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A epopeia Camoniana – Os Lusíadas Fábio Figueiredo Nº6 Lucas Peres Nº12 Os Lusíadas é um poema épico escrito por Luís Vaz de Camões. Terá sido começado em 1556 e concluído em 1571, sendo publicado em 1572 no período do classicismo. Nesta epopeia a ação central é a descoberta do caminho marítimo a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão recordando outros episódios da história de Portugal, onde o povo português é glorificado. Lusíadas Luis Camões 1524-1580, não foi reconhecido como o poeta que é durante a sua vida. Teve uma morte infeliz, pois morreu sem nada: bens ou reconhecimento. (…) Classicismo, que vamos entrar em pormenor depois. (…) Epopeia que também vamos entrar mais em detalhe seguidamente. https://ensina.rtp.pt/artigo/a-ilha-dos-amores/ 5:04-8:19 Lusíadas Epopeia O género épico remonta à antiguidade grego e latina, com Homero e Virgílio. A epopeia é um género narrativo em verso, em estilo elevado, que visa celebrar feitos grandiosos de heróis fora do comum reais ou lendários. O estilo é elevado e grandioso e possui uma estrutura própria, cujos principais aspetos são: Proposição - em que o autor apresenta a matéria do poema; Invocação - às musas ou outras divindades e entidades míticas protetoras das artes; Dedicatória - em que o autor dedica o poema a alguém, sendo esta facultativa; Narração - a ação é narrada por ordem cronológica dos acontecimentos, mas inicia-se já no meio dos acontecimentos (“in medias res”), sendo a parte inicial narrada posteriormente num processo de retrospetiva, “flashback” ou “analepse”; Homero- Ilíada (Guerra troia) e Odisseia (história de Ulisses) Virgílio- Eneida (história do Enéias) Epopeia- Os Lusíadas Presença da mitologia greco-latina. Contracenando heróis humanos com mitológicos. Classicismo foi um movimento de renovação artístico literário que surgiu na Itália, no século XVI, durante o movimento renascentista, que tinha o significado de renascimento das obras da Antiguidade Clássica da Grécia e de Roma. Classicismo Marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna. Se eu tivesse que descrever o classicismo em uma frase seria: é a face literária do Renascimento Foi Camões que deu nome ao classicismo em Portugal. Nota-se o recurso ao heroísmo nesta obra. O herói d’Os Lusíadas é coletivo: trata-se duma parte do povo português que, ao longo da sua história, realizou obras excecionais, distinguindo-se pelo mérito e pelos seus valores. Um dos exemplos é Vasco da Gama, que faz parte do povo português. A epopeia de Camões define um modelo de heroísmo. O herói corresponde a um ideal humano, estando ao serviço do rei, de Deus e da sua comunidade. O classicismo n´Os Lusíadas e o seu heroísmoO Classicismo português começa em 1527, quando o poeta Francisco Sá de Miranda retorna da Itália a Portugal com ideias de renovação literária (caso do soneto, nova forma de composição poética). . Ascende a este estatuto aquele que, pelo mérito, pelas suas virtudes e pelos atos realizados, ultrapassa a sua condição de homem e se eleva a um plano superior. “Os Lusíadas” têm 10 cantos, todos em oitavas (em verso decassílados heroicos, acentuando a sexta e décima sílaba). Seguiu o esquema rimático abababcc. Extrutura Externa 8816 versos e 1102 estrofes. Estrofes com oito versos e versos com 10 sílabas métricas. Rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos. Se já escrever uma história já é difícil, imaginem com todas estas restrições. Como já referimos “Os Lusíadas” é uma epopeia. Organiza-se em quatro partes: proposição, invocação, dedicatória e narração. Proposição: os feitos grandiosos dos heróis portugueses Invocação: o poeta pede inspiração às suas musas, as Tágides, para compor o poema. Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião e exorta-o a continuar os feitos grandiosos dos reis portugueses que o antecederam. Narração: narra-se a viagem de Gama à Índia, entrecortando o relato com episódios da História de Portugal, episódios com divindades mitológicas e com reflexões do poeta. Extrutura Interna- As parte de Os Lusíadas Vamos em seguida analisar a proposição A ação da epopeia camoniana é narrada em três planos narrativos mais um quarto não narrativo. Viagem à Índia: plano da ação principal d’Os Lusíadas, em que se relata a viagem à Índia de Vasco da Gama e dos seus marinheiros. História de Portugal: narração do passado do reino português, que Vasco da Gama apresenta ao rei de Melinde e que é complementada pelos episódios que Paulo da Gama relata ao Catual. Plano dos deuses: intervenções dos deuses da mitologia romana na ação principal da epopeia quer ajudando Gama na sua empresa marítima quer dificultando o seu percurso ruma à Índia. Reflexões do poeta: considerações tecidas pelo poeta sobre a situação de Portugal, a mentalidade do povo, as práticas dos responsáveis e sobre questões filosóficas e autobiográficas. Extrutura Interna- Os planos de Os Lusíadas Vamos em seguida analisar a proposição As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Proposição E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando: Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; Análise Proposição Os guerreiros/navegadoresque conquistaram os mares em perigos e guerras e ergueram um novo reino; Sinédoque /perífrase: uma parte do país (a praia) para se referir a todo o país e muitas palavras para referir uma realidade – Portugal. Hipérbole Camões canta os heróis portugueses que exploraram o mar desconhecido. E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando: Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Análise Proposição Enumeração O poeta diz que vai cantar estes heróis espalhando os seus feitos pelo mundo inteiro, mas. se (na condição de) o ajudar o engenho e a arte. Os reis que expandiram a Fé, o Império e que andaram devastando as terras não cristãs; Todos aqueles que praticaram obras valorosas e se tornaram imortais (“Se vão da lei da Morte libertando” – lei da Morte, esquecimento), isto é, que ficaram na memória dos homens. Camões canta os heróis portugueses que exploraram o mar desconhecido. Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. Análise Proposição Ulisses e Eneias Sinédoque -Os portugueses Uso do conjuntivo com valor de imperativo para chamar a atenção do leitor para o facto de que o herói que ele pretende cantar é um herói coletivo – o povo português. poesia Os feitos dos portugueses foram tão grandiosos que até os deuses lhes obedeceram. Os feitos dos heróis passados (Ulisse e Eneias) não interessam pois não têm a mesma importância dos feitos dos portugueses que ele pretende cantar. Webliografia http://blogesss-biblioteca.blogspot.com/2016/04/a-concecao-de-heroi-nos-lusiadas.html http://catarinabarrocas.blogspot.com/ https://www.todamateria.com.br/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/ (nº de versos nos lusíadas) http://blogesss-biblioteca.blogspot.com/2016/04/a-concecao-de-heroi-nos-lusiadas.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Classicismo https://www.todamateria.com.br/o-que-e-um-poema/ https://www.superteachertools.us/millionaire/brandnewgame.php https://portuguesnalinha.blogs.sapo.pt/estrutura-e-carateristicas-da-epopeia-8126 https://biblioabelheira.webnode.pt/_files/200002349-aac0daac0f/A%20obra%20de%20Os%20Lus%C3%ADadas%20proposi%C3%A7%C3%A3o%20-texto%20e%20anota%C3%A7%C3%B5es.pdfhttps://portuguesnalinha.blogs.sapo.pt/os-lusiadas-analise-do-episodio-8596
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