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DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO Admi nistração pública DIRE ITO ADMINIST RATIVO DIRE ITO ADMINIST RATIVO DIRE ITO ADMINIST RATIVO DIRE ITO ADMINIST RATIVO DIRE ITO ADMINIST RATIVO DIRE ITO ADMINIST RATIVO DIRE ITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO Podere s Administr ativos ADMI NISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO ATO Adminis trativo ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO Respon sabilidade civil do Est ado DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO Fases d o processo administra tivo ADMINIST RATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO Lei do processo a dministrati vo - Lei Nº 9 .784 / 99 DIR EITO ADMINIS TRATIVO DIR EITO ADMINIS TRATIVO DIR EITO ADMINIS TRATIVO DIR EITO ADMINIS TRATIVO DIR EITO ADMINIS TRATIVO DIR EITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO Agentes Pú blicos DIREIT O ADMINISTR ATIVO DIREIT O ADMINISTR ATIVO DIREIT O ADMINISTR ATIVO DIREIT O ADMINISTR ATIVO DIREIT O ADMINISTR ATIVO DIREIT O ADMINISTR ATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO Acess o e investid ura em car gos DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO Licitação D IREITO ADMIN ISTRATIVO D IREITO ADMIN ISTRATIVO D IREITO ADMIN ISTRATIVO D IREITO ADMIN ISTRATIVO D IREITO ADMIN ISTRATIVO D IREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO ADMINISTRA TIVO DIREITO Improbidad e Administr ativa DIREITO A DMINISTRAT IVO DIREITO A DMINISTRAT IVO DIREITO A DMINISTRAT IVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO ADM INISTRATIVO DIREITO Apostila comentadaDa MATERIAL COMENTADO | DESENVOLVIDO PARA CONCURSOS PÚBLICOS DIREITO ADMINISTRATIVO MATÉRIA + EXERCÍOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS R e s u m o a p o s t i l a s . c o m ResumoMATERIAIS PARA CONCURSOS CONTEÚDO EXERCÍCIOS APOSTILA COMENTADA + CONTEÚDO EXERCÍCIOS COMENTADOS Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com R e s u m o a p o s t i l a s . c o m Apostila comentadaDa DIREITO ADMINISTRATIVO MATÉRIA + EXERCÍOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS ResumoMATERIAIS PARA CONCURSOS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS É vedada a distribuição ou reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). Erratas, se necessárias, estarão disponíveis em: resumoapostilas.com/erratas. Consulte eventualmente. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 1. Administração Pública 1.1 Conceito 1.2 Centralização e Descentralização 1.3 Concentração e Desconcentração 1.4 Teoria do Órgão 2. Princípios Aplicáveis à Administração Pública 3. Poderes Administrativos 3.1 Características dos Poderes 3.2 Poder de Polícia 3.3 Poder Hierárquico 3.4 Poder Disciplinar 3.5 Poder Normativo/Regulamentar 4. Ato Administrativo 4.1 Conceito 4.2 Atributos do Ato Administrativo 4.3 Elementos ou Requisitos do Ato Administrativo 4.4 Classificação dos Atos Administrativos 4.5 Espécies de Atos Administrativos 4.6 Extinção dos Atos Administrativos 4.7 Controle da Administração Pública 4.8 Mecanismos para o Exercício do Controle da Atuação da Administração SUMÁRIO APOSTILA DE DIREITO ADMINISTRATIVO para Concursos Públicos ResumoMATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 5. Responsabilidade Civil do Estado 5.1 Responsabilidades Subjetiva e Objetiva 6. Processo Administrativo Federal 6.1 Fases do Processo Administrativo 7. Lei do Processo Administrativo - Lei Nº 9.784/99 8. Agentes Públicos 8.1 Acesso e Investidura em Cargos, Empregos e Funções Públicas 8.2 Remuneração dos Servidores e dos Agentes Políticos 8.3 Acúmulo de Cargos Públicos, Empregos e Funções 8.4 Servidor Público no Exercício de Mandato Eletivo 8.5 Previdência dos Servidores Efetivos 8.6 Modalidades de Aposentadoria dos Servidores Efetivos 9. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União - Lei nº 8.112/90 10. Improbidade Administrativa 10.1 Sujeitos Passivos e Ativos nos Atos de Improbidade Administrativa 10.2 Sanções Decorrentes do Ato de Improbidade Administrativa 10.3 Lei de Improbidade Administrativa – Lei Nº 8.429/92 11. Licitação 11.1 Conceito 11.2 Princípios 11. 3 Modalidades de Licitação 11.4 Licitação Dispensável 11.5 Licitação Inexigível 11.6 Revogação e Anulação do Processo Licitatório 11.7 Principais Artigos da Lei de Licitações - Lei nº 8.666/1993 12. Questões de Concursos Anteriores ResumoMATERIAIS PARA CONCURSOS Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 5Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. 1. Administração Pública 1.1 Conceito Segundo Hely Lopes Meirelles, a expressão administração pública pode ter os seguintes significados: • Conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do governo. • Conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. • Desempenho perene e sistemático; legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em beneficio da coletividade. A administração pública divide-se em dois grandes grupos: Administração Direta (Centralizada) Formada pelo conjunto de órgãos administrativos subordinados diretamente ao poder Executivos de cada uma das esferas de governo. União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Administração Direta União Estados Distrito Federal Municípios Órgão Público É a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração Direta ou da estrutura de uma entidade da Administração Indireta, sem personalidade jurídica própria. Integram uma pessoa jurídica estatal, mas não são pessoas jurídicas. Exemplos: Ministérios, Departamento da Polícia Federal (órgão vinculado ao Ministério da Justiça), Secretarias de Estado ou Municipais, Departamentos de uma autarquia. Administração Indireta (Descentralizada) Formada por entidades que se destinam à prestação de determinados serviços ou a exploração de determinada atividade econômica. Essas entidades podem ser de direito Público ou Privado. Denominação Descrição Exemplos Autarquias Pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, incumbidas de serviço público típico exercido de forma descentralizada, cujo pessoal se encontra regido pelo regime jurídico próprio (estatutário). Detém autonomia administrativa e financeira, seus bens são impenhoráveis. Banco central - INSS Fundações de Direito Público Pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, Destinadas a realizar atividades não lucrativas e atípicas do setor público, mas de interesse social, cujo pessoal se encontra regido pelo regime jurí- dico próprio (estatutário) ou pela CLT. Detém au- tonomia administrativa e financeira, seus bens são impenhoráveis. Universidades Púbicas Fundação Casa Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 6Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Empresas Púbicas Pessoas jurídicas de direto privado, criados por, com patrimônio público, destinadas a realizar obras e serviços de interesse público, cujo pessoal tem se encontra regido pela CLT. Caixa Econômica fede- ral, BNDES Sociedade de Economia Mista Pessoas jurídicas de direito privado, com partici- pação do poder público e de particulares no seu capital e na sua administração, que realizam ativi- dades econômicas outorgadas pelo poder público e cujos empregados têm suas relações de trabalhos regidas pela CLT. Petrobras, Banco do Brasil FIQUE LIGADO! Existem autores que chamam as fundações de direito público de autarquias fundacionais. Agências Reguladoras As agências reguladoras controlam, regulam e fiscalizam determinadas atividades econômicas e a prestação de serviços públicos transferidos aos particulares mediante descentralização por delegação a partir de concessão ou permissão. Elas são dotadas de competência e autonomia decisória, autonomia administrativa e financeira, assim como de poder normativo. Agências Reguladoras · Autarquias de regime especial. · Criadas por lei. · Regulam e controlam determinadas atividades, tais como a prestação de serviços públicos. · Possuem independência administrativa. · Têm poder normativo. · Têm autonomia decisória. · Têm autonomia econômico-financeira. FIQUE LIGADO! ANATEL, ANEEL, ANVISA, ANS, ANCINE, ANAC são exemplos de agências reguladoras. Entidades Paraestatais Paraestatais são as pessoas privadas que atuam ao lado do Estado, com este colaborando. A doutrina diverge quanto a quem são essas pessoas, mas em sua maioria considera paraestatais os Serviços Sociais Autônomos, também denominados de Pessoas Jurídicas do Sistema S. Essa também tem sido a posição predominante nos concursos públicos. