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Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Centro de Ciência e Tecnologia (CCT) Unidade Acadêmica de Física (UAF) Laboratório de Óptica, Eletricidade e Magnetismo Relatório 1 Reflexão da Luz Aluno(a): André Medeiros Matrícula: 111111111 Turma: 1 Professor: Marcos Gama Nota: Janeiro de 2023 Campina Grande/PB INTRODUÇÃO A princípio, foram vistos em sala de aula os conceitos sobre espelhos e lentes em que foram mostrados os processos de formação de imagem a partir de cada tipo de espelho e lente. Após a conclusão desse assunto foram introduzidos os conceitos sobre os fenômenos da reflexão e da refração, este último será mais bem explanado no próximo relatório. A Reflexão é o fenômeno que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após incidir sobre um objeto ou superfície. Quando isso acontece, dizemos que a luz sofreu reflexão. A reflexão difere da refração, pois a refração consiste no desvio de luz para um meio diferente no qual a luz estava se propagando enquanto na reflexão não há uma diferença do meio. Leis da reflexão Os fenômenos em que acontecem a reflexão, tanto regular quanto difusa e seletiva, obedecem a duas leis fundamentais que são: • 1ª lei da reflexão: O raio de luz refletido e o raio de luz incidente, assim como a reta normal à superfície, pertencem ao mesmo plano, ou seja, são coplanares. • 2ª Lei da reflexão: O ângulo de reflexão (r) é sempre igual ao ângulo de incidência (i). i = r OBJETIVOS Com isso, temos o objetivo de pôr em prática os conceitos aprendidos em sala de aula, as leis da reflexão, bem como verificar se as mesmas são verdadeiras, foram realizados alguns experimentos e feitas análises no laboratório de forma a tudo ser comprovado como verdade. MATERIAL UTILIZADO Os materiais utilizados na realização dos quatro experimentos: • Fonte de luz branca 12 V – 21 W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de posicionamento do filamento • Base metálica (8 x 70 x 3) cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700 mm • Suporte para disco giratório • Disco giratório ∅23 𝑐𝑚 com escala angular e subdivisões de 1° • Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana • 02 diafragmas: um com uma fenda e outro com cinco fendas • Lente de vidro convergente plano-convexa com ∅60 𝑚𝑚, DF 120 mm, em moldura plástica com fixação magnética • 02 cavaleiros metálicos • 02 espelhos planos (60 x 80) mm • 02 fixadores de espelho plano • Vela • Espelho côncavo ∅5 𝑐𝑚 e 20 cm de distância focal, em moldura plástica com fixação magnética • Régua de 50 cm • Anteparo para projeção com fixador magnético • Caixa de fósforos. PROCEDIMENTOS E COLETA E ANÁLISE DE DADOS Após a divisão da turma em equipes foi dado inicio ao experimento, seguindo as instruções da apostila para montagem e realização da experiência adequadamente. 1. As Leis da Reflexão: Espelhos Planos Após a montagem do equipamento (descrita visualmente pela figura 4-1 da apostila), foram colocados de um lado do cavaleiro metálico o diagrama com fenda e do outro uma lente convergente de distância focal 12 cm, efetuado ajustes de modo o filamento da lâmpada ficasse no fico da lente, a fonte foi ligada e teve seu raio luminoso ajustado de modo a incidir bem no centro do transferidor. Foi colocado o espelho plano no disco óptico de forma que o ângulo de incidência variasse de 10° em 10°. As medidas dos ângulos refletidos foram coletados e descritos na Tabela I. TABELA I Ângulo de incidência (I) Ângulo de reflexão (R) 0° 0° 10° 10° 20° 20° 30° 30° 40° 40° 50° 50° 60° 60° 70° 70° Em seguida, a partir dos resultados, foi visto que a primeira e segunda lei da reflexão foram obedecidas já que o valor do ângulo refletido é igual ao valor do ângulo de incidência. Além disso, o raio incidente, o raio refletido e a reta normal à superfície são coplanares. 2. Associação de Espelhos Planos No segundo experimento, foram colocados espelhos planos sobre o transferidor formando um ângulo inicialmente de 60° entre eles (como mostrado na figura 4-2 da apostila). Após feito isso, um objeto foi colocado entre os espelhos e foram contadas o número de imagens formadas pela reflexão do objeto no espelho. Então foi calculado o número de imagens esperado teoricamente a partir da fórmula: 𝑁𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 = ( 360° 𝛼 ) − 1 Quando se provaram iguais, o mesmo teste foi feito com os ângulos 30°, 45°, 90° e 120°. Os resultados obtidos, tanto da fórmula quanto do experimento foram colocados na Tabela II. TABELA II Ângulo entre espelhos N (teórico) N (medido) 120° 2 2 90° 3 3 60° 5 5 45° 7 7 30° 11 11 Como apresentado na Tabela II, os resultados obtidos experimentalmente confirmam os resultados obtidos por meio do conhecimento teórico, quanto à disposição dos espelhos um de frente pro outro, foi visto que quanto menor for o ângulo entre os espelhos, mais imagens serão formadas, podendo chegar a um número infinito, como mostra a fórmula do limite abaixo: lim ∝→0 ( 360° ∝ ) − 1 = lim ∝→0 ( 360° ∝ ) − lim ∝→0 1 = ∞ − 1 = ∞ 3. Reflexão da Luz em