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EMISSÃO: 6 de agosto de 2019 
PÁGINA: 1 de 4 
 
UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas 
DAC – Diretoria Acadêmica 
Rua Sérgio Buarque de Holanda, 251 - Cidade Universitária – Barão Geraldo – Campinas/SP – 13083-970 
Diretoria de Registro e Gerenciamento Acadêmico – 00 55 19 3521 6662 
www.dac.unicamp.br 
Rubrica: 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 DIRETORIA ACADÊMICA 
 
PROGRAMAS E BIBLIOGRAFIAS / PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
Professoras Responsáveis: 
Chantal Medaets – Pós-doutoranda/FE, https://unicamp.academia.edu/ChantalMedaets 
Nadège Mézié – Antropóloga, Univ. Paris Descartes, https://univ-paris5.academia.edu/NadègeMézié 
 
Dia de semana e horário: Quartas-feiras, das 14h às 17h, de 04/09 a 06/11 (sala a definir) 
Carga horária: 30 horas (2 créditos) 
 
CÓD. DISCIPLINA NOME COMPLETO DA DISCIPLINA 
 Seminário concentrado II - Etnografias de situações educativas 
 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA DISCIPLINA: 
Programa de Pós-graduação em Educação 
 
 
HORAS SEMANAIS DE DISCIPLINAS DE CURSOS PRESENCIAIS: 
Teoria: Prática: Estudo Dirigido: Nº semanas: Créditos: Frequência Aprovação 
24 6 10 2 75% 
 
 
HORAS SEMANAIS DE DISCIPLINAS DE CURSOS SEMIPRESENCIAIS: 
Distância: Presencial: Nº semanas: Créditos: Frequência Aprovação 
 
 
 
EMENTA: 
Nesta disciplina abordaremos diferentes aspectos da metodologia etnográfica aplicada à pesquisa em 
Educação. Nos basearemos em estudos etnográficos clássicos e contemporâneos sobre processos 
educativos e formativos, realizados em escolas e também fora delas, com o objetivo de analisar os 
procedimentos e escolhas da escrita etnográfica e do trabalho de campo antropológico quando este se 
dedica ao estudo de práticas de transmissão e/ou aprendizagem. Destinado sobretudo a estudantes de 
mestrado e doutorado que optaram por realizar pesquisas etnográficas em sua pesquisa, os encontros 
reservam espaço para a discussão dos textos a partir de suas próprias etnografias em construção. 
 
 
OBJETIVOS: 
Apresentar e discutir com estudantes que desejem utilizar ou conhecer melhor a pesquisa etnográfica 
um conjunto de etnografias realizadas no campo da Educação. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
Após uma introdução ao tema da etnografia no campo da Educação, abordaremos os seguintes tópicos: 
o fazer etnográfico com crianças; observação etnográfica em escolas e creches; etnografias de situações 
de aprendizagem não escolares; etnografias da educação de elites; etnografias de processos formativos 
dentro de uma profissão; etnografias do ensino superior. 
 
Dois encontros serão reservados para discutir as produções dos alunos, que são relacionadas as suas 
pesquisas em curso. 
 
 
AVALIAÇÃO: 
- Realizar observações de uma situação educativa e elaborar “notas de campo” (aprox. 10 págs.) que 
https://unicamp.academia.edu/ChantalMedaets
https://univ-paris5.academia.edu/NadègeMézié
 
 
 
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PROGRAMAS E BIBLIOGRAFIAS / PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
considerem as discussões das aulas. Sugerimos que a observação seja realizada no campo de pesquisa já 
em curso para o mestrado ou doutorado, de forma que a discussão sobre esse trabalho seja também o 
momento de pensar sobre suas pesquisas em andamento (caso o estudante não realize esse tipo de 
pesquisa, poderá escolher uma situação nova para realizar a observação). Além de avaliar o trabalho 
escrito, reservaremos duas aulas para a apresentação e discussão dos trabalhos. 
- Elaborar uma resenha de um dos textos estudados (incluindo a bibliografia complementar). 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
Referências básicas e complementares (por aula): 
 
