Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
JORNAL DO COMMERCIO — DOMINGO, 2 DE DEZEMBRO DE 1923 PUBLICAÇÕES A PEDIDO A queixa-erime do Dr. Epitaeio Pessoa contra o Director do "Correio da Manhã" CAMINHO A SEGUIR — AUGUNS TRECHOS QUE NAO DE- VEM FICAR SEPUETADOS NO SIGILUO DOS CAR- TÓRIOS Como já é do dominio publico, o Sr. Dr. Epitaeio Pessoa chamou aos tribur.aes, por crime de calumuia, o Director do "Correio da Manhã", o Qual, ein uma de suas ultimas edições, aecusou o ex-Presidente da Republica, de haver, em 1920, em troca de uma jola offerecida por agambarcadores de assucar, revogado, em proveito destes, algumas medidas acertadas que, para assegurar á população desta Capital um stoclc de assucar bastante ao seu consumo, anteriormente adoptara. E' advogado do ex-Presidente o illustrado Sr. Dr. Eugênio de Euoena. Na extensa petição de queixa ha certos trechos que não devem ficar sepultados no sigillo dos cartórios, porque uns apontas a todos os cidadãos dignos o caminho a seguir, contra o desbragamento de certos jornaes, e outros mostram ao pu- blico a facilidade com que, entro nós, sem fundamento e até com a mais audaciosa inversão dos factos, se ataca a reputação dos homens públicos. Entre os alludidos trechos destaca-se em primeiro lugar o que declara os motivos que levaram o Sr. Epitaeio Pessoa a recorrer á justiça. A este respeito, eis o que diz o Sr. Dr. Encena "A citada folha, despeitada pela resistência victoriosa que aos seus planos políticos offereceu o queixoso o ar.no passado, como Presidenta da Republica, tom-lbe movido nos últimos tem- pos odiosa campanha, em que outras calumnias e injurias lhe tem assacado a proposlto de actos officiaes do seu Governo; «obre esses actos o qnerelante já deu explicações comp'eta« e cabaes pela imprensa desta Capital e doa Ertados, e coiue itun-sc com isto, certo de que em face destas expl caçóes. :> NÍ/ Ao continuará a manter-lhe o conceito e a confiança com que sempre t> honrou. Agora, porém, trata-se de um facto que se liga mais directa e intimamente á honra pessoal do querelante e, por isto, em- bora também neste caso lhe fosse tacll destruir pela imprensa a odiosa. Imputação, prefere, pelo natural constrangimento que Jsto lhe desperta, que a ultima palavra sobre eila seja proferida pela voz, evidentemente mais autorizada e insuspeita, da justiça «Jo seu paiz, para quem recorre confiante. Outra razão move ainda o querelante. A lei repressora dos abusos de imprensa entre nós cia o Codlgo Penal. Esta lei, pelos defeitos vários de que se resentla, quanto à «rlentaqâo doutrinaria. As modalidades doa crimes • ka pensa, aggravado» por um processo que se prestava a todas na rhicanaa, falhAra quaai inteiramente aoe seus fins. As vlcllmaa í âS aggvessóes Impressas Já n&o queriam recorrer ao» Irlbu- tiaea. pela Impossibilidade que estes, As mais das veses. depara- vam para se desvencllharem das malhas processuaes terlüse rela rabullce e desaggravarein o conceito e a honra doe offendldoe. Agora, porém, o Congresso Nacional. Juatamente alarmado pelo deecommedlmento em que cahira na Capital da R -publica o que eó por euphemlamo se continuava a chamar a Ub'ritn4r <tr Imprenso, votou uma lei que procura reivindicar oa direitos da russa cultura e rehabllltar-nos ao» olhos do extrangelro « ao» nosaos proprloe olhos. K' dever de todo brasileiro, principalmente daquelles que gnzam de certa autoridade entre oa seus concidadãos, secundar cs esforços cívicos do Congresso, valer-se dessa lei. prestigiai-a, protelegnl-e contra a chicana e a audacla dos catumniadores, em- pregar, emflm, todos os meios dignos para que ella alcance cs f iis patrióticos que inspiraram a »uh approvaçào. Confiamos nos seus preceitos, assim como na Integridade e fesassombro da magistratura e. por Isto. estamos certos de nuo r as tentativas surtirão effelto e valerão por asslgr.nlndo ser- \ u ao Brasil, ao seu nome, á sua moralidade. A sua civilização." RAZÕES QUE O QUERBEADO DESVIRTUOU Outro trecho que merece ser divulgado P aquelle em que s queixa explica "na ro~õc.i que levaruw u ComvicrrLo e a fa- rtu.ítflo drsta Capital a fntrr ao ex-Pr^Mcnte a gentilvsa que o ç irrrlado intencionfilynrnte dc.ivirtu0u.' Bll-o: "Foram o Commerclo e a Industria desta Capital franca- ni"nte contrários á candidatura do queixoso na eleição presiden- íiil «e 1919. Como Isto não era motivo para que lhe ficasse rt sentimento dessas classes, entidades abstractas, quando o não guardam dos proprioa indivíduos, que o combateram, tanto que dellcs aproveitou alguns até na organização do seu Ministério t, outros em postos de destaque, como Ruy Barbosa, seu compe- tidor, a quem — um dos primeiros «otos do seu Governo — convidou para representar o Brasil na Liga das Naçjões, pôde o querelante comprehender e sentir o injustificável afastamento em que aquellas classes vinham sendo systematleumente mantidas pelos successlvos governos da Republica. E, considerando do maior valor, seu aproveitamento e collnboração. procurou, desde logo, dar-lhes publicamente provas da sua cordialidade e do peu apreço. Dahi a visita que fez A Associação Commerclal. em Maio de 1920. o discurso que alll proferio e que tão generoso acolhi- mento mereceu do numeroso auditório então presente, c, final- mente, a recepção que, em Julho, offereceu no Palacio do Cat- tete, a titulo, por assim dizer, particular, e á sua custa, ao Com- merclo e A Industria em geral. Alguns dias depois. Informado o querelante de que os repre- eentantes destas classes, sorprendidos até certo ponto e sensibi- lizados com essas demonstrações de estima, pensavam em retrl- buil-as e desejavam saber se elle aceitaria um baile no Club dos Diários, respondeu, como não podia deixar de fazel-o, aífir- mativamente. A estas explicações, que se clrcumscrevem ao que diz res- peito ao queixoso, additem-se agora, como complementares, as do Br. Dr. Araújo Franco, então Presidente da Associação Com- merclal, cujo depoimento, dada a sua qualidade, é o mais auto- rimdo e valioso relativamente ao que occorreu com a offerta do preaente que viria servir de pretexto á Imputação calumnlosa. UM DEPOIMENTO VAEIOSO Explicando os motivos qne dctcrminarain essa offerta, es- creve o Dr. Araújo EVanco o seguinte, no documento que se junta sob n. 14: . "Eleito em opposição ao candidato que essas classes (Commerclo e Industria), pela primeira vez, haviam re- solvido moralmente apoiar, era de crer que o novo Pre- sidente da Republica timbrasse em mais accentuudo tor- nar o ostracismo em que viviam. Da sua visita, porém, á Associação Commercial do Rio de Janeiro, do sensacional discurso que ahl proferio e da brilhante recepção que, com a Exma. Sra. Epitaeio Pessoa, deu em Palacio om honra do Commerclo e da Industria desta Capital, verificaram esses elementos ser intenção do lllustre Presidente acabar com tão aberrante exclusão, e resolveram retribuir as inequívocas provas de apreço do eminente Chefe do Estado com uma ma- nifestação altamente significativa, á qual procuraram dar o maior brilho. Nomeada uma commlssão para tal fim, commissão esta escolhida dentre os nomes do maior destaque do nosso Commercio e da nossa Industria, coube-me a pre- sidência da mesma, certamente como um prelto á Asso- ciação Comnoerclal, da. qual então já era. o presidente. Para custear as despezns que se tornavam necessá- rias, foi o escrúpulo levado ao ponto do se evitar a con- tribuição pecuniária das Associações ou agrupamentos, como a principio se havia pensado, correndo a subscrl- pção, que então se abrio, como ninguém o Ignorava, por entre os commerciantes e Industriaes dlrcctamonte. O resultado desta subscripção de muito excedeu a a qualquer espectatlva ficando então resolvido se offe- recesse um mimo á Exma. esposa do Sr. Presidente da Republica. Que oppõr a Idéa tão delicada e singela? Todos a abraçamos, a applaudlmos todos. K, de facto, que se poderia allegar contra? Porven- tura não serialícito á Industria e ao Commercio da Ca- pital do Brasil brindar a esposa do seu Presidente? Por que não? O que jámais podiam esperar, o que bem longe esta- vam de suppõr, é que abjectas paixões, é que interesses subalternos pudessem fazer alguém descer a deturpar gesto tão nobre, tão digno e transparente." Vão foi outro o pensamento do queixoso ao acquiescer A gen- Ja dadiva Nenhum pesar podia advir para as classes con- servadoras da offerta, nem para o Presidente da aceitação. No- te-se que o querelante não teve conhecimento do acto senão depois do consummado. Se tivesse sido ouvido pelos offertantes, teria recusado o presente não porque o reputasse deshor.esto, mas porque conhecia o meio que o cercava, e timbrava em tirar- lhe todos os pretextos de diffamação e de caiumnia. Entregue, todavia e recebido o collar, não seria digno que, só por medo aos calumniadores, resqondesse com uma grosseria á delicadeza dos offertantes. E não seria outra cousa senão medo. Haveria deshonra em receber o objecto se fosse dado por um indivíduo ou por uma empreza em paga de favores indevidos; mas fóra offerecido por todo o comnieroio e por toda a industria do Rio de Janeiro; não representava a generosidade isolada desta ou daquella pes- sôa, natural ou jurídica; nenhuma relação, portanto, immediata ou remota, podia ter com qualquer serviço recebido ou esperado do Governo. Não é possível admittir que o mimo, feito por dezenas ou centenas de commerciantes e industriaes, separados por interes- ses os mais diversos, exprimisse o reconhecimento de cada um por favores liberalisados ou promettldos pelo Governo. E' também absurdo suppór que elle fosse uma prova de gra- tidão por favores immoraes feitos collectívamente ás duas clas- ses ou por ellaa pretendidos. Mas, admittido este absurdo, pergunta-se: quaes os favores pelo