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Aula 7 - Avaliação Nutricional em crianças

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Avaliação Nutricional
Aula 7: Avaliação nutricional em crianças
Apresentação
A infância abrange o período do nascimento até os 9 anos e 11 meses de idade. Para avaliar o estado de saúde e nutrição
de crianças, é extremamente importante acompanhar o crescimento e o desenvolvimento delas, pois doenças ou
condições socioeconômicas re�etem tais processos. Por isso, demonstraremos nesta aula como a avaliação nutricional
permite detectar precocemente necessidades e problemas nutricionais, estabelecendo uma intervenção preventiva, além
de contribuir para a manutenção de um bom estado de saúde.
Objetivos
Apontar a importância da avaliação nutricional no processo de crescimento e desenvolvimento da criança;
Arrolar os indicadores utilizados nesta avaliação;
Aplicar os índices antropométricos usados nesta avaliação.
Primeiras palavras
 Fonte: Freepik
O crescimento é um processo global, dinâmico e contínuo que ocorre ao longo da vida, expressado pelo aumento de massa
corporal.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2009), a presença
da monitorização contínua dele torna a avaliação nutricional um
instrumento essencial para investigar as condições de saúde e
nutrição das crianças.
Importância da Avaliação Nutricional
javascript:void(0);
 Fonte: Freepik
Classi�ca o estado
nutricional:
Crescimento ideal;
Desenvolvimento
ideal.
 
 Fonte: Freepik
Identi�ca o
desnutrido, com
sobrepeso,
obesidade ou em
risco nutricional.
 
 Fonte: Freepik
Identi�ca carências
nutricionais.
 Fonte: Freepik
Permite
planejamento
adequado
nutricional.
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javascript:void(0);
javascript:void(0);
Na maternidade, são registradas algumas informações relacionadas ao nascimento da criança, como peso e altura ao nascer. A
caderneta apresenta aspectos importantes para que os pro�ssionais de saúde possam acompanhar o crescimento e o
desenvolvimento dela. Ela ainda contém orientações sobre a saúde destinadas a seus responsáveis.
Para o acompanhamento da saúde infantil, o Ministério da Saúde recomenda um calendário mínimo de consultas de
assistência à saúde nos primeiros anos de vida da criança. No primeiro ano, a recomendação é que ela passe, no mínimo, por:
Sete consultas nos seguintes
períodos: Na 1ª semana e no
1º, 2º, 4º, 6º, 9º e 12º mês;
Duas no segundo ano;
Consultas anuais a partir de
dois anos de idade
Nas consultas, os responsáveis devem ser estimulados a levarem a caderneta de
saúde da criança. Desenvolvida pelo Ministério da Saúde, ela normalmente é
entregue a eles ainda na maternidade, precisando ser utilizada no seguimento de
cuidado da saúde dela.
Exemplo
Importância dos cuidados com o bebê, amamentação, alimentação, saúde oral, vacinas e o que deve ser feito em caso de
acidentes.
O acompanhamento do crescimento e do ganho de peso entre as crianças permite a identi�cação daquelas com um maior
risco de morbimortalidade, pois alterações antropométricas podem re�etir condições �siológicas, emocionais e sociais
desfavoráveis. Por isso, esta avaliação é amplamente utilizada na avaliação da saúde delas.
No entanto, as medidas antropométricas isoladamente não são capazes de fornecer informações sobre o estado nutricional,
sendo necessário associá-las a outras variáveis, como idade e sexo, criando, assim, índices antropométricos. Além disso, para
realizar o diagnóstico nutricional, é necessário comparar os resultados obtidos por intermédio desses índices com valores de
normalidade chamados de padrão de referência e utilizar pontos de corte, que são os limites de referência.
Classi�ca o estado nutricional:
Crescimento ideal;
Desenvolvimento ideal.
Identi�ca o desnutrido, com sobrepeso,
obesidade ou em risco nutricional.
As medidas antropométricas mais utilizadas são:
Vamos agora aos detalhamentos de cada um desses processos:
 Pontos essenciais sobre medidas antropométricas
 Clique no botão acima.