Espelhos Côncavos A montagem realizada para esse experimento é a mesma do primeiro, tendo alteração apenas no diafragma, que foi substituído pelo de 5 fendas, e no espelho utilizado que foi o côncavo. A lente convergente foi utilizada para a correção dos feixes de forma que ficassem paralelos entre si. O feixe de luz foi ajustado paralelamente ao eixo do espelho e os elementos principais do espelho estudado foram identificados. A montagem pode ser vista na figura 4-3 da apostila. É visto que os raios luminosos refletem no espelho e convergem para um determinado ponto, denotado como foco. O foco dos espelhos côncavos sempre será real porque é possível visualizar o cruzamento dos raios no plano real. As propriedades do raio luminoso de um espelho côncavo são: • Um raio de luz que é incidido paralelamente ao eixo principal, reflete numa direção que passa pelo foco principal F. • Todo raio de luz que incide numa direção que passa pelo foco principal F reflete paralelamente ao eixo principal. • Um raio de luz que é incidido na direção do centro de curvatura de um espelho esférico, reflete-se na mesma direção. Em anexo, está o desenho dos raios luminosos incidentes e refletidos deste experimento. 4. Reflexão da Luz em Espelhos Convexos A montagem do experimento permaneceu a mesma, mudando apenas o tipo de espelho para o convexo (visualmente descrita pela figura 4-4). O feixe de luz foi ajustado paralelamente ao eixo principal do espelho convexo e assim seus elementos puderam ser identificados. É visto que os raios refletidos divergem quando são refletidos, mas ao serem prolongando, temos um cruzamento atrás do espelho, esse ponto de cruzamento se chama foco e nessa oportunidade, temos um foco virtual, atrás do espelho. A propriedade do espelho convexo é o foco virtual, este sendo obtido no cruzamento entre os prolongamentos dos raios refletidos, tendo sempre uma imagem virtual, menor e direita. As propriedades do raio luminoso de um espelho convexo são: • Raios incidindo paralelos ao eixo do espelho são refletidos na direção do foco • Raios passando pela direção do foco são refletidos paralelos ao eixo principal • Todo raio na direção do centro da curvatura é refletido sobre si mesmo • Raios incidindo no vértice são refletidos simetricamente Em anexo, está o desenho dos raios luminosos incidentes e refletidos deste experimento. 5. Distância Focal de um Espelho Côncavo Para montagem do equipamento, foi utilizado um espelho côncavo de distância focal 20 cm para projetar a imagem da vela (como mostrado na figura 4-5 da apostila). O espelho foi colocadoinicialmente a 50 cm (Do = 50cm) da vela acesa que seria o objeto. Assim, a posição do anteparo foi ajustada apara que a imagem projetada ficasse bem nítida. A distância entre a imagem e o espelho foi medida (Di = 30 cm) e a distância focal foi calculada a partir da equação de Gauss: 1 𝑓 = 1 𝐷𝑜 + 1 𝐷𝑖 O mesmo processo foi repetido sempre que a posição do objeto foi alterado e um novo valor para o foco foi calculado. Os valores medidos e calculados podem se encontrados na Tabela III. TABELA III N D0 (cm) Di (cm) F (cm) 1 50 30,0 18,75 2 45 31,0 18,35 3 42 32,5 18,32 4 37 37,0 18,50 5 30 47,0 18,31 O valor médio encontrado foi de f = 18,4 cm, nota-se que a imagem formada no anteparo é formada pelos raios refletidos ao convergirem para o foco. Devido a isso, essa imagem é considerada real, invertida e maior, o raio incidente incide paralelamente ao eixo e volta pelo foco em um ponto abaixo e atrás do objeto, fazendo com que a imagem formada seja maior que o objeto real, como formada na frente do espelho ela é real, e dada sua orientação, ela é invertida. CONCLUSÕES Portanto, conclui-se que, a partir dos experimentos e dos equipamentos, foram provados os inúmeros conceitos da reflexão de luz, incluindo suas leis, como foi mostrado no primeiro experimento. Também foi provado que a equação para descobrir o número de imagens é válida como foi defendido no experimento 2. No experimento 3 foi provado que o foco de um espelho côncavo é real visto que é possível visualizar o cruzamento dos raios no plano real, além disso, foi possível verificar as propriedades do espelho côncavo. No experimento 4 foi visto que o foco de um espelho conexo é virtual e, também, as propriedades do raio luminoso de um espelho convexo. Foi percebida a diferença entre os espelhos côncavos e convexos. E por fim, no experimento 5 foi possível comprovar que a imagem projetada no anteparo é real, porque é possível ver a imagem no plano do foco real, porém a imagem projetada é de forma invertida. De forma geral, as teorias apresentadas foram comprovadas com sucesso, além de ser uma boa forma de mostrar aos alunos que realmente ocorre tudo descrito na teoria. É certo que alguns erros simples foram feitos por causa da baixa iluminação do laboratório, mas nada que pudesse ter grande influência no resultado. REFERÊNCIAS HTTP://< pt.khanacademy.org/science/3-ano/materia-e-energia-luz/fenmenos- luminosos/e/reflexao-da-luz> Acesso em 01 de janeiro de 2023
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