querelante prestados ao Commerclo e á Industria? E' da maior notoriedade que, antes e depois da manifestação do Club dos Diários, o Commerclo e a Industria, no que diz res- peito aos seus interesses peculiares, tiveram antes motivos do queixa do que de agradecimento pelos actos do querelante." Cita então a queixa numerosos factos em apoio desta as- serção» UMA FAESA IMPUTAÇÃO Hj. finalmente, um trecho da maior importância. A queixa mostra não ser absolutamente exactó que o Governo passado ti- vesse revogado, em favor de quem quer que fosse, as medidas adoptadas sobre a exportação do assucar; pelo contrario, man- teve estas medidas contra todas as reclamações indtviduaes. Eis como expõe oa factos o Sr. Dr. Eucena: "O querelndo acettsn o queixoso de haver revogado por um derreto, em reconhecimento do'presente recebido "certas medidas acertadas que embaraçavam- os surtos de repinaçetn dos açatn- harcadores de assucar, em detrimento do povo". Allude ás medidas que restringiram a exportação do assu- car e de cuja adopção fôra o "Correio da Manhã" um dos mais exaltados corypheus. A Imputação ê falsa. Foi justamente o contrario o que se deu. Quando o querelante assumio o Governo, eram geraes c as mais vehementes as reclamações do commerclo, da criação e da lavoura contra, o Commlssarlado da Alimentação Publica, ao uuai accusavam de entravar o desenvolvimento da nossa produ- eção e privar o Brasil nas Immensas vantagens que, na situação excepcional que então auave-s-avam oa demalu palze», duhl lhe podiam advir. Impressionado rom esses clamores, ma» premido, de outra parte, pela» agitações operárias Insistentemente exploradas por certas folhas e alguns políticos ávidos de popularidade, não lhe foi possível põr termo de ehofre A situação que encontrou. Propurou, por Isto. Instituir, um reglmen de translqão. e. com este fim. substituto o Commlssarlado pela Superintendência do Ahasteclmente. repartição que. sob a dlrecqào de um homem in- tegro e capaz, ficou Incumbida de estudar os meios conducente-- 4 nscessaria transformação. Dando execução ao seu programma, entrou a Superltender.- cia desde logo em accôrdo com a Associação Commerclal. quer quanto ao ci nsumo Interno do» gêneros de primeira necessidade, quer a respeito da sua exportação. No tocante propriamente 4 exportação do assucar, ficou as- sentado — depois de estudados a» condições do mercado Interno e da producçào. o proço das praças extrangeiras e as auggestõcs dos Interesasdos —- que a exportação »6 pudesse ser autorizada nas seguintes bases: "1* — stock de 200.000 saccas noa trapt- ches da Capital Federai, sendo dous terços no mínimo da qua- lidade crystal; í* — preço de mil réis para o kilogrnmma do melhor tyoo da mp&na qualidade, no commercio atacadista; 3° — concessão de licenças mensaes de 60.000 saccas, desde que se verificassem as duas primeiras condições. (Doe. n. 15). Era o r.-gímen qne vigorava nos mezes de Junho e Ju- lho de 1920, época em que occorreu o facto a que, invertendo-ú, allude o qutrelado. Algumas firmas do Rio de Janeiro compraram em Campos cerca de 90.000 sacc.s de assucar, vénd»rem-n'ns para o extran- gelro, tomaram os saques, etc., e, como não se realizassem ainda es duas primeiras condições estabelecidas pela Superintendência para pennlttir a exportação, requereram ao Juiz Federal um tnterdicto prohibitorlo. que lhes garantisse a sabida da merca- doria vendida. Denegada esta providencia, voltaram-se para a própria Superintendência, que resolveu submetter a questão 4 Associação Commercial, o que fez com o seguinte officlo r.. 818, de 19 de Julho. 1* Divisão: "Estudadas as condições do mercado, o movimento e as co- tações do produeto, as necessidades do consumo e as capacidades d» producçào, foram estabelecidas por esta Superintendência as bases reguladoras da exportação do assucar para o exterior, JA amplamente divulgadas e consistentes, em resumo, no seguinte: (reproduz as bases acima trarseriptas). De accõrdo com esse regimen procedeu a Superintendência, não tendo ainda motivos para modificar o plano adoptado. Havendo, entretanto, recebido diversas reclamações por parte de interessados no assumpto. vem pedir a essa Associação que se digr.e promover a reunião de todos os interessados, exporta- dores e produetores. afim de amplamente ventilarem todos oa pontos controvertidos e apresentarem em synthese a esta Super- intendência asjsuggestões que forem geralmente aceitas. Taes es- clarecimentos serão devidamente estudados e submettldos 4 apre- ciação do Governo para ulterior deliberação." (Doe. n. 15). FALEE O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMMERCIAE Palie agora, em lugar do queixoso e continuando o esclare- cimento dos factos o mesmo Presidente da Associação Commer- cial, cujo depoimento foi acima invocado (doe. n. 16): "Por toda a imprensa, e com o fim declarado, foi im- mediatamente convocada tal reunião, sendo podido ao mesmo tempo aos interessados apresentassem por escripto o que pretendiam, afim da discussão se poder basear cm sigo de menos aleatório e de mais tarde se poder evitar controvérsias possíveis. A 22 do mesmo mez, 4 hora marcada, com a presença de todos os interessados, deu- se inicio á reunião, á qual foram apresentadas por es- cripto as preter.çôes de cada um. Foi o assumpto am- plamente discutido, obedecendo á ordem om que foram as petições apresentadas, que, juntas a um relatório do Presidente da Associação Commerclal, foram enviadas ao Superintendente do Abastecimento. Este relatório foi francamente contrario á pretenção dos peticionarios. A licença de exportação, concedida em taes condições con- stituiria revoltante rrcepção em favor dos qu» por todos os meios que haviam tentado burlar a lei em detrimento daquelles que. reconhecendo os louváveis intuitos da Su- perintendência e cor.fiados na escrupulosa honestidade e justiça com que ella ia executando o plano traçado, se haviam abstido de qualquer negocio." De conformidade com os pareceres acórdes da Associação Conimcroial e dn Superintendência do Abastecimento, o Governo denegou a exportaçãosolicitada e manteve as ordens cm vigor, as quaes sõ vieram a ser modificadas, isto mesmo ligeiramente e sempre com caracter geral, no mez de Agosto, quando a situa- ção do mercado aconselhou a reducção do stock de 200.000 a 150.000 saccas e a elevação do preço de IJOOO para 1$040. Eis abi, não é verdade que o queixoso tenha revogado ss medidas em vigor para permittlr a, certos e determinados nego- ciantes de assucar a exportação do produeto em detrimento do povo: o que fez foi precisamente o contrario, recusou-se a abrir excepções odiosas, preocucpado unicamente com os interesses do paiz. UMA PROVA QUE DEVIA SER FEITA FAC1 EMENTE ; Diz o querelado que a revogação foi feita por um decreto: pois que cite o numero e a data desse decreto ou. pelo menos, o "Diário Official" em que foi publicado. Não deve ser difflcil. Juntamos como documentos uma exposição da Superinten- dência do Abastecimento (onde se encontra na integra o offloio da Associação Commercial) e outra do Presidente desta Asso- ciação, as quaes confirmam longamente o que cm resumo ficou acima relatado (does. ns. 15 e 16). Note-se que taes documentos não foram escriptos para este processo; têm as datas de Março de 1921 e Novembro de 1922, quando delle não se podia ainda cogitar. O querelante não tinha necessidade de fazer esta demorada exposição. Máo grado a pratica que o Codigo da Dlftamaçào procura introduzir nos nossos costumes, ou antes, na degeneres- cencia dos nossos costumes, o ônus da prova incumbe ainda ao aocusador e não á victima. Como, porém, o queixoso sabe que o querelado não logrará jámais provar a sua imputação e não quer que paire no espirite publico a mínima suspeita de que o facto se deu e apenas não ■ • io ser provado, tomou a si o encargo que não lhe impõe a lei, F Vs unicamente o sentimento da sua própria dignidade, para qu, das accusações dos seus Inimigos não fique de pé uma só que pc, ía compromettel-o aos olhos do uaiz." (Da Gazeta de Noticia> de 1 de Dezembro de de 1923.1 Exmos Srs. Presideite e mais membros da M. D. Commissão de <. istiça do Senado Federal Illmo. Sr. fledactor Jornal do Conuncroio — líio Uo Ja- neiro. A personalidade Lessa de Pedro Amigo e Sr. n Com referencia S. côpta^JE nossa carta enviada aos Exmos. brs. Presidente e mais mt nbros da M.D. Commissão de Justiça do Senado Federal, publie ida hoje nas "Publicações a pedido", dó seu conceituado jorna , chamamos atter.ção a um erro do redacção no mesmo, corri; Jo na carta original, mas por um la- mentável descuido esquecioo na cópia; ou seja sob lettra (6) do quarto paragrapho appan 'e a palavra "deixariam" em vez de "deixar" como no origina . Sem mais, subscrevo-t ie com elevo Sa estima o consideração, De V. S. Amo. Attu Obro. JoifN A. Haromann, Secretario A pronuneía do diree^r da "fl Patria" por calumnias dirigidas aos d rectores da S. Paulo Northern Railroad Cy. SENTENÇA DO .' HZ DA 1» VAU A CRIMINAL r Vistos estes autos, E. W. o o Dr. P. D., offereceram qúeixa-crime contra L. I . Jr., director da sociedade anouyma editora do jornal "A Paf Io ", na qualidade do editor desse jor- nal, por estar elle incurso nos arts. 315, 316, 317 e 319, 8 2o do ' odigo Penal, e isso por nc suecesivos exemplares do a Iludido jornal referiram-se á vi- PU /J) NOHrriKRy HMf.ROAP, COMPANY, de que io riu-, < ter , queixosuj, 'r'mdo vpres- Hócs offensivas á honra 1, mesmos, e que, além dessas expres sões Injurlosas, um dos ' icmplares rio alludido periódico, impu- tou a um dos queixosos t pratica do delicto previsto no art, 259, 8 2" do Codigo Penal. Para demonstração r is Injurias e da OALÜMNIA, vários exemplares do periódico ' A Patria", foram trazidos ao processo, sendo que para ser apu ida a responsabilidade d« autoria dos artigos publicados sob p . udonymo do "CINCINATUS" foi re- querida a exhibição de a dographos. Considerando que, al-m de crime de injuria, está provado, também, o de GALVUNl \ nos termos do'art. 315 do Codigo Pe- nal, porque todos os ek monto» constitutivos desse crime estão rcunlcios no artigo publh , do a 7 de Julho e na accusação de que os qurrcllanlrs usaram scienlemento de rscriplura ou IUuJu falso,,. Julgo procedente a iHxa e pronuncio o querellado no ar- tigo 315 combinado con os art». 