Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução aos Recursos Energéticos Distribuídos: conceitos e implicações Curso: Sistemas Energéticos Distribuídos Professora: Lorrane Câmara Apresentação do conceito e definição dos REDs • Verifica-se atualmente o surgimento de um conjunto de recursos capazes de transformar o paradigma operativo do setor elétrico. • Esses recursos, genericamente denominados Recursos Energéticos Distribuídos, consistem em: ▫ Geração distribuída; ▫ Medidas de resposta da demanda; ▫ Sistema de estocagem; ▫ Veículos elétricos. • Consumidores tornam-se prosumidores. Paradigma Tecnológico Tradicional do Setor Elétrico • Setor se expandiu e consolidou baseado na geração centralizada com vistas a explorar economias de escala. • Energia gerada é transportada através de linhas de transmissão de alta tensão. • Na sequência, as redes de distribuição levam esta energia elétrica até os consumidores finais. COMERCIALIZAÇÃO DISTRIBUIÇÃOTRANSMISSÃO GERAÇÃO Paradigma Tecnológico Tradicional do Setor Elétrico Paradigma Tecnológico Tradicional do Setor Elétrico • Fluxos energéticos são unidirecionais. • Dada a impossibilidade de estocar energia elétrica, existe a necessidade de equilíbrio instantâneo entre a carga e a geração. • Padrão “geração segue a carga”. • Consumidores com comportamento passivo. REDs e o novo paradigma do setor elétrico Cadeia de valor do setor elétrico tradicional Fluxo de energia bidirecional Cadeia de valor do setor elétrico do futuro MUDANÇA DE PARADIGMA Fluxo de energia unidirecional O novo paradigma do setor elétrico Como viabilizar a Transformação do Setor Elétrico? • REDs, especialmente geração distribuída, estão sendo implementados através de relevantes políticas públicas. • Medidas vão desde dispêndios em pesquisa e desenvolvimento até mecanismos de inserção no mercado. • Na medida que verifica-se redução de custos, os incentivos vão sendo diminuídos. • No entanto, serão necessárias mudanças nas diretrizes regulatórias tradicionalmente vigentes pois as mesmas não são adequadas para o novo paradigma operativo do setor elétrico. Geração Distribuída • Geração Distribuída se destaca pelo nível de difusão. • Políticas de incentivo e redução dos custos dos painéis fotovoltaicos • “Qualquer equipamento de geração conectado ao nível da distribuição, instalado no lado do consumidor do medidor e interconectado à rede” (RMI). • GD viabiliza o empoderamento dos consumidores. Definição de GD • “Tamanho dos sistemas e sua localização e aplicação são características cruciais.” (Allan et al.) ▫ “Capacidade entre 1 kW e 5 MW, e geralmente são localizados próximo a demanda, do lado do consumidor do medidor, ou na rede de distribuição.” • “Geração de pequena escala, em grande parte destinada ao auto-consumo, geralmente instalada no mesmo local da carga a que visa atender, e conectada à rede de distribuição.” (Costello) • “Geração de eletricidade conectada à rede de distribuição, em detrimento da rede de transmissão de alta voltagem.” (OFGEM) • “Geração de energia, abrangendo eletricidade e outros energéticos, localizada próxima ao consumidor final, cuja instalação objetiva seu atendimento prioritário, podendo ou não gerar excedentes energéticos comercializáveis para além das instalações do consumidor final.” (EPE) • Característica comum a grande parte das definições é a questão da conexão da GD à rede de distribuição. MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA MINIGERAÇÃO DISTRIBUÍDA MINEIRÃO 1,4 MWp 75 KW < CAPACIDADE < 5 MWCAPACIDADE ≤ 75 KW RESIDENCIAL: 5 KWp COMERCIAL: 72,6 KWp X Evolução do custos dos sistemas fotovoltaicos residenciais Fonte: IRENA, 2017 Medidas de Resposta da Demanda • Medidas baseadas na reação voluntária dos consumidores a sinais de preço. • Crescente promoção de medidas de resposta da demanda através de tarifas dinâmicas Aumento da flexibilidade do sistema! • Um dos objetivos da resposta da demanda é o deslocamento da carga. • Efetividade de medidas de demand response depende da elasticidade