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FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA Exercício de Fixação Professor: Alexandre Silva de Souza Casos Clínicos Daniel, atualmente com 06 anos de idade cronológica, nascido de parto vaginal a termo com história de icterícia consequente a incompatibilidade de Fator Rh. Mãe relata que não fez pré-natal e que não tinha certeza quem era o pai da criança. Durante a gestação nega tabagismo e etilismo, realizando caminhadas 2x por semana. Recebeu alta após 30 dias de internação na UTI neonatal, necessitando neste período de 2 transfusões sanguíneas, ventilação e banho de luz, com TC de crânio com imagem compatível a lesão cerebral parassagital e focos isquêmicos em núcleos da base (marmorização). Apresenta diagnóstico médico de Paralisia Cerebral, do tipo Quadriplegia espástica grave com componente atetóide. Realiza tratamento multidisciplinar desde a alta hospitalar. Atualmente o exame físico revela AIM para tíbio-társica bilateralmente onde apresenta pé equino e encurtamento muscular em flexores de punho, dedos e cotovelos, também bilateralmente. Sua avaliação tônica revela hipertonia grave com prejuízo da força muscular. Foi observado hipotrofismo global. Evidencia hiperreflexia tendinosa patelar e aquileu bilateralmente. Não realiza transferências posturais de forma livre. Quanto a atividade reflexa e reacional apresenta a persistência de RTCA, RTL, Moro e ausência de reação de proteção sentando apenas com apoio inclinado, porém com sustentação de cabeça insuficiente. No momento, Daniel está sem atendimento de fisioterapia, completando 6 meses sem qualquer tratamento. 1. Qual o Diagnóstico Físico funcional de Daniel: 2. Eleja 5 objetivos de tratamento para Daniel: 3. Cite 5 abordagens terapêuticas aplicadas a este caso e justifique sua resposta. _________________________________________________________________________ 1. A paralisia cerebral não é uma doença e sim o resultado de uma lesão ou mau funcionamento do encéfalo imaturo. O principal sintoma de paralisia cerebral é a anormalidade no tônus muscular, podendo apresentar também ausência ou irregularidade na coordenação motora, fraqueza muscular e tremores. Contudo, outros sintomas podem ser desenvolvidos como a epilepsia, as convulsões, além de dificuldade para respirar. Da mesma forma, pode haver retardo mental e na linguagem ou problemas para falar, surdez, dificuldade na visão, estrabismo e até perda de visão. Algumas crianças acabam desenvolvendo também distúrbios comportamentais devido a sua relação com sua limitação física. E, por fim, podemos incluir nessa lista que, infelizmente é extensa, alterações na coluna como cifose ou escoliose e, também, deformidade nos pés. Com objetivo de maior esclarecimento, leia as diretrizes, no link abaixo, e destaque o conceito, causas, fatores de risco, classificação, e sinais clinicos no diagnóstico precoce (tabela1). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_paralisia_cerebral.pdf 2. Quando classificamos a Paralisia Cerebral, melhor chamada de Disfunção Neuromotora, o conhecimento do acometimento topográfico, que define as partes do corpo envolvidas, é fundamental para a construção do diagnóstico cinético-funcional. Pinte nas silhuetas abaixo as áreas acometidas que caracterizam essa classificação em Hemiplegia, Quadriplegia, Diplegia e Triplegia. Aproveite e defina em qual dessas classificações topográficas Daniel se enquadra. 3. Daniel já completou 6 anos e é possível verificar que sua condição se enquadra em um dos níveis de classificação da escala GMFCS? Descreva o nível correspondente: 4. Como já vimos em sala de aula a alteração tônica na Paralisia Cerebral é um fator determinante para seu diagnóstico. Além da classificação topográfica (expressão motora), as crianças também precisam ser caracterizadas quanto ao acometimento tônico. Crie uma tabela que apresenta as diferentes características da Paralisia Cerebral Espástica, Discinética , Atáxica e Mista. 5. Diferentes métodos e conceitos podem ser utilizados para trabalhar Daniel e outras crianças com Paralisia Cerebral (conforme material de consulta). O método Therasuit foi desenvolvido nos Estados Unidos por um casal de fisioterapeutas, Richard e Isabela Koscielny, com bases em estudos sobre os efeitos negativos da falta de ação da gravidade nos astronautas russos. O casal observou que as crianças com paralisia cerebral e as pessoas acamadas por longo períodos, apresentavam os mesmos sintomas. A agencia espacial russa criou uma veste, para gerar uma carga vertical e uma sequência de exercícios diários intensivos. Por que não criar, então, um treinamento similar para pacientes com desordens neurológicas? Assista o vídeo https://youtu.be/YQxdtWFPqBs que aborda o conceito e como ele funciona. Extraia do video e de uma matéria da internet dados sobre a técnica de tratamento e faça uma breve síntese de até 10 linhas. Sugestão de consulta: https://www.pediasuitbrasil.com.br/index.php/pt-br/sobre-o- pediasuit 6. As órteses também são indicadas a Paralisia Cerebral, tanto as posturais quanto as órteses funcionais. Determine as principais características que as diferem e procure gravuras na internet das principais órteses utilizadas nas crianças com Paralisia Cerebral. 7. Já ouviu falar das “F-words – Minhas Palavras Favoritas?”. São palavras que representam as 6 áreas chaves do desenvolvimento infantil e devem ser sempre lembradas e respeitadas por profissionais que trabalham com crianças com Paralisia Cerebral ou qualquer outra. Assista o vídeo clicando aqui: https://youtu.be/xPMzPJwWop8 e depois aponte essas seis palavras, explicando o conceito de cada uma. 8. Muitos tratamentos são propostos para a criança com paralisia cerebral. Assista o vídeo https://youtu.be/uM7cPH7vIYI e busque nesta exposição quais são as melhores evidências para a prática clínica do Fisioterapeuta.
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