316 b 817 do Codigo Penal- Eanoe-se^o nome do réo no rol dos culpados e expeça-se com'a elle mandado de prisão J. Raptist* di Campos Tourinho. Rio, 27 de Outubro e 1923. 0 ruidoso r so do Orphanato Osorio •Escreve-nos o Desci hargador Nabuco de Abreu: Sr. reJactor do ( o-relo da Manhã". — Para esclarecer um dos pontos da entrevista do Sr. Octavio Rocha, publicada no vosao conceituado orgâo de Imprensa de 28 do corrente mor, rogo a \ . S. a fineza de publicar as seguintes linhas c sob c mesmo titulo: "O ruidoso caso do orphanato Ozorlo". O Orphanr to Osorio não se destina Al orphãs de militares do Exercito e da Marinha, que tenham deixado suffioientes recursos pecuniários para a sua ducação. O Orphanato Osorio foi fundado para educar, amparar e pro- teger as orphãs pobres e veoessitados dos offlciees de terra e mar. o doe marinheiros e soldados. A sua rsristenc s é gratuita como é gratuita a assistência do Patronato do Menor»s. Os fins do Pa trona t • não são diversos dos da Fundação Oso- rio. como diz o Sr. Or.avlo Rocha. A ur.ica dlfferença i sistente é que a assistência do Patronato é mais ampla. ; O Patronato de Jèecvàe; . n^nra a oriança, desde que nasce atí a Idade em que cilr pôde manter-se por si e sem. dOTíncçfftr dr classe. 0 que nos "rcorc-.,ia ê amparal-a. ealval-a, sem cuidarmos do sua ui iyt m . 1 ao nadonal o gloriora é a Fundação Oaorio, como nacional e glorioso é o Patronato do Menores. "Proteger a criança é defender simultaneamente a família e a sociedade." De fins do Patronato nuo são diversos dos da "Fundação Oorio". O Orphanato Osorio ampara c protege as orphãs militares, deixados sem recursos pecuniários para a suo educação, cmno as desvalidaa dos soldados e marinheiros. O Patronato de Menores abriga orphãs nas mesmas condi- ções, sem so preoccupar com a profissão que tiveram os seus pais. O Orphanato Osorio ampara nas mesmas condições as or- phãs de pai e mái, materialmente abandonadas. O Patronato de Menores recolhe todas as materialmente abandonadas. A Fundação Osorio ampara as orphãs de offlciaes. soldados ou marinheiros, desamparadas por suas mãls, moralmente aban- donadas . O Patronato de Menores também as recebe com todo o ca- rinho sem attender quem selam, os seus pais. "Deixemos os pais, cuidemos dos filhos." O Sr. Marechal Barbedo, quando comecei a trabalhar pelo Orphanato Osorio, relatou-me um desses casos de abandono o ar,lmou-me a prosegulr com as seguintes palavras; "So o Orphanato Osorio JA estivesse installado, essas crian- ças não estariam ao desamparo — uma aqui, outro alli, outra acolá." Elias são tão tristemente abandonadas, como as que nós re- colhemos para educar c elevar. Das nossas casas tém sabido muitos menores para o serviço militar, principalmente oara as bandas dr musica marclacs. Das nossas casas tém sahldo costureiras, bordadeiras, pro- fessoras, enfermeiras c quatro dos nossos mais infelizes, pelo desamparo, em que o encontramos, seguiram caminho da profis- são religiosa. Um instituto dessa ordem é um instituto glorioso: merece do povo e de todos nõs. o máximo respeito. Sc é a mesma natureza do Orphanato Osorio, não se pôde equiparal-o ao Collcgio Militar. A assistência que o Patronato de Menores estende ás filhas desvalidas dos sentenciados, não so restringe aos condem nados civis, com não so restringirá a que porventura puder dar aos de- linqüentes menores. "En rigor, y do acuerdo con Ias modernas teorias de derecho penal, de los menores, no debla haber hecho dlstinclonaes entre !os problemas do Ia relir.cuer.cia y dei abandono, ya que no existe delinòuencia para Ia nucva 'tgislacion, sinoestados morales que es preciso proteger o reformar". Eduardo .1. Bulbrlch, "Assistência Social de Menores". Não terminarei sem juntar ás minhas as insuspeitas pala- vras do Sr. General José Fellciar.o Eobo Vlanna, um dos mais esforçados, oxtremosos c devotados fundadores da cxtinct-i Man- tenedora do Orphanato Osorio e extrnhldas de um artigo seu publicado no jorna-l "Pctria", dos reformador- io Exercito; "Os que tomaram n si a celebração do centenário do invicto soldado, General Osorio, queriam, além dos festejos, mais alguma rousa de nobre, dc grar.diosa, solemne, tão duradoura, tão im- mortal, tfio eterna como o bronze de sua estatua. Um ospectaculo ha multo lhes vinha ferindo a retlna de sens olhos o margurando-lhe» o coração; era o criminoso espectnculo de abandono das filhas tos nossos soldado» r marinheiros, pobres crianças, maltrapilhus c sujas, rareadas ao léo da natureza, na promiscuidade absurda dos cortlços, das estalagcns e das sórdi- das casas dc commodos de Ínfima ordem, ou no desolamento dos ranchos de palha, curtindo toda sorte de necessidade,, indo aos quartéis arrebanhar os restos de pão e de comida para matar a fome: infelizes meninas, vivendo na mais negra das misérias, pliyslca e moral, contraindo vícios, pcrenncmentc mergulhadas no analphabetismo, na Impurtlrtcla c no despudor. Era mlstér amparnl-as, libertando-as deste meio. dar-lhes edu- cação, fazendo-as recolher ao convívio da sociedade. Transfor- mando-as em futuras d- nas de casa. enfermeiras, mais de famí- lia, occ.upal-as em trabalhos domésticos dc jardinagem de flori- cultura, em todos os mistéres apropriados á mulher, tornal-as por assim dizer úteis a si mesmas, á família c á patria." Nada mais preciso acerescentar ao que tenho escripto cm lesposta á entrevista do Sr, Dr. Octavio Rocha, em que disse serem diversos dos do Orphanato Osorio. os fins da humanitária associação, fundada pelos juizes dos orphãos desta cidade e a que tenho a honra de presidir. Reaffirmo que o Patronato de Menores jámais pleiteou a ad- ministração da Fundação Osorio. A sua direcção nos foi confiada, por acto espotnaneo do go- verno, a cuja confiança não podíamos deixar de corresponder, dados os fins de nosso instituto e a maneira peia qual fomos acolhidos pelo Presidente da Republica e pelos membros do Con- gresso Nacional, dentre clles os nobres Deputados Drs. Octavio Rocha e Oscar Soares. Só conhecendo os nossos estatutos, a organização que pro- curamos dar 4b nossas casas, o descortino com que temos ata- cado os mais importantes problemas de proteoção physioa c mo- ral da criança, a maneira por qcu temos administrado oa dinhel- ros públicos na direcção dc vários estabelecimentos do Estado, é que se poderá ajuizar se nos falta o indispensável sacerdócio, a experiência, c a precisa capacidade moral p tecb- 'ca para dirigir estabelecimentos da natureza do Orphanato Osorio. Isso é o que sómente deve procoupar aos governos do nosso paiz. (Transcrlptp do Correio da Manhã da 1 de Dezembro de 1923.) DISCURSO DO SR. RBYNAE- DO PORCHAT O professor Sr. Reynaldo Por- chat, encerrando as aulas de Di- reito Romano, era S Paulo, re- cordou a personalidade do anti- go lente Pedro Eoasa, num dis- curso que produzio verdadeiro enlhusiasmo na mocidade aca- dêmica. Nessa | formosa peça oratoria, aquelle professor ferio < pontos de actualldade, exami- nando as controvérsias em que Pedro Lessa foi um dos deste- midos combatentes e que se re- lacionam com a existência jurí- dica do paiz. Por isso mesmo não fugiremos ao prazer de transcrevel-a. Eil-a: "Meus caros amigos — Este dia de encerramento de aula, dia cheio dc emoção sempre para oa professores e em regra lambem para os alumnos, não deixa de produzir no espirito de quem se despede um fundo sentimento de tristeza. Durante um ar.no corremos, amigos, á procura do saber, a ba- tenno-nos pela boa causa do di- reito. a proclamar os altos sen- timentos da justiça. No fim do anno, quando nos apresentamos para. despedirmo-nos. por mais que se repitam todas as acenas, e quasl oa mesmos actos, o pro- fessor não pôde deixar de sen- tir-se commovido. Sempre a um professor, meus caros amigos. a presença dos moços nesta animação quotidia- na, vale como o brilho do sol pa- ra o dia. O professor que não tivesse o apoio dessa animação, teria qne ficar abatido como abatida fi- caria a vida se não tivesse o fulgor do sol que a illumliia. COntesso •que neste momento é 'dc lírinTde pragi ■* c c11 mesmo tempo é também de ti 'c/ ■ di- zermos uns aos outros o adeos, para que nos apartemos, mas nos apartando, vivamos ainda, nesta Faculdade de Direito. Sim. meus caros amigos; des- pedlmo-nos, mais aqui convive- remos, e posso dizer mais. mes- mo aqueilcs que daqui se despe- dem em cada fim de anno e vão para, sua vida lutar, trabalhar c vencer, ou ser vencidos, mes- mo aquelles devem conviver so- lidariamente comnosco. Aqui nesta casa, se fôrma esse conjunto dc tradição, que nos prende largamente, frater- nalmente, unidos. Hn occos'6es cm que i esto momento de comaiunha0 arad^' mlca ha Justos motivo» para que so eleve muito piais ' sentimento de <onff4té1",,,l'u, ' Nós temos aqui a galeria do» nosso» grande> mestre» e nao é possível na vida. que "no "O" kmbremos nunca dsh'i'"os 2U0 foram para o mundo do além, sãm que a nossa saudade por elle» se revista de um grande sentimento de respeito. São homens que morreram paio a vida objectlva. são ho- mens que conviveram comnosco, sáo nossos Irmãos, devemos le- vantar oa seu» nomes e procla- mar o seu valor. Quando em qualquer momen- to da vida social, se levanta uma referencia a um grande mestre, que o fôra