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272- P rotegido por E duzz.com 7Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cuja criação depende de autorização legislativa, prestadoras de serviços de utilidade pública em benefício de grupos ou categorias profissionais. São eles: • SESI – Serviço Social da Indústria. • SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. • SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. • SESC – Serviço Social do Comércio. • SEST – Serviço Social do Transporte. • SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. • SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. • SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. FIQUE LIGADO! Embora sua criação seja autorizada por lei, não são pessoas integrantes da Administração Pública e, por isso, não estão sujeitos à contratação de pessoal mediante concurso público. Terceiro Setor São as entidades que recebem a qualificação especial de Organizações Sociais – OS e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP. A essas entidades é aplicável o regime jurídico de direito privado, o qual é parcialmente derrogado pelas normas de direito público. Elas devem realizar licitações para a aplicação dos recursos que recebem da União, nos termos do Decreto Federal nº 5.504/2005. As Organizações Sociais – OS são reguladas pela Lei nº 9.637/1998, desempenham atividades de interesse público e celebram contrato de gestão com o Estado, sendo por ele fiscalizadas. As Organizações Sociais recebem essa qualificação por outorga discricionária, dependente de aprovação do Ministro de Estado ligado à sua área de atuação. As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP são reguladas pela Lei nº 9.790/1999 e celebram Termo de Parceria com o Estado, que também as fiscaliza. As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público recebem essa qualificação por outorga vinculada, por ato do Ministro da Justiça. 1.2 Centralização e Descentralização Centralização Compreende o desempenho das competências por uma única pessoa jurídica governamental. As atividades são centralizadas na Administração Direta, que as realizam por meio de seus próprios agentes e órgãos que compõem sua estrutura funcional. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 8Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Descentralização Compreende o desempenho das competências administrativas do ente federado (União, Distrito Federal, Estados ou Municípios) por meio de outra pessoa jurídica. A descentralização implica, portanto, na existência de duas pessoas jurídicas: o Estado e a pessoa que realizará o serviço, em face de que o Estado lhe transferiu essa competência. A descentralização administrativa ocorre de duas formas: pela delegação ou pela outorga. A descentralização administrativa por delegação se dá quando o Estado, por contrato ou por ato unilateral, normalmente por prazo determinado, transfere a uma pessoa jurídica a execução de um serviço público, a qual o executará por sua conta e risco e em seu próprio nome, mas mediante fiscalização do Estado. Nessa situação, não ocorre transferência da titularidade do serviço, apenas a concessão, permissão ou autorização temporária de sua execução. É o que ocorre na concessão ou permissão de serviços públicos, em que empresas particulares os executam mediante cobrança de uma tarifa. Exemplo: concessão de serviço de transporte coletivo. A descentralização administrativa por outorga ocorre quando o Estado cria por lei uma pessoa jurídica transferindo-lhe competências por prazo indeterminado. Na descentralização administrativa por outorga, as atividades são transferidas para a Administração Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, sendo realizadas por meio de entidades autônomas: autarquias, fundações, sociedades de economia mista ou empresas públicas. Há uma transferência da titularidade do serviço. Exemplo: o Estado cria uma empresa pública prestadora de serviços de saneamento básico. 1.3 Concentração e Desconcentração Concentração É o método utilizado para o desempenho de atividades administrativas por meio de órgãos públicos que não são divididos em departamentos e seções ou em repartições e, por consequência, não há divisão de suas competências administrativas. É um método muito pouco utilizado. Desconcentração É o método ou a técnica utilizada para a divisão interna das competências administrativas por meio de órgãos públicos, hierarquicamente relacionados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem. 1.4 Teoria do Órgão Os órgãos públicos são centros de competências do Estado, criados para a realização de serviços públicos, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertence. Por integrarem a pessoa jurídica os órgãos não possuem personalidade jurídica e nem vontade própria, estas são atributos do corpo e não das partes. Órgãos Públicos Não possuem personalidade jurídica própria. Não têm patrimônio próprio. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 9Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Sua atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Podem expressar capacidade jurídica (alguns). Classificação Órgãos Independentes São os que têm origem na Constituição. Localizam-se no ápice da pirâmide organizacional, não estando sujeitos a qualquer subordinação hierárquica e são encontrados nos três poderes. Exemplos: Congresso nacional, presidência da Republica, STF, Ministério Público. Órgãos Autônomos São os que estão situados na parte superior da pirâmide administrativa, logo abaixo dos órgãos independentes e a estes subordinados. Exemplos: Ministérios, secretarias. Órgãos Superiores São os situados hierarquicamente logo abaixo dos autônomos, sendo considerados órgãos de direção, controle, decisão e comando dos assuntos da respectiva competência. Não gozam de autonomia financeira nem administrativa. Exemplos: superintendências, os departamentos, os gabinetes. Órgãos Subalternos São os órgãos que possuem reduzido poder decisório e predominância de atribuições executivas. Exemplos: os serviços, secções e portarias. Questões de Concursos CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Acerca da administração direta e indireta, julgue os itens subsequentes. A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. Certo Errado COMENTÁRIO Quando pensamos em organização da administração pública, a primeira coisa que deve vir à nossa cabeça é a distinção entre administração direta e indireta. Na primeira, temos a atuação da própria pessoa política (União, estados, DF e municípios), enquanto na segunda temos entidades criadas para finalidades específicas que são autônomos, mas sujeitos ao controle do ente que os criou. Resposta: Certo Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 10Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo No que concerne à administração pública, julgue os itens a seguir. As entidades que integram a administração direta e indireta do governo detêm autonomia política, administrativa e financeira. Certo Errado COMENTÁRIO A Administração Indireta detém autonomia financeira, administrativa e técnica, mas não autonomia política. Esta última é prerrogativas dos entes federativos. Resposta: Errado. CESPE – 2013 - TRE- MS – Técnico Judiciário – Área Administrativa A respeito da organização administrativa e da administraçãodireta e indireta, assinale a opção correta. a) Uma das diferenças entre a desconcentração e a descentralização administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. b) Na desconcentração, o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica. c) A centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional. d) A descentralização administrativa ocorre quando uma pessoa política ou uma entidade da administração indireta distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a prestação de serviços. e) A descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da delegação de atividades a outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurídica descentralizadora. COMENTÁRIO A assertiva correta é a “C”, porque a centralização é técnica pela qual o desempenho das competências ocorre por uma única pessoa jurídica governamental. As atividades são centralizadas na Administração Direta, que as realizam por meio de seus próprios agentes e órgãos que compõem sua estrutura funcional interna. A assertiva “A” está errada, pois existe vínculo hierárquico desconcentração, assim como controle entre a administração central