1. Peso
A aferição de peso é indicada para todas as faixas etárias, sendo o parâmetro mais sensível aos agraves nutricionais
por ser o primeiro a apresentar modi�cações, apresentando, dessa forma, uma maior velocidade de mudança.
a) Crianças de 0 a 23 meses
Deve ser aferido com balança do tipo pesa-bebê (balança pediátrica) mecânica ou eletrônica, que possui grande
precisão, com divisões de 10 gramas e capacidade de até 16 quilos. Para a aferição dessa medida, a criança deve
estar despida e descalça. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009)
Con�ra como se pesa um bebê.
b) Crianças com idade superior a 24 meses
São utilizadas balanças do tipo plataforma para adultos (balança antropométrica), com divisões de, no mínimo, 100
gramas. Descalça, a criança, trajando o mínimo possível de roupas, deve ser posicionada, de costas para o medidor, no
centro do equipamento. Ela precisa permanecer ereta, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo,
devendo ser mantida nessa posição até o �m da aferição. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009)
 Balança mecânica | Fonte: https://www.medjet.com.br/balanca-mecanica-para-
bebe-109c-balmak-1138/p
 Balança digital | Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Baby_being_weighed.jpg
 Balança mecânica | Fonte: https://www.fisiofernandes.com.br/balanca-mecanica-
300kg-welmy/p
 Balança digital | Fonte: https://www.grupobond.com/balancas/178-balanca-digital-
adulto-300-kg-plataforma-60-x-60-cm-welmy.html
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2. Comprimento e estatura
a) Crianças de 0 a 23 meses
Afere-se o comprimento. Para efetuar a leitura da medida, a criança deve estar completamente despida e descalça. O
procedimento precisa contar com a participação de dois examinadores (mãe e pro�ssional). Pode-se utilizar o
antropômetro ou o infantômetro, procedendo da seguinte forma:
Deite a criança no centro do antropômetro. Posicione sua cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do
equipamento, com o pescoço reto, o queixo afastado do peito, os ombros totalmente em contato com a
superfície de apoio do antropômetro e os braços estendidos ao longo do corpo;
Pressione os joelhos da criança para baixo com uma das mãos de modo que eles fiquem estendidos. Junte os
pés dela, fazendo um ângulo reto com as pernas. Em seguida, leve a parte móvel do equipamento até a planta
dos pés, cuidando para que eles não se mexam;
Faça a leitura do comprimento desde que a criança não tenha saído da posição indicada.
Fonte: (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009)
b) Crianças com mais de 24 meses
Afere-se a altura. A criança deve ser mantida em pé, sendo feita a aferição preferencialmente com um estadiômetro
de parede. É importante que o antropômetro vertical esteja fixado numa parede lisa e sem rodapé, além de estar
posicionado a uma distância correta do chão para garantir a leitura fidedigna da estatura.
Ela deve estar descalça e ser colocada no centro do equipamento com a cabeça livre de adereços, permanecendo de
pé e ereta. Seus braços �cam estendidos ao longo do corpo, enquanto a cabeça tem de estar erguida, olhando para
um ponto fixo na altura dos olhos. Os calcanhares, os ombros e as nádegas precisam estar em contato com o
antropômetro, enquanto as porções internas dos ossos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna
dos joelhos. Os pés unidos têm de formar um ângulo reto com as pernas. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA,
2009)
 Fonte: (BRASIL, 2011) https://www.roteirosdepediatria.com/blank-9
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O primeiro ano de vida da criança é caracterizado por uma maior velocidade de crescimento, cerca de 25cm por ano,
sobretudo nos primeiros seis meses de vida; a partir do segundo ano, este índice é reduzido para 15cm a cada ano.
Nessa fase, os principais fatores implicados no crescimento da criança são os fatores nutricionais e ambientais.
No entanto, os fatores genéticos e o hormônio de crescimento têm uma menor atuação no período. Portanto, na fase
do lactente, o padrão familiar de estatura tempouca importância no crescimento da criança. (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE PEDIATRIA, 2009)
3. Perímetro cefálico
O perímetro cefálico (PC) é medido ao redor do crânio, posicionando a �ta acima da sobrancelha; posteriormente, ele
será feito na região occipital, em seu maior diâmetro, deixando as orelhas livres. A medida pode ser realizada com ela
sentada ou deitada, estando a sua cabeça livre de adornos.