da .Faculdade, é justo que cheguemos 4 trin- cheira com a bandeira, da Fa- culdade de Direito, na nato. pa- ra dizer: "esee homem merece a nossa defesa, devemos deíen- del-o". E' por isso, meus caros ami- gos. que o dia de hoje se enche do uma Impressão especial para todos nós. . ,. , Aproveito esta opportunlnade para agradecer a presença que tanto me honra do meu collega, Ur. Frederico Vergueiro Stei- del, dedicado professor desta ca- se. a quem bastou que constasse que eu vinha ttrste «rlhuna fazer a defesa de um nome illasirc desta casa para que aqui com- parecesse. Meus senhores, em uma das festas ultimas, realizadas no Rio de Janeiro, fallou-se de um nosso professor e eu, sem mal- dade, sem espirito aggressivo. sem acção combativa, resolvera dizer-vos aqui algumas palavras acerca da acçõo deste professor, que fôra mal apreciada nessa festa lá organizada. "Noticiam os jornaes que es- teve brilhantíssima a sessão so- lemne da Academia de Lettras realizada no dia 6 do corrente. Compareceu tudo quanto ha- via de mais elegante, de mais Intellectual e de mais culto na selecta sociedade do Rio de Ja- neiro. Esteve presente também o mundo officlal, destacando-se o honrado Sr. Presidente da Republica. E todo este conjunto imprimio á fesla de recepção do novo aca- dêmico, Sr. Dr. João Eulz Al- ves, uma nota especial do belle- za. de alegria e de distineção. O eminente reclpiondario suc- cedla a Eduardo Ramos, que não chegára a tomar posse da cadeira de Lúcio de Mendonça, a qual tinha tido como seu ulti- mo possuidor Pedro Lessa. Competia-lho traçar o elogio critico deste, bordando sobre a personagem e as obras do im- mortal cxtlncto os louvores, as graças, e as ironias que o conví- vio acadêmico tem permittldo. A cadeira, objectivamente vasia, estava ainda illuminada pela aureola daquella fulgurante in- dividualidade que lhe dava ta- manho destaque. Quem alll se sentára por ultimo, era Um des- ses raros modelos do homem que honram a uma nação: era um especimen superior no talento, no caracter, na energia, no tra- balho. Nas duas altas funeções publicas que exerceu, o prestigio da sua acção o do seu saber a todos impressionava pela singu- larenvergadura gigantesca. Professor, jurisconsulto, phjlo- sopho, moralista e critico, sem- pre fallando o escrevendo com alta Independência o superiori- dade, ora thema opulento para um discurso acadêmico. Mas o conspicuo recipieqjlarlo que, aliás, soube lavrar nesse precio- so bloco de ouro. com fina arte as suas bordaduras lltterarlas, teve a idéa, que não foi feMz, do fazer, logo no principio da sua bclia oraçap, uma referencia do- lorosamente injusta á memória, do notável professor. Alludio com certa malícia, ao famo»o caso das approvações com dis- tineção, dadas por elle, uma vez. a todos os alumnos do anno, e deduzio. com forçada lógica, es- ta. tristíssima inferenc.la; "Foi, assim, sem o querer, que Lessa se constituio o precursor attenuado dos exames por de- creto. por motivo da "grippc". e dos exames por " habeas-cor- pus", por motivo da receita do Thesouro. Depois disso, como exigir a elevação do nível da nossa cultura e como negar que elle baixa assustadoramente?" Que assombrosa injustiça! To- mar o nome de Pedro Lessa paia sobre elle fundamentar assertos justificativos da decadência do ensino, é tão clamoroso, é tão aberrante das normas de julgar, como se algum sophista invo- casse o nome de Christo para justificar com elle a malvadez o a ingratidãô dos homens. Nesta Faculdade de Direito não é possível que fique sem uma explicação o facto que deu causa â injustiça feita áquelle a quem eila deve magna parte de sua gloriai B, pcv isso, desta mesma ca- thedra, de onde jorraram duran- te 19 annos as mais profundas e encantadoras lições de philoso- phia do direito que já se profe- riram no Brasil, venho eu, que fui seu discípulo e depois seu inseparável companheiro dc con- gregação, ao fazer-vos as despe- didas pelo enoerramenão das au- las, pedir-vos que commumqiu-is commigo no culto, que devemos e que sentimos, á memória do inesquecível e inimitável mestre, exhortando-vos a que o procla- meis, com verdade e com justiça, um dos factores mais efficientes e ura dos mais esforçados traba- lhadores pelo engrandeoimento e pela moralidade do ensino nes- te paiz. A sua acção no ensino, foi um verdadeiro apostoljxlo. O caso das distincvõM — um simples exagero na defesa da se- riedade do ensino, que tinha ca- bido no maior grão de inimoraili- dade, — é por demais conhecido e nem precizára ser objecto de explicações perante vós, se não fosse o haver sido lembrado e, sobretudo, inopportimamente jul- gado perante asembléa lllustre. de tanto brilho e tanta eleição. Mas tal devera ter sido a im- pressão produzida por essa for- çada alliança do nome puro do Pedro Lessa aos vergonhosos exames por decreto, que eu me sinto na obrigação de explicar á mocidade nova desta escola porque foi que ao insigne profes- sor lançou ipão desse recurso extremo. De tal maneira tinha baixado a moralidade do ensino e taes eram o» favores concedidos com violação das lei por actos do» Ministros após o termo da be- néfica administração do Sr. Epi- taciq Pessoa, no Governo Cam- pos Salles, que. nesta Faculdade sendo director o saudoso Profes- sor João Monteiro, começou a acccnder-se uma reacção contra os avisos Ministeriaes derogado- res das leis a reacção, porém nada conseguia, porque os avisos se repetiam teimosos e imperativos. Foi em fa- ce dessa insupportavel situa- ção. que Pedro Lessa, o mais combativo dos professores,' c o m il» esforçado defensor das leis e .'n moralidade do ensino, me expoz um dia o seu novo pla-j no de combate contra a acção delectefla do mlnitrtro de então. Foram est is. textualmente, — c como me despertam saudades! •— as suas pii ivris de resolução c eu agia: "Vou faz?f um «w-tii dalo tão graníé, que naturaP mente o Governo, Instaurará um processo sobre o caso; nesse processo, então, todas as verda- des serão ditas e provadas, e isto ha de. por força, melborur; vou dar distineção a todo» os alumnos este anno". Não achei feliz o plano de combate mas re- cnnhecl-Ihe o escopo elevado. Chegou a época dos exames. Re- alizou-se o facto promettido. Houve impressão; commenta- rios. Mas. sabido o intuito do professor, e conhecido o homem que era Pedro Lessa. tòdos com- prehenderam: era um melo de i defesa, era um remedlo amargo I para tentar snnnr um grande mal corruptor. Tnfeli».m»nte não se ! In taurou processo nenhum, e | toaa» a» verdade* não puíteiarT | vir á tona. A "Insensibllldaio dominava a época... O abnegado 1 mestre ficou só, com o "eu acto i sujeito f critica; mas não houve um professor que lhe não reeo- I nhecesse a boa Intenção, o pro- ! pnslto nobre. Nem podia nln- i guem llludlr-se. Bastava ler, na» paginas brilhantíssimas de sua i vida, o devotamento com que ! sempre professou o magistério superior, para se ter certeza de que elle só pe batia pelo bem e pelo engrandeoimento do ensino. Ergroti pari esta Faculdade 14 empunhando a» palma» conquis- tadas nos dons notável» ooncur- sos em nu» s® dlatlngulo. Aqui, nesta Congregação, ninguém es- teve nunca diantB delle no estu- do. na illustraqão. na fre- qüência, na partlca da justi- ça. no cumprimento do dever. Quando, pela primeira vez, uma reforma do ensino reduzlo o nu- mero de aulas a três por sema- na. modificando o systema ante- rior. que era de cinco aulas por semana, o Insigne cathedratico não se aproveitou da vantagem, e continuou, durante longo tem- po. dando aulas dlarias aos seus ilumnos. salvo nas quintas-fei- ras. Só cedeu quando vio que os alumno» reclamavam d'relto de se Igualarem ao» outros, que Foi elle o ultimo que deixou W uso da beca. sempre udopuula como formalidade solemne para o exercício das Jiçõea c do» exa- mes Não tratou só de ensinar; tratou de manter disciplina, de formar caracteres, pela lição e pelo exemplo. <€ de impór ao respeito de todos a Faculdade de Direito de S. Paulo, em cuia historia se guarda, como um traço dos mais luminosos, a tra- jectoria fulgurante que em 19 annos de exercício, o seu talen- to, a sua illust ração e a sua bondade aqui deixaram inscul- pidas para sempre. Um homem destes, incorrupto e incorruptível, que falleceu de- baixo dos resplendores de sua gloria, dando 4 sociedade, em que foi ornamento dos mais proeminentes. o exemplo de uma alma pura e inquebranta- vel, não podia ser nunca um elemento que influísse para o acto mais revoltante, mais (elo e mais lamentável que praticou o Poder Legislativo federal nes- te paiz — a mentira doa exa- mes por causa, da "grippe". As causas dã decadência do ensino todos as conhecem: é. antes de tudo ,a fraqueza dos ministros o a fraqueza dos membros do Poder Legislativo — salvo honrosas excepções — que não tém tido energia para deixar de attender aos pedidos feito» contra a lei c contra a justiça; ê essa dominante pre- oecupação dc amabilidade doen- tia, pela qual se pensa que não se deve nunca desagradar aos amigos e correligionários, mes- mo rompendo contra a lei e me- nosprezando a justiça; é a falta de capacidade de resistência, que torna o» homens frouxos, quando precizam oppõr-se a pretenções e desmandos parti- dos de gente audaz e manci- rosa. As distineções foram dadas no anno dc 1905. Depois disso já esteve em vigor a reforma posta em pratica, com desas- eombro e superioridade, pelo Ministro Carlos Maximiliano. nos moldes do decreto de 18 de Março de 1915. Essa reforma foi incontestavelmente benéfica. Emquanto executada em sua integralidade actuou moralizan- do o ensino e elevando efficien- temonte o seu nível. Não ba ninguém, a não ser por Interes- se secundário, que seja capaz dc negoil-lo. Entretanto, cumpre perguntar-se: por que não se deixou intacta tal reforma" Porque havia interesses parti- culares prejudicados com a se- riedade do ensino e dos exames, e não era possível repellir os pedidos dos correligionários e amigos. B o Congresso Legis- lativo, o rnesmo potentado au-tor da lei da "grippe", resolveu derrogar, por varias vezes, o c.