1- Apresentação do curso e introdução à etnografia no campo da Educação (04/09) 
ROCKWELL, Elsie. “Reflexiones sobre el trabajo etnográfico”. In: La experiência etnográfica. Historia y cultura em los processos 
educativos. Buenos Aires: Paidós, 2009, p.41-99. 
FONSECA, Claudia. “Quando cada caso não é um caso. Pesquisa etnográfica e educação”. Revista Brasileira de Educação, 10, 1999, 58-
78. 
Leituras complementares: 
ROCKWELL, Elsie. “La relevância de la etnografía”. In: La experiência etnográfica. Historia y cultura em los processos educativos. 
Buenos Aires: Paidós, 2009, p.17-39. 
FONSECA, Claudia. “‘Lá onde, cara pálida? Pensando as glórias e os limites do “campo” etnográfico”. In: Jurema Brites e Flávia de 
Mattos Motta (org.), Etnografia, o espirito da antropologia. Tecendo linhagens. Homenagem a Claudia Fonseca, Santa Cruz do Sul: 
UNISC/ABA publicações, 2017, p.438-464. 
SARMENTO, Manuel Jacinto. “O estudo de caso etnográfico em educação”. In: Nadir Zago, Marilia Pinto de Carvalho e Rita Amélia 
Teixeira Vilela (orgs.), Itinerários de pesquisa. Perspectivas qualitativas em sociologia da educação. Rio de Janeiro: Lamparina, 2003, 
p.137-179. 
 
2- O fazer etnográfico com crianças: possibilidades metodológicas (11/09) 
PIRES, Flávia. “Ser adulta e pesquisar crianças: explorando possibilidades metodológicas na pesquisa antropológica”, Revista de 
Antropologia, 50, p. 225-270, 2007. 
RIBEIRO, Fernanda Bittencourt. “Os cabelos de Jennifer: por etnografias da participação de “crianças e adolescentes” em contextos da 
‘proteção à infância’”, Politica & Trabalho, 43, 2015, p.49-64. 
Leituras complementares: 
CORSARO, William. “Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas”. 
Educação & Sociedade, 26(91), 2005, p.443-464. 
TOREN, Christina. « Sunday Lunch in Fiji: Continuity and Transformation in Ideas of the Household ». American Anthropologist, vol. 
109, nᵒ 2, 2007, p. 285‑95. 
 
3- Creches e escolas: observando dentro e fora da sala de aula - 1 (18/09) 
CÂMARA, Ana Carolina Marques; ALMEIDA, Ana Maria F. “Classe social na creche”, Educação & Linguagem, 15(26), p.35-64, 2012. 
DELALANDE, Julie. “Culture enfantine et règles de vie. Jeux et enjeux de la cour de récréation”. Terrain, 40, 2003, p.99-114. 
Leituras complementares: 
Wilfried LIGNIER, Prendre. Naissance d’une pratique sociale élémentaire, Paris: Seuil, 2019. (Capitulo a definir) 
 
4- Creches e escolas: observando dentro e fora da sala de aula - 2 (25/09) 
CANDELA, Antonia; ROCKWELL, Elsie; COLL, César “¿Qué demonios pasa en las aulas? La investigación cualitativa del aula”, 
Revista de Investigación Educativa, 8, 2009, p.1-28. 
CAVE, Peter. Primary School in Japan. Self, Individuality and Learning in Elementary Education, Londres/Nova York: Routledge, 2007, 
Capitulo 4 “Mathematical relationships”, p.111-151. 
 
 
 
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Leituras complementares: 
MARCHIVE, Alain. “Le rituel, la règle et les savoirs. Ethnographie de l’ordre scolaire à l’école primaire”, Ethnologie française, 37(4), 
2007, p.597-604. 
TURA, Maria de Lourdes Rangel. “A observação do cotidiano escolar”. In: Nadir Zago, Marilia Pinto de Carvalho e Rita Amélia Teixeira 
Vilela (orgs.), Itinerários de pesquisa. Perspectivas qualitativas em sociologia da educação. Rio de Janeiro: Lamparina, 2003, p.183-206. 
ROCKWELL, Elsie.“Bardas, cercos y llaves: el encierro de escuelas indígenas rurales”. In: Elsie Rockwell, Vivir entre escuelas. Relatos 
y presencias. Antología Esencial, Buenos Aires: CLACSO, Antologia p.355-390. 
 