Esta medida é usada no acompanhamento de crianças menores de dois anos, servindo de indicador para o
diagnóstico de microcefalia, macrocefalia e hidrocefalia. Ela também é usada em avaliação nutricional: a medida do
PC em relação à idade da criança pode servir de diagnóstico de desnutrição crônica, já que ela pode gerar:
Retardo no crescimento;
Redução das células cerebrais;
Diminuição da circunferência cefálica.
O valor do PC no nascimento varia de 34 a 35 centímetros. Seu crescimento é mais rápido nos primeiros seis meses
de vida, alcançando a seguinte evolução:
1º trimestre: 2cm por mês;
2º trimestre: 1cm/mês;
3º trimestre: 0,5cm/mês.
4. Perímetro braquial
Apesar de ser uma medida complementar, pode ser usada isoladamente como instrumento de triagem ou para
diagnosticar o estado nutricional da criança caso outro método não possa ser utilizado.
(CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ, p. 7)
Esta medida avalia a massa muscular (reserva proteica) e permite quanti�car diferenças intraindividuais durante o
acompanhamento nutricional. Ela representa o perímetro ocupado pelos tecidos ósseo, muscular e adiposo.
O perímetro braquial é tomado preferencialmente no braço direito, que deve estar relaxado e �exionado em direção ao
tórax, formando um ângulo de 90º. Marca-se o ponto médio entre o acrômio e o olecrano; depois, o paciente estende o
braço ao longo do corpo, com a palma da mão voltada para a coxa. Com o auxílio de uma �ta métrica inelástica
milimetrada, contorna-se o membro no ponto marcado de forma ajustada, evitando a compressão da pele ou folga.
A medida é tomada preferencialmente no braço direito, que deve estar relaxado e �exionado em direção ao tórax,
formando um ângulo de 90º. Marca-se o ponto médio entre o acrômio e o olecrano. Depois, o paciente estende o braço
ao longo do corpo, com a palma da mão voltada para a coxa. Com auxílio de uma �ta métrica inelástica milimétrica,
contorna-se o braço no ponto marcado, de forma ajustada, evitando compressão da pele ou folga. (CENTRO
UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ, p. 7-8)
Na avaliação da circunferência braquial, o limite mínimo aceitável é de:
12,5cm (para crianças de 6 a 30 meses);
 Fonte: Wikipedia
Exemplo
Impossibilidade de pesar o paciente por ele estar acamado ou caso o peso dele esteja superestimado por conta de tumor,
visceromegalia ou edema localizado em face ou abdome.
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13,5cm (entre 31 e 60 meses).
5. Perímetro abdominal (circunferência de cintura)
A circunferência da cintura começa a despontar como um consistente preditor de risco em crianças e adolescentes.
Vários estudos mostram que o excesso de gordura central tem relação com a concentração adversa de lipídeos e
insulina, independentemente do peso e idade.
Estudos consideram as crianças com um percentual de gordura acima de 33% e uma circunferência abdominal de
71cm são mais predispostas a um risco cardiovascular. Índices inferiores aos 20% de gordura e aos 61cm de
circunferência indicam que esse risco é pequeno.
O quadro a seguir pode ajudar na identi�cação de crianças com mais chances de desenvolver fatores de risco
relacionados com complicações metabólicas, como dislipidemia e hiperinsulinemia:
Quadro: Pontos de corte sugeridos para identi�car a medida elevada de circunferência da cintura em crianças.
Circunferência da cintura (em cm)
Idade Meninas Meninos
3 50,3 53,1
4 53,3 55,6
5 56,3 58,0
6 59,2 60,4
7 62,0 62,9
8 64,7 65,3
9 67,6 67,7
10 69,6 70,1
Avaliação de recém-nascido
Sua avaliação nutricional se inicia no momento do nascimento.
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3
Peso Todas as faixas de idade Parâmetro mais sensível após agravos por
ser o primeiro a modificar-se, apresentando
maior velocidade de mudança.
Comprimento De zero a dois anos Reflete processo de desnutrição
prolongada (crônica).
Estatura Maiores de dois anos Reflete processo de desnutrição
prolongada (crônica).