\4"el!en(e decreto, deixtando-o maculado de córtes e recórtes. cm prejuízo do ensino e a be- neficio dos amigos. Ora, se depois das distinecõe» já teve o ensino a phnse bri- ibanteruente regeneradora da administração Maximiliano, em que é que poderiam ellas in- fluir para a decadência do en- sino e para a lei da "grippe", que fo' promulgada cm 191S? Evidentemente, patentissima- mente, não ha nexo de casuali- dade, entre o acto do soudoso mestre e essa tristíssima lei monstruosa. Não trate o Congresso Le- gislativo. os pedintes em maté- ria de ensino com a mesma cor- tezia e amabalidade com que trata todas as instituições que pedem ieis proclamando-as de utilidade publica: executem os ministros rigorosamente as leis. nomeiem inspectores para o.» institutos não officiaes, só "bra- sileiros familiarisados com as o.uestões do ensino", como exi- ge expressamente a lei vigente, e não quaesquer candidatos re- commendados a emprego; não façam da equidade, mal enten- dida. um factor derogativo das ieis: c o ensino certamente se elevará desde que cumpram os professores os seus deveres. Fallando de Pedro Lessa, as- sim se exprimio, em synthese feliz, o eloqüente Professor Al- cântara Machado, no primoroso discurso que, em noTue da Con- gregação desta Faculdade, pro- nunciara na sessão solemne promovida pelo Centro Acadê- mico Onze de Agosto,: "Este, sim, era um homem". Era ura homem, mas não era um san- to, e ê possível que lhe apon- tem fraquezas". E accrescen- tou com atilada previsão: "Dei- xemos a quem o substituir en- tre os immortaes da Academia a tarefa, ao quo parece, mui- tíssimo agradavel, de inserir um punhado de espinhos, habil- mente dissimulados, na corôa de louros com que lhe vai cin gir a fronte illuminada... São tantas e de rutiiancia tamanha as virtudes de que deu exem- plo, que nellas se afogam a» sombra.» pequeninas, como as pranchas do sol nas fulgura- ções do meio dia». Quando Pedro Lessa foi re- cebido na Academia de Lettras. no dia 6 de Setembro de 1910 o seu notável trabalho littera- rio sobre a individualidade de Lúcio de Mendonça revelou tanta superioridade, e ao mes- mo tempo tanto carinho no tra- tar o grande homem de lettras, u quem succedia, que Clovis Beviláqua, respondendo-lhe, om nome da Academia, exprimlo- ihe, agradecido, a emoção de saudade que o recipiendiario po- de produzir naquelle meio, tra- çando, com tanta vida e syra- pathiu, o elogio critico daquello cuja cadeira ia assumir. "A arte superior com que des»- nhastes a figura inolvidavel do Lúcio do Mendonça", disse Clo- vis "porque,a recebestes do sen- timento affectlvo e da sincerida- de henovcéa, uvultou, ua memó- ria do nosso coração, a saudade do morto". Essa homenagem á bondade, ássim tfio lealmente proclama- da io momento cm que Pedro LcssA entrava triumphanti P" va a Academi^ foi pena que so substituísse por aquellas repe- tidas referencias á sua cruel- dade. Insinuadas ft mesma Aca- demia no momejito em que, com dolorosa tristeza para to- dos. já não mais estava pro- sente na sua cádélra o vulto giganteo do preclaro brasileiro. K' sempre a lei doa contras- tes a impór o *cu dominio até na vida dos "immortaes..." Guardemos, nós, porém, meus caros amigos, o sentimento pu- ro e Immutavel da Justiça como eila noI-« ensinou, cheio de ar- dor e de fé, E neste acto, em mie o» corações palpitam no nncelo da despedida, opertemo.» aa dextras em sipnal de aollda- rledade. e reavlvenios o culto da nossa saudade e da nossa admiração pelo Inesquecível e querido mestre". (Na "A Noite" de 16 de No- vembro de 1923). Associação dos Emprega- dos no Commercio do Rio de Janeiro FUNDADA EM 1880 Aos jovens consotios Matriculal-vos no Tiro de Guerra e no Curso Preliminar da nossa Instituição. Jnscripção e freqüência gra- tuita Matricula actual: 22.183 so- ei os. Os serviços da instituição Assistência clinica — 10 mé- dicos de clinica geral; tres mé- dicos cururglões, dous assisten- tes e dous enfermeiro». Medico» especialistas em oph- talmologia, oto-rhino. laryngo- logia (dous): syphlliguphia, ho- moeopathia, bacteriologia, radio- logia e moléstias nervosas. Consultas das 8 ás 20 horas. Visitas a domicilio. .Assistência odontologilca — Cinco cirurgiões dentistas — "fántéwPwS inlterruptas das 8 As 2u horas. Pharmacia própria — Func- Cionando da» 8 As 20 hora». Assistência Judiciaria — Dou.» advogados — Consultas, e as- sistência em casos criminaes. .Bibliotheca — Aberta das 10 S.» 21 horas — 18.000 volumes. Os livros podem ser retirados para leitura, no proprio domi- cilio. Tiro de Guerra — Com eleva- do effectivo — Inscripção gra- tuita. Curso Preliminar — Inscri- pção gratuita. Caixa de Pecúlios — Com mó- dicas contribuições institue-se um pecúlio de 5;000$000. Auxílios pecuniários Bene- ficência, pensões por invalidez. auxílios para viagem e funeral, conforme o tempo de effectivi- dade. Informações na , Secretaria das 8 ás 21 horas ou pelo tele- phone Central, 76. Augusto Rohdb da Silva, 1° Secretario. Incêndios e liquidações Circular baixada pelo Exmo. Sr. Marechal Chefe de Policia, aos seus auxiliares — Delegados distrlotaes e publicada na "Ga- zeta de Noticias de 22 de Outu- bro do corrente anno: "Afim de que sejam devidamen- te apuradas as causas dos in- cêndios que occorrerem no vosso districto, para que não escapem acção da justiça os responsá- veis pelos mesmos, recommen- do-vos que empregueis o maior rigor nos inquéritos que a tal respeito instaurardes, nomeando com o maior critério os peritos, que são os auxiliares directos na apuração da.» responsabilidade.». Hec on i me n do- v o;t, .outroslm, que ioda vez que houver accôr- do entro os proprietários das ca- sas sinistradas ou os negociantes nelloa estabelecidos ç as Compa- nhias de Seguros, não só disso tenha, conhecimento esta Cfhefia, como que constem taes accÓrdoR dos respectivos autos, para que seja salvaguardada a moralida- de da acção policial" . "Gazeta de Noticias" de 22— 10—1923. 0 que vai pelo Acre SENNA MADUHEIRA (Acre), 39 — O Chefe de Policia do Acre, dizendo que tem Instrucções do Gori mo Federal, vera hostili- zando a administração honrada do Sr. Cunha Vasconoellos, li- gando-se para tal fim com Pau- lino Pedreira, jogador invetera- do, que com o concurso de outros, Insignificantes elementos, estão despeitados por não poderem avançar nos dinheiro» públicos, sob a guarda vigilante, do valo- roso Governador do Território. Avisamos á imprensa, afim de tomar precauções sobre diversa» noticias do Acre. pois algumas são mentirosas e sem fundamen- to. visando unicamente afastar o Sr. Cunha Vasconoellos do Go- verno. afim de que eiles possam avançar no dinheiro da Nação. (D"'A Folha", de hontem). 0 café e a Saúde Publica Um despeitado qualquer en- tendeu dar uma denuncia falsa de que 240 saccas de café im- prestável e interdictaãa em f?ão Paulo, fôra embarcada de Santos para o Rio. De !á, veio um officio a Saúde Publica para apurar e resolver o caso. A remessa foi apprchendida e no exame rhi- mico feito pelo competente Dr. Del Vecchio. este attestou con- ter em 100 grammas 69 0|0 de grãos em perfeito estado de conservação: 9 "l" de grãos pre- tos e 22 °|0 de casca e nada no- civo a saúde. Era precizo, porém, encon- trar-se um pretexto para perse- guir. e dahi, as demais appre- bensões que sc seguiram ao ponto do governo mandar aca- bar com essa triste comedia! França e Allemanha Se no mundo houvesse um pingo de. sentimento de justiça, choveriam os protestos dos cen- tros civilizados contra o trata- mento cruel e desapiedado a que a França está sujeitando a Al- lemanha vencida. O Sr. Poin- caré ainda tem a triste coragem de fallar em generosidade fran- ce za quando conserva nas suas mãosa presa e sabe que a guar- dará indefinidamente, desde o momento em que a eyacuação do Ruhr fica dependente do pa- gamento das reparações e es1^ fóra de questão que a Allema- nha as possa satisfazev inte- gralmente. Entretanto existe uma cha- mada Sociedade das Nações, di- ante da qual não é porém licito debater esse assumpto palpitante que estimula mais que todos a inquietação e a falta de segu- rança reinantes na Europa, naa palavras do delegado sueco. Ha poucos dias o delegado da Áfri- ca do Sul, professor Murray, pretendeu arrastar á discussão aquelln questão que qualificou de problema hediondo, que no seu justo dizer empesta o ar da Europa. O professor fallou ex-cathe<ha, dizendo as verdades aos gover- nos que não dão solução ao 1 e- ferido problema, e qãic não ; ' •- mlttem á Socledaed das Nn,çõcs abordai-o sequer. Esto firam suas palavras; "Penso, que o perigo de guerra no futilro é real e que não existe modo mais seguro para semear a guerra tio que a ocoupação pelas aunas de unia potência do territorl > de outra potência. Outro perigo ainda maior temos diante de nós, que é o da destruição lenta, do esraagamento gradual de uma grande náção, a cuja população numerosa, we inflige a mista Ia determinada pela extorsão da tudo quanto con.stitue o conforto da vida. Nenhuma sociedade co- mo a nossa, nenhuma reunião de gente» simplesmente animadas , de sentimentos bumanos, pódo ser testemunha sem ánciedade e sem temor desse.» processos de lenta destruição. " Reza o còmple rendu da sessão que esse d.scurso provo- cou "uma vivíssima sensação entre as delegações aliiada» aa quuc», com grande dispendio de gestos, alguns impacientes, do delegado belga, em rápido concl- liabulo deliberaram não respon- der ao representante da África do SuL Ha palavras eom effelto que são irrespondíveis. A França está desmascaran- do