e o órgão desconcentrado. Na descentralização, não há hierarquia entre a Administração Direta e a entidade descentralizada, mas existe sobre esta o controle do órgão ao qual se encontra vinculada. A assertiva “B” está incorreta, haja vista que na desconcentração o Estado executa suas atividades diretamente, mediante distribuição de competências entre os órgãos de sua própria estrutura funcional. A assertiva “D” está errada, em virtude de a descentralização administrativa ocorrer quando uma pessoa política da Administração Direta distribui competências para entidades com personalidade jurídica própria. É na desconcentração administrativa que uma pessoa política ou uma entidade da administração indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a prestação de serviços. A assertiva “E” está incorreta, porque a descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da outorga de atividades a entidades com personalidade jurídica própria que integram a sua Administração Indireta. Resposta: C Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 11Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. CESPE- 2012 – TCU- Técnico de Controle Externo A respeito da organização administrativa da União, julgue o item seguinte. Não se admite a criação de fundações públicas para a exploração de atividade econômica. COMENTÁRIO A assertiva está correta, pois as fundações públicas são sempre de caráter social e sem fins lucrativos, conforme art. 5º do Decreto-Lei nº 200/1967, motivo pelo qual não podem explorar atividade econômica. Resposta: Certo CESPE- TCU- 2012 - Técnico de Controle Externo A respeito da organização administrativa da União, julgue o item seguinte. Autarquias federais podem ser extintas mediante decreto do presidente da República. COMENTÁRIO A assertiva está incorreta, visto que as autarquias somente podem ser criadas por lei específica e, por simetria, também devem ser extintas por lei específica, nos termos do art. 37, XIX, da C.F. Resposta: Errado FCC -2102 - TCE-AP -Técnico de Controle Externo O Estado pretende criar entidade dotada de autonomia, integrante da Administração indireta, para exercer atividade de natureza econômica, com a participação de entidade privada na constituição do correspondente capital social. Atende a tal objetivo: a) uma Empresa pública. b) uma Sociedade de economia mista. c) uma Parceria Público-Privada. d) um Consórcio público. e) uma Organização Social – OS. COMENTÁRIO A assertiva correta é a “B”, pois o art. 5º do Decreto-Lei 200/1967 permite ao Estado criar sociedades de economia mista, em que a maioria do capital é público, permitindo, portanto, que os particulares participem na constituição de seu capital social. A assertiva “A” está incorreta, visto que o capital social das empresas públicas deve ser exclusivamente público, conforme art. 5º do Decreto-Lei 200/1967. A assertiva “C” está errada, porque a parceria público privada decorre de um contrato celebrado entre o Estado e um particular. A assertiva “D” está incorreta, uma vez que o consórcio é uma associação de entes federados que visa à gestão associada de serviços públicos, e não a exploração de atividade econômica. Resposta: B Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 12Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. CESPE – MPU- 2010 - Técnico Administrativo Julgue o próximo item, a respeito da organização administrativa da União, considerando a administração direta e indireta. O Serviço Nacional do Comércio (SENAC), como serviço social autônomo sem fins lucrativos, é exemplo de empresa pública que desempenha atividade de caráter econômico ou de prestação de serviços públicos. COMENTÁRIO A assertiva está errada, porque o SENAC não é uma empresa pública, mas uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cuja criação depende de autorização legislativa, prestadoras de serviços de utilidade pública em benefício dos comerciários. Resposta: Errado ESAF - 2012 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal Não compõe a Administração Pública Federal Direta a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil. b) a Presidência da República. c) o Tribunal Regional Eleitoral. d) o Ministério dos Esportes e) a Caixa Econômica Federal. COMENTÁRIO Claramente, as alternativas “a”, “b”, “c” e “d” correspondem, todas, a exemplos de órgãos públicos, os quais são integrantes da Administração Pública Federal Direta, como fixado pelo enunciado. Ao se falar em Administração direta (ou centralizada), o candidato deve logo associar tal ideia a duas possibilidades: ou aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), ou aos órgãos públicos que compõem a estrutura interna. A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública federal. Resposta: E. 2 – Princípios Aplicáveis à Administração Pública “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]”. Esses princípios podem ser memorizados por suas iniciais: LIMPE • Legalidade. • Impessoalidade. • Moralidade. • Publicidade. • Eficiência. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 13Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Princípios Gerais Explícitos na CF Características Legalidade Na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na Administração púbica tudo o que não está permitido é proibido. O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei. Impessoalidade O administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer distinções com base em critérios pessoais. Toda atividade da Adm. Pública deve ser praticada tendo em vista a finalidade pública. Moralidade O dever do administrador não é apenas cumprir a lei for- malmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. Publicidade Requisito de eficácia e moralidade,pois é através da di- vulgação dos atos Administrativos que ficam assegurados o sue cumprimento, observância e controle. Eficiência É a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Adm. Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios. FIQUE LIGADO! Você deve memorizar o LIMPE, na maioria das bancas, as questões cobradas deste conteúdo são de memorização. Além desses princípios, outros não expressamente previstos na Constituição (não positivados), mas que estão implícitos em suas disposições, ou previstos em normas infraconstitucionais, são, também, aplicáveis a toda a Administração Pública, tais como: • Supremacia do interesse público. • Indisponibilidade do interesse público. • Finalidade. • Razoabilidade e proporcionalidade. • Segurança Jurídica. • Autotutela. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 14Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Princípios Gerais Implícitos na CF Características Supremacia do Interesse Público Compreende a supremacia do interesse público sobre o interesse privado, pois os interesses da coletividade pre- ponderam sobre os interesses individuais. Indisponibilidade do Interesse Público Compreende o dever de o agente público atuar confor- me com o que a lei determina e não a seu bel-prazer. Igualmente, o agente público tem deveres a cumprir, aos quais não pode renunciar, pois não lhe é dado decidir se cumpre ou não os poderes que lhe são conferidos pelo Sistema Jurídico para a defesa do interesse público. Finalidade Compreende o atendimento a fins de interesse geral, ve- dada aos agentes públicos a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei. Da mesma forma, não podem os agentes públicos praticar atos visando a fins diversos daqueles previstos, explícita ou implicitamente, na regra de competência, sob pena de estarem agindo com desvio de finalidade. Razoabilidade Os agentes públicos devem agir com razoabilidade, ou seja, devem usar de bom senso, coerência e sensatez no desempenho de suas competências. Proporcionalidade Diz respeito à correlação entre os meios e os fins, ou seja, a atuação dos agentes públicos deve ser no modo e na extensão necessários para o atendimento do interes- se público, vedadas as medidas e as ações inadequadas ou excessivas. Segurança Jurídica Este princípio tem por fim proteger os administrados da aplicação retroativa de mudanças de interpretação sobre normas legais e administrativas. Autotutela Refere-se ao controle da Administração sobre os seus próprios atos (controle interno), mediante o dever de anular os ilegais e a possibilidade de revogação dos ino- portunos ou inconvenientes, respeitados os direitos ad- quiridos, conforme art. 53 da Lei nº 9.784/1999. Questões de Concursos CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário No que