO COM FATORES NEONATAIS Palavras-chave: Perda de peso - Amamentação - Recém-nascido saudável INTRODUÇÃO OBJETIVOS MÉTODOS A amamentação: ·Forma mais completa e perfeita de nutrição e alimentação para bebês . ·Quando bem estabelecida, os recém-nascidos (RN) ganham peso rápido durante os primeiros meses1, 2. ·A perda de peso do recém-nascido é algo que preocupa mães e profissionais de saúde. ·Bebês que nascem em condições normais, que ficam no AC e se alimentam exclusivamente do leite materno, perdem peso nos primeiros dias após o nascimento. ·Essa perda de peso é considerada normal e acontece nas primeiras 24, 48 e/ou 72 horas após o nascimento (média em torno de 5,7% nos primeiros três dias após o nascimento3,4) ·RN que não ingere quantidade suficiente de colostro e perde peso acima do esperado nos primeiros dias (7 a 10% do peso de nascimento), pode ter várias consequências para a sua saúde5 . ·Essa condição requer atenção diferenciada, podendo adiar a alta hospitalar até que haja segurança quanto a sua saúde6. ·A perda excessiva de peso pode estar associada a fatores do próprio RN. Portanto, emerge o questionamento sobre quais fatores neonatais podem influenciar nessa perda. ·Verificar a prevalência da perda de peso acima de 8% e 10% do peso de nascimento de RN internados no Alojamento Conjunto (AC) de um Hospital e Maternidade escola do interior de São Paulo, bem como identificar possíveis associações com fatores neonatais. ·Estudo coorte, com 455 mães e RN internados somente no AC de um hospital e maternidade escola. ·Tamanho amostral capaz de detectar a prevalência esperada de perdas excessivas de peso entre os recém-nascidos igual a 25%, com erro amostral de 4% e nível de confiança de 95%7. ·Coleta de dados através de um instrumento pré-testado com variáveis sócio-demográficas e obstétricas maternas e características e comportamentos dos recém-nascidos. ·Questionários revisados e codificados, lançados em banco de dados (Microsoft Excel). ·Processamento dos dados utilizando o programa SPSS versão 17 (Statistical Package for Social Sciences). ·Análise descritiva (frequências e porporções) e univariada para verificar associação ou comparar proporções (testes Qui-quadrado e Exato de Fisher) e o nível de significância de p< 0,05. ·Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP. RESULTADOS E DISCUSSÃO Características % Idade < 19 anos > 19 anos 78 377 17,1 82,9 Situação conjugal Sem parceiro Com parceiro 72 383 15,8 84,2 Escolaridade < 9 anos > 9 anos 267 188 58,7 41,3 Ocupação remunerada Não Sim 252 203 55,3 44,7 Gestação Multigesta Primigesta 266 189 58,5 41,5 Número de consultas em PN > 6 < 6 402 53 88,3 11,7 Paridade Multípara Primípara 307 148 67,5 32,5 Tipo de parto Cesárea Vaginal 199 256 43,7 56,3 Tabela 1. Características socio-demográficas e obstétricas das puérperas. Campinas, 2011 n = 455 Características n % Peso de nascimento >= 2500g < 2500g 438 17 96,2 3,8 Idade gestacional > 37 semanas < 37 semanas 433 22 95,2 4,8 Adequação PIG AIG GIG 49 374 32 10,8 82,1 7,1 Retrognatia Não Sim 445 10 97,8 2,2 Dificuldade de sucção Não Sim 385 70 84,6 15,4 Eliminação de mecônio nas 1as. 24h Não Sim 23 432 5,1 94,9 Hipertermia Sim Não 77 378 16,9 83,1 Hiperbilirrubinemia Não Sim 353 102 77,6 22,4 Irritabilidade Não Sim 379 76 83,3 16,7 Tocotraumatismo Não Sim 285 170 62,6 37,4 Urina 24 horas < 3 Não Sim 269 186 59,1 40,9 Urina entre 24 e 48 horas < 3 Não Sim 394 61 86,6 13,4 Tabela 2. Caracterização dos recém-nascidos. Campinas, 2011 PIBIC - SAE/UNICAMP Endereços eletrônicos: larialves1919@gmail.com, ianenvale@gmail.com, elenicevalentim@uol.com.br e gitakeiti@yahoo.com.br MULHERES: · Observa-se que existe uma proporção maior de primigestas (41,5%) do que primíparas (32,5%); · Índice de cesárea maior que o recomendado (43,7%). RECÉM-NASCIDOS: ·Os recém-nascidos tem o perfil correspondente de Alojamento Conjunto. ·Maioria AIG (82,1%), com peso de nascimento ≥2500g (96,2%) e com idade gestacional ≥ 37 semanas (95,2%). ·Alto número de tocotraumatismo (37,4%).Sim 26% Nao 74% Perda de peso > 8% Peso de nascimento Mínimo 2151g Média 3219,63g Máximo 4520g REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Macdonald PD, Ross SRM, Grant L, Young D. Neonatal weight loss in breast and formula fed. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2003; 88: F472–F476. Moritz ML, Manole MD, Bogen DL, Ayus JC. Breastfeeding-Associated Hypernatremia: Are We Missing the Diagnosis?. Pediatrics. 2005;116: e343-e347. Macdonald PD, Ross SRM, Grant L, Young D. Neonatal weight loss in breast and formula fed. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2003; 88: F472–F476. Roggero P, Giannì ML, Piemontese AOP, Amato O, Moioli C, Mosca F. Neonatal Period: Body Composition Changes in Breast-Fed Full-Term Newborns. Neonatology. 2010; 97:139–143. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasil – Brasília; Editora do Ministério da Saúde; 2009. Organização Mundial da Saúde. Educação para uma maternidade segura: módulos de educação. – 2ª ed. Atenção recém-nascidos guia profissionais saúde Volume 1 2005 Machin D, Campbell MJ. The Design of Studies for Medical Research. Whiley, Chichester, 2005. Associações significativas entre a perda de peso acima de 10% do nascimento no Alojamento Conjunto e as variáveis sócio- demográficas maternas e dos recém- nascidos. ·Multíparas (p< 0,003) ·Parto cesárea (p= 0,000) ·Tocotraumatismo (p= 0,015) ·Hipertermia (p= 0,044) · Irritabilidade (p= 0,012) CONCLUSÃO ·Alta incidência de recém-nascidos com hiperbilirrubinemia (22,4%). ·Porcentagem de RN com hipertermia e irritabilidade em proporções semelhantes. ·Alta taxa de tocotraumatismo (37,4%). ·Dentre todos os recém-nascidos, aqueles que tiveram tocotraumatismo, hipertermia e irritabilidade na análise univariada mostraram-se significativamente associados a maior perda de peso. ·Necessidade de outros testes estatísticos para analisar as variáveis em seu conjunto (regressão logística). Page 1
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