suas baterias com appluu»0 dos seus amigos. Num doa seu» últimos discursos — pronuncia- dos A razão de um < mais i" •' dia — o Sr. Polnéaré exclamou que a França "estava re»oh* n obter o ijue lhe é devido ' " arrebatar para sempre d Alle- manha o desejo e o meio,de re- começar suas empresas crimir-o- sas". Estas palavras foram p. u- nunclndas no bosque d'AiIly, local apropriado ás emboscadas. Quer-se separar do problema da» reparações o chamado pro- b'ema da segurança dá Fran- ça mediante a creação de uma Rhenanla como a napolec- tiica, que já se escreve (Tem ps de 3 de Outubro), não será in- dependente, mas autônoma. Isto é, de facto dependen.te da Fian- ça. Por euphemismo chama-se a Isto purificar a Allemanha — uma vez desmembrada, a saber, extlncta — do vírus guerreiro da Prússia e reintegrai-a no sua antiga mentalidade pacifica, tal como a celebrou Madome de Stael. Publlcou-sc agora um Ilvrf Intitulado — La Barriere ni Rhin. E" seu autor o Sr. Recou.» que eu conheci cm Willlar Btojwn, onde fez eonfererc' conjuntamente commigo no i stituto de Política: na verd elle fez apenas propagaroF «u «llemã e sobretudo contrarie cobrar.qa pelos Estados Uni da divida de guerra franc Quer o autor Justificar, não cem » pclUlca como também a historia, a occupaçao dá i. gem esquerda do lílieno e, n do que Isto, "uma barreira r tar", com a occupação das té de ponts c a posse de duas tres fortalezas capitães, Mogu cia e Coblcntz por exemplo. Lembra o Sr. Recouiy q no século XVII a Hollanda. Ju lamente escarmentada com ambição de Luiz XIV, guarir ceu mtlltarmcnte, com assent. mer.to da Inglaterra, uma porçiu de praças fortes dos Paizes Ra; xos então hespanhoes depoi austriacos e por fim belgas. Áustria consentlo nessa oceu paçãn durante quasi todo o culo XVIII por tratado que Ihi dá fôros no direito internacional e no século XIX o systema foi Invertido para defesa contra ,a ambião da Frat -a. onde Nopo- Icâo fõra uni digno contimii- dor de Luiz XIV. durante Ta.ii» de meio século. Áustria '■ Prús- sia occuparam Moguncla. per- tencente ao Grão Ducado do Hesse, c a Prússia o Luxcmbur go. cujo soberano era então o Rei doa Patzes Baixos. Existem portanto amplo» pre- cedentes em d'rplto mternqclonl para que a França se não enn- fente rom- a neufrali-açõn - litar. sem n sua fiscalizarão, da margem esquerda dn ff.i 'no, tanto mais quanto, dizem os nu- llicistas francezes. uma r.ovt guerra, mesmo victoriosa. s~rla n annlqvfilamento da França a o "esgotamento da Alleman apenas momentâneo, aclnodo sempre um paiz os reoursos ne- cessários para uma grac ra quando faz penotrar no espirito dos Seu» eidadão» que sc trata dc uma guerra nacional " E' claro que o Sr. Recouiy culpa a Inglaterra de ter entia- gado A Prússia a margem es- querda do Rhcno, fazendo notai' que o» estadistas Inglezes "tém a visão curta", descurando o futuro polo presente." O que 08 estadistas Inglezes tém é o sen- so pratico, tanto assim que '.ont Curzon deu largas ás s^i» ao- pvehensões cobre a desaggregM- ção allemã, pesslim, no scil juizo, tanto política coipo e<n.- nomlcamente. "porque » unifi- caria em ultimo lugar o desap,- paroclmento do proprio deve- dor". Não occultando que i França é a. responsável p lo grande mnl estar da Eu:1 -pá. antes declarando-o desassom» bradnmente, lord Curzon per- guntou pelas propostas a serem apresentadas pela França e que, segundo o Sr. Poircaré oi zla, estavam dependentes da terminação da resistência pas- siva . Por. sua vez o Sr. Recouiy. maneja como bom franccz i iro- nia, perguntando no seu ''Vvo se a. Inglaterra e os l-.stiul .» Unidos se contentam no que lhe» diz respeito com parto» de fra- rantia e no Intuito de defende- rem, unia o caminho oura a Ín- dia e outra a hegennAca no Mar das Antühas, não preicram <•••• cupar mllitarmcnt' Stic,; •■.Pa- namá. isto é. o» d cm a istbrn ia rasgados á navegação univer sal. Os Estados Unido» nãojjse contentam, recorda o autor, ÓWl a zonaitío canal, que fotificaram. iras dispõem de base» navne.» nas costas das Republicas dc Cuba o de Nicaragua. Por qne não deixam, escreve elle, essas potências para recorrer even- tualmente aos bons officios df Sociedade das Nações? O p«criptor francoz despvcí-l U at gia elle proprio a Liga, que poi ~ si aliás se desacredita abstendo- se de chamar a si questões mo- menlosas. dc interesse universal, c consentindo que no seu seio flenrem representantes dc nm governo como o do Coronel Oo- . natas, que escalou o poder pfi meio de uma série dc cobaig^s cxccuçõe» a que as outras na - ções fecharam oa olhos, como os fecharam ao assassinato da fa- mília imperial russa velando^ apenas a face quando se trata das atrocidades dos soviets. Ha quem oensg que « Alie- DOMINGO, 2 5 Viajante» A bordo do "Arlanza" chega hoje a esta Capital, acompanhado de sua esposa, o Sr. Dr. Joaquim Nicolau, clinieo, quo regressa de uma viagem de estudos aos prinoipaes paizixs da Europa, O desembarque do distincto medico deve <>ffectuar-se ás 2 horas da tarde no Cáes do Porto. — A bordo do "Lutetia" regressou hon- tem, da Europa, acompanhado de sua famí- lia, o Sr. Feliciano José Diniz, filho do Co- ronel Antcnio José Diniz e socio da firma Antonio José Diniz & <J., estabelecida em Nitherohy. — A bordo do "Cap Polonio" regressa hoje da Europa o Sr. Júlio Simões, nego- ciante em Nitherohy. Mospital Hahnemanniano Comiriemorando o Natal, a Directoria do Hospital Hahnemanniano inaugurará o novo pavilhão destinado á enfermaria de clinica pediatrica. medica, sob a direcqão dos pro- fessores Dr. José de Castro e Ma mede Ro- cha, da Faculdade Hahnemanniana. Vai ser transferida da actuai enfermaria para, essa nova adaptação própria, em me- lhores condições de conforto e hygiene. Também será brevemente inaugurada a Maternidade e enfermaria de clinica gyneeo- logiea, *para. servir ao ensino das respectivas cadeiras da Faculdade Hahuemannüana. A ultima está sob a direcção do professor Mar- ques de Oliveira.Carlos Cbsar r>B Oliveira Sampaio Fi- ' lho — Causou funda consternação em toda a nossa sociedade o falieoimento prematuro do Joven Carlos César de Oliveira Sampaio, filho do Sr. Dr. Carlos Sampaio. ex-Prefei- to do Districto Federal. Contando apenas vinte annos. muito que- rido na nossa alta. sociedade, foi o inditoso moço victima de um desastre, ha uma se- mana, e, embora tratado com o maior des- velo. veio a fajlecer hontem pela manhã cercado do carinho de todos os seus. O enterro do Sr. Carlos Sampaio Filho realizou-se ás 5 horas da tarde, sahindo o íerel.no da Casa de Saúde D -. Biras para o Cemitério de S. João Ba'/ i, om enorme i oucurrencia. coberto o caixão de innume- ras e rica- corõas. A família Carlos Sampaio tem recebido bs mais significativas manifestações de pe- zac pelo triste acontecimento. — Falleceu hontem. ás tres horas da tarde, o Sr. Antonio Mlatheus Dias Fernan- des. commerclante desta praça. O finado residia em companhia de seu genro, o Sr. Manoel Duna, á rua Dr. Paubj de Frontin, donde sahirS o enterro, hoje, ás 4 ^oras da tarde, para o cemitério de São João Baptista. Enterro» Antonio Alves pa Fonseca — Foi senti- d ssima no circulo de suas relações e, prin- ■ipalmente no Itamaraty, a noticia da morte do Sr. Antonio Alves da Fonseca, 1° off^ial da Secrelaria de Estado e uma das figuras de mais destaque e mais bemquista daquella casa. O seu enterro fo! uma commovente de- into era querido pelos seus como eram apreriadoa em nobre caracter, a «ua re- ■nterrn de qua m e de o seu rompa nhei nosso meí' rfdâo e a sua inlclllgeiicla. No cemitério, ao baixar o corpo fl sepul- tura. o Sr. Dr. Brlcio Filho pronunciou uma to ante tlloouçSo, cm que rememorou tola a agitada e nobre vida do extineto, cheia dos laaD bellos exemplos de dedicação, dc gene- rosidade, de patriotismo e virtudes privadas. Testemunha dos pr meiroa passos de Ai- x os da Fonseca na vida publica, o Sr. Dr. P.rlcio Filho narrou, com profunda emoemo, os serviços excepcionaes prestados pelo dis- tincto funecionario A causa da Republica, pn- tf c depois da proclamnção, destacando a I arte importante que teve nas operações mi- litares em Nitherohy, por occaslão da revolta da Armada, quando expoz por varias vezes a sua vida com desaasombro e abnegação em favor da legalidade. Referlo-»e. depois, á sua rupida passa•• gem pelo jornalismo e A sua entrada no Ministério das Relações Exteriores, onde, sem perder o seu todo modesto e retrahido, con- quistou pouco a pouco pelo seu merecimento quasi todos os postos da Secretaria, pois. va- rias vezes exercera, interinamente, o cargo de director de secção. Em toda a sua car- reira no Ministério do Exterior demonstrou sompro os mesmos nobres anhelos e o vivo icioal, que alimentara na primeira mocidadc, quando nas ruas e praças da cidade de Ni- therohy, expoz heroicamente a sua vida pela Causa dg legalidade da Republica. Fallou ainda o Si*. Dr. Bricio Filho das virtudes privadas do extineto funcqlcn i o. como exemplar e carinhoso chefe de familia, que. embora lutando com grandes difficulda- des. levou a tal esmero a educação de suas duas filhas, que poude têr a satisfação de vêr a uma dellas ser ci.i. sificadn cm prime o i • gar, entre 400 candidatas, num concurso da Escola Normal. O Sr. Dr. Brião Filho conduto a sua commovente oração narrando o quadro trls- tisslmo da morto do Alves da Fonseca, no momento cm que sua filha, a que havia dedi- cado todo seu carinho, chegava a casa t-rdo terminado os exames do l" aii»n -de seu curso com (listincção em todas as provas. As ultimas palavras do orador evocando a fi- gura de Alves da Fonseca, a sua natural mo- déstia, suas nobres virtudes de cidadão e de pai. emocionaram até as lagrimas, o grupo de amigos, que. cm torno de seu esquife hontem á tarde, no cemitério de S. João Baptista, fo- ram levar-lhe o derradeiro adeus. O Sr. Felix Pacheco, Ministro das Rela- ções Exteriores, fez-se representar pelo chefe de seu gabinete Sr. Consui Sebastião S imn u >. Acompanharam o enterro as seguintes pessoas; Dr. fincinato Simões Correia e senhora, Mnntenegro Cordeiro, Dr, Ducano Reis e fi- lha. Alfredo Buchdid e senhora. Antonio De- andro Fernandes e senhora, José Gomide Ju-* nior, Eloy Gomide. Bcnleio Cunha, v a.i . i Cunha. Jaclntha Cunha. Adelina Dopcs de há Firminn Simas. Cecília Lobão, Olivia Bit- oure Viu vi Damogo Carvalho. Almirante i Ti'i no Munia Tclle», senhora e filhas, Sena- Ra cbcsa Dirna e senhora. A. Vlanna c - c- nhora, Cândido de Oliveira e senhora, Dr. T .cophilo Torres e nliora, Conde de Affon- so Celso. Hippolyfo Alves d'Araujo. Raul A. i" Campos. Mario de Vnsconcellos, Abilio G. da Cruz e família. Dr. Raul Guedes. Dr. Hr - c o Filho, Gaspar Guimarães e Abilio Cruz, V' Io Giemio N. B "Floriano Peixoto", Ne- mésu.i Dutra, Ary Werneck. Mario Pontes. 