preço da demanda. Medidas de Resposta da Demanda • Em sistemas onde a resposta da demanda é confiável e rápida, a redução do consumo em reposta ao aumento do preço contribui para: ▫ Regularizar a curva de carga; ▫ Minimizar a necessidade de investimento em geração e transmissão. • Elementos de redes inteligentes são essenciais para as medidas de resposta da demanda. ▫ Ex: A aplicação de tarifas dinâmicas só é viável com a instalação de medidores inteligentes e uma rede de telecomunicações. Sistemas de estocagem • Possível tendência de difusão dos sistemas de estocagem no médio prazo. • Tendência de queda dos custos. • Conjugação de micro geração e sistemas de armazenamento permitirá maior independência dos consumidores em relação à rede. Fonte da imagem: http://www.electriciansplus.com.au/tesla- powerwall-gold-coast.html Tecnologias de estocagem Vantagens • Atuam como fonte de geração e de demanda • Permitem cobrir lacunas temporais e espaciais entre a geração e o consumo (desacoplamento entre oferta e demanda de eletricidade) • Aplicação on-grid e off-grid Fonte da imagem: https://www.energysage.com/solar/solar-energy- storage/how-do-solar-batteries-work/ Veículos elétricos • Veículos elétricos devem ser vistos como carga móvel. • Possibilidade do uso das baterias dos veículos elétricos como armazenamento (vehicle to grid – V2G). ▫ Tarifas horárias tornam-se ainda mais relevantes. • Necessidade de desenvolvimento da infraestrutura de recarga. Panorama do desenvolvimento de veículos elétricos no mundo Fonte: REN21, 2018 ✓ SURGIMENTO DE NOVOS MODELOS COM MAIOR AUTONOMIA ✓ REDUÇÃO DO CUSTO DA BATERIA Custo das baterias dos veículos elétricos Fonte: IEA (2017) Micro e Mini Geração Distribuída: Principais Políticas de Incentivo Principais políticas de suporte à Geração Distribuída Feed-in tariffs ✓ Distribuidoras têm obrigação de adquirir a energia injetada na rede a uma tarifa predeterminada. ✓ Tarifas incluem um prêmio sobre o valor da eletricidade no mercado atacadista. Net Metering ✓ Consumidor reduz sua conta de eletricidade através de créditos referentes aos excedentes de eletricidade injetados na rede. ✓ Faturamento pelo consumo líquido. ✓ Rede utilizada como bateria virtual. Fonte: ANEEL (2017) Consumo residencial vs. Geração Solar Fotovoltaica GD fotovoltaica e a rede de distribuição Net Metering Net Metering Fonte: O seu dinheiro vale mais, 2018 ENERGIA INJETADA NA REDE DURANTE O DIA TEM O MESMO VALOR DA ENERGIA CONSUMIDA DURANTE A NOITE? Preços iguais para produtos... CRÉDITO DE ENERGIA TARIFA DE ELETRICIDADE Evolução da Capacidade Fotovoltaica Instalada Global Fonte: REN21, 2017 GD 22 GW (29%) Fonte: GMO, 2017 Distribuição da capacidade fotovoltaica por segmento – países europeus Mais de 67% dos sistemas fotovoltaicos europeus instalados em telhados (residencial, comercial e industrial) Fonte: EIA, 2017 Capacidade fotovoltaica distribuída EUA – Top 10 Estados Cerca de 40% da capacidade fotovoltaica instalada nos EUA corresponde a sistemas de GD 8% do consumo 3,15% do consumo Introdução às Redes Inteligentes: conceitos e implicações A rede elétrica do futuro • A rede elétrica do futuro será caracterizada por: ▫ Produção de energia elétrica com base em grandes centrais geradoras e geração distribuída; ▫ Despacho centralizado associado a sistemas de controle descentralizado; ▫ Rede elétrica tradicional coexistindo com novas tecnologiasde controle e operação; ▫ Consumidores finais participarão ativamente, contribuindo para o equilíbrio do sistema; ▫ Comunicações bidirecionais em todos os níveis de tensão; ▫ Armazenamento de eletricidade e veículos elétricos. • Conceito de smart grid. O conceito de smart grid • As redes inteligentes são o produto da evolução dos sistemas elétricos atuais, com a adição de: • Consumidores finais flexíveis (prosumidores); • Expansão e reforço das redes; • Implementação de estruturas avançadas de controle e automação. Como driver central desta evolução encontra-se a difusão da geração distribuída, somada à necessidade