Perímetro cefálico Até dois anos Reflete o crescimento cerebral.
Perimetro abdominal ________ Devido ao aumento da obesidade infanto-
juvenil, essa medida é recomendada aos
protocolos de avaliação de crianças com
sobrepeso.
 Fonte: Freepik
O peso ao nascer é um importante indicador de saúde do recém-nascido, pois retrata as condições do desenvolvimento fetal
intrauterino, re�etindo, dessa forma, a situação nutricional e metabólica materna.
Peso ao nascer Classificação
< 1000g Muitíssimo baixo peso
1000 a 2499g Muito baixo peso
<2500g Baixo peso
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Figura: Classificação do peso ao nascer segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
2500 a 2999g Peso Insuficiente
3000 a 3999g Peso adequado
>4000g Peso excessivo/macrossomia
O baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g) associa-se à maior mortalidade e à morbidade neonatal e infantil, sendo considerado
um fator in�uente na sobrevivência da criança em seus primeiros anos de vida. Além disso, há fatores maternos relacionados
ao baixo peso de um recém-nascido.
Exemplo
Tabagismo, uso de drogas lícitas ou ilícitas, hipertensão arterial, doenças infecciosas crônicas, intervalo interpartal menor que
24 meses, gestação múltipla, partos cesáreos indicados precocemente, desnutrição materna ou ganho de peso inadequado.
Por outro lado, a macrossomia fetal (peso superior a 4.000g) associa-se a:
As�xia neonatal;
Maior risco de hipoglicemia fetal;
Rotura prematura de membranas;
Trabalho de parto prematuro;
Desproporção cefalopélvica;
Traumas esqueléticos;
Distúrbios hidroeletrolíticos;
Aspiração de mecônio.
Dica
Em longo prazo, o crescimento fetal inadequado favorece o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida
adulta.
Para avaliar o peso ao nascer, é importante conhecer a idade gestacional, ou seja, o período entre a concepção e o nascimento.
Classificação Idade Gestacional
Pré-termo (prematuro) Quando o nascimento ocorre antes de 37 semanas gestacionais.
À termo Quando o nascimento ocorre entre 37 e 42 semanas gestacionais.
Pós-termo Quando o nascimento ocorre após 42 semanas gestacionais.
As medidas de PC e perímetro torácico (PT) são indicadas
até os cinco anos de idade. No nascimento, o PT é
aproximadamente 2cm menor que o PC, igualando-se a ele
em torno dos 6 meses de vida e assumindo maiores
proporções a partir do primeiro ano do bebê.
Dessa forma, a relação entre os dois perímetros é de aproximadamente um no primeiro semestre de vida, já que seus valores
são praticamente iguais. Já dos seis meses aos cinco anos de idade, uma relação normal entre PT e PC é maior que um. Caso
essa relação seja menor, isso indica um caso de desnutrição, já que o PT não se desenvolve devido à atro�a muscular torácica
e à redução da adiposidade.
Para avaliação do PT, a criança deve estar sentada e despida. A �ta precisa ser posicionada horizontalmente no maior diâmetro
do tórax (altura dos mamilos).
Avaliação de crianças de 0 a 10 anos
 Fonte: Freepik
Os índices antropométricos mais utilizados e recomendados pela OMS e adotados pelo Ministério da saúde são:
Faixa etária Crianças de 0 a 5 anosincompletos
Crianças de 5 a 10 anos
incompletos
Índice antropométrico Peso para idade Peso para idade
Peso para estatura -
IMC para idade IMC para idade
Comprimento/estatura para idade Estatura para idade
Fonte: (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009
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 Sobre os Índices antropométricos mais utilizados adotados pelo Ministério da saúde
 Clique no botão acima.
Veja Sobre os Índices antropométricos mais utilizados adotados pelo Ministério
da saúde
1. Peso e idade
Este índice relaciona a massa corporal com a idade da criança. Ele está presentena caderneta de saúde dela. No
entanto, vale destacar que tal índice não identi�ca se seu comprometimento nutricional é atual ou vem de longa data.
2. Comprimento ou estatura e idade
Avalia o crescimento linear da criança. O dé�cit estatural pode estar associado à desnutrição crônica ainda vigente ou
pregressa e superada, mas sem a devida normalização e/ou recuperação do canal do crescimento.