'a io N. Brito, por si e pelo Cônsul Jayme P ito, Osovio Dutra, por si e por Lv(z Fer- nandes Pinheiro. M. Coelho Rodrigues, Alfre- do Dias de Mello. Sebastião Sampaio. Chefe ilc Gabinte do Sr4 Ministro das Relações F,x- teriores, representando S. Ex. e por si; NI- colAn T. Debané. Alcides da Silva, Manoel Benides. por si e por Ducano Reis, F. de Mesquita Braga. Syivio Uoin ' ic .ho, S- c f ili i, Nelson Romero. Arthur Ferreira Ma- lhado Guimarães, A. J. Dop^s de Sá, Qari- i.aliü. Hermanl Biluc Guiqiarães. por si e pa- li 1 iu i.- Olavo Bllac, Viuva Noemi Alhadas filhas. Viuva Bastos e filhos. Sra. Luiza 1 \s ar < apitão Amilcar Pederneiras e se- i i dr Dr. Pontes dc Miranda c senhora. Manoel d-. Cunha Simn- Júnior é senhora. Dli/. Armando Cunha e senhora, Maurício Jopjr rt. da Silva e senhora, Heraclito Morci- r». Duiz Beruttl c senhora, Abigail Paiva. Xl.u i fa Valqueredo. João Paulo Barbosa ma. Per'cies Barbosa Dlma, Voz dc MelTO; c kien A az de Mello. Commnndante Benicio i unha. Dr, Ferreira dc Araújo e muitos ou- drr.s pessoas que não deixaram os nomes. Sobre o feretro viam-se as seguintes co- rõas; "Homenagem de Duclano Reis e familia": "Ao ooilega e amigo Alves da Fonseca, sau- dades de Gregorio Peccgueiro"; "Mme. Amil- car Pc lernecras"; " Saudades do Director Gi ral dos Negocios Consulares o Commor- > aos c si'us funcclonarios"; "Homenagem de Heraclito Moreira e filhas"; "Saudades de sti i sogra e cunhados"; "Saudades de «ua es- ços,; o filhos": "Déo Lobato"; "Ao Sr. AI- --- <la Fonseca, a Com missão Rio Branco": "A J" Officin' Alves da Fonseca" o Minis- . P •••.. das Relações Exteriores"; "Saudades de T.nlu', Maria e Dourdes"; "Ao Alves da Fon- os seus amigos da Contabilidade": "Ao btvn amigo » Irmão, saudades de Thomaz Ca- valcanti, senhora e filhos"; "Saudades do Cinchinto e familia"; "Saudades do Zizlco e .f..nl!lla"; "Saudades dos companheiros da rccçiio America do Alinisterio do Exterior"; 1 Dr. Pontes de Miranda e senhora"; "Dr. 'Mario Fernandes, schhora e filhos"; "Andréa Alves da Fonseca": "Saudades do Bricio Fi- lho"; "Ao Alves da Fonseca, o Grêmio Bo- neficentc Floriano Peixoto". — Enterrou-sc hontem no cemitério de São Francisco de Paula, em Catumby. o Sr. Ca- p ' "o Albano Corrêa do Couto, veterano da gcrr.i do Paraguay. PnoFBíaonA Thbrbza Saramaoo SALarrai- niMto — No cemitério da Confraria, de No-m Senhora da Conceição em Nitherohy. foi hontem inhumuda a Professora D. Tlie- roza Saramago Salgueirinho, esposa do Sr. Adi mar da Costa Salgueirinho. funecionario do Juízo dos Feitos da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. O seu cnfterramento foi bastante con- »corrido, sendo sobre o tumulo da extineta collccadas numerosas cotlôas de flores na- tufaes. Sfnttorinha Deonidia Vtoi,ante — No ce- mitsrio. de Cachoeiras dc Macacu'. no Estado rtn D o do .1; neiro, foi ante-hontem 'uhumsda v■ "ilu "inb • Tzonidia A*:o'ant,e. flha do Co- ronel José A''Olante. negociante em Nithe- rohy - • Pelo nocturno paulista <foi hontem transportado para a Capitalde S. Paulo o corpo do maltogrado acadêmico de medicina José de Oliveira, fallocido nesta Capital. Acompanharam o feretro, seguindo para aquella cidade. Os Sr.s. J. Novaes Banitz. Presidente do Centro Acadêmico Francisco de Castro; João Queiroz Ferreira, José Pagane Filho, Jovino Silveira e Agenor Camargo. A ceremonia do énterramento realizar- se-hâ hoje, ás 10 horas, em S. Paulo, sahin- do o feretro do edifício da Beneficência Dir- tugueza, para onde foi transportado e onde esteve em exposição. O Centro Francisco de Castro communi- cou ao Centro XI de Agosto de S. Paulo, que confia á sua guarda e á das demais as- sociações acadêmicas daquella cidade as ul- timas homenagens ao seu pranteado collega. THEATROS E MUSICA OS DO LIS PROSCRIPTOS — O velho lheatro S. Pedro regorgitava hontem de pu- blico. Era noite grande. Primeiro de Dezem- bro, representavam-se "Os dous proscriptos", cu "A Restauração de Portugal" — natural- mente. B bem fazem—do ponto de vista eeo- i oralco, pelo menos — os que mantêm essa tradição draraatico-patrlotiça. "Os dous proscriptos" valem ainda por tres... E a "Restauração de Portugal" continúa a res- taurar as finanças das companhias. O eapectaculo de hontem correu regular- mente e entre as salvas de palmas do costu- me. As phrases "Passagem a Sua Alteza! " e "Era ferro castelhano, etc", desencadea- ram cada qual sua tempestade de applausos e acclamações. E ao final dos actos foram especiaimenie favorecidos pelo enthusiasmo do publico os artistas Sras. Maria Castro e Branca de Lima e Srs, Antonio Ramos e Jcão Barbosa. ESCOLA DE MUSICA FIGUEIREDO ROXO - Com orme foi já noticiado, é hoje ' que se realiza a aurligâo de piano e canto dos aluamos da Escola de Musica Eigueiredo Roxo. Essa, festa, que se effectuará no salão do Instituto Nacional de Musica, ás 15 ho- ras, será em beneficio do Natal dos pobres, com entrada a dous mil réis. A DUQUEZA DO BAL-TABARIN A Companhia Italiana de Operetas Clara Weiss levou á scena hontem no Theatro Lyrico a opereta já bastante conhecida "A Duqueza do Bal-Tabarin" . A representação correu brilhante, agra- dando bastante. A Sra. Clara Weiss na protagonista con- duzio-se como sempre, com geral agrado da platéa, sendo muito applaudida. DIVERSAS NOTKUAS — Aos princí- paes artistas da Companhia Dr.imatii.t que • stA trabalhando no Theatro Jofto Caetano leu hontem «o Sr. Marque^ Pinheiro Ufiii peca de eua lavra, intltulad;! MA lei ^upr•,- ma *. A leitura causou a a Sra. Maria Cas*ro p^ cedesse » H l^el rema tada na sua festa artistl — A Companhia Clara Wei? tará amanhã, no Theatro Lyrico. 11 opereta eta Quando cousas, porq ue E lhes gueira. melhor impressão e Io ao autor que lhe para ser represan- do corrente. repre«en- pela única mk' de- des- Srs. pro- de \ ez na temporada, a fano- Frana T^ebar "A viuva alegre". — Os prinoipaes papeis d» hui pequena da Marmita", annunciada p.-u pois de amanhã, no CarSis Gomes sen empenhada pela Sra. AM i C.arrido e Américo Garrido e Armando Braga. — Com enthuslastica actlvidade. reguem no Recreio os ensaios da rova vista do Sr. Marques Porto e Affonso Carvalho. "Penas de pavão". — Entraram nara a Companh:a do São José «os artistas Sra. Mnrgarlda Martins e Sr. Augusto Martins. — Na festa da Sra. Natalino Serra, an- nunciada para 5 do corrente, no Trianon. ha- verá um acto variado em que tomorào narte os artista^ Sras. Lucila Peres. Belnilra de Almeida. Emma de Souzai. JBvan Stachino e Celeste Reis. THEATRO LYRK^O A Companhia da Sra. Clara Weiss leva hoie. A scena a ope- reta. "A Duqueza du Bal-Tabarin". Trianon — Na "matlnée" e nos d^us espectaculos da noite, repete-se a comedia "O Doutor sem sorte". RECRFJO — Contlnéa ainda em ■ - n a a celebre revista. "Tim-tim por tim-tim" S. JOSE' — A revista "Sonho dr opIo** continda em franco exlto no S. José. CARLOS OOMKS — Vai dando alndi suocessivas enchentes todas as noites a hur- leta, "Luar de PaquetA''. S. PEDRO — Ainda bole. r^procsrnta-qo neste theatro. o drima histórico "Os dous proscriptos ou a Restauração de Portugal em 1640". RTALTO — No programma desta casa de diversões continda a figurar com grande aceitação, "O choque", da Universal Jewel. CINEMA IMOOERNO — Dous importan- tes "filma" figuram no nrogramma drsta casa, do diversões, "Capricho do mulher" «•evs intensos actos o "A' pista de oregno". 15° e 16° episódios. NOTICIAS RELIGIOSAS l" DOMINGO DE A DVEXTO DO TERCEI- RO AiDVWNTO DE OHRISTO O terceiro ndvonto de fhristo w produzi- rá terrível e súbito. O tempo da mbor-or- dia terá paaaedo, aerá a hora da justiça. Trxto do Santo Foanpelho: "Naquellr tempo. Disre Jesus aos seus discípulos; "Haverá signaes no sol. na lua n nas ealrellas; o na terra, a consternação das gentes pela confusão em que as porá o bramido do mar e das ondas, mirrando-se os homens do susto, na espetetação liaquei- las cousas que virão sobro todo o mundo, porque as virtudes do céo so abalarão. E eu- tão verão o filho do homem vindo sobre uma nuvem com gtrandle poder e majestade. começarem, pois, a cumprir-se essas olhai e levantai as vossas cabeças, se approxima a vosso redempção propoz este simile: Olhai para a fl- e para todas as arvores. Quando já de si produzem o frueto, conheaeis que está proximo o estio. Assim também vfls. quando virdes irem succedordo essas cousas, sabei que está proximo o reino de Deus. Em ver- dade vos digo, que não passará esta gera- ção até que se cumpram todas estas cousas. Passará o eéo, e a terra — mas as minhas palavras não passarão." 