concerne ao direito constitucional e à Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens a seguir. Alguns dos princípios que regem a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como, por exemplo, o da legalidade e o da impessoalidade, estão expressamente previstos na CF, ao passo que outros, como o da moralidade, constituem princípios implícitos. Certo Errado Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 15Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. COMENTÁRIO O princípio da moralidade está expressamente previsto no “caput” do art. 37 da Constituição Federal, aplicável a todos os entes federativos, bem como os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, este último acrescido pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Resposta: Errado. CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo Com relação à administração pública e sua regulamentação constitucional, julgue os seguintes itens. Conforme o texto constitucional, a administração pública deverá obedecer aos princípios da eficiência, da publicidade, da moralidade, da impessoalidade e da legalidade. Certo Errado COMENTÁRIO “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” Resposta: Certo. FUMARC - 2012 - TJ-MG - Técnico Judiciário No exercício da função, o funcionário público deve obedecer aos seguintes princípios constitucionais, EXCETO: a) da legalidade b) da publicidade c) da vitaliciedade d) da eficiência COMENTÁRIO A Constituição brasileira estabelece em seu art. 37, caput, os princípios a serem obedecidos pela administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. São eles: princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A vitaliciedade, apesar de ser uma garantia constitucional, não faz parte do rol dos princípios a serem obedecidos pelo funcionário público. Correta a alternativa C. 3. Poderes Administrativos A administração pública, com o objetivo de garantir a primazia do interesse público sobre o particular necessita de instrumentos que legitimem sua atuação, os quais são chamados de Poderes da Administração Pública. Esses poderes, usualmente divididos em poder de polícia, poder hierárquico, poder disciplinar e poder normativo, que serão melhor trabalhados na continuidade, não podem ser utilizados como forma de violação dos direitos dos particulares. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 16Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. 3.1 Características dos Poderes É usual encontrar na doutrina e na jurisprudência especializada, além dos tipos anteriormente citados, os termos “poder discricionário” e “poder vinculado”. Contudo, estes não se tratam de poderes propriamente ditos, mas sim de característica que os poderes podem assumir. Poder Discricionário É a liberdade que a lei concede em algumas situações para que o gestor decida utilizando como parâmetros padrões de conveniência e oportunidade observados o interesse público. Não se trata de uma liberdade absoluta, pois a discricionariedade deve ser exercida no limite da lei. FIQUE LIGADO! A discricionariedade decorre da lei e não da ausência desta, pois na falta da lei, segundo o princípio da legalidade da Administração Pública, o servidor não pode agir por faltar-lhe competência. É comum observarmos a discricionariedade no exercício do poder de polícia, o que não corresponde à arbitrariedade, já que a lei abre essa margem para atuação administrativa. Poder Vinculado Está ligado à existência de parâmetros legais para a realização de determinados atos administrativos, ou seja, a lei estabelece todos os requisitos que devem ser cumpridos para que o ato seja possível, de forma estrita. Caso o administrador venha a se afastar do previsto na lei o ato é considerado inválido, sendo que a anulação do ato poderá ser realizada pelo judiciário, se provocado, ou pela Administração Pública. 3.2 Poder de Polícia É o poder que a Administração Pública tem de intervir na vida particular dos cidadãos, limitando seus direitos por vezes, com o objetivo de garantir o interesse público de toda a coletividade. O exercício do poder de polícia deve se submeter a um ciclo que passe por: “norma (ou ordem) de polícia”, que é o ato normativo que autoriza o exercício do poder; “permissão de polícia”, que é o consentimento para o particular exercer um direito; “fiscalização de polícia”, que é verificação do cumprimento dos atos normativos e os requisitos de eventual permissão dada; e “sanção de polícia”,que é a aplicação de sanção prevista em lei para o descumprimento de determinada norma. O consentimento de polícia é a única fase que pode não existir no ciclo do exercício do poder de polícia, pois apenas para o exercício de alguns direitos o cidadão é obrigado a obter um consentimento expresso da Administração. Na maioria dos direitos individuais esse consentimento não é exigido. Polícia Administrativa e Judiciária Policia administrativa: A polícia administrativa atua preventivamente com a intenção de fazer cumprir as normas de convivência social e pode ser exercida pelos mais variados órgãos administrativos. Atua sobre coisas, atividades e pessoas. Policia judiciária: Tem como finalidade a repressão dos atos ilícitos de natureza penal cometidos, na busca e na punição, e somente pode ser exercida por órgãos legalmente autorizados, como as polícias civil e militar. Atua sobre pessoas. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 17Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Poderes de Polícia Originários e Delegados Originário: é aquele previsto originalmente a um órgão e entidade em decorrência de sua função ou atividade. Delegado: é aquele a quem é atribuída a competência do poder de polícia, o que deve ser feito sempre por ato normativo. Características do Exercício do Poder de Polícia São características do exercício do poder de polícia a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. A discricionariedade decorre de que a lei não tem condições de apreender todas as situações que podem ocorrer, razão pela qual outorga ao gestor certa liberdade na tomada de decisões, desde que este sempre mantenha o foco no interesse público, no bem da coletividade. Deve-se alertar, no entanto, que apesar de a discricionariedade ser uma das características do poder de polícia, há situações em que a lei enumera claramente os requisitos para o ato administrativo poder ser realizado. Nesse caso, o gestor fica vinculado aos preceitos legais. A autoexecutoriedade é um pressuposto de que os atos administrativos são válidos e, portanto, podem ser executados diretamente pela Administração Pública, sem a necessidade de intervenção ou ordem do Poder Judiciário. Essa presunção, contudo, necessita de amparo legal. Para aplicação de uma multa, por exemplo, é necessário que essa sanção esteja prevista em lei e atribuível para aquela infração administrativa em questão. A coercibilidade, por fim, possui estreita relação com a autoexecutoriedade, haja vista que enquanto esta característica afasta a necessidade de outros órgãos (ou Poderes) para a ação da administração pública, aquela pressupõe possibilidade de imposição desses atos aos particulares. FIQUE LIGADO! O poder de polícia somente pode ser exercido pela administração pública direta e a indireta de direito público, como é o caso das autarquias e das fundações. As sociedades de economia mista e as empresas públicas não podem exercer esse poder, pois estão vinculadas ao regime inerente ao direito privado. Limites ao Exercício do Poder de Polícia As limitações do poder de policia estão relacionadas à forma, à competência, à finalidade, ao motivo e ao objeto. Forma O poder de polícia deve ser exercido de acordo com a forma prevista em lei, ou seja, se a norma prevê que determinado ilícito administrativo é passivo apenas de multa, não pode a Administração Pública aplicar uma advertência, e assim por diante. Competência É necessário que o poder de polícia seja exercido por quem a lei considere competente para o ato. Não é possível, por exemplo, um fiscal de tributos realizar uma fiscalização ambiental, quando a lei não preveja expressamente essa atribuição a ele. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 18Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Finalidade Deve sempre ser o interesse público. Motivação A motivação permite ainda verificar o objeto, ou seja, se o fim que se busque é condizente (proporcional) ao meio utilizado ou se ele é demasiadamente oneroso ou gere prejuízos à coletividade superiores aos benefícios por ela auferidos. Prescrição Cinco anos para ação punitiva da Administração direta e indireta, constados da data da prática do ato, ou no caso de infração permanente, do dia em que tiver cessado. Quando além de infração administrativa constatar crime é previsto ação penal pertinente. 