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-Introdução: As reações que envolvem a transferência de elétrons de uma espécie à outra são chamadas de reações de óxido-redução ou simplesmente redox. A perda ou o ganho de elétrons é formalmente indicada pela variação do número de oxidação das espécies envolvidas na reação de redox. (BACCAN) Os métodos de volumetria de óxido-redução recebem nomes específicos, dependendo da substância utilizada para as determinações: permanganometria, quando utiliza-se o permanganato como titulante, reduzindo-o de Mn7+ a Mn2+; iodometria, quando as reações envolvem a redução do iodo, reduzindo-o de Iº a I-; e iodimetria, quando as reações envolvem a oxidação do iodeto a iodo.(BACCAN). Nesta prática, o método de interesse é a permanganometria. A permanganometria é o método titulométrico de óxido-redução mais importante, e usa o permanganato de potássio, um forte oxidante, como titulante. Este método dispensa o uso de indicadores porque a coloração violeta intensa do íon permanganto indica o ponto final da titulação. Em geral, as titulações permanganométricas são realizadas em meio ácido, para facilitar a oxidação da substância em análise. A desvantagem da permanganometria é que o permanganato de potássio não possui características de padrão primário, além de sofrer auto-decomposição quando exposto à luz.(GAUBEUR) Sabe-se que o peróxido de hidrogênio é um agente oxidante, onde, quando utilizado o mesmo para uma análise volumétrica, tem-se uma reação de oxidação e redução. Os agentes oxidantes e redutores devem ser estáveis no solvente usado – geralmente água – e a substância que se deseja determinar deve estar em um estado de oxidação definido e estável, antes de se iniciar a titulação. Para se ter sucesso em um método volumétrico, é necessário também que os métodos de preparação de soluções padrão sejam disponíveis e que exista um meio adequado de se detectar o ponto final da reação (BACCAN). Uma das desvantagens do método permanganométrico é o fato do KMnO4 não ser um padrão primário, pois este pode estar contaminado com MnO2, sendo necessário fazer a padronização da mesma antes de ser feita a titulação (BACCAN). -Objetivo Geral: Calcular a massa de peróxido de hidrogênio na amostra; -Objetivo Específico: Padronizar a solução de permanganato de potássio; -Resultados: No procedimento de padronização da solução de permanganato de potássio, os dados obtidos experimentalmente foram: Titulação Volume de KMnO4 gasto (mL) 1ª 19,97 2ª 19,97 3ª 20,17 Média: 20,03 mL A reação que ocorre entre o oxalato e o permanganato é descrita por: 2MnO4- + 5C2O42- + 6H+ ↔ 2Mn2+ + 10CO2 + 8H2O Ou seja, a cada 2 mol de permanganato, é preciso de 5 mol de oxalato. Como o manganês passa do nox 7+ para o 2+, ganhando 5 elétrons, o permanganato é a espécie oxidante, que é reduzida; o carbono, que é oxidado do nox 3+ ao 4+, perdendo um elétron, é a espécie redutora. Sabendo-se que a massa molar do oxalato de sódio é de 134g/mol, é possível calcular o número de mols de oxalato presentes em cada erlenmeyer; De acordo com a proporção da equação, é possível calcular o número de mols de permanganato necessários para reagir completamente com o oxalato; Tendo-se o número de mols de permanganato necessário para cada titulação e o volume da solução gasta, é possível calcular a concentração do permanganato de potássio. Na titulação da análise da amostra foram obtidos os seguintes resultados: Titulação Volume de KMnO4 gasto (mL) 1ª 14,17 2ª 14,37 3ª 14,47 Média: 14,34 mL. A reação que ocorre é descrita por: 2MnO4- + 5H2O2 + 6H+ ↔ 2Mn2+ + 5O2 + 8H2O O manganês comporta-se de forma semelhante à reação anterior, sendo a espécie oxidante, pois reduz ao ganhar 5 elétrons. O peróxido é, então, o agente redutor, e o oxigênio oxida perdendo um elétron. Conhecendo-se a concentração da solução de permanganato, pode-se calcular o nº de mols de H2O2 presentes da solução analisada, efetuando-se os seguintes cálculos: Calcula-se o número de mols de permanganato presentes em cada volume utilizado, a partir da concentração obtida na padronização; A partir da estequiometria da reação, calcula o número de mols de H2O2 necessários para reagir completamente com o permanganato adicionado na titulação; Tendo-se o nº de mols contido na amostra, e considerando-se o volume inicial utilizado, que foi de 5 mL, calcula-se a concentração do peróxido. O cálculo que deve ser realizado é feito a partir de considerações feitas com a equação: 2H2O2 ↔ 2H2O +O2↑ 68 g → 22,4 L A partir disto, é possível associar com a massa molar e o número de mols para que possa ser obtido um valor de volume. E ao final levar em consideração as diluições que foram feitas: foi colocado 5 mL de amostra em um balão de 1000 mL e deste foi pego 25 mL e colocado em balão de 500 mL. -Referências: BACCAN, N. et. al. Química Analítica Quantitativa Elementar. Campinas: Edgar Blücher, 1979. GAUBEUR, I.; GUEKEZIAN, M.; BONETTO, N. C. F. Laboratório de Química Analítica Quantitativa.Universidade Presbiteriana Mackenzie. Universidade Federal do Rio Grande -FURG- TITULAÇÃO DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO: DETERMINAÇÃO DO TEOR DE H2O2 Mariana Teixeira Peixoto de Queiroz 82194
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