3. Peso e estatura
Determina a proporcionalidade entre a massa corporal e a estatura. Este índice deve ser utilizado de forma
complementar ao diagnóstico nutricional ou quando se desconhece a idade da criança.
4. Índice de massa corporal (IMC) e idade
Avalia a relação entre o peso e a estatura ao quadrado. Com o aumento do sobrepeso e da obesidade entre as
crianças, o seu uso tem aumentado na avaliação delas, estando presente, inclusive, na caderneta de saúde da criança.
Este índice possui a seguinte vantagem: ele pode ser utilizado em todas as fases da vida.
Quadro: Classi�cação do estado nutricional de crianças menores de cinco anos para cada índice antropométrico
segundo recomendação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN).
Fonte: (BRASIL, 2011)
Saiba mais
Observe as curvas de crescimento de crianças.
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Quadro: Classi�cação do estado nutricional de crianças de 5 a 10 anos para cada índice antropométrico segundo
recomendação do SISVAN.
Fonte: (BRASIL, 2011)
5. Exames físicos
A desnutrição é considerada um problema sério em crianças; se não for tratada adequadamente, ela pode se tornar
crônica e levá-las à morte. Assim, quando uma criança é atendida pela primeira vez, já deve ser imediatamente
avaliado se ela apresenta desnutrição. Crianças com desnutrição grave necessitam de internação hospitalar até que o
risco de morte diminua e ela possa ser acompanhada pela atenção básica à saúde.
Devem ser pesquisados sinais clínicos e de edema. Se houver sinais gerais de perigo (hipoglicemia, desidratação,
hipotermia, anemia grave, sinais de infecção etc.), o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para reduzir o
risco de morte.
A desnutrição tem base na pobreza. Podendo começar ainda na vida intrauterina, ela pode ser a responsável pelo baixo
peso de um recém-nascido. No período entre o nascimento e os dois anos de idade, ela geralmente decorre da
interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e da alimentação complementar inadequada. Além disso, está
associada à falta de saneamento básico, higiene e de cuidados com a saúde e à baixa escolaridade materna.
Nos exames físicos, devem ser considerados os seguintes dados:
Peso e comprimento ou altura;
Nível de atividade física;
Reação ao exame físico;
Distensão abdominal, movimentos peristálticos intestinais e sinal do piparote;
Panículo adiposo e massa muscular (observar se existe redução, principalmente na região das nádegas e face
interna das coxas);
Edema;
Palidez grave;
Aumento ou dor hepática ao toque, icterícia;
Presença de vínculo entre mãe e criança (olhar, toque, sorriso e fala);
Sinais de colapso circulatório (mãos e pés frios, pulso radial fraco e consciência diminuída);
Temperatura (hipotermia ou febre);
Sede;
Olhos encovados recentemente (examine e pergunte à mãe);
Olhos (lesões corneais indicativas de de�ciência de vitamina A);
Ouvidos, boca e garganta (evidência de infecção);
Pele (evidência de infecção ou de petéquias e equimoses);
Aparência das fezes.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2009), a tabela a seguir relaciona os sinais clínicos que podem ser
observados em crianças e seus possíveis diagnósticos clínicos:
Atividades
1. Maria Júlia levou seus �lhos João, de 3 anos e 2 meses, e José, de 2 anos e 6 meses, ao ambulatório de nutrição para um
acompanhamento nutricional. O peso aferido de João é de 25Kg; o de José, 20Kg.
Classi�que o estado nutricional das crianças no momento da consulta.
a) João e José estão com peso elevado para a idade.
b) João e José estão com peso adequado para a idade.
c) João está com peso adequado; José, com baixo peso para a idade.
d) João está com baixo peso; José, com peso adequado para a idade.
e) João está com peso elevado; José, com baixo peso para a idade.
2. O primeiro momento de avaliação do estado nutricional infantil é no nascimento da criança. Trata-se de um importante
indicador de saúde do recém-nascido, pois retrata as condições do desenvolvimento fetal intrauterino, re�etindo a situação
nutricional e metabólica materna.