3.3 Poder Hierárquico O poder hierárquico está relacionado com a forma que a Administração Pública é organizada pelos estabelecimentos de hierarquias entre os órgãos, com definições de competências, de forma a permitir uma atuação coordenada. O exercício do poder hierárquico define as competências que podem ser exercidas por cada servidor ou autoridade, evitando-se situações de abuso de poder ou de arbitrariedades. 3.4 Poder Disciplinar O poder disciplinar corresponde, ao poder que a Administração Pública possui de apurar as violações de proibições ou o não cumprimento dos deveres funcionais de servidores e, quando for o caso, aplicar-lhes sanções. Tais situações podem alcançar, também, servidores inativos (aposentados), uma vez que estão, também, submetidos a esse poder. 3.5 Poder Normativo/Regulamentar Nos quatros poderes da Administração Pública, encontra-se o poder normativo, que a autoriza à edição de normas com finalidade de estabelecer condutas para a vida em sociedade. Essas normas podem atingir desde ações e omissões proibidas até o procedimento interno referente ao trabalho burocrático, mas indispensável para o andamento do serviço público. O poder normativo é originário quando estabelece a base das condutas e derivado quando regulamenta o anterior. O poder normativo originário é aquele realizado pelo Poder Legislativo na edição de leis. O poder normativo da administração, também conhecido como poder regulamentar possui natureza essencialmente derivada e é normalmente exercido pelo Poder Executivo. Tais regulamentações podem ser jurídicas ou administrativas, dependendo das relações que pretendem regulamentar. São jurídicas quando estabelecem normas entre particulares e entre particulares e o Estado e são administrativas quando definem a organização administrativa do Estado. São vários os tipos de atos normativos que podem ser editados pela Administração Pública no exercício do poder normativo, tais como os decretos, as portarias, as resoluções, etc. Questões de Concursos CESPE - 2013 - STF - Analista Judiciário - Área Judiciária Em relação aos poderes da administração pública, julgue os itens subsequentes. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 19Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. A aplicação de multa pela administração pública a restaurante que violou norma de vigilância sanitária inclui-se no âmbito do poder disciplinar. Certo Errado COMENTÁRIO A aplicação de multa a um particular, que não possua vínculo jurídico específico com a Administração Pública, reflete, na verdade, hipótese de exercício do poder de polícia, ou seja, decorrente de restrições e condicionamentos ao desempenho de certas atividades, ao uso de bens e ao exercício de direitos, impostos pelo Estado em caráter geral, indistintamente, a todos aqueles que se enquadrarem nas situações previstas em lei. O poder disciplinar, por seu turno, exige que a aplicação de sanções se dê em relação a servidores públicos ou a particulares que possuam algum vínculo jurídico específico com a Administração, como os concessionários e permissionários de serviços públicos, os internos de uma penitenciária, os alunos de escolas e universidades públicas, os cadastrados em bibliotecas públicas, etc. A afirmativa, portanto, está errada, uma vez que se trata de caso de exercíciode poder de polícia, ao invés de poder disciplinar. Resposta: Errado CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário Acerca dos poderes administrativos e do uso e abuso do poder, julgue os itens subsecutivos. No exercício do poder de polícia, a administração age apenas de forma repressiva, aplicando sanções a condutas que infrinjam leis e regulamentos, uma vez que tal poder não se coaduna com medidas preventivas, inseridas, em regra, no âmbito do poder regulamentar. Certo Errado COMENTÁRIO O poder de polícia pode perfeitamente ser preventivo. Resposta: Errado. ESAF – 2009 -Ministério da Fazenda Não se pode enumerar como poder da Administração: a) poder normativo. b) poder de polícia. c) poder hierárquico. d) poder independente. e) poder disciplinar. COMENTÁRIO A administração possui apenas quatro poderes, a saber: poder normativo, poder disciplinar, poder hierárquico e poder de polícia. O poder independente não faz parte desse rol, uma vez que a ideia independência é contrária à de poder hierárquico. Resposta: D Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 20Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. ESAF -2010 – MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Ao exercer o poder de polícia, o agente público percorre determinado ciclo até a aplicação da sanção, também chamado ciclo de polícia. Identifique, entre as opções abaixo, a fase que pode ou não estar presente na atuação da polícia administrativa. a) Ordem de polícia. b) Consentimento de polícia. c) Fiscalização de polícia. d) Sanção de polícia. e) Aplicação da pena criminal. COMENTÁRIO O consentimento de polícia é a única fase que pode não existir no ciclo do exercício do poder de polícia, pois apenas para o exercício de alguns direitos o cidadão é obrigado a obter um consentimento expresso da Administração. Na maioria dos direitos individuais, esse consentimento não é exigido. Resposta: B ESAF – 2008 – SEMUT- Auditor Marque a opção incorreta, quanto aos Poderes Administrativos. a) O poder regulamentar ou normativo é uma das formas pelas quais se expressa a função normativa do Poder Executivo. b) A Administração Pública, no uso do poder disciplinar, apura infrações e aplica penalidades não só aos servidores públicos como às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. c) A Administração Pública não pode, ao fazer uso do poder de polícia, restringir os direitos individuais dos cidadãos, sob pena de infringir a Constituição Federal. d) A organização administrativa é baseada em dois pressupostos fundamentais: a distribuição de competências e a hierarquia. e) O poder de polícia tanto pode ser discricionário como vinculado. COMENTÁRIO A assertiva incorreta é a de letra “c”, pois o uso do poder de polícia é justamente a restrição de direitos dos cidadãos sempre que a medida for necessária para garantir o bem maior, que é o interesse público, a coletividade. Resposta: C SEFAZ- CE – 2007 - Auditor Fiscal A aplicação da penalidade de advertência a servidor público infrator, por sua chefia imediata, é ato administrativo que expressa a manifestação do poder: a) hierárquico. b) regulamentar. c) de polícia. d) disciplinar. e) vinculado. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 21Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. COMENTÁRIO A relação que viabiliza a apuração da responsabilidade dos servidores públicos enquanto no exercício de suas funções decorre da disciplina a que esses servidores estão submetidos, inerentes ao poder disciplinar. Resposta: D ESAF – 2009- Agente Executivo - SUSEP O poder de que dispõe a autoridade administrativa, para distribuir e escalonar funções de seu órgão público, estabelecendo uma relação de subordinação, com os servidores sob sua chefia, chama-se poder: a) de polícia. b) disciplinar. c) discricionário. d) hierárquico. e) regulamentar. COMENTÁRIO O poder hierárquico possui como características a coordenação de atividade e a relação de subordinação entre servidores e chefia e órgãos. Resposta: D 4. Ato Administrativo 4.1 Conceito Para Hely Lopes Meirelles, “ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.”. Uma distinção que importa ter em mente é entre ato e fato administrativo. Ato administrativo é declaração da vontade da Administração Pública, vale lembrar que isso significa dizer: enunciar ou prescrever, diferentemente dos fatos. Fato simplesmente ocorre, realiza-se materialmente, como elucida Carvalho Filho. É, por exemplo, a tomada do bem que foi anteriormente desapropriado em obediência ao decreto expropriatório (este sim, o decreto, um ato declaratório de vontade); é a construção do hospital, da escola, da ponte, etc. Ainda para este autor, o silêncio, como não é declaração, seria um fato administrativo. Outra noção relevante, a saber, é quando um ato ou fato é ato ou fato jurídico. Ato ou fato jurídico é o acontecimento ou situação que tem previsão legal e produz efeitos também previstos por normas jurídicas. Um dos exemplos mais elucidativos que a doutrina apresenta é a chuva. Se simplesmente chover, sem causar qualquer dano, não há que se falar em efeitos jurídico. Contudo, se causar dano a algum bem de relevância jurídica passa a ser um fato jurídico e dará ensejo, possivelmente, a indenização, seja frente ao Estado, seja entre particulares. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 22Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. 4.2 Atributos do Ato Administrativo Presunção de Legitimidade e de Veracidade Segundo este atributo o ato praticado pela Administração Pública, ou seja, pelo Estado, no exercício da atividade administrativa é presumidamente verdadeiro e realizado em conformidade com o direito (regras e princípios vigentes). Assim, presume-se que o ato foi realizado por um agente competente para tanto, em obediência à forma que a lei determina e nos limites prescritos pela lei. FIQUE LIGADO! Esta presunção de legitimidade não é absoluta. É relativa, e também chamada juris tantum. Isso significa dizer que se admite prova em contrário, prova de que o ato não fora praticado conforme o Direito e, portanto, deve ser declarado inválido. Autoexecutoriedade Este atributo permite que a Administração, em sua atividade, possa atuar imediatamente, ou seja, sem a necessidade de primeiro ir ao Poder Judiciário para que este julgue e a autorize. FIQUE LIGADO! Mesmo nos atos administrativos autoexecutáveis, não se pode afastar a possibilidade de que aquele que se sentir prejudicado leve o assunto à apreciação do Poder Judiciário, em razão do art. 5º, XXXV, da Constituição Federal. Imperatividade (Coercibilidade ou Poder Extroverso) Por este atributo o ato administrativo impõe deveres aos seus destinatários independentemente de sua vontade. Exatamente por criar obrigações na esfera de terceiros (os destinatários), ou seja, fora do espaço da Administração, diz-se extroverso. Exemplo: interdição de local ou de atividade, e também aplicação de sanção, como a multa. Resta evidente que tais atos estão acima da vontade do destinatário, do cidadão. E tudo isso em nome de um interesse maior do que o individual. É pelo interesse público. FIQUE LIGADO! Nem todo ato administrativo é dotado deste atributo. Há casos em que se vê uma convergência das vontades, tanto da Administração Pública quanto do cidadão. Tipicidade Segundo este atributo os atos administrativos são figuras previstas em lei, e também previstas em lei são as finalidades que o ato deve alcançar. Licenciado para - JO ZU E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 23Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Exemplo: a demissão de um servidor, as causas que a motivaram, bem como qualquer outra forma de punição, devem estar previamente ditadas pela lei. 4.3 Elementos ou Requisitos do Ato Administrativo Sujeito ou Competência Quem exerce função em razão de atribuição legal, ou seja, a lei determina a competência do agente para praticar o ato. Em suma, a lei cria o cargo, diz como será preenchido e confere as competências ao agente público que o ocupará. Objeto (Conteúdo) É a modificação imediata que o ato administrativo visa a promover, o objetivo imediato da manifestação de vontade. Exemplo: O objeto da licitação é escolher a melhor proposta, o melhor contrato para o Estado; licença para construir (ato) objetiva (objeto) permitir que o cidadão construa de forma regular. Forma É o modo pelo qual se expressa a vontade do Estado-Administração. Nesse sentido, o Estado declara sua vontade, em regra, de forma escrita e nos moldes ditados pela lei. FIQUE LIGADO! Nem todos os atos têm a forma escrita, referindo a ordens verbais, gestos, apitos, sinais luminosos. Motivo É a razão de fato ou de direito que ensejou a prática do ato, que impulsionou, moveu Exemplo: o motivo que move a praticar um ato de punição é a infração realizada. Logo, a infração cometida (antes, é causa) conduz a sua respectiva punição (depois). FIQUE LIGADO! Diferença entre motivo e motivação: Conforme se pode notar, motivo é elemento constitutivo do ato administrativo, compõe o ato. Já a motivação é a justificação do ato. Motivar é expor e explicar o ato. É dizer quais os motivos que o legitimam. Finalidade É o resultado que a Administração Pública visa a alcançar com a realização do ato. 4.4 Classificação dos Atos Administrativos Quanto à Formação da Vontade Atos Simples Perfectibilizam-se (tornam-se perfeitos) com a declaração de vontade de um só órgão, que pode ser singular (de uma pessoa: o chefe do Executivo, por exemplo) ou colegiado (formado por várias pessoas: conselho ou Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 24Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. comissão). Atos Complexos Necessitam, para se formar, da declaração de vontade de mais de um órgão, também não importa se singular ou colegiado. Atos Compostos Perfaz-se com a vontade de um órgão principal, mas depende da declaração de vontade de outro órgão, como ato acessório. Ex.: homologação ou aprovação. Carvalho Filho diz que há uma vontade autônoma (que seria a principal) e a(s) outra(s) apenas verifica(m) a legitimidade do ato e o aprova(m), se legítimo. Quanto à Exequibilidade Ato Perfeito É aquele que já passou por todas as etapas de formação, ou seja, contém todos os elementos que lhe conferem aptidão para produzir seus efeitos. Ato Imperfeito É o contrário do que se expôs acima, assim, precisa concluir alguma etapa para se perfectibilizar, nos termos da lei. Ato Pendente Já cumpriu suas etapas de formação, desse modo, é um ato perfeito, mas que depende de algum acontecimento (uma condição) ou de um termo (prazo certo) para produzir seus efeitos. Ato consumado É o que já esgotou (exauriu) seus efeitos. Quanto ao Modo de Execução Executório É aquele que a própria Administração pode realizar integralmente. Ex.: multar, lançar débito. Não Executório ou Heteroexecutório É o que necessita de intervenção de outro Poder para ser executado integralmente e exaurir seus efeitos pretendidos. Ex.: cobrar tributo não pago voluntariamente pelo contribuinte. Quanto à Eficácia Válidos São os atos administrativos que preenchem todos os requisitos legais exigíveis para sua eficácia. Nulos São atos que carregam vício insanável, ou seja, não passível de correção, de convalidação, principalmente quanto a objeto, motivo e finalidade. A invalidação, que nestes casos retroage à sua origem, é chamada ex tunc, mas observados os direitos de terceiros de boa-fé. Anuláveis Contêm vício sanável referente à competência e forma. Podem ser convalidados. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 25Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Inexistentes São atos administrativos apenas na aparência. De fato, não se aperfeiçoara. Hely Lopes Meirelles traz como exemplos os atos praticados por usurpadores da função pública. O autor os iguala aos atos nulos porque ambos têm os mesmos resultados: são ilegais e imprestáveis desde a origem. Enfim, são atos acometidos de vício tão grave que nem produzem efeitos. Irregulares Ao contrário do item anterior, seus vícios são muito leves e nem repercutem na validade do ato. Quanto aos Destinatários Gerais Destinam-se a todas as pessoas que estiverem enquadradas na situação prevista pelo ato. Ex.: normas editada pela Administração, como num racionamento de água em que é prevista punição para os transgressores. Individuais Produzem efeitos em situações concretas. Ex.: certidão e autorização. Quanto às Prerrogativas De império São os atos administrativos praticados no exercício da atividade administrativa com a supremacia ou “superioridade” que suas prerrogativas legais lhe conferem. Ex.: Interditar um restaurante por falta de condições de higiene. De Gestão São atos que o agente público realiza em posição de igualdade com os atos do direito privado, do particular, inclusive nas consequências. Ex.: abrir uma conta no banco, emitir um cheque, celebrar um contrato de locação. Nesses casos a administração está em situação igual a de qualquer particular, qualquer pessoa do povo. De Expediente São os atos que se destinam a dar andamento à tramitação dos procedimentos que correm nas repartições públicas. Não há caráter decisório. Imagine-se, por exemplo, quando se chega ao protocolo, para protocolar um requerimento qualquer. A pessoa recebe, dá o recibo e o devido andamento ao documento para que chegue às mãos de quem deverá decidir ou despachar. Quanto ao Conteúdo Constitutivos (de direitos ou situações) São os atos que criam circunstâncias para a pessoa, seja em forma de direitos, seja como deveres. Ex.: punição de um servidor, multa para um contribuinte, direito de construir, etc. Extintivos ou Desconstitutivos Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, põem fim a situações jurídicas individuais. Ex.: cassação de uma autorização. Declaratórios São atos que apenas reconhecem situações que já existem, logo, não criam nem extinguem. Ex.: certidão e atestado, como os nomes sugerem, apenas certificam ou atestam algo que existe desde antes. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 26Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Alienativos Promovem transferência de titularidade de bens ou direitos de uma pessoa para outra. Modificativos Como diz o nome, têm por objetivo “modificar” algo que já existia, sem contudo, abolir direitos. Trata-se de alterações que não afetam a essência de direitos. Ex.: mudança de horários, de percursos, de lugares. Abdicativos São atos que servem para um titular renunciar a algum direito. Para que a Administração o faça é necessário que haja autorização legislativa, ou seja, é preciso que lei autorize. Ex.: perdão de multa por atraso no pagamento de determinado tributo. Quanto aos Efeitos Constitutivos Por este tipo de ato a Administração cria, transfere ou põe fim a direito do administrado ou do servidor. Desconstitutivos Ato pelo qual o gestor desfaz ato que já existia. De constatação São atos que servem apenas para verificar e dizer sobre a ocorrência de situação de fato ou de direto. Não tem efeitos de criar, alterar ou finalizar.4.5 Espécies de Atos Administrativos Normativos São atos que estipulam regramento para viabilizar a correta aplicação da lei. A rigor não é lei, mas têm conteúdo e normatividade de lei. Ex.: Decreto: ato de competência exclusiva do Chefe do Executivo; resoluções: atos de altas autoridades para regrar matéria de sua competência; instruções normativas: expedidas por Ministros de Estado. Ordinatórios Têm por fim disciplinar o funcionamento da Administração e a atividade dos seus agentes. Derivam do poder hierárquico, logo, cabem aos chefes. Ex.: instruções, circulares, portarias e ordens de serviço. Enunciativos Declaram (enunciam) situação que existe. Não expressam manifestação de vontade. Limitam-se a declarar ou emitir opinião, mas sem que esta obrigue, vincule a alguma conduta. Ex.: certidão (certifica), atestado (atesta), parecer (opina) e apostila (reconhece a existência de um direito criado por lei). Negocis Lembre-se que antes se apontou que há atos administrativos em que há convergência de vontade da Administração e do particular, do cidadão-contribuinte. Pois são os atos negociais, em que há coincidência entre a vontade da Administração e a pretensão do particular. Ex.: licença, autorização, visto, dispensa, renúncia, homologação, visto etc. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 27Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Punitivos Como o nome sugere, têm por fim punir, reprimir condutas irregulares dos servidores ou de particulares frente à Administração, logo, têm atuação interna (dentro da estrutura da Administração) e externa (fora dessa estrutura). Conforme salientado, como regra dos atos administrativos, não se admite punição se não houver lei anterior que a preveja. Ex.: multa, interdição de atividade e destruição de coisas (alimentos imprestáveis ou objetos de uso proibido). 4.6 Extinção dos Atos Administrativos Anulação Anulação ou invalidação é o desfazimento dos atos administrativos e tem como causa a ilegalidade. Pode ser declarada pelo Poder Judiciário ou pela própria Administração. Os efeitos dessa invalidação retroagem à data de “nascimento” do ato, por isso se diz ex tunc. Convalidação Convalidação ou saneamento, diz Di Pietro, é ato de suprir o vício de ilegalidade do ato administrativo. O artigo 55, da Lei nº 9.784/99, enuncia que a Administração pode convalidar atos que contenham defeitos sanáveis desde que não causem lesão ao interesse público ou de terceiros. Ivan Lucas de Souza Júnior aduz que a convalidação pode ser expressa (quando a Administração edita ato para sanar/convalidar outro ato) e tácita (quando não anular os seus atos ilegais em cinco anos). Observe-se, contudo, que nem todo vício é passível de convalidação. Há defeitos de atos administrativos que são insanáveis. Confirmação Di Pietro atenta que, enquanto na convalidação há correção do ato, na confirmação isso não ocorre. Mantém-se o ato realizado, a menos que cause prejuízo a terceiros. A autora também chama de confirmação o que Ivan Lucas Júnior denomina convalidação tácita, ou seja, pelo decurso do tempo. Revogação É a extinção de um ato administrativo, praticado validamente (de acordo com o Direito), por razões de conveniência e oportunidade. Só cabe ao administrador avaliar tais questões. A esse espaço de liberdade de avaliar e escolher, concedido pela lei ao administrador, dá-se o nome de mérito administrativo. Os efeitos desta forma de extinção produzem-se a partir “de agora”, ou seja, da própria revogação, do ato de desfazimento. Diz-se ex nunc, não retroagem. E nisso difere da anulação, cujos efeitos são retroativos, são ex tunc. Cassação Não há vício na origem e formação do ato, mas há cassação ou desfazimento do ato administrativo porque seu beneficiário, ao executá-lo, descumpriu requisitos. Ex.: licença para construir ou para empresa que trabalha com alimentos em razão de inobservância de normas. Caducidade Quando foi realizado o ato estava de acordo com o Direito, entretanto, posteriormente foi editada norma que não acolhe mais aquele ato anterior. O ato, antes legal, torna-se ilegal pela edição de norma nova, porque com ela é incompatível. Ex.: determinado comércio em certa zona da cidade que passou a ser exclusivamente residencial. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 28Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Contraposição Ocorre em razão de ato posterior que desfaz o ato anterior. Di Pietro ilustra com a exoneração de funcionário, cujos efeitos são contrapostos ao anterior ato de nomeação. 4.7 Controle da Administração Pública O controle da Administração Pública tem por finalidade garantir que a Administração realizará suas atividades/funções em conformidade com o ordenamento jurídico em todas as esferas do Poder. Nesse sentido, assegurar que os agentes públicos desempenharão suas funções para dar concretude ao ordenamento jurídico. Com bases em vários juristas, consigne-se a seguinte classificação acerca do controle: Quanto ao Fundamento: hierárquico ou finalístico Controle Hierárquico Resulta, automaticamente, da subordinação dos órgãos inferiores aos superiores, ou seja, órgãos de cúpula exercem total controle dos atos dos órgãos subalternos, independentemente de estar previsto em normas. Controle Finalístico Não é exercido em órgãos (já que eles não têm personalidade), mas sim em entidades autônomas, que são entes dotados de personalidade jurídica. Nesse caso, não há hierarquia porque não há subordinação entre a entidade autônoma e o ente que a criou. Quanto ao Momento em que se Realiza: prévio, concomitante ou posterior Prévio É o controle preventivo, que visa a evitar a realização de ato ilegal ou contrário ao interesse público. Concomitante Acontece paralelamente ao ato, no mesmo momento de sua realização. Ex.: fiscalização de execução de obra pública. Posterior Efetiva-se após a realização do ato, logo, diz-se que é subsequente ou corretivo. Visa a rever atos já praticados para confirmar, corrigir ou desfazer. Exemplos: aprovação, convalidação, homologação, anulação e revogação. Quanto à Localização do Órgão que faz o Controle: interno e externo Interno Realizado dentro da estrutura em que se insere o órgão cujo ato é objeto de controle. Ex.: a Administração decide anular o ato de nomeação de um servidor em razão de ilegalidade na documentação ou do concurso público. Externo Exercido por um Poder em outro, a exemplo do controle feito pelo Poder Legislativo em atos do Executivo. Ex.: controle do Congresso Nacional sobre as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República. Quanto ao Aspecto a ser Controlado: legalidade e mérito Controle de legalidade ou de legitimidade Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 29Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. Tem por objetivo analisar a conformidade do ato com o Direito, com a legalidade, verificar se preenche os requisitos e formas legais. Controle de Mérito Mérito