1" TONTO A. A mystiea do Advento nos mostra que o advento de Nosso Senhor Jesus Chr s- to é ao mesmo tempo "simples" <> "triplo". E' "siilipies". porquê é o mesmo" Jesus Chris. to Filho de Deus que vem ter como os ho- mens. E' "triplo", porque vem de lies ma- neiras e em tres épocas differentes. Durante o advento a igreja es))era com lagrimas e impaeiencin a vinda do Ohristo Redemptor em seu primeiro advento, cujo an- niversario é o Natal. O primeiro é, com rf- foito. o do Verbo feito carne nascendo no tempo para a salvação da humanidade! Ahl o Christo vem na enfermidade. B. O segundo advento é o da vinda de Christo nas almas, em espirito e em poder. Estamos actualmente no segundo advento e Jesus vem e vive nas almas justas... A igreja o pede com ardor... Somos nõs des- ses?. ... Oremos com a igreja para obter nossa santificação! 2' PqNTO A. O terceiro advento é aqueile em que elle virá em gloria e em majestade, ao qual so refere o Evangelho deste dia. O segundo advento nos auxilia a esperar sem temer o terceiro e que será terrível. Será. com effeito, a hora da, justiça inexorável. Esse terceiro advento é vivamente desejado pela igreja como os dous outros, porque elle eonsum- murá a gloria dc seus filhos eleitos... Não negligenciamos cousa alguma para ser de seu numero. .. B. Mas será um dia terrível... Nõs se- remos julgados pelo Christo, e segundo a iei que é gravada no intimo de toda alma humana, lei promulgada, sobre o inai e com- pletada pelo Evangelho. A igreja com o pensamento desse juizo fica entre o temor e a esperança. Temor por seus filhos culpa- dos... EWpeilança por seus filhos dedica- dos . . . Resolução — Sejamos fieis a, nossos de- veres. particularmente a nossos deveres de estado. em beneficie da fundação da Escola de Tho- rezinha do Menino Jesus. Píira crianças po- bres. o das Obras do Santuário. Entre outros números de diversões, dc programma constam us seguintes: Grande concerto de violino, canto e piano, por jovens musicistas; variada sessão de canções e tro- vas sertanejas por oatullo Cearense; spoorts vario.- por uni grupo de rapazes, torneios in- fantis, tomfcolas, barraquinhas e um sem nu- mero do agradaveis sorpresas. O caricaturista Ivan prestou-so a reali- zar uma sessão de caricaturas e "eharges" da actualldade. Duasbandas de musica abrilhantarão os festejos. Os restantes ingressos são encontrados nas seguintes casos: rua Mnria e Barros, 218: rua do Ou\ dor, ,>4, sob., com Ernesto Silva Ferreira: rua do Ouvidor, 123 (Luneta de Ouro): rua Rodrigo Silva, 3, com o Sr. Any- sio; e. no Meyer, á rua Dias da Cruz n. 124. CONFEDERAÇÃO CATHOLICA A secção masculina da Confederação realiza bojo. ás 14 horas, no Circulo Catho- lico, a sua reunião mensal. SPORT TURF A CORRIDA DE HOJE — O programma ' .i reunião de hoje. no prado Fluminense comporta, dous importantes clássicos o mal» sete pareôs cuja organização autoriza pro- nieUedoras carreiras e bonitos finaes, a que tanto se presta a grande recta do hippodro- mo de São Francisco Xavier. O grande prêmio "Presidente da Repu- blica . uma das mais significativas provas mantidas pelo Governo Federal, reúne apenas tres concurrentes e parece destituído de in- teresse. Afigura-se-nos, entretanto, que a carreira vai interessar o publico, não sendo de estranhar que a resistente Liette, favore- cida pe i distancia, venha offerecer seria luta a Mangerona. no final do severo percurso Reservado exclusivamente a éguas de quaN quer paiz, o clássico "Raphael de Barros" promette uma carreira das mais interessan- tes, entre as quatro candidatas ao bem dotado prêmio. Auendendo á distancia do pareô, Es- clava sera a mais destacada conourrente. se a sobrecarga que lhe 'coube, não annullàsse um tanto a ligeira superioridade que tem demonstrado sobre as adversárias, que assim lhe ficam perfeitamente niveladas. Os sete pareôs que completam o program- m.ç autorizam, como já dissemos, a pre- visão de mignificas carreiras, notadamente o denominado "Commlssão CentraJ dos Cria- deres", qne reúne um lote de bons "perfor- mers" e se apresent i como um dos maiores attractivos da corrida. Dispondo de tão bons elementos a re- união de hoje pro-eguiná, certamente, a serie das magníficas tardes de sport que nesta terruorada nos tem proporcionado o Jo.kev Club. Como de costume, indiçamo* «s nossos taveritos, que são: Diamantina c Tribuna. K itatelm e Mouohette. Media Rlep la e Dlctado, Nympha e Celeuma. Cae Nagua e Violento Xijlnsky e Marota, Mangerona r Liette, M iraehon e Saierno. tEaclava e Sombra. M 'Presidente da Rppu- vas mantidas pelo Go- n aciona cs de 4 annos, pela primeira vez em O grande prêmio a", utns das pro\ verno. destinada aos e ma s. foi realizado i''lk e tem lo disnutado annualmentc no Derliy e no Joi^key Club. alternadamente, com o seguinte resultado: lS!k Kdu' (S Rcs.ts) — 3.000 pietroa em 200" 4 5. no Derhy Club. 1910 — Zuavo (P, Zabala) — 3.000 me. troa em 200" 2(5. Jockev Club. 1920 — Othelo (D. Suarez) —- 3.000 me- tros em 199" 4|J no Derby Club. 1921 — Kitehner (C. Fernandez) — 3.000 metro, em 109" I .">. no Jockuy Club. 1922 — Brl ige (A, Olmos) — 3.000 me- tros em 206", no Derby Club. 0 cii -aieo "Raphael de Barros" foi In- stiiuioo em 1913 com o titulo de "Importa- eac " c é reservado exclusivamente a éguas de qua quer |>aiz. A importante prova, que tem - Io realizada com toda a regularidade, registra as seguintes veneedoraa: 1913 — Hebréa (D. Suarez) — 1.700 me- tros cm 110" 4(5. 1 U Romllda (J. CoutlnhO) — 2.000 metros em 131" 415. IgUj) iai.» Par.ule (P. /abala) — 2.000 me i . s em 131" 214. 1911; Energi a (M. Michaela) — 2,000 metros em 133" 2|ã. 1917 — Parade (A. Fernandez) — 2.000 metro em 132". 1918 — Land Lady (D. Suarez) — 2.000 metros em 134". 1919 — Silhueta (P. /abala) — 2.000 metros em 131" 2(5, 1920 — Melrose (D. Suarez) — 2.000 metros em 134" 3|6. ^ 1921 — Aspirina (D. Suarez) — 2.000 metros em 135" (W. o.) 1922 — Manllha (A. Feljõ) — 2.000 me- tros em 130" 415. DERBA" CLUB — As phoximas iNscnt- çõbs — Do programma da próxima corrida farão parte as duas seguintes provas; Gr ade Prêmio "Dous do Aogosto" —- 1.800 metros 1 :«nn$ 0 400* — Mico, Atln Habv Burlon. Mimosa, Neurosls. Liberté, Mu' linha Moreno, Tnpajoz, Alsaciana, Whls- por. Kit Kox e Rêvc d 'A lanes. N nios>ii i corrida, transferida do ultimo domingo, será, também, disputada a seguin- te prova; Grande Prêmio "America do Sul" — 1.800 metros - 8:000$, 1:600$ o 400$ — Kon- den. Pobre Juglar. Média Rlcnda, Ophelia e OlAo. As ins-ri lições serão encerradas terça- feira próxima, ás 5 horas da tarde, conforme o projecto a seguir; Gi ndo Prêmio "America do Sul" — 1.800 metros — Prêmios; s;000$, 1:600$ e 400$ — Animaea já insoriptos. Orende Prêmio " iáius do Agosto" —■ 1.8011 netriis — 8:000$, 1:600$ e 400$ — Ani- m.aee já insoriplos. Poipo "Seis do Março" — l.GOí) metros - Prenvos: 3:000$ e 600$ — Anlmaos uaeio- nacs Hiraiiiap antecipado, com descarga. Pareô "Progresso" — 1.609 metros — Prêmios: 3:001)$ e 600$ — Animaes nacionnes — Handicup antecipado. Pireo "Derby Club" — 1.800 metros — 3:500$ e 700$ — Animaes naoionaes — Han- dicap ante pado. Pareô "Itamaraty" — 1.609 metros — •Prêmios: 3:000$ e 600$ — Animaes de qual- quer paiz. — Handieap antecipado, com des- carga . Parco "Internacional"' — 1.609 metros — Prêmios: 3:000$ e 600* — Animaes d< qual- quer paiz Handíca-p antecipado. Parco "Dr. Frontin" — 1.800 metros — Prêmios; 3;s>00$ e 7008 — Animaes de qual- quer paiz — HundiCrp antecipado. importante — 3:000$ ESCOLA THERE/INHA TXI MENINO JESUS Com um variado programma. realiza-se no proximo domingo, 9 dn corrente, um grande festival no Jardim Zoologlco, promo- \ ido por um grupo do senhoras brasileiras O DERBV PAULISTA — O Jockoy Club Paulistano realiza hoje uma. de sutis tr I s tniportantes ç ríçnifirativa.s festas an- imaes. pois será disputado o "Derby Pnulls ta" a prova maxima reservada aos tres an nos nascidos no Estado. Nessa bem dotada pttiva. que attesta o inconte iavel jaogresso da "éléva / " pau- lista, tomarão parte os seguintes animaes: Vosta — C. Fernandez. Andromeda — D. Vaz. Herú — J. Salfate. Benjolm — C. Houghton. Coruçá — C. Oray. Landishire — C. Ponin. O programma completo da corrida é o seguinte: l" pareô — Prêmio "Etiqueta 0 6098 — 1.000 metros — Bombarda 53 kilos Etiqueta 53. Contestado 55. Baltitanle 53 e Fiorello 51. 2° pareô — Prêmio "Chalupa" — 3:000$ e 600$ —- 1,609 metros — Klta 54 kilos. Cha- lupa 54, Ripon 57. Malaspina 54 o Orixá 54. S" pareô — Prêmio "Quorum" — 3:000$ e 6008 —- 1,609 metros — FaveUa 55 kilos Batovy 57, Categórica 48, Deslumbrante 49, Bandeirante 53 c Valorosa 52. 4o pareô — Prêmio "Rataplan" -— 3:500$ P 7008 — 1,609 metros — Miudinho 55 kilos. Rataplan 56. D'Annunzio 52. Gurupy 53 e Feitor 51. 5° pareô — Prêmio "Dalmazia" — 4:000$ e 300* — 1.000 metros — Titlfng 54 kilos. Kingls Gift 55. Liberté 55, La Marqueza 55, Manüha 51. Impresion 55 e Antelope 51. 6" pareô — "Grande Prêmio Derhy Pau- lista" — 20:000*. 4:000$. 1:000$ c o 4» livra- rá a entrada e mais 1 *000* ao criador do ven- cedor — 2.400 metros — Vesta 52 kilos, An- dromeda 52, HenT 54. Benjoim 54, Coruçá 54 e Lancashire 54. 7' pareô — Prêmio "Aprompto" — 4:000$ e S00* — 1. SOO metros — Testaferro 57 kilos, Neuros-s 54. Almofadinha 54. Anexioji 51 e Camorra 49. 8o pareô — Prêmio "Sansonette" —■ 3:000$ e 600* — 1.609 metros — Nihclac 56 kiles Blarney Stone 55, Proserpina 50 • Snob 53, tendores. que, no momento, é o melhor pos- sível . A luta está arbitrada, em 20 "rounds" de 3 minutos com iuvas de 4 onças. Para juiz de FOOTBALL DF VVP JOt,!0 tXTERNAI TONA.L hoje — Tem despenado grande inte- esse a realização do grande jogo internacio- nal de hoje, entre o comlniiado Flamengo- "vWéo8 6 0 Ulliversal f1'- c- de Monte* O combinado brasileiro entrará em cam- pc assim formado : A mado A. Netto Ciodnaldo Mamede — Sidney — Sérgio t'0>—-ga Mario — Frienõerich — Jun- . , queit-a — Moderato Actuara a grande partida o juiz Henri- que Vignal, do Flamengo. t omo prova preliminar' haverá um jogo er.tre o Bangú e um "te formado
Compartilhar