de avançar no sentido de garantir a eficiência, a confiabilidade e a segurança do abastecimento. Smart Grids e a integração dos REDs • A integração de uma infraestrutura consolidada de smart grids pode viabilizar um sistema elétrico mais confiável e eficiente, tanto do lado da oferta como da demanda. • Redes inteligentes podem contribuir para: ▫ Aumento da eficiência em T&D; ▫ Redução das necessidades energéticas nos horários de pico, através tarifas dinâmicas; ▫ Aumento da flexibilidade do sistema Desafios associados à expansão das fontes de geração renováveis e da geração descentralizada Aumento do nível de intermitência • Aumento da participação das fontes renováveis intermitentes no mix de geração elétrica . • Fontes intermitentes: ▫ “Recurso energético renovável que, para fins de conversão em energia elétrica pelo sistema de geração, não pode ser armazenado em sua forma original” (ANEEL). ▫ Capacidade de produção subordinada à disponibilidade da fonte de energia. • Aumento do nível de intermitência resulta em desafios econômicos, tecnológicos e institucionais. A “Curva do Pato” A questão da flexibilidade • A difusão de fontes renováveis intermitentes tende a tornar frequentes os desequilíbrios entre oferta e demanda. • É necessário aumentar o nível de flexibilidade dos sistemas elétricos. • A flexibilidade de um sistema depende da sua capacidade de responder a variações bruscas da oferta ou da demanda, garantindo a continuidade e estabilidade do fornecimento de eletricidade. Os próprios REDs podem contribuir para o aumento da flexibilidade do sistema! Perspectivas de Desenvolvimento de Sistemas Energéticos Distribuídos no Brasil Geração fotovoltaica – potencial brasileiro Fonte: EPE, NT 19/2014 Potencial técnico brasileiro : 230% do consumo residencial nacional Projeção de difusão da GD – Brasil Fonte: EPE, 2017 770.000 SISTEMAS 3,3, GWp 0,6% DO CONSUMO NACIONAL GD - Marco regulatório nacional • Regulamenta acesso da micro e mini geração à rede • Limites máximos para micro e minigeração: 100KW e 1MW • Sistema de Net Metering • Prazo de validade dos créditos: 36 meses • Modelos de negócio: • Geração na própria UC • Autoconsumo remoto REN 482/2012 • Redefine limites de capacidade: 75 KW para micro e 5 MW para minigeração (3 MW para fontes hídricas) • Extensão da validade dos créditos: 60 meses • Dois novos modelos de negócios: • Geração compartilhada • Empreendimento com múltiplas UCs REN 687/2015 GERAÇÃO JUNTO À CARGA AUTOCONSUMO REMOTO GERAÇÃO COMPARTILHADAEMPREENDIMENTO COM MÚLTIPLAS UC MODELOS DE NEGÓCIOS GD – Cenário atual Fonte: ANEEL (25/10/2018) consumidores recebem os créditos 59.094 kW instalados 520.139 da capacidade instalada é fotovoltaica 81% sistemas de GD conectados à rede 42.2881 Fonte da imagem: Portal Solar Sistemas de GD por classe de consumo Fonte: ABSOLAR (2017) Evolução da GD Fonte: ANEEL (25.10.2018) 1 1 11 3 59 296 1456 6647 13623 20184 1 1 14 3 72 322 1727 7563 22268 27123 0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 2007 2008 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 kW Q u an ti d ad e Ano Unidades Consumidoras Ucs Rec Créditos Potência Instalada Medidas de resposta da demanda Bandeiras tarifárias Condições de geração de energia favoráveis CVU < R$ 221,28 /kWh Não há acréscimo à tarifa Condições menos favoráveis de geração. Térmicas ativadas R$ 221,28/kWh < CVU < R$ 422,56 /kWh Acréscimo de R$1,00 a cada 100 kWh consumidos. Patamar 1: geração em estado crítico. Térmicas ativadas e alta demanda R$ 422,56 /kWh < CVU < R$ 610 /kWh Acréscimo de R$3,00 a cada 100 kWh consumidos. Patamar 2: condições ainda mais críticas/custosas de geração CVU > R$ 610 /kWh Acréscimo de R$5,00 a cada 100 kWh consumidos. Medidas de resposta da demanda Tarifa branca • Sistema de tarifas do tipo ToU. • Busca distinguir o preço da energia em termos horários nos dias úteis. • Adesão facultativa. • Três patamares tarifários : ▫ Ponta: período de três horas, quando é verificado o pico de carga (geralmente entre 18h e 21h); ▫ Intermediário: horas imediatamente anterior e posterior ao horário de ponta; ▫ Fora da ponta: horas restantes do dia. • Pressupõe a instalação de medidores inteligentes. • Objetivo das medidas de respostas de demanda implementadas: fornecer melhor sinalização de preço aos consumidores! Medidas de resposta da demanda Tarifa branca Fonte: ANEEL (Maio de 2017) Postos de recarga de veículos elétricos • Regulamentada pela Resolução Normativa 819/2018. • Estabelece um mercado competitivo Qualquer agente pode explorar esta atividade. • Caso uma distribuidora opte por realizar investimento em postos de recarga, os mesmos não são reconhecidos em sua base de ativos. • Desafios: ▫ Estágio incipiente de difusão dos veículos elétricos no Brasil; • Quem investirá nos postos de recarga? Regulação dos medidores eletrônicos • A questão da propriedade dos medidores eletrônicos é tratada na Resolução Normativa 502/2012. • Atribui às distribuidoras a responsabilidade pela instalação e operação dos medidores eletrônicos. • Não há nenhuma regulação que determine o roll-out mandatório. • Arcabouço regulatório atual não incentiva a modernização da rede, mas existem nichos específicos onde o investimento se justifica. ▫ Ex: redução das perdas não-técnicas. Determinantes dos Impactos Econômicos da Geração Distribuída Impactos Econômicos da Geração Distribuída Caracterização do Problema Boom da PV Distribuída Impactos econômicos: i. Aumento do custo do transporte de eletricidade. ii. Perda de receita das distribuidoras (redução do volume de vendas). iii. Redução do potencial de rentabilidade dos ativos de distribuição. Quais ajustes regulatórios devem ser adotados? Em sistemas net metering, o uso da rede como “bateria virtual” torna o problema mais complexo. Perda de receita MAIOR PARTE DOS CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO É FIXA NO CURTO PRAZO RECUPERADAS VIA TARIFAS VOLUMÉTRICAS CONSUMO CAI COM AUMENTO DA AUTOGERAÇÃO CONSUMIDORES PAGAM PROPORCIONALMENTE AO CONSUMO CUSTOS FIXOS NÃO SE ALTERAM CUSTOS RECEITAS PERDA DE RECEITA CONSUMO CAI COM AUMENTO DA AUTOGERAÇÃO NÃO SE ALTERAM DE ACORDO COM O CONSUMO X Perda de receita RECEITA DEPENDE DO CONSUMO CONSUMO CAI RECEITA CAI CUSTO NÃO DEPENDE DO CONSUMO CONSUMO CAI CUSTO NÃO CAI Perda de receita RECEITA DEPENDE DO CONSUMO CONSUMO CAI RECEITA CAI CUSTO NÃO DEPENDE DO CONSUMO CONSUMO CAI CUSTO NÃO CAI DESEQUILÍBRIO! Perda de receita Net metering • Essa questão é especialmente problemática no contexto do net metering. • Eletricidade injetada na rede gera créditos proporcionais ao valor total da tarifa de eletricidade(compensação 1/1). • Com o faturamento sobre o consumo líquido, prosumidores deixam de arcar com os custos de uso da rede. • Pico de demanda não coincide com o pico de geração. Perda de receita Net metering 1 kWH INJETADO NA REDE 1 CRÉDITO DE ENERGIA = PORÉM... PROSUMIDOR EXPORTA APENAS ENERGIA CRÉDITO RECEBIDO É PROPORCIONAL AO VALOR TOTAL DA TARIFA (INCLUI CUSTOS DE TRANSMISSÃO, DISTRIBUIÇÃO, TRIBUTOS...) PODE SER USADO PARA “COMPRAR” UM KWH É COMO SE, QUANDO IMPORTASSE ENERGIA DA REDE (PAGANDO COM CRÉDITOS), CONSUMIDOR PAGASSE APENAS PELA ENERGIA, E EVITASSE TODOS OS DEMAIS CUSTOS DA DISTRIBUIDORA. Aumento do custo do transporte de eletricidade DIFUSÃO DA GD INVESTIMENTOS NA REDE? POSSÍVEL AUMENTO DOS CUSTOS DAS DISTRIBUIDORAS CUSTOS REPASSADOS PARA AS TARIFAS $ Redução do potencial de rentabilidade dos ativos de distribuição • Aumento do número de casos em que a distribuidora incorre em perdas de receita no curto prazo. • Impacto negativo sobre o fluxo de caixa livre da distribuidora. • Valor de mercado das distribuidoras é uma proxi do seu fluxo de caixa livre. • Redução do valor da empresa. Análise dos impactos Paridade Tarifária A espiral da morte das distribuidoras Cost Shifting CUSTOS EVITADOS PELOS PROSUMIDORES... ...SÃO TRANSFERIDOS PARA OS CONSUMIDORES SEM PAINEL. Instrumentos de mitigação dos impactos Estruturas tarifárias alternativas • A aplicação das alternativas tarifárias tem como motivações: ▫ Reduzir o cost shifting dos adotantes da geração solar para os demais consumidores; ▫ Preservar o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras. • As principais alternativas consideradas são: ▫ Tarifas fixas; ▫ Tarifas de potência; ▫ Tarifas híbridas. Tarifa fixa • Pressuposto: maioria dos custos de distribuição é fixa no curto prazo. • Cobrança de uma taxa fixa para remunerar custos de rede. • Pode ser baseada na capacidade do sistema de GD, na capacidade do inversor ou no tamanho do disjuntor. ▫ Bélgica: tarifa fixa baseada na potência (kWp) do inversor. Inversor • Possíveis impactos negativos sobre os consumidores de baixa renda e sobre a adoção de medidas de eficiência energética. Tarifas de potência • Pressuposto: investimentos na infraestrutura de distribuição são baseados na carga de pico projetada. • Baseadas na carga de pico do consumidor. • No caso do net-metering, a tarifa de potência poderia refletir os custos incorridos pelas distribuidoras ao fornecer serviços de rede. • Parâmetro importante: duração do período de medição da demanda de pico. ▫ Instantaneamente, média de quinze minutos, média de uma ou mais horas, etc. Tarifas multipartes • Estruturas tarifárias que combinam diversos componentes. • Exemplo: tarifas binômias, como as aplicadas à alta tensão, cujo componente de potência é utilizado para alocar os custos da rede entre os consumidores. ▫ Tarifa dos consumidores industriais no Brasil • Em alguns países, como a Itália, é possível encontrar tarifas com três componentes: i. Componente fixo; ii. Componente de potência; iii. Componente volumétrico. A questão do decoupling • Blindagem das distribuidoras contra o risco de mercado. • Desacopla a receita do tamanho do mercado. • Forma de aplicação: ▫ Calcula-se a receita requerida ▫ Estima-se a demanda ▫ Gera-se a tarifa ▫ Erro: balancing accounts • Problema: acelera o cost-shifting. ▫ Reajustes tarifários são mais frequentes. A Experiência Internacional L i ç õ e s d a E x p e r i ê n c i a I n t e r n a c i o n a l para tomada de decisão 0 atividades 1 atividade 2 atividades 3+ atividades 71 pedidos de distribuidoras, em 35 estados, para aumentar as tarifas fixas (fixed charge) para todos os consumidores residenciais, em pelo menos 10%, estavam pendentes ou decididos. 28 estados cosideraram ou promulgaram mudanças nas políticas de Net Metering. 16 estados formalmente examinaram ou decidiram examinar alguns elementos relacionados ao valor da GD ou os custos e benefícios da GD. 13 estados realizaram ações políticas em relação à energia solar na comunidade. 16 pedidos de distribuidoras em 10 estados para adicionar novas ou aumentar as tarifas existentes para prosumidores estavam pendentes ou decididos. 5 estados realizaram ações sobre programas e políticas de geração solar distribuída.Fonte: EQ Research, 2017 ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Resumo das principais atividades nos EUA, em 2016 Alemanha 0 10 20 30 40 50 60 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 Feed In (ct/kWh) Preço Bruto da Eletricidade Doméstica (ct/kWh) da isenção de impostos, subsídios e reembolsos para PV Redução L i ç õ e s d a E x p e r i ê n c i a I n t e r n a c i o n a l para tomada de decisão AIR - aprimoramento das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída Consulta Pública • Em dezembro de 2018 a ANEEL anunciou a abertura da audiência pública para obter subsídios para a AIR sobre o aprimoramento das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída. • Previsão de publicação de um novo regulamento com vigência a partir de 2020. • A revisão da REN 482 tem como objetivo central minimizar os impactos associado à difusão da GD, reduzindo a transferência de custos dos consumidores com painel para os consumidores sem painel, paralelamente a manutenção de barreiras reduzidas à expansão dessa modalidade de geração, de modo a garantir que a micro e minigeração possam se desenvolver de forma sustentável (ANEEL, 2018a) 6 Alternativas Analisadas
Compartilhar