é conveniência e oportunidade e deve ser avaliado pelo gestor público, não pelo Poder Judiciário (salvo se se tratar de ato administrativo do próprio P. Judiciário) 4.8 Mecanismos para o Exercício do Controle da Atuação da Administração Direito de Petição O inciso XXXIV, aliena ‘a’, do art. 5º da Constituição, prevê o direito de petição e determina que seu exercício independe do pagamento de taxas. É um meio de controle administrativo usado na defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder, frente aos Poderes Públicos. A autoridade pública não pode furtar-se a responder, ainda que para negar o que lhe é solicitado, mas de modo motivado. Representação É denúncia de irregularidade, realizada por qualquer pessoa (art.74, §2º, da Constituição), frente à Administração Pública ou entes de controle (Ministério Público, Tribunal de Contas, ouvidorias, etc). Não há discricionariedade. Uma vez recebida a representação, a autoridade tem o poder-dever de averiguar e punir, se for o caso. Reclamação Administrativa É o instrumento pelo qual o administrado (particular ou servidor público) reclama, expressamente, frente a atos da Administração que violem seus próprios direitos ou interesses protegidos. Pedido de Reconsideração É o instrumento do qual o interessado se utiliza para requerer, à mesma autoridade que o havia editado, novo exame do ato. Revisão Por meio desse recurso administrativo, o interessado requer reapreciação de decisão lançada em processo administrativo. Questões de Concursos CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito Julgue os itens a seguir, relativos aos atos administrativos. A revogação do ato administrativo, quando legítima, exclui o dever da administração pública de indenizar, mesmo que esse ato tenha afetado o direito de alguém. Certo Errado COMENTÁRIO Para se resolver esta questão, é preciso rememorar que a Constituição da República de 1988 abraçou a modalidade de responsabilidade objetiva do Estado, com fulcro na teoria do risco administrativo. À luz de tal teoria, as pessoas jurídicas de direito público, assim como as de direito privado, desde que prestadoras de Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 30Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. serviços públicos, podem responder civilmente por eventuais danos ocasionados a terceiros, ainda que com base em atos lícitos. CESPE - 2004 - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal A administração pode revogar o ato ineficiente. Certo Errado COMENTÁRIO Se o ato se revela ineficiente, é sinal de que deixou de atender ao interesse público. Deixou, portanto, de ser conveniente e/ou oportuno. Estabelecida tal premissa, está correto afirmar que pode ser revogado. CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário Em relação aos poderes administrativos, à organização do Estado e aos atos administrativos, julgue os itens seguintes. Considere que, no exercício do poder discricionário, determinada autoridade indique os motivos fáticos que justifiquem a realização do ato. Nessa situação, verificando-se posteriormente que tais motivos não existiram, o ato administrativo deverá ser invalidado. Certo Errado COMENTÁRIO Como sabemos, um dos requisitos do ato administrativo é o motivo, que corresponde aos pressupostos de fato e de direito que conduzem à prática do ato. É claro que se uma autoridade, no exercício do poder discricionário, indica fatos inexistentes para embasar a sua decisão, estará incorrendo em flagrante vício no motivo, que é falso, o que conduz, inevitavelmente, à invalidação ou anulação do ato. Resposta: Errado. FJG - RIO - 2013 - PGM-RJ - Auxiliar de Procuradoria O elemento do ato administrativo segundo o qual todo ato deve ser praticado visando o interesse público é: a) forma b) competência c) finalidade d) objeto COMENTÁRIO A questão exigiu tão somente noções básicas acerca dos conceitos dos elementos (ou requisitos) que compõem os atos administrativos. A satisfação do interesse público constitui objetivo a ser perseguido em todo e qualquer ato administrativo. Seria mesmo inconcebível supor que um dado ato seja praticado visando a satisfazer interesses estritamente particulares. Por isso mesmo se afirma, com razão, que a finalidade geral deverá ser sempre o atendimento do interesse público. Resposta: C Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 31Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. CESGRANRIO – 2010 – BACEN- Técnico do Banco Central Fernando, assessor jurídico de um órgão público federal, foi questionado a respeito da possibilidade de a Administração Pública interditar atividades ilegais e inutilizar gêneros impróprios para o consumo, independente de ordem judicial. Essa prerrogativa decorre do atributo dos atos administrativos identificado por a) autoexecutoriedade. b) presunção de legitimidade. c) presunção de efetividade. d) supremacia do interesse público. e) discricionariedade. COMENTÁRIO a) Correta. A autoexecutoriedade é exatamente a característica ou atributo do ato administrativo que permite à Administração Pública atuar de imediato na salvaguarda de direitos e para concretizar a atividade administrativa. Pelo menos num primeiro momento e para evitar lesão a bem tutelado pelo Direito, age sem que tenha de valer-se de uma autorização do Poder Judiciário. b) Incorreta. Presunção de legitimidade é o atributo que confere ao ato praticado pelo gestor público, no exercício da atividade administrativa, presunção de que se realizou em conformidade com a ordem jurídica, em perfeita obediência aos princípios e às prescrições legais. É preciso ressalvar, contudo, que tal presunção não é absoluta, uma vez que cede diante de prova em contrário. Trata-se, portanto, de presunção relativa. c) Incorreta. Não está no rol dos atributos dos atos administrativos. d) Incorreta. A supremacia do interesse público é uma diretriz (um dos mais importantes princípios) que deve pautar a atividade administrativa. Assim, além dos princípios elencados no caput do artigo 37 da Constituição Federal, por exemplo, a Administração Pública deve conduzir suas atividades com primazia à satisfação do interesse público, antes do interesse individualista. Isso significa dizer que, em eventual conflito entre interesse público e interesse privado, deverá o gestor priorizar a realização do interesse público. É também denominado princípio reconhecido, uma vez que doutrina e jurisprudência o reconhecem como valor direcionante do procedimento da Administração. Exemplo que bem ilustra é o instituto da desapropriação: restrição ao direito de propriedade de um particular para transferi-la ao Poder Público em nome da efetivação de um interesse maior, um interesse público, como a construção de um hospital, de uma estrada, de uma praça, etc. Registre-se, contudo, que há vozes ressalvando e pregando certa reserva no uso desse princípio quando, no outro lado do conflito, houver algum valor que expresse a dignidade da pessoa humana (valor constitucional de mais elevada hierarquia e que deve ser preservado e promovido na maior medida possível). e) Incorreta. A discricionariedade ocorre quando o administrador público tem uma margem de liberdade de atuação, que lhe é atribuída pela lei, segundo a qual há mais de uma possibilidade de escolha para realizar o interesse público. Essa escolha é pautada por critérios de conveniência e oportunidade. Resposta: A CESGRANRIO – 2102 – LIQUIGAS - Profissional Júnior O Presidente de uma autarquia federal, ao assumir a gestão da entidade, realizou uma auditoria interna em todos os atos praticados pela gestão anterior nos últimos oito anos e identificou algumas irregularidades. Nessa situação hipotética, em que pese o resultado da auditoria, a Administração Pública Federal não mais poderá anular os atos administrativos ilegais de que tenham decorrido efeitos favoráveis para os destinatários de boa-fé se já decorrido o prazo a) prescricional de dois anos. Licenciado para - JO Z U E D E O LIV E IR A B A R B O S A - 97422045272 - P rotegido por E duzz.com 32Direitos Reservados | resumoapostilas.com | Proibida cópia e distribuição. b) prescricional de cinco anos. c) decadencial de dois anos. d) decadencial de três anos. e) decadencial de cinco anos. COMENTÁRIO a) Incorreta. O artigo 54 da Lei nº 9.784, de 1999, dispõe, literalmente, que decai em cinco anos o direito que a Administração Pública tem de anular atos administrativos dos quais decorram efeitos favoráveis para destinatários
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