F.G.M, sexo feminino, nasceu com 38 semanas gestacionais e 2.600 gramas. De acordo com a classi�cação da OMS, podemos
apontá-la como:
a) Pré-maturo e com baixo peso ao nascer.
b) Pré-maturo e com peso adequado ao nascer.
c) A termo e com baixo peso ao nascer.
d) A termo e com peso insuficiente ao nascer.
e) Pós-termo e com baixo peso ao nascer.
3. Paciente do sexo feminino, com 6 anos e 6 meses, apresenta sintomas como diarreia, vômitos e náuseas. Sua mãe procurou
o serviço de nutrição para obter uma orientação quanto à alimentação de sua �lha para reverter tais sintomas. No exame
antropométrico, foram constatados peso de 37kg e altura de 1,25m.
Classi�que o estado nutricional da criança.
a) Magreza acentuada
b) Magreza
c) Eutrofia
d) Sobrepeso
e) Obesidade
Notas
Referências
BRASIL. Caderneta de saúde da criança: menina. 12 ed. Brasília - DF. 2018. Disponível em:
http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/ms/caderneta_saude_crianca_menina_2018.pdf. Acesso em: 18 set. 2019.
BRASIL. Caderneta de saúde da criança: menino. 12 ed. Brasília - DF. 2018. Disponível em:
http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/ms/caderneta_saude_crianca_menino_2018.pdf. Acesso em: 18 set. 2019.
BRASIL. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília. 2011. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acesso em:
18 set. 2019.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ. Avaliação nutricional: manual de avaliação nutricional em crianças e
adolescentes. Curso de Nutrição. Fortaleza: Estácio FIC, 2019.
DOMINGUES, G.; MAGRO, S.C.M. Avaliação nutricional de crianças de três a nove anos de idade de instituições �lantrópicas
de Campo Grande/Mato Grosso do Sul. Campo Grande/MS. 2014.
GUEDES, D. P. et al. Baixo peso corporal/magreza, sobrepeso e obesidade de crianças e adolescentes de uma região
brasileira de baixo desenvolvimento econômico In: Revista paulista de Pediatria v 31 n 4 2013 p 437-443
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brasileira de baixo desenvolvimento econômico. In: Revista paulista de Pediatria. v. 31. n. 4. 2013. p. 437-443.
INADPCRJ. Medindo criança menor de 2 anos. 15 mar. 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7YI4_xSicFg.
Acesso em: 18 set. 2019.
INADPCRJ. Pesando crianças menores de 2 anos. 15 mar. 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
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MEDEIROS, C. C. M. et al. Estado nutricional e hábitos de vida em escolares. In: Revista brasileira de crescimento e
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MELLO, A. D. M. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças de seis a dez anos de escolas municipais de área
urbana. In: Revista paulista de Pediatria. v. 28. n. 1. 2010. p. 48-54.
ORUÉ, A. L. Avaliação da merenda escolar e do consumo alimentar de crianças do ensino fundamental em uma escola
municipal em Ponta Porã-MS. Trabalho de conclusão de curso a ser apresentado ao departamento de Nutrição, da
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.
Guarapuava/PR. 2011.
RIBEIRO, G. N. M.; SILVA, J. B. L. A alimentação no processo de aprendizagem. In: Revista eventos pedagógicos. v. 4. n. 2. ago.-
dez. 2013. p. 77-85.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Avaliação nutricional da criança e do adolescente: manualde orientação.
Departamento de Nutrologia. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:
https://www.sbp.com.br/�leadmin/user_upload/pdfs/MANUAL-AVAL-NUTR2009.pdf. Acesso em: 18 set. 2019.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Grá�cos de crescimento. Disponível em: https://www.sbp.com.br/departamentos-
cienti�cos/endocrinologia/gra�cos-de-crescimento/?logintype=logout. Acesso em: 18 set. 2019.
Próxima aula
Possíveis mudanças na fase da adolescência;
Relação entre maturação sexual e crescimento estatural;
Diferentes medidas de determinação do estado nutricional de adolescentes.
Explore mais
Acesse:
Manual de atendimento da criança com desnutrição grave em nível hospitalar;
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javascript:void(0);
javascript:void(0);
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Estado nutricional e adequação alimentar de crianças em uma escola no município de São Jorge D’Oeste/PR.
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