 5 – Ver, ouvir, participar : modalidades de aprendizagem não escolares (2/10) 
COHN, Clarice. “A criança indígena: a concepção Xikrin de infância e aprendizado”, Dissertação de mestrado em Antropologia, USP, 
2000. Capitulo 4 “Aprendizado e conhecimento”, p.93-132. 
TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz “‘A casa de farinha é a nossa escola’: aprendizagem e cognição galibi-marworno”, Politica & 
Trabalho, 43, 2015, p.65-96. 
Leituras complementares: 
MEDAETS, Chantal. “Despite Adults: Learning Experiences on the Tapajós River Banks, Ethos, 44(3), 2016, p.248-268. 
DOWNEY, Greg. Listening to Capoeira: Phenomenology, Embodiment, and the Materiality of Music, Ethnomusicology, 46, n. 3, 2002, p. 
487-509. 
 
6 – Fazer de uma criança um burguês: elites e sua reprodução social (9/10) 
LE WITA, Béatrix, French Bourgeois Culture, Cambridge: Cambridge University Press, 1994 (Capitulo 3 “The making of Laure”, p.62-
97). 
BRITO, Angela Xavier de. “A formação do esprit de Sion”. Revista História da Educação, 12(26), 2008, p.91-118. 
Leituras complementares: 
POLAZ, Karen Teresa Marcolino; ALMEIDA, Ana Maria Fonseca de. “Fonteiras sociais e simbólicas em um clube de elite”. Revista 
Brasileira de Ciências Sociais [online]. 2018, vol.33, n.98, p.1-20. 
KHAN, Shamus Rahman. Privilege: The Making of an Adolescent Elite at St. Paul's School, Princeton/Oxford, Princeton University 
Press, 2013. (Capitulo 3 “The Ease of Privilege”, p.77-113). 
 
 
 7 - Aprender (n)uma profissão (16/10) 
LAVE, Jean. Apprenticeship in Critical Ethnographic Practice, Chicago: The University of Chicago Press, 2011, Capitulo 3 “Becoming a 
tailor”, p.65-90. 
SAUTCHUK, Carlos. “Pesca e aprendizagem: gestação e metamorfoses no estuário do Amazonas”, Amazônica. Revista de Antropologia, 
5(2), 2013, p.504-519 [Ensaio fotográfico]. 
Leituras complementares: 
MARCHAND, Trevor H. J. “Embodied cognition and communication: studies with British fine woodworkers”. Journal of the Royal 
Anthropological Institute, 16, suplement, Special issue “Making knowledge”, 2010, p.100‑120. 
 
 8 - Etnografias do ensino superior (23/10) 
LUCIANO, Gersem Baniwa. “Educação para manejo e domesticação do mundo: entre a escola ideal e a escola real. Os dilemas da 
educação escolar indígena no Alto Rio Negro”. Tese de doutorado em Antropologia, Universidade de Brasilia, 2011. Capítulo: Itinerário 
acadêmico, p. 35-41. 
CICALO, André. “Nerds and Barabarians: Race and Class Encounters through Affirmative Action in a Brazilian University”. Journal of Latin 
American Studies, 44, p.235-260, 2012. 
Leituras complementares: 
PERRENOUD, Marc e ROSELLI, Mariangela, “Les publics de la Bibliothèque universitaire centrale et leurs usages. Observation 
ethnographique, phase 1”. Rapport, université de Toulouse – Le Mirail. http://www.enssib.fr/bibliotheque-numerique/document-1306 
GUSTERERSON, Hugh, “Homework: Toward a critical ethnography of the university. AES presidential adress, 2017”, American 
Ethnologist, 44(3), 2017, p.435-450. 
 
 
 
 
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PROGRAMAS E BIBLIOGRAFIAS / PÓS-GRADUAÇÃO 
 
 
 
 9 e 10 – Apresentação dos trabalhos (entregues por escrito 15 dias antes) e discussão (30/10 e 06/11) 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
 
DATA (DIA/MÊS/ANO) / MATRÍCULA - NOME DO COORDENADOR DA COMISSÃO GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO: